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Petrópolis/RJ 30 de novembro e 01 de dezembro de 2017 1 O BALANCED SCORECARD EM ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS: uma análise bibliométrica da produção acadêmica brasileira de 2007 a 2017 Camila Alves Guilarducci Tatiana Dornelas de Oliveira Luiz Marcelo Antonialli Resumo: Desde a criação da ferramenta estratégica em 1992, por Kaplan e Norton, o Balanced Scorecard foi capaz de medir o desempenho organizacional por meio de metas e indicadores de desempenho. Neste sentido, empresas privadas foram, ao longo dos anos, usufruindo do BSC para desenhar sua estratégia, como também aprimorá-las. Deste modo, as organizações públicas encontraram uma oportunidade nesta ferramenta de modo que ela atenda sua principal demanda: a sociedade, de maneira mais eficiente. Pensando nisso, a adaptação do BSC para o setor público ainda é recente nos estudos acadêmicos. Assim, este estudo bibliométrico, teve por objetivo mapear o número de publicações sobre o BSC nas organizações públicas, em um recorte temporal de 10 anos, de 2007 a 2017 nas bases de pesquisa Spell, SciELO e Web of Science. Foram encontrados na última década apenas 18 artigos, o que indica uma lacuna ainda a ser preenchida de estudos que envolvam a adaptação desta metodologia para o setor público. Palavras-Chave: Balanced Scorecard; Organizações Públicas; Bibliométrico. 1. Introdução O estudo da ferramenta estratégica de Kaplan e Norton, Balanced Scorecard (BSC), criado em 1992, tornou-se essencial no entendimento da organização como um todo. Desde então, a produção de conhecimento na área de estratégia vem aumentando, proporcionando uma maior quantidade de estudos que abordem o tema. O ambiente de grande dinamismo e caracterizado por organizações com estruturas cada vez mais complexas exige mudanças rápidas por parte das organizações. Essa incessante busca por estratégias organizacionais traz à tona o Balanced Scorecard (BSC), uma ferramenta gerencial que possui aplicações práticas. Neste sentido, esta ferramenta contempla quatro perspectivas que originalmente foram desenhadas para mensurar o desempenho de organizações privadas, no entanto, as organizações públicas não deixaram de notar os resultados apresentados pelo uso deste instrumento ao longo dos anos. Sendo assim, é relevante considerar a adaptação do Balanced Scorecard para estas instituições de forma a atender suas principais demandas e seu público principal: a sociedade. Assim, seus criadores realizaram algumas mudanças e incrementos 18 anos depois de sua criação, sendo possível utilizar-se desta ferramenta para mensuração de desempenho e eficiência no setor público. Assim, ao se considerar a utilização do Balanced Scorecard como alternativa para aprimoramento da eficiência de organizações públicas, tem-se como problema de pesquisa neste trabalho: Considerando que os estudos do BSC na gestão pública são ainda recentes na academia brasileira, quantos trabalhos vêm sendo publicados no Brasil nos últimos 10 anos? Diante disso, o principal objetivo deste estudo é o mapeamento de um panorama bibliométrico da produção acadêmica sobre o Balanced Scorecard, com foco nas organizações públicas, no Brasil, no horizonte temporal de 10 anos, de 2007 a 2017, destacando as revistas

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Petrópolis/RJ – 30 de novembro e 01 de dezembro de 2017

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O BALANCED SCORECARD EM ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS: uma análise

bibliométrica da produção acadêmica brasileira de 2007 a 2017

Camila Alves Guilarducci

Tatiana Dornelas de Oliveira

Luiz Marcelo Antonialli

Resumo:

Desde a criação da ferramenta estratégica em 1992, por Kaplan e Norton, o Balanced Scorecard

foi capaz de medir o desempenho organizacional por meio de metas e indicadores de

desempenho. Neste sentido, empresas privadas foram, ao longo dos anos, usufruindo do BSC

para desenhar sua estratégia, como também aprimorá-las. Deste modo, as organizações públicas

encontraram uma oportunidade nesta ferramenta de modo que ela atenda sua principal

demanda: a sociedade, de maneira mais eficiente. Pensando nisso, a adaptação do BSC para o

setor público ainda é recente nos estudos acadêmicos. Assim, este estudo bibliométrico, teve

por objetivo mapear o número de publicações sobre o BSC nas organizações públicas, em um

recorte temporal de 10 anos, de 2007 a 2017 nas bases de pesquisa Spell, SciELO e Web of

Science. Foram encontrados na última década apenas 18 artigos, o que indica uma lacuna ainda

a ser preenchida de estudos que envolvam a adaptação desta metodologia para o setor público.

Palavras-Chave: Balanced Scorecard; Organizações Públicas; Bibliométrico.

1. Introdução

O estudo da ferramenta estratégica de Kaplan e Norton, Balanced Scorecard (BSC),

criado em 1992, tornou-se essencial no entendimento da organização como um todo. Desde

então, a produção de conhecimento na área de estratégia vem aumentando, proporcionando uma

maior quantidade de estudos que abordem o tema. O ambiente de grande dinamismo e

caracterizado por organizações com estruturas cada vez mais complexas exige mudanças

rápidas por parte das organizações. Essa incessante busca por estratégias organizacionais traz à

tona o Balanced Scorecard (BSC), uma ferramenta gerencial que possui aplicações práticas.

Neste sentido, esta ferramenta contempla quatro perspectivas que originalmente foram

desenhadas para mensurar o desempenho de organizações privadas, no entanto, as organizações

públicas não deixaram de notar os resultados apresentados pelo uso deste instrumento ao longo

dos anos. Sendo assim, é relevante considerar a adaptação do Balanced Scorecard para estas

instituições de forma a atender suas principais demandas e seu público principal: a sociedade.

Assim, seus criadores realizaram algumas mudanças e incrementos 18 anos depois de sua

criação, sendo possível utilizar-se desta ferramenta para mensuração de desempenho e

eficiência no setor público.

Assim, ao se considerar a utilização do Balanced Scorecard como alternativa para

aprimoramento da eficiência de organizações públicas, tem-se como problema de pesquisa

neste trabalho: Considerando que os estudos do BSC na gestão pública são ainda recentes na

academia brasileira, quantos trabalhos vêm sendo publicados no Brasil nos últimos 10 anos?

Diante disso, o principal objetivo deste estudo é o mapeamento de um panorama

bibliométrico da produção acadêmica sobre o Balanced Scorecard, com foco nas organizações

públicas, no Brasil, no horizonte temporal de 10 anos, de 2007 a 2017, destacando as revistas

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com maiores publicações e seus estratos, visto que é uma área ainda recente de estudos, sendo

pesquisada há pouco mais de 20 anos na academia.

Desta forma, este trabalho está organizado em um referencial que contempla as

perspectivas do BSC e seu uso nas organizações, como também a adaptação desta ferramenta

às demandas das organizações públicas. Em seguida, são apresentados os aspectos

metodológicos, os artigos encontrados nas bases SPELL, SciELO e Web of Science e os

periódicos com mais publicações que vêm discutindo acerca do tema no Brasil, assim como as

principais constatações percebidas nos últimos 10 anos. Por fim, são apresentadas sugestões

para estudos futuros que complementem a lacuna de estudos nesta área ainda recente discutida

em estudos nacionais.

2. Fundamentação Teórica

2.1. Balanced Scorecard: a criação de um mensurador de desempenho organizacional

Com a chegada da década de 1990, a busca por uma excelência operacional passou a

demandar sistemas de avaliação baseados em indicadores de desempenho mais amplos que

pudessem fazer uma medição mais próxima do real de seus negócios. Desta forma, acadêmicos

e empresários tentaram contornar as inconformidades dos sistemas de avaliação de desempenho

organizacional ao longo dos anos. Diante desta situação, após um estudo realizados em doze

organizações, os professores da Harvard Business School, Robert Kaplan e David Norton,

foram os pioneiros a desenvolver uma ferramenta de avaliação de desempenho, o Balanced

Scorecard (BSC), em 1992 (KAPLAN; NORTON, 1997).

Kaplan e Norton (1997) definem que o Balanced Scorecard é uma ferramenta que

permite proporcionar aos gestores desenhar a estratégia organizacional em indicadores,

tornando as organizações mais eficazes e consequentemente levando-as a um melhor

desempenho.

Ramos (2006) complementa que a utilização do BSC pelas organizações está em

constante desenvolvimento, visto que surgiram inovações importantes ao aliar novas técnicas

ao processo, como por exemplo, a tradução da visão, a comunicação da estratégia em todos os

setores da organização, a ligação entre os objetivos de curto e longo prazos, o planejamento das

ações, o uso de feedbacks e o aprendizado.

O BSC engloba a mensuração de resultados financeiros de ações tomadas, como

também a de operações como a satisfação de clientes, processos internos e outras atividades

que proporcionam inovação à organização. Neste sentido, ele permite que seus gestores se

concentrem nas quatro perspectivas mais importantes da organização, diminuindo o excesso de

informação derivado de inúmeros itens de mensuração, utilizados antes do BSC (KAPLAN;

NORTON, 1992).

Diante disto, as quatro perspectivas do BSC compreendem a financeira, cliente,

processos internos e aprendizagem e inovação. Neste sentido, mesmo o BSC possuindo um

conceito inovador, ainda se conserva as medidas financeiras, pois Sauaia (2013) entende que

elas são consideradas valiosas para as organizações, como consequências das ações realizadas.

Além disso, a performance financeira é mensurada de modo a indicar se a estratégia

organizacional, sua implementação e execução contribuem com o aprimoramento do negócio,

de modo a sobreviver, se tornar um sucesso e prosperar (KAPLAN; NORTON, 1992).

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A perspectiva cliente envolve o estabelecimento de objetivos e indicadores relacionados

a segmentos de clientes com os quais a organização irá atuar, além de se preocupar com a

qualidade do serviço e do sucesso da estratégia, como a satisfação, retenção e conquista de

novos clientes, dentre outros (KAPLAN; NORTON, 1997).

Já na terceira perspectiva, processos internos, seus objetivos estratégicos e indicadores

são elaborados após as duas primeiras perspectivas. Desta maneira, Kaplan e Norton (1997)

definem que os processos internos são aqueles críticos no qual a organização deve alcançar a

excelência. Nesta etapa, se identificam os gargalos dos fluxos de processos, que se sanados,

levarão a organização à intenção estratégica. Deste modo, como Ramos (2006) coloca, os

gestores passam a enxergar a organização, aperfeiçoando as capacidades e habilidades de seus

funcionários, possibilitando a melhoria de seus processos internos. Seguindo esta ideia, com o

aprimoraento dos processos, resulta em melhoria dos indicadores estabelecidos,

consequentemente aumentando a criação de valor organizacional.

E por fim, a perspectiva de aprendizagem e inovação representa o elo final, onde se

encontram as metas de aprendizado e crescimento, onde a maior ênfase se encontra na

capacitação do indivíduo, sendo este o capital humano e intelectual, o recurso mais importante

como destacam Kaplan e Norton (1997).

Cabe acrescentar que ao se pensar em BSC se pensa em mapa estratégico, o qual

segundo Leão Filho e Nascimento (2010), ainda na década de 1990, esta ferramenta passou a

ser associada a este instrumento. Conforme Kaplan e Norton (2004) explicam, o mapa

estratégico busca a interligação dos objetivos em relações de causa e efeito, assim, à medida

que se distribuem os objetivos entre as quatro perspectivas, os gestores passam a uni-los. Assim,

ele contribui definindo com maior qualidade os indicadores de desempenho em cada

perspectiva associando-os a metas quantificadoras e aos respectivos planos de ação que

apresentam os caminhos para a execução dos objetivos traçados.

2.2. As organizações públicas e o Balanced Scorecard

Desde a criação do Balanced Scorecard (BSC) em 1992, grande parte das organizações

privadas tem adotado uma metodologia de medição de desempenho organizacional. Contudo,

sua aplicação na administração pública se torna um desafio a ser vencido, exigindo atenção

especial para sua customização. Neste sentido, Ghelman e Costa (2006) afirmam que a

administração pública deve se inspirar em modelos de gestão de organizações privadas, mas

nunca perder sua essência, pois enquanto a função do setor privado visa a maximização do

lucro, o setor público tem como foco principal cumprir com sua função social.

Neste sentido, como afirma Pinto (2004), as organizações do setor público não

estiveram alheias ao sucesso dos resultados obtidos pela utilização do BSC, apesar de ter sido

desenvolvido para aplicação em empresas do setor privado. Perante a necessidade no

aprimoramento da gestão pública, percebeu-se rapidamente que o BSC se configurava como

um instrumento poderoso de gestão de forma a traduzir a estratégia organizacional para além

do meio privado.

Pensando neste aspecto, diante da distinção da natureza dos setores públicos e privados,

Robert Kaplan, um dos criadores do BSC, dezoito anos após sua criação, se preocupou em

adaptar suas perspectivas para que organizações públicas também pudessem usufruir de um

mensurador de desempenho organizacional capaz de atender suas demandas.

Desta forma, como colocado por Arretche (2001), existem três critérios de avaliação das

políticas públicas: eficiência, eficácia e efetividade, onde há uma necessidade de se avaliar estas

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políticas através destas dimensões. Neste sentido, Ghelman e Costa (2006) complementam que

o BSC na esfera pública deve contemplar medidas nas dimensões de efetividade, eficácia e

eficiência, visto que uma organização pública, para prestar seus serviços com excelência, é

necessário realizar sua função social (efetividade) com qualidade na prestação de serviços

(eficácia) e com o menor consumo de recursos possível (eficiência).

Diante disto, Kaplan (2010) declara que inicialmente o BSC foi pensado para

organizações privadas, no entanto, ele se estendeu para os setores públicos. Neste sentido, a

primeira perspectiva, a financeira, deveria ser repensada no sentido que organizações públicas

priorizam a maximização do lucro e sim o seu impacto social e sua missão, de forma que ela

represente uma prestação de contas com a sociedade.

Assim, a ideia para a perspectiva financeira no setor público, é que o BSC visa medir a

eficiência e criação de valor a um menor custo possível, de maneira que ao se determinar os

custos das atividades, produtos e serviços se tornam indispensáveis para a gestão, podendo

influenciar como estas instituições realizam seus orçamentos (FERNANDES; FURTADO;

FERREIRA, 2016).

Além disso, Kaplan (2010) acrescenta que outra modificação deve ser adicionada de

forma a expandir a perspectiva cliente, é considerar que doadores ou contribuintes fornecem os

recursos financeiros para estas organizações, ou seja, eles pagam pelo serviço, enquanto o outro

grupo, o de cidadãos e beneficiários recebem o serviço. Assim, tantos os beneficiários quando

os fornecedores de recursos devem ser colocados no topo do mapa estratégico destas

instituições.

Já para a perspectiva dos processos internos, no contexto do setor público, os gestores

devem procurar identificar os processos chave da organização como também os processos de

inovação, pois o aperfeiçoamento dos processos existentes e a identificação dos novos retratam

um aumento da eficiência na organização. Assim, a ampliação dos universos populacionais a

serem atendidos pelo Estado depende, essencialmente, do aumento da eficiência organizacional

e, por conseguinte, da otimização na aplicação de seus recursos. Desta forma, esta perspectiva

sob a ótica pública visa não somente a melhoria dos processos, como também a eficiências das

ações públicas de modo a satisfazer as necessidades de seus clientes, o que no caso, seria a

população/sociedade (KAPLAN, 2010).

Em relação à última perspectiva, de aprendizagem e inovação, ela irá contemplar os

indivíduos, como também o aperfeiçoamento da gestão interna. Seguindo esta ideia, nos setores

públicos, esta etapa é ainda mais crucial se comparada ao meio privado, visto que pode se

considerar um engessamento na gestão de pessoas. Além do fato de ser proibido a contratação

de funcionários sem concursos públicos, a remuneração não diferencia indivíduos que exerce

com excelência suas atividades em relação a outros que executam de modo inferior

(GHELMAN; COSTA, 2006).

Ghelman (2006) então complementa que:

[...] o desempenho organizacional depende da capacitação, motivação e do bem-estar

da força de trabalho. Por isso, para que a gestão pública esteja orientada para

resultados, é preciso realizar um amplo programa de sensibilização, buscando

assegurar o comprometimento das pessoas, capacitar a força de trabalho para as novas

competências demandadas e promover ações de valorização do servidor [...]

(GHELMAN, 2006, p. 67).

Fernandes, Furtado e Ferreira (2006) corroboram ao declararem a complexidade da

gestão de pessoas na Administração Pública, no entanto ela é relevante no sentido de o BSC

apresentar uma perspectiva exclusiva para os recursos humanos, onde o desenvolvimento destes

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indivíduos compreende a base de sustentação deste processo, no qual é necessário a mudança de

indivíduos para uma mudança organizacional.

Assim, pode-se dizer que o Balanced Scorecard se firma como um modelo de gestão útil

para a realidade pública, particularmente, por conseguir estabelecer uma ligação entre a

declaração da missão e da estratégia e as medidas de desempenho da operacionalização da

organização (PINTO, 2004; FERNANDES; FURTADO; FERREIRA, 2006; GHELMAN;

COSTA, 2006; KAPLAN, 2010). Além disso, percebe-se que os estudos sobre a utilização deste

instrumento no meio público ainda é uma área muito recente nos trabalhos da academia, desta

forma, nos próximos capítulos serão apresentados os principais estudos na área realizados no

Brasil.

3. Metodologia de Pesquisa

O estudo realizado é caracterizado como uma pesquisa bibliográfica e bibliométrica,

sendo embasado por trabalhos publicados na temática escolhida, ou seja, utilizando fonte

secundárias (LAKATOS; MARCONI, 2001).

O presente trabalho analisou publicações acerca do Balanced Scorecard aplicado às

organizações públicas, contidas entre os anos de 2007 e 2017, utilizando a bibliometria. O

estudo bibliométrico é uma técnica de grande importância surgida no século XX, que possui

como principal característica, a elaboração de índices a respeito da produção do conhecimento

científico (PRICE, 1976).

“Deixando de lado os julgamentos de valor, parece clara a importância de se dispor

de uma distribuição que nos informe sobre o número de autores, trabalhos, países ou

revistas que existem em cada categoria de produtividade, utilidade ou o que mais

desejarmos saber” (PRICE, 1976, p. 39).

O estudo bibliométrico quantifica os trabalhos escritos, sendo um processo de extração

dos dados por meio de um método estatístico de análise dos estudos previamente publicados

(PRITCHARD, 1969; AGARWAL et al., 2016).

Sendo assim, delimitou-se para a metodologia do presente estudo, a consulta as

seguintes bases de pesquisa: Spell, SciELO e Web of Science. Adotou-se o critério de validar

somente os artigos publicados em periódicos nacionais, tanto em língua inglesa, quanto em

língua portuguesa, dentro de um recorte temporal de 2007 até junho de 2017. A coleta de dados

foi realizada no primeiro semestre de 2017.

O levantamento e seleção das publicações científicas se deu a partir da busca por duas

palavras contidas nos títulos, resumos e palavras-chaves dos artigos contidos nas bases citadas:

“Balanced Scorecard” e “BSC”. Nessa primeira fase, montou-se uma tabela contendo todos os

artigos encontrados.

O passo seguinte foi analisar cada um dos trabalhos encontrados, eliminando aqueles

que não tratavam em seu escopo de organizações públicas. Ademais, cabe acrescentar que

foram desconsiderados os artigos científicos publicados em periódicos internacionais ou cujo

tema não se relacionava com a área de Administração, ganhando novos significados. Ao final,

foram identificados os artigos que se repetiam nas bases de busca, eliminando então, as

duplicidades. Optou-se neste trabalho então, realizar uma contagem das principais publicações

realizadas na última década, identificando a quantidade de artigos encontrados em cada uma

das bases, como também, os periódicos com mais publicações sobre o tema e as palavras mais

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recorrentes nos resultados. Assim, o resultado desta pesquisa pode ser verificado no capítulo a

seguir.

4. Análise dos Resultados

O estudo bibliométrico sobre o Balanced Scorecard aplicado às Organizações Públicas

realizado nessa pesquisa manuseou os artigos publicados em um período de 10 anos, nas datas

compreendidas entre os anos de 2007 a 2017. Para a confecção deste trabalho científico foram

utilizadas três bases de pesquisa: SPELL, SciELO e Web of Science.

A busca pela palavra-chave “Balanced Scorecard” retornou na base SPELL, 118 artigos,

na SciELO 36 artigos e na Web of Science 33 artigos. Com a busca pela palavra-chave “BSC”

foram encontrados 7 artigos na base SPELL, 37 artigos na SciELO e 46 artigos na base de

pesquisa Web of Science.

Como dito anteriormente, a partir dessa primeira parte, alguns artigos foram eliminados,

aqueles se repetiam entre as bases e também os trabalhos que não se referiam ao Balanced

Scorecard como uma ferramenta de auxilio estratégico, chegando-se a um total de 169 artigos

publicados no período dos últimos dez anos, em periódicos brasileiros e mais 8 artigos que

foram encontrados em mais de uma base.

Para os fins deste trabalho, foram analisados cada um dos 177 trabalhos e após uma

leitura criteriosa, foram identificados os trabalhos que abarcavam o BSC em Organizações

Públicas. Foram encontrados então, 16 artigos científicos e mais 2 que se repetem em mais de

uma base, conforme Tabela 1 a seguir.

Tabela 1. Artigos que se repetem nas bases de pesquisa Título do Artigo Periódico Estrato Autores Ano Bases

Um estudo sobre a aderência do

Balanced Scorecard às empresas

abertas e fechadas

Revista

Contabilidade

& Finanças -

USP

A2

Daniel Augusto

Dietschi, Auster

Moreira

Nascimento

2008 Spell e SciELO

The Balanced Scorecard as a

performance management tool

for third sector organizations: the

case of the Arthur Bernardes

Foundation, Brazil

Brazilian

Administration

Review

A2

Ricardo Corrêa

Gomes, Joyce

Liddie

2009 Spell e SciELO

Fonte: Dados da pesquisa (2017).

Na base de pesquisa SPELL foram encontrados 7 artigos, sendo considerada a

plataforma com mais artigos científicos que tratavam sobre o tema no período de busca

proposto. Os trabalhos foram organizados na Tabela 2, em uma ordem decrescente em relação

ao ano.

Tabela 2. Artigos na base SPELL Título do Artigo Periódico Estrato Autores Ano Bases

O controle gerencial na perspectiva

do new public management: o caso

da adoção do balanced scorecard na

Receita Federal do Brasil

Administração

Pública e

Gestão Social

B1

Blonski, F.; Prates,

R.; Costa, M.;

Vizeu

2017 Spell

Fatores críticos de sucesso no

processo de implementação do

balanced scorecard: um estudo de

caso nas instituições federais de

ensino superior

Revista de

Ciência da

Administração

B1 Cunha, M.; Kratz,

L. 2016 Spell

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Aplicação do Balanced Scorecard no

auxílio à formulação do

planejamento estratégico no setor

público: o caso DAE/UFLA

Revista

Economia &

Gestão

B2

Fernandes, Alan;

Furtado, Renata;

Ferreira, Patricia

2016 Spell

O Balanced Scorecard em

Organizações sem fins lucrativos:

um estudo de caso

Revista

Eletrônica de

Estratégia &

Negócios

B2

Rosa, M.; Petri, S;

Bianco, P.; Dias,

L.

2016 Spell

Uma avaliação da adoção do BSC

pelos Tribunais de Contas dos

Estados

Cadernos

Gestão Pública

e Cidadania

B2

Afonso, R.;

Romano, M.; Silva

Júnior; Portugal,

G.

2015 Spell

Proposta de um mapa estratégico

para uma universidade pública

Revista

Evidenciação

Contábil &

Finanças

B3 Martins, V. 2015 Spell

Gestão Pública através de mapas

estratégicos do balanced scorecard:

um estudo de caso do Festival

Floripa Azevedo

Revista

Catarinense da

Ciência

Contábil

B3

Petri, Sérgio; Rosa,

Marcelo;

Domingo, Fabiano;

Bianco, Bernardo

2014 Spell

Fonte: Dados da pesquisa (2017).

Na base SciELO foram encontrados apenas 4 artigos, conforme Tabela 3 a seguir, sendo

a plataforma com menor quantidade de pesquisas científicas sobre o Balanced Scorecard

aplicado ao setor público, nos últimos 10 anos.

Tabela 3 – Artigos na base SciELO Título do Artigo Periódico Estrato Autores Ano Bases

Aplicação do Balanced Scorecard na

governança da informação do

Exército Brasileiro

Gestão &

Produção B1

Sales, Luciano;

Roses, Luís Kalb;

Prado, Hércules

2016 SciELO

O processo de formulação e

monitoramento do planejamento

estratégico de Tribunais de Contas

sob a ótica da Nova Sociologia

Institucional

Revista de

Administração

Pública

A2

Santos, Marco

Aurélio; Salomon,

Valério; Martins,

Fernando

2015 SciELO

Analytic network process and

balanced scorecard applied to the

performance evaluation of public

health systems

Pesquisa

Operacional A2 Mattos, Cristiane; 2015 SciELO

Excelência e produtividade: novos

imperativos de gestão no serviço

público

Psicologia &

Sociedade B2

Schlindwein,

Vanderléia 2015 SciELO

Fonte: Dados da pesquisa (2017).

Por fim, na última base pesquisada, na Web of Science foram encontrados 5 artigos,

conforme pode ser observado na Tabela 4.

Tabela 4 – Artigos na base Web of Science Título do Artigo Periódico Estrat

o

Autores Ano Bases

Managerial control under the

perspective of new public

management: the adoption of the

balanced scorecard by the federal

revenue service of Brazil

Administração

Pública e Gestão

Social

B1

Blonski, Fabiano;

Prates, Rodolfo;

Costa, Mayla et al.

2017 Web of Science

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Strategy and management of the

judiciary: a proposal for a study

of social practices related to BSC

Revista do

Serviço Público B2

Sauerbronn,

Fernanda;

Sauerbronn, João

Felipe; Gangemi,

Pedro Paulo; et al.

2016 Web of Science

The balanced scorecard in non-

economic organizations: a case

study

Revista

Eletrônica de

Estratégia e

Negócios -

REEN

B2

Da Rosa, Marcelo;

Petri, Sérgio;

Bianco, Patrícia; et

al.

2016 Web of Science

Proposal for a strategic map for a

public university

Revista

Evidenciação

Contábil &

Finanças

B3 Martins, Vinicius

Abilio 2015 Web of Science

Evaluation of organization

performance: an study applied in

philanthropic hospitals

ERA- Revista de

Administração de

Empresas

A2

Carneiro da Cunha,

Julio; Correa,

Hamilton

2013 Web of Science

Fonte: Dados da pesquisa (2017).

Por meio da análise das três bases foi possível estabelecer um ranking com as revistas

que mais publicaram nesse período sobre o Balanced Scorecard em Organizações Públicas,

conforme o Gráfico 1. As três revistas que possuem o maior número de publicações são voltadas

para a contabilidade, estratégia ou para a administração pública, com 3 publicações cada.

Gráfico 1. Ranking dos periódicos

Fonte: Dados da pesquisa (2017).

Complementando o gráfico anterior, é possível observar a porcentagem de artigos

publicados de acordo com o estrato da revista onde foram evidenciados, que são indicativos de

qualidade.

Tabela 5. Quantidade de publicações, por estrato

0 1 2 3 4

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

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Estrato Quantidade de publicações %

A2 4 18%

B1 6 27%

B2 8 36%

B3 5 23%

Fonte: Dados da pesquisa (2017).

De acordo com a Tabela 5, é possível observar que a maior parte das publicações foi

realizada em periódicos com classificação B2 (36%), seguindo pelos periódicos de classificação

B1 (27%), B3 (23%) e A2 (18%).

A publicação de artigos que abordam o BSC no decorrer de 10 anos não apresenta

regularidade, como pode ser visto no Gráfico 2 a seguir. Somente a partir do ano de 2013,

começaram a surgir estudos sobre o tema aplicado às Organizações Públicas. A maior

quantidade de publicações alcançou seu pico nos anos de 2015 e 2016, considerando que 2017

ainda não foi finalizado.

Gráfico 2. Quantidade de publicações por ano Fonte: Dados da pesquisa (2017).

Visando uma complementação da análise, utilizou-se o software TAGUL para a

montagem e uma nuvem de palavras. Para sua execução, foram utilizados os títulos dos 18

artigos selecionados pela pesquisa, evidenciando as palavras mencionadas com mais frequência

e excluindo as preposições e advérbios.

A Figura 1 demonstra o resultado da análise, mostrando em destaque as palavras com

maior frequência e em menor, as que tiveram menor frequência.

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Figura 1. Nuvem de palavras

Fonte: Dados da pesquisa (2017).

Após a confecção da gravura anterior pelo software é possível perceber em evidência o

principal foco do trabalho: Balanced Scorecard. Demonstrando que os buscadores utilizados

estavam coerentes, as palavras Public e BSC também apareceram entre as mais citadas, sendo

que as demais palavras também interagem com a temática abordada.

5. Conclusões

Por meio do estudo realizado nesse artigo foi possível a avaliação de uma análise

quantitativa descritiva de publicações sobre estudos que vieram abordando o Balanced

Scorecard na gestão pública em um recorte temporal de 10 anos, de 2007 a 2017. O Balanced

Scorecard é uma ferramenta estratégica ainda pouco abordada no Brasil, principalmente

quando aplicada a Administração Pública, conforme demonstrou-se como objetivo fim deste

trabalho.

Após a execução da metodologia explicitada anteriormente, foram encontrados apenas

18 artigos aplicados a organizações públicas, o que corresponde a apenas 10,17% de todos os

trabalhos publicados sobre a ferramenta de desempenho, evidenciando a recente gama de

estudos nesta área, visto que em uma década, foram encontrados menos de 20 trabalhos.

Foram constatados a partir desta análise bibliométrica que dentre as bases de pesquisa

consultadas, Spell, SciELO e Web of Science, a Spell apresentou o maior número de artigos

sobre o tema, sendo 7 artigos publicados, segundo o filtro proposto. A que menos teve artigos,

foi a base SciELO, com apenas 4 artigos em sua base na última década. Observou-se também

que os periódicos com mais publicações nesta área foram a Revista Evidenciação Contábil &

Finanças, a Revista Eletrônica de Estratégia e Negócios- REEN e a Revista Administração

Pública & Gestão Social, apresentando respectivamente, os estratos B3, B2 e B1. Por fim,

destacou-se os anos de 2015 e 2016 como os anos em que mais houveram estudos publicados

na academia.

Portanto, diante da importância que a ferramenta de Kaplan e Norton possui, como

sendo uma maneira de tornar a estratégia organizacional mais clara em metas e indicadores de

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desempenho, é possível perceber que sua aplicação está aquém do ideal. O Balanced Scorecard

pode e deve ser utilizado como medida de desempenho de modo a aprimorar não somente as

políticas públicas, como também o seu atendimento à sociedade. Sugere-se então para pesquisas

futuras verificar como o uso do Balanced Scorecard está sendo implementado na gestão pública

e se sua utilização, consegue trazer resultados mais eficientes para organizações do setor

público. Cabe pensar também em organizações cuja função social é relevante, como as

universidades públicas e como esta ferramenta pode contribuir para um melhor planejamento

de suas atividades, trazendo novas perspectivas de estudos nesta área.

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