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FORRÓ DOS BANCÁRIOSSÁBADO, ÀS 20h, NO ALTO DO ANDU

Edição Diária 7228 | Salvador, quinta-feira, 08.06.2017 Presidente Augusto Vasconcelos

SINDICATO

Bolso do cidadão sente a crise Página 2

A nova diretoria do Sindicato, eleita com 96,38% dos votos, toma posse hoje, às 20h, no Hotel Portobello, em Ondina. Diante da atual

Novos desafiospara a diretoria

conjuntura nacional, de imposição de retrocessos, os desafios de enfrentamento ao governo Temer são muitos. Página 3

Avança a reforma trabalhista. ErroPágina 4

Forças progressistas ampliam resistência contra o avanço do projeto neoliberal no país. Reformas acabam com direitos e levam o país ao retrocesso

o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, quinta-feira, 08.06.20172 RETROCESSO

Manter o orçamento e as contas em dia é quase impossívelROSE LIMAimprensa@bancariosbahia.org.br

Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933

O BANCÁRIO

Com Temer, cai a renda do brasileiro

Informativo do Sindicato dos Bancários da Bahia. Editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Augusto Vasconcelos. Diretor de Imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade.Endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, Mercês, Centro, Salvador-Bahia. CEP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - imprensa@bancariosbahia.org.brJornalista responsável: Rogaciano Medeiros - Reg. MTE 879 DRT-BA. Chefe de Reportagem: Rose Lima - Reg. MTE 4645 DRT-BA. Repórteres: Ana Beatriz Leal - Reg. MTE 4590 DRT-BA e Rafael Barreto. Estagiária em jornalismo: Bárbara Aguiar e Salete Maso. Projeto gráfico: Márcio Lima. Diagramação: André Pitombo. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.

O BRASILEIRO sente no bol-so os reflexos da crise iniciada por Aécio Neves quando per-deu a eleição presidencial, em 2014, e prosseguida por Edu-ardo Cunha, que começou o processo ilegal de impeachment de Dilma Rousseff, e Michel Te-mer, hoje presidente.

Desde o fim de 2014, a ren-da da população brasileira en-colheu 11%, aponta cálculo da LCA Consultores. Isso explica a sensação de perda de bem-es-tar e o orçamento sempre aper-

tado da maioria dos trabalha-dores. A renda já não dá mais para suprir a demanda de uma família no mês.

Nem mesmo os sinais de re-cuperação da atividade eco-nômica ajudam a melhorar o cenário. O poder de compra do consumidor caiu. O salá-rio não acompanha a elevação dos preços dos produtos. A nova realidade tem obrigado o brasileiro a refazer os planos, como uma viagem ou a com-pra de um imóvel.

O pior é que não há perspec-tivas de melhoras. O estudo re-vela que, mesmo com as pro-jeções mais otimistas sobre o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), o trabalhador sentirá os reflexos da crise por, pelo menos, cinco anos.

Auxílio para filhos que possuem deficiênciaOS BANCÁRIOS que possuem filhos com deficiência e que pre-cisam de cuidados permanentes conquistaram o direito, previs-to na CCT (Convenção Coleti-va do Trabalho), de receber o auxílio-creche ou auxílio-babá. Contudo, para ter acesso aos benefícios é preciso ter a con-dição comprovada por meio de atestado fornecido pelo INSS, por instituição por ele autori-zada, ou ainda por médico do

convênio mantido pelo banco. O valor do reembolso pode

chegar a R$ 434,17 para cada filho até a idade de 71 meses. Está incluso despesas com cre-ches, pagamento de empregada doméstica e babá com vínculo empregatício através da carteira de trabalho. O pagamento não é acumulativo caso os cônjuges trabalhem na mesma empresa. Ou seja, apenas um poderá re-ceber o benefício.

Contencioso da Caixa só atrapalha a FuncefA CAIxA continua a negligen-ciar o pagamento do conten-cioso judicial junto à Funcef. A dívida ativa do banco com a Fundação só cresce e já bate na casa dos R$ 2,4 bilhões. Quem sofre são os participantes, que acabam por pagar contribui-ções extraordinárias de equa-cionamento pela irresponsabi-lidade da instituição financeira.

Por isso, foi lançada a cam-panha Contencioso: essa dí-vida é da Caixa. A intenção é cobrar da empresa, de uma vez por todas, o pagamento

do passivo que representa o maior déficit da Funcef.

É bom lembrar que a luta pela quitação do contencioso rola desde o fim dos anos 90. De lá para cá, os trabalhadores garan-tiram avanços, porém, ações ju-diciais, principalmente relacio-nadas ao CTVA (Complemento Temporário Variável de Ajuste de Piso de Mercado), ainda per-manecem sendo cobradas para o conjunto dos participantes, já que a Caixa se nega a pagar os valores que impactam especial-mente no REG/Replan.

Bancários pais de filhos deficientes têm direito a auxílios creche e babá

Brasileiros têm de fazer malabarismo para pagar as contas do mês. Dureza

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o bancáriowww.bancariosbahia.org.br • Salvador, quinta-feira, 08.06.2017 3SINDICATO

Evento acontece no Hotel Portobello, a partir das 19hRAFAEL BARRETO imprensa@bancariosbahia.org.br

mANOEl pORTO

Hoje é a posse da nova diretoria

HOjE acontece a posse da nova diretoria do Sindicato dos Bancários da Bahia. A sole-nidade marcada para as 19h, no Hotel Portobello, em Ondi-na, está sendo preparada com muito comprometimento de todos na entidade.

Como também deve ser a próxima gestão do empregado da Caixa e presidente reeleito, Augusto Vasconcelos, que terá

ao lado, na vice-presidência, a experiência de luta do funcio-nário do Bradesco, Euclides Fa-gundes. O mandato vai até ju-

nho de 2020.A dobradinha vai liderar o

novo corpo diretor contra os desmontes promovidos pelo go-

verno Temer e todo o cenário de incertezas fruto da ganância do setor financeiro. Os desafios são muitos.

Em conjuntura difícil, bancários dos privados definem ações de luta. AS ESTRATégIAS de mobili-zação e luta dos bancários dos bancos privados para enfrentar questões relacionadas à defesa do emprego, saúde, condições de trabalho estão em debate até hoje, no Encontro dos Bancá-rios dos Bancos Públicos, que ocorre em São Paulo.

As reformas trabalhista e da Previdência e os prejuízos que causam a todos os brasileiros também são destaque. O even-to reúne funcionários do Itaú, Bradesco, Santander, Mercantil do Brasil e Bic Banco.

O grande capital, liderado

pelo sistema financeiro, tenta impor uma agenda de retroces-sos, com a retirada de direitos e a privatização de empresas pú-blicas, como BB e Caixa.

A economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos So-cioeconômicos), Regina Ca-margos, lembra que a reforma trabalhista altera cerca de 200 pontos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e derru-ba vários pontos da TST (Tri-bunal Superior do Trabalho) que têm interpretações favorá-veis aos trabalhadores.

SBBA pelos assistentes do BBO SINDICATO dos Bancários da Bahia está no aguardo da audiência de instrução sobre a solicitação feita pela enti-dade em junho de 2016 sobre o pagamento da 7ª e 8ª horas aos assistentes de negócios do Banco do Brasil.

A audiência inicial ocorreu em fevereiro, quando o SBBA expôs a justificativa para o ingresso da ação coletiva. A função de assistente de negó-cios é uma função técnica e não de confiança e, por isso, o banco deve respeito à jornada de seis horas e, consequente-mente, o pagamento da 7ª e 8ª horas extras realizadas.

Em Brasília, ação pareci-da foi julgada favorável pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) na última sexta--feira. O BB foi condenado a pagar, além das duas horas extras diárias, os reflexos em descanso semanal, 13º salá-rio, férias, licença-prêmio, li-cença-saúde, FGTS e contri-buições para a Previ.

O projeto tem impacto tam-bém na categoria bancária. A PLR, por exemplo, poderá ser parcelada em três vezes, a jorna-da pode aumentar e não haverá necessidade de pagamento de hora-extra. Tem ainda mudan-ças na estrutura da negociação coletiva que poderá ser por ban-co, o que diminui o poder de ne-gociação dos trabalhadores.

O bancário Hermelino Neto representou a Bahia e Sergipe. Durante o evento, José Antônio dos Santos debateu propostas de lutas para melhorias do pla-no de saúde do Santander.

Diretoria eleita com 96,38% dos votos fica à frente do Sindicato dos Bancários da Bahia até junho de 2020

Bancários da Bahia e Sergipe participaram dos ricos debates.

A defesa do emprego e dos direitos são prioridades no

Encontro dos Bancos Privados

o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, quinta-feira, 08.06.20174

SAQUE

REFORMA TRABALHISTA

Base governista consegue aprovar relatório no SenadoRAFAEL BARRETOimprensa@bancariosbahia.org.br

Mais retrocesso à vista no país

App vai registrar queixas A pARTIR de novembro, os con-sumidores vão poder registrar reclamações contra bancos atra-vés de aplicativos para celulares e tablets. O objetivo é que o ca-nal seja uma forma mais direta de comunicação com o cidadão.

Outra novidade é o acom-

panhamento das reclamações registradas no Banco Central. Para saber como anda o pro-cesso, o consumidor deve dis-car 145 pelo telefone ou acessar o site oficial do BC. É necessá-rio informar o CPF e o proto-colo da queixa.

A SITUAçãO do brasileiro não está nada fácil no Congresso Nacional. Apesar dos posicio-namentos contrários dos se-nadores baianos Otto Alencar (PSD/BA) e Lídice da Mata (PSB/BA) e de outros nove, a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado apro-vou, por 14 votos a 11, o relató-rio da reforma trabalhista, que lesa os direitos trabalhistas.

O mais incrível é que a des-

culpa de governistas como o relator Ricardo Ferraço (PS-DB-ES) e o senador José Serra (PSDB-SP) para aprovar o tex-to e rejeitar todas as emendas apresentadas pela oposição é de que o governo vai produzir ve-tos ou enviar Medida Provisória para costurar as enormes incoe-rências do texto.

Tudo para que a matéria não retorne à discussão na Câmara Federal e demore de ser apro-vada. Um absurdo. Agora, a resistência popular deve cres-cer sobre a CAS (Comissão de Assuntos Sociais) e a CCJ (Co-missão de Constituição, Justiça e Cidadania), por onde passa o texto antes de chegar ao plená-rio do Senado.

Sindicalizado tem acesso ao Forró O ASSOCIADO ao Sindicato que se prepara para curtir o Forró dos Bancários, sábado, na Vila Eco Salvador, no Alto do Andú, a partir das 20h, deve ficar ligado. Além da apresenta-ção da carteira de sindicalizado ou do contracheque, é preciso apresentar documento oficial

de identificação, com foto.A intenção é garantir a segu-

rança dos presentes. Este ano, o arrasta pé vai "bombar" com apresentações de peso.

Animam a galera, Adelmário Coelho, Danniel Vieira, Xote de Anjo, X10 e Colher de Pau. São mais de 10 horas de muita músi-ca. Para garantir o conforto, foi montada uma superestrutura, com serviço médico com am-bulância, segurança, brigadis-ta, uma praça de alimentação montada com Food Truck, Food Bike, mesas e cadeiras e barra-quinhas típicas com bebidas e comidas. A noite promete.

Texto da reforma trabalhista é nociva ao trabalhador. Direitos vão para o ralo

Danniel Vieira agita o forró, sábado

jOãO UbAldO - ARQUIVO

NA CARA A mídia conservadora, protagonista do golpe, já está antecipando o resultado. E o andamento do julgamento, que hoje entra no terceiro dia, aponta para a forte possibilidade de o Tribunal Superior Eleitoral absolver a chapa Dilma-Temer. Cla-ro, para não criar nenhum contratempo à imposição da agenda neoliberal. Afinal, Temer vem fazendo muito bem o papel sujo que o grande capital lhe reservou.

ÓDIO FASCISTA A atitude do apresentador Danilo Gentili, do SBT, que rasgou uma carta da deputada Maria do Rosário (PT-RS) e enfiou os pedaços dentro da calça, expõe o nível de insanidade e de ódio de uma parcela da mídia que não tem o menor receio de exibir comportamentos fascistas. A Câmara Federal pediu investigação, mas diante de uma Polícia Federal declaradamente tucana, a tendência é dar em nada.

REMéDIO AMARgO O neoliberalismo, visão de mundo em que o Estado se exime de qualquer responsabilidade com os pobres, não perdoa. Conduzido à presidência por um golpe jurídico-parlamentar-midiático para impor o projeto neoliberal, o presidente Temer confirmou o fim definitivo, até agosto, do programa Farmácia Popular, criado em 2004, pelo então presi-dente Lula, e que distribui medicamentos para quase 30 milhões de pessoas de baixa renda.

pRAZO VENCIDO No mesmo dia em que Temer anunciou o fim do programa Farmácia Popular, em São Paulo o prefei-to João Dória (PSDB) concedeu isenção fiscal de mais de R$ 66 milhões a alguns laboratórios, em troca de remédios com vali-dade a vencer nos próximos dias. Os medicamentos estão sendo distribuídos em unidades de saúde pública do Município, quer dizer, para a população pobre. Uma desumanidade.

RENÚNCIA gERAL Depois de completamente esvaziado e desprezado pelo ministro Mendonça Filho (DEM-PE), aquele mesmo que chamou o ator pornô Alexandre Frota para colher sugestões, o Fórum Nacional de Educação se desintegrou. On-tem, todos os integrantes do FNE entregaram o cargo. É a cara do governo Temer.