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A disputa do primeiro Grenal, o clássico gaúcho entre Grêmio e Interna-cional, pela Copa Libertadores, fez o Facebook bater o recorde de audi-ência no Brasil. Transmitido com exclusividade pela plataforma na noite

da última quinta-feira, a partida alcançou o recorde de 2,1 milhões de acessos simultâneos, quebrando pela primeira vez a barreira de 2 milhões de visualizações.

O recorde reforça a aposta que a plataforma tem feito na transmissão de partidas com exclusividade para o mercado brasileiro. Além da Libertadores, a rede social tem os direitos de transmissão da Champions League. Foi o segundo dia seguido em que a exibição de um jogo exclusivo pelo Facebook teve audiência recorde.

Na última quarta-feira, PSG 2x0 Borussia Dortmund, pelo torneio europeu, já

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR REDAÇÃO

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N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1454 - SEXTA-FEIRA, 13 / MARÇO / 2020

de reais foi o prejuízo do São Paulo em 2019, segundo número divulgado pelo clube para o seu Conselho de Administração156mi

Grenal leva mais de 2 mi para o Facebook

havia alcançado a maior audiência da história, com 1,2 milhão de espectadores, quebrando recorde que antes pertencia a Flamengo 6x0 San Jose, da Libertadores de 2019, a primeira partida a quebrar a barreira de 1 milhão de espectadores.

A alta demanda para acompanhar o Grenal pelo streaming gerou, mais uma vez, elogios e críticas nas redes sociais por parte dos torcedores. Muitas pessoas recla-mavam que estavam com dificuldade para acompanhar o jogo por conta da cone-xão falha. O Facebook, porém, não reportou problemas para aguentar o acesso simultâneo de tantas pessoas. Naturalmente, a conexão disponível para ver o jogo costuma ser mais baixa do que a capacidade de ver a partida sem travamentos. Já uma parte dos torcedores celebrava o fato de poder acompanhar ao duelo sem precisar pagar para isso. Além do Facebook, a Globo transmite em TV aberta o torneio, mas a emissora só exibe um jogo por semana, às quartas-feiras. Fox Sports e Sportv, ambos na TV por assinatura, exibem o restante das partidas.

O alto índice de audiência obtido num dos jogos de maior rivalidade do futebol, porém, será difícil de ser alcançado novamente pelo Facebook. Pelo menos no curto prazo. Com a pandemia do coronavírus, a Conmebol já anunciou a suspen-são temporária das partidas da Libertadores, enquanto a Uefa confirmou que os dois jogos que seriam realizados na próxima terça-feira (17) pelas oitavas-de-final da competição já estão adiados: Juventus x Lyon e Manchester City x Real Madrid.

Na quarta-feira, a Champions League tem confirmadas as disputas entre Bayern de Munique x Chelsea e Barcelona x Napoli. As partidas ainda estão previstas, mas dificilmente qualquer uma delas conseguirá quebrar a barreira dos 2 milhões.

B O TA F O G O R E N O VA C O M B AT E R A X P O R U M A N O

A Baterax anunciou a renovação por um ano do pa-trocínio ao Botafogo. A marca da empresa continuará a ficar na parte traseira do calção do time e, durante o Campeonato Carioca, ganhará espaço também no cen-tro do peito do uniforme da equipe do Rio de Janeiro.

A marca também terá exposição no estádio Nilton Santos e no CT do Botafogo. A parceria chega, agora, ao terceiro ano de vigência. O acordo é válido para todas as competições que o clube disputar no ano de 2020.

M Y C U J O O FA Z A C O R D O PA R A

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A plataforma gratuita de streaming Mycujoo iniciou nesta semana a trans-missão do Campeonato Brasileiro sub-17. Em parceria com a CBF, a plata-forma vai mostrar pela primeira vez os jogos da competição desde o início.

A transmissão faz parte de um grande acordo firmado entre a plata-forma e a CBF, que ampliou o alcance das competições de base no Brasil.

Além do sub-17, o Mycujoo mostra os Brasileiros Sub-20 e Sub-23, e ainda as Copas do Brasil Sub-17 e Sub-20.

A plataforma ainda tem jogos do Brasileiro Feminino A1 e A2 e Sub-18 e exibe, com exclusividade, a Série D do Campeonato Brasileiro masculino.

O P I N I Ã O

Falta sensibilidade a Jogos de Tóquio

O maior evento esportivo do ano é também aquele que está mais as mar-gens de toda a polêmica que envolve segmento esportivo e o coro-navírus. Os Jogos Olímpicos de 2020, até o momento, permanecem

com datas inalteradas. Não se sabe exatamente a necessidade de um adiamento, mas impressiona a falta de sensibilidade dos responsáveis pela organização do evento.

Nesta semana, a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, declarou que a mudança seria "impensável", reforçando o posicionamento de outros políticos do país em re-lação aos Jogos Olímpicos. O Japão já teve quase 700 casos de coronavírus, com 16 mortes. A capital, sede do evento, tem mais 13 milhões de moradores e alguns fatos que marcam a alta densidade populacional, como o mais cheio metrô do mundo.

Além do possível risco, há o fator esportivo. Hoje, apenas 8 das 50 modalida-des já tiveram os competidores definidos. Uma série de esportes tiveram eventos, com classificação aos jogos, suspensos. Para atletas e federações, o ano é um caos.

Para os torcedores, a mensagem pas-sada é a menos olímpica possível: os in-teresses financeiros irão prevalecer sobre o senso comum global e o bem-estar das pessoas. O mundo pode parar, mas Tó-quio 2020 não vai nem refletir.

Não é um pedido por adiamento, mas por uma demonstração de empatia. Espe-

cialmente no esporte, essa falta de tato com a situação vira uma mancha na imagem dos envolvidos. Uma declaração do COI sobre a mera possibilidade de mudanças não custaria nada e talvez desse alívio a tantos atletas e torcedores no mundo.

O COI e a organização dos Jogos Olímpicos não foram os únicos agentes do esporte que derraparam nesta semana. Basta lembrar que o francês Rudy Gobert, da NBA, e o brasileiro Diego Costa, atacante do Atlético de Madrid, fizeram piadinhas públicas com o coronavírus, responsável pela morte de quase 5 mil pessoas em todo o mundo. O atleta do basquete, diagnosticado com a doença poucos dias depois da piada, teve que pedir desculpas por ter sido pouco cuidadoso sobre o assunto.

Esse é um constrangimento que o maior evento esportivo do mundo não pode passar. A cena da tocha acesa em Olímpia, na Grécia, sem a presença do público já é desconfortável o suficiente. Hoje, é no mínimo estranho ver NBA, Liga dos Campe-ões e cia paradas, e os Jogos Olímpicos a fingir que nada acontece. Hoje, não haveria condição de sair do papel. Difícil imaginar algo daqui a quatro meses.

Organização do evento ignora aflição

de atletas e torcedores e tem adiado

decisão sobre manutenção de Jogos

POR DUDA LOPES

diretor de novos negócios da Máquina do Esporte

Esporte começa a calcular prejuízo com paralisação

O esporte no Brasil começou a se antecipar para previnir maior contágio do coronavírus. Diversos eventos já começaram a ser cancela-dos ou adiados. Brasília, a primeira cidade a pedir isolamento das pes-soas, já confirmou que a etapa do UFC será realizada com portões fechados neste final de semana.

Além disso, a prova de 15K da New Balance que ocorreria no dia 22 foi cancelada e o dinheiro voltará aos atletas. Outras corridas estão tendo suas datas alteradas.

As principais modalidades colet-icas do país ainda não anunciaram paralisação. O futebol segue com o calendário. O NBB também man-tém o Jogo das Estrelas no dia 21.

E V E N T O S N O B R A S I L C O M E Ç A M A S E R A D I A D O S

A Conmebol agiu de forma mais rápida que as entidades europeias e

determinou o adiamento do início das Eliminatórias da Copa do Mundo e, também, a suspensão temporária da

Copa Libertadores e do Sul-America-no sub-20 feminino, que estava sendo

disputado na Argentina.A entidade ainda não sabe quando

os torneios voltarão a ser disputados. As medidas reforçam a prevenção ao

avanço do coronavírus e devem ser seguidas localmente pelos países.

CONMEBOL DECIDE ADIAR

EL IMINATÓRIAS E SUSPENDE A

L IBERTADORES

POR REDAÇÃO

O efeito cascata que se seguiu à suspensão da temporada da NBA por conta da pandemia do coronavírus fez com que quase todas as grandes competições esportivas entrassem em modo de espera pelo mundo todo. Durante toda a quin-ta-feira (12), diversos eventos foram sendo postergados ou cancelados. O esporte então começa a calcular o prejuízo do período sabático forçado a que ele ficará a partir de agora.

Um estudo do economista Scott Kaplan para o US Today mostrou que o cancelamento de toda a temporada da NBA pode gerar US$ 2 bilhões em perdas para o mercado ame-ricano neste ano, em prejuízo que pode ficar ainda maior a partir de 2021 por conta da renegociação de salários, já que com menos dinheiro na liga, reduz o que os atletas ganham.

Já na Espanha, a LaLiga contabiliza que o prejuízo pode chegar a 678 milhões de euros se a temporada não for en-cerrada. A maior perda é com o contrato de TV: 549 milhões. Outros 88 milhões seriam devolvidos a sócios dos clubes, pela compra antecipada de ingressos, e 41 milhões seriam referentes ao prejuízo sem a venda de bilhetes para os jogos.

Até agora, entre os principais eventos do mundo, apenas a Uefa não confirmou a suspensão de jogos da Champions League e da Europa League. Na próxima terça-feira, porém, haverá uma reunião para discutir sobre a Euro 2020, o que deve acabar referendando a suspensão de todos os torneios.

Na manhã desta sexta-feira, Premier League e Bundesilga anunciaram que vão ficar paralisadas ao menos até abril.

A disputa pela igualdade de direitos no futebol dos Estados Unidos levou a uma drástica mudança na presidência da US Soccer, entidade que co-manda o esporte no país. Carlos Cordeiro anunciou na noite de quinta-

-feira sua saída do comando da entidade, que agora passará a ser presidida por Cindy Parlow Cone, ex-jogadora e que em 2018 tinha sido eleita VP da USSoccer.

Cindy se torna, assim, a primeira mulher a presidir a entidade, em meio a uma disputa na Justiça que expôs o pensamento sexista dentro da instituição e levou Cordeiro a pedir demissão, após ser pressionado inclusive pelos patrocinadores.

Nesta semana, o US Today divulgou detalhes do processo que corre na Justiça em que as atletas do futebol feminino, atuais campeãs mundiais, pediam para equiparar os salários com o dos homens. Na argumentação do advogado para sus-tentar o pagamento maior aos atletas do masculino foi dito que "as jogadoras são menos qualificadas e têm menos responsabilidades do que seus colegas homens".

A divulgação revoltou as atletas e os patrocinadores da US Soccer. Em nota, a Coca-Cola exigiu esclarecimentos, sendo apoiada por Budweiser, Deloitte e Visa.

"Pedimos para nos encontrar com eles imediatamente para expressar nossas preocupações. A Coca-Cola é firme em seu compromisso com a igualdade de gê-nero, a justiça e o empoderamento das mulheres nos Estados Unidos e em todo o mundo, e esperamos o mesmo dos nossos parceiros", afirmou a empresa.

A pressão surtiu efeito e nem mesmo foi preciso ocorrer o tal encontro. Na noite de quinta-feira, Cordeiro disse que renunciava pois "era inaceitável e indesculpá-vel" ele ter permitido o uso desses termos pelos advogados da USSoccer.

Após pressão, EUA terá presidente mulher

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