O califado abássida e a era de ouro do islã

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O CALIFADO ABÁSSIDA E A “ERA DE OURO” DO ISLÃ José Knust

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Aula sobre o califado abássida e a era de ouro do Islã.

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O CALIFADO ABÁSSIDA E A “ERA DE OURO” DO ISLÃ José Knust

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A ASCENSÃO DOS ABÁSSIDAS

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REORGANIZAÇÃO DO PODER

Reorganização do poder

Repressão da ala radical da revolução

Ascensão persa? Não apenas:

apoio de parte das tribos árabes

Criação da nova capital, Bagdá:

uma capital distante das pressões

Nova forma de administração

Antigo Império Sassânida como modelo de organização

Substituição da aristocracia árabepor uma burocracia assalariada

Máxima extensão do Império dos Abássidas (cerca de 850 d.C.)

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A SOCIEDADE ISLÂMICA

A nova elite imperial

Funcionários, comerciantes, banqueiros, proprietários rurais e ulemás (sábios, juristas, professores e religiosos).

Surgimento do exército memeluco (turcos, muito escravos)

Redefinição do Islã

Diminuição da importância do fator étnico árabe.

Expansão do islamismo e da língua árabe

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A “ERA DE OURO” DO ISLÃ

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ECONOMIA

A integração Mediterrâneo-Oc. Índico

Florescimentos das grandes caravanas

Impacto da urbanização

Desenvolvimento do sistema de crédito

Desenvolvimento agrícola

Revolução agrícola árabe?

Expansão da escravidão

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ARTES E CIÊNCIA

Bagdá: centro cultural do mundo islâmico A casa da Sabedoria

O mecenato dos califas abássidas

Outros centros importantes Damasco

Córdoba

Cairo

Integração de diversas culturas literárias e científicas Importância da tradução para o árabe: preservação e transmissão do conhecimento produzido por vários povos diferentes.

A busca pelo conhecimento Soluções científicas para questões religiosas (posição de Meca, horário de orações, etc.)

Primórdios do modelo científico (Ibn al-Haytham): experimentos para testar diferentes explicações.

Áreas: Teologia, Filosofia, Matemática, Astronomia, Física, Química, Medicina, Geografia, História.

Desenvolvimento da Literatura Importância da adoção do papel.

O livro das mil e uma noites

Calila e Dimna (ibn al-Muqaffa)

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GRANDES NOMES DA CIÊNCIA E FILOSOFIA ISLÂMICAS

Al-Kwarismi, c.780-c.850

desenvolveu a álgebra e as soluções para equações quadráticas e lineares, introduziu a escala decimal e os algarismos indo-arábicos.

Traduzido para o latim no século XIII:

grande impacto na matemática

europeia.

Página da Álgebra de Al-Kwarismi

Ibn al-Haytham (Alhazen), 965-1040

Foi o primeiro a usar a experimentação sistemática para testar hipóteses distintas sobre um problema.

É considerado o pai da Ótica.

Seu “Livro de Ótica” foi traduzido para o latim no século XIII e influenciou grandes pensadores e cientistas europeus.

Página do “Livro de ótica” de al-Haytham

Al-Farabi, 872-950

Conhecido na filosofia islâmica como o “segundo professor” (Aristóteles seria o primeiro)

Deu início a tradição filosófica islâmica de associar aristotelismo e neoplatonismo (tradicionalmente vistas como opostas).

Também desenvolveu ideias importantes na área da economia, política e psicologia, escrevendo sobre o Estado Modelo.

Tradução para o Latin da Encilopédiade Ciências de Al-Farabi

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GRANDES NOMES DA CIÊNCIA E FILOSOFIA ISLÂMICAS

Ibn Khaldoun, 1332-1406 Considerado o pai da moderna

sociologia, história e economia.

Buscava explicações para o desenvolvimento e crise dos Estados em razões para além da política e da guerra, estudando sua sociedade, economia, cultura e religião.

Capa da tradução para o Português dos “Prolegômenos”

Ibn Rushd (Averróes), 1126-1198

Defensor da filosofia aristotélica contra críticas de teólogos e jurisprudentes da linha Maliki.

Seus comentários à obra de Aristóteles foram extremamente influentes na Europa, estando nas bases da Escolástica Medieval.

Tradução para o latim dos comentários de Ibn Rushd à Aristóteles

Ibn Sina (Avicena), c.980-1037

Escreveu sobre diversos assuntos, dentro dos quais se destacam a medicina (prevenção e tratamento de doenças)

Seu “Cânone de Medicina” se tornou a referência básica dos cursos de medicina nos séculos posteriores.

Foi também o grande formulador da corrente filosófica islâmica que associava aristotelismo e neoplatonismo.

Mausoléu de Ibn Sina em Hamadan, Irã

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A CRISE DO CALIFADO

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FRAGMENTAÇÃO DO IMPÉRIO

Aumento do poder dos governantes locais

Tentativa de solução para a questão fiscal

Aumento da autonomia e ascensão de dinastias locais.

Perda de poder real do Califa e controle político dos chefes militares mamelucos.

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O OCASO DO CALIFADO

Controle Buiyda (934-1055)

Controle Seljúcida (1055-1118) Califas mantêm controle sobre aspectos

religiosas e cerimoniais apenas.

Retomada do poder (1118-1258) Controle apenas sobre a região do

Iraque.

Invasão Mongol (1258) Ilcanato (1256-1335)

Califado Fatímida do Cairo (1258-1517) Califas mantêm controle sobre aspectos

religiosas e cerimoniais apenas.

Transferência do califado para Istambul (controle Otomano).