O cenário da Construção Civil em 2015 e...
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O cenário da Construção Civil em 2015e perspectivas
Ec��� Ieda Vasc��ce �s
Reu�i�� CIC�FIE�G
Abri �2015
Alguns fatos relevantes de abril/2015
� O segundo trimestre começou solidificando as tendências já apresentadas nosprimeiros meses do ano que demonstram um cenário com atividade econômicafragilizada em 2015.
� O Governo editou, ontem, decreto que prorroga o bloqueio das despesasorçamentárias que foi imposto em janeiro. O referido decreto fixa um limite paragastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de R$18,9 bilhões nosprimeiros cinco meses do ano. No mesmo período do ano passado foram gastosR$26,07 bilhões. Portanto, a limitação representa queda de 27,1% nos gastoscom o PAC.
� Congresso aprovou Terceirização. Mas Senado não sinaliza que aprovará.Impasse: Renan é contra pontos do projeto da Câmara.
� Balanço da Petrobrás. A estatal reconheceu perdas de R$6,2 bilhões com acorrupção. A esperança é que a publicação do balanço renove os votos deconfiança do mercado na empresa.
� TCU — foi aprovado de maneira unânime pelos ministros do TCU a indicação deque houve desrespeito à LRF no primeiro mandato da presidente Dilma. OTesouro atrasou os repasses aos bancos públicos, o que configurouempréstimos dessas instituições a seu controlador.
� FMI e Banco Mundial — em relatório sobre economia mundial, o fundo e o bancoapontaram que o Brasil está puxando o crescimento da América do Sul parabaixo.
Desde janeiro a inflação está oscilando acima de 6,5% (teto da meta inflacionária).
�No primeiro trimestre a alta acumulada do IPCA/IBGE foi de 3,8% e nos últimos 12 meses superiora 8%.�A alta dos primeiros meses do ano é determinada, principalmente, pelos ajustes nos preçosadministrados, que registraram alta de 6,7% no primeiro trimestre do ano e de 11,9% nos últimos 12meses: reajustes no preço da energia, ajustes nos preços dos transportes públicos e a elevação doPIS/Cofins sobre os preços da gasolina e óleo diesel.
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8,50
IPCA-15 * - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IBGE) Variação (%) mensal e acumulada em 12 Meses
Jan/14 - Abr/15 %
A inflação persistente e superior ao teto da meta
JAN/14 FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN/15 FEV MAR ABR
Variação Ac. 12 meses 5,63 5,65 5,90 6,19 6,31 6,41 6,51 6,49 6,62 6,62 6,42 6,46 6,69 7,36 7,90 8,22
Variação mês 0,67 0,70 0,73 0,78 0,58 0,47 0,17 0,14 0,39 0,48 0,38 0,79 0,89 1,33 1,24 1,07
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2,50
4,00
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE(*) IPCA-15: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (Período de coleta em geral: 15 do mês anterior a 15 do mês de referência).
A aceleração da inflação provoca a piora nas condições econômicas das empresas e das famílias.
Mercado de trabalho perdendo forçasGeração de vagas com carteira assinada - Brasil
�Em março foram criados 19.282 postos de trabalho de acordo com o CadastroGeral de Empregados e Desempregados (Caged).� O saldo positivo no mês não pode ser comemorado.� Mesmo com o resultado positivo, no primeiro trimestre de 2015 a economiabrasileira fechou 50.354 empregos formais.
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego.
Geração de vagas com carteira assinada por setor de atividade econômica - Brasil
Setor de atividade econômicaSaldo (admitidos - desligados)
Março/2015Saldo (admitidos - desligados) Janeiro
a Março/15
Extrativa mineral -1.675 -4.889
Indústria da transformação -14.683 15.119
Serv. Ind. De Util. Pública 652 692
Geração de vagas formais por setor de atividade econômicaBrasil
�A Indústria (-14.683), a Construção Civil (-16.205) e a agropecuária (-6.281)foram os setores que mais cortaram vagas em março.�Deterioração da atividade econômica está impactando o mercado de trabalhono País e a perspectiva é de que isso continue nos próximos meses.
Construção Civi -18.205 -50.974Comércio 2.684 -123.429
Serviços 53.778 106.801
Administração Pública 3.012 11.846
Agropecuária -6.281 -5.520
Total 19.282 -50.354Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)/Ministério do Trabalho e Emprego.
Obs.: Resultados acrescidos dos ajustes.
3,2
68
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Dólar C
omercial O
ficial -Valor de Venda 02/01/2015 a 23/04/2015
Dólar recua
2,6
92
9
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75
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02/01/2015
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19/02/2015
22/02/2015
25/02/2015
28/02/2015
03/03/2015
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09/03/2015
12/03/2015
15/03/2015
18/03/2015
21/03/2015
24/03/2015
27/03/2015
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05/04/2015
08/04/2015
11/04/2015
14/04/2015
17/04/2015
20/04/2015
23/04/2015
Fonte:Banco C
entral doB
rasil.
�Pela
primeira
vez,nosúltim
os50
dias,odólar
fechana
casade
R$3,00,após
EUA
divulgaremdados
fracossobre
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trabalhoe
aatividade
industrial.
Cenário Construção Civil
�Diante de um cenário macroeconômico caracterizado pelaexpectativa de recessão da economia, juros elevados, inflaçãopersistente e mercado de trabalho enfraquecido, a Construção Civil,como não poderia deixar de ser, apresenta um menor ritmo em suasatividades.
�A crise econômica sufocou os investimentos públicos e privados.�A crise econômica sufocou os investimentos públicos e privados.
�Em 2014 o setor registrou a primeira queda em sua atividadedesde 2006 e a maior desde 2003.
�Em 2015 o setor poderá apresentar retração de atividades pelosegundo ano consecutivo.
Desempenho da economia nacional e da Construção Civil nos últimos anos
0,0
5,0
10,0
15,0
Construção Civil
Brasil
Evolução do PIB Brasil e da Construção Civil2000 - 2014
%
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 20112012
(*)2013
(*)2014
(*)2015 (**)
Construção Civil 1,4 -1,6 4,7 -8,9 11,0 -2,2 -1,0 9,1 4,8 7,5 13,1 8,3 2,8 4,7 -2,6 -5,5
Brasil 4,4 1,3 3,1 1,2 5,7 3,1 4,0 6,0 5,0 -0,2 7,6 3,9 1,8 2,7 0,1 -1,1
-10,0
-5,0
Fonte: Contas Nacionais IBGE.(*) Dados divulgados nas Contas Nacionais Trimestrais do IBGE).(**) Para o PIB Brasil: Projeção Pesquisa Focus Banco Central e para a Construção Civil estimativa realizada pela Fundação Getúlio Vargas
�A Construção Civil apresentou, em 2014, queda de 2,6% em suas atividades, a primeiraobservada desde 2006 e a maior verificada desde 2003, quando recuou 8,8%.
Desempenho do mercado de trabalho da Construção CivilSaldo (admitidos – desligados)
Jan-mar/13 Jan-mar/14 Jan-mar/15 Var. % (15/14)Brasil 68.766 60.882 -1.295 -102,13
Minas Gerais 13.128 6.591 -2.131 -132,33
Construção CivilGeração de vagas com carteira assinada (série sem ajustes)
Minas Gerais 13.128 6.591 -2.131 -132,33
RMBH 8.283 4.108 -996 -124,25
Belo Horizonte 8.506 3.901 -1.353 -134,68
Fonte:Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED)/ Ministério do Trabalho e Emprego.
-5,0
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15,0
Produção física industrial dos insumos típicos da Construção CivilVariação percentual mensal (base: igual mês do ano anterior)
%
jan/13 2,1
fev -5,3
mar -2,2
abr 9,5
mai 0,2
jun 2,7
jul 3,5
ago 0,9
set 3,5
out 1,5
nov 1,2
dez -4,5
jan/14 -3,4
Produção Física Industrial dos insumos típicos da Construção Civil
jan/13 fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan/14 fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan/15 fev
Prod.Insumos 2,1 -5,3 -2,2 9,5 0,2 2,7 3,5 0,9 3,5 1,5 1,2 -4,5 -3,4 4,8 -4,0 -9,8 -5,3 -12,1 -7,5 -7,5 -3,8 -5,8 -7,9 -6,7 -9,0 -11,5
-15,0
-10,0
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
jan/14 -3,4
fev 4,8
mar -4,0
abr -9,8
mai -5,3
jun -12,1
jul -7,5
ago -7,5
set -3,8
out -5,8
nov -7,9
dez -6,7
jan/15 -9,0
fev -11,5
�12 meses consecutivos de queda. Último resultado positivo foi emfevereiro/14.�Resultado demonstra as dificuldades vivenciadas pelo setor daConstrução Civil.�No ano passado ele registrou queda em seu PIB.
Produção de insumos típicos da ConstruçãoBrasil
-4,0
-2,0
0,0
2,0
4,0
Produção industrial - Insumos típicos da Construção Civil Variação % acumulada no ano (em relação a igual período do ano anterior)
%
jan/13 fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan/14 fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan/15 fev
ICC 2,1 -1,6 -1,8 1,0 0,8 1,1 1,5 1,4 1,6 1,6 1,6 1,1 -3,4 0,5 -1,1 -3,4 -3,8 -5,2 -5,6 -5,8 -5,6 -5,6 -5,8 -5,9 -9,0 -10,2
-12,0
-10,0
-8,0
-6,0
-4,0
�Nos últimos 12 meses a produção de insumos típicos da Construção apresentou resultadosnegativos.�Em fevereiro/2014 observa redução de 10,2% na produção em relação a igual mês do anoanterior.
Produção Física Industrial – Fabricação de cimento
2,2-1,3
2,8 2,8
1,2
2,94,4
4,7
2,2
5,0
-0,51,5
-2,8
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Produção Física Industrial - Fabricação de cimentoVariação mês/igual mês do ano anterior
Janeiro/13 a fevereiro/15
%
-3,6 -2,6 -3,0 -2,7 -1,9 -4,4 -4,4-5,5 -5,3
-4,2
-7,9
-4,0
-13,7-15,0
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Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
�A fabricação de cimento, de acordo com pesquisa do IBGE, desde outubro/2014apresenta quedas consecutivas no País.
�A maior queda foi observada em fevereiro/2015: -13,7%.
-4,3
7,8
-5,2
-5,4 -3,9-4,6 -5,5
-0,3
3,8
-5,9
-5,7
-2,7
4,1
-4,2 -3,1-5,0
0,0
5,0
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Produção Física Industrial - Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e materiais semelhantesVariação % mês em relação a igual mês do ano anterior
Janeiro/13 a fevereiro/15%
Produção Física Industrial – Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e materiais semelhantes
-8,5 -7,9
-5,2
-7,9
-12,9
-8,7
-4,6 -5,5
-14,1
-9,7-9,6
-4,2-6,3
-3,1
-14,6
-16,7
-20,0
-15,0
-10,0
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
�A fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e materiaissemelhantes, de acordo com pesquisa do IBGE, também apresenta queda desdeoutubro/2014.
�A maior queda foi observada em fevereiro/2015: -16,7%
22,92
14,76 14,69
11,65
17,37
15,00
20,00
25,00Evolução da Velocidade de Vendas na cidade de Belo Horizonte-MG %
Média dos últimos dois anos: 8,48%
Velocidade de Vendas na cidade de Belo Horizonte
5,84
9,67
4,12
5,70
9,1810,17
4,60
2,14
7,208,23
5,39
11,65
4,45
8,32
6,96
4,81
10,48
4,95
6,77
2,88
8,74
3,54
0,00
5,00
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jun jul
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no
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/15
fev
Fonte: Pesquisa Ipead/UFMG.
INDICADORES 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
VELOCIDADE DE VENDAS(*)
(MÉDIA)6,8114,3816,4717,3119,319,939,44 7,566,04 26,137,1418,83 7,75 6,28 6,31 8,99 21,0710,29 8,90 6,14
PERÍODO: JANEIRO A FEVEREIRO
8,26
Fonte: Ipead/UFMG.
2014 2015Número unidades vendidas 341 424 24,34
Mercado imobiliário de Belo HorizonteResumo dos principais indicadores
Indicador (para apartamentos) Variação %Janeiro a fevereiro
Resultados gerais do mercado imobiliário na cidade de Belo Horizonte em fevereiro/15
Número unidades vendidas 341 424 24,34
Número unidades lançadas 728 136 -81,32
Velocidade de Vendas ( %) - Média 6,81 6,14 -0,67p.pFonte: Pesquisa Construção e Comercialização - Ipead/UFMG.
Financiamento imobiliário – Recursos SBPE
No primeiro bimestre/15, queda no valor total financiado
Fonte: Abecip
No primeiro bimestre/15, queda no número de unidades financiadas
Fonte: Abecip
�Novas projeções realizadas pelo FMI põemfim ao argumento de que a principal causada desaceleração do crescimento daeconomia brasileira é o cenário internacional.
�De acordo com o FMI, o desempenhoprevisto para o Brasil envolve ajuste fiscal,
Projeções FMI
previsto para o Brasil envolve ajuste fiscal,alta taxa de juros, baixa confiança dosempresários pelas investigações decorrupção, risco de racionamento de água eenergia, e problemas de competitividade.
Estimativas CNI
�CNI: estima retração do investimento em2015, sendo que a taxa poderá passar de19,7% em 2014 para 18,7% em 2015.
�Ociosidade da indústria�Aumento dos juros�Desdobramentos do caso Petrobrás�Desdobramentos do caso Petrobrás�Ambiente de incertezas.
Fonte: CNI.
Brasil Posição no ranking
Qualidade da infraestrutura geral 120
Ranking Global de CompetitividadeFórum Econômico Mundial (WEF)
Pilar: Infraestrutura
Projeções Construção Civil – O que considerar?
Qualidade da infraestrutura geral 120
Qualidade das estradas 122
Qualidade da infraestrutura ferroviária 95
Qualidade da infraestrutura porturária 122
Qualidade da infraestrutura de transp. Aéreo 113Fonte: Ranking Global de Competitividade divulgado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF).
Obs.: As notas e os rankings são calculados a partir de dados estatísticos, econômicos e as opiniões de executivos de 144 países.
Expectativas 2015 e 2016 Pesquisa Focus Banco Central
Produto Interno Bruto - PIB
% do Crescimento
Índice de Preços ao Consumidor Amplo
IPCA (% a.a.)
EXPECTATIVAS
DE MERCADO
Taxa de Câmbio - Fim de Período
R$ / US$
Meta Taxa Selic - Fim de Período
% a.a.
Produção Indústrial
% do Crescimento
Fonte: Focus - Relatório de Mercado - 17/4/2015