o Centuriao Final

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1ª Edição © 2011 – “Doutrina do Amanhecer”

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1ª Edição

© 2011 – “Doutrina do Amanhecer”

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Esclarecimento Inicial:A doação

Este livro pertence a “Doutrina do Amanhecer”, tendo a doação de todos os direitos registrada em Cartório de Fé Pública em Santa Cruz de la Sierra - Bolívia, país onde foi originalmente editado pela primeira vez, com Tradução Ofi cial reconhecida pelo Consulado Geral do Brasil em Santa Cruz de la Sierra.

É livre sua reprodução, integral ou parcial, desde que se respeite a originalidade dos textos.

Todo seu conteúdo é baseado em textos e gravações doutrinárias de livre acesso a todos os médiuns da Doutrina do Amanhecer.

A primeira edição consta de 500 livros, realizada com recursos próprios do autor físico. Todos os exemplares serão doados sem qualquer custo aos membros da Doutrina do Amanhecer.

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Prefácio*

Meus Estimados irmãos e irmãs,

Salve Deus!

As páginas deste pequeno manual são destiladas da experiência vivida quotidianamente na Doutrina Amanhecer.

Embasado nos Roteiros do Curso de Pré-Centúria, procurei reunir informações verdadeiramente úteis e que todo Centurião deve compartilhar.

Não tenho nenhuma pretensão de formar nenhum conceito novo, pois tudo que deveríamos saber já foi anteriormente dito, ou escrito. A Centúria tem seus próprios Instrutores. Este livro surge apenas para manter registradas as lições básicas que devem ser assimiladas pelo Centurião.

É, também, fruto da intuição face aos vários anos de convivência com a angústia humana, em todas as suas manifestações, do plano físico da moléstia ao plano escorregadio da mente abstrata.

Destinam-se, portanto, àqueles que continuam na luta de trazer um pouco de luz à escuridão dominante deste triste fi m de era cósmica, àqueles que abraçaram o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Todo supérfl uo foi eliminado, toda a análise deixada para os que se interessam em aprender os fenômenos da vida. Destina-se o livro, portanto, a todas as mentes abertas a realidades sem nome, sem rótulo e sem preconceito. Se há nomes e conceitos, são apenas marcos didáticos para referência no relativo.

Pouco importa o tempo que Consagrou a Centúria, ou se ainda está caminhando para ela. Importa despertar-lhe a consciência de si mesmo, para que Você possa prosseguir na sua trajetória milenar. Prosseguir, porém mais consciente, mais equilibrado, mais senhor de suas próprias forças, feliz.

Essa obra não tem um autor, no sentido comum da palavra. Apenas um médium Doutrinador-Receptivo captou as instruções dos Mentores, trazidas pela Clarividente Neiva, e sintetizou-as em palavras. Traz, porém, a chancela da

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Corrente Indiana do Espaço, cuja organização, na Terra, é a Doutrina do Amanhecer.

É também verdade que nossos Médiuns não dependem de material escrito para sua participação, uma vez que o conhecimento da Doutrina do Amanhecer é adquirido mais pela Mediunidade que pelo intelecto.

Sem dúvida existe um aprendizado inicial, no qual entram os processos imitativos e sensoriais. Mas, tão logo o Médium se familiariza com o Sistema ele aperfeiçoa mais a percepção mediúnica que a sensorial.

Por meio de “Mantras”, “Chaves”, Cantos, gestos, Indumentárias e horários, tudo formando um conjunto ritualístico, se estabelece um intercâmbio ectoplasmático entre o Médium e a Corrente. Isso muda seu teor fl uídico e o impregna com as Energias Espirituais manipuladas no Templo.

O resultado é o clareamento fi siológico que abre a percepção extra-sensorial. O Médium passa a perceber as coisas de seu campo consencional que antes não eram registradas pelo seu “eu”.

Por esse processo ele se torna esclarecido sem artifícios, de acordo com sua formação psíquica e sua cultura, sem falsas submissões à dogmatismos que produzem dúvidas e angústias.

Somente o Mediunismo sem retoques ou superstições garante o respeito ao livre arbítrio, e torna possível a modifi cação do indivíduo de dentro para fora, a única mudança de comportamento que se faz sem criar dependência e que permite o equilíbrio individual.

Esse é o motivo básico pelo qual não se sujeita o Médium do Vale do Amanhecer a leituras obrigatórias. Mas, uma vez aprendido o Sistema do Vale, nada há que se objete à leitura, que sempre pode acrescentar algo à Personalidade. Essa é a razão deste Manual Prático, que vamos disponibilizando em capítulos, para não se tornar cansativo.

A forma direta e a linguagem íntima se devem ao fato de que esse trabalho se destinava apenas à distribuição interna, entre nossos médiuns e, mais especifi camente, Centuriões.

Um fraterno abraço e boa leitura,

Kazagrande

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Prefácio ao leitorestranho à Corrente*

Este livro é dirigido aos Médiuns Centuriões do Vale do Amanhecer.

Embora não haja objeção que seja lido por outras pessoas, apenas desejo lembrar que ele será melhor assimilado por quem estiver participando das atividades mediúnicas do Vale.

Na verdade ele é apenas um registro das posições básicas do Vale do Amanhecer mostrando suas fi nalidades, abordagens técnicas, doutrinárias e místicas.

Porém, contém também diversas crônicas e relatos que podem ser “bons e produtivos” a qualquer pessoa, de qualquer crença, que vise apenas semear o “bem” para seus irmãos.

Kazagrande

* Estes prefácios foram originalmente redigidos pelo Trino Tumuchy, Mestre Mário Sassi. Buscando inspiração para redigir um prefácio, me deparei com eles e senti que continuavam totalmente atuais e atendiam exatamente ao quê buscava. Poucas palavras foram alteradas, apenas para adaptar o texto ao contexto desta nova obra.

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Agradecimentos

Sozinho com a família dependente, em um país de idioma diferente, costumes diferentes e com as portas fechadas para um “estranho sem referências”... Este foi o retrato de minha chegada à Bolívia.

Reiniciar minha jornada nesta terra “em que Pai Seta Branca pisou” foi bastante difícil: quebrar o orgulho, vencer as barreiras do idioma, os medos, a idade que não pára de avançar e principalmente compreender a lição que havia de ser assimilada.

Além do precioso apoio da família que nunca deixou de acreditar que seria possível, devo registrar o nome de um amigo, um Adjunto de verdade, que teve a sensibilidade de se fazer presente nos momentos mais difíceis: Mestre Bóris (Armando Bóris Villagas Urquidi).

Agradeço também ao Dr. Javier Cremer, meu amigo e irmão, que apoiou meus primeiros passos rumo à estabilidade material neste país, acreditando intuitivamente no potencial de trabalho de um estrangeiro sem referências.

Não há como registrar o agradecimento a tantos que me auxiliaram no despertar do conhecimento de nossa Doutrina, pois cada um, em seu devido momento, ajudou a construir o acervo que permitiu a edição deste primeiro livro. Porém, devo citar Tia Lúcia (Carmem Lúcia Zelaya), minha Madrinha de Iniciação, e, em memória, Mestre Mário Kioshi e Mestre Bálsamo.

Registrar o agradecimento aos Mentores que nos assistem devem bastar, pois considerando este livro uma obra espiritualista, a eles deve ser atribuída a real autoria.

Kazagrande

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Participaram deste livro:

Mestre Benjamin Bertoldo e Mestre Thiago Henrique Horta, que dedicaram-se às revisões dos primeiros capítulos, ainda no formato de Aulas de Centúria.

Mestre Hailson Fábio, que me auxiliou na revisão fi nal, sendo o primeiro a ler o livro por completo. Teve a idéia e formatou o primeiro modelo de capa do livro.

Mestre Licínio Fontana, com um texto.

Mestres Lua Anderson Augusto e Paulo Montandon, “Padrinhos Virtuais” do Exílio do Jaguar.

Ninfa Lygia Giovanni e Ninfa Lizete Cunha, com opiniões e revisões.

Rodrigo Nunes Brulon, amigo das primeiras horas de difi culdade e que nos brindou com a belíssima arte fi nal da capa do livro.

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Dedicatória

Dedico este livro a minha esposa e fi lhas. Pela compreensão, apoio e tolerância delas, foi possível dedicar tantas horas do tempo que inicialmente a elas pertencia, para esta obra. O amor delas também está presente em cada página deste livro!

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ÍndiceEsclarecimento Inicial ............................................... 02A doação ................................................................ 02Prefácio .................................................................. 03Prefácio ao leitor estranho à Corrente ......................... 05Agradecimentos ....................................................... 07Participações ........................................................... 08Dedicatória .............................................................. 09

1º Capítulo ................................................17A Hierarquia do Mestrado .......................................... 19

Chamada Ofi cial ............................................. 20Tratamento como Mestres e Ninfas ............................ 31O “Salve Deus!” ....................................................... 33Hierarquia Espiritual ................................................. 35Centúria ................................................................. 39

O Centurião do Vale do Amanhecer ................... 40O Centurião nos Planos Evoluídos ..................... 41

Conduta doutrinária .................................................. 43Não julgar ..................................................... 44Humildade, tolerância e amor ........................... 45Amor incondicional .......................................... 46

Espíritos de Luz ........................................................ 47O quê é um Espírito de Luz? ............................. 47Roupagem ..................................................... 48Nossa Roupagem ............................................ 48Roupagem das Entidades ................................. 48

Nossos Mentores ...................................................... 49Pretos Velhos ................................................. 49Caboclos e Caboclas ........................................ 50Médicos de Cura ............................................. 50Cavaleiros de Oxossi ....................................... 51Princesas ....................................................... 51Cavaleiros e Guias Missionárias ......................... 51

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Cavaleiros Águias ........................................... 52Cavaleiros de Oxan-By .................................... 53Ministros ....................................................... 53As Ninfas não têm Ministro? ............................. 55

Espíritos Sofredores .................................................. 57Falanges ........................................................ 57Exus ............................................................. 58O Pacto de Tia Neiva ....................................... 58Murumbus ..................................................... 63Homulus ........................................................ 64Murussangis ................................................... 64Sexus ........................................................... 64Alaruês ......................................................... 65Muys ............................................................. 65Falcões .......................................................... 66O Vale das Sombras ........................................ 66

Tronos Milenares ...................................................... 69

2º Capítulo ................................................73Entrando na Individualidade ....................................... 75O Desenvolvimento ................................................... 77Mediunização ........................................................... 78Personalidade e Individualidade .................................. 79Mantras .................................................................. 81

A Prece Simiromba ......................................... 81Hinos do Amanhecer ....................................... 83

A Emissão ............................................................... 85Emitindo ....................................................... 86

Estilos Iniciáticos ..................................................... 89Chaves ......................................................... 89Passe Magnético ............................................ 90Ionização ...................................................... 91Abertura de Plexo ........................................... 91

Primeiros Trabalhos .................................................. 93A Mesa Evangélica .......................................... 93

Ninfa Sol no Farol .................................. 95O “Papelzinho” ...................................... 96

Linha de Passe ......................................................... 96

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3º Capítulo ............................................... 97Cientistas da Fé ...................................................... 99

O perigo da Ciência sem Fé e Fé sem Ciência .... 103Doutrina, não religião! ................................... 104As Religiões nos Mundos Evoluídos .................. 104O cientista Jaguar ......................................... 104

A Cura Desobsessiva ............................................... 105Álcool, Fumo e Drogas ............................................. 109

O Álcool ....................................................... 109Entorpecentes .............................................. 114O Tabagismo ................................................ 119

Obsessores ............................................................ 123O “irmãozinho” nos Tronos ............................. 123Mas para onde vai aquele espírito? .................. 124O que é um espírito obsessor? ........................ 126Obsessão e Possessão ................................... 126Elítrios ......................................................... 127A História do Doutrinador ............................... 129

Outros Trabalhos .................................................... 137Angical ........................................................ 137

A Comunicação no Angical .................... 137Histórico do Angical ............................. 141

Sessão Branca ........................................................ 143O Trabalho de Xingu ...................................... 143

Sanday de Cura ...................................................... 145Os Médicos de Cura ....................................... 145Sanday de Junção ......................................... 147

4º Capítulo ............................................. 149Vibração ................................................................ 151Amor Incondicional ................................................. 151Vibrações .............................................................. 154Emissão e Recepção ................................................ 157Padrão Vibratório .................................................... 159Correntes Negativas ................................................ 161

Como opera a Indução? ................................. 164Como evitar a formação de novas Correntes? .... 165

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Atraindo boas pessoas ................................... 165Sistema Crístico ..................................................... 169

Jesus e os Essênios ....................................... 172Canal Vermelho ............................................ 175

O Neutrôm e o Esquecimento ................................... 181Sem Vidência! .............................................. 182

A Ciência do Cosmos ............................................... 184O invisível da Terra ....................................... 185

Tronos .................................................................. 187Horizontal e Vertical ...................................... 187Salve Deus Ninfa vamos para os Tronos? ......... 189Escolhendo o Preto Velho ............................... 191As dúvidas do Doutrinador “?” ........................ 193A Responsabilidade do Doutrinador nos Tronos ... 195As dúvidas dos Aparás ................................... 200O Confessionário ........................................... 205Por que a falta de controle? ............................ 207Ninfa não trabalha com Ninfa, por quê? ........... 209Pai Seta Branca nos Tronos ............................ 211

5º Capítulo ............................................ 213O que é Livre Arbítrio? ............................................. 217Jaguares da Última Hora .......................................... 218Estrutura de um Espírito Encarnado .......................... 221 Os Três Reinos de minha Natureza .................. 221 O Interoceptível ............................................ 224Outros Elementos ................................................... 229 Micro Plexo .................................................. 229 Macro Plexo ................................................. 229 Plexo Iniciático ............................................. 231Novos Elementos .................................................... 233 Orbe ........................................................... 233 Movimento Centrípeto ................................... 233 Força Centrípeta ........................................... 233 Movimento Centrífugo ................................... 233 Força Centrífuga ................................. 233 Jeová Branco, Jeová Negro ............................. 234 Ectolítero, Ectolítrio, Sol Interior ..................... 234

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Estrutura de um Espírito Desencarnado ..................... 235FORÇAS ................................................................ 237 O Sol Interior ............................................... 237 A força ........................................................ 242 Energia Manipulada ....................................... 242 Força Iniciática ............................................. 242 Força Esparsa ............................................... 242Lei de Causa e Efeito (Karma) .................................. 243Prisioneiros ............................................................ 245 A fi ta roxa .................................................... 245 Um Bônus em Cristo Jesus ............................. 248 Ataca .......................................................... 252 História da Guia Missionária Aragana ............... 253O Bônus-Hora ........................................................ 255

6º Capítulo ............................................ 259Desencarnando ...................................................... 261O Charme .............................................................. 265Reencarnando ........................................................ 267As projeções energéticas – Roupagens ...................... 268Desmistifi cando o Leilão .......................................... 269Cismam de Ireschin ................................................ 271A Corrente Mestre ................................................... 273O Encerramento ..................................................... 275Caindo as máscaras ................................................ 277Os Encantos do Alabá .............................................. 281Abatá .................................................................... 283Aramê ................................................................... 285

Um Aramê... ................................................. 286

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7º Capítulo ............................................ 289Oráculo de Simiromba ou Oráculo de Ariano ............... 291A Primeira Contagem .............................................. 293

A Contagem ................................................. 295Desintegração do Espírito ........................................ 297O Vento ................................................................. 298

Tanoaê ........................................................ 298Tanoai ......................................................... 298Tanoay ........................................................ 298Tanuy .......................................................... 298

Leito Magnético ..................................................... 300Pytia – Uma das encarnações de Tia Neiva ................. 303De Esparta à Roma ................................................. 305De Roma ao Templo Mãe ......................................... 307Palavras do Tumuchy .............................................. 309Vou Consagrar Centúria ........................................... 313

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1º Capítulo

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A Hierarquia do Mestrado

Na Doutrina do Amanhecer não existem distinções promovidas por fatores físicos, materiais, estéticos ou culturais. Já em nossas primeiras aulas aprendemos que a única diferença a ser observada dentro do Templo é: Está de uniforme é para servir, está sem uniforme é para ser servido.

Porém, como todo sistema organizado, foi necessário implantar uma ordem hierárquica dentro do Mestrado, para que servisse de modelo disciplinar e determinasse as funções e prerrogativas de cada médium.

Esta ordem, obviamente, não é elaborada de acordo com qualquer posição social, racial, ou de nível cultural. “Assim na Terra como no Céu!” Dessa forma se estabelecem os graus de hierarquia do Mestrado, de acordo com o quê os Mentores projetam em nosso Plano.

Fisicamente, nossa maior hierarquia foi Tia Neiva, que recebeu a Consagração de “Koatay 108”. Como se fosse o “topo da Pirâmide”, gerando uma força decrescente, seguindo uma Chamada Ofi cial, onde na base da Pirâmide estão os Aspirantes.

O posto hierárquico não é prêmio ou atestado de capacitação maior, mas, sim, uma posição de maior responsabilidade por suas heranças transcendentais e pela missão que lhe foi confi ada, em relação aos demais componentes da Corrente.

A Chamada Ofi cial Original sofreu alterações dentro de seus componentes, com o desencarne de alguns, novas Consagrações, afastamentos, substituições, novos Templos... Mas sua Estrutura permanece intacta, a saber:

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CHAMADA OFICIAL:

Koatay 108

Trinos Presidentes

Trinos Herdeiros

Trino Regente

Adjuntos Arcanos

Adjuntos Rama 2000

Centuriões

Elevados

Iniciados

Aspirantes

Trinos Triadas Presidentes:

Quando Tia Neiva foi preparada na Alta Magia, foi levada por Humarram ao Oráculo de Simiromba e ali recebeu o direito de trazer a Estrela Candente e de formar os Trinos, que seriam os representantes das nossas Raízes.

São Eles:

Trino Tumuchy – O Mestre Mario Sassi foi Consagrado em 1978. Desencarnou em 25 de Dezembro de 1995. Foi o grande intérprete de nossa Doutrina. Escreveu diversos livros e livretos, aos quais é interessante que todo Centurião tenha conhecimento. Foi também responsável por todo o Acervo de Koatay 108.

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Pai Seta Branca, incorporado em Tia Neiva, fez a Iniciação do Trino Tumuchy, e lhe disse:

“Você é um missionário de Deus e, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, terá que anunciar as premissas da civilização do Terceiro Milênio, recebidas por intermédio desta médium Clarividente.

Você dará testemunho do Espírito da Verdade, cuja missão é marcar a transição milenar.

Os três anos que teve de aprendizado e disciplina seriam poucos de não fosse a grande bagagem de que é portador, pelas vidas que já teve neste planeta. Hoje mesmo dar-lhe-ei provas dessas vivências transcendentais.

Mas não tente, nunca, ultrapassar a verdade, pois o Homem se alimenta apenas daquilo de que se pode dar testemunho.

A transição real irá começar em 1984, quando Capela, o Planeta Monstro, fi zer sentir à Terra sua aproximação. Abrirei para você um novo mundo e você escreverá com o Espírito da Verdade.

A Clarividente, que coloco à sua disposição, tem seus olhos entregues a Nosso Senhor Jesus Cristo. Também você confi ou a Ele sua paz e sua tranqüilidade, cujo penhor é a ausência de qualquer deslize moral.

Tudo será feito pelo amor de um Deus todo poderoso e estarei aqui sempre que você precisar de alguma afi rmação.”

Pai Seta Branca na Iniciação do Trino Tumuchy

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Trino Arakem - O Mestre Nestor Sabatovicz foi Consagrado como 1º Mestre Jaguar e Executivo da Doutrina. Após o desencarne de Tia Neiva tornou-se responsável pela disciplina e o correto funcionamento de nossos Trabalhos. Desencarnou em 02 de Outubro de 2004.

“Salve Deus, Nestor, meu fi lho Jaguar!

Jubilosa intimamente por tudo que tens me proporcionado no desenrolar de nossa missão, espero sempre, meu fi lho, que novos mundos, novos conhecimentos, sejam de bom aproveitamento.

Hoje temos muitos jovens como você, por isso vou narrar a linda passagem de um jovem, culto e de grande formação espiritual.

No grande Templo do Sol vivia o Conselho dos Sete. Todos pensavam que ali se registravam os grandes mistérios.

O nosso jovem personagem, valendo-se de seus poderes de príncipe daquele povo, foi, com toda a sua arrogância, bater à porta do Conselheiro, exigindo sua entrada e muitas explicações. Porém, o velho guardião bateu-lhe a porta no rosto! Frustrado e odiando aquele povo, voltou - e foi sempre a mesma coisa - até que, na sétima vez, ele teve medo de sua reação.

O guardião não lhe dava forças de reagir como ele gostaria.

Sentou-se num degrau e adormeceu.

Sonhou com o guardião, que lhe dizia docemente: “Meu Príncipe, lá fora teus homens te traem! Expulsei-te para que não morresses aqui. És arrogante demais e o teu povo quer te matar.

Há poucos sábios e muitos príncipes. Só saberás o meu Segredo dos Sete se tiveres a simplicidade de uma criança, a força de um leão, limpas as tuas mãos, o amor dos justos, a humildade e a tolerância das raízes das árvores. Então, entrarás no Conselho e visitarás o Templo Real!”

O sol se abatia sobre seu rosto suado quando abriu os olhos, sorrindo. Ouviu a porta abrir-se mas não teve forças para se levantar.

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Vendo o guardião de pé, à sua frente, gritou:

“Oh, meu mestre, salve os deuses! Fostes tu!... Reconheço os teus olhos... Como pude ser tão insolente?”

Beijando os pés do mestre, juntos choraram as lágrimas da redenção de uma nova Doutrina!

Assim, meu fi lho, nada recebemos sem o devido preço.

Jesus, o nosso Guardião, nos dá a contagem dos Sete Guardiões, por quem dorme em sua porta.

Carinhosamente, a Mãe em Cristo,

Tia Neiva em 9 de abril de 1978

Trino Sumanã – O Mestre Michael Hanna foi Consagrado para representar as forças ligadas aos Grandes Curadores e as Organizações Desobsessivas. “Sumanã” não é um Ministro, é um Raio dos Grandes Iniciados Curadores.

“Filhos, hierarquia foi do que avisei!

Somente o Adjunto pode remover seus mestres e promover eventos, ou, sabe Deus, o que lhe convém.

Em iminência de fatos contrários à Doutrina, princípios sociais do Templo ou na conduta doutrinária, os Trinos Presidentes estão autorizados por mim, na fi gura de Koatay 108, a impedir ou mudar uma ordem de um mestre Adjunto.

As Escalas só devem ser feitas pelo 1º Mestre Jaguar, 2º Trino de Arakém Nestor; o comando de viagens ou missões fora do Templo, cabem ao Mestre Sol Tumuchy, 1º Trino Mário Sassi e, no caso do Desenvolvimento, ao 1º Mestre Sol Sumanã, Michel.”

Tia Neiva em 18 de fevereiro de 1979

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Trino Ajarã – O Mestre Gilberto Chaves Zelaya foi Consagrado como “Primeiro Doutrinador do Amanhecer” (sendo o primeiro fi lho de Tia Neiva e ela a mãe do Doutrinador, naturalmente ele é o Primeiro Doutrinador). É o responsável pela Coordenação dos Templos Externos.

“O teu sacerdócio é o teu Oráculo.

Quando entras para um Adjunto, tu depositas tua herança transcendental nas mãos de um Ministro, que passa a te reger.

Não deve ser tão fácil tomares daquele Ministro o que depositastes e dar a outro Ministro. Alguma coisa não fi ca bem naquela contagem.

O Ministro gastou muito contigo ou tu gastastes muito, confi ado no teu Ministro.

Tu te esqueces; porém, o Ministro não!

Por isso eu digo sempre a todos: venho de um mundo onde as razões se encontram. Não temos erros!

Existem muitas causas que podem levar a mudar de Adjunto. Há os que não precisam, mas sofrem infl uências.

É preciso falar com o Coordenador dos Templos Externos, Gilberto Zelaya, meu fi lho, Trino Herdeiro Ajarã, e receba dele as explicações, e escute onde estão as causas. Graças a Deus, foi uma das coisas boas que Deus colocou em meu caminho, porque ele tem a capacidade de ver os motivos pelos quais chegastes até mim.

Com carinho, Gilberto Zelaya, Trino Herdeiro Ajarã, tenho certeza que fará ao meu lado, numa harmonia mandada por Pai Seta Branca, tudo o que eu sempre preciso.”

Tia Neiva em 17/05/85- Lei Dharman Oxinto

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Aos Trinos:

“Meu fi lho Trino!

O desenvolvimento se avança diante de uma prosperidade. Quisera eu, assim, trazer afi rmações precisas para a grande jornada que é este Terceiro Sétimo!

O mundo exige a tua força! Serás o medianeiro do Sol, da Lua e do Mar...

O vento te soprará efl úvios do ouro e da prata para que eu, fi lho querido, possa sentir-me em paz, sabendo que a tua mesa está completa. E então, fi lho, sabendo-te completo, enviarei a ti todos aqueles que sofrem pelo frio e pela fome no triste propósito de te encontrar.

Espero, fi lho, que as intempéries das mudanças cármicas, ao caírem de chofre em tua orbe, não te atinjam, porque de ti dependerão os demais abnegados deste Terceiro Sétimo.

Não duvides dos grandes sinais no céu, nem dos furacões, nem menosprezes os seres que tentarem erguer-se do chão, porque, fi lho querido, dias virão onde a tua voz será o governo, será ouvida e ressoará no canto universal.

Filho Jaguar, fi lho de Esparta, ao cruzar as espadas em teu peito exigi que as empunhasses sempre dividindo da Direita para a Esquerda, resguardando-te na conduta doutrinária... Na Ciência e na Fé! Porque tudo te pertencerá na alegria e na dor!

Na fi losofi a dividirás o Bem e o Mal; na religião, com amor unirás todas as pérolas e, com elas, enfeitarás o caminho por onde, um dia, caminharás junto a quem por que tanto suspiras. Aprendas para melhor ensinar, não te esquecendo de que um dia, aqui em teu plano, deixarás de me ouvir em “Neiva”, tornando-se mais difíceis os nossos contatos.

Aproveita, fi lho, para aprender a falar com Neiva a linguagem universal em sua lei: amor, tolerância e humildade!

Tens as rédeas da força eteromagnética, força absoluta que vem de Deus. Jesus, em seu manto sagrado, tudo emite.

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Todo o universo ouviu o teu sagrado juramento, que fi zestes com as seguintes palavras: Oh, Senhor, fi ra-me quando o meu pensamento afastar-se de Ti! E mais, ao tomar o cálice: Este é o Teu sangue! Ninguém jamais poderá contaminar-se por mim!

De Deus terás tudo por estas palavras!

Salve Deus, fi lho!

O Teu Pai Seta Branca, que ora vive o teu amor, Simiromba também teu Pai!”

Pai Seta Branca em 30 de dezembro de 1978

Trino Regente Triadas Tumarã:

Mestre José Carlos do Nascimento Silva foi consagrado como Regente dos Presidentes Triada, podendo representar qualquer um deles em consagrações e trabalhos que exigem a presença de um Trino Triada.

Tumarã é um Raio, porém em outras graduações, pertencente aos Equitumans. Raio Sol Tumuchy é o mesmo que Tumarã, que é o Reino dos Tumuchys. É, também, uma Legião que existe na linha intelectual, onde estão se comprometendo as grandes conquistas científi cas. É um poder absoluto de amplo desenvolvimento.

Tem grandes difi culdades para seu povo, em razão da pouca receptividade na Terra. Com Koatay 108, na projeção de sua força não existe meio termo.

Trinos Herdeiros

Os Trinos Herdeiros são um Raio direto de Koatay 108 (por isso não emitem “7º Raio Adjuração”).

Inicialmente foram consagrados quatro Trinos Presidentes Triada, e quatro Trinos Herdeiros Triada. A Consagração em número de quatro nos recorda que uma pirâmide tem quatro faces, considerando que nossa estrutura hierárquica é piramidal, não poderia ser diferente.

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Os quatros Trinos Herdeiros consagrados por Tia Neiva foram: Trino Ypoarã, Mestre Raul Zelaya; Trino Ypoara, Mestre Albuquerque; Trino Dorano, Mestre Jairo e Trino Japuã, Mestre Ataliba.

Adjuntos Arcanos:

A formação de Adjuntos Koatay 108 (atualmente Arcanos) foi feita para estabelecer uma hierarquia dentro da Corrente, um elo de sustentação das forças, cada um recebendo sua consagração que o ligou a um Ministro.

Passou, assim, a se constituir no poder básico da Corrente do Amanhecer, sendo seus componentes integrados pelos médiuns - Doutrinadores e Aparás - que a ele devem fi liar-se após a Consagração da Centúria (conclusão do Curso de Pré-Centúria).

Os Adjuntos Presidentes de Templos Externos já compõem seu povo com a totalidade dos médiuns locais.

Os Adjuntos Arcanos foram carinhosamente nominados como Príncipes deste Amanhecer.

“Sabendo que tudo que atinge a Humanidade tem a sua Raiz ou Adjunto, que trabalha distintamente em seus Oráculos, em sintonia cabalística, vamos, meu fi lho, penetrar no mundo encantado de Simiromba, nosso Pai e de seus Ministros.

Removendo séculos, encontraremos, dos nossos antepassados, suas heranças nos destinos que nos cercam.

Você, meu fi lho, denominado ADJUNTO DO JAGUAR, ORÁCULO DO AMANHECER!”

Tia Neiva em 1º de novembro de 1977

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Rama 2000:

Rama é a Consagração que busca as energias da antiga Índia, originarias da linha de Arjuna Rama, o príncipe que levou as forças da Raiz Capelina a uma grande região asiática, ampliando o conhecimento e a pratica de leis de origem divina.

Ao chegar à classifi cação de Rama 2000, o Mestre assume um compromisso de estar presente em todos os Trabalhos Ofi ciais possíveis! Por isso, deve refl etir muito antes de buscar esta Consagração.

JURAMENTO DA CONSAGRAÇÃO DOS RAMA 2000:

Jesus!

Venho nesta bendita hora, compungido, receber o alimento do meu Sol Interior, que me harmoniza e me ioniza nesta jornada, fazendo-me Jaguar entre o Céu e a Terra, iluminando-me para o que é bom e o que não é.

Nesta Consagração, a força do movimento esotérico me faz viver em Deus Pai Todo Poderoso!

Oh, Jesus, quero a paz interior do meu espírito!

Vivo no físico e não posso parar.

Conservo a Tua mensagem quando nos dissestes: “A mil chegarás; de dois mil não passarás!”

Hoje, recebo esta força básica em que fi zestes esta Cruz de Ansanta, das minhas heranças transcendentais, e colocastes essa perfeição na harmonia do meu plexo físico, fazendo-me encontrar comigo mesmo.

Estou na vida de Deus, vivendo Nossa Senhora.

Aqui fi cará o meu crepúsculo e partilharei o meu rincão e o meu amor incondicional.

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Dá-me força, Jesus, para que eu possa romper esta triste desarmonia dos que não Te conhecem!

Sinto-me Jaguar da última hora.

Enfrentarei povos e mundos designados ao Cavaleiro Verde, ao Cavaleiro Especial.

Salve Deus!

Tia Neiva em 4 de fevereiro de 1985

Centuriões Adjuração e Ajanãs:

O Centurião é o Mestre preparado e consciente para trabalhar em qualquer setor de trabalho. É o sustento do Mestrado. É o médium completo! Preparado, e conhecedor das Leis e Chaves do Amanhecer. Tem a responsabilidade de conhecer nossas leis, e saber conduzir-se em um trabalho, seja comandando ou comandado. Passa a ter direito de receber sua emissão, com ela chegando a ultrapassar o neutrôm e ser ouvido nos Planos Espirituais Superiores.

Elevados:

Mestres e Ninfas que já deram seu Segundo Passo Iniciático, aptos para todos os trabalhos que não necessitem ainda a realização da Emissão. Recebem o direito de usar o Uniforme de Jaguar (marrom e preto) e participar da Estrela Candente.

Iniciados

Mestres e Ninfas que deram seu Primeiro Passo Iniciático, ainda usam somente o “branquinho”, mas já com o colete e a plaquinha de seu Mentor.

Aspirantes (Emplacados)

Mestres e Ninfas que recém ingressaram na Corrente. São Aspirantes à Iniciação Dharma Oxinto. Necessitam de todo nosso apoio e compreensão. Principalmente facilitando oportunidades nos trabalhos que podem executar (Mesa, Tronos, Cura, Linha de Passe). Usam somente o “branquinho”, a fi ta e a plaquinha do Mentor.

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Tratamento como Mestres e Ninfas

“Mestres ensinando Mestres..”. Pai Seta Branca

Mestre

O uso do tratamento de Mestre em nossa Doutrina refere-se à necessidade de constante aprendizado e ensinamento. O Mestre é aquele que compreende que sempre há mais por aprender e que compartilha o conhecimento já adquirido.

Para nós não é “o professor”, mas sim aquele que compreende a necessidade de viver sua vida mediúnica voltando-se ao constante aprendizado e repasse dos conhecimentos adquiridos, aprendendo e ensinando a cada dia, tornando-se mais tolerante, mais amigo, mais humilde... Esta é a fi gura do Mestre que devemos buscar representar.

Ao realizarmos nossa Iniciação, registramos nosso nome no Grande Livro dos Iniciados dos Himalaias e somos considerados como “Pequenos Mestres”. Aquele que está a caminho do Mestrado, que um dia chegará a este patamar.

Ao realizarmos a Consagração de Elevação de Espadas, adquirimos o “Mestrado” em nível físico. Passamos a ter o direito de participar do trabalho de Estrela Candente, que requer grande precisão e concentração. Porém para sermos Mestres, espiritualmente falando, a jornada é muito mais longa! Depende de nossa conduta nos três planos.

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Dessa forma, o tratamento de Mestre explica-se como um incentivo a condição que se deve adquirir ao longo de sua jornada mediúnica.

“A função de um mestre, como perito da Doutrina do Amanhecer, é cuidar de si mesmo, sem vaidade de se achar pronto e completo. Procurando aprender com amor e ensinar com humildade, usando a tolerância para ouvir e para explicar cada fato novo, que a Espiritualidade traz ao seu alcance, das mais variadas formas, tanto durante seu trabalho no Templo, como nos fatos corriqueiros do dia-a-dia de sua vida material.”

Ninfas

Na mitologia grega, Ninfa deriva de nimphe, que signifi ca “botão de rosa”, dentre outros signifi cados.

O tratamento foi escolhido, por Pai Seta Branca, ao comparar as Ninfas às rosas de seu jardim.

Uma forma de demonstrar claramente como nossas médiuns devem ser tratadas: Com respeito, ternura e admiração pela sua condição.

A Ninfa representa a suavidade da Doutrina, são poupadas dos comandos dos trabalhos para que harmonizem o ambiente, e semeiem com suas melodias o equilíbrio exigido a cada passo.

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O “Salve Deus!”

Mestres e Ninfas, devem fazer uso do cumprimento, em substituição a qualquer manifestação emotiva dentro do Templo.

O “Salve Deus!” é mais do que nosso cumprimento mediúnico, é nossa chave de reconhecimento, uma demonstração de respeito e sincero afeto fraterno.

“Oi Mestre! Que saudades!” E aí vem um sorriso, um carinhoso abraço, ou aperto de mãos e até três beijinhos. Pode parecer uma cena social normal, um encontro incidental na rua, mas isso acontece com alguns médiuns uniformizados e até mesmo dentro do Templo!

Meus irmãos, o Primeiro Mestre Jaguar, Trino Araken, chegava a abordar este tema nas aulas de Sétimo Raio. Ressaltando a importância do “Salve Deus!”, pois este sim é nosso único e verdadeiro cumprimento quando estamos a serviço, quando estamos à disposição da espiritualidade.

O carinho, a saudade, o respeito, quando estamos uniformizados, deve ser substituído pela nossa forma doutrinária de saudação. Um olhar, um “Salve Deus!” e seguimos nosso caminho. Ao ingressar dentro do Templo, devemos também buscar ingressar em nossa individualidade, deixando “lá fora” todas as manifestações que não condizem com a missão que nos propomos a realizar. Estamos para servir e devemos estar atentos ao nosso trabalho. Devemos ser profi ssionais, como o Trino Tumuchy sempre enfatizava.

Manifestações de carinho e afeto dentro do Templo, por vezes podem ser mal interpretadas, quando não, com certeza alguma vibração irá atrair. Desde nossas primeiras aulas, aprendemos que jamais devemos atrair vibrações por conta de nossas atitudes e palavras. Dentro do Templo não é lugar para parar conversando, e nem mesmo para comentar o quê pretende, ou não, fazer naquele dia, afi nal nem isso devemos planejar, vestimos o uniforme e estamos para servir onde de nós precisarem.

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O Trino Araken também contava que, quando um paciente vinha em sua direção com a mão estendida para cumprimentá-lo, ele só retribuía o cumprimento se fosse alguém de quem não pudesse se esquivar, pois se fosse um Jaguar ou Ninfa, Salve Deus! Quem conheceu o Nestor sabe como ele reagiria...

Outro aspecto, que também vale a pena comentar, é que quando você encontra alguém dentro do Templo, não sabe como ele está. Que energia está carregando, com que trabalho estava envolvido, ou em que sintonia “estava” se direcionando, pois ao ser desviado de seu objetivo, pelo inoportuno cumprimento, normalmente sairá desta sintonia e, infelizmente, muitas vezes acaba entrando na “sintonia do cafezinho”.

Reforçamos mais uma vez a questão do bom senso... Não é para sair por aí bancando o mal educado e dizendo: “Você não sabe que não se deve cumprimentar aqui dentro?”. Não! Com toda educação responda: “Salve Deus! Estou indo para tal trabalho, me acompanha?”. E siga verdadeiramente se comportando como um médico em um belíssimo hospital. Com seriedade, elegância e educação. Aprendendo desde já como nos comportar nos planos espirituais.

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Hierarquia Espiritual

Jesus:

Nosso Divino e Amado Mestre! Abriu a Escola do Caminho e reabriu, com sua vinda ao plano físico, a passagem de regresso de todos os espíritos que desencarnam aqui na Terra, para o lar espiritual. Assim, mesmo os “não-cristãos” utilizam este Caminho (Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida...). Conscientes das diversas modifi cações e interpretações literárias dos antigos escritos, mantemos as mensagens de “Jesus, o Caminheiro” pelas lições de Amor que pregou. Para nós, seu Evangelho é Amor, Humildade e Tolerância!

Pai Seta Branca:

O CACIQUE

A região dos Andes ainda dormitava nos resíduos de civilizações anteriores quando lá chegaram os europeus.

Na linha que mais tarde formaria a fronteira Brasil-Bolívia, no Noroeste das Terras de Santa Cruz, havia uma tribo de andinos miscigenados com povos das planícies de Este.

Seu chefe era alto, bronzeado, feições altivas e tinha o olhar penetrante dos espíritos veteranos do Planeta.

Os conquistadores Espanhóis avançavam em direção ao Pacífi co e dizimavam os restos pouco aguerridos da Civilização Incaica. Particularmente certa tribo existente na trajetória dos conquistadores sentia-se ameaçada de destruição.

Um mensageiro chegou pedindo socorro ao Chefe dos guerreiros da fronteira. Atendendo ao apelo, o Grande Chefe seguiu ao encontro dos Espanhóis comandando oitocentos guerreiros.

Ele pouco falava e nos seus olhos se refl etia a luz da experiência de muitos Milênios. Seu espírito trazia a herança

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dos imortais Equitumans, a ciência dos Tumuchis e a bravura dos Jaguares. Seu coração porém, era impregnado pela doçura do Amor Crístico e da Sabedoria de Jesus.

Todos o amavam e, um guerreiro mais afeiçoado preparou uma ponta de presa de javali e com ela armou a lança do Chefe. A alvura dessa ponta de sua lança passou a caracterizá-lo e ele se tornou lendário como “Cacique da Lança Branca”, nome esse que chegou até nós pelo Plano Espiritual como “Seta Branca”. No Templo do Amanhecer , ele preside soberano, com o nome de “PAI SETA BRANCA”.

No descampado de um vale andino as duas facções se defrontaram. De um lado os guerreiros de Seta Branca e de outro os Espanhóis. O clima era de tensão e morte.

Seta Branca subiu em uma pequena elevação e falou. As encostas do vale ressoavam suas palavras e todos o ouviam naquele imenso campo de batalha. Enquanto falava, numa língua em que os Espanhóis não entendiam, ele levantava sua lança de ponta alva e, segurando-a com as duas mãos, em forma de oferenda iniciática, fez com que todos os olhos se erguessem para o céu.

Na medida em que discursava, foi descendo sobre aquele campo de eminente batalha um clima de paz e tranqüilidade. Os corações tensos para a luta foram retomando suas batidas regulares. Uma emoção suave foi enchendo os peitos arfantes dos guerreiros de ambos os lados.

Aos poucos, a maioria foi se ajoelhando e até mesmo um cavalo dobrou as pernas fazendo com que seu perplexo cavaleiro largasse suas armas.

Por fi m, Seta Branca terminou sua invocação e, trazendo sua lança para junto de seu corpo, baixou a cabeça e quedou-se em profundo silêncio.

A coluna espanhola, como que sob um comando invisível, começou a se mover em direção oposta e desapareceu entre as montanhas do oeste.

A tribo incaica estava salva. Os guerreiros de Seta Branca voltaram intactos para suas mulheres e seus fi lhos. Javalis foram abatidos e as danças duraram muito tempo. A força espiritual de Seta Branca salvara aqueles guerreiros, mostrando a supremacia da força do amor sobre a força bruta! Tia Neiva

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QUEM É SETA BRANCA

Na hierarquia universal de seres de toda a natureza, SETA BRANCA é o que habitualmente chamamos de um “Espírito de Luz”.

Numa explicação um pouco precária, mas condizente com a nossa limitação humana, um “Espírito de Luz” é uma individualidade, algo único e ímpar , criado por Deus, o qual um dia na eternidade iniciou uma trajetória, tornou-se “impuro” e, fazendo um retorno elíptico, “voltou” para Deus. No caminho mais próximo de Deus ele é iluminado pela luz divina, se torna “de luz”.

Numa outra tentativa de explicação, tomando por base o conceito de energia, o espírito de luz seria aquele que se alimenta das energias do “céu”, em contraposição do espírito em trânsito na Terra, que se alimenta das energias da natureza terrestre.

Assim, SETA BRANCA é um espírito de luz e, nesta condição é um grande missionário que há milênios exerce uma missão específi ca: Socorrer a Humanidade em seus momentos de transição. Trino Tumuchy

LUZ !

Nesta pequena palavra podemos defi nir a chegada de Pai Seta Branca para Mamãe. Sua primeira aparição, na roupagem de “um Grande Cacique”, foi descrita por uma luz intensa que chegava a ofuscar seus olhos.

Seta Branca acima de tudo Pai, nos trouxe de volta a segurança, a confi ança em um futuro melhor. A certeza de estarmos no caminho certo.

Sua voz, segura e tênue. Um sotaque que soava como uma melodia e que sempre se fazia compreendido por nossos corações.

Mamãe, mesmo ainda sem despertar seu conhecimento transcendental, sentiu com sua chegada que realmente estava destinada a uma missão superior . Aquele Espírito emanava luz.

Não apenas a luz que nossos olhos físicos vêem, mas a luz que nossa alma sente, que acalma nossas turbulências materiais, que nos invade e sacia nossa sede de paz.

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Pai Seta Branca, Paz Seta Branca. Sua chegada era sempre esperada com alegria. Trazia as mensagens que nos harmonizavam, a força que precisávamos e o conhecimento que nos faltava.

Ainda hoje só consigo defi nir Pai Seta Branca como Mamãe defi niu pela primeira vez: LUZ!

Carmem Lúcia Zelaya - Dezembro de 1997

14 de Fevereiro comemora-se o regresso de Pai Seta Branca aos Planos Espirituais (desencarne) após sua exitosa passagem como grande Cacique Tupinambás. Não é a data de seu aniversário natalício, pois nestas tribos não se registrava a data de nascimento. No primeiro domingo de cada mês, no Templo-Mãe, realiza-se o ritual da Bênção de Pai Seta Branca, quando quatorze ninfas se revezam na incorporação do Pai, dando a bênção a centenas de pacientes e mestres, com a presença de Ministros que incorporam em Ajanãs.

Todos os anos, a partir de 1971, Pai Seta Branca se dirige a seus fi lhos Jaguares através de mensagens que são pronunciadas no Templo-Mãe, à meia-noite do dia 31 de dezembro. Até 1984, foi a comunicação feita por Tia Neiva. Depois, uma ninfa passou a ser designada para isso.

Todas as Entidades que trabalham na nossa Corrente estão sob as ordens de Pai Seta Branca. Ministros, Cavaleiros , Princesas, Guias Missionárias, Pretos Velhos, Caboclos e Caboclas, todos!

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Centúria

O que é a Centúria? Como se originou a palavra?

O Centurião no antigo exército romano era a patente de um homem responsável por outros cem homens. De onde provem a frase de Pai João: “Um Centurião preparado vale por cem.”

A Centúria é a base do Mestrado. É mais um degrau na marcha evolutiva do Jaguar. É através da Centúria que o médium se molda e se projeta para a conscientização de sua missão.

Ciclo dos conhecimentos de um Jaguar. Após conquistá-la o médium estará apto a todos os trabalhos e rituais de nossa Corrente, se tornando Centurião!

Após se consagrar começa a galgar os caminhos nas dimensões dos planos de Deus Pai Todo Poderoso onde alcança seu Ministro, Cavaleiro e Guia Missionária. Além de forças de Raízes e de Estrelas que nos regem. Caminhando com consciência, conduta e amor.

“A Centúria signifi ca para o Apará um portal de desintegração aos mundos.

Estamos preparados, cheios de forças e energias, para a execução perfeita desta tarefa doutrinária para o ajustamento das mentes e a perfeita harmonia do nosso Universo.

Vamos manter o nosso padrão vibracional elevado e equilibrada a nossa mente, para podermos irradiar a tranqüilidade e a paz e para que, com o poder do nosso espírito, possamos curar e iluminar a todos.

Cultive em seu coração o amor, a alegria e o entusiasmo, para que, em todas as horas, esteja pronto a emanar e a servir na Lei do Auxílio.

Pai Seta Branca disse que “a humildade e a perseverança de vossos espíritos conduziram-me ao mais alto pedestal de força básica que realizou esta corporação”. Mais uma vez, você, com seu esforço, amor e humildade, encheu de mais alegria o coração do nosso Pai tão querido!

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Meu fi lho, esta Centúria Lunar é para você mais um degrau em sua marcha evolutiva e mais responsabilidade em sua grande missão como Mestre desta Doutrina do Amanhecer.

A Centúria signifi ca, para o mestre Apará, a Chave de um portal de desintegração aos mundos ainda desconhecidos, nesta encarnação, a vocês.

Com esta Chave, você vai adquirir mil conhecimentos, como eu recebi. Jesus lhe dê as forças necessárias para cumprir, com perfeição, sua tarefa cármica e possa sentir-se um Homem plenamente realizado.

Possua sempre a paz interior, que é indispensável para que seu Sol Interior possa irradiar e iluminar sua luz a todo este Universo!

Conheço bem os seus caminhos, e peço por vocês em meus trabalhos.”

Tia Neiva em 9 de abril de 1978 - Carta Aberta nº 6

O Centurião do Vale do Amanhecer

Um mestre Centurião neste Amanhecer é um Mestre que evolui a cada dia o conceito da Doutrina, tendo tudo do Céu ao seu favor para que possa caminhar mantendo sempre equilibrado os Três Reinos de sua natureza.

É o mestre Jaguar que ama a Deus e ao próximo como a si mesmo;

É o mestre que respeita e cumpre as leis deixadas por nossa Mãe em Cristo;

É o mestre consciente que sabe a real utilização das chaves, preces;

É o mestre que busca manter equilibrado seu padrão vibratório;

É o mestre que respeita nossos irmãos desencarnados, tendo em sua plena consciência de que as coisas ruins que nos acontecem não partem apenas deles;

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É um mestre que não mais tem, nem utiliza, mistifi cações;

É um ser Humano que conquistou através do amor de Jesus, de Pai Seta Branca, e através de nossa Mãe Tia Neiva em Koatay 108, a condição de ter sua Emissão e estar com essa chave atravessando o nêutron e entregando diretamente aos Encantados. Tendo assim um canal direto com as três forças ligadas aos poderes desse Amanhecer.

Resumindo, é um médium com conhecimentos das Leis acompanhadas de Chaves e Rituais, com a conduta doutrinária exigida por Pai Seta Branca, para ser comandado ou comandar os trabalhos do Vale do Amanhecer.

O Centurião nos Planos Evoluídos

É um cientista dos Planos Espirituais. É um Cavaleiro de Oxossi, um verdadeiro guardião e missionário no resgate de espíritos em cavernas, cemitérios e outros locais onde impera a Lei Negra.

Nos Planos Espirituais Superiores o Centurião é o Cavaleiro, o guardião, é a “Policia Federal”.

“1:30 às 2 horas da madrugada é o período da grande movimentação de pequenas Amacês, de várias origens, fazendo a preparação para a chegada dos Centuriões. É a HORA DA DOUTRINA, da elevação dos espíritos. Por todo este Universo, funciona da mesma maneira: falanges de inúmeras formações, espíritos de variados níveis são atingidos pela força Crística dos Centuriões. É tudo muito complexo para ser entendido por nós. Há, também, outra qualidade de Homem, com pensamentos complexos, que atua neste período, até que se chegue às 2 horas da madrugada.”

Tia Neiva em 1984 - Horários

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Conduta doutrinária

É o conhecimento da nossa disciplina exercida na nossa caminhada como missionários dentro e fora dos Templos do Amanhecer. É a maneira correta de nos conduzirmos alicerçados nos ensinamentos do divino e amado Mestre Jesus.

«Fora da conduta doutrinária nós não podemos trilhar nosso caminho evolutivo, não há evolução individual do médium».

Tia Neiva nos ensinou que o nosso conhecimento, é a nossa disciplina, e que esta nos obriga a uma maneira correta de nos conduzirmos na Vida, não só quando estamos no Templo, mas, sim, em qualquer lugar, a qualquer hora, em nossa jornada.

Fora da conduta doutrinaria não podemos trilhar nosso caminho evolutivo na Doutrina, não há evolução individual do médium. Pela conduta doutrinaria adaptamos nosso temperamento às condições ambientais, familiares e sociais, certos de quem somos e o quê pensamos, e assim se refl etem em nossos pensamentos, palavras e ações.

Já dentro de sua conduta, o médium considera tudo de forma isenta de simpatias ou antipatias, transformando seus conceitos na verdade, honestidade e sensatez, pelo uso correto de seu discernimento.

Dentro da Conduta Doutrinária, iremos aprendendo a passar os bons e os maus momentos, harmonizando nosso comportamento, sem ilusões, nem mentiras.

As leis físicas que vos chamam a razão são as mesmas que vos conduzem a Deus.

Pai Seta Branca

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É através das nossas ações, que nós nos aproximamos ou nos afastamos de Deus. E essas ações estão ligadas às Leis Físicas e a razão. A Lei Física é a lei do mundo da matéria, da constituição do nosso corpo e rege a nossa própria existência. Estamos nessa existência com a maior parte da nossa consciência voltada para a lei Física. A razão direciona o raciocínio e abre as perspectivas para a verdadeira aplicação do livre arbítrio, permitindo que o espírito encarnado sofra as ações dos seus atos para a sua evolução.

Assim na terra como nos céus... Quando falo em externar sua conduta, signifi ca que não apenas dentro do Templo se deve buscar o equilíbrio, a humildade, a tolerância e o amor. O conhecimento implica em assumir nossos atos, e buscar verdadeiramente, 24 horas por dia, a própria evolução. É compreender que terá que aplicar na prática diária o comportamento que já deve estar tendo dentro do templo. Por este motivo, nunca se questiona “quem é a pessoa” quando ingressa na Doutrina. O conhecimento vai libertando cada um de sua ignorância inicial, e aquele que antes poderia estar na marginalidade, com o tempo, vai compreendendo a incompatibilidade do que realiza no templo, com o quê possa estar fazendo de errado, fora dele.

Através de nossas ações é que mudamos nossa vida! Todos os dias devemos pedir o devido auxílio para zelar pelos nossos pensamentos, palavras e ações.

Não julgar

O Centurião perde o direito ao julgamento do próximo, passa a ser juiz de si mesmo! Tia Neiva já afi rmava que “o maior desajuste é o julgamento”. Julgamento é uma palavra bastante abrangente, se refere até mesmo para aqueles momentos em que acreditamos estar sendo vibrados. Esta simples preocupação já gera uma vibração, e aquele que a recebe, muitas vezes está isento, assim aquela força volta para sua origem, fazendo mal justamente ao seu emissor.

Nossa forma de avaliação só pode basear-se nas coisas práticas. Verifi cando pelos frutos... É pelo fruto que se conhece a árvore. Esta avaliação não deverá servir para nenhuma discriminação, onde voltaríamos a cair no julgamento, mas sim para avaliarmos que “tudo se pode, mas nem tudo se deve fazer”.

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Jesus nos ensinou a nos protegermos dos falsos profetas, “pelos seus frutos os conhecemos”. “Por ventura o homem colhe frutos de espinhos ou fi gos de abrolhos? Assim toda árvore boa dá bons frutos e as árvores más dão maus frutos. Toda árvore que não dá bons frutos será cortada e metida ao fogo. É pelo fruto que se conhece a árvore”.

Tudo está de conformidade com a evolução daquele espírito. Passamos a conhecer melhor nossos irmãos, espíritos que estão acomodados mentalmente e moralmente, e incapazes de evoluírem pelo conhecimento e pelo trabalho na Lei do Auxílio, mergulham nas críticas e julgamentos daqueles que se propõem a cumprir suas missões.

“Veja: na maioria das vezes reclamamos, sentindo-nos injustiçados, sem lembrarmos de fazer um exame de consciência para ver se não estamos fazendo alguma injustiça. Saiba que o maior desajuste é o julgamento. - A preocupação de estar sendo vibrado acaba por vibrar no outro, que nada tendo contra, se isenta, voltando tudo contra ti mesmo. Quantas vezes eu consulto pessoas que me afi rmam estarem sendo vibradas. No entanto, elas mesmas captam “más infl uências” porque, sem qualquer análise, vão se jogando contra os que se dizem ser seus inimigos.”

Tia Neiva - Carta Aberta nº5

Humildade, tolerância e amor:

Nestas três palavras Pai Seta Branca sabiamente resumiu todo o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

São os pilares da Doutrina. É tudo que os nossos Mentores nos ensinam, para que possamos ter a sustentação nesta Nova Era.

O médium que não consegue, mesmo após muito tempo de Doutrina, conquistar e evoluir esses pilares, apenas trabalha para si... Egoisticamente buscando apenas sua segurança, sem colocar toda sua dedicação espiritual em buscar resgatar, emanar e curar os que lhe são confi ados.

Compreendemos que quem realmente aprende a amar, é naturalmente tolerante e humilde, já ultrapassou estes dois degraus da nossa evolução.

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Amor incondicional:

Amor que não impõe condições, se ama o belo e o feio simultaneamente.

Sempre “amamos” esperando alguma coisa em troca. Esperamos reciprocidade, aceitação. Ou seja, condicionamos nosso amor à alguma “coisa” em troca.

Porém, amar incondicionalmente é não impor nenhum tipo de condição, é não esperar nada! É amar com simplicidade e ternura a todos que nos procuram, que nos são enviados ou confi ados. Amar ao paciente desconhecido, encarnado e desencarnado, ao qual ofertamos toda nossa dedicação exclusivamente por este amor.

Com tolerância, sem demagogia, sem resignação, dando ao espírito plenas condições de lutar contra o sofrimento e contra as Trevas, usando toda a sua sabedoria e as suas forças dentro da Lei Crística - a Lei do Auxílio.

O amor transforma o ódio em alegria. Não é uma simples emoção provocada por um impulso. É um sentimento que deve ser direcionado corretamente pela força de vontade e pela consciência. O amor é que nos permite compartilhar a alegria, a esperança e a felicidade. Devemos fazer da vida um ato de amor! Tudo o que fazemos com amor faz com que recebamos, dos elevados planos espirituais, um raio de Luz.

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Espíritos de Luz

O quê é um Espírito de Luz?

Quando, após o desencarne, o espírito terminar sua jornada aqui na Terra e não mais tiver provas a passar nem reajustes a resgatar, ele se desliga dos planos pesados deste planeta e vai para outros, mais sutis, adquirindo um padrão vibratório muito próximo da luz, superando a faixa reencarnatória em termos pessoais, e se torna um Espírito de Luz. Está livre da Lei do Karma.

Um Espírito de Luz jamais usa castigos, punições ou lições de moral, nem faz críticas sobre nossas ações ou reações e nossas escalas de valores. Com esse respeito à nossa condição de encarnados, procuram nos mostrar os caminhos da realização espiritual através destes mesmos valores, agindo com suavidade e amor, de tal forma que um médium pode incorporar um Espírito de Luz por longo tempo e, ao voltar a si, sentir-se em melhores condições físicas e psicológicas do que quando começou seu trabalho.

Nossos Guias e Mentores são Espíritos de Luz dedicados a nos ajudar, individualmente, em nossa jornada.

É uma individualidade divina, é aquele que um dia iniciou sua trajetória, tornou-se impuro e, fazendo um retorno elíptico voltou para Deus como um Espírito de Luz.

Um espírito de luz é aquele que curou todas as suas células.

Um Espírito de Luz é uma partícula de Cristo, e um espírito que se alimenta das energias cósmicas.

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Roupagem

NOSSA ROUPAGEM - É o aspecto espiritual que nos reveste de acordo com as emoções de vidas passadas que se manifesta através do charme. A nossa roupagem sofre uma mudança de 80 em 80 dias, condicionando o nosso padrão vibratório a essa roupagem transcendental e atraindo cobranças de dívidas contraídas numa vida passada. Roupagens são fases de uma existência e é uma oportunidade de aliviar ou até de eliminar dívidas contraídas em uma vida.

ROUPAGEM DAS ENTIDADES - Para poderem manipular as forças no plano da Terra, as Entidades se revestem de uma vibração especial, uma roupagem, que as protege como um escafandro protege o mergulhador nas águas profundas, e facilitam seu trabalho com os espíritos encarnados no nosso planeta.

Um Espírito de Luz assume uma roupagem para facilitar sua comunicação e a manipulação das forças que agem em uma determinada situação. Assim, quando o trabalho exige a comunicação com simplicidade, amor e confi ança, vêm como Pretos Velhos, Vovós, Pais e Mães, trazendo emanações de paz e tranqüilidade, que ajudam não só no trabalho desobsessivo, mas, também, na necessária empatia com o paciente.

Quando as cargas são muito pesadas, é assumida a roupagem dos Caboclos, trazendo a energia das matas para a manipulação das forças desobsessivas.

O Povo das Águas, com emanação de harmonia e tranqüilidade, se faz presente com a roupagem de Sereias, Princesas e Príncipes, manipulando com suavidade as forças necessárias à perfeita execução dos trabalhos.

É importante compreender bem o termo roupagem. Roupagem não quer dizer que aquele espírito que se apresenta como um Preto Velho, necessariamente tenha que ter tido uma encarnação como escravo. Roupagem é uma forma de apresentação. As roupagens protegem as entidades evoluídas de emanações densas e pesadas.

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NOSSOS MENTORES:

Pretos Velhos

São falanges de espíritos de alta hierarquia, Raios de Olorum, que assumem a roupagem de Pretos Velhos, atuando com simplicidade e carinho, em ação desobsessiva, aliviando os seres humanos da ação de seus cobradores e obsessores, desintegrando cargas negativas pela força do amor.

Também a eles está destinado o trabalho das comunicações, confortando os afl itos, revertendo quadros de sofrimentos e dando esperança e paz àqueles que os consultam.

São eles que fazem o convite para um paciente se desenvolver, quando vêem a necessidade de ser o desenvolvimento da mediunidade essencial para que se faça a libertação dos espíritos que estão perturbando aquela pessoa, o quê só poderá ser feito por ela através dos trabalhos em alguma doutrina espiritualista.

“Rosário” - O terço fi ca em frente ao local onde Tia Neiva realizava seus atendimentos, representando também um alerta de Pai João de Enoque dado à Clarividente em 1958, momento em que se processa a formação de seus fenômenos mediúnicos.

Nesta passagem Pai João deu a ela uma dura “lição de Conduta Doutrinária”. Sua colocação no Templo, e seu enorme tamanho foram para que ela jamais esquecesse a lição recebida. (Chico Xavier conta que certa vez recebeu uma “surra de Bíblia”, Tia Neiva recebeu uma “surra de Terço”).

Tia Neiva contava que Pai João trazia um terço e não um rosário, quem levava o rosário era outra entidade, Pai Nagô.

O “rosário” (Terço de Pai João) também representa uma corrente, com pedras unidas, em que cada uma das contas representa um elemento, formando a Corrente dos Abnegados Pretos Velhos.

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Caboclos e Caboclas

São espíritos de grande poder desobsessivo, se apresentam na roupagem de índios e índias, aplicando forças nativas, fazendo sua manipulação com gestos vigorosos. Dão pancadas no peito para ativar a circulação sangüínea através da elevação do batimento cardíaco, o que aumenta a emissão ectoplasmática, desintegrando as correntes negativas, trabalhando na limpeza das auras dos pacientes, descarregando partículas ou resíduos que possam ter escapado dos demais trabalhos, razão pela qual a passagem pelos Caboclos - a Linha de Passes - é a última etapa por onde passam os pacientes no Templo.

Para o Emplacamento só não é permitido o nome de Caboclo Sete Flechas* (explicação em outro tópico).

Quando o Caboclo alcança uma consagração, torna-se um Cavaleiro de Oxossi.

Médicos de Cura

Chegaram inicialmente pela falange de Médicos alemães comandada pelo Dr. Ralf. Os Médicos de Cura têm uma incorporação bastante diferente das outras Entidades. Passam uma tranqüilidade, uma segurança total. Na visão dos médiuns de incorporação, existem dois fatores de peso: A ausência quase total de comunicações, que só ocorrem em poucos casos em Curas Evangélicas, e a sutileza da emanação.

A ausência de comunicação é um fator que tranqüiliza naturalmente o médium. Seu compromisso é manipular a energia, reequilibrando o plexo do paciente. Colocando seu ciclo biológico em harmonia com sua aura espiritual.

A roupagem do Médico de Cura é quase Kardecista. Porém atua com forças altamente precisas e iniciáticas, dentro dos Sandays, e com manipulação quase cirúrgica nos trabalhos evangélicos.

O reequilíbrio bio-espiritual do paciente muitas vezes elimina diretamente algumas enfermidades, e em outras, desmascara o fator espiritual que ocultava a doença, permitindo que os “médicos da terra” encontrem e identifi quem o fator físico gerador dos problemas.

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Cavaleiros de Oxossi

São espíritos de luz que atuam no plano etérico em nosso benefício, com trabalhos desobsessivos e se encarregam de conduzir os espíritos que se encontram nas trevas.

Princesas

Espíritos de elevada hierarquia vieram, junto aos Enoques, para implantar as raízes do Adjunto de Jurema no Brasil Colônia, em 1700, sendo que seis encarnaram como escravas negras e uma como sinhazinha branca. Esta foi Janaína, e as seis foram as gêmeas Jurema e Juremá, mais Iracema e Iramar (também irmãs), Jandaia e Janara, que se reuniram na Cachoeira do Jaguar, junto a Pai João e a Pai Zé Pedro, para delinear todo o sistema do Africanismo que chegaria até nós, no Vale do Amanhecer, na formação fi nal do Adjunto de Jurema, na força do Jaguar.

Em suas encarnações como escravas, as Princesas realizaram grandes trabalhos, alguns descritos no “Amanhecer das Princesas na Cachoeira do Jaguar”, história contada por Tia Neiva.

Cavaleiros e Guias Missionárias

Muitos fi cam se perguntando, logo após receberem a Consagração de Ministro e Cavaleiro, qual é a função do Cavaleiro, se só chegou a partir daquela Consagração, etc.

Para que possamos compreender bem: O seu Cavaleiro é a Polícia Federal! Sua guarda e segurança!

Força bendita dos planos espirituais, recebe a missão de lhe acompanhar, de estar ao seu lado sempre que você invocá-lo. Zelando pela sua segurança, seu equilíbrio. Não permitindo que nada, que não pertence ao seu carma, ou que seu próprio padrão vibratório permita, lhe atinja.

Dessa forma, ao consagrar a Centúria, e não somente quando receber o nome, você já está sob proteção especial. Só necessita velar pelo seu padrão vibratório para ter toda a segurança no cumprimento de sua jornada e compromisso espiritual.

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A invocação do Cavaleiro com – 0 – é o seu “190”! Ele irá lhe atender sempre que a sua sintonia permitir.

Assim como o Cavaleiro acompanha o Mestre, a Guia Missionária acompanha a Ninfa.

Ela é sua proteção e segurança em todos os momentos de sua vida. Sua invocação com – 0 – é igualmente efetiva, dentro de tudo que sua sintonia permitir!

Entidades evoluidíssimas, provenientes do Reino de Zana, trabalham incessantemente na busca de espíritos desgarrados que se enredaram pelos Vales Negros.

A Ninfa ao receber sua Guia Missionária, logo da Consagração de Centúria, independente de passarem pela Consagração onde tomam conhecimento de seu nome, já estará sob sua proteção direta.

A Guia Missionária é seu “Anjo da Guarda” e seu telefone é o – 0 – .

Uma característica fundamental da Guia Missionária é a cor com que manipula a sua energia, por isso é recomendado que o forro da Capa da missionária seja o mesmo da sua Guia Missionária, para uma maior sintonia e harmonização. (Amarela, Azul, Branca, Lilás, Rósea, Verde, Vermelha).

Cavaleiros Águias

Anunciados por Pai Seta Branca, são Espíritos de Luz, sob o comando de Humarram, que compondo sete falanges (49 Cavaleiros) estão vindo em nosso auxílio para que possamos ter mais proteção nesta difícil transição para a Nova Era.

Para termos idéia de seu poder, são eles encarregados da guarda de Pai Seta Branca.

Eles acompanham as Amacês da Estrela Candente e da Estrela de Nerhu, e ajudam os Jaguares no trabalho desobsessivo e no confronto com os grandes chefes do Vale das Sombras. Exigem muita seriedade, segurança e conduta doutrinária para suas realizações.

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Cavaleiros de Oxan-By

É um Raio de Olorum, compondo-se por conjunto de forças curadoras que atuam no perispírito e no plexo físico, compondo-se da LEGIÀO DOS CAVALEIROS DA LUZ, onde estão Reili e Dubale, destacando-se sete:

CAVALEIRO DA LANÇA RÓSEA - A força do Amor Incondicional;

CAVALEIRO DA LANÇA VERMELHA - O poder desobsessivo;

CAVALEIRO DA LANÇA VERDE - A cura psíquica, os poderes da mente;

CAVALEIRO DA LANÇA LILÁS - A cura do corpo físico;

CAVALEIRO DA LANÇA AZUL - O equilíbrio para a Paz Interior;

CAVALEIRO DA LANÇA NEGRA - CHAPANÃ - A Justiça Final;

CAVALEIRO DA LANÇA ÁUREA - A Paz Universal.

Ministros

Quem é um Ministro?

O Ministro é uma Entidade de altíssima hierarquia, cuja assistência foi conquistada para nós, por Tia Neiva, ao recebermos a Consagração de Adjunto Koatay 108.

Diferente dos nossos mentores na linha dos Pretos Velhos ou Princesas, que atuam nos acompanhando em todos os momentos, o Ministro atua pela Lei Maior da Razão. Atende ao seu chamado de acordo com sua real sintonia.

Ao fazer uma prece, uma harmonização e sua emissão, você realmente tem que estar totalmente mediunizado, em total harmonia e devidamente concentrado na necessidade das forças que pode receber, para manipular em favor do próximo, ou até mesmo em seu favor. Somente atingindo este estado de concentração praticamente impecável, é que se “chega” até o Ministro!

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Dispomos de nossas forças, alcançamos nosso Cavaleiro quando emitimos com – 0 –, recebemos a assistência de nossa Princesa, ou do Preto Velho, mas com o Ministro a conversa é diferente! Tem que merecer chegar até ele! Estar realmente em condições de ser recebido para dispor das forças que ele pode lhe enviar.

O próprio nome já diz “ministro”. Imagine o quanto de respaldo você necessita para poder chegar a falar com um Ministro do Governo, por exemplo!

Como Jaguares, Centuriões, médiuns preparados, temos todo o gabarito necessário que nos habilita chegar até esta Entidade, porém, existe um protocolo a ser atendido. Tem que ter um forte motivo e estar realmente em condições de “falar” com ele.

Ao realizar um trabalho onde se necessita da força decrescente do Ministro, tudo está em suas mãos! Mas sem sintonia, sem concentração, sem mediunização, não vai chegar até lá!

Ao receber a Consagração, onde se adquire o direto de invocar o Ministro pelo nome, e mais do que isso, de emitir como Adjunto usando o nome de seu Ministro, o mestre tem que estar consciente do tamanho desta responsabilidade! É preferível esperar para receber esta grandeza, do que ir em busca não estando apto a manipular.

A Lei do Ministro é a Razão! Ele não tem tempo para perder com você! Tia Neiva, como Koatay 108, obteve este mérito para nós, agora somos nós que temos por fazer merecer, por avinhar esta Consagração valiosíssima.

Basta que você deixe de emitir, para que seu Ministro se afaste! Mesmo sem se afastar da Doutrina, se deixamos de lado nossa emissão e os trabalhos onde é necessária aquela

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força, não há porque o Ministro permanecer de honra e guarda de um Mestre que não utiliza o quê lhe é dado para dispor.

Ao retomar seus trabalhos, sua emissão, estando verdadeiramente consciente da necessidade destas energias, outro Ministro lhe é designado, usando a mesma roupagem e nome, pois o primeiro que recebeu já está acompanhado outro que verdadeiramente está necessitando e merecendo.

Não tem nenhuma outra conseqüência grave. Apenas perdemos um valioso tempo, que teremos que recuperar e fazer por merecer a nova assistência, sabendo conservar e respeitar toda grandeza depositada em nossas mãos.

As Ninfas não têm Ministro?

O Ministro que rege a Ninfa é o Ministro do seu Mestre! É a ele que ela se refere ao emitir “levando os poderes de seu mestre”. Muitas vezes é a Ninfa que mantém o Ministro “original” próximo do Mestre que recebeu a Consagração, evitando, por sua dedicação e amor, que ele se afaste.

As Princesas de Falange Missionária estão no patamar hierárquico correspondente a um Ministro.

O teu sacerdócio é o teu Oráculo! Quando você entra para um Adjunto, você deposita sua herança transcendental nas mãos de um Ministro, que passa a lhe reger. Não deve ser tão fácil você tomar daquele Ministro o que você depositou e dar a outro Ministro. Alguma coisa não fi ca boa naquela contagem. O Ministro gastou muito com você ou você gastou muito, confi ado no seu Ministro. Você se esquece. Porém, o Ministro não!

Tia Neiva, em 17 de maio de 1984

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Um Adjunto é um Sétimo Raio de seu Ministro.

Tia Neiva, 1º de maio de 1985

O Ministro de um Adjunto de Povo é um espírito de alta hierarquia que assumiu a responsabilidade de, com seu povo, realizar uma ou mais missões na Terra. Estas missões são variadas e diversifi cadas, originadas em encarnações e compromissos transcendentais, e reúnem espíritos afi ns, para poder evoluí-los e resgatar carmas adquiridos por suas ações em grupos que conviveram em outras épocas e em outros lugares.

Obs.: Além das Entidades supra citadas existem diversos outros Mentores que atuam em trabalhos específi cos como Estrela Sublimação, Turigano, etc.

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Espíritos Sofredores

Espíritos Sofredores

Denominamos “sofredor” o espírito sem Luz, desencarnado em tristes condições, que não consegue seguir sua jornada e fi ca pairando nos planos baixos Terra, porém sem luz solar, sem sons ou quaisquer outras formas energéticas do plano físico, infl uenciando espíritos encarnados com suas vibrações pesadas, especialmente os médiuns de incorporação, que sentem seus efeitos com sua aproximação.

Ele se liga ao ser humano pelo padrão vibratório e só tem acesso quando a vibração do encarnado desce até a sua.

Geralmente o espírito sofredor continua com as impressões do mal que o levou ao desencarne - dores de doenças terminais, de desastres - e tem grande apego pelas coisas materiais que lhe pertenceram em vida. Na verdade, ele não tem consciência do desencarne, e sofre, em sua mente, dores que lhe acometiam o corpo físico.

Muitos se alimentam do ectoplasma deteriorado, sangue, fl uídos ectoplasmáticos da natureza dentre outros.

Falanges

Falanges são grupos de espíritos do mesmo padrão vibratório que, embora possam ter origens diferentes, se unem pela afi nidade. Formam, nos planos espirituais, grupos imensos que atuam intensamente, de acordo com sua natureza, de forma benéfi ca ou maléfi ca não só na Terra como por todo o Universo.

Na Terra, não se formam falanges de espíritos encarnados, mas apenas grupos que se unem por suas afi nidades. As falanges são sempre espirituais. Várias falanges unidas por afi nidade e objetivo comum, formam uma Legião.

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Exus

São espíritos desencarnados que atuam como líderes no plano invisível da Terra. Comumente, são seres cultos e inteligentes que desencarnaram sem compreender a Lei Crística. Eles aceitam Deus a sua maneira e manipulam energias de acordo com o seu padrão vibratório, isto é, sem respeitar as leis dos direitos e deveres e muito menos a submissão aos planos da lei do amor e do perdão. Eles fazem suas próprias leis, se agrupando em falanges e alguns pertencem a escolas e universidades.

O Pacto que Tia Neiva fez com 7 reis da lei negra

Tia Neiva, no início de sua jornada, foi conclamada por Pai Seta Branca, a fazer as pazes com todos que “se diziam seus inimigos”, foi sua primeira grande missão.

Visando proteger seu povo, que ainda seria formado, procurou os “Sete Reis do Submundo” para realizar um pacto de não agressão. Esta passagem nos é relatada em nossa primeira aula de pré-Centúria, porém não é distribuída de forma impressa aos futuros Centuriões. Ela encontra-se transcrita no livro “Minha Vida, Meus Amores”, hoje de difícil acesso.

Salve Deus!

Dois anos depois, em princípios de 1960, recebi de Pai Seta Branca a minha primeira missão. Eram seis horas da tarde e eu, mais do que nunca, sentia uma grande saudade. Dessa vez, porém, era algo diferente, mais fi no, alguma coisa que eu não conhecia. Fui me sentar no alto do morro, e Pai Seta Branca chegou, começando a me mostrar meu roteiro e por tudo que eu teria que passar na missão, traçando, então, o meu sacerdócio, ao lado de Humarran. Senti forte dor de cabeça e pesada sensação de mal-estar. Quando dei conta de mim, estava diante de um velho oriental, de barba longa e trajando uma vestimenta com capuz e mangas largas, que me disse:

- Salve Deus! De hoje em diante você terá a força de uma raiz!...

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A partir de então, tudo fi cou difícil. Às 4 horas da tarde eu me sentia como se estivesse com uns 38 graus de febre, com a cabeça rodando, a ponto de não me agüentar de pé. Mas, deitada, as tonteiras se acentuavam e, numa espécie de sonho, sentia que me desprendia do corpo, com perfeita consciência. A cada dia, eu melhorava o meu padrão vibratório, consciente do meu trabalho. Recebi de Pai Seta Branca novas instruções: para entrar no plano iniciático eu teria que fazer as pazes com todos aqueles que se diziam meus inimigos...

Então, já no terceiro ano de conhecimentos ao lado de Humarran, segui até as cavernas, com a missão de pedir paz e amor aos reis dos submundos. Humildemente, me transportava até cada um deles, e lhes pedia que fi rmássemos um acordo de paz, pois nossa lei não admitia demandas. Fui à presença de sete reis, que me trataram com maior ou menor ferocidade, mas aos quais tratei com amor e muita timidez, recebendo a concordância para o acordo proposto. No caso de Sete Montanhas, recebi até uma grande proposta para fi car em sua corte: ele me compraria de Pai Seta Branca, e eu lhe prometi que cuidaria do assunto. Fiz as minhas negociações e prossegui demonstrando tranqüilidade, apesar do meu tremendo pavor...

Era um período em que eu andava sobressaltada. Naquela tarde, o sol não aparecia, tornando tristes os meus pensamentos. Havia muito o que fazer, mas resolvi, por me sentir um pouco sem forças, ir me recostar no meu velho pequizeiro. Adormeci e iniciei um transporte. Entrei em um suntuoso castelo, onde tudo era luxuoso, e logo fui presa por dois homens grandes, com pequenos chifres, que me seguraram pelos braços e me conduziram à presença de seu poderoso rei: Exu Sete Flechas.

Ele me encarou, zombeteiro, e vociferou:

- Ela é inofensiva! Tragam-na até aqui! Já tenho conhecimento de seus contatos.

Eu me aproximei e ele me falou:

- Sua pretensão é muito grande em querer fazer um acordo comigo, pois não tem sequer um povo para defender!

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- Vou levantar um poder iniciático – respondi, temerosa – e só quero fazer isso após fi rmarmos um acordo, para que seu povo não penetre em minha área.

- Já sei muito sobre suas intenções! – disse ele – Eu me comprometo a não penetrar em sua área, mas, antes, vou fazer um teste com você, para lhe fazer sentir a minha força.

- Salve Deus! – eu só murmurei.

- Quero ver o tipo de proteção que você tem. – voltou ele – Quero ver se ela vai livrá-la de mim! Amanhã, às três horas da tarde, vou arrancar todo o telhado de sua casa. Quero testar a sua força...

Voltei ao meu corpo, sentindo o sabor desagradável daquela viagem.

Entretanto, a ameaça não se concretizou.

Tornei a voltar onde ele estava, porém em outro local, em outro salão. Ele fez o acordo, e jurou que, em verdade, jamais tocaria em meus fi lhos – os Doutrinadores. Mas afi rmou que só se realizaria quando dividisse sua força comigo, e reforçou sua ameaça anterior.

Três anos se passaram, e nada aconteceu. Até que um dia – eu já estava em Taguatinga – tive a sensação de perigo e me decidi a ir falar com ele. Pela terceira vez, ali estava eu, diante dele, que me recebeu com risos e deboches, e me afi rmou que, às três horas daquela tarde, arrancaria o telhado de minha casa.

Desafi adora, pensei:

- Ora, não tenho o que temer! Se ele, até hoje, não arrancou o telhado de minha casa, não arrancará mais.

Voltei, confi ante, ao meu corpo.

Por volta de duas horas da tarde, uma velha me procurou, pessoa dessas que vivem fazendo suas cobrancinhas, e começou sua obra:

- Oh, irmã Neiva, como vai? Eu precisava tanto falar com você! Mas, dizem, e estou vendo que é verdade, que você não fala com os pobres...

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Eu fi quei possessa com a velha, por sua ousadia em me falar daquela forma, e, assim, baixei minha vibração! Foi o sufi ciente: ouvimos o estrondo do telhado e foi tudo pelo ar!

Pensei:

- Neiva, fracassastes depois de tantas instruções!...

Voltei há três anos, e entendi que aquilo era mais uma experiência. Salve Deus! Ficara decepcionada com o Exu Sete Flechas e estava sempre preparada para seu ataque, mas falhara. Passei, então, a fazer uma preparação, quase um ritual, para entrar em uma caverna.

Tia Neiva em “Minha Vida, Meus Amores”

Outras Citações de Tia Neiva:

A Lei Negra é uma espécie de máfi a, um grupo imenso de malfeitores, do mundo invisível, e, como sua similar no plano físico da Terra, ela escraviza seus membros, que fi cam quase sem possibilidades de libertação.

Suas falanges são alimentadas e crescem, à custa dos espíritos nômades e sem protetores. E tudo isso acontece por opção do próprio espírito, guiado por seu livre arbítrio.

Sempre que um espírito termina seu estágio na Pedra Branca, onde ele tem a oportunidade de conhecer a verdade sobre si mesmo, seus Mentores lhe dão toda a assistência e lhe mostram o verdadeiro caminho. Mas a decisão é dele, e sua chance permanece até o último instante. Se ele tomar a decisão errada, acaba por se tornar vítima da Lei Negra.

Existem uns espíritos no submundo invisível que se chamam Exus Caçadores. Eles fi cam à espreita e aguardam as decisões dos espíritos recém desencarnados. Assim que os Mentores desistem, eles entram em ação. Aproximam-se do espírito, seduzem-no, e o levam para suas cavernas. Lá, esses espíritos são submetidos a todas as sevícias e começam pesado treinamento naqueles costumes, até se tornarem exus.

Tia Neiva em “Manoel Truncado”

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Como você sabe, Neiva, os exus são um pouco produto da ganância dos seres humanos. As invocações e chamadas só fazem aumentar suas forças. O médium que os invoca lhes dá oportunidade de se afi rmarem nas suas metas, e isso nada tem a ver com a Umbanda!

Mestre Amanto, sem data

Não há qualquer espírito que passe por nossos trabalhos do qual não se faça a entrega obrigatória! Nosso trabalho é exclusivamente de Doutrina! Não aceitamos, em hipótese alguma, palestras, nos Tronos deste Templo do Amanhecer, de Doutrinadores com entidades que não sejam os nossos Mentores, espíritos doutrinários!

Mesmo fora do Templo, consta-me que os Doutrinadores que palestraram com exus, etc., atrasaram suas vidas, pois eles não se afastaram de seus caminhos. A obrigação do Doutrinador é fazer a doutrina, conversando amigavelmente com o espírito, procurando esclarecê-lo, continuar seu amigo, porém fazer sua entrega obrigatoriamente, com o que ressalva sua responsabilidade perante os Mentores.

Outros Doutrinadores estão com suas vidas atrasadas simplesmente por sua irreverência com os Mentores, acendendo para estes duas velas, saindo fora de seu padrão doutrinário. Entre eu e os exus há um laço de compreensão e respeito mútuo. Porém, um Doutrinador, por não ser clarividente, não está em condições de dialogar com eles, exceto no âmbito da Doutrina.

Tia Neiva,em 07 de maio de 1974

Ora, um exu é um espírito como outro qualquer, geralmente um homem de bem, um pai de família que desencarnou normalmente. O que os torna diferentes no mundo dos espíritos é que são cultos, cientistas, doutores, enfi m, pessoas de posição.

Desencarnam irrealizados, cheios de pretensões, agnósticos, descrentes das leis do Cristo. Como não crêem em coisa alguma, não aceitam as coisas simples. Tão pronto desencarnam, são atraídos para a companhia de entidades experientes na manipulação de forças.

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Não existem forças do mal ou forças do bem. Existem, simplesmente, forças, que são empregadas no bem ou no mal. Depende de quem as controla, e como as controla.

Depende do plano de trabalho, da camada onde eles operam. Geralmente, esses espíritos não conseguem atingir mais que um plano inferior, próximo da superfície terrestre, onde as forças são densas, animalizadas. Não aceitando o Cristo, a Lei do Amor e do Perdão, não sintonizam com as forças do astral. A não ser aqueles que lidam com a Magia Negra, que manipulam forças extraordinárias – às vezes com a bênção de Deus – a maioria deles trabalha mesmo é com o magnético animal – ectoplasma humano, mediunidade.

Tia Neiva em “Sob os Olhos da Clarividente”

Murumbus

São os “bandidos do espaço”. Espíritos terríveis que agem no Umbral e atacam todos aqueles que se deixam fi car perambulando pelas regiões sombrias, sem se protegerem em um Albergue, e escravizam outros espíritos.

Quando querem se ajustar, se acrisolam no ódio e se transformam em elítrios, prontos para atacar. Tem poder hipnótico, hipnotizam suas vitimas, formando Legiões de espíritos.

“A corrente se desequilibrou. As coisas estão tomando um triste rumo. Vamos pedir a Jesus pelo sofrimento resultante do amor às almas em fogueira. Se cada um conhecesse sua ignorância, quanta coisa pensaria fazer pelo homem.

Hoje, quando vi os Murumbus que, até então, estavam presos pela corrente, tive medo do desespero que eles podem fazer neste mundo ou nestas imediações. Graças a Deus os mestres se juntaram na Mansão dos Encouraçados na Terra.

Estamos nós reunidos, pela benção de Deus, porque é o maior lugar onde se pode manipular a força do Jaguar. Esta noite morreram mais assassinados. Quem não pode dizer que é a força dos Murumbus?” Tia Neiva em 21 de outubro de 1978

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Homulus

Esses tomam forma de esqueletos, e se apresentam como se estivessem vestidos de capas e na forma de caveiras, e cobram de quem lhe deve. Se agrupam em poderosas falanges que dominam os cemitérios e se aproximam pelo poder da superstição humana.

Murussangis

Pertencentes à Falange dos Homulus, se apresentam como caveiras, comercializando com o Vale das Sombras e aplicando a Lei Negra. Verdadeiros vampiros, assumem a forma de elítrios para suas cobranças, fi xando-se nas costas de suas vítimas, das quais vão sugando a energia. Quando são desprendidos pela força de um trabalho desobsessivo, partem revoltados e brigando com os Mestres que realizaram o trabalho, deixando marcas, embora passageiras, no físico dos Aparás (tosse, garganta irritada, azia, etc.).

Sexus

Os Sexus são obsessores que atuam sob a tônica sexual, com fortes obsessões que geram graves desvios comportamentais, ou até mesmo em forma de elítrios, comprometendo o desempenho sexual normal de suas vítimas. Agem de modo a ocasionar desvios sexuais e descontroles que conduzem às taras, gerando dramas e violência nos caminhos de seus obsedados. Não podem ser deslocados facilmente, pois projetam suas vibrações de tal forma que alteram, até mesmo, as fontes de energia mental, provocando desvios de comportamento e de raciocínio em suas vítimas, de modo irreversível, que só poderão ser superadas através de outras reencarnações.

Cabe um alerta importantíssimo para os Mestres e Ninfas em relação a este tipo de espíritos!

Nossa Corrente não “proíbe” e nem determina nenhum regulamento nos comportamentos das relações físicas,

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porém Tia nos alertava que nosso desregramento sexual compromete nossa jornada, pois desmoraliza o Missionário. Temos tristes exemplos de grandes Mestres que se perderam por comprometerem suas jornadas ao envolverem-se em relacionamentos exclusivamente sexuais, deixando de lado o respeito por suas companheiras. A pornografi a, a infi delidade, a malícia e a libertinagem são pontos de atração para estes espíritos e suas cobranças!

Alaruês

É uma enorme falange de espíritos pequeninos e orelhudos, que nos testam constantemente, toda hora em nossos caminhos. São espíritos desclassifi cados, porém sem maldade, provocando, na maioria das vezes, discórdias, ciúmes, invejas, mas podendo, também, trazer alegrias. Nossa missão com eles, na Corrente Indiana do Espaço, é a de despertá-los para Deus. Uma Contagem, uma Mesa Evangélica ou um trabalho em que se faça uma prece em voz alta, afasta milhares deles, encaminhando-os aos planos espirituais. As falanges passam, mas não incorporam. Não gostam de loucos nem de pessoas desequilibradas. Tanto que, após desequilibrá-las, eles se afastam. Não há, nessa linha, rancores. Há, sim, tristeza, irrealização, frustração.

... Vou explicar mais uma vez: o Templo é a realização, é a fi gura da verdade e da razão sobre a Terra. Nele, constantemente reina um desagregar de forças cristãs, de Justiça e de Nelzun (vingança), fazendo seu Alaruê, o que quer dizer espírito vingativo, fazendo algazarra. Eis porque, fi lho, digo que teu padrão vibratório é a tua sentença!

É difícil, mesmo dentro do nosso sacerdócio, cumprindo nossa Lei, fi carmos em paz ou arriar os punhos que envergam nossas armas, porque cada paciente tem sua força e chega com ela em desordem para ser coordenada por ti. Todos vêm com seus Alaruês, testando tua força e teu equilíbrio...”

Tia Neiva em 17 de maio de 1978

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Muys

Na linguagem das Cavernas, muy signifi ca “maldade” e designam espíritos de baixo padrão vibratório que atuam sobre as pessoas fazendo com que fi quem com desagradáveis sensações de sufoco e muito mal-estar. São pequenos - entre 60 e 70 centímetros de altura, e estão começando a se materializar, isto é, podem ser visíveis, especialmente em trabalhos mal conduzidos. Não são bandidos do espaço, mas estão sempre juntos a essas falanges, para se aproveitarem de suas vítimas, sugando-lhes energias e dando continuidade ao trabalho de vampirismo de outras entidades das Trevas. Com a Elevação, o Doutrinador os desintegra.

Falcões

Os Falcões são espíritos que habitam os abismos, ardilosos e sagazes, e que, quando encarnados vieram com importante missão civilizatória. Mergulhados no orgulho e na vaidade, se afastaram das infl uências benéfi cas de seus Mentores, foram cientistas, políticos e militares convictos.

Com o desencarne, passaram a viver no plano etérico, onde estabeleceram grandes escolas e universidades, continuando com suas idéias, para elas atraindo os espíritos daqueles que desencarnam em confl ito com as Leis Crísticas, irrealizados ou revoltados, formando falanges numerosas e que passam a atuar nos seres humanos. Atraem com seu padrão vibratório ligado à luxúria, à ambição, ao orgulho e ao intelectualismo materializado, características comumente encontradas nos políticos, direcionando governantes e atuando na política nacional e internacional, provocando guerras, revoluções e atentados.

Tia Neiva nos falava das falanges de Falcões que escureciam o céu na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes, onde se concentra o Poder brasileiro. Trabalhando com o magnético animal da Terra e cruzando forças do plano etérico, criaram a química ectoplasmática, com que se alimentam e produzem diversas máquinas e aparelhos sofi sticados com que infl uenciam e enganam os Homens.

Entre essas táticas de confundir a mente humana está a aparição de objetos voadores e extraterrestres, pela facilidade que têm de realizar a materialização pela manipulação fl uídica.

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O objetivo fi nal dos Falcões é conseguir encarnar na Terra sem submeter-se à Lei do Carma, afastados da Lei Crística, razão pela qual estão estimulando a produção de clones, que lhes permitiria sua encarnação em seres humanos clonados. Enquanto não conseguem, vão atuando sobre o Homem e levando-o a afastar-se de Jesus. Uma das universidades que mais inspira os falcões é o Vale das Sombras, dirigida por espíritos que foram grandes cientistas ou religiosos na Terra, desencarnados sem aceitar a Nova Estrada de Jesus.

O Vale das sombras

O Vale das Sombras é uma universidade criada em um plano etérico, muito perto da Terra, onde espíritos de grandes cientistas, fi lósofos, teólogos, políticos e outros de grandes conhecimentos e cultura se deixam fi car.

Julgando-se donos da verdade recusam-se a aceitar a evolução pelas Leis Crísticas, não reencarnando e atuando sobre outros intelectuais e políticos encarnados, para que possam ampliar suas infl uências espirituais, de modo a que, depois do desencarne, possam eles se transformar em seus seguidores, aumentando suas legiões.

Uma das mais perigosas e atuantes legiões do Vale das Sombras é a dos Falcões.

A infl uência desses espíritos do Vale das Sombras se faz, na Terra, de várias maneiras: ensinam a fabricação de armas potentes, estimulam às guerras e revoluções, as ditaduras e impérios, além de provocarem fenômenos de comunicação gravados em vídeos e em áudio, de forma a manipular os encarnados.

Escravizam outros espíritos e provocam sua modifi cação em diversas formas. Fazem mistifi cações, incorporando como se fossem Espíritos de Luz, com as mãos abertas e comunicando mensagens enganosas. Exigem permanente atenção do Doutrinador, embora, na nossa Corrente, a sua presença se faça no Trono Milenar.

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Quando um grande intelectual ou cientista desencarna e ainda não foi atuado pelo Vale das Sombras, legiões tentam capturar aquele espírito que, caso tenha o merecimento, será protegido pelos Espíritos de Luz. Costumam se apresentar como cientistas milenares, comandantes das trevas e devemos fi car sempre alerta, pois muitos conseguem se fazer passar por pretos velhos e caboclos.

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Tronos Milenares

“Olha meus fi lhos, em Cristo Jesus, eu fi z aqueles dois Tronos ali (apontando para os Tronos Milenares, ao lado da imagem de Pai Seta Branca), assim naturalmente, nós batizamos como Tronos Milenares... Junto aos olhos de Pai Seta Branca. Ali se recebem Espíritos Milenares... muitos que vêm dessas tiranias, da escravidão, Senhores de Escravos, assim, ex-combatentes, ódio, velhos Generais dessa guerra, Espíritos de Roma, Egito...”

Tia Neiva em gravação sem data.

Falar dos Tronos Milenares é considerar primeiramente o alerta de nossa Mãe Clarividente: “são espíritos milenares, muitos dos tempos de Roma, do Egito, de antes de Cristo”.

Não vamos ali para “conversar com nosso cobrador”! O espírito que está ali vive por séculos dentro do Plano Etérico da Terra! Desvendou os mistérios da magia horizontal e especializou-se no agregar de forças do magnético animal e manipulação de outros espíritos. Sua a Lei é o “toma-lá, dá-cá – dente por dente, olho por olho”. Verdadeiros magos negros, manipuladores de consciências, reis de cavernas e senhores de legiões de espíritos. Atuam em povos inteiros, em tragédias de grande alcance que desprendem uma quantidade indescritível de energia a ser aproveitada dentro do etérico da Terra.

Não vão ouvir sua voz melosa falando de Jesus! Para eles Jesus foi um fracassado que morreu sem cumprir sua missão. A maioria reconhece e respeita a Deus. Certa vez uma entidade destas chegou aos Tronos, frente a dois Arcanos e antes de qualquer coisa disse: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade”. Desmontou os médiuns na hora e quase saem dali doutrinados ao invés de cumprir a missão que se propuseram.

Para enfrentar um Trabalho como esse, requer um longo preparo e ainda muita disponibilidade para continuá-lo, pois difi cilmente ele terá fi m em um único encontro. O Trino Araken contava que havia um espírito destes que já tinha mais de décadas em contato com ele mesmo e não havia

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quase nenhuma possibilidade de encaminhá-lo, pois embora ele até desejasse, temia pela vingança de tantos que já havia destruído.

Somos muito pequenos frente à experiência milenar destas entidades imersas por milênios nos submundos. Respeitá-los é o primeiro passo, e se não houver conteúdo para conversar, que não os incomode! É bastante arriscado perturbar quem você não tem condições de sequer encarar.

Não adianta intelectualizar a prosa, pois uma conversa intelectual normalmente é aborrecida e eles não têm tempo a perder. A única arma capaz de sustentar um encontro destes é o verdadeiro amor! Não importam tanto as palavras, mas sim a emanação com a qual vêm revestidas. Se existir um pingo de vaidade na solicitação deste encontro... Salve Deus! Será descoberta e provavelmente exposto ao ridículo! Ou ainda pior, será manipulado pela própria energia e ingressará nas sombras da aura de um ser muito poderoso.

O Trono Milenar é poderoso portal de desintegração onde recebemos, para doutrinar e para evangelizar, sábios e sagazes espíritos de antigos cientistas, reis, líderes religiosos e políticos, chefes de numerosas legiões.

São convidados pela Espiritualidade Maior, e nossa atenção deve ser redobrada com esses espíritos. Pois eles procuram nossos pontos fracos para nos conduzir para sua infl uência, e se possível passarmos a ser seus seguidores. Não se pode medir forças! Além da vaidade, a arrogância é um sinal que detectam com facilidade e usam contra você mesmo.

Somente a real pureza das intenções e o amor incondicional pela missão é que podem conduzi-lo ao caminho para algum sucesso.

Ir buscar um “cobrador” nos Milenares??? Salve Deus! Somente um insensato faria isso! Pode até ser que um espírito destes tenha um reajuste com você, mas pode ter certeza que face ao império que hoje ele comanda, você é o menor de seus problemas. Um espírito milenar não fi ca preocupado com pequenas cobranças do passado, tem uma legião, uma caverna ou um reino para administrar!

Por tanto... Não vá em busca do que ainda não está preparado para enfrentar. Quando a hora chegar, e “se” ela chegar, tudo acontecerá naturalmente e a missão se delineará de maneira clara.

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Os espíritos são convidados, pela Espiritualidade Maior, para conhecerem nossos trabalhos e nosso Templo. Conduzidos por IFAN, o Cavaleiro Ligeiro, não são obrigados e nem conduzidos à força, mas, sim, atendem a um convite e, portanto, devemos recebê-los como convidados de honra.

Não podem entender nosso trabalho, pois desconhecem o Amor, a Tolerância e a Humildade!

Reafi rmando: Nos Tronos Milenares não se vai “procurar um cobrador pessoal”! Para doutrinar seu “cobrador”, caso tenham merecimento, o Angical será o trabalho correto.

Condições mínimas para trabalhar nos Tronos Milenares

OS Mestres devem ter cursado curso de 7º Raio e é indispensável a presença de um Trino ou de um Arcano. No lado da mão direita de Pai Seta Branca estão os Tronos para trabalhos com Ajanãs e a esquerda, Ninfas Lua.

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2º Capítulo

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Entrando na Individualidade

O nosso conhecimento é nossa disciplina.

Tia Neiva

Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará!

Evangelho

No Vale do Amanhecer, diferente do Kardecismo, não há uma obrigatoriedade de estudos. A aculturação do médium se dá pelo seu interesse em buscar o conhecimento.

Isso se passa porque primeiramente aprendemos a trabalhar. Para nós o fundamental é colocar em prática a manipulação energética, reequilibrando o Médium, e tornando-o cada vez mais apto para exercer sua mediunidade na Lei do Auxílio.

Temos um grande acervo de cartas deixadas por Tia Neiva, livros do Trino Tumuchy e ainda centenas de gravações, que aos poucos vão sendo copiadas e transcritas. Porém, ler uma carta de Tia Neiva não é simples como parece. Por vezes, se voltarmos às cartas que lemos lá na Iniciação, iremos fi car maravilhados, pois parece que sempre encontramos algo que “não estava ali”! Este fenômeno se passa com todos, em maior ou menor intensidade, de acordo com sua evolução mediúnica, por conta de um fator energético agregador. Resumindo, as cartas não foram escritas para você, para sua mente ou sua alma, mais propriamente dizendo. Foram escritas para seu espírito, para a sua individualidade.

Seu espírito, dotado da cultura de diversas encarnações e do preparo que recebeu para assumir mais esta jornada no plano físico, já tem todas as informações que necessita no cumprimento desta jornada. Só precisa ser despertado!

As cartas têm o dom de fazer isso! Quando mais você avança na Doutrina, ao reler as Cartas, encontra informações que antes eram incompreensíveis aos seus olhos físicos. Quando passar a aprimorar sua visão espiritual, entrando em contato com sua individualidade, passará a desvendar os mistérios das cartas de Tia Neiva.

Temos muitos médiuns que ainda sequer sabem ler e escrever, e mesmo assim desempenham funções de comando com grande maestria. Como explicar?

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O conhecimento despertou dentro de seu espírito e foi trazido à luz de sua mediunidade. Deste modo, mergulhado na individualidade, está apto para todos os trabalhos.

Por isso não se preocupe em buscar imediatamente todo o acervo disponível. Despertando seu espírito, gradativamente terá condições de compreender melhor e de redescobrir o que já leu.

Não adianta correr atrás de reunir o maior numero de cartas, livros, gravações e imagens de nossa Doutrina... Não seja um colecionador de acervos! O conhecimento chega até você conforme você está se preparando, fi cando mais em contato com sua individualidade. Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece.

“O médium que passa pelo Amanhecer sem conhecer suas Leis e seus Ensinamentos, não se cura, nem tampouco cura ninguém”.

Tia Neiva

A lei principal que rege a Doutrina do Amanhecer é o Evangelho, sabiamente sintetizado, por Pai Seta Branca, em três palavras: Amor, Humildade e Tolerância.

Além da lei maior do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, como Centuriões, agora devemos ter conhecimento de todas nossas Leis e Chaves Ritualísticas. O Livro de Leis passa a ser acessível e podemos compreender melhor o funcionamento dos trabalhos. A precisão nos rege em cada jornada!

Temos que cumprir fi elmente o quê nos foi ensinado, pois as informações foram trazidas diretamente dos Planos Espirituais por Tia Neiva.

Somente com precisão, é que revelamos nossa posição de elite entre os Iniciados nos Planos Espirituais.

Buscar a compreensão dos trabalhos é uma tarefa para a sua individualidade também. Só se poderá compreender verdadeiramente o quê se passa em um trabalho, quando está totalmente mediunizado.

As técnicas precisas, que nos foram deixadas, são fundamentais para manter a harmonia e a efetividade dos trabalhos, dentro do que foram originalmente programados.

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O Desenvolvimento

O desenvolvimento mediúnico é o caminho para que o Homem encontre sua realização, cumprindo os compromissos que um dia assumiu para sua reencarnação. É a preparação do espírito, que lhe proporciona as condições para, através da Lei do Auxílio, aliviar seu carma e ter maiores resgates de suas dívidas transcendentais.

No Desenvolvimento se aprendem técnicas de manipulação energética e como conduzir-se nos trabalhos espirituais da Doutrina do Amanhecer.

A Centúria é um desenvolvimento. Na verdade é o fechamento de um ciclo de desenvolvimento, onde mestres e ninfas devem ter condições de sair realmente preparados, conscientemente e fi sicamente, para galgar suas atividades mediúnicas.

Em cada etapa do desenvolvimento entramos em contato com mais técnicas, e ao concluir a Centúria somos médiuns completos, com o gabarito para exercer qualquer trabalho, dentro de nossas funções, na Doutrina do Amanhecer.

Trancando a mediunidade

Infelizmente ainda ouvimos expressões como “trancar a mediunidade”. Como se fosse possível fechar a missão de alguém. Não é possível trancar a mediunidade de uma pessoa, por se tratar de uma Benção Divina, de uma coisa dada por Deus, e que ninguém daqui da Terra pode tirar e muito menos medir.

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Mediunização

A mediunização é o ato de o médium entrar em contato com seu próprio espírito. Seja dentro ou fora do Templo, a mediunização permite que você encontre sua realidade espiritual, que esteja sensível às energias que lhe envolvem, ou que estão ao seu redor.

Enquanto ainda não vivenciamos nossa mediunidade no dia a dia, nos tornando Jaguares 24 horas, dentro do Templo, para nos prepararmos para um Trabalho, temos técnicas que nos auxiliam o feliz encontro com o espírito!

Eliminar o contato visual com o mundo externo é o primeiro passo. Feche seus olhos e se concentre em nossas Entidades. Escolha aquela com quem tem mais afi nidade, sua Princesa, Preto Velho, ou mesmo a imagem de Pai Seta Branca.

O silêncio é fundamental para que se encontre consigo mesmo nestes primeiros passos.

Sem imagens externas, e alheio a qualquer som, lhe restará encontrar-se consigo mesmo. O lugar ideal para o processo de mediunização é o Castelo do Silêncio. Fazendo uso do sal, perfume, procedendo sua oração e em seguida sentando-se calmamente para desfrutar deste momento de encontro e descoberta.

Ao mediunizar-se, entrará em contato com outros planos. Deixará o físico e o mental de lado, e vai tornar-se mais receptivo às forças espirituais.

Ao atingir a mediunização, você estará desligado do mundo físico e ligado ao espiritual. Não estará mais presente o José ou a Maria, e sim o Mestre ou a Ninfa, que vem dedicar-se a uma realização espiritual.

Seus confl itos, a preocupação com o tempo, com problemas e as emoções, fi cam de lado e o médium pode trabalhar dentro de sua individualidade.

A aceitação e a tolerância pela gradual eliminação das emoções psíquicas, lhe permitirão ligar-se ao Amor Verdadeiro. Estará emanado pelas forças cósmicas que nos regem, passando a compreender o quê se passa no mundo “invisível aos olhos físicos”.

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Personalidade e Individualidade

Um dos primeiros conceitos a ser assimilado em nossa Doutrina, é justamente a triplicidade de nosso ser, que esbarra diretamente na compreensão da diferença entre Individualidade e Personalidade.

Somos tríplices por termos “três plexos”: corpo físico, alma e espírito.

Sobre o físico não resta dúvidas, creio eu. A confusão se dá quando tentamos entender a diferença entre alma e espírito, pois invariavelmente estas palavras são usadas como sinônimos nas outras doutrinas e fi losofi as.

Em nossa Doutrina, fazemos uma clara distinção entre os dois, pois denominamos “alma” à nossa personalidade e “espírito” a nossa Individualidade.

A Personalidade, ou alma, é “você” hoje! O João, o José, a Maria... Com todas suas características psíquicas e caráter que resulta dos fatores ambientais que lhe envolveram deste a infância: família, educação, nível sócio-econômico-cultural, amizades, traumas, etc.

Tivemos, em cada encarnação, uma alma diferente, com diferentes nuances de acordo com nossa formação. Uma personalidade nova a cada nova jornada, dentro do contexto histórico e familiar em que fomos inseridos.

A Individualidade, o espírito, é o seu “verdadeiro eu”. É a soma de todas suas experiências encarnatórias e espirituais (provenientes do tempo que se passa no plano sutil). Na individualidade estão suas heranças transcendentais e suas experiências de várias jornadas. É “o ser completo”!

A vida é um espetáculo teatral, e a cada nova apresentação assumimos um papel, um personagem novo. Estes personagens são suas almas, suas personalidades. Você é seu espírito, é o artista que encena cada uma destas apresentações.

Ao ingressarmos no Templo, para a prática do trabalho mediúnico, devemos despertar nossa Individualidade! Não

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somos mais a personalidade, o João, o José ou a Maria, somos um espírito cumprindo uma missão espiritual!

Todas nossas técnicas e rituais servem para despertar esta Individualidade. Para que mergulhemos em nosso íntimo (onde vive o Senhor) e não trabalhemos pelo que apresentamos ser, mas pelo que verdadeiramente somos!

Cada passo, cada gesto, cada chave, tem uma função específi ca neste contexto, nos levando a um novo grau de mediunização, que nada mais é que o contato com nosso espírito.

Por isso, ao estarmos em Trabalho Espiritual, ou seja, dentro do Templo, Nada mais importa! Não temos os problemas do dia a dia, as paixões, os desejos e as carências... Somos o espírito desperto para o cumprimento da missão!

A Individualidade trabalha na “vertical”. Em contato direto com Seres de Luz, nossos mentores, que nos auxiliam no cumprimento da missão.

Quando não estamos mediunizados, quando nos voltamos para atender “a nós mesmos” e não aos pacientes, estamos trabalhando com a Personalidade, e com isso, trabalhamos na “horizontal”, sem receber as forças e assistência direta da Luz.

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Mantras

Mantra é a emissão da energia ectoplasmática através emissão de sons vocais em ritmo, sintonia e freqüência com determinada corrente energética.

Traduzindo: Quando estamos “cantando” os hinos da Doutrina, na verdade estamos “imantrando”

Nas antigas tradições orientais já se sabia que o fundamento de qualquer trabalho mediúnico é o controle e a manipulação da força mediúnica, o que caracteriza a maior ou menor capacidade do médium de se colocar a serviço da espiritualidade.

A energia mental alimenta a força mediúnica através de movimentos e sons, normalmente cadenciados e rítmicos, de origem transcendental, denominados mantras, composto este termo por dois elementos: man = mente + tra = libertação.

Os mantras são luzes que louvam a espiritualidade. É como se estivéssemos depositando bônus numa conta nos Mundos Encantados. É através do mantra que você se faz ouvir do outro lado do nêutron.

Tia Neiva, sem data.

A Prece Simiromba

A PRECE SIMIROMBA é um mantra poderosíssimo! Mais do que uma simples prece, é uma chave iniciática que nos liga ao poderoso Oráculo de Ariano, trazendo as forças de acordo com nossa sintonia, necessidade e merecimento.

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A palavra Simiromba é própria de nossa Corrente e signifi ca “Raízes do Céu”. Pai Seta Branca é o Simiromba de Deus! De seu Oráculo, Simiromba realiza toda a grandeza presente em nossos trabalhos.

A Prece de Simiromba deve ser emitida em Postura Iniciática: sempre em pé, com os braços abertos em forma de antena, formando um ângulo de 90 graus em relação ao corpo.

Meu fi lho: vamos penetrar no Mundo Encantado de Simiromba, Nosso Pai, e de seus Ministros. Removendo séculos, encontraremos dos nossos antepassados suas heranças, nos destinos que nos cercam!

Tia Neiva, em 1º de setembro de 1977

Todo o universo ouve o teu sagrado juramento, que fi zeste com as seguintes palavras: “Oh Jesus, fi ra-me quando o meu pensamento afastar-se de ti”. E mais, ao tomar o cálice: “Este é o teu sangue! Ninguém jamais poderá contaminar-se por mim”. De Deus terás tudo por estas palavras. Teu PAI SETA BRANCA, em CRISTO JESUS, SIMIROMBA, também em teu amor. Em 30 de dezembro de 1978.

Hinos do Amanhecer

Na nossa Doutrina, consideramos mantras os “Hinos Mântricos”, e se constituem em vetores energéticos, verdadeiras linhas de força que agem como chaves para as falanges e combinação de energias para a realização de cada tipo de trabalho.

Quando fala ou canta um mantra, o médium emite uma carga de ectoplasma, criando condições para que sua mente

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lhe permita acesso a estados extraordinários de consciência. Como auxiliar na meditação, o volume deve ser baixo, e ir diminuindo na medida em que se consegue penetrar na mente.

No dia a dia quando cantamos, sentimos que algo muda, nosso hemisfério cerebral direito passa a ser trabalhado, e a intuição e criatividade são despertadas.

Vocês já notaram que quando entramos no Templo, em um momento em que os médiuns estão concentrados contando os hinos, parece que chegamos no Céu? Obviamente também depende de sua atitude mental, em entrar em sintonia ao chegar, mas repare como pode ser bonito este momento... Parece que podemos sentir o “perfume” dos mantras no ar!

Cantar, emitir os hinos, ou simplesmente imantrar, é participar ativamente do trabalho espiritual. É emitir um puro ectoplasma que harmoniza a todos presentes, e equilibra energeticamente o ambiente. Impregnando e limpando a tudo, com nossa energia mediúnica.

Tecnicamente, o maior contato com o hemisfério direito do nosso cérebro, permite um estado de consciência e percepção, inatingível no dia a dia, quando nos focamos naturalmente em questões práticas, dominadas pelo hemisfério esquerdo do cérebro.

Espiritualmente, a emissão de ectoplasma, em um Trabalho de Imantração, por exemplo, tem o poder de desalojar espíritos que se “agarraram” às colunas do Templo, ao não completarem sua elevação.

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Vejamos o quê nos diz Tia Neiva:

E mais uma coisa, meus fi lhos: quando vocês puderem cantar...

O canto se transforma em mantras junto ao seu ectoplasma. É um ectoplasma Crístico que lhe permite fazer seus pedidos enquanto você está cantando os mantras.

Sempre que puderem, cantem!

Nós ionizamos o nosso Templo e deixamos aqui, em haver, quando saímos, tantos mantras do nosso magnético animal extraídos do Sol Interior. Não se esqueçam disto!

Os mantras cantados são como luzes, é um trabalho em louvor à Espiritualidade, é como se vocês abrissem uma conta corrente nos Mundos Encantados!...” Tia Neiva, em 27 de junho de 1976

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A Emissão

Quando trabalhamos e emitimos, nós representamos a própria Entidade. Você é o seu Ministro, o seu Cavaleiro! É por isso que dizemos: “Eu, Adjunto Tal... Eu, Cavaleiro Verde, Cavaleiro Especial...” Naquela hora, quem deve estar presente é somente sua Individualidade, representando a própria entidade lhe projetando a força necessária para àquela hora. Tudo sempre de acordo com sua, sintonia, necessidade e merecimento.

Por isso que na Emissão, bem como nos Cantos, que são seu complemento, encontramos tantas alusões a passagens já vividas por nossa Tribo. Recordamos as passagens na Individualidade e quando chegamos nos momentos decisivos de “batalha”, revisamos todo o nosso passado.

Cada vez se torna mais necessário que busquemos uma compenetração visando encontrar a individualidade na hora da emissão. Sinta cada palavra, recorde como cada conquista é importante, compreenda sua emissão!

O Trino Tumuchy nos afi rmava que a emissão de cada um irá se tornar o passo mais importante do nosso trabalho, porque vamos partir para a cura pelo plexo. “O mestre, em qualquer circunstância, faz a sua emissão, e com sua emissão e uma elevação, feita por outro mestre, um paciente poderá ser curado instantaneamente”.

Quando ligamos nosso espírito, colocamos nossa mente na condição de percepção das coisas que dominam o nosso espírito. Saímos da personalidade e ingressamos na individualidade e, através dessa vivência, vamos alimentando nosso Sol Interior.

“Quando emitimos, estamos falando de uma coisa que está dentro de nós e que está fora de nós. É um perfeito contato com o Universo. É a integração no Universo pelo mergulho na individualidade!”

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A emissão é a “nossa história”! O canto de nossa procedência, nossa apresentação individualizada perante os planos espirituais de tudo o quê conquistamos neste plano e lutamos para conquistar (avinhar) espiritualmente!

É a linguagem das Legiões, do médium desenvolvido, que está “a caminho de Deus”, na jornada para a vida eterna. É o canto universal dos mundos onde não há inércia!

Da emissão constam as características da individualidade do médium: Falange, Povo, Adjunto, Classifi cação, Cavaleiro ou Guia Missionária, Turno, Estrela e Turno Cabalístico, obedecendo ao modelo que é fornecido, a cada médium, pelos Mestres Devas.

A emissão abre um canal, que atravessa o neutrôm, pelo qual fl ui a força de que um médium dispõe naquele momento.

A Espiritualidade projeta as forças em natureza e quantidade indicadas e sufi cientes para o trabalho, conforme esteja o médium em condições de manipulá-las. Caso contrário, as forças não poderão ser projetadas efi cientemente, pois o médium não tem como suportá-las.

Sempre que for abrir um trabalho, é pela emissão que o médium abre o canal de comunicação com os planos superiores, cujo nível de alcance vai depender muito da sintonia e harmonização do médium. Assim, o alcance da emissão é variado e nunca temos como saber ou avaliar até onde chega e, por conseguinte, o que recebemos.

Uma emissão não pode ser alterada! Sob pena de perder seu registro. Somente um Mestre Devas pode assinar sua emissão, assumindo a responsabilidade que lhe é destinada.

Emitindo

A Emissão deve ser realizada em Postura Iniciática: sempre em pé, com os braços abertos em forma de antena, formando um ângulo de 90 graus em relação ao corpo.

A voz deve seu audível, fi rme, porém suave. Sem pressa e de forma que suas palavras possam ser compreendidas e registradas. Deve ser decorada e praticada para que ao emiti-la em um trabalho tenha segurança.

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É muito triste e você já devem ter ouvido, emissões gritadas, que incomodam e que sem dúvida geram um vibração nada produtiva. Gritar a plenos pulmões não vai fazer você ser ouvido mais “lá no alto” tampouco vai demonstrar sinal de força. Somente desagradar aos mais próximos.

Da mesma forma, uma emissão feita aos sussurros e com palavras incompreensíveis, acaba por quebrar a sintonia de quem aguarda por vibrar positivamente com aquele Mestre ou Ninfa.

Observação Importante: Ao ser feito o Canto do seu Adjunto, ou de uma Missionária, que seus componentes e irmãs de Falange se coloquem de pé, em sinal de respeito e com a lembrança de que a energia daquele Ministro ou da Princesa Missionária está chegando àquele ambiente.

O mestre que alterar a sua emissão terá sobre si a responsabilidade de não ultrapassar o neutrôm e, conseqüentemente, não será ouvido e nem registrado pelos planos espirituais. ...

O mestre ou a ninfa não emitirá “em missão especial do Adjunto...” quando pertencer ao continente do mesmo.”

Tia Neiva, s/d

O médium desenvolvido recebe a sua emissão. Emissão é um canal na linha horizontal que capta as forças que atravessam o neutrôm.

O médium desenvolvido é responsável por dois canais de emissão, que se cruzam e são ligados no seu interoceptível, formando seu equilíbrio na conduta doutrinária, donde se vê o poder que se levanta em um Mestre Lunar.

Observe, também, que o simples Apará, em força ou emissão menor, também tem suas emissões diretas. Sem mestres iniciados, o médium que não tem suas emissões em heranças transcendentais está sempre em desequilíbrio.

Sim, o interoceptível é como uma balança, onde nossa cabeça é o fi el desta balança. Pesando só terra, entra em desequilíbrio.”

Tia Neiva, em 8 de abril de 1979

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Estilos IniciáticosChaves

Chaves são emissões precisas, que não podem ser modifi cadas ou alteradas, utilizadas para abrir ou fechar os trabalhos. Suas palavras são como os dentes de uma chave comum. Se houver alteração, já emperram e não funcionam, não abrem nem fecham. São chaves, que cada um utiliza para abrir o neutrôm e ir buscar sua ligação onde estiver em condições de alcançar.

As chaves que mais usamos na Doutrina para abrir ou encerrar trabalhos são:

• ABERTURA E ENCERRAMENTO DE TRABALHOS;

CHAVE DE ABERTURA E ENCERRAMENTO DO TRABALHO OFICIAL, DOS INTERCÂMBIOS DO RETIRO E DO JULGAMENTO;

CHAVE DE ABERTURA E ENCERRAMENTO DO TRABALHO DO TRABALHO ESPECIAL DOS TEMPLOS DO AMANHECER;

CHAVE DE ABERTURA DA CORRENTE MESTRE;

CHAVE DE PREPARAÇÃO DO MÉDIUM NA PIRA;

CHAVE DE ENCERRAMENTO DO MÉDIUM NA PIRA;

CHAVE DE ENTREGA OU ELEVAÇÃO (SÓ DOUTRINADORES(AS));

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Passe magnético

O Passe Magnético não tem contra-indicações! É dado para aliviar o plexo, dele retirando todas as impregnações pesadas. É um movimento Iniciático e que requer precisão.

O Doutrinador, em pé, atrás do receptor, devidamente posicionado com as mãos sobre os joelhos, palmas voltadas para cima (salientando que está ali para receber - sem ter as pernas cruzadas), abre seu plexo, eleva seus braços, entrelaçando as mãos no alto enquanto emite a chave: “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!”. Vira as palmas das mãos para cima e desce os braços até o plexo do receptor; sobe com as mãos ainda entrelaçadas na testa do receptor e toca suavemente, passa então para suas costas, na altura da onde estaria a “ponta da cruz do colete de doutrinador”, onde dá três toques fi rmes, mas sem empurrar o receptor; volta as palmas das mãos para o plexo e descarrega junto ao corpo com as palmas voltadas para trás.

O Trino Araken deixava claríssimo a necessidade de voltar às mãos ao plexo.

Não existem as “limpadinhas” feitas depois, e estranhos toques feitos no ombro.

Também não existe este negócio de “distribuir os empurrões pelas costas”, fazendo um no meio, e os outros, um em cada canto. Os três são no mesmo lugar! Não tem “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo” três vezes ou a cada movimento.

O Passe Magnético faz parte de um rito iniciático e não se deve agregar nada mais. Portanto, não existe “super-passe” ou “passe especial de Arcano”. Nossa Doutrina segue uma orientação Iniciática e qualquer invenção que venha a descaracterizá-la só serve para gerar vibrações ou induzir ao erro.

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Ionização

Através da Ionização criamos uma “redoma de proteção” ligando o Doutrinador e o Apará, auxiliando a evitar as interferências em uma comunicação nos Tronos. Por essa ligação especial, é que quando um paciente incorpora, a obrigação de atendê-lo passa ao Comandante dos Tronos, pois o Doutrinador está ligado diretamente ao Apará e ele é que é sua real responsabilidade.

Antes da incorporação, o Doutrinador leva suas mãos ao plexo e as estende para frente, sobre a cabeça do Apará, com o cuidado para não tocar nos cabelos, falando: “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!”, e as trás de volta, rodeando a cabeça do Apará pela direita e pela esquerda, agindo na aura do médium, a fi m de retirar impurezas dessa aura, retornando suas mãos ao plexo, onde é feita a descarga, assim eliminando cargas negativas ou forças esparsas diluídas naquela aura que poderiam atrapalhar a projeção dos Mentores e ampliar a ação de espíritos sofredores que iriam incorporar.

Repare que também na Ionização as mãos voltam para o plexo!

Tão logo incorpora, o Mentor faz, também, a ionização do seu aparelho.

Abertura de Plexo

Ao ingressarmos no Templo abrimos nosso plexo para o Trabalho Espiritual a ser realizado. Colocamo-nos a mercê da Espiritualidade Maior e também das forças e energias que circulam dentro do Templo, de acordo com nossa sintonia.

Forças diversas circulam dentro do Templo, inclusive as esparsas, ao entrarmos, colocamos nosso plexo “em alerta” e o mesmo procedimento se realiza ao sair do Templo, dando conta que deixamos um ambiente de alta circulação energética para outro de circulação neutra.

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O sentido de circulação dentro do Templo é horário. Nos movemos sempre da esquerda para a direita, como os ponteiros de um relógio. Devemos sempre evitar movimentos em sentido anti-horário, para evitar choques energéticos e recepção de mais forças esparsas, somente em situações de necessidade ou impossibilidade é que podemos circular ao de modo inverso.

Também realizamos a “abertura do plexo” ao cruzar o centro do Templo (Pai Seta Branca e Jesus Caminheiro), pois neste local o “pêndulo” da Corrente está em franco movimento.

Nos pontos cabalísticos do Templo realizamos apenas a Reverência, que dispensa levar as mãos ao plexo.

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Primeiros Trabalhos

A Mesa Evangélica

Tocou a sineta é hora de dirigir-se para o setor! O chamado da sineta é uma alerta de que necessitam de você naquele setor, e você tem um compromisso.

No setor evangélico, enquanto aguardamos a quantidade necessária se completar, é hora de imantrar. Não há espaço para conversas vazias e que só atraem forças esparsas! Tem que colocar o pé lá dentro e já estar trabalhando! Imantrar, mentalizar, e com seu comportamento verá que outros, que normalmente se perdem nas “conversas sem procedência” irão te acompanhando na conduta correta. É uma lei de atração em que o certo vai sempre vencendo. Entrou para o trabalho, não saia! Às vezes você induz a outro a sair, e acaba sendo o responsável pela não realização do trabalho todo. Isso tem preço!

Aparás acomodados... Doutrinadores atrás, concentração total durante a abertura e então o Comandante determina que se façam as puxadas.

O Apará passa a receber a projeção, independente de qualquer sintoma aparente, está ali mediunizado, buscando a sintonia daquela incorporação, que muitas vezes é difícil, pesada, o Doutrinador deve manter a postura elegante e a voz em bom tom, faz parte da conduta doutrinária.

Após a puxada, o Apará, sob projeção, deve manter o equilíbrio, mesmo diante da mais feroz vibração. Com as mãos fechadas, mantendo o corpo no mesmo equilíbrio, sem emitir sons, ruídos de qualquer espécie, gestos corporais que incitem qualquer tipo de sentimento. Estas manifestações não são sinais de uma incorporação perfeita, de muita sintonia e de força do médium. Pelo contrário! São sinais de fraqueza, de falta de controle e até mesmo de desequilíbrio! Não foi isso que aprenderam nas aulas de desenvolvimento! Se não foram corrigidos, a culpa é do Instrutor! Se agem por conta própria, assumem a responsabilidade por qualquer desarmonia.

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O Doutrinador realiza então sua doutrina. Não há uma doutrina específi ca para a mesa! A doutrina que acompanha a limpeza da aura deve ser espontânea. Seguir um determinado padrão, porém sem ser cansativa e decorada. Tem que ter sentimento! Levar sua vibração energética! Não pode ser uma fala decorada sem emoção, enfadonha e cansativa. Você tem que se concentrar no que está fazendo. Está encaminhando um espírito desconhecido que jamais lhe esquecerá, se aquela realização for completa. Está formando uma amizade que irá, quem sabe, lhe receber quando chegar a sua hora de partir. Pois ele jamais lhe esquecerá.

Ao realizar a limpeza da aura, o cuidado com a elegância também é fundamental. Aqueles que fazem tudo correndo ou que gesticulam fora dos padrões, inevitavelmente são notados e vibrados. Atraem para si a atenção que parecem querer, mas com certeza, não vem nada positivo junto.

Nunca, jamais se toca no Apará durante a limpeza de aura!!! Pergunte o quê sentiu um Apará que recebeu um toque. Vai ver como ele fi cou “feliz” com o choque recebeu, e como o doutrinador(a) caiu em seu conceito.

Quando é realizada a elevação, o objetivo é permitir que o espírito siga sua jornada. Segurar a incorporação é um dos piores erros que um Apará pode cometer. Claro que algumas vezes, existe a necessidade de um espírito receber um pouco mais de ectoplasma, ou mesmo um fl uido de diferente doutrinador(a), mas esta não é a regra, é a exceção! Fazer isso no encerramento da mesa, criando um clima de espetáculo, é ainda pior! Quem leva as vibrações, não é o doutrinador(a) que não “conseguiu” elevar o espírito, e sim o Apará que deu show! Salve Deus! Dizemos isso de forma clara, porque é o quê na verdade todos comentam. Digo ao Apará que não acredite se alguém foi elogiar “sua força” na mesa... Quem fez isso agiu por ignorância ou falsidade.

O giro pela Mesa: Giro, quer dizer andar em círculos! É deixar o fl uxo energético da mesa seguir a trajetória. Quando um doutrinador(a) estaca atrás de um determinado Apará, esperando que o outro doutrinador termine sua doutrina e elevação, ele pára este fl uxo e sujeita-se às forças esparsas.

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Fica segurando “carga”. Portando não pare! Siga o giro, somente pare para aguardar quando ouvir o “Obatalá”. Nos faróis é mais uma questão de bom senso. Se tem um ou dois esperando para fazer a limpeza, espere também, mas se já tiverem três ou quatro esperando, Salve Deus, siga em frente e não cause um “engarrafamento doutrinário”. A passagem sem fazer a limpeza, quando já existem mais de dois ou três esperando no farol, foi autorizada pelo Trino Araken.

Ninfa Sol no Farol

Nos princípios dos trabalhos do Vale do Amanhecer, a colocação de uma Ninfa Sol em um dos faróis da Mesa Evangélica era admitida extraordinariamente, quando se existia a necessidade de acomodar mais Ajanãs, ou mesmo havia uma falta de Doutrinadores para tal posição.

Com o aumento do corpo mediúnico, esta condição extraordinária foi abolida, sendo permitida apenas que Mestre Edelves fi zesse uso da prerrogativa, coisa que difi cilmente fazia.

Nos Templos do Amanhecer, inicialmente também se aceitava que uma Ninfa Sol ocupasse a posição em um dos faróis, somente por absoluta falta de mestres que impedisse a realização do trabalho, porém, pelo temor da prática tornar-se uma regra e não uma exceção, foi TERMINANTEMENTE PROIBIDO que QUALQUER NINFA SOL ocupasse QUALQUER um dos faróis da Mesa Evangélica, fosse no Templo Mãe ou em qualquer Templo do Amanhecer. Esta decisão foi confi rmada por todos os Trinos e se mantém vigente em todos os Templos.

Desta forma, não se pode formar uma Mesa em que não se tenha quantidade mínima de Mestres para ocupar os faróis, doutrinar e comandar o trabalho.

Obs.: Como esta suspensão foi determinada pelos Trinos e não por Tia Neiva, nada impede que excepcionalmente autorizem por real necessidade de algum Templo!

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O “Papelzinho”

Quando recebemos um papelzinho para colocar na Mesa (ou mesmo em outro setor de Trabalho), muitas vezes não temos a menor idéia do quanto aquilo pode signifi car para o paciente, ou mesmo o quanto de energia que está ali impregnada pela fé de quem o escreveu, normalmente devido a recomendação de uma Entidade nos Tronos.

A maioria das vezes não consideramos uma “missão” entregar um papelzinho na Mesa ou em outro setor de trabalho. Mas dentro do templo, tudo é missão, somos partes de grandes trabalhos que não vemos, mas que deveríamos ter total consciência da responsabilidade que assumimos ao colocar o uniforme. Às vezes, o que parece menos importante é justamente nossa única missão do dia.

O Trino Araken explicava como se conduzir ao receber um papelzinho. Orientava que deveria ser recebido com sua mão neutra, não a mão de força, e assim que recebido, deveria ser encaminhado para seu destino imediatamente.

Linha de PasseA Linha de Passes onde a força desobsessiva dos Caboclos, na regência dos Cavaleiros de Oxossi, alivia as cargas dos pacientes, literalmente limpando suas auras de qualquer impregnação ou força esparsa.

Pela manhã, a partir das 10 horas, o Trabalho já pode ser iniciado, estendendo-se até no máximo as 12 horas. Podendo ser encerrado e reaberto neste período conforme a chagada de médiuns ou pacientes.

Não há “contra-indicação”, o paciente pode passar sem a recomendação dos Tronos, isso por ser um ambiente “Evangélico”.

Embora seja um ambiente direcionado aos Caboclos, nada impede de um Preto Velho trabalhar neste setor.

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3º Capítulo

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Cientistas da Fé

A fé que nega a ciência é tão inútil quanto a ciência que nega a fé.

Tia Neiva

A Doutrina do Amanhecer veio com a missão de unifi car dois poderes: A Fé e a Ciência!

Nossa fi ta “roxa e amarela” simboliza justamente esta unifi cação. Colocada no corpo do médium, formando uma elipse, é um verdadeiro portal que abrange as duas forças.

O Roxo simbolizando a Cura, a Fé; e o Amarelo simbolizando o Conhecimento, a Ciência. Da união destas cores, destas forças, nasce o Médium do Amanhecer. Doutrinador e Apará, ambos dispondo dos poderes das duas vertentes. Sim, pois o Jaguar é um cientista dos planos espirituais. Jaguar não é apenas o Doutrinador, é o Apará também, o médium iniciado que incorpora com consciência e conduta doutrinária. Vivenciando o fenômeno da Voz Direta, compreendendo e conduzindo a incorporação, enquanto o Doutrinador, dotado do Terceiro Verbo, explica traduzindo aos olhos físicos.

A Fé que nega a Ciência é tão inútil quanto a Ciência que nega a fé!

Nesta máxima, Tia Neiva expôs claramente que nossa Doutrina não é uma religião a ser seguida de olhos fechados, sem poder se questionar os “porquês” e entender os fenômenos. Também nos disse que:

Aquele que passa pela Doutrina do Amanhecer sem conhecer as suas Leis, não se cura e tão pouco cura a ninguém.

Por isso temos o curso de Pré-Centúria! Para esclarecer, trazer a luz do conhecimento sobre os fenômenos vivenciados nos primeiros passos do desenvolvimento mediúnico, quando o mais importante é ter condições e aprender as técnicas para desempenhar os Trabalhos Espirituais.

Na simplicidade da Fita que atravessa nosso plexo, encontramos a equação perfeita para nos conduzirmos e

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vivenciarmos a Doutrina. Aquele que não busca sua evolução, que não vai em busca de compreender o quê se passa nos trabalhos, que simplesmente aceita tudo sem questionar; não está equilibrando os dois valores. Precisa ir em busca da Individualidade e compreender a grandeza que está ao seu redor! Somente assim poderá valorizar a oportunidade que recebeu ao ingressar, e assumir esta jornada.

Da mesma maneira, aquele que se envolve fi xação das Leis e Chaves, zelando para que tudo seja perfeito, mas esquecendo-se de observar os fenômenos, apenas prendendo-se a parte técnica da Doutrina, também perde a essência do equilíbrio pregado em sua primeira arma: A Fita!

Salve Deus!

Bom senso é a palavra de ordem em todos os pontos de nossa Doutrina! Temos que vivenciar os fenômenos e ir em busca de sua compreensão. Primeiramente em nossa Individualidade, na consciência adormecida de nosso espírito, e depois, nas Cartas e Leis, na Centúria, onde devemos exigir o máximo de nossos instrutores para esclarecer, iluminar e eliminar todas as nossas dúvidas.

O Doutrinador ao atravessar a Fita no seu peito, não pode trabalhar em dúvidas! O Apará, usando esta Fita, entrega-se nas mãos do Doutrinador, porém sua consciência absorve todo o ensinamento diretamente dos Mentores incorporados.

O homem moderno ainda busca exaustivamente uma bandeira de equilíbrio. Alguns mergulham nas religiões, explicando tudo pela fé, pela Bíblia, pelos Dogmas e seus “mistérios”; e se fanatizam! Outros, imersos nos conhecimentos da Ciência, se tornam cépticos!

A Doutrina do Amanhecer vem trazer a unifi cação! Esclarecer os fenômenos mediúnicos sob a Luz da Ciência Espiritual. Por isso somos “Cientistas da Fé”!

A fé que nega a ciência é tão inútil quanto a ciência que nega a fé.

Tia Neiva

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Para nós, médiuns da Corrente Indiana do Espaço, Jaguares desse Amanhecer, a fé e a ciência devem caminhar juntas, uma complementando a outra, de forma harmônica e convergente, em perfeita sintonia com os conhecimentos doutrinários que vamos acumulando ao longo de nossa jornada missionária no plano físico.

Para a compreensão dos mistérios da multi-dimensão dos mundos, dos diversos planos vibracionais, dos fenômenos paranormais, dos poderes da mediunidade, devemos caminhar com fé, porque somente através da fé é que iremos compreender e aceitar esses mistérios, que a ciência se mostra incapaz de explicar, pelas suas próprias limitações e pelas próprias limitações da capacidade sensorial do homem encarnado, no exercício do estudo dos vários ramos da ciência terrestre.

Não podemos relegar a planos secundários e de menor importância em nosso contexto de vida física, os postulados científi cos, porque todo o acervo de conhecimentos das ciências naturais e da matemática, explicam e esclarecem as nossas dúvidas e confi rmam as nossas certezas sobre os fatos, os fenômenos e as coisas que o nosso sistema sensorial físico pode perceber nesse vasto universo.

Fé e ciência, assim, devem caminhar juntas, cada uma com o seu propósito, mas sem que uma caminhe em rota de colisão com a outra.

A fé não pode desprezar a ciência, assim como a ciência não pode negar o poder da fé, porque enquanto a ciência necessita de evidências e de comprovações dos fenômenos, a fé se projeta na simples aceitação da razão e dos sentimentos voltados para Deus.

A prudência deve ser uma fi el companheira em todos os momentos da nossa vida física, principalmente quando nos propomos a convencer pela fé, ou a negar pela ciência.

A fé é um poder, sabemos muito bem disso, porque o Grande Mestre já nos ensinou e nos demonstrou esse poder.

Quando Jesus entrou em Cafarnaum, um centurião aproximou-se dele, suplicando:

- Senhor, o meu criado está de cama, lá em casa, paralisado e sofrendo demais.

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Ele respondeu:

- Vou curá-lo.

O centurião disse:

- Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu criado fi cará curado. Pois eu, mesmo sendo subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens; e se ordeno a um: ‘Vai! ’, ele vai, e a outro: ‘Vem!’, ele vem; e se digo ao meu escravo: ‘Faze isto!’, ele faz”.

Ao ouvir isso, Jesus fi cou admirado e disse aos que o estavam seguindo:

- Em verdade, vos digo: em ninguém em Israel encontrei tanta fé. Ora, eu vos digo: muitos virão do oriente e do ocidente e tomarão lugar à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó, enquanto os fi lhos do Reino serão lançados fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes.

Então, Jesus disse ao centurião:

- Vai! Conforme acreditaste seja feito.

E naquela mesma hora, o criado fi cou curado.

(Mateus, Cp. 8, Vs. 6/13).

Pelo poder da fé podemos obter maravilhosas curas, mas devemos ter cuidado para não cairmos no fanatismo e deixarmos a vida material de lado, em nome apenas desse poder. A prudência nos aconselha a caminhar com fé, mas com os pés no chão e convictos de nossas obrigações e das nossas necessidades materiais.

A ciência, da mesma forma, se revela um poder no mundo material, porque podemos impressionar, seduzir e convencer pelo força conhecimento, mas não podemos basear as nossas crenças apenas nas explicações científi cas, porque a ciência está condicionada ao alcance limitado da nossa capacidade sensorial.

Há que haver prudência na manipulação desses poderes, para que a ciência não anule a fé, tampouco a fé desacredite a ciência.

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Quando dizemos que nossa Doutrina é mais ciência do que religião, é porque não temos dogmas, onde se crê cegamente em tudo, sem se discutir. Para cada fenômeno há sempre uma explicação. Há sempre uma razão de ser.

No exercício da fé, as mensagens e os fenômenos são absorvidos pela mente, pelo cérebro, e termina no coração, nos sentimentos puros.

Não devemos alimentar preconceitos, tampouco teorias, para estejamos sempre à frente da ciência, no entendimento das coisas do Plano Espiritual.

O perigo da Ciência sem Fé e da Fé sem Ciência

Não podemos viver apenas com a nossa fé, porque corremos o risco de cair no fanatismo, na superstição e nos dogmas, crendo sem que possamos discutir, indagar, querer saber sempre mais.

Não podemos, da mesma forma, viver apenas com os conhecimentos científi cos, desacreditando de tudo e de todos, porque estaríamos, dessa forma, pregando o materialismo.

Crer, de forma desatinada, e ter a ciência como única aliada, são extremos perigosos, que nos levam sempre a incertezas e ao vazio.

É preciso viver com fé, mas usando os conhecimentos e as conquistas da ciência, para que tenhamos uma vida equilibrada.

Doutrina, não religião!

A Doutrina do Amanhecer não é uma religião na acepção atual da palavra. Caminha lado a lado com o conhecimento científi co, que nos proporciona entender os efeitos da origem física da mediunidade e o alcance das vibrações, e da fé, que nos permite compreender a cura desobsessiva e os efeitos da obsessão.

Porém se olharmos para o conceito original que determinava como “religião” religar-se com Deus... Aí poderemos considerar que temos algo de religião! Nos religamos ao nossos espírito que é uma centelha do Divino.

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As Religiões nos Mundos Evoluídos

O perigo das religiões está na maneira que nós, espíritos encarnados, a utilizamos, porque através da fé puramente religiosa podemos escravizar nossos irmãos, explorar suas fraquezas e mazelas, desviar as fi nalidades da crença nos Poderes Divinos, utilizando os resultados dessa exploração em proveito próprio, mascarando a verdadeira mensagem evangélica, que é de emanar, elevar e curar.

É comum, nos dias de hoje, vermos o crescimento de doutrinas, com o intuito apenas de se acumular riquezas e poder.

Nos mundos evoluídos não existe religião, existe a Doutrina do Amor Incondicional de Jesus.

O cientista Jaguar

Não podemos aceitar tudo cegamente, porque temos o conhecimento e a consciência para saber distinguir o certo do errado. O bom do mal. O falso do verdadeiro. Devemos, pois, nos valer da nossa consciência, para aceitar ou não as informações que recebemos.

Devemos nos valer da nossa consciência e do nosso conhecimento doutrinário, para aceitar ou não as informações que recebemos, analisando sempre as fontes dessas informações, porque sabemos que falsos profetas podem confundir a nossa fé e a nossa mente, como já nos advertiu o apóstolo Paulo, na Carta aos Romanos:

Meus irmãos, peço que tomem cuidado com as pessoas que provocam divisões, que atrapalham os outros na fé e que vão contra o ensinamento que vocês receberam. Afastem-se dessas pessoas porque os que fazem essas coisas não estão servindo a Cristo, o Nosso Senhor, mas a si mesmos. Por meio de conversa macia e com bajulação eles enganam o coração das pessoas simples.

Romanos 16:17-18

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A Cura Desobsessiva

Não nos preocupamos com a cura física das pessoas, deste tipo de cura cuidam os “médicos da Terra”.

Nossa preocupação, enquanto missionários, deve ser a cura do espírito. Manipulamos nossas forças em benefício da cura desobsessiva. Para nós nos chega a compreensão de que a cura do corpo físico é conseqüência da cura espiritual.

Mas afi nal o quê é a Cura Desobsessiva que tanto falamos deste o início de nosso Desenvolvimento?

Costuma-se dizer que todos os Trabalhos do Vale do Amanhecer são voltados para a Cura Desobsessiva, mas por quê?

Vemos acontecer curas físicas em nossos Templos. Houve uma época em que atrás do Randy, entre a mureta de entrada e a que separava a área do trabalho, fi cavam depositadas cadeiras de rodas e muletas. Muitas deixadas por pacientes que já não necessitariam mais delas (outras para uso dos que delas necessitassem, facilitando sua locomoção no Templo). Dessa forma se pode acreditar que a Cura Física também seria operada... Mas será isso mesmo?

Vamos então compreender o quê realmente se passa nos Trabalhos, para que a resposta naturalmente nos alcance.

Ao chegar nos Tronos o paciente é recebido pelo Doutrinador e pela Entidade de Luz. A Entidade avalia o quadro espiritual do paciente. Não importa se ele vai contar sua vida e os seus dramas pessoais. Sobre este aspecto a Entidade no máximo emite suas mensagens de amor e acolhimento, sem jamais interferir no carma da pessoa. O trabalho fundamental do Preto Velho é avaliar o quadro espiritual!

O Preto Velho verifi ca qual faixa cármica que a pessoa atravessa, quais os cobradores que foram trazidos e quais os que estão em condições de fazerem suas passagens, de acordo com a sintonia do Doutrinador. Vejam também

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porque é importante que o Doutrinador esteja em total sintonia com o trabalho: se ele não estiver bem e atento, aquela oportunidade pode ser perdida, sem que possamos avaliar o quanto foi investido para que aquele paciente e seus cobradores chegassem até ali.

Diante do quadro apresentando, a Entidade vai limpando a aura do paciente. Tirando suas impregnações provenientes de diversas origens (dos lugares por onde passa ou freqüenta, dos obsessores, das vibrações emitidas por quem convive, etc.).

Em determinado momento, enquanto o mentor do paciente negocia com os cobradores, a passagem é permitida, e de acordo com a sintonia do par e o merecimento do paciente, o irmãozinho pode ser encaminhado. Nem todos são, mas consideremos neste caso que sim, o irmãozinho foi encaminhado.

A conversa entre a Entidade e o paciente proporciona a troca de energias, que vai revigorando sua aura. Com o padrão em alta, após o atendimento, e ainda por cima, após a passagem de algum irmãozinho que o acompanhava, o paciente sai naturalmente melhor e pode ser que a Entidade ainda considere propício que passe em outros trabalhos.

Sendo encaminhado para a Cura, poderá receber o reequilíbrio energético de sua aura. Seus chakras são realinhados e havendo algum elítrio, deslocado de sua posição original de cobrança, será também recolocado em seu devido lugar, e, quem sabe, iniciado o processo de libertação que poderá ser concluído na Junção.

Este deslocamento a que me referi, da posição do elítrio, pode ocorrer em função da freqüência em outras correntes. Uma pessoa que passa por diversos tipos de cultos e rituais, pode acabar mudando a posição original de um elítrio.

Ainda em nosso paciente imaginário... O paciente passou pela Cura, recebeu o reequilíbrio de seu perispírito e tendo um elítrio, ele passou a ser trabalhado.

Supomos que ele foi ainda encaminhado para a Junção. Neste trabalho é que efetivamente ele terá a oportunidade de libertar aquele elítrio! Os mantras luminosos que ali se emitem, em conjunto com a seqüência perfeita de passes do Doutrinador, permitem esta libertação, de acordo com o merecimento do paciente.

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O paciente sai da Junção “nas nuvens”... Nem sente o cansaço! Está notadamente melhor. Se ele ainda foi recomendado a passar na Indução, vai receber ali mais uma grandeza. Na Indução é possível “romper as correntes”. Uma corrente é formada pela emissão contínua de energia direcionada, consciente ou inconscientemente. As correntes atrapalham principalmente a vida material da pessoa.

Assim, o paciente recomendado a “todos os trabalhos”, ainda passa na Linha de Passes para retirar alguma impregnação resistente ou mesmo alguma força esparsa que o possa ter atingido durante seu trânsito pelo Templo.

Visualizamos este rápido roteiro para compreender que ao passar pelas Entidades nos Tronos o paciente pode receber uma libertação, na Cura é reequilibrado, na Junção uma libertação de maior porte ainda pode ocorrer, na Indução é libertado das correntes e por fi m na Linha de Passes sai “zero quilômetro” para levar sua vida. Isso é, de acordo com seu merecimento e principalmente seguindo rigorosamente a orientação dos Pretos Velhos nos Tronos.

Caso o paciente tenha chegado com uma doença física, provocada pela triste situação que seu quadro espiritual apresentava, obviamente vai sair curado! Curado fi sicamente também! Porém a maioria das vezes, o quadro espiritual apenas mascara a condição física. E ao passar pelos trabalhos, seguindo a recomendação de procurar novamente o “Médico da Terra”, este, por sua vez, irá cumprir seu papel encontrando a causa física da doença que tanto procurava antes e nada via.

A recomendação de outros trabalhos, como o Randy, por exemplo, é dada em caso específi cos e mesmo sendo mais complexo o seu funcionamento, a fi nalidade também é a mesma: a Cura Desobsessiva, a libertação espiritual e o encaminhamento dos irmãozinhos.

Somente uma Entidade de Luz pode avaliar o quadro do paciente, e somente nos Tronos é que se pode obter a recomendação de passar nos outros trabalhos (exceto a passagem pela Linha de Passes que é livre). Muitas vezes um paciente é recomendado a passar pela Cura, e encontrando a fi la muito extensa resolve deixar para passar em outro dia. Salve Deus! Sua aura foi preparada para aquele dia, e a recomendação só vale para aquele momento específi co avaliado pelo Preto Velho. Outro dia, só com outra passagem pelos Tronos e muitas vezes não receberá a mesma

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recomendação por uma condição diversa de sua aura e padrão vibratório.

Creio que assim podemos enfi m compreender corretamente o quê é Cura Desobsessiva.

Resumo:

Cura Desobsessiva é a cura do espírito e se processa através da doutrinação e da manipulação de energias nos Trabalhos Desobsessivos. É doutrinando, emanando e curando que libertamos nossos irmãos menos esclarecidos, dando-lhes oportunidade de voltarem para o Mundo Crístico.

A fi nalidade principal de todos os trabalhos da Doutrina do Amanhecer é a cura desobsessiva, que processa de várias maneiras nos Trabalhos Desobsessivos.

Ainda podemos afi rmar que a força vital que o médium emite, durante o trabalho desobsessivo, vai limpando as crostas que envolvem o espírito sofredor. Livre desse peso, ele se torna mais leve, mais fl uídico e mais consciente de sua condição e, assim, pode ser libertado do plano etérico da Terra, elevado e conduzido para locais apropriados no plano espiritual, onde receberá a assistência necessária para a continuidade de sua marcha evolutiva.

A elevação de um espírito obsessor signifi ca a cura, a libertação desse espírito e pode, também, signifi car a cura para o encarnado obsediado. A elevação faz cessar os efeitos físicos perniciosos da obsessão. Esta é a verdadeira cura desobsessiva.

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Álcool, Fumo e Drogas

O Álcool

Falar dos efeitos nocivos do álcool para a saúde seria cair no lugar comum. Todos, mesmo os que ainda têm o vício, ou o hábito, de fazer uso de bebidas alcoólicas, já tem disponíveis informações sobre as conseqüências deste uso.

Desta forma, vamos nos ater aos aspectos práticos, e dúvidas, que ainda nos perturbam.

Primeiramente é importante esclarecer porque não fazemos uso do álcool, haja visto que não temos absolutamente nada contra aqueles que o fazem. Qualquer paciente deverá ser atendido da mesma forma e sequer questionado sobre suas preferências gustativas. Apenas o médium de nossa corrente é que deve abster-se por completo de qualquer ingestão de bebida alcoólica.

Tecnicamente:

Ao trabalhar mediunicamente você passa a colocar a disposição da espiritualidade os seus fl uidos energéticos. Seu ectoplasma é mesclado com a energia de nossos mentores e transforma-se em um “remédio”, próprio para a cura desobsessiva.

A impregnação por substâncias alcoólicas “envenena” seu fl uido ectoplasmático, tornando-o impróprio para a realização da cura desobsessiva, nossa fundamental missão! Fisicamente o álcool deprime o sistema nervoso e afeta a sensibilidade do ectoplasma. Circulando no sangue, impregnado de ectoplasma, o álcool volatiza sua energia mediúnica. Permite que ela seja liberada sem uma incorporação ou sem uma manipulação dentro de um trabalho espiritual.

Liberando sua energia desta forma, ou seja, “envenenada”, ela servirá apenas para alimentar irmãozinhos menos esclarecidos, espíritos que necessitam do magnético animal para suas criações. O dito popular fala que Deus protege os “bebinhos”... Creio que a maioria já deve ter testemunhado alguma situação de extremo risco em que uma pessoa alcoolizada “escapou por milagre”. Óbvio analisar que na

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verdade são espíritos ainda fora da Luz, que fazem o quê podem para salvar sua fonte de alimentação e induzi-lo cada vez mais ao vício.

Considerando a afi rmação acima, podemos compreender que de nada adianta “beber” e ir trabalhar espiritualmente. Além de contaminados, já estaremos sob a “observação” de algum irmãozinho interessado em nos atrapalhar e fazer com que novamente voltemos a consumir. Para um espírito sem Luz, um médium, que dispõe de uma grande quantidade de energia em franca produção (esta é a principal característica do médium, um ser que produz energia ectoplasmática em excesso - mais do que precisa – para poder doar), é o alvo ideal!

Cabe ainda ressaltar que o consumo de uma bebida alcoólica leva uma direta distorção em nossa capacidade de avaliação. Clinicamente a bebida nos torna mais audaciosos e desinibidos, avançando por limites que em nosso estado normal estariam claramente defi nidos. Falamos mais e normalmente demais, e temos “coragem” além da exigência de nosso bom senso.

A explicação pode ser muito mais embasada tecnicamente, mas prefi ro ser objetivo e passar a responder logo as perguntas:

Ingerindo alguma bebida alcoólica não posso mais trabalhar?

Salve Deus! O médium ao contaminar-se deve em primeiro lugar refl etir sobre sua condição. Deve avaliar sinceramente se pode deixar defi nitivamente sua compulsão e somente após ter total segurança que não irá “recair”, é que pode iniciar seu processo de retorno. É importante considerar a possibilidade de voltar a ser um paciente, não correndo riscos de agravar sua condição de encarnado, pois insistindo em trabalhar sob alguma contaminação, com certeza poderá prejudicar a muitos outros. Pense em um espírito, ao qual um Mentor investe todo seu tempo, seu trabalho, para trazê-lo ao Templo, acompanhando um paciente, e ao chegar na hora do atendimento o médium não tem nada para ofertar. Ou ainda pior, oferta um “veneno” que pode deitar por terra tudo que foi planejado.

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Para voltar a trabalhar mediunicamente, após buscar a segurança de suas decisões, deve primeiramente passar como paciente, consultar uma Entidade de Luz que irá esclarecer sua condição energética. Se já está devidamente em condições de voltar aos trabalhos sem oferecer riscos para alguém. A humildade, o respeito e reconhecer a falha são os primeiros passos! Após saber se deve continuar mais algum tempo como paciente, ou se já está em condições de retomar o uniforme, é só seguir as orientações.

Mas eu só bebi um pouquinho no Ano Novo...

Acontece... Mas mesmo assim quem somos nós para avaliar qual foi a real impregnação? Somente uma atitude de humildade, buscando a orientação de nossos mentores é que poderá defi nir o retorno aos trabalhos.

Mas dizem que em três dias o álcool já estará completamente eliminado. E têm outros que falam em três meses de afastamento... Qual é o certo?

O certo é não beber! Um médium só deve assumir a missão em nossa corrente se estiver seguro de sua decisão e força de vontade. Porém se recaiu, deve considerar vários aspectos: ao assumir sua missão dentro da Doutrina do Amanhecer, você não trabalha apenas quando vai ao Templo. Quando está dormindo, seu espírito completa os trabalhos, planeja junto com seus Mentores outras jornadas, e estando impregnado tudo tem que ser refeito.

O retorno ao trabalho tem que ser seguro! Por isso, creio que somente uma Entidade de Luz poderá ver sua aura e avaliar se já está em condições de reassumir suas armas. Lembrando que é sua consciência e livre arbítrio que tomarão a decisão fi nal.

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Cerveja sem álcool pode?

Bem... Se o título “Sem Álcool” for 100% verdadeiro, não vai gerar impregnação, somente terá um efeito mental que poderá induzi-lo ao erro, mas cada um é cada um...

É importante ressaltar que QUASE TODAS as bebidas SEM ALCOOL têm em letras pequenas no rótulo a inscrição “considerada sem álcool – teor alcoólico X”, assim, na verdade apenas têm uma quantidade considerada desprezível (pela sociedade) de álcool, mas não são completamente livres do nocivo veneno!!! Leiam os rótulos!

Existem remédios a base de álcool, posso tomar?

Praticamente todos os medicamentos formulados com algum teor de álcool podem ser substituídos por outros que não necessitam deste componente. Não havendo nenhuma possibilidade de substituição do medicamento (consulte seu “médico da Terra”) consulte a espiritualidade sobre a possibilidade de continuar seus trabalhos durante o uso. Assim demonstra respeito, humildade e poderá contar com uma proteção especial. O Trino Tumuchy costumava afi rmar que “nem uma colher de Biotônico Fontoura” deveríamos ingerir.

Bombons, balas, sorvetes, ou comidas preparadas com bebidas alcoólicas, tudo deve ser eliminado de nossa degustação. Não nos fará falta alguma e não fi caremos questionando nossas consciências. Uma única gota de álcool somente é eliminada após oito horas depois de ingerida. Por que fi car testando limites? Não há motivo justo! Coisas simples que podem ser evitadas são um passo importante para dominarmos todos os nossos desejos.

Posso passar álcool pelo corpo? Desinfeccionar uma ferida, etc?

Existem diversas alternativas, também para este uso, porém nada de fanatizar as coisas. O uso tópico do álcool não gera nenhuma contaminação. Porém devemos nos abster de qualquer possibilidade de inalação, pois através das vias respiratórias chegaria à corrente sanguínea.

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Interpretando (Sobre o álcool):

Gálatas 5:19-21 - A palavra grega empregada neste texto para “bebedice” é: methai, que signifi ca literalmente, bebida alcoólica e alcoolismo. O uso excessivo de bebida alcoólica causa prejuízos no corpo e na mente de quem o pratica, daí a palavra bebedices está inserida na lista das obras da carne.

1 - Perde o dinheiro e ganha miséria.

2 - Perde a capacidade e ganha inaptidão.

3 - Perde a saúde e ganha enfermidade.

4 - Perde a virtude e ganha perversidade.

5 - Perde a honra e ganha desprestígio, menosprezo.

6 - Perde o bem-estar e ganha mal-estar e sofrimento.

7 - Perde a tranqüilidade e ganha inquietude.

8 - Perde o vigor e ganha abatimento e decadência.

9 - Perde a alegria e ganha tristeza e desespero.

10 - Perde a inteligência e ganha embrutecimento.

Avaliando

O alcoolismo é útil para:

1 - Fazer perder o tempo, o dinheiro e a vergonha. Sócrates.

2 - Acabar com o lar, a sociedade e a pátria. Suderman.

3 - Levar os fi lhos a perder o respeito aos pais e a consideração a si mesmos. Carducci.

4 - Transtornar o corpo, perverter os nobres sentimentos e destruir as faculdades mentais. Francisco I.

5 - Fazer papéis ridículos e praticar toda classe de vulgaridades. Bismarck.

6 - Pedir fi ado um copo de aguardente enquanto falta valor para pedir um pão para que comam os fi lhos. Carlos V.

7 - Levar o homem ao suicídio. Napoleão.

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Concluindo sobre o álcool

Sabemos que mediunidade se processa através do sistema coronário, ou sistema vascular, ou sistema circulatório do sangue.

O consumo de álcool, portanto, é altamente prejudicial para o médium, porque o álcool é absorvido pelo sistema digestivo, penetra na corrente sanguínea, atingindo todo o organismo, interferindo de forma intensa na emissão dos fl uídicos magnéticos, que é feito através da mediunidade.

O álcool provoca, no organismo do homem encarnado, além da contaminação do sangue e, como conseqüência, o envenenamento do ectoplasma, diversas alterações, principalmente no sistema sensorial, tais como: instabilidade e prejuízo do julgamento e da crítica, prejuízo da percepção, memória e compreensão, diminuição da resposta sensitiva e retardo da resposta reativa, desorientação, confusão mental e prejuízo da consciência.

A pessoa que consome álcool se torna escrava das forças negativas e são vítimas de crises cada vez mais sérias.

Segundo ensinamentos de Nossa Mãe Clarividente, Tia Neiva, durante o sono nós nos deslocamos, através de desdobramentos, para o Canal Vermelho, para concluir trabalhos e ajudar a espiritualidade com o nosso magnético animal. Caso tenhamos consumido álcool, a energia vital se torna energia envenenada e não teremos como cumprir nossos compromissos em outros planos.

A proibição do uso de álcool, portanto, é de natureza puramente técnica, uma vez que o álcool, ao entrar na circulação sanguínea, contamina o ectoplasma, o fl uído magnético animal, a Força do Jaguar e, sem isso, não podemos curar.

Entorpecentes

Vamos distinguir primeiramente as drogas medicinais, das drogas consideradas ilícitas, embora ambas provoquem uma alteração do estado consciencional o quê desestabiliza a possibilidade de manipular mediunicamente.

Após lermos o texto sobre o álcool, já temos uma compreensão

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do motivo pelo qual deve ser evitado o consumo de drogas pelo médium. A contaminação de seu ectoplasma, e agora com o agravamento de sua limitação de consciência e danos irreparáveis ao seu sistema nervoso, este, extremamente exigido durante um trabalho mediúnico.

Cabe apenas acrescentar comentários sobre o uso de medicamentos que podem levar a dependência e profundas alterações emocionais. Quando recomendado, por um “médico da terra”, o uso de substâncias químicas que podem interferir no equilíbrio mediúnico, o caso deve ser avaliado particularmente. Cabendo ao Adjunto Maior sua liberação fi nal. A situação toda deve ser criteriosamente avaliada dentro de uma perspectiva franca e com total desprendimento.

Existem situações em que o medicamento atua exclusivamente para um balanceio químico no organismo da pessoa, desta forma, embora seja quimicamente tóxico, sua atuação den-tro do organismo obtém um efeito reverso, ou seja, reequilibra ao invés de desequilibrar. Mantendo as funções neurológicas estáveis e aptas para o trabalho mediúnico. Estes casos devem ser tratados com muito critério e avaliados particularmente pelo Adjunto Maior, quem se sentir necessidade, buscará orientação profi ssional para corroborar sua decisão.

Novamente reafi rmo que cada caso, é um caso especial.

O jovem do novo milênio procura sua identidade, sente-se ameaçado, um natural sentimento de desajuste, sofre intensamente com as decepções amorosas e ainda enfrenta problemas de adaptação junto aos familiares e amigos.

Buscando seu espaço, demarcar um território, conceituar seus sentimentos, ele quer ser aceito, reconhecido, amado, notado, apoiado, compreendido e entender a sensação intensa de saudade inexplicável de coisas que não consegue defi nir materialmente, tem um imenso vazio interno a ser preenchido que o atormenta.

Resistir ao uso do álcool, cigarro, maconha ou outras drogas, pode às vezes signifi car um sinal de “bobeira”, de desajuste com o grupo, conduzindo-o a uma angustiante solidão.

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As drogas (Um texto de Apoio)

Podemos defi ni-las como o nome genérico de substâncias químicas, naturais ou sintéticas que podem causar danos físicos e psicológicos a seu usuário. Seu consumo constante pode levar à mudança de comportamento e à dependência.

Falamos que um indivíduo é dependente ou viciado a uma substância quando ele perde sua liberdade de escolha diante de um objeto específi co predominando uma ação impulsiva e irrefreável em relação ao mesmo. Na toxicomania, esse objeto é a droga, e a ação impulsiva é o seu consumo. Conseguir estabelecer um limite entre “curtir um barato” e se tornar dependente de um objeto é uma linha tênue muito difícil de ser defi nida.

Se perguntarmos a qualquer usuário se ele é dependente, a resposta é quase que unânime: NÃO!!! Mas, será que é tão fácil sabermos se estamos pulando para o outro lado do muro ou não?

Quem tem, ou teve um contato esporádico com as drogas já deve estar considerando este mais um texto de “velho careta” (ainda se usa esta expressão?). Que eu não tenho nada a ver com isto, e que não sei nada sobre seus problemas. Tudo bem!!! Eu não tenho nada mesmo a ver com sua escolha, mas você certamente tem! Será que você está consciente dela? Ou será que você é daquele tipo que vai levando a vida imaginando que não tem nada a perder, que o corpo é seu e que a liberdade de usar ou não, não é da conta de ninguém? Se você pensa assim, continuo a não ter nada a ver com isso, mas gostaria que você me desse uma chance de eu te contar algumas coisas que sei.

Eu também tive sofrimentos, feri e fui ferido, tive minha auto-estima destruída, mas consegui me recuperar e, acima de tudo, aprendi muito sobre a vida e como me defender.

Sabe, na minha adolescência... (também já fui adolescente e quem me conhece fora do trabalho e do templo acha que ainda sou) conheci muita gente que usava drogas. Amigos que eu estimava e apoiava nas horas do desespero. Vi alguns se livrarem delas depois e outros que destruíram completamente suas vidas. Foi triste!!!! Mas, não deixei de amá-los assim mesmo. Infelizmente, eles que pensavam que nada tinham a perder, perderam a coisa mais preciosa: a sua liberdade de escolher, pois fi caram para sempre escravos das drogas. Você já imaginou o que é ser escravo de uma

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simples substância química? Será que precisavam se sentir tão insignifi cantes assim?

Ainda hoje me pergunto por que as pessoas precisam de muletas para caminhar na vida, quando ela nos oferece uma infi nidade de opções sadias. Eu sei, que na hora da tristeza, não conseguimos enxergá-las, mas será que precisamos desistir tão facilmente assim?

Vamos pensar um pouco: se eu obtenho prazer ao usar uma substância psicoativa eu não preciso do outro para obter prazer, certo? Eu me sinto independente e no controle da situação. Não preciso aceitar críticas, tenho a sensação de poder, de ser especial, de ser admirado, minha performance melhora, encubro minha timidez, me sinto feliz, pertencente a um grupo....... O que tem, então, isto de errado?

Num primeiro momento parece ser legal, os problemas parecem diminuir. Mas, sua vida não se resume nestes pequenos momentos. Ela é muito mais extensa e cheia de boas e más surpresas que precisam ser vividas, experimentadas e enfrentadas com coragem.

Se formos analisar mais profundamente, aqui estamos falando de problemas e incertezas próprios não só da adolescência, como neste caso, mas de coisas que todos nós passamos várias vezes na nossa vida. Mas, então, por que será que alguns têm que usar drogas e outros não para ultrapassá-los?

Neste milênio estão chegando espíritos diferentes, com uma nova tônica já a ser adaptada ao novo padrão pelo qual nosso planeta deve ingressar. Por isso a sensação de “eu sou de outro planeta” é cada vez maior para grande parte dos jovens.

Desde que nascemos, cada um de nós tem um limiar para suportar as frustrações, para enfrentar a realidade. Quando este limiar é baixo usamos de mecanismos defensivos, como o uso de drogas, por exemplo. Através deste comportamento mergulhamos, então, na alie-nação e buscamos fantasias regressivas para compensar aquilo que não está sendo encontrado no mundo real, atitude esta que com o tempo nos leva a vitimar e destruir a nós próprios. Ou seja, aqui percorremos na contra-mão da existência, buscando o tudo no nada, imolando-nos a nós mesmos, estreitando nossas relações com o mundo.

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Sendo assim, o que estou tentando fazer não é acusá-lo ou discriminá-lo porque você acha legal usar drogas, mas sim, preveni-lo sobre as conseqüências do uso indevido destas substâncias. Ou seja, evitar que você estabeleça uma relação destrutiva com a droga.

Neste sentido, é importante você sempre levar em consideração as circunstâncias em que ocorre o uso, com que fi nalidade e qual o tipo de relação que você mantém com a substância, seja ela lícita ou ilícita. Faça estas perguntas a você mesmo e quem sabe você começará a descobrir que talvez esteja na hora de você modifi car algumas coisas em sua vida.

Se você não conseguir resolver isto sozinho, não se acanhe. Procure uma ajuda espiritual e começará a descobrir as respostas para as suas angústias. Pode não acertar de primeira na escolha da “religião”, mas em algum momento irá encontrar-se “em casa”. Sentirá que pertence a aquele grupo, seja evangélico ou espírita. Lá encontrará outros com a mesma destinação espiritual e que possuem uma tônica “parecida” com a sua.

Não quero ser aqui mais um a apontar o dedo para você, acusando-o quando sequer sei quem é você. Você deve ter suas razões quando fez esta opção. O que quero é apenas estender uma mão amiga e dividir com você seus medos, angústias, frustrações. Ensiná-lo a olhar no espelho todas as manhãs e ver a imagem de alguém feliz, forte, consciente de suas escolhas. Isto não é impossível. A nossa felicidade não pode ser comprada, nem substituída por uma droga qualquer, ela tem que ser conquistada e a maior conquista que podemos fazer é primeiro nos conhecer profundamente, aprendendo a nos amar e a nos respeitar, antes mesmo de pedir que os outros façam isto por nós. Vamos valorizar a vida e a capacidade que temos, através de nossa vontade, de modifi car a nós e ao meio.

Nunca se esqueça que a nós só compete mostrar o caminho, mas não podemos caminhar por ninguém. Cada um tem que ser respeitado em suas escolhas, mas nem por isso devemos nos alienar, enquanto vemos o outro se afundar. Tente!!!! Refl ita, antes de ignorar minhas palavras. Se assim mesmo, você continuar a pensar que tudo isto é bobagem, eu te respeitarei da mesma forma e a ti só me resta desejar-lhe boa sorte!!!!!

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O uso de drogas e entorpecentes é extremamente prejudicial para o médium, porque essas drogas destroem as células do nosso cérebro, comprometendo a nossa compreensão do mundo.

Muitos dos consumidores de drogas reencarnam defi cientes físicos, para recuperarem as suas células.

O Tabagismo

Posso fumar? Na Doutrina do Amanhecer não se proíbe o fumo... Mas por quê?

Inegavelmente o fumo é altamente prejudicial para a saúde humana tendo conseqüências desastrosas para o corpo físico. Além de ser malcheiroso, incomodar aos não fumantes e “estar fora de moda”.

Costuma-se justifi car que Tia Neiva não teria proibido o fumo por ser fumante. Está é a mais triste justifi cava que se pode ouvir, sendo somente proferida para justifi car aqueles que ainda não compreendem a necessidade de ir eliminando gradativamente todos os vícios terrenos.

Quando Tia Neiva foi iniciar sua missão, pediu ao Pai Seta Branca que pudesse manter sua personalidade, que não precisasse tornar-se uma “monja”. O Pai, permitiu que pudesse continuar senhora de todas suas decisões, e responsável por todas as atitudes de seu livre arbítrio, permissão que se estende a todos nós. O fumo não altera sua consciência, sua capacidade de decisão e a avaliação de situações não é modifi cada, desta forma fi ca relegado ao livre arbítrio de cada um, decidir como se conduzir.

Obviamente, qualquer atitude nossa que diminua nossa saúde e possa provocar uma enfermidade física, terá um custo.

Nossa obrigação é sempre alertar para os males provocados pelo tabagismo e suas funestas conseqüências, mas não podemos proibir ou interferir nas decisões de cada um. O único pré-requisito que pesa como “Lei” e que restringe alguma liberdade, em nossa Doutrina, é a “proibição” do uso de álcool e demais drogas entorpecentes, por motivos

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claramente técnicos. Recomendando que se deixe estes hábitos antes de ingressar na Doutrina. Em relação ao fumo, embora nossa missão seja alertar, não podemos tecnicamente impedir o desenvolvimento de um médium que ainda não se libertou deste vício.

Tia Neiva considerava proibido proibir... O livre arbítrio, sagrada lei de evolução, deve ser respeitado! Tia manteve o hábito de fumar mesmo quando seu quadro médico recomendava o contrário. Sua defi ciência respiratória foi inclusive agravada pelo fumo. Foi sua decisão pessoal como Neiva, como ser humano encarnado e dotado de livre arbítrio. Não podemos precisar quais prejuízos passou por esta decisão, mas todos somos responsáveis por nossos atos, palavras e pensamentos. Ela acabou por demonstrar o quê fi sicamente pode ser agravado pelo fumo.

Desta forma, a Lei se mantém, o fumo não é proibido, e cabe a nós avaliar se já estamos prontos para nos libertar deste hábito desagradável.

Certa vez Chico Xavier foi inquirido especifi camente sobre o “fumo e mediunidade”, e respondeu que os Mentores avisavam que o fumo seria dos menores vícios da personalidade humana, que o “hábito de cultivar pensamentos infelizes” seria uma condição muito pior que o fumo.

Vejamos suas respostas na íntegra:

Muitos candidatos à mediunidade nos aparecem, confessando, no entanto, sua predileção pelo vício de fumar. Que fazer nestes casos?

Chico - Ponderam os Mentores da Vida Maior que o vício da utilização do fumo cotidiana-mente é considerado dos menores vícios da personalidade humana. Não obstante, qualquer candidato à mediunidade cristã deverá esforçar-se diariamente por superar suas próprias inibições, consciente de que o quadro de serviços redentores a que se candidata exigir-lhe-á renúncias e abnegações incessantes em favor do próximo. Dentro deste particular é que os Amigos Espirituais nos dizem que, principalmente nas tarefas de auxílio desobsessivo e nas tarefas de alívio aos doentes, é totalmente desaconselhável o hábito de fumar. Assim, sendo, os médiuns psicofônicos, os passistas e os de efeitos físicos fazem muito bem quando abandonam o cigarro.

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A ação negativa do cigarro sobre o perispírito do fumante prossegue após a morte do corpo físico? Até quando?

Chico - O problema da dependência continua até que a impregnação dos agentes tóxicos nos tecidos sutis do corpo espiritual ceda lugar à normalidade do perispírito, o que, na maioria das vezes, tem a duração do tempo correspondente ao tempo em que o hábito perdurou na existência física do fumante.

Quando a vontade do interessado não está sufi cientemente desenvolvida para arredar de si o costume inconveniente, o tratamento dele, no Mundo Espiritual, ainda exige cotas diárias de sucedâneos dos cigarros comuns, com ingredientes análogos aos dos cigarros terrestres, cuja administração ao paciente diminui gradativamente, até que ele consiga viver sem qualquer dependência do fumo.

Se o fumante não abandonar o cigarro durante o transcurso da Vida Física terá de fazê-lo inarredavelmente, na Esfera Espiritual? E quanto tempo exigirá tais tratamentos antibágicos para fumantes desencarnados? Na Vida Extra-física também ocorrem reincidências ou recaídas dos dependentes do fumo?

Chico - Justo esclarecer que não apenas quanto ao fumo, mas igualmente quanto a outros hábitos prejudiciais, somos compelidos na Espiritualidade a esquecê-los, se nos propomos seguir para diante, no capítulo da própria sublimação.

O tratamento da Vida Maior para que nos desvencilhemos de costumes nocivos perdura pelo tempo em que nossa vontade não se mostre tão ativa e decidida quanto necessária para a libertação precisa, de vez que nos Planos Extra-físicos, nas vizinhanças da Terra propriamente dita, as reincidências ocorrem com irmãos numerosos que ainda se acomodam com a indecisão e a insegurança.

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Pesquisas médicas revelam que a dependência física dos fumantes costuma ser mais compulsiva que a dependência orgânica dos viciados em narcóticos. Isto é certo se o enfoque for do Plano Espiritual para o Plano Físico?

Chico - Acreditamos que ambos os tipos de dependência se equiparam na feição compulsiva com que se apresentam, cabendo-nos uma observação: é que o fumo prejudica, de mo-do especial, apenas ao seu consumidor, enquanto os narcóticos de variada natureza são suscetíveis de induzir seus usuários a perigosas alucinações que, por vezes, lhes situam a mente em graves delitos, comprometendo a vida comunitária.

Você considera o hábito de fumar um suicídio em câmara lenta? Por quê?

Chico - Creio que o hábito de fumar não pode ser defi nido por suicídio conscientemente considerado. Será um prejuízo que o fumante causa a si mesmo, sem a intenção de se destruir, mas prejuízo que se deve estudar com esclarecimento, sem condenação, para que a pessoa se conscientize quanto às conseqüências do fumo, no campo da vida, de maneira a fazer as suas próprias opções.

Você teria alcançado condições de desempenho de seu mandato mediúnico, ao longo de mais de meio século de trabalho incessante, se fosse um dependente de nicotina?

Chico - Creio que não, com referência ao tempo de trabalho, de vez que a ingestão de nicotina agravaria as doenças de que sou portador, mas não quanto a supostas qualidades espirituais para o mandato referido, de vez que considero o “hábito de cultivar pensamentos infelizes” uma condição pior que o uso ou abuso da nicotina e, sinceramente, do “hábito de cultivar pensamentos infelizes” ainda não me livrei.

(Trecho de entrevista extraído da Revista “Planeta” – ano de 1991). Chico Xavier/Emmanuel - Entrevista com Fernando Worm

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Obsessores

O “irmãozinho” nos Tronos

Para termos uma compreensão mais nítida do espírito obsessor, vamos parar para analisar “espiritualmente” um trabalho de Tronos.

Imaginemos um trabalho perfeito: Você chega ao Templo, faz sua preparação, trabalha na Mesa Evangélica e vai com sua parceira(o) para o Castelo do Silêncio, ou para um outro local tranqüilo, dentro do Templo, caso onde esteja não tenha o Castelo.

Harmoniza-se por alguns instantes, faz uma prece, e coloca-se verdadeiramente à disposição de servir, para cumprir uma missão. Então, dirigem-se para o Comandante dos Tronos, registra sua presença e pede a permissão, pois jamais se ingressa em um trabalho sem registrar sua presença com o Comandante, e obter sua permissão. Ele representa o Comando Espiritual, quem está ali não é o Médium, que você pode gostar ou não, é sua individualidade, é o representante da Espiritualidade.

Ingressa na área de trabalho com toda elegância, com o máximo de cuidado para não esbarrar em ninguém, movimentando-se de forma a não chamar a atenção. Fazem o cruzamento, sentam-se por mais alguns instantes. Cada um faz mais uma oração, reafi rma seu compromisso, e realizam a ionização. A Entidade é convidada, identifi cada “em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Hum? Sim, não importa quem seja o aparelho, poderia ser Tia Neiva! Sua obrigação, como Doutrinador(a), é de dar a segurança que o Apará precisa para trabalhar, e ele só obterá esta certeza, ao sentir a Entidade respondendo em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, além de outros fatores mais avançados e que não cabem comentar agora.

A Entidade dá uma breve mensagem ao Doutrinador (a) – breve! Têm pacientes ansiosos, e por vezes angustiados, esperando a oportunidade. No fi m do trabalho, se ainda necessitar, poderá falar tranquilamente com a Entidade. Depois da mensagem, pede permissão para atender os pacientes, afi nal, pode acontecer que o Apará não esteja em condições, e sequer saiba disso. A Entidade com todo

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carinho irá autorizar, ou não. Então, por fi m, depois de todo esse ritual, de todos estes cuidados, estaremos prontos para, discretamente, avisar o Comandante para enviar o primeiro paciente. Basta um pequeno gesto. A mão erguida, sinalizando que está pronto, é o quê basta, o Comandante deve estar atento, essa é a obrigação dele.

Bem, chegou o primeiro paciente. O atendimento começa, o Doutrinador(a), elegantemente postado, recebe o paciente, e o orienta como se posicionar, como colocar as mãos, identifi ca a Entidade para o paciente, e pede que ele diga seu nome e idade.

A Entidade dá um passe inicial, localiza as mãos do paciente e começa sua mensagem. Salve Deus! Hora da atenção total do Doutrinador(a). Pois aquela mensagem pode ser a que você precisa ouvir! Posso afi rmar com segurança que, todas as vezes que nos dedicamos com nossa total sintonia a um trabalho de Tronos, vamos receber alguém que irá relatar uma situação parecida com a nossa, e ouvir a mensagem que precisamos sem nada ter perguntado.

Então, durante a mensagem o Apará sente a voz do Preto Velho ir fi cando mais distante, e sabe que é hora de dar uma passagem, mesmo que ainda não sinta nenhuma forte vibração. Atento, o Doutrinador(a) identifi ca o momento, solicita ao paciente para afastar as mãos e realiza seu trabalho: Puxada, Doutrina e Elevação.

Mas para onde vai aquele espírito?

Nesta hora é que fi nalmente chegamos onde queríamos desde o principio.

Você recebeu um paciente, normalmente um desconhecido. O recebeu, com educação, elegância. A Entidade fala das coisas boas, que tudo pode melhorar, que o quê busca pode sim ser alcançado e, então, no meio da conversa, chega nosso paciente invisível: Aquele, que não conhecemos, não vemos, nada sabemos e provavelmente nunca saberemos nesta vida. Nosso paciente espiritual chega por vezes muito pior que o paciente físico. O sofrimento no plano etérico é muito mais intenso do que no plano físico. As emoções são mais fortes e não se pode dissimular a sua própria verdade. O espírito fi ca onde merece, onde semeou durante sua vida física. Chega sofrido, com dores, com revolta, preso às

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teias que ele mesmo teceu, sujo, maltrapilho, com fome, com sede, sem carinho, sem amor. Recebe uma Doutrina feita com todo o amor do coração daquele doutrinador(a). Um Doutrinador(a) mediunizado, sente exatamente qual a classe que espírito que está ali, e sua doutrina fl ui de forma espontânea, sem formas fi xas, apenas dentro de nosso padrão Crístico.

O espírito recebe aquela doutrina, ouve, mas acima de tudo, sente que aquele que está ali se preocupa com ele, quer que ele tenha uma oportunidade de ir para um lugar melhor. Pede por ele, reza por ele. Talvez seja sua única chance de perdoar... De se perdoar. A Doutrina com amor atinge ao mais embrutecido coração. Ele sentirá que deve ao menos tentar, ele vai acreditar e partir! Um facho de luz lhe dá a passagem.

Aquele espírito será bem recebido, esclarecido e se realmente estiver disposto a buscar sua reabilitação, terá essa oportunidade. Depois de vagar, sabe-se lá por quanto tempo. Por passar por situações terríveis. É resgatado!

Sabe quando este espírito vai esquecer daqueles dois, Doutrinador e Apará, que o receberam naquele Trono? Nunca!

Ele vai se curar, aprender, se reabilitar e trabalhar muito, para poder ter a oportunidade de recebê-los quando vocês chegarem lá! Vai querer muito poder dizer “Obrigado!. Você é responsável pelo meu resgate!”. Pare para pensar em quantos amigos como este você tem a oportunidade de encontrar. Com sincera gratidão, lhe esperando para mostrar que valeu a pena!

Ao mesmo tempo também é hora de refl etir como tudo pode ser muito ruim se não realizamos o trabalho como se deve. Mas falemos sobre isso em outra ocasião.

Depois de atender a todos os pacientes, terminado o trabalho, normalmente não há mais nada para falar. Estando em sintonia, com certeza teremos ouvido tudo que precisávamos e a mensagem da Entidade só irá confi rmar aquilo que intimamente já sentimos.

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O que é um espírito obsessor?

Obsessor é um espírito que mantém um relacionamento direto com um ser humano encarnado, por afi nidade. Essa afi nidade, em geral, decorre de um relacionamento estabelecido quando ambos habitavam o mesmo plano.

Obsidiar signifi ca perseguir, assediar, manter o cerco. O obsessor é um espírito que persegue, assedia um encarnado, para cobrar uma dívida da qual se acha credor, num sentimento de ódio ou amor mal interpretado.

A categoria do obsessor varia ao infi nito e cada caso deve ser examinado à parte. O mecanismo da obsessão é sempre o mesmo: troca de energias entre o obsessor e o obsediado, de forma mais ou menos constante. Um sofredor ou vários podem passar pela nossa vida sem serem obsessores, pelo simples fato de não termos relações pessoais com eles.

O obsessor é, sempre, um inimigo pessoal. Um sofredor pode ser afastado com um simples trabalho mediúnico e, às vezes, até sem ele. Mas, para que haja o afastamento de um obsessor, é necessário que a razão do assédio seja resolvida, a dívida saldada. Afastamentos feitos sem as devidas cautelas resultam pior do que a própria obsessão.

Numa linguagem mais simples, é um espírito que desencarna com ódio no coração, com sede de vingança. Para aplacar esse ódio e vingar-se daquele que lhe fez mal na terra, esse espírito se prende à aura do agressor e passa a emitir vibrações pesadas, assediando esse desencarnado de forma desenfreada.

O afastamento de um espírito obsessor da sua vítima só se faz quando ele se dá por satisfeito em sua cobrança, ou pela conscientização na doutrina recebida em nossos traba-lhos.

Obsessão e Possessão

Obsessão - É a vibração constante de um espírito cobrador. Isso ocorre pelas bênçãos de Deus e com a permissão dos mentores. A obsessão é, geralmente, o acerto de contas entre um espírito sofredor e um espírito encarnado.

Cobra quem tem crédito e paga quem deve. Esta é a Lei de Causa e Efeito.

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Possessão – A possessão acontece entre pessoas que se prendem por laços afetivos, por laços familiares.

A diferença é que obsessão se dá entre um espírito desencarnado e um encarnado e a possessão se dá entre espíritos encarnados.

Elítrios

O espírito, traumatizado pelo ódio, vai se deformando e concentrando, a ponto de fi car com o tamanho aproximado de uma cabeça de mico, onde predominam os olhos grandes, e com os braços e pernas atrofi ados e colados ao corpo.

Em nossa Doutrina denominamos esses espíritos de elítrios.

Na fi xação de seu ódio, o elítrio permanece nos planos invisíveis, aguardando a oportunidade de vingança, e assim pode fi car até por milênios. Chegado o momento do reajuste, do acerto de contas com o espírito que o levou a essa condição, ele vem para o plano físico e começa a exercer sua ação de reajuste. Na maioria das vezes, nasce com o espírito de quem vai cobrar a dívida. Enquanto o recém nascido vai se formando como ser humano, ele permanece incubado, dormente. Assim que as condições físicas da vítima se apresentam favoráveis, ele começa a absorver as energias vitais.

Cada caso aparece com características próprias da situação em que a dívida se formou. Esse mecanismo é obscuro e de difícil penetração. Sua presença é verifi cada, no trabalho mediúnico, nos casos de doenças rebeldes e tratamentos médicos, principalmente as consideradas incuráveis.

A doença causada pelos elítrios pode estar situada em qualquer parte do corpo. Também, pode ser verifi cada a presença de mais de um elítrio no mesmo paciente.

A forma sutil de sua atuação faz com que, a princípio, os sintomas sejam imperceptíveis. O elítrio vai fi rmando seus tentáculos e, quando chega o momento, começa a sucção. A partir daí, os sintomas são alarmantes, e o paciente é levado ao médico, já sem recursos.

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A aderência de um elítrio tanto pode ser em termos musculares como em centros nervosos e medulares. Sua ação, entretanto, se faz sentir em todo o organismo, pois absorve as energias sutis do paciente.

O câncer, em algumas das modalidades que se apresenta, tem essa característica. Muitas doenças, consideradas curáveis pela Medicina, não são resolvidas quando o paciente tem elítrios. Só o Mediunismo pode detectá-los e atingi-los.

Geralmente, o elítrio já vem na bagagem do espírito quando encarna.

Um espírito leva muito tempo para se tornar um elítrio. Só algo terrível, em termos de crueldade humana, pode provocar essa situação. O espírito desencarna sob torturas físicas ou morais, e seu ódio se concentra numa ou mais pessoas que causaram sua desdita. Uma vez no plano invisível, sem a alimentação relacional que poderia fazê-lo esquecer, ele vai deformando seu corpo etérico, num processo inverso do feto humano.

Todo espírito, ao desencarnar, leva consigo sua alma e a reveste de um novo corpo, no plano invisível. No princípio, este corpo é semelhante ao que deixou no plano físico. Ele tem as mesmas características, os mesmos hábitos, usa as mesmas roupas, os mesmos óculos, etc. Esse corpo e esses hábitos vão, a partir do desencarne, se modifi cando, de acordo com rumos que o espírito toma, com a síntese mental que forma da existência que acaba de deixar. Se essa síntese é o ódio caracterizado num agrupamento de fatos, ele se torna um elítrio.

Atingida essa condição, ele permanece hibernando, até que chegue o momento de retomar o caminho. Isso pode durar anos, séculos ou milênios, contados em termos da Terra.

Assim que o espírito ofensor atinge o grau de evolução sufi ciente, às vezes através de várias encarnações, para ter condições de suportar a cobrança, ele programa a encarnação em que vai pagar a dívida para com os elítrios que ajudou a formar.

O espírito, geralmente, encarna no ventre materno, quando o corpo gerado atinge o terceiro mês. Nessa altura, ele é colocado nesse corpo e se torna um ser humano que irá nascer, provavelmente, daí a seis meses.

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Junto com esse espírito, os responsáveis por essa encarnação colocam, também, os elítrios. A posição desses espíritos, em relação ao organismo que vai se formando, obedece a razões acima do nosso conhecimento. De um modo geral, sabemos que, na qualidade de futura doença, eles se preparam para causar ao paciente dores semelhantes àquelas que lhes foram causadas no início do drama.

O processo de descongelamento do elítrio vai se fazendo de acordo com as etapas de crescimento do ser cobrado. Eles tanto podem causar um mal congênito, como permanecer dormentes e aparecer, subitamente, em idade avançada. Cada caso é um caso específi co e, difi cilmente, aparecem dois casos iguais.

Qualquer doença pode ter sua origem num elítrio, porém nem todas são causadas por eles. A de maior incidência, com essa origem, é o câncer, em algumas de suas modalidades. Por essa razão é que existem doenças que são curáveis em uns indivíduos e incuráveis em outros. E, por essa razão, indivíduos portadores da mesma doença, uns são curados no Mediunismo, e outros não. A cura mediúnica é possível quando se trata de obsessão, quer dizer, doença causada por uma dívida espiritual e o paciente apresente condições que permitam arranjos na contabilidade sideral.

O indivíduo pode ter um ou mais elítrios, e certos elítrios podem causar efeitos em mais de uma pessoa de intimidade, como o caso de marido e mulher, mãe e fi lho, etc.

A História do Doutrinador

Há uma história, que Tia Neiva contava e que foi repetida inúmeras vezes em “versões” diferentes, mas estas versões nunca mudaram sua essência. Nas aulas de Pré-Centúria, no Curso de Sétimo Raio, ela é recontada, pois nos dá uma verdadeira lição, despertando para a importância do compromisso espiritual, que podemos agora estar vivenciando.

Das diversas versões que ouvi, do Nestor, do Bálsamo, do Silvério, do Salviano, entre outros, a que mais me marcou foi justamente a primeira. Creio que com todos se passa assim! Ouvi do Trino Maralto, Mestre Gilfran, quando assisti pela primeira vez o curso de Pré-Centúria. Abaixo podem acompanhar esta história:

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Há muitos anos, em um jantar na casa da Vó Sinharinha, a mãe da Tia Neiva, escutei, pela primeira vez, a história de um espírito, que foi trazido à presença de Nossa Mãe, pelos Mentores, para contar sua história, que deveria ser recontada aos fi lhos de Pai Seta Branca. Eu era um adolescente e fi quei impressionado com aquele relato. Foi muito interessante, pois à medida que a Tia ia contando, as imagens se formavam em minha mente e nunca mais as esqueci.

Escutei, outras vezes, a Tia Neiva contar esta história e ela sempre falava que era A HISTÓRIA DO DOUTRINADOR.

Em algum lugar do Brasil, fi nal do século 19, havia um rico fazendeiro que possuía uma grande quantidade de terras e nela havia instalado “meeiros”. Os meeiros eram famílias que recebiam um pedaço de terra para cultivar e, na época da colheita, davam a metade do que produziam, para o dono das terras. Tinha um único fi lho, um rapaz muito bonito, forte e inteligente, que gostava muito de andar a cavalo, pelas terras do pai.

Uma destas famílias era formada por um casal de velhos e uma moça, com 15 ou 16 anos, muito bonita e meiga, que ajudava seus pais no dia-a-dia, naquela vida difícil. Um dia, ao passar pelas terras desta família, o rapaz viu a mocinha e fi cou encantado com sua beleza. Ele achava que tudo que estivesse naquelas terras pertencia ao seu pai (e conseqüentemente a ele), e sentiu-se no direito de levar a moça consigo. Colocou-a no cavalo e seguiu, tranquilamente, para a sede da fazenda. O pai da moça, que estava na roça, ao ouvir os gritos da esposa e da fi lha, saiu correndo e conseguiu alcançar o rapaz. Começaram a discutir e o velho tentou arrancar sua fi lha de cima do cavalo.

O rapaz desceu e começaram a lutar. Como era mais forte, ele acabou matando o velho. Colocou a moça novamente no cavalo e continuou, como se nada houvesse acontecido.

Foi um desencarne muito violento! O espírito do velho saiu do corpo com muito ódio, que nem completou o processo normal de desligamento do corpo físico.

No processo de desencarne o espírito sai pela boca e se posiciona acima do corpo, a cabeça acima dos pés e os pés acima da cabeça. Num período de + 24 horas acontece uma transferência de energias, do corpo físico para o espírito, com exceção de uma energia, a Centelha Divina, que fi ca no corpo físico e se torna o “Charme”, uma energia que é

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o registro daquela encarnação. Normalmente o processo de desencarne começa 24 horas antes. Após este período de transferência de energias, os Médicos do Espaço fazem o desligamento do espírito, uma cirurgia espiritual, e o levam para Pedra Branca, onde fi cará por 7 dias. Então, chega o momento mais preciso! O espírito “acorda” e o seu Mentor o traz para o Plano Etérico da Terra, onde de acordo com a sua consciência e seu livre arbítrio, ele tomará a decisão: partir junto com seu Mentor ou fi car preso à Terra, por algum apego material ou sentimental. Este processo de desencarne não é uma “regra” geral, pois cada caso é um caso!

No caso daquele senhor, o pai da menina, ele desencarnou com tanto ódio, que se tornou um Obsessor. A mãe da moça, já velha, não agüentou e morreu de tristeza.

Após fi car algum tempo com a moça, o rapaz abandonou-a e ela também, logo, logo, desencarnou. O tempo foi passando... O fazendeiro morreu e o rapaz, agora um homem casado, assumiu o lugar do pai. Ele tornou-se um homem bom, justo e amoroso com sua família, com seus escravos e empregados. Todos gostavam dele. Morreu bem velho, deitado em sua cama, com todos rezando e chorando ao seu redor.

Em toda sua vida só cometera um erro, um grande erro!

Quando despertou, nos Planos Espirituais, e tomou consciência da sua última encarnação e, principalmente, do “estrago” que tinha feito àquela família de agricultores, entrou em desespero. Ele pedia muito a Deus por uma oportunidade de reencarnar, para reparar o grande mal que causara àqueles seus irmãos. Queria voltar à Terra e ter uma vida de muito sofrimento.

Seria cego, leproso e pediria esmolas por toda sua vida. Só assim ele achava que pagaria pelo seu erro. Como tinha “bônus” sufi ciente para reencarnar, depois de algum tempo, foi chamado à presença dos Mestres, responsáveis pelo reencarne dos espíritos na Terra. Eles disseram que para ele reparar o mal que causara não precisaria ser cego, leproso e mendigo. Voltaria à Terra com uma Missão e dentro desta jornada teria a grande oportunidade do reajuste cármico. Iria reencarnar, novamente no Brasil, em Minas Gerais, numa cidade chamada Alfenas. Sua missão: ser um Doutrinador!

Quando um espírito recebe, de Deus, uma oportunidade de reencarnar é feito um planejamento cármico, que envolve

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todos que, de uma forma direta ou indireta, podem se benefi ciar daquela encarnação. Ele escolhe os seus pais e faz, junto com seu Mentor, um compromisso espiritual de realizar o principal objetivo de sua volta à Terra: a sua evolução espiritual e a daqueles pelos quais se responsabilizou. Pode ser uma vida onde o foco será apenas na sua própria evolução ou pode assumir uma Missão, onde também deverá ajudar outros seres a evoluir. Tudo ocorre sob a Benção de Deus e respeito ao Livre Arbítrio de cada Ser.

Após tudo estabelecido, começa a preparação para uma nova existência terrena. O espírito é levado para o Sono Cultural, onde passará por um processo de “esquecimento” de suas vidas transcendentais, a sua nova personalidade será “moldada”, de acordo com a sua trajetória, e por fi m, assumirá a forma de um feto.

Se houver o compromisso com algum “elítrio”, estes espíritos serão encaminhados para uma “estufa”, onde serão preparados para esta reencarnação. Mais ou menos no 3° Mês de gestação, os Médicos do Espaço fazem a ligação do espírito ao corpo físico em formação, através da Centelha Divina, que vem de Deus Pai Todo-Poderoso, que solda o espírito ao corpo físico e no desencarne se torna o “Charme”.

Nossa Mãe Clarividente dizia que se tivéssemos a consciência do que signifi ca a oportunidade de reencarnar, daríamos mais importância à Vida. Seríamos felizes apenas por estarmos aqui na Terra.

A história continua, agora em Alfenas, início do século 20, onde um casal de pobres agricultores luta com muita difi culdade, para ter o pão de cada dia. Eles têm um único fi lho, um rapaz franzino, que além de ajudar na pequena roça, se esforçava muito para estudar. Este rapaz era a reencarnação do fi lho do rico fazendeiro...

Certo dia, indo para Alfenas vender alguns produtos, a carroça que levava esta pequena família, caiu em uma ribanceira e apenas o garoto sobreviveu. Sozinho, machucado, caminhou até chegar em uma casa, na periferia da cidade, onde foi recolhido por um senhor, que tinha um Centro Espírita. Ao tomar conhecimento da tragédia, o bondoso homem assumiu a criação daquele órfão.

Ele continuou seus estudos e também ajudava o “seu pai” nas atividades mediúnicas do Centro. Aprendeu muito rápido e logo seu pai percebeu que ele era portador de uma energia

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muito especial, uma força desobsessiva, e os casos mais difíceis ele já resolvia sozinho. Havia uma mocinha que freqüentava o Centro e era apaixonada pelo rapaz, mas ele não dava muita bola para ela. A vida deste jovem transcorria de uma forma muito tranqüila. Ele se formou e como queria ser professor foi fazer um curso de especialização, no Rio de Janeiro.

No Rio de Janeiro ele conheceu uma moça, da alta sociedade, e se apaixonaram.

Ao terminar o curso eles se casaram e voltaram para Alfenas. Quando chegaram ao Centro, a moça fi cou muito chocada, pois o rapaz nunca lhe contara sobre o seu pai e nem sobre o trabalho mediúnico que eles faziam, sabedor do pavor que ela tinha de Espiritismo. Então ela, muito magoada, falou que ele tinha que escolher: ou ela ou o Centro!

O rapaz fi cou desesperado, pois gostava muito da sua esposa. E decidiu! Foi falar com seu pai que não iria mais fi car no Centro, que já tinha dedicado toda sua vida aos trabalhos mediúnicos e que agora iria cuidar da sua vida, da sua família e da sua profi ssão.

O velho, que tinha sua vidência, já o havia alertado sobre uma grande dívida espiritual, um cobrador que ele tinha e que um dia, com o seu trabalho, libertaria este obsessor e saldaria sua dívida transcendental. Mais uma vez, tentou conscientizá-lo do seu compromisso, mas foi em vão. O rapaz estava decidido!

Com algumas economias e com uma parte do dote da esposa ele comprou um terreno, no alto de um morro, e construíram um bonito bangalô. Este morro era cortado por uma linha de trem e o lugar era muito bonito. A casa era simples, mas bem arrumada. Tinha uma bela varanda e na sala havia uma lareira, onde o professor gostava de fi car lendo. Lecionava na escola de Alfenas e todos gostavam muito dele.

Mas, o momento do reajuste se aproximava...

Nos arredores de Alfenas, havia uma moça muito simples, com seus 16 anos e que, de repente, enlouqueceu! Sua mãe, uma senhora viúva, já não sabia mais o que fazer. Tinha levado-a a médicos, benzedeiras, à Igreja, e nada, ninguém conseguia resolver o problema da jovem. A loucura continuava e piorava a cada dia. Já estavam amarrando a moça, para que não se machucasse e não machucasse

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ninguém. Então, alguém falou para levar a menina num Centro Espírita, que fi cava na periferia da cidade, onde tinha um moço que curava “essas coisas”. E a mãe, no desespero, levou a menina até lá. Quando chegaram ao Centro e o velho viu o “quadro espiritual”, falou que nada podia fazer. Que quem poderia resolver aquela situação era o seu fi lho, mas ele não trabalhava mais ali. A mãe implorou para que o velho atendesse sua fi lha, mas ele realmente não podia fazer nada.

Aquela menina era a mocinha, que tinha sido raptada pelo fi lho do fazendeiro, a viúva era a velhinha, mais uma vez como mãe da menina, e o velho pai era o obsessor, o espírito que fora trazido para aquele reajuste, para saldar a dívida, o compromisso espiritual do rapaz.

Então, por consciência e compaixão, o velho espírita deu o endereço do fi lho, para aquela mãe desesperada. Ela pegou a fi lha e começou a subir o morro. À medida que se aproximavam da casa, a menina fi cava mais agitada e mais violenta. Estava anoitecendo e o professor lia, junto à lareira, quando num barulho ensurdecedor, a porta foi derrubada pela menina, que havia se soltado das amarras e entrou urrando de ódio.

Os espíritos reconhecem seus “inimigos” por um “cheiro”, uma energia específi ca, uma emanação que é individual a cada ser, como as impressões digitais, um “DNA Espiritual”.

Foi um impacto de frio e de medo. Mas, bastaram alguns instantes, para que o professor tomasse consciência do que estava acontecendo. Lembrou-se do que seu velho pai lhe falava e sentiu que havia chegado a hora de resgatar as suas vítimas do passado. Como se pudesse ler seus pensamentos, a menina deu meia volta e saiu correndo da casa, em direção ao precipício.

Ele saiu correndo atrás, tentando falar com ela. A mãe, também, correu para lá. A menina parou na borda do precipício.

Lá embaixo, um lanterneiro, da estação de trem, observava tudo. O professor foi se aproximando, devagar, tentando “doutrinar” aquele espírito. Quando estava quase tocando o braço da moça, o obsessor a jogou no vazio, na escuridão. Neste momento, o professor chegou a “escutar a risada” do velho cobrador.

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A mãe, ao ver sua fi lha cair para a morte, começou a gritar:

- Assassino! Assassino! Você matou minha fi lha!

Então, o funcionário da estrada de ferro correu até a cidade e chamou a polícia. De onde estava, parecia que o professor tinha empurrado a menina. Quando a polícia chegou e encontrou a mãe, que não parava de acusar o professor, teve que prendê-lo.

Foi julgado e, pelas declarações da mãe e do lanterneiro, foi condenado. Saiu do Tribunal direto para a prisão. Estava feita a “justiça”, o reajuste cármico, o resgate de uma família que havia sido destruída em outra vida, por um gesto impensado, por um impulso, um desatino. Lei de Causa e Efeito!

Sua jovem esposa o abandonou e voltou para o Rio de Janeiro, para casa de seus pais.

Ele defi nhava, dia após dia, e apenas seu velho pai e aquela jovem do Centro, que muito o amava, o visitavam na prisão. O tempo foi passando e a jovem moça precisava também seguir o seu caminho. As visitas foram se tornando raras e suas esperanças também. Ele pensava muito na sua incompreensão e pedia a Deus a oportunidade de sair dali, para continuar com a sua missão, no Centro, junto com seu velho pai.

Sua saúde estava abalada: o impacto da rajada de vento frio, do “reencontro”, à beira da lareira (aliada a pesada energia espiritual do cobrador), afetou a sua visão e estava fi cando quase cego. As condições de higiene daquela masmorra e a falta de sol estavam causando feridas, por todo seu corpo. Como não tinha um corpo físico forte, parecia que não teria muito tempo de vida.

Alguns anos depois, a mãe da moça, no leito de morte, pediu para chamar o padre e confessou que o rapaz era inocente e que ela o tinha acusado por não ter suportado a morte da fi lha, que tanto amava.

Pediu que o padre jurasse que o tiraria da prisão, pois só assim ela morreria em paz.

Então, como se Deus tivesse escutado sua preces, o professor foi inocentado e saiu da prisão. Foi direto para o Centro e ao chegar lá, falou para seu velho pai que estava de volta para trabalhar e ajudar as pessoas.

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O velhinho, que estava terminando seu tempo na Terra, olhou para o fi lho querido e falou:

- Meu fi lho, agora é tarde! Quem vai querer se tratar com você? Mesmo que tenha sido inocentado, sempre haverá uma certa desconfi ança sobre você. E seu corpo, quem vai querer se tratar com alguém cheio de feridas? Como pode um cego guiar outro cego? Não, meu fi lho, agora é tarde!

Apesar da dor que sentia, o professor sabia que seu pai tinha razão.

Pouco tempo depois, o velho partiu!

Como não tinha mais condições de continuar no Centro, o professor terminou seus dias de vida, andando pelas ruas de Alfenas, CEGO, CHEIO DE FERIDAS e MENDIGANDO.

Quando desencarnou e tomou consciência desta encarnação, este espírito foi tomado por uma grande frustração. Tinha, mais uma vez, desperdiçado uma oportunidade de evolução. Recebeu toda preparação e proteção para cumprir sua missão e se reajustar com seu cobrador.

Até uma benção especial ele recebeu. Lembram daquela mocinha do Centro, que ele não dava muita bola? Era a sua Alma-Gêmea que estava na Terra, para ajudá-lo.

Salve Deus!

Naquela época, em que Tia Neiva contava esta história, este espírito já estava no espaço há mais ou menos uns 50 anos.

Ela pedia para que quando fossemos participar de algum Trabalho e lembrássemos dele, fi zéssemos uma vibração de amor, para que ele conseguisse se libertar de sua própria prisão.

Não sei qual é a situação deste espírito nos dias atuais. Que ele tenha se libertado e esteja nos ajudando no fi nal deste Ciclo Iniciático, que já se iniciou.

Que esta história ajude aos meus irmãos Jaguares, e a todos os meus irmãos em Cristo Jesus, que ainda não compreenderam a grandeza e o signifi cado de sua existência, aqui na Terra.

Salve Deus! (Essa história exemplifi ca de maneira bem didática a formação de um elítrio)

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Outros Trabalhos

Angical

A Comunicação no Angical

O Angical é um trabalho da mais alta importância para o corpo mediúnico. Seria bom que pudéssemos participar de todos os Angicais do ano.

O Angical é uma oportunidade única de conversar abertamente com uma vítima do passado. Uma das maiores provas que um Doutrinador ou um Apará pode passar.

Inicialmente o Angical era restrito aos reajustes de nossa encarnação coletiva dentro da “Era dos 8”... Mas como o avinhamento do trabalho, e o crescente aumento de médiuns, muitos sem nenhuma ligação com esta passagem, espíritos de outras encarnações passaram a ter a oportunidade de encontrarem-se com seus devedores... conosco!

Passei dias procurando o quê escrever sobre este trabalho sem cair na mesmice das descrições de funcionamento, do ritual e da parte técnica, hoje, porém encontrei o que real-mente nos falta.

Como comunicar-se com nossos cobradores!

Primeiramente o Preto Velho ou Preta Velha vai incorporar, dar sua mensagem e passar as primeiras informações sobre o espírito a ser recebido. Suas condições de revolta, de má-goa, sua atual situação... Nem sempre irá descrever a situação específi ca onde o desajuste ocorreu, pois demanda uma grande sintonia do Apará e uma segurança incontestável do Doutrinador, que normalmente está um pouco receoso sobre o quê vai acontecer.

Ao chegar nosso irmãozinho, damos as boas vindas, agradecemos a oportunidade, fazemos uma doutrina básica sobre o lugar, a missão desenvolvida e nossa atual condição, de espí-ritos encarnados em busca e a serviço da luz, que daquele momento em diante ele tem a oportunidade de falar. Não havendo uma comunicação imediata, deve-se voltar à doutrina, buscando sempre esclarecer que não somos mais

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as mesmas pessoas, que temos consciência que muito erramos no passado, e que hoje nossa missão é buscar reparar estes erros, mesmo sem saber exatamente quais são, devido a bênção do esquecimento pela reencarnação; estamos dispostos a encontrar uma forma de reajustar, de oferecer nosso trabalho como forma de auxiliar encontrar um mundo melhor do que aquele que por hora vive.

Normalmente esta segunda colocação, provoca o espírito a falar sobre suas atuais condições, e afi rmar que você em parte, ou totalmente, é o culpado pela sua atual condição. Os relatos do irmãozinho têm duas fi nalidades: Primeiramente lhe fazer sentir culpado, arrojando sobre você a culpa de todas as desgraças pelas quais tenha passado; e segundo a bendita troca de energias. Ao permitir que o espírito fale, ele coloca para fora suas energias pesadas dando espaço a receber toda a emanação de luz e amor, presentes na grandeza do trabalho de Angical. Por isso, durante todo o tempo de conversação, a limpeza de aura não deve ser esquecida, pode ser feita com menos freqüência do que durante a doutrina propriamente dita, porem não pode ser deixada de lado.

Temos que ter a consciência de que nossa missão é encaminhar aquele espírito! Ele é o nosso paciente ali. Não importa o quanto de detalhes ele irá fornecer sobre nossa encarnação passada. Isso é o que menos conta, pois ele sempre dará a sua própria versão, e aproveitará a oportunidade para nos culpar de tudo, esquecendo suas próprias falhas, e o que ele possa ter feito para contribuir com sua atual situação.

O esclarecimento de que, ele pode sim, ir para um lugar melhor, é importante. Deixar claro que a oportunidade chegou, que pelas bênçãos de Deus este reencontro tem a fi nalidade de proporcionar-lhe uma passagem de reencontro com o perdão.

Não fi que pedindo perdão, você não tem a consciência de seus atos passados, mas esclareça que todos temos os nossos erros, e nossos cobradores. Somente semeando o perdão é que podemos pedir perdão aos outros aos quais devemos. Assim, ele poderá compreender que, em algum momento, ele também se encontrará com seus próprios cobradores, e a atitude dele ao perdoar seus devedores também será levada em conta.

Não se trata de convencer o espírito a lhe perdoar. Isso seria uma atitude egoísta. Sua missão é encaminhá-lo é fazer ver

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que a atual condição dele não é boa, e o etérico não é seu lugar. Ele é um espírito que acima de qualquer coisa ainda tem em seu peito a centelha Crística que brilha, mesmo escondida pela capa de energia pesada que o envolve neste plano ao qual não pertence.

Aos poucos vá mostrando que você hoje é uma pessoa diferente. Que embora ainda assuma que tem muitas falhas, colocou-se a caminho de Deus. Que deseja sinceramente tornar-se uma pessoa melhor e sente que ele também merece esta oportunidade, de ir em busca de uma vida melhor.

Algumas vezes o espírito tem alguma hierarquia no plano em que vive. Esse é um ponto delicado. Pois seu temor de perder as conquistas que teve no etérico, adquiridas normalmente através de muita dor, pode fazer com que ele se recuse a seguir para a luz. Imagine que um general não ira aceitar tornar-se um mero soldado do “outro lado”.

Esta recusa, por parte do espírito, tem uma contra argumentação bastante efetiva: Fale de você! Mostre que sendo você a pessoa que o feriu, que o magoou, que era talvez bem pior do ele, conseguiu voltar-se para Deus. Obteve a oportunidade da reencarnação para esta bendita escola e hoje, ainda encarnado, sente que vale a pena ser um soldado da luz. Agora passo a passo vai conquistando sua hierarquia também na luz. E sem os dramas, dores, perseguições que se passam quando se está no etérico.

Fale que na Luz se pode confi ar. Não existe o perigo eminente da traição. Daqueles que hoje ocupam um posto inferior e que esperam ansiosamente uma forma de derrubá-lo. Na Luz a fraternidade é real, a conquista é meritória e o amor é impulsiona a todos! Desperte neste irmão a vontade de viver de uma forma diferente. Sem a tensão do dia a dia que enfrenta.

Durante este tempo todo de conversação, permita ao irmãozinho ir falando, argumentando, nunca se revolte ou coloque qualquer sentimento negativo. Assuma os erros, independente de serem reais ou engrandecidos por ele. Sinceramente você não faria tudo de novo, porque acredita no caminho que agora trilha e lhe faz uma pessoa melhor. Continue limpando sua aura e tendo em mente seu objetivo principal de amar incondicionalmente aquele que lhe foi enviado!

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Este amor, ao conversar, ao doutrinar, ao limpar a aura, ao falar com segurança é o ultimo a ser abordado. É a Chave de Ouro para encerrar o trabalho! Afi nal, todos desejam ser amados. Encontrar seu grande amor perdido em alguma das estradas de nossas muitas vidas. Falar de deste amor, da necessidade de poder confi ar, da paz!!! Sim, isto realmente comove o espírito. Pois são sentimentos que ele não desfruta e sente seu coração clamar por eles. Desperte nele a vontade de ir em busca deste tempo perdido! De voltar a amar! A confi ar e redescobrir o sentimento de paz, de verdadeira paz que há tanto tempo não sente.

Explique que ele tem o livre arbítrio. Que não é obrigado a nada que não queira, desta forma ele deve dar a si mesmo a oportunidade, de ao menos ir conhecer o outro lado. Que se ele não gostar... Que volte para onde está! Mas que ao menos vá conhecer o quê deixou para trás.

Ao sentir a aceitação, ao sentir que despertou neste irmão sua vontade de reparar o tempo perdido, coloque toda sua emoção, todo seu amor e fi nalize a doutrina pedindo por ele! Deseje boa sorte, e que Deus Pai Todo Poderoso ainda permita um dia se abraçarem nos Planos Espirituais.

... Oh! Obatalá...

Muitas vezes, ainda no meio da conversação, nosso irmãozinho pode recusar-se a continuar ouvindo, e o Preto Velho voltar. O mentor responsável por este trabalho irá lhe auxiliar a como conduzir o restante da conversação, orientando e explicando o quê ainda falta ser dito, ou mesmo corrigindo algum relato feito na versão do irmãozinho. Isso para tranqüilizar e trazer a segurança na conclusão do trabalho.

Então trará de volta nosso irmão para a conclusão.

Também para o encerramento, a Entidade vem trazer sua bênção e recomendação fi nal.

Meus irmãos. Queria descrever a parte técnica deste trabalho, mas achei que todos já devem ter lido e relido as Cartas de Tia Neiva sobre o Angical, já devem ter escutado muitas observações sobre como começar e encerrar, e também já decorado toda a ritualística. Logo me restava falar sobre a comunicação com nosso irmãozinho. Este é o verdadeiro objetivo! Vejam que nossas oportunidades para

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isso são poucas. Além do Angical, apenas excepcionalmente em alguns trabalhos de julgamento, e nos Tronos Milenares, é que podemos ter esta grandiosa oportunidade.

A restrição das comunicações com espíritos chamados sofredores, é justamente em virtude da necessidade de grande preparação para este evento. Somente 12 trabalhos por ano! Enquanto não se sentir devidamente preparado para doutrinar, ou receber um espírito, que poderá apresentar as mais diversas argumentações, e até mesmo desestruturá-lo com seus relatos, você pode continuar na Mesa do Angical. Lá passam os mesmos espíritos, só que já preparados pela espiritualidade, pelos seus mentores, para receber a doutrina daquela forma específi ca.

Para formar um par no Angical deve-se ter a consciência da responsabilidade que é esta comunicação. A oportunidade única de dialogar e colocar em prova toda sua experiência doutrinaria!

Um trabalho essencial para os que desejam evoluir dentro da doutrina, compreendendo as próprias falhas sem deixar baquear-se por elas.

Histórico do Angical

O Angical é um Trabalho realizado somente uma vez por mês, específi co para a passagem de espíritos cobradores. O nome Angical deriva de um arraial que existia no sul da Bahia, primeiramente chamado Abóboras; neste arraial e redondezas, no período compreendido pelo Brasil Império, milhares de espíritos (muitos dos quais por dois períodos encarnatórios), encarnaram provocando grandes desatinos, conseqüentemente gerando tristes carmas, haja visto os inúmeros dramas desenvolvidos no palco da vida escrava.

Grandes realizações também tiveram lugar nesta região, como pode ser observado na “História das Princesas”, porém, aqui vamos nos ater unicamente ao processo que resulta no Trabalho de Angical.

Nossos Mentores, quando dispúnhamos da condição Mediúnica necessária, autorizou este Trabalho, adequado para a vinda destes espíritos com os quais contraímos débitos, para a rica oportunidade do reajuste.

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Com a afi rmação do Trabalho, o mundo espiritual estendeu o alcance do Ritual, também a outros períodos cármicos particularmente vividos pelos componentes desta Tribo, o que o torna um Trabalho Específi co dos Médiuns da Corrente.

É um trabalho que nos coloca frente a frente com as nossas vítimas do passado e aí sentimos na carne o que as fi zemos passar.

Hoje, no Vale do Amanhecer, se busca a evolução dos que ainda se encontram com dívidas e na escuridão.

A fi nalidade principal do trabalho de Angical é a grande oportunidade que nos é dada, de nos reajustarmos com nossos cobradores, através do contato direito, do olho no olho, da conversa franca. É um processo mais rápido e preciso de libertação.

Para o trabalho de Angical o médium deve se harmonizar e, se possível, participar do um trabalho de Mesa Evangélica, e partir, então, para o trabalho.

Não há necessidade de ionizar o aparelho.

Não há necessidade de encerrar na Pira.

Se o médium chegar e o trabalho já tiver sido aberto, faz a preparação na Pira, sem entrar na parte evangélica.

RADAR: Deverá permanecer ocupado do princípio ao fi m do Trabalho pelo Mestre Dirigente ou por algum(s) outro(s) Mestre(s) por ele designado.

Nos Templos Externos o Adjunto deverá se orientar pelo Calendário de Eventos do Templo-Mãe, procurando realizar o Angical na mesma data e horários – (segunda-feira mais próxima do dia 13 de cada mês).

PRISIONEIROS: O(A) Prisioneiro(a) poderá pedir Bônus até uma hora antes do início deste Trabalho; a vencer o tempo, coloca o Uniforme adequado a este Ritual e, naturalmente, dele participa.

RECEPCIONISTAS: Os Mestres Recepcionistas escalados para o dia de Angical deverão estar usando o uniforme de Jaguar ou de Angical, porém, devidamente equipados com o Radar de Identifi cação-Braço e, Placa de uso frontal.

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O acesso dos Mestres para o interior do Templo é controlado pelos Recepcionistas que fi cam posicionados próximos à entrada, observando com Carinho se os Uniformes estão corretos.

Um Recepcionista deverá permanecer próximo à porta enquanto o Trabalho estiver sendo realizado, controlando e prestando as informações necessárias.

O Uniforme do Angical

MESTRES: Calça marrom (do uniforme de Jaguar), camisa xadrez (manga comprida), Placa de Identifi cação do Mentor (Preto Velho ou Princesa) e Fita;

NINFAS: Saia estampada (ou chita), fundo escuro, Godê duplo, lisa, blusa preta (do uniforme de Jaguar) sem Morsas, Placa de Identifi cação do Mentor (Preta Velha ou Princesa), e a Fita.

A camisa do Jaguar, quadriculada, e a saia da ninfa, estampada, simbolizam a roupagem dos ciganos e as roupas que as pessoas usavam no Angical, 1700.

Sessão Branca

O Trabalho de Xingu

Xingu é um rio afl uente direito do baixo Amazonas. Nasce no Estado de Mato Grosso e sua extensão é de aproximadamente 1.980 quilômetros dos quais somente 180 são navegáveis devido às corredeiras. Seu leito se faz presente além do Estado de Mato Grosso, no Pará e, em sua maior extensão, no Estado do Amazonas. Em algumas regiões compreendidas pelo curso do Xingu, até pouco tempo atrás, havia tribos de indígenas que ainda não tinham mantido contato direto com a civilização e, mesmo nos dias atuais, o relacionamento é cuidadosamente mantido sob o manto da prudência.

Destas tribos, particularmente Tia Neiva nos esclareceu sobre duas que sabemos tratar-se de velhos contemporâneos Jaguares, reencarnados nesta primitiva condição por suas necessidades cármicas na Lei de Causa e Efeito.

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Há anos atrás, objetivando uma preparação, a Clarividente começou a promover “visitas” em meio a estas tribos, iniciando um Trabalho doutrinário que culminaria em nosso tempo nos alicerces para a realização do Trabalho de Sessão Branca.

Quando nossa Mãe Clarividente iniciou os primeiros contatos, comentou que estas tribos viviam no sopé de uma montanha, com um detalhe extremamente singular: o de possuir em seu meio, no cimo, um “Espelho D’água” de considerável dimensão. No transcorrer de outros contatos, verifi cou, também, que as tribos mudavam constantemente de localização embrenhando-se mata adentro, motivadas pelos rumores da aproximação do “Homem Branco”. Outro fato importante a ser registrado, é que as duas tribos aqui mencionadas viviam em guerra entre si e, a partir das “manifestações” da Clarividente a paz entre as mesmas foi conseguida.

Finalizando este breve histórico, esclarecemos que a Sessão Branca é uma grande bênção de Deus, que permite a manipulação de forças importantíssimas, tanto para os Médiuns da Corrente, como para estes nossos irmãos que vêm portadores de Energia Transcendental, força das matas, recebendo em troca os valores de forças doutrinárias - desobsessivas.

O trabalho de Sessão Branca, ou Xingu, é um trabalho muito importante para o Mestrado, porque tem ele a capacidade de reabastecer o mestre, de renovar suas energias.

É um trabalho onde incorporam índios encarnados, que ainda não tiveram contato com o mundo civilizado. A incorporação dura em média 15 minutos e o Aparás incorporam com as mãos fechadas.

No trabalho de Sessão Branca os índios recebem o nosso ectoplasma iniciático e nós recebemos deles as energias puras das matas frondosas.

Tem a fi nalidade de trocar ectoplasma e energias. Por isso a necessidade de habilidade do Doutrinador em tentar entabular um diálogo. A energia se desprende pela conversação e pelos “gritos de saudação e despedida” que emitem.

Nesse trabalho o médium se reabastece da força vital, da força do Xingu.

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Sanday de Cura

No Sanday de Cura todos os fenômenos ectoplasmáticos são necessários para a ionização das impregnações. Por se tratar de energia ectoplasmática, obtém-se fenômenos que envolvem mais do que uma simples cura. Só será possível um Trabalho perfeito quando houver plena sintonia e harmonia entre os que o estão realizando.

É necessário, para melhor aproveitamento do Trabalho por parte do paciente, que este passe, antes, pelo Trabalho dos Tronos. Assim, deve o recepcionista antes de anotar o nome do paciente, verifi car se o mesmo já passou por esse setor de Trabalho. Aliviando suas cargas nos Tronos, o paciente se torna mais receptivo à energia da Cura.

Ali surgem verdadeiros fenômenos, energias ectoplasmática que ionizam as impregnações dos elítrios, com atuação dos médicos do espaço, para cura do espírito e do corpo físico.

Não é necessário ionizar e dar passe magnético nos Aparás, porque nesse trabalho não se dá comunicação, tampouco incorporação de sofredores.

Os Médicos de Cura

Durante as grandes epidemias que assolaram a Europa, médicos, principalmente alemães, pondo em risco a sua própria vida, se embrenharam nas fl orestas asiáticas e africanas, em busca de medicamentos das próprias plantas, para a cura dessas epidemias.

Muitos desses médicos desencarnaram, pois eles mesmos se prestavam a serem cobaias de seus experimentos.

Esses espíritos foram convidados por Pai Seta Branca, sob o comando do Dr. Half, para trabalharem no Amanhecer.

Esses espíritos são conhecidos como Falange de Médicos Alemães.

Um dos trabalhos espirituais, que pouco se comenta na Doutrina é a Cura, e menos ainda sobre os Médicos de Cura, os “Médicos do Espaço” que nos assistem nestes trabalhos.

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Os Médicos de Cura têm uma incorporação bastante diferente das outras Entidades. Passam uma tranqüilidade, uma segurança total. Na visão dos médiuns de incorporação, existem dois fatores de peso: a ausência quase total de comunicações, que só ocorrem em poucos casos em Curas Evangélicas, e a sutileza da emanação.

A ausência de comunicação é um fator que tranqüiliza naturalmente o médium. Seu compromisso é manipular a energia, reequilibrando o plexo do paciente. Colocando seu ciclo biológico em harmonia com sua aura espiritual.

Esta mesma sutileza de manipulação também, em alguns casos, traz dúvidas, e difi culdade do médium reconhecer se já incorporou ou não. Isso pode ser resolvido com a mentalização da aura do paciente. A Entidade passa a sensação dos pontos em desequilíbrio, e em total sintonia, pode-se vislumbrar o quê efetivamente está sendo realizado pela Entidade.

A roupagem do Médico de Cura é quase Kardecista, porém, atua com forças altamente precisas e iniciáticas, dentro dos Sandays, e com manipulação quase cirúrgica nos trabalhos evangélicos.

O reequilíbrio bio-espiritual do paciente muitas vezes elimina diretamente algumas enfermidades, e em outras, desmascara o fator espiritual que ocultava a doença, permitindo que os “médicos da terra” encontrem e identifi quem o fator físico gerador dos problemas.

O Cavaleiro da Lança Lilás é o emissor do Raio Curador, da cura do corpo físico.

O Médico de Cura incorporado nunca toca o paciente. Realiza seu trabalho em silêncio, sem emitir sons ou fi car “vazando” (ssssssssssssss...). A comunicação neste trabalho é praticamente inexistente. Porém algumas vezes o Médico solicita ao paciente o uso de a água fl uidifi cada (somente em Curas Evangélicas, em Templos que não dispõem de Sandays de Cura).

Terminado o atendimento, o Doutrinador retira o lençol e o paciente é liberado.***

Pensamos naquele homem cuja perna ia perder. Chegou um cientista e, no plano físico, lhe deu um remédio e o libertou.

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O homem, com suas duas pernas, se pôs a correr e a se chocar, em desafi o com outros homens. Voltou à sua dor primária, indo ver-se em seu antigo estado.

O cientista, tornando a vê-lo, triste, foi lhe dar o mesmo remédio. Não, ele não precisava mais do cientista!

Desta vez sua doença era na alma.

Enganou-se: o cientista tirou do bolso o Evangelho e lhe deu sua cura!

Tia Neiva, em 12 de dezembro de 1978

Sanday de Junção

Para compreendermos a seriedade de um trabalho de Junção cabe uma pequena história:

Certa vez, um Comandante, em um dia de Trabalhos Ofi ciais, reparou que um paciente, em cadeira de rodas, saia da Cura e seguia para a porta do Templo.

Gentilmente o abordou e perguntou se já havia passado em todos os trabalhos.

— Não, Mestre, passei na Cura e vou embora, é a primeira vez que venho aqui.

— Está vendo aquela entrada ali? É a Junção! Passe lá para também receber os benefícios deste trabalho.

Tia Neiva estava no Templo e rapidamente localizou aquele Comandante.

— Meu fi lho, você mandou aquele paciente passar na Junção?

— Sim Tia! É a primeira vez que ele vem aqui e é bom que passe em todos os trabalhos, não é?

— Oh! Meu fi lho... Ele tem um elítrio localizado na coluna que o impede de andar. Se ele passar lá, pela força do trabalho, este elítrio vai ser libertado e ele poderia sair dali andando.

— Que bom então Tia! Quer dizer que acertei?

— Não, meu fi lho, aquele paciente vai desencarnar lá dentro! Reajustar com aquele elítrio é a sua jornada neste plano, se

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libertar o elítrio, acaba a necessidade de sua encarnação. Corre lá e dá um jeito!

Salve Deus!

Somente recomendado por uma Entidade nos Tronos é que um paciente pode passar na Junção, e mais do que isso, que tenha sido recomendado para aquele dia especifi camente!

Junção é um Trabalho magnético com 7 forças ectoplasmáticas diferentes que formam o Aton e, a sua fi nalidade, é principalmente, a libertação de Elítrios.

Na Junção, o passe é extraído do Aton, na individualidade do Mestre iniciado. Nela, o paciente recebe o passe de sete Mestres diferentes, se não o fi zer, não houve Junção.

Com esses sete passes, o paciente irá se libertando de seus Elítrios, sendo grandemente ajudado na sua vida material e espiritual, conforme o seu merecimento.

É um trabalho desobsessivo, que visa a cura do corpo físico, feita com o fl uido do doutrinador, através do uso magnético de sete forças ectoplasmática diferentes, sete passes magnéticos.

A função do apará na junção é incorporar o seu guia médico.

Cada paciente deverá receber sete passes magnéticos de Doutrinadores diferentes (nem mais e nem menos!!!), pois é na contagem de sete passes que se dá a formação do Aton para a libertação dos elítrios.

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4º Capítulo

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Vibração

Amor Incondicional

Era de amor e respeito, do homem que ama o anjo e, com a mesma intensidade, o demônio, sabendo distinguir as duas forças.

Pai Seta Branca

Amar ao anjo e ao demônio com a mesma intensidade, porém saber distinguir as duas forças... Salve Deus! Esta é nossa máxima defi nição do amor incondicional!

Meus irmãos e irmãs, para nós não existe “demônios” na acepção atual da palavra. Cremos que todos os espíritos são criação Divina e por tanto, portadores da Centelha Crística, que mais cedo ou mais tarde, irão encontrar o Caminho da Luz. Desta maneira, recebemos os espíritos considerados “mais terríveis” com amor e emanamos suas auras com a força iniciática do Amor que ora dispomos.

Confesso que não me sinto à altura para tratar de algo tão vasto, completo e maravilhoso.

Creio que cada ser humano tenha uma resposta, uma quantidade enorme de conceitos sobre o signifi cado desta singela palavra: AMOR. Dependerá muito de suas experiências de vida, de suas crenças e julgamentos...

Existem dias que, por uma razão ou outra, começam conturbados, pesados. Problemas maiores ou menores, que de repente estamos atraindo, começam a atacar aquele sereno estado de espírito que nos acompanhava ao despertar e neste momento esquecemos, ao menos por um tempo, de nossa verdadeira natureza, da capacidade que temos de permanecer ou retornar àquele estado de graça.

Afastamo-nos de nosso centro, nossa vibração decai, nossa sintonia se perde e o barulho incessante, aquele da mente

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racional que vive de contar horas e minutos, que cobra resultados práticos e ação pontual, bruscamente prevalece sobre a força da harmonia, da paz e do silêncio interior.

Sim, é quando viramos as costas para nosso coração, este precioso e freqüentemente esquecido companheiro, a chama que ilumina o caminho, o lugar sagrado onde Deus habita e onde, defi nitivamente, reina o Amor...

Bom... Pelo menos sabemos onde ele mora! E já percebemos como, em dois tempos, somos capazes de nos afastar dele também.

Se for fácil baixar o seu padrão vibracional, parece claro também, que é muito simples reencontrá-lo... Basta querer. Trata-se apenas de um ato de vontade. É bom respirar profundamente, fechar os olhos, visualizar a chama da vida acesa no peito a iluminar nosso ser e tudo em volta. O que fazer para permanecer em sintonia constante com esta harmonia que acolhe, ampara, conforta e protege?

Talvez seja preciso observar mais, sentir mais.

Focar no que é bom e produtivo, pedindo para ser sentido, apreciado, contemplado e que está presente ao nosso redor... E ir muito além das aparências e daquilo que nos foi ensinado... Olhar com os olhos puros a beleza que está na natureza, num broto que se transforma numa linda e perfumada fl or, num casulo despretensioso que se torna uma perfeita e belíssima borboleta ou numa minúscula parte de nós que, num ato de amor, transforma-se numa jornada de incrível perfeição e majestade, num milagre que dá vida a um ser humano de divina linhagem... É necessário notar a doação do Universo - do qual somos co-criadores - e sua abundância infi nita... Todas as energias específi cas para nossa caminhada, os elementos essenciais, estão sempre e gratuitamente disponíveis, garantindo-nos uma variedade de experiências a perder de vista, na terra, no ar, na água, no mundo impalpável dos sonhos e das outras dimensões...

Sim, é imprescindível sentir, captar também o que é invisível aos olhos, mas que o coração consegue nos trazer de forma cada vez mais clara, em função do despertar de nossa consciência, da transformação que se deu durante a intensa caminhada por este extraordinário planeta azul.

O amor, esta doação que nada cobra, que está em tudo, nos convida a sermos nós próprios o amor em ação; sugere-

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nos que deixemos de lado o egoísmo, a cobiça, a posse, o sectarismo, o ódio e que passemos a viver todos aqueles sentimentos que emanam da Fonte, todas as formas de ser, de agir que nosso coração sugere, quando conseguimos, no silencio interior, ouvi-lo.

E o presente - que é a vida - desabrocha em seu ritmo, ora vagarosamente, ora de forma arrasadora, levando-nos a vôos e jornadas que fazem nosso caminhar valer a pena. E, ao descobrirmos fi nalmente, após tantas experiências pessoais e percepções mil, nada menos que somos a morada da Divindade, estaremos em condição de irradiar Luz, paz e sabedoria; coragem, liberdade e caridade... Pois nos tornaremos mestres do Amor, da cura, da bem-aventurança.

É fundamental mergulhar fundo no Amor Incondicional. Façamos dele o inseparável companheiro de jornada. Precisamos incorporá-lo em nossos pensamentos, atitudes, atos e utilizá-lo como Guia, como conselheiro, como parte de nós, pois de fato somos manifestação da presença dele. Quando isso ocorrer, não mais fi caremos prisioneiros do mundo da matéria e de suas ilusões. E não terá mais volta. A mudança será fi rme e defi nitiva, a harmonia será a tônica de nossa caminhada; a simplicidade, a humildade verdadeira e a compaixão formarão um apoio estável para o nosso desenvolvimento.

A vibração que nos une em nossos três horários abraçará aos poucos todos os corações e mentes que ainda estiverem adormecidos, medrosos, ou inseguros talvez.

Quando este amor reinar, com certeza a Terra se transformará num verdadeiro Paraíso.

Perceba as suaves batidas do seu coração, converse com ele no silêncio de seu quarto, ouça sua voz interior... Tenha muita fé, confi ança, coragem e determinação.

Sinta... E seja você o próprio Amor.

O amor, pregado e difundido pelo Grande Mestre Jesus nos Evangelhos, é o amor incondicional. O amor sem barreiras, sem condições, sem restrições. É o amor universal, o alimento dos espíritos evoluídos.

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O amor incondicional conduz o espírito encarnado à libertação e o livra dos carmas e dos débitos transcendentais, contraídos por não saber amar.

Sabemos que é muito difícil, para não dizer impossível, se amar incondicionalmente, pela nossa própria condição de espíritos encarnados, sujeitos às forças do mundo físico, mas é preciso buscar sempre, incessantemente, no fundo do nosso coração e da nossa mente, o amor incondicional.

O simples gesto de boa vontade, de se buscar incessantemente o amor incondicional, ainda que não consigamos alcançá-lo, já representa uma busca pela evolução.

Vibrações

Meu fi lho, o teu padrão vibratório é a tua sentença.

Tia Neiva

Seu padrão vibratório é sua sentença!

Nesta pequena frase de Tia Neiva, incansavelmente repetida, reside toda a verdade de nossa existência.

Somos o refl exo do que vibramos, ou seja, de como pensamos, falamos e agimos.

Não conta apenas nossos trabalhos espirituais, nossa conduta doutrinária dentro do Templo. Conta também como vibramos, como pensamos, o quê falamos e como agimos nas vinte e quatro horas do dia.

No dia a dia pensamentos inapropriados chegam incessantemente às nossas mentes, e, como médiuns preparados, temos o dever de ir anulando-os, eliminando-os. O processo parece muito complicado apenas porque são milhares e milhares de pensamentos contraditórios que chegam, mas na verdade não é! Os “pensamentos rápidos” referentes a algo “mau” não nos fazem dano, pois não fi camos com eles fi xos, criando a daninha vibração negativa. O problema reside quando mantemos a mente focada nas coisas improdutivas ou que vão contra a conduta moral

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que devemos manter. Com o costume de “acordar” quando algo negativo chega a nossa mente, tomando consciência, e mudando de imediato o foco, estes vão fi cando cada vez mais raros, até o momento em que só aparecem nos momentos em que somos verdadeiramente agredidos ou incomodados. E mesmo nestes momentos, em que nos julgamos “atacados”, a consciência deve atuar e mudar a sintonia.

As palavras proferidas também exigem vigilância. Sabemos que emitem energia e temos também o conhecimento do poder que podem ter. Trazendo a esperança ou destruindo quem as ouve. Primeiro pensar antes de falar e com o tempo naturalmente só falamos o quê efetivamente possa trazer o bem. As brincadeiras, piadas e gracejos, quando insufl adas pelo bom humor, são excelentes companheiras. Ao passo que a ironia, o escárnio e a ira, só trazem e semeiam o mal.

Nossas ações naturalmente já vão fi cando restritas, pois a consciência nos cobra e impede que executemos algumas “maldades” que nos passam pela mente. Os desejos de vingança, travestidos com uma máscara de justiça, continuam perigosos, mas ao médium consciente resta sempre lembrar que o perdão é a melhor semente a ser plantada em qualquer coração.

Escrevo isso tudo para mim mesmo, depois de um dia em que insistentemente semeei o bem, face a tantas difi culdades da vida quotidiana, e encontrei os incompreendidos ao fi m do dia.

Nada melhor que perdoar! Que esquecer verdadeiramente e rezar pedindo para que se possa ser perdoado, mesmo que se esteja certo! Pois aos olhos de quem nos agride, não estamos!

A verdadeira oração não é de quem pede justiça, pois este é o maior cego! A verdadeira oração é de quem pede perdão e ora para que possa ser perdoado por quem lhe ofendeu, pois se este lhe ofendeu, é porque de alguma maneira também se sentiu ofendido primeiro.

Não basta nossa consciência limpa, é preciso reequilibrar as vibrações com o perdão, e se este deve vir sempre pela nossa própria atitude. Não nos cabe esperar que o outro nos compreenda. Não nos cabe esperar que o “errado” nos peça perdão. A atitude é de quem sabe o compromisso espiritual

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que possui e não dos que se julgam incompreendidos... Hoje se sentem ofendidos, amanhã se julgarão nossos inimigos.

Semeemos o perdão, para podermos pedir perdão! Temos tantas dívidas a resgatar ainda...

Ao encontrar nosso verdadeiro cobrador teremos o quê apresentar. Mostraremos nossa verdadeira mudança, e as sementes de perdão lançadas por nós, quem sabe frutifi quem em seus corações.

***

Nosso equilíbrio depende do padrão vibratório de nossos pensamentos, palavras e ações; da maneira como vivenciamos os nossos problemas, infortúnios e felicidades em nossa vida material.

Não podemos, jamais, nos deixar levar pelas reações indesejáveis que os percalços e as pedras que encontramos em nossos caminhos causam em nossas mentes conturbadas, permitindo, assim, que esses problemas se transformem em ondas negativas e refl itam em nosso padrão vibratório.

É preciso buscar sempre o equilíbrio e manter as boas vibrações, para que não sejamos alvos de espíritos sofredores e obsessores, que estão sempre à nossa volta, esperando o momento propício de nos assediar.

Lembremo-nos sempre de que os obsessores nunca vêm ao nosso encontro. Nós é que vamos ao encontro deles, quando baixamos o nosso padrão vibratório, vibrando na mesma faixa deles, permitindo que nos alcancem.

Os espíritos obsessores se ligam a nós, seres humanos, pela gradação vibracional e só encontram acesso quando a nossa vibração desce até à deles.

Da mesma forma, se nosso padrão vibratório é baixo, nós somos tomados, carregados, “espiritados”, etc. Esse mecanismo determina a posição voluntária de cada um de nós, seres humanos, em relação aos espíritos sofredores e obsessores.

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A variação, portanto, do nosso padrão vibratório é que determina o tipo de companhia que vamos ter em cada momento de nossas vidas nesse plano físico.

Vigiai e orai.

Essa é a tônica que deve estar sempre viva em nossas mentes e em nossos corações.

Emissão e Recepção

O Radio e a Televisão necessita das Antenas emissoras que fazem a transmissão (emissão) dos programas e depois nos aparelhos receptores (recepção) de cada casa, o radio ou TV. Tanto a emissão como a recepção se fazem através de Antenas, emissora e receptora. Por exemplo, na rede Globo existem potentes transmissores individuais para Radio e para TV. Na emissão, os programas, as músicas são transformadas em ondas Magnéticas que se propagam através do espaço a grandes distâncias, até serem reconvertidos em som e imagens em nossos aparelhos em casa.

“Seu padrão vibratório é a sua sentença!”

Tia Neiva

Os humanos são emissores e receptores de energias magnéticas. Uns com mais tendência para serem emissores, enquanto outros para serem receptores. Desde a iniciação, o plexo do Jaguar vai sendo trabalhado pela espiritualidade para ser mais Emissor ou mais Receptor visando o atendimento na “Lei do Auxílio”. O que nem todos sabem é que tanto o Doutrinador como o Apará, usam além do Ectoplasma, as Energias Magnéticas oriundas do pensamento, de nossa personalidade ou Plexo Mental.

Isso mesmo! A vibração ocorre tanto no emissor ou como receptor. Na emissão, essas duas energias se misturam e pela força de nossos desejos é transformada numa energia contaminada, numa onda magnética que vibra, dando-lhe principalmente uma direção e objetivo. Temos aí uma transformação energética com o início de uma vibração. São precisas, certeiras atingem o alvo em uma fração de segundos.

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Não vamos nos iludir! Nem tudo que parece, realmente é! Não nos adianta apenas fi carmos na posição correta, fazendo tudo certinho, aparentando seriedade e concentração. Braços fazendo antena, voz bonita e emissão e canto impecáveis. Pergunto onde estão nossos pensamentos?

Tudo esta na qualidade e na força do pensamento. Se vibrares no amor, obterás a cura, o progresso e a evolução. Quando vibrares no ódio, só maldade e destruição. Se fi cares com os pensamentos vagando, nada atinge nada acontece e com o tempo a virá a desilusão.

“Tens tudo para fazeres o bem e o mal! Se fi zeres o mal te destruirás. Se fi zeres o bem crescerás como rama selvagem”.

Tia Neiva

“Deixem na porta do templo todas as preocupações”. As afl ições, remorsos, ódio rancor ou qualquer coisa que ocupe suas mentes ou sentimentos. O pensar deve estar equilibrado na RAZÃO e nas emoções só AMOR”. Observe que todo Jaguar tem um templo em seu íntimo, vibrando negativo pode atrapalhar completamente um trabalho, um ritual e sem perceber a sua própria vida.

As Energias Magnéticas ou vibrações em movimento se atraem na medida em que forem semelhantes ou iguais. Não pode haver confusão aqui! Positivo atrai negativo na eletricidade, no magnetismo as ações em movimento se atraem por semelhança da ação. Assim, ações negativas atraem outros fatores negativos, já ações positivas atraem positivas.

“Como trabalhamos com o lado emocional e intelectual, mesmo estando ligados à nossa individualidade, seu Interoceptível estabelece o equilíbrio de seu pensamento.”

Tia Neiva

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Sim meus irmãos! É nesta bendita hora que iremos usar a nossa arte, a mesma de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nossa concentração; fé e harmonia. Falo daquela sutileza necessária, a segurança interior que junto com nossos Mentores, vai permitir a vibração no Amor. A associação de interesses [Sintonia] é regra de conduta que a divina lei de amor impõe naturalmente em toda parte. Quando identifi camos a chegada de “maus pensamentos”, ou mesmo a falta da necessária concentração, façamos o mesmo que fazemos com a TV: Mudamos o canal! Usemos nossa fé interior mudando nossos pensamentos. Procuremos harmonia em sintonia com nossos Mentores. Salve Deus!

Licínio Fontana

Padrão Vibratório

Existe em nosso meio uma grande preocupação em relação às vibrações que recebemos, principalmente as negativas, e, infelizmente, nem sempre em relação às vibrações que emitimos.

Mesmo sendo Jaguares, Mestres e Ninfas que dispõem de um plexo iniciático, nos preocupamos pelo que podemos estar recebendo... Ficamos pensando se o “outro” está nos vibrando, inveja, ciúme, maldade, incompreensão e mesmo se não tem uma “macumba” em nossa direção.

Sim, as vibrações existem e nos afetam, porém existem formas de anular por completo qualquer vibração negativa, que possa tentar nos atingir, e como médiuns preparados, temos a obrigação de saber como agir, e principalmente não se preocupar, o quê geraria uma “retribuição” injusta da carga que poderíamos receber.

Vamos analisar um pouco sobre nosso dia a dia... Estamos sujeitos a toda sorte de incompreensões, por parte daqueles que não podem perscrutar nossos sentimentos e conhecer nossas reais intenções. A inveja pelos nossos sucessos, ou o julgamento pelos nossos fracassos, geram uma vibração negativa a nós direcionada. Porém, nada, absolutamente NADA, pode nos atingir se nosso padrão vibratório se mantém em um nível superior à vibração emitida. Por isso, a grande preocupação não deve residir em saber se “está sendo vibrado” e sim, em manter-se bem! Em como está vibrando.

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Ao preocupar-se ou considerar que possa estar sendo vibrada, imediatamente seu padrão entra em baixa, permitindo que se houver alguma energia negativa próxima, ela possa penetrar em seu plexo.

Pensar que alguém lhe vibra, faz com que, mesmo inconscientemente você também acabe por vibrar na pessoa. Baixando seu padrão e gerando um ciclo vicioso que só poderá ser rompido pelo reajuste.

E pode ainda acontecer pior, pois se a pessoa a quem pensamos estar vibrando em nós, não fez, ou fez inconscientemente, você emitirá uma energia que pode prejudicá-la gerando uma necessidade de reajuste! Mais importante ainda é considerar o poder que temos em nosso plexo, podemos causar um grande mal, pois nossa resposta, pelas forças que constantemente manipulamos, será sempre desproporcional, desmedidamente superior.

Dias atrás escrevi sobre o Interoceptível e também uma mensagem de Pai João, nestes textos podemos encontrar um pouco da grande responsabilidade que temos em manter nosso padrão elevado, para nossa própria proteção e para a proteção dos outros.

Obviamente somos bombardeados todos os dias por situações vibracionais instáveis e desestabilizadoras. Olhamos a Tv e assistimos notícias de catástrofes, desgraças, corrupção... Ficamos com raiva no trânsito; iramo-nos com vizinhos que nos incomodam ou são incompreensivos; nos estressamos com companheiros de trabalho; até mesmo no lar experimentamos a prova da intolerância.

Todas estas situações possuem fatores energéticos que nos derrubam, que derrubam nosso padrão vibratório.

Porém, há uma forma de transformar todas estas energias. De anular o negativo e emitir o positivo: Amor!!!

Sim, o Amor pode mudar a tudo e a todos! Não precisamos imaginar situações cinematográfi cas de grandes personalidades da história que mudaram o mundo com o Amor. Podemos em nosso dia a dia, mudar toda a nossa história com a sua aplicação.

Abrace as pessoas! Passe a elas um pouco do muito que já recebeu nesta Doutrina. Não abrace como quem vai embora, mas como quem chega a sua vida com uma boa notícia.

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Sorria! Sorria ao receber as pessoas, ao cruzar os olhares pelas ruas... Sem maldade, sem malícia. Sorria um sorriso fraterno, acolhedor, que fará a pessoa sorrir também para o próximo que encontrar.

Expresse seu amor na família! Quantas vezes é difícil dizer “eu te amo” aos pais, aos fi lhos, a sua companheira(o), mas encontramos facilidade de xingar quem nos dá uma fechada no trânsito, ou que nos empurra no ônibus lotado.

Praticar o Amor assim, sem a absurda vergonha de demonstrar o que sente em função de todo Amor já recebido de nossos Mentores. Revestiremos assim nosso plexo com toda a proteção que precisamos. Semearemos mais boas vibrações do que qualquer quantidade negativa que possa tentar nos atingir.

O Amor traz naturalmente a Humildade, a Tolerância, as máximas do Evangelho de Nosso Senhor Jesus que tanto pregamos em nossa missão.

O Amor nos faz invulneráveis! Até mesmo nosso karma pode ser aliviado pela nossa conduta semeando o Amor.

Semeando o Amor, modifi caremos toda a vibração ao nosso redor, começaremos a auxiliar verdadeiramente a mudar o mundo, a prepará-lo para a tão propalada Nova Era. Melhoramos nossa vida!

Salve Deus! Já passamos do tempo de brincar!

“As piores vibrações são as emitidas por pessoas irrealizadas.”

Mário Sassi – Trino Tumuchy

Correntes Negativas

Agora que falamos de “Vibrações” torna-se necessário esclarecer sobre “Correntes Vibratórias”. Não falo das Correntes Mediúnicas (canais de transmissão) e os Cruzamentos de Correntes, isso já foi abordado anteriormente.

Vamos esclarecer sobre aquelas correntes que são especifi camente rompidas pelo trabalho de Indução.

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Mas o quê é uma Corrente Vibratória?

É a ligação entre dois ou mais seres (encarnados e/ou desencarnados) vibrando em um mesmo padrão.

Exemplos

Positivamente: ao nos unirmos em oração em favor de uma pessoa, buscamos elevar nossos pensamentos e transmitir nossa energia em benefício de alguém. Esta pessoa, estando em condições vibratórias de receber esta energia, torna-se o receptor do que emitimos, formando uma corrente positiva, que irá benefi ciar a sua vida, melhorar sua saúde física, mental e espiritual. Podendo inclusive auxiliá-la em toda a sua vida material.

Negativamente: somos agredidos verbalmente por alguém, que nos humilhou ou nos faz passar por uma situação constrangedora. Naturalmente passamos a vibrar negativamente naquela pessoa. Muitas vezes a mágoa é tão forte que persiste por horas, dias e cada vez que lembramos daquela situação emitimos uma energia negativa contra o agressor. Este, estando com seu padrão baixo, continuando em seus desatinos, torna-se um receptor destas energias, formando uma corrente que alimenta este círculo vicioso e o faz continuar provocando situações desagradáveis para outras pessoas. Prejudicando além dele próprio, outros com quem tem relacionamento.

Como se forma uma Corrente Negativa?

O mecanismo de formação de uma corrente é como descrito acima: Precisa de um receptor e de um emissor (ou mais). De modo que todos os sentimentos negativos, se emitidos de forma constante, direcionados a uma pessoa cujo padrão vibratório permita ser atingida, irá formar uma corrente negativa.

A inveja, o ciúme, a maldade, o egoísmo, a agressão, a fofoca, a mágoa e até mesmo uma paixão obsessiva, podem formar, com relativa facilidade, uma corrente negativa.

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É muito difícil manter o padrão vibratório elevado nas 24 horas do dia, por isso sempre em algum momento em que nos irritamos, que saímos do equilíbrio, temos que tomar cuidado para ter a consciência da necessidade de retornar ao nosso padrão normal o mais rapidamente possível, evitando a formação de um círculo vicioso.

Quando nos desequilibramos, por uma situação qualquer, não podemos nos manter naquele estágio inicial de revolta. Temos a obrigação de buscar imediatamente nosso reequilíbrio, para evitar que se forme uma corrente que nos envolve e nos derruba cada vez mais.

Alguns Exemplos

A Fofoca é um dos piores formadores de Correntes Negativas! Se propaga rapidamente, levando diversas pessoas a vibrar negativamente contra um receptor, formado vários cabos de energia, verdadeiras correntes que envolvem a pessoa, difi cultando toda a sua vida.

O Ciúme: O ciúme é um sentimento que facilmente pode formar uma corrente negativa. A vibração constante de dúvidas, insegurança e medo, mantendo os pensamentos em baixo padrão direcionados a uma pessoa, forma como um “fi o energético”, um verdadeiro canal de transmissão direta que chega ao receptor, atingindo-o em todos os instantes de oscilação de seu padrão vibratório. Fazendo com que cada situação negativa que a pessoa passar, acabe lembrando instantaneamente do seu emissor, mesmo que ele nada tenha haver com a situação vivida.

Não quero fi car falando de outros sentimentos negativos, mas todos atuam da mesma forma, em maior ou menor intensidade.

Quais as conseqüências de estar envolto por uma Corrente?

Estando envolto por uma corrente negativa, a pessoa naturalmente ingressa em um circulo vicioso, pois seu padrão fi ca mais facilmente sujeito às vibrações daquela natureza.

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Não tem facilidade, ou simplesmente não consegue atrair coisas boas para si. Os negócios não dão certo, as pessoas se afastam, fi ca irritadiço ou depressivo com igual facilidade e acaba sendo clinicamente taxado de “bi-polar”.

A pessoa sente-se literalmente “amarrada” em tudo que vai fazer, e por mais que se esforce para manter seu padrão em coisas boas, pensando que tudo vai dar certo, logo chegam os pensamentos negativos a insufl ando pensar que “pode dar tudo errado”.

As conseqüências para os emissores da corrente não mais amenas... Afi nal está gerando um desequilíbrio e a Lei Universal nos ensina que aquele que desequilibra terá que pagar. Tudo o que emitimos tem um valor. Se for para o bem, é contabilizado em nosso favor, se for para o mal... Salve Deus!

Como opera a Indução?

A Indução é um maravilhoso trabalho de grandiosa precisão e poder. Dispõe de uma nave exclusivamente para sua realização. Ao passar pela Indução, as correntes negativas são absorvidas e rompidas pelo poder do trabalho. Creio que a explicação completa deste trabalho ainda será objeto de um outro texto, para não nos alongarmos demais hoje.

Rompendo as correntes, a pessoa sai de lá pronta para um novo começo, e vigiando seu padrão vibratório, poderá evitar novas formações e seguir sua vida sem as “amarras” que antes atravancavam sua jornada. De modo que naturalmente os negócios parados começam a se mover, as pessoas voltam a se aproximar, e os problemas de irritabilidade e depressão desaparecem sem medicamentos fortes. A vida material caminha livre para seguir seus destinos cármicos.

Porém cabe ressaltar que: A Indução não é um trabalho mágico para sua “vida material”! É muito triste verifi car que muitos médiuns chegam no Templo pensando em fazer uma Indução em benefício próprio, afi nal este trabalho rompe as correntes tanto dos pacientes, quando dos médiuns que dele participam na formação.

Ao entrar no Templo nossa preocupação deverá ser somente servir! Havendo a necessidade de passarmos por uma Indução, com certeza nossos Mentores nos proporcionarão a oportunidade.

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Como evitar a formação de novas Correntes?

Voltamos novamente à frase de Tia Neiva: “Meu fi lho, o teu padrão vibratório é a tua sentença”.

Temos a obrigação de, aos nos depararmos com situações que “nos tiram do sério”, buscar imediatamente o reequilíbrio. Ter a consciência neste momento do quanto de mal que podemos receber, e mais do que isso ainda... Do quanto de mal podemos causar! Afi nal, sabemos que temos um plexo iniciático, e nossa revolta, nossa vibração em desfavor de alguém, tem um peso desproporcional em qualquer situação. Nossa resposta vibratória será sempre maior que a do agressor. Por isso, mesmo “tendo razão”, temos que saber que não podemos revidar, não seria justo!

Em outro texto ainda chegaremos a “Quando uma corrente negativa é formada entre Jaguares... Um contra o outro...” Salve Deus!

Atraindo boas pessoas

Semelhante atrai semelhante! Este é um dito popular repleto de uma inata sabedoria.

Já pararam para perceber que quando estamos mal e começamos a reclamar da vida, sempre aparecem outras pessoas reclamando também? Desfi ando suas mágoas, frustrações e tristezas... Colocando você ainda mais “para baixo”?

Ao mesmo passo, quando estamos bem e falamos de nossas alegrias e compartilhamos nossas esperanças e projetos, outras pessoas também se aproximam falando de seus sonhos e do quanto desejam também obter coisas boas na vida?

Bem... Parece que voltamos outra vez à tão repetida frase de nossa Mãe Clarividente: Seu padrão vibratório é a sua sentença!

Salve Deus! Meus irmãos e irmãs, tudo em nossas vidas pode ser simplifi cado por esta pequena frase! Descobrir que todos nossos ensinamentos podem ser traduzidos de forma prática pela realidade de nossa sintonia é algo fantástico e palpável.

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Observemos nossos Rituais... Toda a ritualística existente dentro de nossos Trabalhos Espirituais tem como principal objetivo inicial, nos levar a mediunização e ao conseqüente aumento de nossa tônica vibracional, para que “estejamos bem” na hora da realização dos trabalhos.

Aprendemos, deste as primeiras aulas, que devemos deixar de fora do Templo a nossa vida particular... E sabem por quê? Para que nosso foco de atenção seja “os outros”! A verdadeira caridade se dá pelo desprendimento e o esquecimento da personalidade.

No dia a dia, em nossas vidas materiais e sentimentais, também temos que aprender a “ter foco” no que possa ser bom e produtivo, atraindo coisas e pessoas boas, como natural conseqüência de nosso padrão vibracional.

Estando dispostos a ajudar, tendo boa vontade, disposição e abandonando a preguiça, também colocando um sorriso no rosto para saudar amavelmente quem nos encontra, sem dúvidas iremos encontrar o melhor de cada pessoa. Também atrairemos, para perto de nós, pessoas que se sentem bem com nossa presença e, por vezes, dispostas a ajudar.

O “grande amor de sua vida” poderá afastar-se ou aproximar-se de acordo com sua vibração... Muitas Ninfas reclamam que só “aparecem tranqueiras” em suas vidas... Mas como estarão os pensamentos e as vibrações que permitiram estas aproximações?

Muitos Jaguares sentem-se sós e precisando de ajuda, mas acabam atraindo ao seu redor somente mais pessoas com necessidades e reclamações... Será que estão vibrando na solução dos problemas, ou simplesmente remoendo as difi culdades e agravando-as pela sintonia mental em que vivem?

Semelhante atrai semelhante... Voltamos ao princípio! Se você procura um amor, esteja aberto(a) a receber! Sorria, semeie amizades e bons sentimentos e atrairá pessoas com o mesmo desejo. Não fi que choramingando para Tiãozinho dar um jeito em sua vida sentimental! Procure ser mais alegre e atrairá pessoas alegres. Mergulhe nas decepções e encontrará outros decepcionados ou aproveitadores!

Se precisar de ajuda, não fi que reclamando que tudo vai mal! Fale para você e para os outros que tem confi ança que hoje será um grande dia. Que sente (e verdadeiramente

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sinta) que neste dia tudo vai dar certo! Em algum lugar existe uma pessoa vibrando para encontrar alguém como você: alto astral, com fé e segurança de que tudo é possível. Ninguém vai ajudar ou mesmo dar um emprego para quem vive colocando todo mundo para baixo com seus dramas e problemas. É uma dura realidade, mas é realidade! Você prefere ter ao seu lado alguém “por pena” ou “pela energia positiva” que emana?

É difícil? Será? Será tão complicado levantar um pouco mais cedo para dar tempo de rezar antes de sair de casa? Não é rezar pedindo para Deus resolver seus problemas... Não é fi car pedindo para o Teacher ajudar você a resolver suas dívidas, ou para Tiãozinho arrumar um grande amor! Nada disso!

Você reza para elevar seu padrão vibratório! Para atrair energia positiva e sair de casa com o sorriso de quem sabe que neste dia tudo será possível, que minimamente será melhor que ontem!

Medite em cada termo da sua emissão! Lembre de cada conquista que signifi ca cada frase proferida! Faça a Prece de Sabá e a invocação da Bendita Luz do Reino Central, com elas é impossível “fi car mal” depois.

Olhe para as pessoas com ternura e pense quantos ainda não sabem o quê você sabe a respeito da verdadeira vida! Somos abençoados e só nos falta equilíbrio e vibração para que possamos ser plenamente felizes nesta jornada física.

Agradeça, sorria e comece um novo dia de verdade!

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Sistema Crístico

Uma coisa vocês precisam entender bem: nós não vivemos uma fi losofi a cristã. Nós vivemos um Sistema Crístico!

O Sistema é uma coisa pronta, acabada, que existe e não tem possibilidade de mudar.

Já a fi losofi a é a maneira como os Homens interpretam a Lei. Assim se formam as religiões, baseadas justamente na distorção dessas interpretações, porque não há uma unidade de pensamento. Reúnem-se as idéias e se fabrica uma nova forma. Nada se cria - apenas muda-se a forma das coisas. Daí a razão de milhares de livros escritos. A toda hora, uma novidade. E agora, então, com a predominância do Vale das Sombras, com essa predominância dos espíritos a quem está entregue a destruição!

Dizemos em nossas aulas para que nossos médiuns não falem em Espiritismo, não discutam religiões, porque não é mais época. Tudo o que o Sistema Crístico podia fazer para os Homens está feito, já deu a qualquer um a possibilidade de se encontrar consigo mesmo, com sua individualidade.

Quando os Homens preferem inventar novos métodos, vão se afastando da realidade, que é o Sistema.

Quando se fala que o Jaguar tem o pé na Terra é porque o Jaguar tem o pé no Sistema, explicado em termos do nosso Sol Interior. Quando falamos em Sol Interior, estamos falando numa fi losofi a cristã, e nenhum comentarista ou fi lósofo cristão comentará esta palavra, porque ela só vai ser encontrada no Evangelho se buscarem o Evangelho Iniciático, isto é, o Evangelho cujo segredo só podemos entender se tivermos iluminação por dentro.

As palavras são iguais para todos, mas alguns enxergam de uma maneira diferente e chegam ao Sistema, se tiverem os pés na Terra.

Entretanto, no Evangelho, tudo se resume na prática destas três palavras, que nós sempre repetimos: Amor, Tolerância e Humildade.

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Agora, chegou o momento de saber até que ponto cada um de nós adquiriu a capacidade de perdoar, de tolerar, de ser humilde, de não julgar e de amar, e assim avaliar o ponto a que chegou em termos de amor incondicional!

Tia Neiva, sem data

Salve Deus!

Diante desta perfeita explanação de nossa Mãe Clarividente, não caberia praticamente nenhum comentário, pois interiorizando a mensagem contida nesta passagem transcrita, chegaremos a conclusão de que o Sistema Crístico é o verdadeiro sistema evolutivo da Nova Era! Vem para substituir de vez o pretenso equilíbrio do “dente por dente, olho por olho” pela possibilidade de aliviarmos nossos karmas pela prática da caridade, reequilibrando nossas energias nos reajustes sem a necessidade do reparo físico desproporcional e formador de círculos viciosos.

No Sistema Crístico, a justiça implacável deu lugar à misericórdia e ao perdão, permitindo-nos aliviar nosso carma através da prática da caridade, na Lei do Auxílio. Só foi possível termos essa condição pelo Sistema Crístico. As correntes mediúnicas existentes pela força das diversas seitas, doutrinas e religiões são classifi cadas como positivas, se estiverem dentro do Sistema Crístico - da Lei do Amor e do Perdão; se não, são chamadas negativas. Na estruturação do Sistema Crístico foram criadas, por Jesus, as Casas Transitórias, entre as quais está o Canal Vermelho, que propiciam grandes oportunidades para a evolução de um espírito.

Imaginem um mar encapelado, ondas muito fortes. Um mergulhador, mergulhando fundo, e, lá embaixo, toda uma tranqüilidade. Os peixes nem se dão conta da tempestade que está lá em cima!

Assim é, também, esta Corrente. Ela trabalha no meio do tumulto e da confusão, mas, logo acima de nossas cabeças, há toda uma tranqüilidade.

Pai Seta Branca navega neste espaço sideral, comandando esta Amacê com a rota sempre fi rme, cumprindo fi elmente o seu roteiro, sem se importar com o que possa estar acontecendo com os seus tripulantes.

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Nascem, morrem, sofrem os tripulantes, mas a nave continua seu roteiro... E nós a bordo dela! Isto é a grande segurança.

Esta Doutrina do Amanhecer, que é o Evangelho redivivo, está cada vez mais se destacando. Nossa força reside em termos uma concentração, porque uma luz concentrada na escuridão ilumina muito mais do que muitas luzes na confusão. A concentração de luzes é a nossa grande força.

Além da tranqüilidade e segurança habituais com que trabalhamos, faça com que tenhamos a conscientização necessária à compreensão das coisas. Nós sempre falamos em Evangelho e, agora, a preocupação da Espiritualidade é a Evangelização. Para o Vale do Amanhecer, a Evangelização signifi ca tornar os mestres conscientes dos fatos e das coisas que eles vêm fazendo.

Quando se fala em Evangelho vem logo a idéia da Bíblia, o que nos dá sensação de culpa, pensando que no Vale não se lê a Bíblia e, portanto, não se conhece o Evangelho. Mas, em certa oportunidade, pensando assim, comecei a ler o Evangelho – o do Pastorini, que me pareceu ser o de mais fácil assimilação.

Depois de determinado tempo, senti que começava a me distanciar das coisas do Vale. Aí, fi z uma consulta à Clarividente, que me aconselhou a não ler mais. É que eu estava entrando no caminho das mesmas velhas estradas, de todo mundo que pega a partir do livro escrito como sendo a base de tudo, para que se construíssem todas as religiões do planeta e que, até hoje, não se entendem e vivem discutindo.

Existe muita gente que está fi cando obsediada pela preocupação do formalismo do Evangelho. Este fato, que para nós parece ridículo, tem impressionado milhões de pessoas! No Vale do Amanhecer não existem estes fatos porque, partindo da clarividência, Tia Neiva seguiu para a vivência do Evangelho em todo o seu conteúdo. Vivência do Sistema Crístico, porque Jesus nada escrevia. Os Evangelhos foram escritos depois, pelos seus seguidores. A preocupação destes seguidores levou a que se colocasse tudo em torno deste livro.

O verdadeiro Evangelho – a Boa Nova – é todo o sistema que Jesus implantou, mesmo antes de sua encarnação. Já havia sido preparado o terreno, a reorganização de todo o relacionamento do Homem com o mundo espiritual.

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O Vale vive o Evangelho real como um todo, e nós, que vamos lidar com pessoas preparadas em termos de hábitos, palavras, construções, teremos, então, de conciliar em nossos espíritos, para ver onde se enquadra, no Evangelho, aquela parte que está sendo tratada.

Precisamos ter, portanto, uma referência do livro sem, entretanto, ser necessário ter um livro para consultar a todo instante. O que você precisa saber é a essência do Evangelho, que, em nosso meio, se resume nas palavras: amor, tolerância e humildade. Trino Tumuchy – Mário Sassi

Jesus e os Essênios

Quem, entre cristãos e não cristãos, já não se perguntou como foi a vida, a educação e a formação fi losófi ca de Jesus dos 12 aos 30 anos? A Bíblia não informa nada sobre a vida dele durante esse período.

Pelas narrativas bíblicas, tomamos conhecimento apenas de seu nascimento e poucos fatos de sua infância, como a surpresa que causou aos sacerdotes do templo de Jerusalém, ao revelar grande sabedoria, aos 12 anos de idade.

Após esta passagem tudo se obscurecesse e Jesus somente reaparece aos 30 anos.

Quando Jesus apresentou-se no Templo, causando euforia e desconfi ança junto aos membros do Sinédrio, chamou a atenção de um homem muito especial: José de Arimatéia!

Homem honrado, e espírito preparado para receber o Grande Mestre, sentiu intimamente o clamor da missão que lhe fora confi ada nos Planos Espirituais.

Como membro distinguido da classe sacerdotal e próximo da família de José (esposo de Maria), ofereceu à família a possibilidade de tomar conta da educação de Jesus.

Não necessitamos entrar nos detalhes desta negociação, mas a conclusão foi que José de Arimatéia conduziu Jesus ao Tibet, onde realizou suas Iniciações e recebeu o preparo dos Mestres que já encarnados o esperavam para este momento.

Arimatéia era um essênio. Os Essênios eram um povo humilde, de grande conhecimento, originário do Egito, e

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formavam um grupo de Judeus que abandonaram as cidades e rumaram para o deserto, passando a viver às margens do Mar Morto. Foram uma das três principais seitas religiosas da Palestina (Saduceus, Fariseus e Essênios). Um dos seus redutos era Nazaré e por isso eram conhecidos também por “os Nazarenos”, tal como Jesus, e seus membros vestiam-se de branco, fazendo uma vida simples, de isolamento, de entrega a Deus.

Este conhecimento, já transmitido pela Clarividente, tem sua confi rmação pelos textos “apócrifos” (ocultos) que narram muitas passagens da vida de Jesus. Um grande parte deste escritos foi redescoberta no Egito, em 1945. Em 1947, foram achados outros seis manuscritos em uma caverna perto do Mar Morto, em Qumram, na Jordânia. Segundo cientistas que os examinaram , eles foram escritos pelos essênios, povo místico que viveu entre 2 a.C e 2 d.C, na Palestina.

Em 1950, o arqueólogo inglês Lankester Harding, diretor do Departamento Jordaniano de Antiguidades, publicou um texto sobre o teor desses manuscritos.

Segundo Harding, a revelação mais surpreendente é a da semelhança entre os preceitos dos essênios e os ensinamentos que Jesus viria difundir mais tarde.

Outras ordens iniciáticas também afi rmam que Jesus foi educado em um colégio localizado no Monte Carmelo, na Palestina. Depois disso, ele começou a estudar profundamente as antigas religiões e diversas seitas que infl uenciaram o desenvolvimento da civilização moderna.

Para isso, foi para a índia e o Tibete, onde conviveu durante alguns anos com sábios budistas.

Ao deixar a Índia, Jesus teria viajado para a Pérsia (atual Irã) onde esteve em colégio de magos.

Contam ainda que Jesus foi à Grécia e ao Egito, onde teria sido iniciado nos mistérios em uma cerimônia realizada nas câmaras secretas da pirâmide de Quéops.

Depois, já com 30 anos, ele voltou à Palestina, onde foi batizado por João. Foi no momento dessa cerimônia, típica da tradição essênica que, dizem, o Espírito Santo desceu sobre ele em forma de luz intensa e, em seguida, de uma luminosa pomba branca.

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Todos os escritos que faziam referencias à vida de Jesus foram reunidos no Concílio de Nicéia, no ano de 325 d.C. e ali foram “escolhidos” os que deveriam ser parte da Bíblia e os que deveriam ser atirados ao fogo... Assim nasceu o texto atual do evangelho bíblico.

Na Biblioteca do Vaticano existem mais de 40 quilômetros de estantes com pergaminhos e papiros milenares e manuscritos originais de muitos santos e apóstolos condenados a permanecer escondidos para sempre. Lá encontra-se o original do “Evangelho Essênio da Paz”, atribuído ao apóstolo João, que narraria passagens desconhecidas na Bíblia sobre a vida de Jesus Cristo.

Este conhecimento pode ser interessante, mas não podemos considerá-lo importante!

O Jaguar não faz quaisquer comentários sobre esta Doutrina – ele a vive intensamente.

Devemos “viver Jesus”, o Grande Mestre que nos trouxe abertura para todos os planos espirituais. Ele chegou e percorreu todos os caminhos da Terra, permitiu as soluções cármicas para todos os seres humanos e se fez tão pequeno nos nossos corações.

Este é o Jesus vivo de Reili e Dubale, como diz nossa Mãe Clarividente. Mas este Jesus, que se fez tão pequeno, aproveitou, também, todos os ódios, todas as guerras, todas as manifestações de energia humano-animal e tornou tudo aquilo improdutivo, para que os espíritos pudessem se libertar das coisas da Terra.

Em nossa vida de Jaguar estão contidas todas as experiências humanas de violência, grosseria, descrença, comando, encarnações de reis, de escravos, etc. Jesus aproveitou as coisas claras e as ocultas, as coisas terríveis e as boas, as pestes, os terremotos, as violências, as guerras, etc. Tudo isso Jesus envolveu naquele grande sistema que permitiu a grande dor e a recuperação cármica dos seres humanos.

Perdão! Amor, Humildade e Tolerância! Este é o nosso Evangelho! Esta palavras são a nossa “Bíblia”!

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Canal Vermelho

A vinda do Divino Mestre para o plano físico da esfera terrestre foi um grande evento a nível sideral também!

A encarnação de um Ser tão especial, do Espírito responsável por este planeta, requereu uma gigantesca operação que envolveu todos os Trabalhadores da Luz em uma movimentação inigualável de Amacês que “rompeu” a crosta etérica que praticamente “fechava” o caminho de retorno dos espíritos desencarnados, os mantendo presos no etérico.

A explicação da expressão proferida por Jesus: “Eu sou o caminho...” nunca quis dizer que quem não fosse “cristão” não evoluiria! Isso seria uma contradição à todos os preceitos que o Mestre nos deixou. Signifi caria ainda que a maior parte da humanidade, que possui outras crenças, não teria acesso ao caminho de Deus.

Jesus ao se denominar “O Caminho”, expressava que Ele reabriu o caminho fechado pelos seres que passaram a dominar o etérico da Terra! Sua vinda signifi cou esta abertura, não apenas pela mensagem, que veio depois, mas pelo próprio acontecimento de sua chegada ao plano físico. A movimentação sideral reabriu o caminho por onde TODOS podem agora voltar a trilhar o ciclo evolutivo sem estarem presos ao círculo vicioso do Karma sem perdão, do dente por dente, olho por olho.

Com esta ruptura da crosta etérica, se criam sete novos planos dimensionais de acolhimento dos espíritos.

Nos primeiros planos, mais próximos da Terra, mas já fora das energias pesadas do etérico, foram estabelecidas as Casas Transitórias. Entre elas: O Canal Vermelho!

O Canal Vermelho é uma verdadeira nação espiritual, um país. Seu nome faz referencia a iluminação local onde a tônica desobsessiva impera e os espíritos passam a ter a oportunidade de completar um ciclo evolutivo, mesmo já estando desencarnados, e se prepararem para uma nova programação para próximas reencarnações.

Com o advento do fi lme “Nosso Lar”, podemos ter uma idéia do que é uma Casa Transitória, mas o Canal Vermelho

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apresenta-se em um formato mais vibrante e parecido com a Terra. As emoções, reencontros, tudo acontece de forma intensa e a vivência espiritual é similar a terrestre.

Tia Neiva contava que lá todas as religiões se encontravam, e também existia um grande Templo do Amanhecer, onde nós Jaguares, teríamos a oportunidade de complementar os trabalhos que iniciamos em nosso templo aqui na Terra.

Também relatou que um espírito pode permanecer por ali até sete anos de nosso tempo físico, vivenciando cada passagem interna de acordo com seu padrão vibratório ou suas conquistas e merecimento.

O Canal Vermelho é o caminho da evolução. Oferece oportunidade de um espírito ajudar seus entes queridos que deixou na Terra. Há muitos casos de desencarnados que trazem restos de seus carmas a serem eliminados, e isso é feito através do resgate pelo seu trabalho na Lei do Auxílio.

No Canal Vermelho o espírito faz sua recuperação e quando sente a necessidade de reencarnar, consulta seu Mentor, que avalia suas condições e, se favoráveis, dá início ao plano reencarnatório, propiciando o roteiro para sua reencarnação.

O Canal Vermelho é um verdadeiro mundo, com sete planos evolutivos, que surpreendem um espírito que consegue manter sua consciência. Seu conjunto varia de acordo com cada plano, havendo, por exemplo, nos planos intermediários, cidades de aspecto artifi cial, com belos e enormes jardins, praças, pontes, grandes edifícios e uma vida complexa, iluminadas por uma luz que varia em vários tons de lilás.

Existem muitos lugares com atividade bem defi nida, como UMATÃ, local para a adaptação e recuperação dos espíritos que, na Terra, freqüentavam diversas religiões e doutrinas, tais como seguidores da Umbanda, Candomblé, Protestantismo, Catolicismo, etc.. Também encontramos a TORRE DE MARCELA, no limiar do Canal Vermelho, um conjunto arquitetônico que se parece com as habitações da Terra, separadas uma das outras por campos de força e onde um habitante de campo vibratório diferente não penetra a não ser que o morador o permita.

Nossa grande atividade, na Doutrina do Amanhecer, está ligada aos planos do Canal Vermelho. O Jaguar quando dorme, estando em condições de trabalhar, isto é, com vibrações elevadas e com seu Sol Interior equilibrado, se

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desdobra e vai até o Canal Vermelho, levando seu magnético animal para tratar aqueles espíritos, liberando energia vital iniciática que propiciará a libertação de inúmeros sofredores.

Na carta “Meus Primeiros Passos no Canal Vermelho”, Tia Neiva conta, na primeira parte - A Adúltera - sua visita a esta Casa Transitória, levada por Amanto, que lhe explicou estar na camada etérea da Terra, no invisível do planeta, aquele mundo dos espíritos desencarnados que ainda não tinham condições de chegar às estrelas ou ao planeta-mãe. Amanto mostrou-lhe as longas fi las de espíritos que aguardavam seus embarques para as casas de recuperação, espíritos que já não precisavam fi car ali por terem chegado à consciência de serem desencarnados, de terem completado seus programas na Terra, seus reajustes.

Amanto prosseguiu: estavam ali apenas para completarem seus tempos e receberem alguma disciplina; no Canal Vermelho as paixões ainda vibram, mas tendem a se extinguir; é uma Casa Transitória com condições técnicas especiais, pois tem comunicação direta com o plano físico, o que permite a transferência do ectoplasma humano diretamente por seus portadores; com esse fl uído os reajustes podem se completar em condições muito semelhantes às da Terra física; os médiuns ativos, quando vão dormir, se transportam ao Canal Vermelho, levando preciosa energia mediúnica, continuando ali, à noite, as tarefas que haviam iniciado durante o dia, na Lei do Auxílio.

Amanto explicou: “O tempo do presente ciclo da Terra está quase terminado e, com isso, todas as atividades estão se acelerando. Milhões de espíritos ainda têm que completar seus reajustes e a tarefa dos Mentores Espirituais é imensa. Não existem na Terra trabalhos de passagem o sufi ciente para dar conta de tantos espíritos; a doutrinação é incompleta, o ectoplasma não dá e o tempo dos trabalhos é curto demais. Por isso, os engenheiros siderais construíram canais como esse. Particularmente, esse canal se comunica diretamente com o Vale do Amanhecer. Quando o doutrinador faz uma entrega e o espírito ainda não está pronto para Mayante, este vem diretamente para um dos departamentos do Canal. Na primeira oportunidade, que pode ser na mesma noite ou algum tempo depois, o doutrinador vem completar sua doutrina. Ele, como encarnado, tem a capacidade de trazer consigo seu ectoplasma. Devido à semelhança do ambiente,

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o espírito ainda se sente na Terra e fi ca mais susceptível de receber a doutrina. É por isso que dizemos que o Templo do Amanhecer trabalha vinte e quatro horas por dia!”.

E a explicação continuou, dizendo Amanto que o Canal Vermelho é, em certo sentido, uma extensão da Terra, embora tudo ali seja matéria etérica, de outra natureza, outra dimensão; mas, da mesma forma que na Terra física, as energias que suprem aquela Casa Transitória são oriundas do Sol e da Lua.

Amanto levou Tia Neiva, que estava extasiada com a simetria das árvores, a relva verde e aparada, com algumas fl ores amarelas, semelhantes a margaridas, até um prédio imenso, com um letreiro luminoso informando ser ali o “Credo Universal”, e logo depois “Umbanda”. Tia Neiva viu que se formava uma fi la para entrar, embora aqueles espíritos aparentassem indecisão. Amanto falou que aqueles eram médiuns umbandistas, recém-chegados da Terra, que haviam cometido faltas contra as leis da Umbanda, por terem comercializado sua mediunidade. Agora, iriam sofrer um pouco, iriam se conscientizar, até que chegassem seus cobradores para o reajuste. Esses cobradores seriam as pessoas que lhes deram dinheiro e os Exus com quem trabalharam. “Como você sabe, Neiva, os Exus são um pouco produto da ganância dos seres humanos. As invocações e chamadas só fazem aumentar suas forças. O médium que os invoca lhes dá oportunidade de se afi rmarem nas suas metas, e isso nada tem a ver com a Umbanda!” - disse Amanto. Parte fi nal do Mestre Bruno

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INSTRUÇÕES AOS CAVALEIROS ESPECIAIS

Meu fi lho Jaguar,

Salve Deus!

Dizem os Grandes Iniciados que os nossos esforços na individualidade, conseguem alcançar a liberdade de dois planos espirituais, podendo alcançar com perfeição a dupla energia.

Sim, fi lho, vivemos a ENERGIA DO CANAL VERMELHO. De lá, partimos para as nossas origens. Porém, vivendo aqui, neste mundo físico, temos que estar alertas do que temos em nossa cabeças.

Sim, fi lho, uma cápsula enorme envolve todo este universo e, na conduta elevada deste 5° ciclo, podemos esperar, não muito longe, à sua evolução também como um ciclone. Sim, fi lho, dois mundos, MATÉRIA e ANTIMATÉRIA, que se compõem de energia. É uma vida condicionada, porém, nesta vida, não há preocupações com o nascimento, doenças, nem mortes.

Espero, fi lhos, que não chegue o 7° ciclo, o período determinado por Jesus, e os mundos - matéria e antimatéria, se choquem e desintegrem este poder que pensamos ser o homem que é apenas cientista, isto é sem fé em Deus. Filhos, esta partícula nunca vem a ser vital. Por conseguinte, o homem cientista nunca poderá ver suas partículas, sim; que são a antimatéria, que é condensada. Porém, a matéria se divide constantemente, a fl utuar e, fl utuar é o perigo! Os cientistas nucleares vão destruir o mundo material com suas armas nucleares.

E o mundo antimatéria, no entanto nenhuma arma material poderá cortá-lo ou queimá-lo. E as duas energias formam e se manifestam como o supremo mundo: espírito e matéria, a verdade absoluta.

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Sim, fi lhos, eis porque lhes disse que Deus não pára a guerra, mas, a Cabala pára. Espero, fi lhos, antes deste ciclone, já os veja como verdadeiros cientistas deste grande fenômeno.

Não tenho dúvidas de que o nosso Brasil estará isento do ciclone. Porém, não estará livre completamente dos muitos fenmenos que a terra vai produzir: descobertas de petróleo, diamantes, que tão logo se manifesta do solo, haverá o fenômeno das supostas moléculas qualifi cadas inferiores. Assim como os á tomos-matéria, forma o mundo matéria, também os seus átomos criam seu mundo antimatéria, com a mesma perfeição. Nesses mundos, ainda não tenho certeza de como são esses seres, porém, tenho certeza de que vivem pela bênção de Deus.

Se pertencem ao Cristo, ainda não sei. Acredito, sem certeza, apesar de ve-los na linha da terceira dimensão - não tenho diálogo.

Salve Deus! com carinho, a Mãe em Cristo,

Tia Neiva em 14 de outubro de 1980

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O Neutrôm e o Esquecimento

Temos duas grandes Bênçãos Divinas para facilitar nossa reencarnação:

A primeira é o esquecimento! Não nos lembramos das vidas passadas e nisso está a sabedoria de Deus.

Se lembrássemos do mal que fi zemos ou dos sofrimentos que passamos, dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, não teríamos condições de viver entre eles atualmente.

Pois, muitas vezes, os inimigos do passado hoje são os nossos fi lhos, nossos irmãos, nossos pais, nossos amigos, que presentemente se encontram junto de nós para a reconciliação. Por isso, existe a reencarnação.

Certamente, hoje estamos corrigindo erros praticados contra alguém, sofrendo as conseqüências de crimes perpetrados, ou mesmo sendo amparados, auxiliados por aqueles que, no pretérito, nos prejudicaram. Daí a importância da família, onde se costumam reatar os laços cortados em existências anteriores.

A reencarnação, desta forma, é a oportunidade de reparação, como também, oportunidade de devotarmos nossos esforços pelo bem dos outros, apressando nossa evolução espiritual.

Quando reencarnamos, trazemos um “plano de vida”, compromissos assumidos perante a espiritualidade e perante nós mesmos, e que dizem respeito à reparação do mal e à prática de todo o bem possível.

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Sem Vidência!

Relato do atendimento de Pai Joaquim das Cachoeiras:

- Salve Deus! Pai Joaquim eu Ninfa Lua há dois anos e acabo de Consagrar minha Centúria, porém estou em dúvida com minha mediunidade. Sabe, quando venho para os Tronos eu sinto a energia da minha Vozinha, as mensagens me chegam com facilidade, como se as palavras brotassem na minha boca. Sai tudo sem eu ter que pensar. Acho até que está correto, mas meu pai... Eu não vejo nada! A maioria das outras Ninfas dizem que vêem suas Entidades, que se sentem em outros lugares quando estão incorporadas, que sua Preta Velha assim, usa tal roupagem, tem um lenço, um colar e outros detalhes, e eu não! A verdade é que apenas acho que recebo as mensagens. Nunca vi nenhuma Amacê, nunca vi nenhuma Entidade e a única referência que tenho são as imagens dos quadros que mentalizo. Confesso que sinto uma certa inveja de minhas irmãs, sinto-me envergonhada quando começam a falar que tal Entidade lhes disse tal coisa e que estava em tal lugar, que a noite se transportou não sei para onde... Até me afasto para não me sentir tentada a mentir alguma coisa. Nunca vi nada e não tenho nem idéia de como é um transporte. Acho que vou mudar de mediunidade!

Pai Joaquim respondeu:

- Salve Deus! Filha querida do meu coração. É muito melhor assumir sua realidade do que deixar envolver-se pelos desejos e fantasias. Sua mediunidade é normal, igualzinha das suas irmãs! Saiba que um médium só vai ver alguma coisa, ter conhecimento de alguma passagem de sua vida passada ou ainda lembrar de um transporte, se houver uma necessidade real para isso. Nós que nos encontramos na condição de Mentores não podemos alimentar nenhuma vaidade e nem mesmo nos é permitido perder o precioso tempo de trabalho com nada que não seja efetivamente produtivo e tenha uma real aplicação para a vida do médium, ou do paciente.

- Mas meu Pai... Eu queria tanto poder ver também! – retrucou a Ninfa.

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- Minha fi lha, eu estou aqui! Em espírito e verdade e em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. E sua Vovó está aqui também! Você não precisa de ilusões. É sincera com seus sentimentos e não necessita se envaidecer ou criar fantasias. Viva a mediunidade que lhe é confi ada com simplicidade e precisão. Cumprindo sua jornada nesta seara de Amor que é a Doutrina do Amanhecer.

- E os transportes, meu pai? Por que eu pareço que estou acorrentada no corpo, nunca tive nenhum transporte ou fi z viagens espirituais encontrando com vocês, ou auxiliando nossos irmãozinhos durante meu sono. Será que sou tão incapaz assim?

- Salve Deus! Em Cristo Jesus, minha fi lha, todas as noites você parte para completar no espiritual, a missão iniciada no físico. Mas você não precisa lembrar disso não! Você vai ao lado de sua Guia Missionária e encontra muitos destes nossos irmãozinhos em situações terríveis, cuja lembrança não lhe faria nada bem. Você é uma trabalhadora de Pai Seta Branca e não uma “conversadora” de espíritos. Quando você sai do corpo físico, vai para trabalhar e não para fi car de “prosa por aí”.

- Mas por que tantos têm esta vidência, e eu não? Não seria melhor eu refazer meu teste mediúnico?

- Minha fi lha querida... Você só não precisa é fi car se iludindo. Cumpre sua missão e é o quê basta para seu espírito. Havendo uma real necessidade e um motivo que não seja apenas para semear a destrutiva vaidade, aí você vai lembrar. Não inveje e não julgue ninguém. Siga sua caminhada silenciosa e agradeça ao Pai a “cegueira” face a aquilo que ainda não está pronta para ver. Mas se ainda quiser refazer seu teste... Vai fi lha... Faça...

Com lágrimas nos olhos a Ninfa concluiu:

- Não meu pai! Eu sou Ninfa Lua! Sou fi lha de Pai Seta Branca e é isso que escuto agora!

Voltando ao tópico inicial: a segunda coisa é o Neutrôm.

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A Ciência do Cosmos

“Assim na Terra como no Céu...” nos diz o Pai Nosso.

O microcosmos tem a mesma organização do macrocosmos. O sistema atômico tanto se aplica à menor unidade da matéria que se possa conceber, como se aplica à maior unidade, ou seja, o maior concebível, o cosmos, o universo.

Na visão astronômica, por exemplo, podemos conceber uma região ânion, outra neutrom e outra cation. Assim é o relacionamento interplanetário, no qual sempre existe uma zona neutrônica, uma aniônica e outra catiônica, sendo esta última o mundo físico de cada planeta. Isto nos leva a outra premissa, uma analogia muito plausível: a existência de um espírito, de uma alma e de um corpo da Terra.

Temos, assim, um mundo espiritual (ânion), um mundo anímico (neutrom) e um mundo físico (cation), todos englobados num mundo único, ou seja, a Terra. Se aplicarmos o mesmo princípio aos outros corpos do universo, podemos conceber um relacionamento no plano do espírito, outro no plano da alma e outro no plano físico, cada um regulado pelas suas próprias limitações ou áreas de infl uência, controladas pelo neutrom.

Isso explica a autonomia de cada unidade e, também, o porque não existe relacionamento físico entre os corpos astronômicos físicos, uma vez que não é possível ultrapassar a barreira do neutrom.

Se, por uma hipótese absurda, se eliminasse o neutrom, o ânion pulverizaria o cation, e vice-versa, se o cation ultrapassasse a barreira do neutrom e atingisse o ânion, seria pulverizado, desintegrado por ele.

Assim, o espírito chega ao corpo neutronizado, o mesmo acontecendo com o corpo em relação ao espírito. É nossa alma que age, busca, informa e possibilita ao nosso EU as decisões.

Aceito esse princípio, lógico e verifi cável individualmente, nós temos que admitir, por extrapolação, que nenhuma partícula física, formada no princípio do mundo físico, portanto na Terra física, pode atingir outro mundo físico, a não ser que, depois de neutronizado, tome nova organização, de acordo

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com esse outro mundo. Isso explica, inclusive, porque os meteoros e meteoritos, se oriundos de outros corpos celestes, chegam à superfície com a mesma composição físico-química da Terra física. Ao penetrarem na zona neutrônica da Terra, eles são desintegrados e se reintegram nas leis da zona catiônica da Terra. Ou, talvez, sejam os meteoros e meteoritos partículas oriundas da própria Terra física, que se desprendem, atingem os limites neutrônicos, e voltam para sua zona catiônica de origem. Com isso, temos chegado à explicação do fenômeno da desintegração, integração e reintegração. Entretanto, a Lei da Conservação da Matéria nunca foi violada, nem mesmo quando seres extraterrestres, em épocas de vácuos civilizatórios do planeta Terra, aqui chegaram fi sicamente. Eles chegaram, é verdade, mediante o sistema de desintegração, integração e reintegração. Os limites neutrônicos foram sempre obedecidos. Seres extraplanetários aqui na Terra tiveram corpos físicos, mas da física terrena. As diferenças, como no caso dos Equitumans (vide “2.000 – Conjunção de Dois Planos”, Ed. Vale do Amanhecer) foram preestabelecidas a priori, antes da vinda (eles não nasceram como nós outros), de acordo com a época e a missão.

O invisível da Terra

A zona neutrônica da Terra é a fonte das especulações de religiões, fi losofi as e teologia de todos os tempos. A linguagem mais comum (que no Brasil se usa até mesmo para ironizar estados psicológicos) é se falar em “astral”. Segundo o “Grande Dicionário Etimológico Prosódico”, de Silveira Bueno (Ed. Saraiva, 1963), astral é um adjetivo, espécie de véu que envolve a alma, doutrina de Paracelso retomada pelos espíritas (do Latim, astralis ou astrale – corpus). Paracelso foi um alquimista do Século XV, que estabeleceu certa relação entre partes do organismo humano e os astros, dentre suas várias teorias. Por outro lado, a palavra astral signifi ca, também, corpos celestes – do Céu.

Na qualidade de “um véu que envolve a alma”, pode-se perceber a natureza neutrônica do que chamamos de astral. As divisões que fazemos, de astral superior e astral inferior, ou baixo astral, indicam, somente, as posições entre o núcleo e a periferia do neutrom, que é uma energia contrátil e expansiva (forças centrípeta e centrífuga).

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Da mesma forma que a palavra astral, se usa a palavra etérica, que seria um fl uido sutilíssimo (admitido pelos físicos), espalhado por todo o universo (vide o mesmo dicionário). A similitude com a descrição do neutrom é a mesma que a do astral. Por esse motivo, e por uma questão de semântica, consideramos as descrições de planos astrais e planos etéricos úteis para nos servir como adjetivação – maneira de dar nomes, qualifi car as coisas – mas, nunca como “coisas”.

O principal, porém, é não confundir os planos vibracionais do neutrom e do ânion, fazendo passar por espiritual o que é apenas invisível.

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Tronos

Horizontal e Vertical

De uma forma bem simplista podemos defi nir a ocorrência de nosso trabalho mediúnico em duas “posições”: horizontal e vertical.

Quando entramos em contato com nossa Individualidade, com o nosso espírito, estando mediunizados e em condições de operar em contato com a Luz e seus mensageiros, operamos na “vertical, ou seja, estamos emitindo “para cima” e recebendo da mesma fonte as mensagens e energias.

Ao mesmo passo, quando não estamos bem sintonizados, devidamente mediunizados, ou mesmo nosso comportamento dentro dos trabalhos se torna incompatível com nossos Mentores, operamos na “horizontal” na faixa “etérico-terrestre”.

Na vertical recebemos diretamente as forças dos planos espirituais superiores. As mensagens nos chegam com clareza e as dúvidas se dissipam pela nossa intuição. Nos sentimos mais seguros, pois estamos ligados a nossa verdadeira missão, permitindo que nossos Mentores estejam em um contato direto e puro.

Já na horizontal, o contato se dá através de nossa personalidade. Não estando devidamente mediunizado, em contato com seu espírito, e por conseguinte, com sua missão, a emissão e recepção de forças passa a ser horizontal, dentro dos planos terrestres, possibilitando as interferências, tanto de irmãozinhos quanto do próprio médium.

Nossa capacidade de mediunização e nossa conduta doutrinária é que defi nem se vamos trabalhar, emitir e receber na “horizontal” ou “vertical”.

A função dos nossos mantras (considere mantras não somente os hinos, mas sim o conjunto completo de sons, gestos e atitudes) é justamente facilitar este trabalho na vertical.

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O verdadeiro motivo da existência de tantos rituais, Leis, Chaves, etc, é fazer com que nossa atenção fi que voltada para o quê temos que cumprir. Deixando nossa mente “ocupada” com a realização de eventos, que fazem parte de uma seqüência, que visa também trazer um comportamento compatível para ligação espiritual-vertical, além de agregar a precisão Iniciática.

Vejamos o quê nosso trabalho mais básico exige, os Tronos, por exemplo!

Sem contarmos todo o Ritual de Preparação na Pira, que já tem toda uma ritualística a ser cumprida, recordemos passo a passo nossa ida a um trabalho de Tronos.

Primeiro passamos pelo Castelo do Silêncio, tomamos sal e perfume, e durante alguns instantes nos harmonizamos para depois irmos em conjunto (doutrinador e apará), já em uma “pré-sintonia” para o setor de trabalho. Ao chegarmos, registramos nossa presença junto ao Comandante, pedindo sua permissão, e desta forma também às Entidades responsáveis pelo setor, que o acompanham.

Ao entrar na área, realizamos uma reverência e um cruzamento entre Doutrinador e Apará antes de nos sentarmos (percebam a ritualística só para poder sentar em um Trono). Aí vem uma nova harmonização e uma intensifi cação da mediunização, os dois se concentram por instantes, o apará realiza sua prece, o doutrinador “visualiza” sua Princesa, seu Cavaleiro, e só então estarão prontos para a “Ionização”, para unirem suas auras em um conjunto único de recepção vertical.

E mais... Antes de iniciar o atendimento aos pacientes, a Entidade incorpora, é ofi cialmente identifi cada em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo e o doutrinador recebe então uma “conferência” se sua aura também está em condições de iniciar o trabalho.

Só então é que iremos iniciar um atendimento.

Já haviam atentado para tantos detalhes? Fazemos tão automaticamente que nem nos damos conta do quanto de preparação existe basicamente para efetivar esta ligação

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vertical, que irá evitar as interferências horizontais (de irmãozinhos e do próprio médium).

Um par devidamente preparado, seguindo toda a ritualística com atenção, difi cilmente estará correndo riscos de uma interferência! O comportamento, aliado a sintonia e mediunização, seguindo todos os passos com tranqüilidade e atenção, dão toda a segurança necessária para o fi el cumprimento da missão.

Ao mesmo passo, os que estão pelo Templo, e resolvem “vamos para os Tronos” e simplesmente vão, sem nada de preparação, mesmo que suas intenções sejam as melhores possíveis, estarão se expondo aos riscos de fi carem “meia fase”. Tendo que esforçar-se para manterem-se na vertical e ainda se expondo desnecessariamente aos riscos de uma horizontalização de forças e das interferências que pode trazer.

O maior alerta é para nós Doutrinadores apressados, que querem iniciar logo o trabalho! Respeitemos a intuição dos Aparás, que normalmente querem paciência e calma. Precisam deste tempo de harmonização, sentem esta necessidade. Nós Doutrinadores, devemos aproveitar para também intensifi carmos nossa capacidade de concentração e “nos ligar” com toda a atenção e energia nesta verticalização.

Salve Deus Ninfa vamos para os Tronos?

Uma pergunta aparentemente tão simples de fazer e responder, mas que muitas vezes coloca todo nosso dia de Trabalho Espiritual em xeque. Mas por quê?

Uma Ninfa Lua é orientada em seu Desenvolvimento a aceitar sempre o convite, mas existem algumas situações, causadas pelos próprios Doutrinadores, que tornam difícil a resposta imediata.

Para um Doutrinador emplacado, também às vezes é difícil, até mesmo fazer a pergunta.

Para o Ajanã, tão assediado comumente, também pode ser difícil responder...

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Vamos ver caso a caso:

A Ninfa recém emplacada normalmente aceita todos os convites que recebe. Está com toda a energia para trabalhar! Existe a natural insegurança, causada pela responsabilidade de ir tão rapidamente tratar de vidas humanas, porém, seu desejo de começar logo a missão que lhe é confi ada, fala mais alto, e na maioria das vezes parte para a realização.

Com o passar do tempo, começa a identifi car situações que a tornam mais “seletiva”... Imaginem como uma Ninfa, recém emplacada, se sente ao ir para os Tronos, e logo ao incorporar, descobre o cheiro terrível. O Doutrinador comeu um pastel de ovos e fumou uns três cigarros e foi direto para os Tronos. Tudo bem, ele “teoricamente” não vai falar com a Entidade, vai identifi car a Entidade e passar ao atendimento, mas na hora da Elevação, quase que a Vovó sobe junto com o irmãozinho. O sovaco do cidadão parece que desconhece a palavra água.

Sei que muitos podem estar rindo disso, mas para uma Ninfa, incorporada conscientemente, manter a sintonia assim é difícil! Lavar o rosto e comer uma balinha “emprestada” já resolveria o primeiro problema. O segundo pode ser resolvido com um pouco de água, e um desodorante emprestado no banheiro ou mesmo umas gotinhas de álcool antes de sair de casa (o álcool nas axilas limpas acaba com o possível odor decorrente do suor – não se preocupe, não estará ingerindo álcool! – Leite de Rosas também é uma boa dica para quem está com o caixa baixo).

Além do fator higiene, que faz parte de nossa conduta, existe o fator sintonia. Como podemos recriminar uma Ninfa que não queira trabalhar com um Mestre que anteriormente estava “nas nuvens” na hora do trabalho? É complicado! Vejam, quando um Doutrinador está “ligado” no trabalho, é possível sentir esta ligação, a sintonia. O Doutrinador pode sentir a chegada do irmãozinho antes dele incorporar, se estiver em total sintonia com o trabalho! Agora, quando acontecem aqueles casos do Comandante ter que avisar o Doutrinador que tem um irmãozinho esperando que ele faça a puxada??? A Ninfa está ali... Consciente do que está se passando! E a confi ança, a segurança que ela precisa para a perfeita realização? Como fi cam?

Claro que existem as vaidosas... Que só trabalham com Mestres cheios de “medalhas” ou Arcanos. Mas sobre estas já tratamos em textos passados.

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Ainda é importante considerar o “teste da Mesa”... O quê é isso? Simples! Quando passam pela Mesa Evangélica antes, as Ninfas percebem, consciente ou inconscientemente, o teor energético e dedicação do Mestre ao Doutrinar e Elevar o irmãozinho no Trabalho. Quando, depois da Mesa, escutam o convite, a voz é identifi cada, fi cando mais fácil ou mais difícil aceitar.

Conheço Mestres (que não são Arcanos) que nunca receberam um não para trabalhar. E outros que nunca conseguem ir aos Tronos...

Em relação aos Doutrinadores emplacados, estes devem ter sempre seus convites aceitos. Negar a chance de trabalho para um Mestre que está iniciando sua jornada é no mínimo falta de caridade. Eles têm que ter total oportunidade. Deveriam ser convidados pelas Ninfas mais experientes e que ainda poderiam passar valiosas orientações, que se fi xariam pelo restante de suas jornadas.

Escolhendo o Preto Velho

Quando um paciente (seja médium – não nos cabe julgar – está sem uniforme é paciente) ou não, ingressa em uma fi la de atendimento dos Tronos, todo um preparo espiritual para aquele atendimento se inicia.

Uma verdadeira Contagem de forças é realizada para que o paciente passe com a Entidade que esteja dentro da seqüência de trabalhos que ele necessita para aquele dia. Já repararam como o término de um atendimento é diferente? Como em algumas situações a Entidade se estende com um assunto simples e outras rapidamente encaminha o paciente para outro setor, mesmo parecendo casos “idênticos”? Pois é... Nós não vemos, o Apará normalmente não sabe, mas está ocorrendo uma Contagem para que determinado paciente passe com a Entidade que a ele foi designada naquele dia.

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Quando o paciente “rompe” esta Contagem, escolhendo a Entidade, ou melhor dizendo, o Apará com o qual deseja passar, ele está saindo de todo um preparo que estava sendo realizado desde o momento em que decidiu ir ao Templo.

Infelizmente situações como estas são comuns, e se passam exclusivamente pela falta de esclarecimento. Todas as Entidades que se manifestam nos Tronos, para o atendimento e comunicação, são Entidades de Luz! Não é um supermercado onde se escolhe pela “marca do produto”. A afi nidade com o Apará não pode ser considerada como fator confi abilidade, pois quem atende é a Entidade e esta pode estar no “mais perfumado” ou no médium de uniforme mais surrado.

Um paciente “novato” pode querer consultar com a Entidade seu conhecido, do médium que o trouxe até o Templo, mas isso só deve ocorrer naturalmente, se ao chegar sua vez de ser atendido, seja encaminhado justamente para este Trono... E creiam, isso se passa com freqüência e naturalidade. Sem forçar, sem criar situações desagradáveis.

Por outro lado, o Comandante escalado para o setor de Tronos deve ser um médium verdadeiramente preparado. Entenda-se preparado como aquele que tem consciência que rege um trabalho de Luz e a Humildade, Amor e Tolerância são os pré-requisitos fundamentais! Além é claro da elegância e o fraterno sorriso acolhedor, característico de quem verdadeiramente abandona a personalidade e trabalha na Individualidade dentro do Templo.

Ao deparar-se com pacientes que desejem “escolher” a Entidade, deve ser fi rme, esclarecer com educação e tranqüilidade os motivos pelos quais se deve obedecer a Contagem Espiritual que se faz presente nas fi las de espera. Porém, face a insistência daqueles que depositam sua fé nas aparências, não deve se desarmonizar e deixar que se coloquem a mercê dos próprios desejos e não dos caminhos traçados pela Espiritualidade... Salve Deus! O livre-arbítrio é soberano.

Mas Mestre, eu não posso escolher o Preto Velho com quem tenho afi nidade de passar então?

Salve Deus! Você têm fé? Se tiver fé, saberá que a Espiritualidade lhe encaminhará exatamente para onde seu merecimento e sintonia permitirem!

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As dúvidas do Doutrinador “?”

A Entidade começa a falar com o paciente, e com o barulho do Templo ele não consegue ouvir. Bem, ele pensa: Sei que aí está uma Entidade de Luz, este apará é conhecido, então está tudo bem! Me proteja meu Pai! Certo? ERRADO!!!

Um Doutrinador não pode atender um paciente sem ouvir claramente a comunicação!Vou repetir: Não pode atender nenhum paciente sem saber exatamente o quê está sendo dito ali!É sua responsabilidade, tem que ouvir! Falo de minha experiência pessoal, quando não escuto, pode ser minha Ninfa, em quem tenho total confi ança e pelos anos de trabalho sinto claramente qualquer alteração energética, se não escuto, abaixo a cabeça perto do ouvido do Apará e digo bem baixinho: “Salve Deus Vovó! Hoje o Templo está um pouco barulhento, a senhora poderia falar um pouquinho mais alto?” Qual Entidade de Luz vai fi car “chateada” com isso? A Entidade, jamais!

Outro ponto, às vezes sentimos claramente que a energia mudou, é possível que outra entidade tenha se aproximado para atender um paciente especifi camente. Então o correto é não ter dúvidas! Com muito carinho e respeito, baixinho e com elegância para não chamar a atenção:“Salve Deus! Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, quem está presente neste aparelho?”Muitas vezes o próprio apará tinha sentido uma mudança de energia, e esta simples pergunta vai dar a ele a certeza que precisa. Se conseguir se identifi car sem problemas, graças a Deus! E também pode acontecer de neste instante, o Apará não tendo a certeza, mas reconhecendo a mudança, simplesmente dá passagem.

O Doutrinador só pode trabalhar em segurança total e sem dúvidas, senão não é Doutrinador. É um robozinho, como dizia Tia Neiva.

Não havendo sintonia, segurança ou tendo qualquer tipo de dúvidas, senta-se após o paciente sair e com toda delicadeza diz: “Salve Deus Vovó, que trabalho maravilhoso! Gostaria de ter outras oportunidades de trabalhar com a senhora, mas agora preciso sair um pouco dos Tronos”. Não é uma mentira, ou subterfúgio! É a mais clara realidade. Todos nós almejamos a honra de trabalhar com uma Entidade de

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Luz. Se naquele momento a sintonia não está bem, não é por culpa da Entidade, é uma falha nossa (do Apará ou do Doutrinador).Falando desta forma é simples! Sem mágoas, sem comentários posteriores, nada. Somente o bom senso e educação! É melhor deixar um paciente esperando mais tempo para ser atendido, do que ser atendido em um Trono onde algum médium possa estar em dúvidas.

Lembremos sempre que a vida de uma pessoa nos é confi ada naquele momento. Existem os que chegam aos Tronos como sua última esperança, a beira do suicídio mesmo!

Mestre, tem uma fi la de pacientes gigante e me deu dor de cabeça, dor de barriga, ou simplesmente a bexiga quer estourar, o quê eu faço?

“Salve Deus! Minha querida vovozinha, gostaria muito de poder continuar esta grande oportunidade, mas tenho uma necessidade física neste momento, podemos encerrar nosso trabalho?”

Mestre, e naquela incorporação escandalosa com socos, gritos e mensagens pessoais... Que quê eu faço se acontecer comigo?

Assim que terminar o atendimento, encerre o trabalho! Sentindo que o paciente fi cou assustado e não está saindo melhor do que chegou, faça sinal ao Comandante e discretamente peça para que ele encaminhe o paciente a outro Trono. Em seguida, sente-se e encerre seu trabalho.

Trabalhar nos Tronos é muito sério para os dois, mas a responsabilidade é do Doutrinador!

Para os Aparás... É compreensível que chegue um irmãozinho querendo gritar, socar o Trono, dizer impropérios. Isso acontece com freqüência, mas o controle da incorporação é do médium. Para isso é que está consciente! Demonstração de força não é ceder aos impulsos e se harmonizar com a entidade sofredora, e sim saber controlar-se e buscar a sintonia do seu Mentor.

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Para um Apará trabalhar nos Tronos tem que se ter Equilíbrio! Para um Doutrinador trabalhar, tem que ter segurança. Não pode trabalhar em dúvidas, repito novamente.

Salve Deus! Enquanto o médium ainda não é Centurião, podemos orientar, ou pedir aos Instrutores que o procure e oriente. Depois de Centurião, todo seu comportamento é de sua total responsabilidade.

Tia Neiva foi clara nos dois pontos a esse respeito: A responsabilidade dos Tronos é do Doutrinador e o comportamento do Apará é de sua própria responsabilidade. Ele tem que estar em sintonia com sua Entidade, e não com o irmãozinho que chega aos Tronos.

A Responsabilidade do Doutrinador nos Tronos

Salve Deus!

Recebi um comentário considerando a “responsabilidade do Doutrinador nos Tronos” e não posso deixar de reafi rmar:

A responsabilidade em um Trabalho de Tronos é do Doutrinador!

Assim nos ensinou o Trino Tumuchy e o Trino Araken, que sempre fez questão de reafi rmar nos Cursos de Sétimo Raio que ministrou.

Um Doutrinador é um médium preparado, que devido a sua mediunidade tem a consciência expandida no momento em que está mediunizado. Desta forma, pelos chackras, recebe as energias da Entidade incorporada, pois através da Ionização está intimamente ligado ao Apará e ao trabalho ali desenvolvido! Assim, é capaz de sentir nitidamente a troca de energias de uma incorporação. Somente não identifi cará a troca se não estiver atendo e bem mediunizado! Em tempo: Um Doutrinador tem a obrigação de ouvir claramente toda a comunicação da Entidade, não pode trabalhar em dúvidas.

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Mas vejamos o que diz Tia Neiva:

“... O Doutrinador é responsável pelo que faz o Apará. A interferência de um espírito cobrador em um Trono, como inúmeros casos que eu conheço, por displicência do Doutrinador, pode arrasar a vida de um Homem. Sim, o Doutrinador é a única testemunha defesa.

... O Doutrinador está se preparando para não ter dúvidas - essa a minha insistência! Nos enfermos, pela atuação de uma projeção negativa, obsessiva, a tendência é confundir o ambiente para que não se obtenha um diagnóstico preciso para levar a vítima ao seu objetivo.

... O Doutrinador não é simplesmente um Doutrinador, porque o coração do Homem é um santuário de Deus vivo. O certo é que todas as vidas individuais são centros de consciência na vida única. A sensibilidade afetiva se encontra em todas as formas de vida, pois em tudo existe a essência divina e, por conseguinte, aí proliferam o amor e a sabedoria. Meu fi lho, nossa obra chegou, agora, a um plano superior de desenvolvimento espiritual, superior aos ensinamentos elementares e às simples manifestações. É chegada a hora dos Grandes Iniciados. Veremos, num futuro próximo, grandes acontecimentos que se desencadearão aos nossos pés, fenômenos que vão nos ligar deste mundo a outro.” (mensagens extraídas da Carta de Tia Neiva datada de 13 de setembro de 1984)

“Uma faixa magnética não passa pelo médium de incorporação sem a puxada do Doutrinador ou sem o devido consentimento do mesmo. O Doutrinador iniciado é mais útil ao trabalho do que mesmo os próprios guias, que, para terem um trabalho efi ciente, o fazem com as ordens dos Doutrinadores, aos quais respeitam e acatam. O médium de incorporação é um simples instrumento. Ele não tem, absolutamente, condições de fazer um trabalho perfeito ou dar uma comunicação perfeita sem a presença e cuidados de um Doutrinador.Nos meus olhos de clarividente, não vejo condições curadoras sem esta perfeita manipulação de forças e de ectoplasmas.

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Existem muitas comunicações perfeitas entre nós, graças a Deus! Temos médiuns perfeitos! Quando o médium se mostra com toda euforia para a incorporação, começam a se esgotar suas energias, e sua comunicação fi ca perigosa porque seu ectoplasma entra em decadência, não mantendo uma conjunção com o Doutrinador. A função dos espíritos que labutam no nosso trabalho profi ssional é conjugar os ectoplasmas para a realização de curas. O médium que recebe espíritos sem qualquer disciplina própria poderá acertar uma profecia, porém aqui tratamos com profi ssionais e, como tal, exigimos essa disciplina. O Espiritismo ainda não se difundiu, conforme meus olhos de clarividente registram, justamente por causa desta falta de disciplina. Os meios de manipulação de forças nos trabalhos são propícios à perfeição, dependendo unicamente da humildade e disciplina de cada médium. Se um médium incorporar sem disciplina, seu Doutrinador poderá ser chamado à atenção, severamente, por mim!”

(Extraído da Carta de Tia Neiva datada de 7 de maio de 1974)

“Não há qualquer espírito que passe por nossos trabalhos do qual não se faça a entrega obrigatória! Nosso trabalho é exclusivamente de Doutrina! Não aceitamos, em hipótese alguma, palestras, nos Tronos deste Templo do Amanhecer, de Doutrinadores com entidades que não sejam os nossos Mentores, espíritos doutrinários!

Mesmo fora do Templo, consta-me que os Doutrinadores que palestraram com exus, etc., atrasaram suas vidas, pois eles não se afastaram de seus caminhos. A obrigação do Doutrinador é fazer a doutrina, conversando amigavelmente com o espírito, procurando esclarecê-lo, continuar seu amigo, porém fazer sua entrega obrigatoriamente, com o que ressalva sua responsabilidade perante os Mentores. Outros Doutrinadores estão com suas vidas atrasadas simplesmente por sua irreverência com os Mentores, acendendo para estes duas velas, saindo fora de seu padrão doutrinário. Entre eu e os exus há um laço de compreensão e respeito mútuo. Porém, um Doutrinador, por não ser clarividente, não está em condições de dialogar com eles, exceto no âmbito da Doutrina.”

(Extraído da Carta de Tia Neiva datada de 7 de maio de 1974)

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“Os Doutrinadores devem ter mais amor e não se esquecerem de que existem muitas correntes acima de suas cabeças. Você é corrente positiva ou é corrente negativa! Jaguar quer dizer “Força da Terra”. Jaguar positivo é força positiva da Terra. Mas é força da Terra! Se você não tiver convicção, se não tiver uma conduta perfeita, como pode ser um Jaguar positivo? Como poderá ser um Doutrinador se não tiver os sentimentos de ajudar? Não é só ser livre de preconceitos, não é mostrar ao povo que você é bom, não é querer parecer ao mundo que você é um santo, não! O Jaguar é o Homem que não pediu a Deus a paz e sim, duas espadas. É o Homem que pediu a luta crística, que pediu a Deus a luta pelo Cristianismo! Recebeu a espada do Bem e a espada do Mal. A espada do ectoplasma animal é a espada do Bem. Por conseguinte, meu fi lho, você pode fazer o que bem quiser, mas deixará de ter uma espada! Se você não souber manejar estas forças, se não procurar, em seu coração, o bom caminho, o sentimento de ajudar os outros, se não tiver força ou não puder aniquilar o Mal, também não terá forças para manejar a espada do Bem.

Vamos, meus fi lhos! Vamos nos preparar para termos uma conduta à altura de nossos sentimentos. Não é procurar ser como eu sou... Não é procurar os meus sentimentos... É me seguir? Não! É seguir nas minhas palavras procurando seguir os seus sentimentos. E eu seguirei vocês, para nunca decepcioná-los. Se você não tem um sentimento religioso, como vai desenvolver suas forças mediúnicas? Só para fi car contando o que você fez? Só para contar as graças que recebeu, recebendo elogios? Salve Deus! Estou seguindo vocês! Eu sigo o sentimento... Nós seguimos o sentimento, o sentimento Crístico, mas tudo dentro da sua capacidade de aceitar e de sentir...”

(Extraído da Carta de Tia Neiva datada de 27 de junho de 1976)

“O Doutrinador é um poderoso foco de Luz, cujos raios atingem a fronteira intelectual que ilumina todo o ciclo da vida. Ele esclarece e justifi ca as chamadas Ciências Ocultas,

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explicando racionalmente suas deduções, os porquês das vidas astral e física. É o canto universal, é a vida de povos com caráter e sua natureza. Estão sempre a receber a mais viva Luz! Ser um Doutrinador é ser um profundo conhecedor, até ser um cientista. Sim, cientista é ter conhecimento das coisas, dos fatos e dos fenômenos em si mesmo, em sua natureza e em suas origens. Analisa e expõe a origem da evolução humana; a criação das matérias; o signifi cado de átomos e células; a formação dos seres; e a força psíquica, proporcionadamente. O Doutrinador se utiliza de seus conhecimentos fundamentais, cuja linguagem é sempre clara. É ciência da Luz e do fenômeno simples, dirigindo somente o seu raciocínio, sem esquecer a independência de seu caráter. A sinceridade e suas convicções provam o fato de ser um Doutrinador. Para nunca se enganar, persuasivo autor; sempre de olhos abertos, sempre no alerta dos fatos, dos fenômenos da vida; sempre o sentido no fenômeno e na vida fora da matéria. O Doutrinador deve sentir-se o “extraordinário”, sublime, palpitante de sua silenciosa manifestação doutrinária nos extrasensoriais e no Homem, até sentir estar penetrando em suas três emissões, sempre exposto à Justiça Universal. Expressivo e atento, é o Doutrinador confi ante. Assim é o Doutrinador!” (Extraído da Carta de Tia Neiva datada de 24 de junho de 1978)

“Quando o doutrinador faz uma entrega e o espírito ainda não está pronto para Mayante, este vem diretamente para um dos departamentos do Canal. Na primeira oportunidade, que pode ser na mesma noite ou algum tempo depois, o doutrinador vem completar sua doutrina. Ele, como encarnado, tem a capacidade de trazer consigo seu ectoplasma. Devido à semelhança do ambiente, o espírito ainda se sente na Terra e fi ca mais susceptível de receber a doutrina. É por isso que dizemos que o Templo do Amanhecer trabalha vinte e quatro horas por dia!”(Extraído da Carta: Meus Primeiros Passos no Canal Vermelho, Tia Neiva/ Amanto Sem data)

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As dúvidas dos Aparás

Salve Deus! A incorporação consciente, característica dos Iniciados na Corrente Indiana do Espaço, é sempre um tema delicado a ser tratado pelos instrutores.

Vejamos o quê acontece, passo a passo com um Apará:

Ao iniciar seu desenvolvimento mediúnico, uma ansiedade natural toma conta do médium. Não sabe o quê esperar! Inicialmente acredita que a Entidade vai “tomar conta do aparelho” gerando um estado de inconsciência total. Vai “apagar”, como se estivesse dormindo, e despertar sem lembrar de nada.

Na verdade isso não acontece! Ao iniciar o desenvolvimento passa a sentir um leve torpor, mas que não desvanece sua consciência. Uma Entidade de Luz respeita completamente a individualidade do médium. Não vai “incorporar” 100%. Na verdade vai posicionar-se, e projetar no médium suas energias e intuições, inspirando os movimentos e palavras. Ou seja: Não vai agarrar o braço do médium e fazer com que ele se movimente. O médium sente a “vontade” natural de movimentar os braços no sentido de limpar sua aura, mas se não der o primeiro passo, se não mover-se manifestando sua concordância, simplesmente isso não vai acontecer.

Ao dar o primeiro movimento, os outros a seguir vão surgindo de forma naturalmente inspirados. A consciência continua ativa!

O mesmo se dá com as primeiras palavras. “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo”. A frase não sai da cabeça, é repetida pelo instrutor, a vontade de repeti-la é grande, mas se não houver o primeiro passo, se não falar pela primeira vez, a Entidade não vai dominar suas cordas vocais e pronunciar as palavras! Quem fala é o Apará! Ele é a manifestação do fenômeno e não “o” fenômeno. Após as

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primeiras palavras a intuição se apura, e sente como se uma voz fosse “soprando” em seu ouvido as palavras a serem ditas. A voz sai normalmente um pouco alterada, resultado do torpor físico que se submete durante a mediunização, mas a consciência está desperta.

Vejam: Durante a incorporação um Apará tem total consciência do que está se passando. Pode ouvir, e quem transmite a mensagem é ele. A mensagem vem inspirada e quase nunca sabem quais são as próximas palavras que serão pronunciadas, mas amedrontando-se e não iniciando a mensagem, simplesmente não irá falar nada. Tem o total controle e domínio do fenômeno.

“Mestre, eu não lembro nada que passou nos Tronos!” Salve Deus! Após a incorporação, as lembranças vão se desvanecendo. Vão se apagando e normalmente só fi ca registrado o quê efetivamente pode ser útil ao médium, como uma mensagem especial e particular para ele mesmo. Repito, depois da incorporação a lembrança da comunicação vai se apagando, mas durante a comunicação a consciência é clara! Ele ouve tudo que está a sua volta!

Voltando aos movimentos... O comportamento do corpo do Apará também está sob seu controle total! A maneira como se comporta, como manipula as energias, é inspirada e jamais “tomada” a força.

Quando incorpora um “irmãozinho”, o Apará sofre uma forte infl uência sobre seus sentimentos e desejos. Tem vontade de bater na mesa, gritar, emitir sons, movimentar-se, tomar posturas arrogantes, tentar fi tar o Doutrinador. Porém nada disso é possível sem a permissão do Apará! Quem permite os movimentos, sons, etc. é sempre o Apará.

Um médium bem formado comporta-se com elegância em qualquer situação. Respeita a Entidade de Luz e o sofredor, que necessita de amor, acolhimento e Doutrina naquela hora, e não de mesclar-se nas emoções de um médium desequilibrado, que dá vazão as suas vontades de manifestar-se de forma fora do correto.

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Movimentações e sons inapropriados ao nosso trabalho são na verdade desequilíbrios do médium ou erros em sua formação, onde o instrutor não soube conduzir devidamente as manifestações que se apresentavam.

Médiuns que batem na mesa, que permitem comunicações de sofredores, que voltam-se para o Doutrinador, que respiram de forma ameaçadora... São médiuns que não estão em seu equilíbrio perfeito, com falha de formação, e jamais podem ser considerados como exemplos de conduta e de “força”.

Os médiuns mais antigos são exemplos para os mais novos. No período de instrução os aspirantes são orientados justamente sobre como comportarem-se nos setores de trabalho. Porém com o tempo, passam a observar médiuns mais antigos, que adquiriram certas deformidades na incorporação, e pensando serem estas na verdade uma “manifestação de força”, acabam seguindo os mesmos passos.

Em nossa Doutrina, a Corrente Mediúnica é fi dalga, elegante. O comportamento dos médiuns deve ser discreto. Somente incorporam Entidades de Luz para os trabalhos, o quê signifi ca que irão respeitar o médium e sua integridade física. Um sofredor ao incorporar, por menos esclarecido que seja, sentirá os efeitos benéfi cos da troca de energia, tranqüilizando naturalmente seu caráter revoltoso. Ele somente se manifesta de forma negativa, se encontra nos médiuns um desequilíbrio do qual possa se aproveitar.

Voltando as dúvidas... Esta total consciência nas incorporações leva muitos médiuns a duvidar de seu próprio trabalho e até mesmo a buscar refazer seu teste mediúnico. Meus irmãos e irmãs, é natural! Naquele momento em que tudo parece tão claro e consciente, ao mesmo tempo as palavras surgem intuídas, os gestos são tranqüilos e quase automáticos. A mensagem toca o coração!

“Mas será que não estou com uma interferência?” A interferência de um “irmãozinho” é de total responsabilidade do Doutrinador! Ele é quem deve identifi car se algo está

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errado. Se houve alguma mudança de energia, se a mensagem está truncada, se está seguro de tudo que ali se passa. Um Doutrinador tem total responsabilidade sobre um Trabalho de Tronos e deve respeitosamente interferir em qualquer situação que considere duvidosa, seja fundamentada ou não. Uma Entidade de Luz não vai incomodar-se com o excesso de zelo, ao contrário, fi cará feliz em saber que ali está um Doutrinador que deseja ter certeza do Trabalho e está focado em sua realização.

A aproximação de um sofredor se caracteriza pelo distanciamento da “voz” da Entidade de Luz. Percebe-se, na maioria das vezes, a troca de energia. A mensagem vai fi cando mais longe... É nessa hora em que deve fechar as mãos, e entregar-se a Doutrina e Elevação. Não tem que sentir “um peso” para isso! Qualquer distanciamento, dúvidas que surjam durante um atendimento, é sinal de que existe a possibilidade de estar aproximando-se um irmãozinho, e é hora de dar passagem a ele.

“E quando o Apará interfere na comunicação?” Este sim é o caso mais grave de interferência que pode acontecer! E tem responsabilidade real, e um altíssimo custo para o Apará. Devido a consciência do Apará no momento da comunicação, este pode se sentir tentado a realizar alguma interferência. Passando alguma mensagem pessoal ou particular para alguém de seu círculo íntimo. Este é o maior risco que um Apará corre ao atender nos Tronos principalmente a familiares, amigos e outros médiuns de sua convivência. Ao direcionar mensagens de acordo com sua vontade, a Entidade de Luz se afasta, e ele assume o risco sozinho pela sua desdita. O Doutrinador pode até identifi car a situação e deve interferir se assim sentir a intuição e necessidade. Porém, a interferência do próprio Apará nas comunicações gera uma dívida exclusiva para ele mesmo. Consciência e responsabilidade. Cada um no seu papel!

Prepara-se, mediuniza-se, e desta forma, nenhum Apará precisa sentir receios de ir trabalhar nos Tronos. Lá, ele entregando-se ao Trabalho, entrega a responsabilidade ao Doutrinador. Confi a nele! Na comunicação, nos gestos, apenas deixa fl uir... Dá o primeiro passo e o restante vem por acréscimo!

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A sincronia e precisão de nossos Trabalhos praticamente garante sua realização com perfeição. Temos toda uma ritualística energética antes de chegar aos Tronos. Nossa parte é cumpri-la com precisão e estarmos verdadeiramente bem para este trabalho.

O Confessionário

Genésio chegou na lanchonete, pediu o cafezinho e juntou-se aos outros jaguares que conversavam animadamente sobre a última reunião de escalas.

- E aí pessoal? Salve Deus! Sabem da última? O Serginho vai abrir um templo! Imagina, com aquela ninfa metida a chefe que ele tem...

Os jaguares cerraram as expressões. Após o choque, um deles perguntou:

- Salve Deus, mestre! Mas de onde você tirou esta idéia?

- Acabei de sair dos tronos e ele passou comigo. Como é que pode um tipo daqueles querer assumir uma missão como esta? Ainda mais com a ninfa que...

Não pode terminar a frase, um dos mestres levantou-se abruptamente empurrando a cadeira e saiu sem falar nada. Outro disse “Salve Deus” e retirou-se também constrangido.

- Mas o que deu neste povo? Perguntou Genésio ao único que fi cara na mesa.

- Meu irmão! Como é que você faz uma coisa destas?

- Só comentei o que tudo mundo em breve vai estar falando por aí. Aquele camarada não tem a menor condição de...

Novamente foi interrompido por um “Salve Deus!”.

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- Não me refi ro a esse fato meu irmão! Que já é muito ruim, mas falo do pior! Como é que você sai comentando uma conversa dos tronos?

- Mas não tem nada demais – defendeu-se Genésio – Falei uma coisa que logo, logo, todos vão saber.

- Não importa! – retrucou o jaguar – Você não sabe o quê é um atendimento nos tronos? Ali você é um sacerdote, e cada atendimento é uma confi ssão. Não importa quem seja ou qual seja o assunto. Nossa missão, nosso juramento perde-se, quando ferimos esta confi dencialidade.

- Em um trono se pode ouvir de tudo. – continuou o mestre – Em uma mesma fi la de espera podem estar a vitima e o assassino. Ao Doutrinador cabe apenas ouvir a mensagem do Preto Velho e estar atento a tudo que se passa. Do paciente, sequer se deve prestar a atenção! Nossa missão ali é com a Entidade, é velar pelas comunicações. Sentir tudo que está envolvido espiritualmente e doutrinar aqueles espíritos que nos são encaminhados.

- Comentar algo que se disse nos tronos, não importa com que intenção, é ferir nosso compromisso é romper com nossa missão.

- Às vezes, um paciente pode chegar com Aids, ter matado uma pessoa, estar a beira do suicídio e outras tantas situações as quais não nos cabem julgar. Temos que ser verdadeiramente profi ssionais como o Trino Tumuchy nos ensinava!

- O que você faria se chegasse alguém assim, em uma das condições que falei?

- Não sei.... acho... sei lá! Deixava a intuição mandar. – respondeu já constrangido Genésio.

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- Oh, meu irmão, lhe faltaram instrutores... – assumiu o Jaguar – Temos que nos calar! Cumprir a missão, é cuidar das comunicações, da segurança do trabalho. Zelar pelo Apará que confi a em nós naquela hora, e pelo paciente, que se chegou ao ponto de revelar qualquer coisa, ou é porque está desesperado, ou porque verdadeiramente confi a em nós.

- Quer dizer que o Serginho falou ali por que estava confi ando em mim também? – Concluiu envergonhado Genésio.

- Exatamente! Ele confi ou primeiramente na entidade que estava ali e depois em você, e também no Apará. Claro que para o Apará é diferente, quando está incorporado ele está consciente e sabe tudo que o paciente está falando. Mas depois de desincorporar as lembranças vão se apagando, vão se desvanecendo até que só permanece aquilo que serve para ele também. Se um Apará se fi xa no atendimento que realizou pode conservar alguma lembrança, isso é perigoso. Melhor mesmo é esquecer sem correr qualquer risco de falar demais. Tenha certeza meu irmão, o preço é muito alto e para você, que a partir de agora que já sabe, fi cou mais caro ainda.

- Vigi, melhor seria nem saber então! – concluiu Genésio em sua inocência.

- Na verdade, dessa informação você não pode correr. Faz parte de seu trabalho como Doutrinador!

- Vou conversar com minha Ninfa então, às vezes fi camos falando sobre todos que passaram nos tronos. – refl etiu o já consciente Genésio.

- Faça isso! E a partir de agora seja um padre. Não pode, e nem deve, pensar em nada que lá se passa, além das mensagens que o preto velho passa e que com certeza podem servir para vocês também.

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- Obrigadão Chico, nunca mais vou comentar estas coisas, vou procurar os outros que estavam aqui e mês desculpar.

- Sei que você tem inocência no seu coração, meu irmão, só precisa aprender e se cuidar mais.

- Valeu mesmo!

“Genésio” é um personagem usado para ilustrar esta situação. Um doutrinador com muito amor no coração, mas que ainda não compreendeu a essência da nossa doutrina.

Por que a falta de controle?

Realmente, a “vontade de bater, xingar e às vezes até voar no pescoço do doutrinador ou do paciente” é quase incontrolável!

Porém, devemos ter em conta que ela só será externada se encontrar, no próprio aparelho, sentimento semelhante, para criar uma simbiose mental e traduzir em impulso físico ou verbal.

Deixar o irmãozinho liberar esta energia, não vai ajudar em nada o Doutrinador, que também possui seus sentimentos próprios e receios naturais, que podem em conjunto mesclarem-se com a energia liberada, colocando a perder todo o trabalho, dando mais força ainda ao sofredor.

A responsabilidade do Doutrinador é de emanar a aura do médium e do irmãozinho, com sua energia mediúnica vibrante e na tônica do amor.

Claro que não podemos criticar quem ainda não compreende, ou não recebeu a orientação necessária sobre como se conduzir nestes momentos delicados. O Apará não pode se render aos sentimentos do irmãozinho, justamente ao contrário! Tem que vibrar para que ele compreenda aquelas palavras e mentalizar (visualizar) a sua Elevação.

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Vejo que normalmente os médiuns que mesclam suas energias com a do sofredor, dando vazão aos sentimentos que lhe invadem, são justamente os que saem “passando mal” e com vibrações de todo tipo. Ao passo que os que se controlam e possuem uma incorporação perfeita, saem tranqüilos e com a sensação da missão verdadeiramente cumprida.

Também conheço médiuns de todos os tipos, veteranos e “graduados” com os mais diversos comportamentos. Tia nos ensinava que o médium mais sujeito a mistifi cação é justamente o mais antigo e de maior classifi cação.

Não falo em “falta de conduta”, mas sim, em falta de conhecimento! A falta de conduta se dá quando o médium tem esclarecimento e não segue as leis que nos regem neste Amanhecer, e uma das Leis que Tia mais primava era justamente a elegância nas incorporações, e o comportamento de Cavalheiro do Doutrinador.

Mal formados? Desequilibrados? Talvez... Mas o quê realmente pesa é o momento em que o médium atravessa em sua vida e o quanto ele mesmo está precisando externar sua energia. O sofredor ao encontrar este campo fértil sente mais facilidade e aí o médium acaba “debaixo dos Tronos”. Por isso a necessidade de total responsabilidade ao ir para os Tronos! Nosso compromisso não é só com o paciente físico, é também com o paciente espiritual! E estes não podem encontrar um lugar para aumentar sua negatividade, e sim, para contê-las! O Apará, médium Iniciado na Corrente Indiana do Espaço, por esta característica é consciente e pode controlar as reações. Somente não conseguindo, quando sua própria energia está compatível com a do irmãozinho... De modo, que é melhor nem ir para os Tronos, se não puder se controlar. Pois sairá dali pior do que entrou ou terá que contar com o merecimento de ter ao lado um Doutrinador que possa trabalhar dobrado: controlando aparelho e sofredor. De qualquer forma, os dois acabam esgotados.

Em nossa Doutrina, segundo descrito pelo Trino Tumuchy trabalhamos com a “projeção do Mentor”! Ele não entra e domina o corpo do Apará! Projeta sua energia e intuição para a realização do trabalho. Quando chega o sofredor, o Mentor se afasta (por isso a sensação da voz do Mentor

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se distanciar) e permite que o irmãozinho, projete. Com a “Puxada”, o Doutrinador abre a aura do Apará para que ele receba a projeção da aura do irmãozinho, que passará a receber a limpeza propiciada pelos movimentos iniciáticos do Doutrinador e sua emissão de ectoplasma através da doutrina verbal.

Quanto ao controle dos movimentos físicos... Salve Deus! O Apará, Iniciado em nossa Corrente, tem o controle de seus movimentos. Obviamente, quando seu nível de mediunização é muito forte, ele sente com maior intensidade os movimentos projetados pela Entidade de Luz. Porém, jamais, repito, porque são palavras de Tia, jamais uma Entidade de Luz viola a vontade de um médium. Ela projeta e o movimento só se realiza com a permissão do médium! Dores não podem provir de uma Entidade de Luz, que nunca força o médium a nada.

Ninfa não trabalha com Ninfa, por quê?

Mestre, por que uma ninfa não pode trabalhar com outra nos Tronos? E também por quê não podem ocupar um lugar de hierarquia na doutrina como Arcano ou mesmo Presidente? Sei que nossa doutrina foi trazida a esse plano por intermédio de uma mulher (Nossa amada Tia Neiva). Também me contaram uma “historinha” que duas ninfas se apaixonaram pelo mesmo jaguar na época em que uma ninfa podia trabalhar com outra. Disseram que essas ninfas foram para o trono e a ninfa lua incorporou um sofredor e agrediu a ninfa sol, desde então, segundo a história que me contaram, ninfa não trabalha mais com ninfa por conta desse episódio). Ai eu pergunto ao mestre foi por conta disso que as ninfas passaram a ter energia negativa?

Salve Deus!

Felizmente a “historinha” que lhe contaram (sobre a briga das ninfas) é completamente absurda. Imagine, se fosse assim Doutrinador não poderia trabalhar com Ajanã também!

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Em nossa Doutrina tudo tem uma razão de ser e uma explicação coerente. O dia que não encontrar respostas em nossa Doutrina eu abandono meu colete! Muito sério este compromisso, mas não tenho nenhum receio.

Ninfa não trabalha com Ninfa porque tecnicamente seu plexo tem uma preparação especial. Diferente do plexo masculino (de uma tônica mais rude), o plexo feminino é mais sutil e sujeito às emoções. Podemos observar claramente a maior facilidade que as mulheres possuem de expressar seus sentimentos com naturalidade. Visando proteger as ninfas da forte carga emocional que carregam os espíritos sofredores, Pai Seta Branca, que considera todas as Ninfas como Rosas de seu jardim, determinou que elas não deveriam se sujeitar ao risco de, unidas pela ionização que ocorre nos Tronos, tivessem os dois campos emocionais ligando-se ao sofredor.

Tentando traduzir, é uma verdadeira proteção para evitar desequilíbrios emocionais causados por espíritos mais desajustados.

Não seria impossível o trabalho acontecer, mas Pai Seta Branca considerou um risco desnecessário.

As altas classifi cações para uma Ninfa, foram substituídas pela possibilidade de envergarem as indumentárias de uma Falange Missionária, representando uma Princesa em seus trabalhos de Falange. Assim como expliquei em um texto recente sobre as “Ministras”, a representação de uma Ninfa como Missionária equivale à mesma capacidade e missão de um Arcano.

Novamente traduzindo, toda Ninfa, ao assumir uma Falange Missionária passa a ter além de todas as origens de sua emissão, o acréscimo de estar sob a ordem de uma Princesa Guia Missionária.

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Existiram casos extraordinários, como Mestre Edelves, que foi consagrada Arcano devido às suas heranças e também de Dona Gentina que foi Presidente do Templo de Pirapora (Templo para o qual foi redigida a Mensagem dos Lírios que hoje faz parte da contagem de cartas de Iniciação).

Sem Tia Neiva e sua clarividência, não se pode determinar heranças que justifi cassem uma nova classifi cação como estas.

Não existe nenhum preconceito, ou desculpas por conta de historinhas, são apenas fatores técnicos e missões com classifi cações diferentes. Um Príncipe ou um Mago não emitem na ordem de um Cavaleiro... Somente as Ninfas Missionárias dispõem desta prerrogativa.

Pai Seta Branca nos Tronos

Meus irmãos, não é de hoje que escuto que Pai Seta Branca veio nos Tronos dar uma mensagem. Não é que eu considere que ele não possa fazer isso, mas, Salve Deus! Não seria uma tremenda falta de caridade do Pai em relação ao médium em questão?

O Médium que incorpora uma entidade identifi cando-a como Pai Seta Branca cai em descrédito. Muitos acabam não falando abertamente, mas a verdade é que algo soa de forma estranha nesta Contagem.

No meu entendimento existe todo um preparo para que o Pai possa estar pessoalmente incorporado. Uma imensa corte astral se desloca, todo um sistema energético e espiritual é realizado para permitir que uma entidade de Alta Hierarquia projete em um Apará. Basta que observemos a necessidade da “Cultura de Pai Seta Branca”, implantada por Tia, para viabilizar uma incorporação no Oráculo ou nas Bênçãos, onde sequer mensagens são proferidas.

E no fi m do ano? Quando o Pai vai falar então! Vejam a necessidade de uma imensa quantidade de médiuns presentes para trazer o equilíbrio necessário de tal realização.

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Nas bênçãos do Pai, nos Templos do Amanhecer, todo um preparo também é exigido. Mestres e Ninfas devidamente preparados se deslocam para auxiliar na organização do ritual.

Nos Tronos? Sigo o raciocínio de que se o Pai precisar dar uma mensagem pessoal para um determinado médium, ele viria na simples roupagem de um Preto Velho, e suas palavras, sua emanação, seria a mesma, atingindo o objetivo de sua mensagem.

Nossa própria Mãe Clarividente também, se for necessário, virá na roupagem da mais humilde Preta Velha e deixará registrada no coração de cada um a mensagem.

Na Luz não existe mais a vaidade! Não há porque uma Entidade usar a roupagem de alta hierarquia para se apresentar, salvo em situações que a energia local permita e o Ritual esteja totalmente dentro de nossas Leis.

Não há necessidade de Entidades de Alta Hierarquia apresentarem-se como tal, submetendo o Apará às dúvidas da maioria do Corpo Mediúnico. O Apará pode até sentir a grandeza da energia que o envolve nesta hora, mas nunca será inspirado pela Luz a envaidecer-se pela incorporação!

Pessoalmente, tenho a certeza que já recebi mensagens que marcaram profundamente meu espírito, dadas por um Preto Velho, ou Preta Velha, quase que desconhecido. Posso até sentir que “veio de alguém conhecido”, mas o que realmente importa é o quanto marcam nossa jornada.Somente pela emanação é que chega ao coração de um Jaguar.

Se estivesse em um Trono, onde Pai Seta Branca se manifestasse sem qualquer motivo plausível, ou sem claramente a estrutura necessária... Salve Deus! “Oh! Obatalá...” seria a minha resposta. Não seria nosso próprio Pai a violar os Rituais que nos trouxe através de Tia Neiva.

Salve Deus!

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5º Capítulo

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Não exigirei nada deste vosso sacerdócio, porém vos prometerei tudo no cumprimento desta missão. Não esqueçais que há dois mil anos, fostes por Deus preparados, na ciência e na fé.

Pai Seta Branca

Pai Seta Branca, ao aceitar do Grande Mestre Jesus, a missão do socorro fi nal, proporcionando a feliz oportunidade na luz do esclarecimento aos espíritos ainda acrisolados no desamor e na incompreensão, convocou mais uma vez a tribo milenar dos Jaguares, espíritos veteranos deste Planeta, verdadeiros guerreiros da Luz, que também buscavam fechar seu ciclo kármico. Sabia, o Grande Pai, que esse trabalho exigiria perseverança e força de vontade, características que a disciplina espartana de outrora afi rmou entre os Jaguares.

A missão atual começou a ser preparada na Era dos Oito, com o resgate fi nal dos Enoques e a presença de Natacha, na Cachoeira do Jaguar.

Natacha voltaria como a Clarividente Neiva Chaves Zelaya, tendo o suporte de Pai João e Pai Zé Pedro de Enoque nos Planos Espirituais.

Todo um acervo de conhecimentos sobre manipulação de energias sem, contudo, exigir nada em troca, em respeito ao livre arbítrio, foi disponibilizado, e a Clarividente Neiva concebeu o Doutrinador!

Os conhecimentos sobre o Sistema Crístico, implantado na Terra pelo Grande Mestre Jesus, substituindo defi nitivamente a lei mosaica por uma mensagem do amor universal, onde a Lei do Perdão e da Caridade permite a Evolução com a amenização do carma, individual e coletivo, trouxe a consciência da mediunidade sem incorporação. Aliar a fé e a ciência, a incorporação ao conhecimento e interpretação do fenômeno, transmutou o dogmatismo em esclarecimento, esperança e Luz. Brilhou o Farol da Nova Era!

Pai Seta Branca afi rma 2.000 anos de preparação. Refere-se ao o conhecimento, implantado no coração do Jaguar,

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ao longo de toda a sua trajetória transcendental, da necessidade de se praticar o amor e o perdão, a caridade e a misericórdia, como meio de se obter a evolução do espírito. Sem contudo esquecer a força da disciplina e a necessidade do esclarecimento sem fanatismos e dogmas.

Temos em nossas mãos todas as ferramentas, e o conhecimento ao nosso alcance, bastando ser despertado em nosso espírito. Por isso a constante lembrança da necessidade de mediunizar-se e manter vivo o contato com a Individualidade. Nela, no espírito, está acumulada toda a experiência necessária para conduzir os que nos são confi ados, encaminhados ou que desesperados nos procuram.

Uma coisa vocês precisam entender bem: nós não vivemos uma fi losofi a cristã – vivemos um Sistema Crístico! O sistema é uma estrutura, uma cultura universal pronta, acabada, que existe e não tem possibilidade de mudar. Já a fi losofi a cristã é a maneira como os Homens interpretam a Lei. Assim se formam as religiões, baseadas justamente na distorção destas interpretações, porque não há unidade de pensamento. Reúnem-se as idéias e fabrica-se uma nova forma.

Trino Tumuchy, Mestre Mário Sassi

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O que é Livre Arbítrio?

A Lei do Livre Arbítrio é totalmente respeitada em nosso meio.

Livre Arbítrio é a liberdade incondicional que nós outros temos de agir segundo a nossa própria vontade, de acordo com os nossos próprios desejos, sem a necessidade se seguir sequer a nossa consciência ou mesmo de respeitar a vontade e as necessidades alheias. É agir livremente, em qualquer direção.

No exercício do livre arbítrio podemos agir, inclusive, de forma contrária às leis, sejam elas físicas ou não, bastando-nos tomar a decisão nessa direção.

Quando alguém perguntava a Tia Neiva se “podia fazer tal coisa” a resposta era semrpe a mesma: Sim, meu fi lho, pode sim!”

Mas se alguém lembrava de perguntar: “devo fazer tal coisa?”... Entao a resposta poderia ser diferente...

Podemos fazer o quê quisermos! Esta é a Lei. Mas nem tudo me fará bem, bem aos outros e com certeza, tudo que fazemos traz uma conseqüência, boa ou má.

Semear é livre, colher obrigatório!

É claro que o exercício desatinado e irresponsável do livre arbítrio nos traz conseqüências desagradáveis e, muitas vezes, enormes prejuízos para a nossa existência física e para a nossa própria evolução espiritual.

Grande parte das nossas dívidas, dos nossos problemas e do nosso carma, deve-se ao exercício impensado do livre arbítrio, quando decidimos agir de forma egoísta, atendendo apenas aos nossos anseios pessoais, sem nos importamos com a dor alheia ou com os prejuízos que a nossa ação poderia causar.

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De outro lado, quando assumimos o compromisso de caminhar lado a lado com a Doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo, na condição de verdadeiros missionários, semeando amor e perdão, na verdade estamos limitando o exercício do nosso livre arbítrio, pela “inafastável” vinculação de nossas ações e nossos pensamentos a uma conduta doutrinária precisa.

Por isso, devemos ser prudentes, responsáveis e conscientes no uso do livre arbítrio, porque estamos no cumprimento de uma missão, para a qual nos foram confi adas forças e técnicas de manipulação de energia, além de espíritos encarnados e desencarnados, que precisam do nosso amor, da nossa compreensão e do nosso empenho, e também para que não causemos mal àqueles que nos foram entregues.

Somente assim estaremos evitando as conseqüências danosas de nossa própria irresponsabilidade.

Jaguares da Última Hora

Ser Jaguar implica em aceitar o Evangelho em sua abençoada síntese: Amor, Humildade e Tolerância. E, desta forma, sermos vistos, não apenas dentro do Templo como real esperança de Cura e Libertação, mas também em nosso dia a dia. Transformando nossa vida em nossa missão.

Bem, já que sou Jaguar, falo de nossa Doutrina e do que esperam de nós! Nossos irmãos, de fé ou simplesmente pacientes, bem como a Espiritualidade que nos orienta.

Falamos sempre sobre conduta doutrinária, sobre como comportar-se dentro do Templo. Às vezes avançamos para o período que antecede os trabalhos, seus intervalos e no máximo sobre o período completo de um Trabalho de Prisão. Mas normalmente nunca falamos sobre o nosso real dia a dia. Sobre as atitudes que devemos, ao longo da jornada, ir eliminando ou agregando, para nos tornarmos mais compatíveis com nossos objetivos espirituais. Falo primeiramente para mim mesmo, e pelo tempo que demandei em ir percebendo o quanto o homem do dia a dia estava distante do mestre, e quanto era necessário

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aproximá-los. Já escrevi parte de minha triste experiência pessoal com o orgulho, em texto do mesmo título, e a cada dia, sinceramente, vou buscando aperfeiçoar os defeitos dos quais me conscientizo. Venho agora dividir um pouco desta busca com vocês.

Não é mais possível admitir que sejamos Jaguares somente durante nossos trabalhos espirituais, ou nas horas que lembramos de nossas orações. Temos que ser Jaguares 24 horas por dia. Não importa onde estamos ou o quê estamos fazendo. É o momento de despertamos a consciência para nossa verdadeira responsabilidade. Para o quanto devemos nos preocupar com a caridade, com o amor, com a fraternidade e o respeito pelo próximo, e o quanto estes nobres sentimentos tomam parte de nossos corações e mentes, de verdade!

De nada resolve guardarmos nossos coletes, radares, capas e indumentárias, realizar grandiosos trabalhos, zelar pelas escalas, se quando terminamos nosso trabalho no Templo, tiramos o uniforme esquecendo todas as mensagens e as boas lembranças das valorosas instruções recebidas ou vividas durante uma realização espiritual.

Não podemos mais sair do Templo achando que nossa missão acabou por ali, e inconseqüentemente deixar de aplicar nosso aprendizado.

Nossa Doutrina é extremamente prática, somente os buscadores é que vão ao encontro de seus mistérios e entendem a essência contida nas cartas de nossa Mãe Clarividente. Com a consciência desperta temos a obrigação de executar a praticidade da Doutrina. Mas como? Basta buscarmos uma conduta compatível no dia a dia, com a nossa conduta doutrinaria, com a conduta de Jaguar.

A força da espiritualidade não será afetada pela conduta de alguns jaguares, mas o respaldo de nossa doutrina, sim!

Desta forma aparecem os problemas que alguns médiuns passam, e ainda tem a coragem de dizer que sempre foram verdadeiros fi lhos de Seta Branca, que sempre tiveram

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conduta doutrinaria impecável, que seguem todas as leis com perfeição, etc, etc... Ou pior ainda, caem na sintonia de ser vítima: dizem que não merecem isso! Questionam a própria espiritualidade, e acham que nossas Entidades têm a obrigação de resolver os problemas que eles mesmos criaram!! Falo, porque já passei por isso!

Falsas verdades, justifi cativas simplistas, desculpas tolas, que apenas servem para ajudar a fantasiar a verdade. Sabemos qual a verdade! Alguns de nós acreditam que saber todas as leis decoradas, ter as mais altas classifi cações e estar sempre presentes nos trabalhos do templo, substituem a verdadeira conduta de jaguares da última hora que devemos ter no dia a dia... Amor, Humildade e Tolerância.

Não! De forma alguma! Não há classifi cações, indumentárias, radares, conhecimento do Livro de Leis, presença, escalas, que substituam os ensinamentos do Divino Mestre tão bem sintetizados por nosso amado Pai Seta Branca: Amor Humildade e Tolerância. Para que nossos trabalhos espirituais surtam algum efeito para nós mesmos, é fundamental a coerência entre quem o realiza e como este está agindo com seu semelhante.

Urge que nos tornemos Homens e Médiuns melhores. Que nos preocupemos menos com classifi cações, ou com qual a hierarquia da entidade que está incorporando, e mais com nossos semelhantes.

Lembro que quando eu estava radiante por ter sido classifi cado Rama 2000, Pai João me disse:“Oh, meu fi lho, você já está quase conseguindo o direito de usar seu colete no plano espiritual... Mas ainda falta meu fi lho. Continue caminhando”.

Lembremos: somos os únicos responsáveis pela energia que atraímos. Somos refl exo de nossa atitude mental. Cabe a cada um de nós respeitarmos verdadeiramente nossa crença agindo como Jaguares, sempre!

Pai João sempre diz que amar a quem nos ama, até o bandido faz... Até entre os espíritos mais sem evolução ainda se encontra alguma forma de carinho. Mas amar àquele que te faz mal, que se julga seu inimigo, aí sim está o verdadeiro valor. Só é que se pode provar que aprendeu alguma coisa.

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Estrutura de um Espírito Encarnado

Nós sabemos que o Homem é composto de corpo, alma e espírito. O corpo e a alma são instrumentos do espírito.

Na verdade, nós separamos todos, pois há uma independência muito grande de cada um.

O corpo é uma projeção do espírito, uma vez que é o espírito que fabrica seu corpo, de acordo com o tipo de carma por ele planejado.

Da mesma forma, a alma é projetada segundo o espírito.

O trabalho evolutivo do espírito é feito através do corpo e da alma.

Assim, nós colocamos nosso corpo e nossa alma a serviço do espírito, através de nossas heranças.

Assim, quando fazemos nossas emissões, estamos nos reportando a todas as vivências do nosso espírito, porque ele não pertence a este plano mas, sim, às nossas origens.

Tia Neiva, sem data.

Os Três Reinos de minha Natureza

Os Três Reinos de minha Natureza; Personalidade e Individualidade; Alma e Espírito; e outros.

Existem alguns conceitos básicos em nossa Doutrina que devem ser claramente compreendidos já nos primeiros passos. Porém, muitos, envolvidos pela rapidez com que desenvolvemos as técnicas doutrinárias, acabam fi cam com idéias não muito claras a respeito.

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Os Três Reinos de minha Natureza – Consideremos o ser humano encarnado um ser “tríplice”, ou seja formado por três “plexos”. Para que possamos compreender bem este conceito é necessário analisar separadamente cada um destes três plexos:

O Plexo físico – Este é simples de explicar! É o seu corpo. Pura e simplesmente o corpo que seu espírito ocupa nesta encarnação. Não “é” você, mas faz parte de você. Ele tem um tempo de vida útil que irá se esgotar e morrer, mas você não morre com ele, por que ele apenas é um terço do que o ser humano encarnado representa.

O Plexo Mental – Ou sua Psique. Neste ponto é que começam algumas dúvidas, pois normalmente conceituamos que alma é espírito são a mesma coisa, certo? Errado!!! Em nossa Doutrina distinguimos bem “alma” de “espírito”. Consideramos como “alma” o quê hoje você representa nesta encarnação. O José, João ou Maria... É a sua encarnação atual! Sua Personalidade.

O Plexo Mental é representado pela sua alma. É você hoje, sem considerar outras encarnações. Chamamos “Mental”, porque é controlado pela sua mente, pelos seus desejos e fruto de sua atual experiência. Refl ete a maneira como foi criado, os bons e maus princípios que aprendeu nesta vida, e o quê pensa e age com refl exo. Ao morrer o Plexo Físico (o corpo), as lembranças de sua mente nesta encarnação (Plexo Mental) irão agregar-se ao seu Plexo Espiritual... Ao seu Espírito. Por tanto, a alma é apenas uma personalidade transitória que agora você está vivendo e registrando em sua mente. Muito diferente do seu Espírito!

O Plexo Espiritual – Considerando que já compreendemos que a alma é apenas “você hoje”, sua personalidade e lembranças de sua vida atual, fi ca mais fácil compreender a diferença clara quando vamos falar em espírito. O espírito é o seu EU verdadeiro! Este é você! Não é apenas o José, João ou Maria! É a soma de tudo o quê você já viveu nesta e nas outras encarnações. Com a morte do corpo, a alma passa a ser apenas uma lembrança a mais na sua memória espiritual. Como espírito você é a soma de suas muitas passagens por este e outros planos!

O primeiro questionamento neste ponto é sobre o “despertar”. “Quer dizer que quando eu desencarnar vou perder minha personalidade de Kazagrande e imediatamente passar a ser um espírito carregando a lembrança desta última “atuação

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no palco da vida terrestre”?”

Bem... Cada caso é um caso! Sim, existem aqueles que já estão preparados para recordar de suas outras passagens quase que de imediato. Mas a maioria precisa de um tempo de adaptação de retorno a sua condição espiritual. Vai desligando-se dos apegos da última passagem e tomando consciência, aos poucos, de sua real condição.

A capacidade de, ao retornar ao mundo espiritual, desprender-se dos apegos materiais da alma e dos desejos do corpo, é que determinam seu tempo de adaptação.

Quanto mais claramente compreendermos que não somos apenas um corpo, ou apenas a personalidade que atualmente vivemos, mais rapidamente poderemos estar em contato com o espírito, grande motivo de nossa mediunização.

Mantras, Chakras e Plexos

Já nos primeiros passos dentro da Doutrina, você passa a ter um “Mantra” ou seja, um conjunto de gestos, sons e atitudes que lhe permitem começar a se ligar com seu mundo espiritual. Você canta “Mayanty” e, ao fazer isso, você libera seu “fl uido” ou “ectoplasma”. Ele vai saindo de sua boca como se fosse uma nuvem invisível e essa fumacinha vai se juntando ao ectoplasma dos outros Médiuns e ao que já existe no Templo.

Ao mesmo tempo sua “aura” vai fi cando mais clara e a “parede” do seu Perispírito se torna mais límpida, mais transparente. Seus “chakras” começam a acordar e você vai recebendo de volta a mesma quantidade de fl uído que você está emitindo. Só que o fl uído que volta é mais sutil, cheio de vibrações positivas.

Ele atravessa seus “Chakras” e se comunica com seus plexos nervosos. (Plexos são feixes de nervos – lugares onde os nervos se cruzam).

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O maior “plexo” fi ca situado na região do estômago, entre este e o peito. Nele você recebe e emite a maior carga de ectoplasma e é por isso que os Mestres recomendam que você ande com as mãos cruzadas às costas (mantendo esta atitude até a Elevação de Espadas, quando passa a dispor do Cruzamento de forças Evangélico-Iniciática). Com isso você expõe mais o plexo solar, esse que fi ca acima do estômago. Outra parte do ectoplasma, que está sendo recebido, penetra pelo alto da cabeça, pelo “Chakra” coronário. Na verdade isso pode acontecer com todos seus “Chakras” e, por conseguinte, com todos seus “plexos”.

Aos poucos, você sente o resultado dessa complexa operação Mediúnica, e você começa a se sentir diferente. Sua mente clareia, você percebe em si mesmo uma excitação tranqüila, uma energia nova, uma certa leveza, uma espécie de alegria.

Na verdade, o que você sente é difícil de ser reproduzido aqui, uma vez que a experiência é só sua de acordo com você mesmo e com mais ninguém.

Essa é a experiência do princípio de comunicação de seu espírito, com você mesmo!

Daqui por diante você a cada dia aperfeiçoa mais sua capacidade de Mediunização. Com o tempo e a repetição ela se torna automática, rápida.

A partir da Mediunização, você tem pouca coisa a se preocupar, em termos de trabalho mediúnico. Você estando Mediunizado os Mentores e os Guias executam o trabalho por seu intermédio e vão lhe creditando os “bônus horas”, isto é, os créditos espirituais que vão saldar suas “dívidas” desta ou de outras encarnações. Trino Tumuchy

O Interoceptível

Muito se fala sobre interoceptível, mas poucas vezes encontrei algum médium que realmente tenha compreendido do que se trata. Estes dias um leitor observou o termo postado em uma carta de Tia Neiva, que acompanhou o primeiro texto sobre as emissões, e questionou-me sobre o assunto. De modo que creio que é o momento de desmistifi car a palavra e traduzi-la para a compreensão da maioria.

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Interoceptível é um mecanismo bio-espiritual de equilíbrio de forças. Está complicado?

Vamos simplifi car mais então!

Primeiro é necessário entender a diferença entre energias e forças, termos distintos, mas muitas vezes empregados como sinônimos.

As forças nos chegam ao abrirmos nosso canal de emissão. Chega pura da espiritualidade, cabendo a nós, ao unir-la a nossa mediunidade, transmutá-la em energia positiva. A força é neutra, não tem uma carga positiva ou negativa, por isso usei o termo “pura”.

Ao emitirmos, partimos em busca das forças para realização dos trabalhos.

O médium passa por todos estes preparos e se envolve em toda uma ritualística, para que possa colocar-se em condições elevadas de padrão vibratório, e assim transformar estas forças em energia positiva, apropriadas para a Cura Desobsessiva.

Assim entendemos que Energia, na verdade, a força já em condições de realizar Trabalho.

Interoceptível é um centro de equilíbrio de forças que serão revertidas em energia. É o mecanismo através do qual as forças que recebemos por meio de nossos chackras “da Vida e da Morte” serão equilibradas e convertidas em energia positiva ou, negativa...

As forças nos chegam pelos dois chakras - o da Vida e o da Morte (Jeovah Branco - a Vida - e do Jeovah Negro - a Morte), situados em nossas têmporas direita e esquerda, respectivamente, passando pelo Interoceptível, onde são equacionadas de forma que possam servir ao Trabalho Mediúnico. Veja que estou abordando a questão sob um aspecto claramente mediúnico, e sob a visão de nossa Doutrina, que não se restringe aos famosos “7 chackras”.

O Interoceptível deve manter estas forças em perfeito equilíbrio.

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Quando recebemos as forças, elas estão em um estado natural de neutralidade, e a função do Interoceptível, além de manter este equilíbrio, é permitir que sejam aproveitadas positivamente.

Nosso padrão vibratório é que determina como estas forças serão transmutadas em energia. Se estamos mediunizados, e verdadeiramente concentrados na realização da caridade desinteressada, a energia será positiva e útil à cura desobsessiva.

Do contrário, se estamos dispersos, ou envoltos pelos pensamentos do dia a dia, ou por alguma negatividade do padrão, as forças se convergem para o lado negativo, liberando uma energia prejudicial a nós mesmos e a todos que nos cercam.

Ao perder a concentração no trabalho que executa, o poder de equilíbrio do Interoceptível se anula. Por isso tantos detalhes a serem considerados durante um trabalho espiritual. Todos com uma função de também contribuir para a necessária atenção do médium.

Assim, como o Trino Tumuchy nos ensinava, o Interoceptível é o volante do equilíbrio do ser humano.

Nossa energia é emitida na forma de ectoplasma, resultante do agregar das forças espirituais com nosso magnético animal.

Se ao nos dedicarmos ao trabalho estamos com pensamentos negativos, desanimados, sujos, quando realizar a evocação, entramos em desequilíbrio, por deixar de contar com o efi ciente mecanismo do interoceptível.

A recepção, no interoceptível, é controlada pela curvatura das mãos. Os dois braços levantados funcionam como dois guias que jogam o feixe de energia para dentro de nós. Se, recebendo esta força toda, tivermos pensamentos contrários, nossa alma vagando por aí, entramos em desequilíbrio e não poderemos conseguir as coisas. Salve Deus!

Como trabalhamos com o lado emocional e intelectual, mesmo estando ligados a nossa individualidade, seu Interoceptível estabelece o equilíbrio de seu pensamento.

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Porém o seu interoceptível passa pela sua coluna, pelo seu coração, pelo seu estômago, etc., produzindo, aí, o aspecto emocional, e ele precisa trabalhar dentro de emoções equilibradas.

Assim, se você tem um aborrecimento qualquer, você tem que racionalizar, utilizando sua cabeça. Não espere que as condições do mundo melhorem. Ao contrário, você deve é se preparar para emoções cada vez maiores e mais intensas.

A manutenção da ordem da sua alma é um problema de conscientização. O Jaguar, hoje, não pode mais permitir os desatinos de sua alma, os pensamentos ruins, leviandades, para evitar o desequilíbrio do seu Sol Interior.

Bem, sobre Sol Interior, Ectolítero e Ectolítrio escreveremos em outro texto.

Cabe ainda acrescentar que na ionização, molhamos os dois chakras receptores com os dedos ampliando a capacidade de recepção e ao mesmo tempo protegendo-os.

Todos somos livres para obter a força do equilíbrio da razão, insinuando, à vezes, um falso comportamento, logo acusado pelo seu Interoceptível.

***

Sim, o Interoceptível é a linha de comando da vida e da morte!

Se o Homem, em toda a sua estrutura, pudesse pesar somente para envolver os grandes espíritos... Nada, ninguém está só. Cada criatura recebe de acordo com aquilo que dá. Devemos ter a mente sempre segura. A mente enferma produz o constante desequilíbrio. Não constrói. Acontece, então, a desagregação das células do Interoceptível, afetando o corpo físico, porque o corpo espiritual é quem organiza e mantém o corpo humano. Contém as idéias, diretrizes, a estrutura, as funções biológicas e psicológicas dos vivos.

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É incrível as coisas que se desagregam em virtude da mente conturbada. Este fenômeno de manter a individualidade - a conservação ou reprodução da alma - depende da disposição afetiva, caráter, gostos, inclinações elevadas com amor e raciocínio.

Tia Neiva, sem data

***

Sim, fi lho, o desenvolvido recebe sua emissão.

Emissão é um canal na linha horizontal, que capta as forças que atravessam o neutrom.

O médium desenvolvido é responsável por dois canais de emissão que se cruzam e estão ligados em seu Interoceptível, formado o seu equilíbrio na conduta doutrinária.

***

Sim, o Interoceptível é como uma balança, cujo fi el é nossa cabeça. Pesando só terra, entra em desequilíbrio!

Tia Neiva, em 8 de abril 1979

***

O corpo físico é ornamentado pela herança transcendental, que é o charme.

Quando fazemos consagrações estamos justamente buscando nossas heranças.

***

Quero lembrar-lhe que nem toda força que se desagrega é tudo de bom, como acontece em nossos plexos.

Existem em nós forças em pontos vitais que quando se desagregam é tudo de mal!

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Lembre-se do interoceptível e as forças incríveis que se desagregam quando nós nos desequilibramos. Nem preciso explicar: é tudo de mal! Tia Neiva, em 06 de junho de 1984

***

Corpo físico, plexo físico: O corpo físico é composto por partículas atômicas... Um grupo de átomos constitui a molécula e as moléculas reunidas formam o corpo. O plexo físico, ou plexo nervoso ou plexo vital, é um universo em miniatura, condensado em células vivas. É o plexo mais dinâmico das nossas emoções que governa os nossos desejos, é o mais coerente com a vida na Terra: nascimento, vida e morte. Este plexo tem por obrigação emitir vitalidade aos outros dois, que são o micro e macro-plexos, que falaremos a seguir.

Observamos, então, à luz desse conhecimento, que é o plexo físico a base principal de recepção e emissão das energias dos diversos planos e é o plexo responsável pela redistribuição dessas mesmas forças ao micro a ao macro-plexos. Carta Plexos e Charme, Tia Neiva, sem data

Outros Elementos

Micro Plexo - Alma: a alma, o pequeno corpo, é posicionada em nosso corpo físico entre a cintura e a nuca. É a alma o corpo sanguíneo do Espírito... Se revela pelos nossos pensamentos, é quem recebe e emite as vibrações. É a alma a sede dos sentimentos, este Eu, o núcleo central das decisões. É na alma onde vive a minha individualidade transcendental, a emitir a minha personalidade transitória... Carta Plexos e Charme,

Tia Neiva, sem data.

Macro Plexo - Perispírito: O perispírito, o macro-plexo: Perispírito... Essa forma é Deus, é energia luminosa de ação e reação... É o invólucro do corpo, uma forma inorgânica sensível, sua espécie é dolorosa, e é o perispírito que projeta a nossa roupagem, ou nossa indumentária, ou seja, pelo pensamento.... Por um conjunto de atrações provocadas e convergidas pela mente... Pelo pensamento... Emitem impulsos

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ao perispírito que molda, cria a sua roupagem, ou sua indumentária, mesmo no caso do espírito sofredor, que tem o perispírito apagado. Tanto no invólucro terrestre quanto no invólucro astral, temos, a saber, que o perispírito é o mais importante, o mais poderoso, não é tocado pelos nossos desejos, está sempre presente e não se infl ama. É o mais signifi cativo em razão de suas células. É o perispírito que emite a alma. É independente dela, se movimenta, atrai, comunica.

É o perispírito que retém, guarda conserva a modalidade adquirida durante a nossa vida na terra. O perispírito é a sede da evolução, ou seja, no perispírito fi ca o Registro Da Evolução Do Espírito.

Carta Plexos e Charme, Tia Neiva, sem data.

Pela ação da mente, pela força do pensamento, impulsos são emitidos ao perispírito que cria a sua roupagem, ou sua indumentária, mesmo no caso do espírito sofredor, que tem o perispírito apagado.

Tanto no invólucro terrestre quanto no invólucro astral, o perispírito é o mais importante, o mais poderoso. Não é infl uenciado pelos nossos desejos. Está sempre presente, não se infl ama, não reage. É o mais signifi cativo em razão de suas células. É o perispírito que emite a alma. É independente dela, se movimenta, atrai, comunica.

Segundo o Trino Arakem, o perispírito fi ca embaixo da película subcutânea que nos reveste e registra todas as nossas ações e reações.

Para você ter uma idéia aproximada de seu Perispírito, imagine que você está circundado por uma fi na parede de plástico transparente e fl exível que forma um oval. Ela é de matéria Etérica e por isso não interfere com o seu mundo físico, de forma perceptível pelos seus sentidos.

Nessa “parede” existem alguns pontos parecidos com tomadas de eletricidade, dessas que a gente tem nas paredes da casa. Através deles você recebe a energia do seu mundo Espiritual e transmite os anseios de sua Alma. Instruções Práticas para o Médium - Fascículo I - Trino Tumuchy)

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Plexo Iniciático

O plexo do espírito é preparado no Sono Cultural para a missão que ele irá desempenhar. No nosso caso, que aceitamos o desenvolvimento mediúnico, são colocados determinados tipos de energia em nosso plexo. Essas energias passam a circular em nossa corrente sanguínea, passam a fazer a reprogramação do nosso plexo.

Para que possamos suportar as difi culdades das missões que teremos que cumprir, no exercício do nosso sacerdócio, nosso plexo é reprogramado para cada trabalho.

Com a Iniciação Dharma Oxinto nosso plexo é elevado à condição de Iniciático. Assim os movimentos centrípetos e centrífugos são constantes, há um intenso recebimento e emissão de forças, inconsciente ou conscientemente, não há desperdício.

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Novos Elementos

Orbe

A primeira parte do mecanismo do iniciado é a sua orbe. Sua orbe são canais que giram em torno de sua cabeça e que lhe proporcionam a sua potencialidade. Cada ser humano tem a sua própria orbe, girando em torno de sua cabeça todos estes planos, todos estes planetas. Essas informações lhes chegam à cabeça através do interoceptível. O interoceptível é o primeiro passo que o iniciado tem da força de sua orbe, dando-lhe suas inclinações básicas.

Trino Tumuchy, em “Curso de Estrelas”, 16 de setembro de 1982

Movimento Centrípeto

Força Centrípeta - São forças que atuam de fora para dentro, de uma periferia para um núcleo, se concentrando. É a que vem dos planos superiores e atinge o plexo do médium, auxiliando-o e protegendo-o. Nas emissões e invocações recebe-se a força centrípeta, para utilização nos trabalhos.

Movimento Centrífugo

Força Centrífuga - São forças que atuam de dentro para fora, de um núcleo para uma periferia, se dispersando. É a força gerada pelo plexo, emitida na horizontal pelo médium, variando segundo sua capacidade de emissão e também conforme sua energia de origem. É usada na Lei do Auxílio

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Jeová Branco - É a magia do Nosso Senhor Jesus Cristo.

Jeová Negro - É o poder das forças negativas, das trevas, da escuridão.

Ectolítero - É uma membrana energética que envolve e separa as três esferas do Sol Interior.

Ectolítrio - É a energia que se forma no ectolítero, que vem do sol Interior, fazendo uma trajetória por todos os chakras, energizando e se preparando para ser emitido (é o padrão vibratório do homem encarnado).

Quando há o desencarne, o ectolítrio também sobrevive à morte, e ali fi cam muitas energias de tudo aquilo que se fez, que são as heranças transcendentais. Não se esqueçam de que, por onde nós andamos, deixamos nossas heranças.

Sol Interior - No íntimo de cada Ser Humano, situado na região do Plexo Solar, na área do umbigo, existem três esferas, umas girando sobre as outras, que formam o Sistema Coronário ou Centro Coronário. Essas esferas não são físicas, isto é, não são formadas de tecidos ou de qualquer substância palpável.

Desse Centro Coronário partem sete raios de energia ou sete forças que se distribuem pelo organismo. Cada um desses “raios” termina num ponto do corpo. Nesse ponto o “raio coronário” forma um centro de Emissão e recepção de energias. Esse “centro” se chama “Chacra” e sua função é a recepção e distribuição de energias pelo corpo.

Tanto o Centro Coronário como os chakras repousam no plano físico, sobre o sistema nervoso. Assim, no plano físico nós temos o Plexo Solar e os vários plexos; no Plano Etérico do corpo nós temos o Centro Coronário e os chakras, o mesmo sistema em dois planos diferentes.

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Estrutura de um Espírito Desencarnado

Quando o espírito desencarna, fi ca o plexo físico, e vão o micro-plexo e o macro-plexo, que vão se apurando... Apurando, até que o espírito se torna divino e conquista o terceiro plexo: Pai, Filho e Espírito Santo - Santíssima Trindade ou Chave do Verbo Divino. Falamos aqui no Espírito fora da matéria, em sua vida além-física, Salve Deus!

Carta Plexos e Charme, Tia Neiva, sem data.

***

Sim, fi lho, o desenvolvido recebe sua emissão.

Emissão é um canal na linha horizontal, que capta as forças que atravessam o neutrôm.

O médium desenvolvido é responsável por dois canais de emissão que se cruzam e estão ligados em seu Interoceptível, formado o seu equilíbrio na conduta doutrinária.

(...)

Sim, o Interoceptível é como uma balança, cujo fi el é nossa cabeça. Pesando só terra, entra em desequilíbrio!

Tia Neiva, em 8 de abril 1979.

***

O corpo físico é ornamentado pela herança transcendental, que é o charme.

Quando fazemos consagrações estamos justamente buscando nossas heranças.

(...)

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Quero lembrar-lhe que nem toda força que se desagrega é tudo de bom, como acontece em nossos plexos.

Existem em nós forças em pontos vitais que quando se desagregam é tudo de mal!

Lembre-se do interoceptível e as forças incríveis que se desagregam quando nós nos desequilibramos. Nem preciso explicar: é tudo de mal!

Tia Neiva, em 06 de junho de 1984

***

Todos somos livres para obter a força do equilíbrio da razão, insinuando, à vezes, um falso comportamento, logo acusado pelo seu Interoceptível.

Sim, o Interoceptível é a linha de comando da vida e da morte!

Se o Homem, em toda a sua estrutura, pudesse pesar somente para envolver os grandes espíritos... Nada, ninguém está só. Cada criatura recebe de acordo com aquilo que dá. Devemos ter a mente sempre segura. A mente enferma produz o constante desequilíbrio. Não constrói. Acontece, então, a desagregação das células do Interoceptível, afetando o corpo físico, porque o corpo espiritual é quem organiza e mantém o corpo humano. Contém as ideias, diretrizes, a estrutura, as funções biológicas e psicológicas dos vivos.

É incrível as coisas que se desagregam em virtude da mente conturbada. Este fenômeno de manter a individualidade - a conservação ou reprodução da alma - depende da disposição afetiva, caráter, gostos, inclinações elevadas com amor e raciocínio.

Tia Neiva, sem data.

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Forças

Já observamos no texto sobre o Interoceptível a diferença entre força e energia:

As forças nos chegam ao abrirmos nosso canal de emissão. Chega pura da espiritualidade, cabendo a nós, ao unir-la a nossa mediunidade, transmutá-la em energia positiva. A força é neutra, não tem uma carga positiva ou negativa, por isso usei o termo “pura”.

Ao emitirmos, partimos em busca das forças para realização dos trabalhos.

O médium passa por todos estes preparos e se envolve em toda uma ritualística, para que possa colocar-se em condições elevadas de padrão vibratório, e assim transformar estas forças em energia positiva, apropriadas para a Cura Desobsessiva.

Assim entendemos que Energia é, na verdade, a força já em condições de realizar Trabalho.

O Sol Interior

Uma das unidades de vida mais completa e mais complexa do Planeta Terra é o Homem. Nessa condição ele é também a condensação máxima das energias universais, das forças do Universo manifestadas na Terra, num ser consciente.

Condensação, que pode também ser chamada concentração, produz magnetismo e, isso signifi ca capacidade de atração ou de repulsão, conforme as energias se colocam ou são colocadas.

Assim, cada Homem, cada Ser Humano é uma potente usina de recepção e de emissão de energias. Receber e emitir é a função mais fundamental do Homem.

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As forças universais na Terra se manifestam, são perceptíveis, em três posições diferentes: anion, cation e neutron: anion é uma energia positivada, cation uma energia negativada e neutron uma energia neutra em movimento entre o anion e o cation. Esse é o principio básico do átomo o qual, naturalmente, é muito mais complicado que esta síntese simplifi cada. O importante para nosso entendimento doutrinário é a sua mecânica, isto é, a maneira como as energias operam, ou então, para maior clareza, como as forças se manifestam.

Também, para sermos mais explícitos doutrinariamente, devemos saber que esses “impulsos” das energias partem de dois pólos conhecidos: o Sol e a Lua.

Esse fenômeno acontece tanto no infi nitamente pequeno (micro-cosmo), como no infi nitamente grande (macro-cosmo). A palavra “cosmo” é um “abrasileiramento” da palavra grega “kósmos” que quer dizer “Universo”.

Filosofi camente poderemos dizer que os microcosmos são as unidades mínimas e os macrocosmos as unidades máximas, relativas e geometricamente dispostas, num sentido do menos infi nito para o mais infi nito e vice versa.

Com base nesses elementos para a formação da idéia vamos agora ao nosso “Sol Interior”.

No íntimo de cada Ser Humano, situado na região do Plexo Solar, na área do umbigo, existem três esferas, umas girando sobre as outras, que formam o Sistema Coronário ou Centro Coronário. Essas esferas não são físicas, isto é, não são formadas de tecidos ou de qualquer substância palpável.

Desse Centro Coronário partem sete raios de energia ou sete forças que se distribuem pelo organismo. Cada um desses “raios” termina num ponto do corpo. Nesse ponto o “raio coronário” forma um centro de Emissão e recepção de energias. Esse “centro” se chama “Chacra” e sua função é a recepção e distribuição de energias pelo corpo.

Tanto o Centro Coronário como os Chacras repousam no plano físico, sobre o sistema nervoso. Assim, no plano físico nós temos o Plexo Solar e os vários plexos; no Plano Etérico do corpo nós temos o Centro Coronário e os Chacras, o mesmo sistema em dois planos diferentes.

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Fascículo 3º, item 52, página original nº 84:

Outras duas palavras que você precisa entender com muita clareza são “Forças” e “Energias”. Elas não são exatamente sinônimas, isto é, não signifi cam exatamente a mesma coisa mas, no seu emprego elas se confundem. Por isso a gente usa “Força” ou “Energia”, conforme o emprego. Pela origem de ambas, Força deriva de “Forte”, o que tem Força; e Energia deriva de Trabalho, ou seja, de Força Direcionada, empregada em alguma coisa.

...

Fascículo 6º, item 77, página original nº 151:

Assim, cada Homem, cada Ser Humano é uma potente usina de recepção e de emissão de energias. Receber e emitir é a função mais fundamental do Homem.

Energias em movimento chamam-se forças.

***

Venho demonstrando - e tenho certeza de havê-lo feito rigorosamente - a evolução da força, desde a polarização que produz às afi nidades, congregadas e transfundidas, que constituem a força vital ou biogênica, que se desdobra ao assumir sua atividade na motricidade da sensitividade, cuja força cria no reino vegetal, fortalecendo o reino animal, e que também manipula o ectolítero para ectolítrio, energia que, depois de manipulada, se desprende do plexo e se faz ectoplasma. O ectoplasma é uma energia fl uídica, de corpos fl uídicos que podem materializar e só se ilumina pela concentração ou pelo ritual qualquer do condutor.

Tia Neiva, Sem data.

***

Ministro, Legião, Terceiro Sétimo, força vibradora. Digo, força vibradora decrescente giradora. Força decrescente que se desenvolve pela energia dos grandes atributos da Terra. São forças que se desagregam e se emitem em outras legiões.

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Em Koatay 108 percorre a necessidade onde cabe chegar a evolução de cada Adjunto que ainda pertence à Terra (não é preciso dizer que ainda pertence à Terra: falando em Koatay 108 falamos em Adjuntos nos Carreiros Terrestres).

As legiões, onde seus Ministros consagram um Adjunto aqui na Terra, são responsáveis por ele. Sim, desde que ele (Adjunto) disponha de uma força decrescente. Porque o Adjunto Koatay 108 dispõe de uma energia que é designada a grandes fenômenos extra-sensoriais. Esta força se expande porque o Adjunto Koatay 108 gera do Primeiro para o Terceiro. Digo: Primeiro para o Terceiro é força decrescente. Por conseguinte, gera força energética. Energética é força de energia vital ou força do Jaguar. Essa energia é uma força, quando emitida em um ritual religioso - a força do Jaguar!

Falando-se em energia, devemos saber que há poucas espécies de energias.

Energia, como se sabe, só o Homem na Terra dispõe. Sim, energia! Tudo é energia. Não há boa nem má - ela existe. Depende de seu estado, da natureza, da hora, de quem e como emite a energia.

A energia que sobe do Primeiro para o Terceiro Plano, que eu conheço pelos meus olhos de clarividente, é única e exclusivamente a do Jaguar Consagrado, que emite até sua Legião, na Linha do Auxílio, para benefi ciar outros da mesma tribo. Isto é, a energia que o Mestre Jaguar desenvolve na emissão, ou melhor, emite em seu canto, é captada nas pequenas estações de sua Legião para servir em socorro dos grandes vales da incompreensão, dos necessitados em Cristo Jesus.

Esse pequeno posto que eu, Jaguar, emito, é o meu Terceiro Sétimo, é o que é MEU. É do que dispõe a minha abertura e a dos demais que precisam de mim, digo, em nome de qualquer emissão de um mestre consagrado.

Toda força decrescente de um Adjunto segue pelo que é SEU, o SEU Aledá, o SEU posto de receptividade na linha do SEU Adjunto. Se eu tiver - EU - 7 Raios na Linha de Koatay 108, em minha linha decrescente autorizada, crio, aos poucos, a minha estação, o QUE É MEU, o que cabe, por Deus, aos meus esforços, ao meu amor, ao meu plexo em harmonia.

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Isto é o meu pequeno ALEDÁ, que servirá aos meus dependentes num mesmo conjunto de forças. Um só Aledá, de pequenas estações, na proporção do meu amor e na harmonia dos três reinos de minha natureza, que é o meu SOL INTERIOR. Na conjunção de um Adjunto, vou também emitindo e edifi cando a minha estação, o meu Aledá.

Por que - podem perguntar - somente um Adjunto consagrado em seu povo decrescente?

Porque somente um povo decrescente consagrado em uma força poderá emitir a sua energia no que É SEU! Digo, no posto, na legião originalizada, na amplidão do que é seu, o seu Aledá, o seu Terceiro Sétimo.

Não há condições de um mestre, sem as suas devidas consagrações, atingir o seu Terceiro Sétimo. As hierarquias o obrigam, uma vez que tudo é Ciência, precisão e amor.

Mesmo porque a receptividade ou energia dessa natureza, na qual estamos, é extraída da força extra cósmica que reina nos três reinos de nossa natureza. O ectoplasma a envolve, dando a faculdade para ultrapassar as barreiras do neutrôm e chegar ao reino prometido.

Não há fenômenos sem a causa porque não há causas sem o fenômeno!

E, dentro destes princípios, pensamos que valem a pena nossos esforços.

O menor trabalho de um Adjunto é esse, que vemos, a olho nu, aqui no mundo físico.

A grandeza, mesmo, é o que os meus olhos de Clarividente, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, tem registrado: são as chegadas dessas forças nas origens, onde quer que haja necessidade.

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Porque essa força - ENERGIA VITAL - é a libertação do espirito a caminho, é o alimento que arrebenta as correntes dos acrisolados, das vibrações da Terra.

Tia Neiva, em 09 de outubro de 1979.

***

O Homem não pode criar ou destruir a matéria. Nem pode criar ou destruir em vão. Sua força, sua energia, Deus criou, fi lho, para a felicidade individual do Homem. E para o Homem, com o dever de transmutação se o Homem não fosse contrário à Cabala. O poder cabalístico é que nos dá a faculdade de extração da energia... O ritual cabalístico nos conduz o poder das Amacês e das cassandras! Tia Neiva, em 19 de setembro de 1980.

A força é, portanto, esparsa e está em todo lugar, em qualquer ponto do universo é transformada em energia. A energia manipula o ectolítero e é transformada em ectoplasma, força vital, força da terra, força do jaguar.

Energia Manipulada - É a energia absorvida que se transforma em força vital e é emitida pelo plexo do médium iniciado.

Força Iniciática - É a captação e manipulação da energia do plexo. Esta energia sai do plexo manipulada, é uma força iniciática. Nós somos poderosas usinas. Como Pai Seta Branca fala: pequeninos acumuladores.

A Força Iniciática é emitida pelo plexo do médium desenvolvido (3P + 4N), complementa a força física e a força cósmica para o perfeito desempenho do médium em seu trabalho.

Força Esparsa – É a que fi ca vagando, sem destino, acabando por ser atraída por uma mente com baixo padrão vibratório. Pode estar em qualquer lugar. Até mesmo no Templo, uma conversa, uma falta de concentração, pode carregar um mestre com uma força esparsa. Pode ser de diferentes origens, e só são eliminadas através do trabalho, passando a vítima como paciente ou como participante.

Essa força é pesada, densa, formada por correntes negativas de ódio, inveja, ciúmes e revoltas. São forças formadas em blocos e fl utuam em ambientes negativos, à espera de quem entre naquela sintonia.

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Lei de Causa e Efeito (Karma)

A terra funciona, para o espírito encarnado, como uma espécie de escola, onde ele deverá assimilar um determinado conteúdo de ensinamentos.

A terra representa uma oportunidade para o espírito resgatar as suas dívidas, através da convivência com outros espíritos mais evoluídos e outros mais atrasados que ele, o que não plano espiritual não é possível acontecer, porque, lá, cada espírito se mantém na sua própria faixa evolutiva, sem que um possa ter acesso ao outro, se estiverem em faixas evolutivas diferentes.

A terra é, assim, uma escola para o espírito a caminho de Deus..

A reencarnação é uma bênção para o espírito que ainda tem restos cármicos. É uma bênção de Deus.

A reencarnação é feita seguindo um planejamento prévio, feito pelos Mentores e com a concordância do espírito, prevendo os graus das difi culdades que o espírito enfrentará para a sua libertação, para a sua evolução.

O espírito se liberta quando ele verdadeiramente cura todas as suas células, paga todas as suas dívidas e se reajusta com todas as suas vítimas. Quando ele reconhece o poder do amor e do perdão.

O carma existe em para todos, também entre os espíritos desencarnados. Há existência da bênção divina na reencarnação. Os reencarnados, vistos pelo olho físico, são todos iguais, permitindo, assim, que as cobranças e as

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dividas e reajustes se façam com menos sofrimento e em espaços de tempo menores. Nos mundos etéricos, receber a vibração de uma cobrança é algo terrível, desesperador e os reajustes são doloridos e duram muitas vezes milênios.

Como reencarnados, passamos por um sono cultural e nos submetemos a um programa reencarnatório, onde sempre temos a oportunidade de exercer a Lei do Auxílio na família, na escola, no nosso trabalho, nos proporcionando oportunidades de angariarmos bônus, que nos auxiliam no resgate de débitos transcendentais.

Fora do corpo físico o reajuste é mais difícil e demorado.

Não é possível anular o carma, porque ele está vinculado a outro espírito, que é a vítima e que tem o direito de cobrar. O trabalho verdadeiro, na Lei do auxílio, pode render bônus, que podem ser negociados com o espírito que tem o direito de cobrar.

Não basta ser do Amanhecer para pagar as suas dívidas transcendentais, é óbvio que não. Para se pagar as dívidas transcendentais tem que haver o confronto entre credor e devedor e este ajuste tem que ser entre os dois envolvidos.

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Prisioneiros

A fi ta roxa

A prisão é uma oportunidade que tem o Mestre Jaguar, pela Graça de Deus Pai Todo Poderoso, de se reajustar com suas vítimas do passado, daqueles que feriu por não saber amar. Através desse trabalho tanto o Mestre Jaguar, quanto a suas vítimas do passado, espíritos acrisolados no ódio e na vingança, tem oportunidade de se conscientizarem e de renascerem para a luz.

No Templo Mãe o período de prisão é de 7 dias e nos Templos do Amanhecer, 15 dias.

O Trabalho de Prisioneiros da Espiritualidade Maior é sempre motivo de diversas dúvidas. Dúvidas estas que já exploramos, grande parte, em textos anteriormente publicados aqui no “Exílio do Jaguar” e em emails particulares. Porém cabe ainda fazer um resgate histórico do inicio de sua implantação.

Seguindo esta intuição, presente em todos os textos redigidos nesta semana, vamos conhecer um pouco sobre “A Fita Roxa”, que representou os primeiros Trabalhos de Prisão em nossa Doutrina.

No início da jornada missionária de Tia Neiva, ainda na UESB, a cada passo, os Mentores davam provas de sua existência, para aumentar sua fé e lhe ensinar os trajetos e os princípios doutrinários.

A primeira prisão espiritual, ocorrida na UESB, em 1961, não se deu para “pedir um bônus em Cristo Jesus”, como nos dias de hoje, e sim, para dar uma lição a quem fi zesse por merecer.

O som do “gongo”, tocado do centro do pequeno acampamento, já causava um arrepio em grande parte dos médiuns, principalmente os menos tolerantes...

Todos os presentes, onde quer que se encontrassem, tinham que se dirigir a Tia Neiva, que já os esperava incorporada em Mãe Yara.

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Passavam por ela, e os “escolhidos”, por baixarem o seu padrão vibratório, ferindo assim a Conduta Doutrinária, recebiam de Mãe Yara uma “fi ta roxa” com a inscrição “REBELDE” e sua “sentença”, que correspondia ao tempo que deveriam fi car com aquela “medalha”.

Além da vergonha em usar a tal fi ta, espiritualmente Mãe Yara colocava uma “luz rosa” na aura do médium, que já saia dali “com dor de dente”. Era o chamado “coro” que o médium rebelde recebia durante o tempo de permanência com aquela “luz”. Durante este período o médium não podia se afastar do acampamento, tendo permissão para somente tirar a fi ta ao deitar-se para dormir.

Lembro de uma passagem, a mim relatada (na época da Uesb eu não era nem projeto de encarnação...rsrs), em que Tia, após desincorporar observou uma série de pequenos risos, e quis imediatamente saber quem tinha sido o “premiado”, de quem já estavam debochando... Foi então que percebeu, pregada em seu vestido, a bendita fi ta roxa... Nem ela escapava!

Tudo em nossa Doutrina, foi sendo conquistado a base de provas, que as Entidades mostravam diariamente na vida dos médiuns. No início da vida mediúnica de Tia, e dos que a acompanhavam, diversos fenômenos e lições eram recebidas diariamente, gradativamente atestando a veracidade das coisas do Céu.

Com muita simplicidade e muitas provações nossa Doutrina cresceu, até atingir seu patamar iniciático e cabalístico.

Vinte anos depois da “Fita Roxa”, a carta “O Anodaê da Legião” (1981) inicia a implantação defi nitiva do Trabalho de Prisão. Reafi rmado depois com a carta “Pequenos Detalhes”, em outubro de 1983.

Em um sistema já diferente da antiga fi ta roxa e próximo do que temos hoje, que foi aperfeiçoado pela Clarividente, inclusive com dois formatos de libertação: Aramê e Julgamento.

Com a presença de Tia, inicialmente os prisioneiros eram escolhidos por ela e muitas vezes recebiam suas histórias, das passagens a qual estavam reajustando.

Conforme a quantidade de prisioneiros aumentava, a historia individual de cada um foi deixando de ser contada, e Tia

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passou a entregar uma rosa de seu “Sétimo” acompanhada de duas pequenas mensagens diferentes, uma para as Ninfas e outra para os Mestres.

***

Às Ninfas recebiam o “Príncipe” e esta mensagem:

Querida Filha, Salve Deus!

Que a sua força, juntamente com essa Amacê que você tem agora, possa emanar esses irmãozinhos, caindo sobre eles como pétalas de rosas que irão despertá-los para uma nova vida, bálsamo sagrado que irá iluminar as Trevas em que estão perdidos, tirando o ódio e o rancor de seus corações e fazendo com que tenham novamente esperança, amor e equilíbrio.

Assim como no passado você foi instrumento de suas afl ições e injustiças, que hoje, evoluída, possa ser o instrumento da libertação - deles e sua - graças a essa feliz oportunidade que nosso querido Pai Seta Branca lhes proporcionou.

Estamos felizes com todo esse maravilhoso trabalho e pedimos ao Divino e Amado Mestre Jesus que envolva a todos com o Seu Sagrado Manto, para que a Luz e o Amor acompanhem eles e nós nessas novas jornadas.

Salve Deus!

Tia Neiva

Os Mestres recebiam o “Príncipe” e esta mensagem:

Salve Deus, meu Filho Jaguar!

És consciente das vidas transcendentais deste mundo físico em que vivemos, em que já ocupamos outros corpos, em que já caminhamos em outras trilhas, onde já subimos e descemos na esperança de um novo comportamento e, no entanto, mais uma vez nos emaranhamos e nos fi zemos cobradores e cobrados.

A Justiça de Deus nos permite a graça, nesta feliz oportunidade, de sermos prisioneiros dos Cavaleiros de Oxossi e das Grandes Legiões. E hoje, fi lho, escolhido pelo

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teu Cavaleiro, te libertas daqueles que impediam teus passos no progresso de tuas vidas material e espiritual, e de muito no teu quadro sentimental.

É tudo que posso dizer!

Filho, não precisas saber especifi camente o que fostes. Só digo que os anjos e os santos espíritos, que já se libertaram dos seus destinos cármicos, nunca serão prisioneiros no mundo das Legiões.

Esta pequena fl or é um “Príncipe Imantrado”, que eu preparei na Alta Magia para ti. Guarde-a e, se possível procure levá-la sempre contigo.

Alerta, fi lho!

Continue a lutar, tirando os bons proveitos desta libertação, porque, fi lho, só cai aquele que não está seguro em si mesmo.

Partirás daqui sem a perseguição destes que foram suas vítimas do passado!

Tia Neiva

Um Bônus em Cristo Jesus

Existem muitas recomendações para os Mestres e Ninfas que assumem uma prisão. São tantas, que nunca consegui escrever um artigo sobre este tema, fi caria extenso demais! Portanto, irei começar pelo aparentemente mais simples, porém mais importante comportamento durante a prisão: a coleta de Bônus!

“O Bônus é uma célula viva de Luz que se desprende de quem doa. Quando doada com carinho, atenção e respeito, o doador recebe em dobro!”

Preparar-se para coletar bônus é fundamental, afi nal você deverá assumir uma postura de real humildade e dedicação para que tudo em você seja verdadeiro naquela hora, e inspire quem vai assinar seu caderno, a fazê-lo com a mesma verdade.

Naquele momento você estará “sob os olhos de sua vítima do passado” e ela estará avaliando sua mudança de

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comportamento em relação ao mal que você lhe provocou. Lembre que no mundo espiritual não há máscaras! Sua aura vibra de acordo com sua emanação e pensamentos naquela hora, e será isso que irá demonstrar.

Colocou seu uniforme de prisioneiro, despido de suas armas (seu colete e consagrações) e de sua indumentária (no caso das Ninfas) sua posição é de resignação, de busca pelo perdão e real mudança, pois afi rma que está “a caminho de Deus”. Tomou o sal e perfume no local apropriado e agora está diante de seus irmãos, humildemente pedindo “um bônus em Cristo Jesus”!

É permitido entre os prisioneiros “trocar” bônus. Você pode pedir a outro irmão ou irmã na mesma condição. A postura na hora de receber o bônus é fundamental! Tem que estar verdadeiramente vibrando em favor de quem está lhe concedendo aquela oportunidade, por isso é importante procurar principalmente aqueles com quem tem algum tipo de antipatia, para que resignadamente faça o seu pedido e tenha também a oportunidade de demonstrar que todos precisamos uns dos outros.

“Seu padrão vibratório é a sua sentença!” Sabendo conduzir-se conquistará sua libertação, do contrário, a chance do reajuste é perdida! Não pensem que vai libertar-se se não tiver verdadeiro merecimento, e o merecimento se conquista a cada bônus.

Não existem “posições” para pedir bônus! Ninguém pode dizer que você deve pedir bônus com as mãos para trás ou para frente, olhos abertos ou fechados, o quê existe é postura! Tem que ser respeitoso, elegante e humilde.

Não se pede bônus sentado, nem com o cigarro na mão! Nem na lanchonete ou qualquer outro lugar que possa atrapalhar o trabalho dos outros.

Não se pede bônus a quem está ocupado, não deve ser inconveniente, interrompendo a jornada de outro médium. Não adianta nada juntar milhares de bônus de pessoas que não estarão em sintonia com você naquele momento. Repito: O bônus é uma troca de energia! Tem que existir sintonia e respeito.

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Não se pede bônus aos pacientes, pois eles não sabem do que se trata, porém se um paciente lhe procurar para isso, pedindo o esclarecimento e manifestando o desejo espontâneo de registrar seus bônus, Salve Deus, permita e agradeça!

Não existe uma regra dizendo quantos nomes você pode colocar no caderno, 1, 3 ou 100, porém o Trino Araken afi rmava claramente, em todos os cursos de Sétimo Raio, que o bônus é único! É um só que você dá e portanto deveria registrar somente o seu nome. Claro que é praticamente impossível cumprir esta recomendação, mas entenda que se alguém registrar no seu caderno apenas o próprio nome, ele está correto! Não vá sair vibrando: “que má vontade desse aí!”.

Já vi diversos cadernos de prisão onde Tia Neiva registrava mais de um bônus (100 e até 1.000), mas ela podia, não é? Mensagens escritas por ela e pelos Adjuntos de Raiz, acompanhadas de alguma recomendação e o registro de mais de um bônus, também já encontrei.

Não temos a capacidade de ver o “quanto” está ali registrado, mas nossa vítima do passado vai receber somente o que for real.

Seu caderno de bônus não deve se afastar de você! Tem que segurar o tempo todo e não pendurar nas calças ou no cinto. Bolsinhas para prisioneiro??? Salve Deus! Caderno é na mão! Emite com ele na mão sim! Prisioneiro não tem regalias e facilidades.

O importante mesmo, como já escrevi, é sua postura e vibração na hora de dar ou receber o bônus. É isso que vai determinar se ali realmente existe um bônus ou apenas um risco no caderno.

Depois, com o aumento do número de prisioneiros, isso se tornou impossível, e cada um passou a receber uma pequena mensagem com um “Príncipe” (Pequena fl or trabalhada na Alta Magia por Koatay 108) ao ser libertado. Aos Mestres, Tia Neiva passou a entregar uma Mensagem escrita, que você também receberá no dia do ARAMÊ.

Quando entre nós, nossa Mãe fazia as prisões. Com seu desencarne, a necessidade ou não de fi car Prisioneiro foi entregue à própria Consciência do Médium, que já tinha como sentir suas condições para assumir uma Prisão.

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Nenhuma entidade faz um Médium assumir a Prisão. O que pode acontecer, em casos de grande necessidade, é uma sugestão, dada por um Preto Velho num Trono, para que alguém, que se sinta em condições plenas de energia e equilíbrio, assuma, quando lhe convier, uma Prisão, pois a Entidade está vendo um quadro em que isso se faz necessário.

Para assumir uma Prisão há que se estar em condições de ajudar àquele irmão que será colocado junto a nós para ver que, hoje, somos diferentes daquele que o jogou naquela triste situação. Sem prepotência, sem arrogância, sem ódio, temos que estar conscientes de que teremos que agir com todo nosso equilíbrio, harmonia e amor no período da Prisão, para demonstrar àquela nossa vítima do passado que hoje somos diferentes.

No nosso coração vibra o Amor, quebramos nossas armas, nos despimos de nosso orgulho, de nossa vaidade, e ali estamos com Humildade, colhendo os bônus horas para nossa libertação.

Devemos estar alertas, pois a presença do cobrador (ou cobradores) junto a nós modifi ca nossa sintonia mental, nosso padrão vibratório, podendo nos causar mal-estar e até mesmo dores físicas e alta sensibilidade, tentando nos levar à irritação e à desarmonia. Por isso devemos evitar iniciar uma Prisão quando estamos atravessando fases difíceis, quando estamos enfraquecidos por algum mal físico ou vibracional, pois já estaremos prejudicados na essência do trabalho, que é a recuperação de nosso cobrador.

Aquele Cobrador precisa saber que nós não somos mais aquele que o prejudicou no passado. Ele vai saber disso pela nossa harmonia, pela nossa dedicação na Lei do Auxílio, pela vibração do nosso amor, e, especialmente, pela nossa reação àquelas situações em que ele nos colocar.

Temos que fazê-lo perceber e acreditar em nossa mudança.

Ele terá que ter certeza de que esta mão que hoje lhe estendemos é a mão de um irmão amoroso, que o quer trazer para a Luz, e não é mais aquela mão de alguém dominado pela paixão, pela vaidade, pela ambição, a mão armada que tirou sua vida e cortou seus sonhos, sua esperança, instrumento de um coração sem amor.

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Pela seriedade e pela grandeza, o trabalho de Prisão deve ser assumido com muita consciência, amor e humildade.

Quem se deixa levar pelo desequilíbrio, pela desarmonia, aumenta o ódio daquele cobrador, desapontado com mais uma oportunidade perdida, por ver que aquele seu algoz em nada mudou, e que retorna à condição de cobrador com maior intensidade, sem se ter libertado no Julgamento ou no Aramê, onde se faz presente a representante de Koatay 108 e a da Condessa Natharry, a Testemunha de Todos os Tempos, que representa o Espírito da Justiça, e se veste toda de preto simbolizando a viuvez da encarnação de onde trouxe esta roupagem.

ATACA

A ataca é o ponto de ligação com o irmãozinho que está na rede magnética, aguardando o desenrolar do trabalho de prisão. É pela ataca que se faz todo o trabalho com esse irmão, pois ele não tem outro referencial para identifi car aquele que foi seu carrasco no passado. É um feixe de energias que também protege o Jaguar, passando pelo seu plexo, substituindo a fi ta de sua indumentária.

Pela ataca, o Prisioneiro demonstra o seu trabalho, projetando suas energias no plano etérico e fazendo com que seu inimigo de outrora “sinta” suas vibrações.

A ataca pode ser de couro, no modelo original estabelecido por Koatay 108, ou de pano marrom, com o nome do Ministro do Templo. A ataca envolve o mestre, gerando uma tênue vibração protetora que permite ao cobrador vê-lo e vigiá-lo sem, contudo, poder alcançá-lo.

A pequena corrente que a Ninfa Prisioneira coloca em seu braço esquerdo também se denomina Ataca, e deve ser Prateada para a Ninfa Lua e Dourada para a Ninfa Sol.

O Mestre Lua Prisioneiro, Ajanã ou Ninfa Lua, não poderá trabalhar onde haja passagem de sofredores, pois, no momento em que assume a “prisão”, o Apará é ionizado por uma força especial. Se der passagem ao espírito sofredor, este poderá permanecer em sua aura, difi cultando sua vida e pode até tornar-se prisioneiro do próprio Médium.

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Na indumentária do Jaguar afi rmam-se as ATACAS, afi rmando a Guarda Pretoriana; os imortais de Amon-Rá na fi gura dos Núbios no Vale dos Reis e o respeitado Mundo Peloponeso. Toda faixa de Obsessores que dizemos perigosos atingirão estas épocas!

Tia Neiva - Pequenos Detalhes, em 13 de outubro de 1983.

História da Guia Missionária Aragana.Meus fi lhos, nunca se esqueçam de que tudo é consciência. Não podemos fi car alheios ao nosso passado, no que fi zemos, ou deixamos de fazer, pois no ciclo evolutivo da vida não podemos deixar marcas por onde passamos. Às vezes, por inconsciência, vaidade ou mesmo autoafi rmação, prejudicamos alguém e continuamos nossa marcha como se nada tivesse acontecido, mas, um dia, vem o reencontro, tem que haver o reencontro, e a prisão é o meio mais sutil, pois há Amor e Consciência, assim como nesta historia de Aragana.

Veja como Deus não tem pressa: Aragana, hoje, é um espírito muito evoluído, é uma Guia Missionária, porém, na sua passagem pela Terra, assassinou seu marido, que morreu com muito ódio e fi cou aprisionado na escuridão. Passaram-se muitos anos, Aragana encontrou sua Alma Gêmea... Mas não podia voltar a sua Origem, deixando um inimigo sofrendo as consequências. Todos se preocupavam com o sofrimento de Aragana, pois era um espírito bom e trabalhador, e era impossível voltar a Terra. Tinham que tirá-la das garras daquele terrível espírito e tinham certeza que ele só voltaria para Deus sentindo-se justiçado.

Foi então reunido um conselho de Entidades, incluindo Ministros... Assim, decidiram, num Plano Superior, fazerem um tribunal para julgar Aragana, na presença daquele espírito Sofredor, que sentia por ela e por toda aquela “gente” um ódio terrível.

O “advogado” deu inicio ao grande julgamento. Foi um choque terrível para Aragana, que chorava muito, sentindo vergonha daqueles que se achavam presentes: Cavaleiros, Guias Missionárias, Ministros... Enfi m, sentia vergonha de todo aquele povo. Os debates eram terríveis... E prosseguiam aquele julgamento tão serio. O espírito foi sendo doutrinado, enquanto Aragana, sentada a sua frente, expressava todo

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seu amor, pedindo que Jesus o libertasse. O Sofredor, vendo que Aragana se humilhava e lhe transmitia todo aquele amor, não suportou mais e gritou que parassem, pois ele não desejava mais vê-la naquele sofrimento. Por ele, Aragana estava perdoada e, em prantos voltou a Deus.

Terminado aquele sofrimento, tudo fi cou bem e, tempos depois ele ingressou na legião do Grandioso Mestre Lázaro. Passando muitos anos eles se encontraram num Plano que ele não conhecia, mas, a libertação total havia lhe dado fácil adaptação mesmo ainda em lugares desconhecidos. Aragana, durante sua “prisão” não podia participar das Grandes Escaladas com seus companheiros, em nenhum trabalho onde sua Luz pudesse aparecer.

Aragana e Pai Seta Branca acharam por bem contar esta história através da minha Clarividência buscando lhes mostrar a seriedade desta Prisão. Meus fi lhos, sem a ajuda dos Cavaleiros Verdes, seria impossível termos esta oportunidade de trazer até aqui um espírito Milenar, para uma doutrina, incorporado, pois um espírito desses irradia do espaço até aqui... Eles não vem até aqui, ou seja, não vem a este plano, mas nos projetam e nos atacam de qualquer maneira. Mas, tudo acontece pela bênção de Deus. Salve Deus! Tia Neiva

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O Bônus-Hora

Muitas vezes falamos de Bônus e não temos uma noção precisa do quê se trata. Tia Neiva esclareceu que é uma “moeda espiritual”, que permite ao recebedor gozar de benefícios espirituais. No plano físico também se pode atenuar uma cobrança com os bônus acumulados, em função de trabalhos espirituais, e “negociados” pelo nosso Mentor.

Dessa forma podemos considerar os Bônus como o nosso tesouro, a única riqueza que conseguimos acumular em depósitos celestiais.

Obviamente não se pode considerar como um pagamento, pois não depende apenas de um trabalho realizado, um bônus só é conquistado quando a energia doada é entregue com amor e consciência.

Quem recebe os bônus na verdade é o seu Mentor, pelo trabalho que realiza sob o nosso intermédio. Sendo um Espírito de Luz, deposita fi elmente a parte que nos cabe de acordo com nossa verdadeira vibração no trabalho. Quando necessitamos passar por uma cobrança mais “pesada”, nosso Mentor pode, através de nossos bônus conquistados, aliviar sua intensidade, resgatando aquele débito pelo amor que já demonstramos.

Os bônus são pequenas células de energia vital que vão se desagregando de um para o outro, fortalecendo nosso Sol Interior, rejuvenescendo nossas células.

***

“Quero deixar bem esclarecida a Vida além do mundo físico. Fui levada por Humarram, há muitos anos, para ver o quadro de uma enorme família que chegava da Terra. Interessante aquele grupo que viera por força de um desencarne em massa. Todos se organizaram: chegaram ricos e logo compraram suas mansões.

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Perguntei a Humarram:

- Onde conseguiram dinheiro?

- Conseguiram na luz dos seus bônus! – respondeu meu mestre.

- E o que fi zeram para ganhar bônus?

- Fizeram amigos na Lei do Auxílio, respeitosamente tiveram suas consagrações ou sacramentos; com respeito e amor ajudaram os outros; tiveram tolerância com seus vizinhos e demais comportamentos que não fi zeram sofrer os outros’’

Tia Neiva, em 11 de setembro de 1.984

***

“…Notando que a senhora Laura entristecera subitamente ao recordar o marido, modifi quei o rumo da palestra, interrogando:

- Que me diz do bônus-hora? Trata-se de algum metal amoedado?

Minha interlocutora perdeu o aspecto cismativo, a que se recolhera, e replicou, atenciosa:

- Não é propriamente moeda, mas fi cha de serviço individual, funcionando como valor aquisitivo.

- Aquisitivo? – perguntei abruptamente.

- Explico-me – respondeu a bondosa senhora -; em “Nosso Lar” a produção de vestuário e alimentação elementares pertence a todos em comum. Há serviços centrais de distribuição na Governadoria e departamentos do mesmo trabalho nos Ministérios. O celeiro fundamental é propriedade coletiva.

Ante meu gesto silencioso de espanto, acentuou:

- Todos cooperam no engrandecimento do patrimônio comum e dele vivem. Os que trabalham, porém, adquirem direitos justos. Cada habitante de “Nosso Lar” recebe provisões de pão e roupa, no que se refere ao estritamente necessário; mas os que se esforçam na obtenção do bônus-hora conseguem certas prerrogativas

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na comunidade social.

O espírito que ainda não trabalha, poderá ser abrigado aqui; no entanto, os que cooperem podem ter casa própria.

O ocioso vestirá, sem dúvida; mas o operário dedicado vestirá o que melhor lhe pareça; compreendeu?

Os inativos podem permanecer nos campos de repouso, ou nos parques de tratamento, favorecidos pela intercessão de amigos; entretanto, as almas operosas conquistam o bônus-hora e podem gozar a companhia de irmãos queridos, nos lugares consagrados ao entretenimento, ou o contacto de orientadores sábios, nas diversas escolas dos Ministérios em geral.

Precisamos conhecer o preço de cada nota de melhoria e elevação. Cada um de nós, os que trabalhamos, deve dar, no mínimo, oito horas de serviço útil, nas vinte e quatro de que o dia se constitui. “….

Chico Xavier em “Nosso Lar”

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6º Capítulo

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Desencarnando

Quando um espírito desencarna ele é conduzido, pelas forças magnéticas, a um determinado lugar onde passará por um breve período de restabelecimento de suas forças magnéticas, afi m de adaptar-se às novas condições de sua atual situação, ou seja vai acumular forças e se posicionar com o corpo espiritual.

Chamamos em nossa doutrina este lugar de Pedra Branca.

Pedra Branca é um local onde estão muitos espíritos, na mesma situação de desencarnados, mas não se vêem, isolados totalmente uns dos outros pelo neutrôm, ocasionalmente ouvindo vozes, sermões e mantras, muitos sem terem consciência de seu estado de desencarnado.

Ali, o espírito tem oportunidade de fazer refl exões, avaliar sua encarnação como se, em uma tela projetada em sua mente, passasse toda a sua jornada detalhadamente. Vê as oportunidades que lhe foram dadas; as boas ou más coisas que fez; o quê havia se comprometido a fazer, antes de reencarnar, e o que cumpriu ou deixou de fazer!

Ali é que se passa a famosa história do “fi lme de nossa vida”. Durante aproximadamente sete dias, o espírito vive as recordações de sua passagem pelo plano físico e determina com isso sua real situação espiritual.

Não existem mais máscaras e não se pode mais fantasiar seu verdadeiro caráter. Sua aura, claramente visível, toma a cor e a forma de seus pensamentos e é o perfeito refl exo de sua jornada. O padrão vibratório determina para onde deverá seguir.

Ao terminar este curto período de absorção de energia e determinação de sua condição espiritual, o espírito é novamente conduzido ao plano etérico da Terra, onde é orientado pelo seu Mentor que deve buscar continuar seu caminho, agora, nos planos espirituais. Este momento é decisivo! Pois se o espírito aceita seguir com seu Mentor, será encaminhado, de acordo com suas condições energéticas, a um dos planos dimensionais onde tenha condição de permanecer e se instruir para preparar-se para as novas jornadas. Muitas vezes, ainda sem energias que

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permitam que parta, é levado para a Mesa Evangélica, e lá obtém o fl uído magnético que lhe proporciona condições de partir. Por isso a Mesa Evangélica, na verdade, não é para “espíritos pesados”... Sua função principal é receber e doar esclarecimento e energia para os recém desencarnados. As Mesas “pesadas e desequilibradas” são atraídas pelos próprios médiuns.

“De fato, Tia, tentei me levantar de Pedra Branca, de onde estava, mas acredito que nem o super-homem o conseguiria.

Foi então que me passaram pela mente minhas faltas, na concentração daqueles dias. Senti imensa frustração pelo que havia feito.

Interessante, Tia, que eu não senti tanto pelo que fi z, mas, sim, pelo que deixei de fazer. Quantas pessoas a quem deixei de ajudar, e as quais desprezei!

Ia deixar, agora, a Pedra Branca, porque foram sete dias dentro de mim mesmo.”

(Tia Neiva, 30.11.75)

“17 ÀS 18 HORAS - As amacês fazem, por toda a Terra, um balé de forças, emitindo a inteligência, a religião e muita energia.

É a hora da Vida e da Morte!

Quando estamos nos planos espirituais, onde o Homem desencarnado se queixa pela falta de comunicação, de um esclarecimento de sua vida religiosa ou doutrinária, é neste horário que ele é levado à Terra, onde lhe é mostrada a grande Atalaia, onde tudo lhe é esclarecido, onde ele sabe que, por sua própria culpa, abandonou sua grande oportunidade.

A obra de Deus é perfeita e não tem mistérios nem usa subterfúgios.”

Tia Neiva - Horários, 1984

Porém, se o espírito não aceita o convite de seu Mentor para que o acompanhe rumo ao novo caminho que se abre; se ele ainda se sente preso aos sentimentos físicos; se a negatividade, preocupação e remorso, o dominam; e ele insiste em fi car, em ver de imediato os familiares, em não aceitar o desencarne... Neste momento a missão do

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Mentor termina! Sim, ele foi designado para acompanhá-lo durante toda a sua encarnação e conduzi-lo de volta ao Plano de origem. Porém, o livre arbítrio é soberano sempre! O compromisso do Mentor acaba ali.

Este espírito, que resolve fi car na Terra, fi ca sujeito às suas vibrações e ao quê elas atraírem. Poderá tornar-se um peso para sua família, ou mesmo, levado pelos tristes pensamentos a regiões de muita dor e sofrimento. Criará seu inferno e sofrerá até o momento da conscientização de sua real condição. Muitos são verdadeiramente capturados e vendidos como escravos. A dor, a humilhação, a degradação nos planos inferiores é muito, mas muito superior a qualquer castigo ou condenação que ainda exista aqui no plano físico.

Já o espírito que segue seu Mentor irá passar por períodos de trabalho, estudo e reabilitação para uma nova jornada. Estes períodos podem sem maiores ou menores, e são defi nidos exclusivamente pelas condições vibracionais do espírito.

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O Charme

Por cerca de onze meses terrestres, quando se inicia o plano reencarnatório de um espírito, este percorre, acompanhado por seu Mentor, os lugares onde viveu suas encarnações anteriores, balizadas magneticamente pelos charmes que deixou. Pela energia destes charmes, o espírito escolhe sua mãe, seu pai, sua família, os amigos e os inimigos, e, até mesmo, a forma de seu desencarne. Prevendo as próprias vacilações, ele escolhe um futuro amigo e protetor que irá ajudá-lo em sua nova jornada.

Para efeito de melhor compreensão, o charme é a energia marcante da encarnação. O que gerou fortes vibrações durante sua passagem, suas atitudes em relação à família, à sociedade, e a tudo que fez parte da jornada terrestre. Pode ser positivo, e poderá ser aproveitado como energia curadora, ou negativo, alimentando obsessores. Um charme negativo é gerado pelos desequilíbrios causados, pelas dores que infringiu a outrem.

O sucesso ou o fracasso de uma encarnação vai depender muito destes charmes, de como o espírito irá manipular as energias cármicas deixadas por ele.

“O espírito entra no corpo e é invisível, no plano físico, porque não tem charme. Não tem charme antes do contato com a carne.

O charme é um átomo, uma energia que se refaz na Terra, na vibração da Terra, do aroma das matas, das águas...

O charme é uma energia. Por exemplo: se um disco, uma Amacê, desgovernar-se em direção à Terra, não irá cair como um avião e, sim, fi cará se balançando a cerca de mil metros acima da faixa da Terra, porque não tem charme, átomos... Não sei bem, pois as entidades não me dão uma resposta decisiva!

A Amacê não cairia na Terra. Os espíritos não podem pisar na Terra. Aparecerem, sim; pisar na Terra, não! Afi rmo, por isso, que nenhum disco baixa na Terra e leva passageiros, espíritos encarnados. Impossível!

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O plexo físico é que traz a vibração, forma o charme e liga o espírito ao feto. O plexo físico é formado por energias do próprio planeta Terra. Por exemplo: o aroma das matas frondosas, das cachoeiras...

É o charme que se refaz das têmperas das pedras, do lodo, das campinas, dos mares...

Somos a centelha divina do Verbo encarnado...

Verbo encarnado, verbo luminoso!...

(Tia Neiva, 11.6.84)

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Reencarnando

Em determinado momento, estando verdadeiramente pronto, poderá receber a oportunidade de uma nova encarnação reparatória.

Um dos primeiros passos, quando a oportunidade da encarnação é concedida, é a “escolha dos pais”. De acordo com a afi nidade ou com as dívidas a serem reequilibradas, o espírito realiza a escolha (sim, nós escolhemos nossos pais) e estes espíritos encarnados são chamados, durante seu período de sono físico, para aceitar, ou não, este compromisso. Percebam que o compromisso familiar é realizado em um plano espiritual! Um solicita e os outros aceitam... ou não! Tomam conhecimento de quais serão as condições para o processamento do reequilíbrio e fazem uso de seu livre arbítrio para decidir.

Ao atingir o momento da concepção, o “reencarnante” já tem preparado todo o seu mapa genético, que compreende os processos de formação do organismo físico completo. A partir da célula-ovo, que contém todo o planejamento do indivíduo, com base na sua herança genética biológica, contida no DNA, obedecendo aos critérios do mapa cromossômico, que irão defi nir a modelagem bioenergética e a estrutura genética do novo ser.

Tendo tudo acertado de acordo com a sintonia e ressonância de sua nova passagem pelo plano da Terra, ao ser feita a concepção, no plano físico, pelos pais escolhidos, o espírito vai para um setor especial, onde é submetido ao SONO CULTURAL. Um grande trabalho para ser organizado seu perispírito e apagada sua grande memória, de modo que possa ter uma nova existência com um mínimo de lembranças transcendentais. Essa fase corresponde a, aproximadamente, três meses na Terra, e nela o espírito tem toda a preparação para sua reencarnação. NO momento da introdução do espírito, o agora “feto” já está no útero, com o coração pulsando e órgãos sendo formados.

A fecundação ou concepção, em que o espermatozóide do pai consegue penetrar no óvulo da mãe, também já é regida pelos planos espirituais, tendo em vista o plano reencarnatório do novo ser que está começando a ser gerado. Tem início a formação do embrião – a embriogênese.

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As projeções energéticas - Roupagens

Após o terceiro mês da concepção o espírito se une ao feto. O espírito reencarnante é colocado em torno do corpo, sob a pele, razão pela qual é denominado perispírito, revestindo-se da mesma substância da alma, dela se diferenciando por ter uma herança transcendental, enquanto a alma manterá apenas a herança desta encarnação.

O plexo físico é que traz a vibração, une-se ao charme e liga o espírito ao feto. O plexo físico é formado por energias do próprio planeta Terra. O Charme, Fagulha Divina ou Centelha Divina é a nossa herança transcendental.

A aderência do espírito ao corpo é mantida pelo perispírito, pela energia da fagulha divina impregnada pelas características da vida que foi levada por aquele ser enquanto encarnado em outras passagens.

Somos a centelha divina do Verbo encarnado... Verbo encarnado, verbo luminoso!... (Tia Neiva - Caminhando no Espaço, 11.6.84)

Nas diversas encarnações que tivemos registramos um chame local. Pontos magnéticos de nossas passagens, de nossas roupagens anteriores fi caram defi nidos e isso refl ete-se me nosso espírito. A cada 80 dias, mudamos nossa roupagem. Recebemos a projeção energética de uma determinada passagem anterior por este plano físico. Vivemos outras eras, em condições determinadas pelos charmes correspondentes que deixamos. É pelo charme que os nossos cobradores nos descobrem e nos identifi cam.

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Desmistifi cando o Leilão

Escutamos muitas vezes que quando um espírito se desvia demais de sua “programação”, ele pode ser “leiloado” e vir a desencarnar.

Mas o quê seria realmente esse leilão e em que condições ele se processa?

Será que a Espiritualidade iria interferir em nosso livre-arbítrio e simplesmente tirar a oportunidade de uma encarnação tão difi cilmente conquistada?

Salve Deus! Um leilão não é para qualquer um! Na verdade é uma verdadeira bênção, uma oportunidade que a Espiritualidade concede a um espírito que muito já trabalhou pela Luz, mas que em determinado momento de sua jornada, se desviou e passou a infl uenciar diretamente na vida e no Karma de muitos outros espíritos. Possibilitando assim uma “regressão espiritual” que não pode ser admitida no evento de uma reencarnação.

Explicando melhor: Um espírito que durante sua jornada física conquistou uma liderança signifi cativa, pelos seus méritos e trabalhos em prol da Luz, obtendo assim muitos bônus-hora, e que se “perde” em direcionamentos que começam a conduzir outros encarnados e desencarnados a este mesmo desvio, pode ter a oportunidade de deixar, antes do programado, sua vida terrestre, para evitar que coloque a perder tudo o quê construiu e ainda arraste outros pelo mesmo caminho.

Assim podemos compreender que os leiloes não acontecem com “qualquer um”. Líderes espirituais e, em nossa Doutrina, Presidentes, Adjuntos de Povo, Primeiras e Regentes, que muito contribuíram com seu Trabalho Espiritual, se deturpam sua jornada, colando em risco a jornada de outros missionários, se tiver bônus, podem ser leiloados.

Falo em “ter bônus” por que somente pela verdadeira contribuição em favor da Luz é que nossos Mentores podem atuar evitando que entre regressão evolutiva.

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O espírito reencarna, obedecendo a um plano preestabelecido, onde, dentro do respeito ao livre arbítrio e às necessidades de aliviar seu carma, se propõe a enfrentar as difi culdades em sua jornada na Terra. Seus compromissos, sua missão, tudo é previamente defi nido - e aceito.

Todavia, como nos relatou Tia Neiva, chega um momento em que aquele espírito se desvia da rota que foi traçada. Esquece sua missão, e passa a agir de modo altamente prejudicial junto àqueles que lhe foram confi ados (um líder que dispõe de um “povo”). Fora da conduta doutrinária, infringindo a Lei Física, sem amor, sem atuar na Lei do Auxílio, e, o que é mais grave, aumentando seu Karma pela geração de maiores confl itos e reajustes, seu padrão vibratório afasta seus Mentores e ele cai, cada vez mais fundo, num abismo sombrio. Nestes casos, o leilão pode ser realizado.

No leilão, reúnem-se Entidades do Etérico, ainda fora das Leis Crísticas e baseados no “dente por dente, olho por olho”, que entregam como pagamento energias e por vezes outros espíritos que já estavam em condições de serem resgatados.

Não existe procedência nas ameaças que insensatos podem semear, dizendo que ao deixar a Doutrina o médium pode ser leiloado! Pai Seta Branca mesmo nos afi rma que não desejando mais cumprir esta missão dentro do Amanhecer que “deixe suas armas e nada lhe acontecerá”.

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Cismam de Ireschin

Um dos motivos pelos quais trabalhamos com os Pretos Velhos é a abertura de um Portal Iniciático de grande poder que foi fechado a milênios.

Na África, em uma Era distante, ainda na preparação deste planeta, um grupo de Grandes Iniciados se reuniu, formando um centro emissor de luz, de energias fantásticas, que eram emitidas para diversos pontos da Terra - o Oráculo de Ariano. Mas a vaidade tomou conta deles, e os sacerdotes se acharam tão evoluídos e poderosos que foram se afastando de Deus.

Com a decadência, a Raiz que alimentava aquele povo foi recolhida pela Espiritualidade Maior. Tendo sido retirada a Chave Mestre, uma porta foi fechada e outra velada.

Com a ausência da emissão de energias por parte do Oráculo, passaram a ser manipuladas energias do magnético animal da Terra, criando as centenas de seitas e cultos africanos entre as tribos que posteriormente povoaram aquele continente. A África tornou-se um local de forte expiação e o Sistema Crístico penetra lentamente nos espíritos lá encarnados. Entendam que não falo de Cristianismo, e sim do Sistema Crístico anteriormente explicado.

Entretanto, a essência da necessidade do contato espiritual foi preservada. Com isso, mesmo nas tribos menos evoluídas e que ainda vivem com grande intensidade os Karmas dos espíritos encarnados, gerou-se o fetichismo e posteriormente, os espíritos que passaram pela difícil encarnação africana e muitos pela escravidão (cabe lembrar que a escravidão até hoje é comum entre as tribos) o sincretismo da Umbanda e a Linha de Orixás do Candomblé.

Nestas novas linhas, ainda segue-se a manifestação de espíritos do etérico (mesmo que também trabalhem espíritos de Luz).

No Vale do Amanhecer começamos a recuperação da Chave Mestre, para a reabertura da porta fechada no Cismam de Irechim. Voltando a utilizar a antiga Raiz Africana diretamente na vertical e atuando somente com Espíritos de Luz, chegando a utilização de roupagens que pertenceram à antiga Raiz Original (Cavaleiros de Oxossi e posteriormente os Pretos Velhos).

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“A Cruz de Ansanta é a Chave da Vida e, também, a Chave do Vale dos Reis, de Ramsés, de Aknaton e Amon-Rá, trazido pelo Trino de Ireshin, onde se formou o Adjunto de Jurema.”

Tia Neiva em 23 de julho de 1978

“Pai Zé Pedro e Pai João, com a missão precisa de agir dentro deste povo africano, são os únicos que podem traduzir a Lei que coordena, no limiar do cosmo, o Adjunto Jurema.” Tia

Neiva em 7 de setembro de 1977

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A Corrente Mestre

Um dos passos mais importantes em nossa vivência doutrinária foi a conquista da Corrente Mestre.

Com ela obtivemos o gabarito dos Trabalhos Iniciáticos, afi rmando assim o real motivo de nossa Iniciação. Sem ela, não seria necessário que realizássemos a Iniciação Dharmo Oxinto.

A Corrente Mestre requer manutenção com compromisso, seriedade, respeito e não admite fantasias. É uma força precisa que atende de acordo com a real necessidade e responsabilidade afi rmada por todo um Corpo Mediúnico.

É muito melhor manter um Templo Evangélico, um Pronto Socorro, do que assumir o compromisso da Corrente Mestre sem condições de cumprir fi elmente.

Para ter o direito de invocar a Corrente Mestre, um Templo deve ter em funcionamento os Trabalhos Ofi ciais, nas quartas, sábados e domingos, com a disponibilidade de uma escala de Três comandantes para o Radar e com funcionamento garantido da Mesa Evangélica.

A sustentação da Corrente é mantida pelo funcionamento da Mesa Evangélica.

A Corrente Mestre é a força extra cósmica de Tapir, que se projeta e chega através da Pira, e se estabelece em cada Sanday ou setor de trabalho, de acordo com suas efetivas necessidades.

Ela fl ui da Pira até o Pai Seta Branca, volta, passa pela Pira, e vai até à porta do Templo, retornando à Pira, formando uma trança luminosa, oscilante como um pêndulo. Dispõe de 108 Mantras (diferentes dos 108 Mantras de Koatay 108) para serem usados na Lei do Auxílio.

Em todos os trabalhos no Templo é manipulada e projetada, atuando cruzada com outras forças, mas seu volume é sempre maior, principalmente nos dias de Trabalho Ofi cial. Nos Retiros ela se faz presente, também, sendo renovada e reforçada em cada Intercâmbio.

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Ao emitir a Chave de Abertura, os comandantes a invocam com maior ou menor intensidade, dependendo das condições da Presidência do Trabalho, dos médiuns e da sua real necessidade.

Emitindo suas vibrações de Luz, a Corrente Mestre atende a todos que estão presentes – médiuns, pacientes e até mesmo os visitantes.

A presença da Corrente Mestre permite a realização dos Trabalhos Iniciáticos, mas estes podem ou não ser realizados, o mais importante é que a sustentação, através da Mesa Evangélica e da sintonia dos Mestres Escalados para o Radar, seja mantida!

Invocar a Corrente Mestre sem dispor das condições reais para mantê-la tem um preço a ser pago por todos os médiuns que se comprometeram com sua manutenção. Por isso, esta decisão, de solicitar a autorização para invocá-la e mantê-la, deve ser pedida em consonância com todo o Corpo Mediúnico, que compreende assim o quanto de responsabilidade está envolvida.

A Corrente Mestre não é a conquista de um novo patamar apenas, é sim a afi rmação do compromisso missionário de todo um povo envolvido em mantê-la, respeitá-la ou... pagar por ela!

No encerramento, a Corrente Mestre distribui para os médiuns presentes no Ritual, os bônus conquistados pelos Trabalhos realizados.

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O Encerramento

No encerramento do Trabalho Ofi cial emitimos (ou melhor, deveríamos emitir) o mantra Noite de Paz. Falo “deveríamos”, porque infelizmente a maior parte dos médiuns foge desta nobre obrigação, de fi car por mais alguns instantes e colher boa parte dos frutos de sua jornada de trabalho mediúnico.

No encerramento dos trabalhos é que se registram as participações, é onde se anotam os bônus daquela jornada. Sua presença é fundamental!!! Não é apenas uma formalidade. Em nossa Doutrina tudo tem um porquê, e fugir desta fonte de luz é no mínimo uma irresponsabilidade. Uso o termo “fugir”, buscando a sinceridade, afi nal, nada vai se alterar tão drasticamente em nossa vida, por conta destes minutos a mais.

Quando se aproxima o momento do encerramento, a fi la na Pira cresce assustadoramente, e já presenciei os comandantes, após um dia inteiro de dedicação a nobre missão, encerrarem sozinhos o Trabalho Ofi cial.

Será que para a Espiritualidade tudo está bem desta forma? Na hora de agradecer esta oportunidade e de registrar os bônus, onde estão os Mestres e Ninfas? Tomando o último café? Gastando os bônus que deveriam receber com conversas improfícuas nos banheiros e vestiários?

Poucas são as ausências verdadeiramente justifi cadas, daqueles em que o horário da condução impede que continuem até o fi m. Na verdade, na maioria das vezes é a carona de outro mestre impensado, que obriga ainda mais um irmão a deixar de lado um momento tão solene e nobre.

Não creio sinceramente que seu Preto Velho, sua Princesa, seu Cavaleiro, já tenha ido embora e abandonado o momento sublime do “Noite de Paz!”.

Somente no incomensurável momento do encerramento da jornada mediúnica é que temos algum direito real de pedir! Sim, pois tantas vezes erguemos nossos braços e nossa voz para pedir sem nada ter feito para merecer. Enquanto que, no momento ideal para isso, na hora de anotar os bônus do quê efetivamente haveria realizado por amor, onde está você? O quê está priorizando nesta hora? Vai deixar para

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pedir e agradecer amanhã? Quando os problemas voltarem a bater na sua porta?

Salve Deus! Mais uma vez falo primeiramente para mim mesmo, para que fi que registrado este compromisso que assumo, de quando colocar-me a disposição da espiritualidade para uma jornada, cumpri-la até o fi m, sem arrumar nenhuma desculpa ou preguiça, e sentir o ânimo, o vigor, a benção do “Noite de Paz”.

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Caindo as máscaras

“Seu padrão vibratório é a sua sentença!”

Será que já refl etimos realmente na profundidade desta pequena frase, tantas vezes repetida?

Ao desencarnarmos não temos mais como fi ngir de bonzinho. Nossa aura refl ete exatamente aquilo que fomos durante esta encarnação. Nosso egoísmo, nossa vaidade e orgulho, nossas mágoas, nossos verdadeiros sentimentos estarão estampados nas cores de nossa aura... A máscara cairá!

Muitas vezes vamos para o Templo carregados de intenções pessoais e objetivos materiais, esquecendo que trabalhar espiritualmente é uma missão, que só terá valor se houver um total desprendimento. Por isso aprendemos, desde as primeiras aulas, no Desenvolvimento, que deixamos nossa personalidade do lado de fora do Templo, ao entrarmos devemos buscar nossa Individualidade.

Quantos de nós ainda sofrem, e carregam suas dores para dentro do Templo, pensando que “rezando vão resolver tudo”?

Colocam suas armas, seus uniformes e vêm para o Vale rezar para a vida melhorar... Mas será que é assim mesmo? Que rezando, trabalhando espiritual a vida melhora?

A resposta é: depende!

O Trabalho espiritual por si só não vai mudar sua vida. Nossos Mentores e tantas Entidades de Luz que nos assistem e auxiliam, não vão poder simplesmente “ajeitar” sua vida por conta dos trabalhos que realizamos. O quê muda a sua vida é o seu padrão vibratório! Por isso aquela frase inicial de que esta é a sua sentença...

O que deve ocorrer com o médium, que vem para trabalhar com a mente voltada exclusivamente par a caridade, é um aumento de sua tônica vibracional. Ele deixa de preocupar-se com seus próprios problemas, deixa de pensar neles, e se

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dedica a auxiliar o próximo, ao desconhecido, encarnado e desencarnado. Mediunizado, emite sua emanação de amor em favor daqueles necessitados que nos são confi ados e encaminhados. Não fi ca pensando em seus problemas, seus desejos e paixões. Entrega-se por completo à realização espiritual e deixa de lado tudo o quê lhe afl ige.

Com esta atitude de desprendimento, seu padrão vibratório naturalmente se eleva. Ele passa a pensar nas coisas boas que está realizando, na ajuda que está prestando, envolve-se pela Luz de nossos Mentores e entra em um “estado de graça”.

Assim, ao sair do Templo, sente-se realizado, forte e com condições de enfrentar todos os problemas que havia deixado do lado de fora. Com o padrão elevado, passa a poder receber a energia de nossos Mentores e seguir com sagacidade às intuições que lhe chegam. Literalmente fi ca conectado com a Luz e torna-se capaz de poder direcionar sua vida de uma forma positiva e produtiva.

Passa a atrair naturalmente outras coisas boas. Com certeza a maioria já ouviu falar da Lei da Atração... Pois ela funciona mesmo! Quando estamos bem e mentalizando coisas boas, estaremos atraindo mais coisas boas, e as boas energias e intuições de nossos Mentores encontram acesso!

Nossa vida vai melhorar materialmente, sentimentalmente, fi sicamente em função de nosso padrão vibratório.

Ao mesmo passo, quando vamos ao Templo visando nosso egoísmo, melhorar a nossa vida por conta dos trabalhos espirituais para nós mesmos, vergonhosamente entrando na fi la da Indução antes de iniciar qualquer trabalho, pensando primeiramente em nós, em nossa vida, em nossos problemas, em nossos desejos, passamos a ser o pior dos pacientes: o paciente de uniforme!

Chegar no Templo pensando em qual problema vai mentalizar primeiro, passar na Mesa rezando por si próprio, ir aos Tronos e primeiro atender a si mesmo, consultar o Preto Velho enquanto os pacientes estão ali, vibrando para que você termine logo e comece a atender, ou ainda o Apará que fi ca “mandando recados” para o aparelho... Salve Deus!

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Seus Mentores sabem exatamente o quê você precisa! Você só precisa estar em condições de receber a ajuda que tanto pede. Para isso deve servir o Trabalho Espiritual, para desprender-se de seus problemas, dedicar-se na Lei do Auxílio e sair do Templo sentindo que sua vida também pode mudar! Que tudo pode se resolver.

O atendimento nos Tronos é para o paciente. Paciente é que consulta com o Preto Velho. Se o Doutrinador tem necessidade de ouvir alguma mensagem ele receberá no fi nal do Trabalho, mas creiam, estando atentos e em sintonia, a mensagem que você precisa vai chegar através de um paciente, que passará com um problema semelhante ao seu! Dispensando a “consulta” fi nal.

Entidade de Luz não “manda recado” para o Aparelho! O Apará é consciente e irá lembrar do quê precisa lembrar ao desincorporar. A maioria das lembranças se desvanece ao encerrar o atendimento, mas o quê o Apará precisa saber, isso fi ca marcado, a mensagem não se apaga. Seu Mentor sabe do que você precisa, eu repito.

Uma triste verdade: Pai Seta Branca não tem agência de emprego! Se precisamos de um emprego para nos sustentar, temos que procurar emprego! Rezar em casa, pela manhã, mentalizar seus objetivos, pedir auxílio e sair com aquela energia boa que nos envolve ao nos mediunizarmos em nossas orações. Muito preferem se “internar” dentro do Templo esperando que o emprego caia do Céu... Salve Deus!

Outras tristes verdades: Tiãozinho não tem agência de matrimônio, e o Teacher não é um Banco ou o dono dos números da Mega Sena!

Para encontrar um emprego você tem que se esforçar, acordar cedo, levar currículos, sorrir o dia todo para todas as pessoas e se fazer lembrar como alguém que pode ser útil dentro de uma empresa. Ninguém quer ter ao seu lado no trabalho um “coitadinho”. As pessoas querem gente disposta, com iniciativa e alto astral, todo empregador está a espera da chegada de uma pessoa assim para lhe auxiliar.

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Para encontrar alguém que lhe complete sentimentalmente, nós temos que estar emitindo coisas boas. Naturalmente iremos atrair pessoas boas e despertar nelas o interesse de estar com a gente. Muitos médiuns, principalmente as Ninfas, reclamam sempre que só encontram “tranqueira”. Com certeza são estes que seu padrão vibratório está atraindo. Mesmo nas cobranças mais terríveis, a atração se dá primeiramente pelo padrão vibratório similar dos dois. Tiãozinho pode ser o protetor dos casais harmonizados, mas não tem tempo para perder com lamentações, lembre que você só atrai quem está no seu padrão... Com o padrão elevado você pode até ter uma “ajudinha”.

Sonhar com a Mega Sena, com tudo de bom que poderíamos fazer, pode até ser uma saudável forma de elevar o seu padrão... Mas daí a fi car plantado pedindo para o Teacher lhe dar a intuição dos números?... Salve Deus!

Quando iniciei este texto, agora pela madrugada, pensava nas máscaras espirituais que caem ao desencarnarmos. Terei que escrever sobre isso em outra ocasião.

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Os Encantos do Alabá

Alabá que dizer “Peço licença para entrar no seu Aledá”. E assim devemos nos sentir, ingressando no Aledá, na presença dos Cavaleiros da Luz!

Sua realização é grandiosa, uma grande corte espiritual se desloca para atender mestres e ninfas, que de indumentária, incorporam suas entidades, buscando harmonizar e reequilibrar o plexo do pacientes. Dado a grandeza das energias manipuladas, da ausência de passagens de espíritos sofredores, pelo Reino de Zana representado nas indumentárias, pela invocação dos Cavaleiros da Lança e da Luz, o benefício aos mestres e ninfas, que participam, é uma “recarga” completa! Não há como sair de um trabalho de Alabá sem sentir sua tônica revigoradora, que traz paz e equilíbrio também ao plexo físico. As emissões e o grande deslocamento de energia espiritual, formam uma rede magnética que recolherá todos os vestígios negativos removidos durante a execução do trabalho.

O ritual consiste na formação de uma elipse no lado externo do templo, após as seis da tarde, na força da Lua Cheia, com cadeiras próprias, onde irão incorporar os ajanãs e ninfas. Os doutrinadores(as) realizam suas emissões e cantos de acordo com a chamada do comando, enquanto as entidades atendem aos pacientes, que neste período podem passar em mais de uma entidade, se assim desejarem. As informações completas da organização e comando estão no Livro de Leis.

Para participar deste trabalho, realizado somente em templos com Corrente-Mestre, os doutrinadores(as) deverão já ter suas emissões e cantos devidamente outorgados pelos Devas, portanto, somente centuriões consagrados dispõe desta condição. Para os ajanãs e ninfas, que não vão emitir, a condição do segundo passo iniciático é aceita. Exceto o Comandante, todos podem participar com a indumentária de prisioneiro(a).

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Nos dias de chuva este trabalho poderá ser realizado em um local coberto, desde que não seja no interior do Templo.

É importante a presença de um Recepcionista, ou mestre escalado, para a coordenação dos atendimentos. Pois cabe a este também, velar para que ninguém tire a concentração dos Cavaleiros das Lanças, que estão representando os Cavaleiros da Luz e devem manter concentração total durante o trabalho, vivenciando cada emissão e canto que formarão a rede magnética.

No início houve a realização do Agamá, realizado diante da porta do Templo, com Aparás e Doutrinadores formando dois “V” entrelaçados. Formados os médiuns, o Mestre Reino Central fazia sua emissão e o canto. Depois o Mestre Vancares e as que ninfas faziam suas emissões em conjunto. A seguir, incorporavam os Abnegados Pretos Velhos, e o Ajanã, ao centro, incorporava o Ministro. Os mestres faziam suas emissões e emitiam mantras. Os pacientes tomavam passes, nos projetores. Depois de algum tempo, o Reino Central encerrava, agradecendo a presença do Ministro e a dos Pretos Velhos. Emitia a Prece de Simiromba e a formação se desfazia.

Como os pacientes desejavam consultar os Pretos Velhos, não se conformando em somente receber o passe, o trabalho foi suspenso e modifi cado pela Espiritualidade, transformando-se no Alabá algum tempo depois.

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Abatá

Na antiga Índia, os monges partiam em jornadas pelas pequenas aldeias. Seguiam aos pares em fi la “indiana”. Ao chegarem nos povoados, realizavam invocações e realizavam muitas curas.

No Plano Espiritual, estes Mestres Indianos formam grandes Abatás e vão aos povoados do etérico, sob a guarda dos Cavaleiros da Legião do Divino Mestre Lázaro, e atraem espíritos necessitados para seu raio de atuação, permitindo que os Cavaleiros os envolvam magneticamente e os resgatem das regiões mais sombrias.

O hino de Pai João, cantado na partida de cada um de nossos Abatá no Vale do Amanhecer (Na Era dos Oito), é uma referência a encarnação de Pai Joao como escravo nascido na Índia (Pai Joao teve duas encarnações como escravo, em uma delas nasceu na Índia, sendo capturado e escravizado posteriormente).

Quisera poder mostrar a vós as correntes magnéticas dos Abatás que se elevam ao Canal Vermelho permitindo à Koatay 108 curas luminosas de povos, rompendo guerras, renovando vidas sobre a Terra. Que teu poder cabalístico, fi lhos meus, não vos desampare nas vossas necessidades materiais.

Mensagem do Ministro Yuricy em 27 de novembro de 2004.

Grupos enormes fazendo Abatá, outros emitindo aqueles enormes sermões quando Umahã me despertou dizendo que aqueles não eram os mesmos de todos os dias. Que aqueles sermões ajudavam aquele povo. Uma das coisas mais bonitas que vejo ultimamente são os Cavaleiros Caçadores da mesma Legião de São Lázaro. E acredite meu fi lho, que estamos chegando no tempo dos Caçadores. Mas, para chegar esse tempo, do ABATÁ dos Caçadores é preciso que o

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Jaguar conheça bem seus sentimentos, suas vibrações e se desarme contra seus vizinhos, sabendo que o homem luz só está evoluindo quando não se preocupa com o seu vizinho.

Tia Neiva em “2ª Carta da Corporação de Mestres Adjuntos” - 11 de setembro de 1.984

O Abatá é um trabalho de forças que deslocam efl úvios curadores, da Legião do Grandioso Mestre Lázaro.

É também uma energia vital extra-etérica, manipulada na Conduta de uma Emissão.

São forças centrífugas que podem fazer um fenômeno físi-co.

É também uma força esparsa para os que gostam de brin-car.

Este trabalho engrandece muito o médium em sua vida ma-terial.

Se muitos abrirem suas emissões, aumentarão suas heran-ças transcendentais, e os fenômenos vão aumentando e iluminando.

É um trabalho indiano dos homens andarilhos que diziam: “No ciclo de um Abatá tem um povo celestial: médicos, curandeiros, enfermeiros, negociantes, enfi m, tudo o que o homem precisa na sua hora”.

O Abatá é válido por uma consagração perfeita. O ABATÁ CURA TODAS AS DORES.

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AramêO Aramê é um trabalho onde a libertação de prisioneiros é feita em grupos, uma vez que se caracteriza por faltas cometidas em coletividades, isto é, combates e campanhas que envolveram o desencarne de muitos inocentes e indefesos, em demandas territoriais, pelas ocupações violentas, questões de terras e posse de bens materiais, sem a característica de confrontos pessoais, transcendentais, que devem ser resolvidos no Julgamento. No Aramê, de modo geral, o espírito só conhece aquele que foi sua vítima do passado no momento do reencontro, porque não havia individualização nos confrontos. Reis, nobres, governantes, generais, senhores de engenho e outras fi guras de destaque e de poder, empenhados em suas ações guiadas pela ambição, pela vaidade e pelo orgulho, devastaram plantações e povoados, mataram ou mandaram matar milhares de pessoas inocentes, cuja única falta foi estarem atravessados em seus caminhos, ocupando habitações e terras objeto da cobiça desses poderosos, o que lhes custou perseguições, violências e morte. No Aramê se juntam grupos de combatentes e perseguidores de uma mesma época, de uma mesma campanha, com o objetivo de obterem o perdão e a conseqüente libertação de suas vítimas. Isso deve estar bem claro para o comandante do trabalho, especialmente no que diz respeito à fase fi nal, na hora da Contagem, que deve ser voltada para o esclarecimento e iluminação das mentes dos que ali estão, encarnados e desencarnados, visando obter o perdão daqueles que fi caram perdidos, por tanto tempo, no ódio, no rancor e na vingança.

Ao se iniciar o Aramê, todos os nossos cobradores se fazem presentes, fi cando contidos pelas redes magnéticas lançadas pelos Cavaleiros Verdes. Ali está, também, toda a energia recolhida pelos bônus, separados médium por médium. Essa energia tem que ser classifi cada, separada, manipulada e depositada de acordo com cada prisioneiro e seu respectivo cobrador, porque cada um receberá de acordo com seu merecimento.

Os Pretos Velhos fazem a primeira manipulação da energia concentrada pelos cantos e emissões da abertura do trabalho, unifi cando e fi ltrando as forças. O canto do representante do 1º Cavaleiro da Lança Vermelha projeta uma intensa força desobsessiva que ilumina as mentes dos

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cobradores, eliminando a ação negativa de outros espíritos desencarnados. Em seguida, os Caboclos e os Cavaleiros de Oxosse projetam poderosa força que vai permitir aos cobradores abrirem seus olhos e enxergar, pela primeira vez, após tantos séculos de escuridão. Com a Contagem, os cobradores recebem as forças recuperadoras de seus sentimentos, de sua razão, fazendo com que perdoem aqueles que julgavam ser seus inimigos, e, pelas Elevações dos Doutrinadores, são conduzidos para planos espirituais superiores, onde são recolhidos em albergues e hospitais para sua recuperação e posterior continuação de suas jornadas.

Um Aramê...

Por mais que sintamos o passar dos anos nesta encarnação, ainda teremos tempo para reconsiderar o caminho trilhado, revigorando-nos de fé através do amor que semeamos nas pessoas que passaram por nossa vida.

A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória, e juntos partilharemos este momento.

Deixem crescer o joio e trigo juntos até a hora da colheita. Entretanto, estas palavras não nos devem inspirar a indiferença! E sim para lembrarmos, no momento preciso, a separação do joio da fantasia, do trigo da realidade.

Também não é apenas a fé que irá abrir as portas da felicidade eterna, mas sim o conhecimento e a sabedoria, através da caridade e do trabalho espiritual que assumimos como missão.

Antigamente os monges buscavam a paz no silêncio da clausura, acreditando que isolar-se dos “pecados do mundo” seria sufi ciente para vencerem a si mesmos. Realizamos as Cruzadas para “recuperar a Terra Santa”, derramando sangue dos “infi éis”, como se estes não fossem dignos de estar na terra em que Jesus pisou.

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Como Jaguares de Pai Seta Branca, temos em nossas mãos toda a Luz para mudar energeticamente o quê um dia fi zemos.

Hoje os séculos de dor, sombra e falta de amor misturam-se ao pó do tempo... Preparemos este mesmo pó, na forma de nossa missão, para nos reencontramos com aqueles com que um dia fi zemos sofrer por não saber amar... Com quem tanto necessitamos reajustar.

É hora de compreender os sacrifícios, de renunciar para possuir, de perder para ganhar e de morrer para viver.

Claro que ainda sofremos na escravidão de nossos erros e culpas, mas aceitamos nossa Iniciação, fi zemos um compromisso... Estamos a caminho de casa!

Salve Deus!

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7º Capítulo

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Deus já concedeu mil luzes na sua benção, porém fi lhos, o ser vivo, condicionado, se esqueceu do seu relacionamento eterno. O homem é uma entidade espiritual que só pode ser feliz conhecendo o caminho de volta ao seu lar espiritual, de sua origem; o reino, personalidade de Deus.

(Seta Branca)

Oráculo de Simiromba ou Oráculo de Ariano.

As forças espirituais são organizadas em um sistema piramidal, onde no ápice da pirâmide se encontra uma Entidade de altíssima hierarquia, formando uma força decrescente. Cada conjunto piramidal completo é denominado Oráculo. Para que uma Entidade chegue ao nível de “presidir” um Oráculo, seu nível de comunhão com a Luz e com o Supremo Ser Divino deverá estar no mais alto nível.

Em nossa Corrente, somos regidos pelo Oráculo de Simiromba, Oráculo de Ariano. Pai Seta Branca, individualizado em seu Espírito, é o “Simiromba”, entidade máxima que rege este Oráculo, que tem uma “tradução” antropomórfi ca como “Raízes do Céu”.

A partir deste Oráculo, inicialmente foram formados Sete Raios, que hoje já representam novas formações, dentro de uma mesma linha decrescente.

Recordando que o sistema piramidal é composto de outras pirâmides de força decrescente, podemos considerar que outros Oráculos já foram e serão formados a partir da Elevação de Espíritos desta mesma força decrescente, que atinjam esta condição.

Tia Neiva, inserida no contexto deste sistema, iniciou a formação de sua força decrescente ao receber a consagração de Koatay 108, passando a dispor de 108 mantras de Luz, que vieram a formar o “Adjunto Koatay 108”.

O nome Adjunto provém justamente desta Consagração, pois passaram a fazer parte de sua força decrescente, emitindo neste novo Oráculo, que parte da força decrescente incial

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de Simiromba, para formar o que será (ou já é) o Oráculo de Koatay 108.

Os Sete Raios Iniciais de Simiromba são: Onér, Adônes, Eridan, Arakém, Alufã, Delans, Aknaton.

Cada um com uma determinada projeção dentro de nossa corrente, auxiliando na formação e manutenção do novo poder que se levantou a partir da missão do Doutrinador.

Nenhum destes Raios é maior o mais potente, apenas dispõem de diferentes campos de projeção e missões específi cas.

Neste caso, quando falamos em “Corrente”, nos referimos à Corrente Mediúnica formada pelos componentes da Doutrina do Amanhecer, que vibram em um mesmo objetivo: A Cura Desobsessiva! Com uma intensa vibração conjunta formamos uma Corrente!

O Oráculo de Simiromba rege além da nova Corrente do Amanhecer, as Correntes que deram origem a ela: A Corrente Indiana do Espaço e as Correntes brancas do Oriente Maior. Denominações dadas a outras projeções de força para o campo físico vibracional. Consideramos que estas Correntes deram origem a Corrente do Amanhecer pelo fato de nossos Guias Espirituais fazem parte delas.

Todos os dias temos três horários iniciáticos que nos permitem uma “chamada direta” religando-nos às Correntes de origem: 12, 15 e 20 horas. Nestas horas precisas a força Luz do Jaguar se unifi ca e “pode curar o mundo”. É intraduzível em palavras todo o poder que se opera nestes horários. Somente que entra em contato com sua Individualidade, respeitando diariamente estes três horários é que pode ao menos sentir o quão longe se pode chegar! Curas podem ser obtidas e até mesmo karmas podem ser modifi cados!

É a Hora do Jaguar! Unidos, individualizados e em sintonia, tudo podemos fazer pelo bem deste Universo!

“O SENHOR TEM O SEU TEMPLO EM MEU ÍNTIMO! NENHUM PODER É DEMASIADO AO PODER DINÂMICO DO MEU ESPÍRITO. O AMOR E A CHAMA BRANCA DA VIDA RESIDEM EM MIM! SALVE DEUS!”.

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A Primeira Contagem

Contou-me certa vez, meu instrutor e amigo Bálsamo, esta pequena história, que seria a realização do Primeiro Trabalho de Contagem no Vale do Amanhecer.

Uma das primeiras missões que recebeu no Vale foi o comando da Estrela Candente, ainda em um tempo que a luz para a terceira Consagração era à base de lampião a gás, e para completar o grupo mínimo de quatorze pares, era necessário ir de porta em porta procurando médiuns de boa vontade para participar.

Era agosto de 1976... Naquela manhã ele despertou “inexplicavelmente” mais cedo que o normal. Sete e meia da “madrugada” (no Vale, na época de Tia, este horário, em função dos famosos “corujões”, era muito cedo mesmo!), ele já estava a caminho da Casa Grande para buscar a bolsa com a Lei da Estrela, recém ditada por Vovô Indú.

Pensava em “pegar” a bolsa sozinho, e ir tranqüilo para a Estrela pensar um pouco na vida.

Porém ao chegar, uma das mocinhas do Orfanato já estava na porta e foi dizendo:

- A Tia já está na Estrela lhe esperando!

Pensou: “Vixi”... A Tia na Estrela a esta hora?

Chegando lá entendeu por que...

A “chefe” (ele gostava de contar sempre chamando a Tia de “a chefe”) estava com as mãos na cintura, bem no meio da Estrela com “aquele olhar”... Distante, penetrante, com um silêncio profundo.

Imediatamente percebeu o quê se passava: No piso da Estrela estava uma “macumba das grandes”. Tinha de tudo! Farofa, vela, charuto, bonequinhas de vodu, tesouras, fi tas, bebidas... Tudo colocado lá dentro da Estrela!

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Conta que parou ao lado de Tia e esperou que ela se manifestasse após algum tempo ainda em silêncio:

- Bálsamo! Tiãozinho está pedindo para que você tenha muito carinho com o comando da Estrela de hoje. Também pede para que avise que não devem usar sal e perfume na primeira consagração, colocaram umas “coisas” lá. Já pedi para as meninas virem limpar tudo, e depois da primeira consagração já vai estar tudo desimpregnado.

Falou assim... De forma fi rme e segura. Com uma naturalidade que somente a mediunidade dela poderia transmitir.

Ninguém, exceto as meninas que fi zeram a limpeza, ou alguma pessoa mais próxima de Tia, fi cou sabendo do ocorrido antes, ou durante as consagrações, que foram executadas seguindo a recomendação de Tiãozinho.

Após as três consagrações, desceram todos para o Templo e Tia aguardava junto ao Radar. Pediu para que as Entidades nos Tronos desincorporassem, e após todos acomodados, com os Aparás de pé, iniciou as Invocações. Terminou pedindo a presença do Povo de Cachoeiras e das Serias de Yemanjá. Nesse momento ela mesma iniciou o Mantra das Ninfas.

A emoção contagiou a todos, era algo inédito aquele trabalho!

Ao terminar o Mantra, com lágrimas nos olhos e a voz embargada, Tia Neiva pediu aos Médiuns de Incorporação que desincorporassem. Os Aparás, também, tinham lágrimas nos olhos.

“Todos estavam em estado de êxtase; amparados pela magia, encantos... Meu Deus, como traduzir... !?” (Bálsamo)

Então pediu que todos em conjunto emitissem o Mantra de Simiromba, e, ao fi nal, pedindo total sintonia, dirigiu três Elevações em conjunto.

Tomada pela emoção do momento, lutando para manter a razão face a grandiosidade que se operara, ela falou:

- Meus fi lhos, pelos olhos que entreguei a Jesus a bem da verdade, trezentos exús voltaram para Deus. Salve Deus, meus fi lhos, graças a Deus!

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Após essa realização, este trabalho ganhou forma defi nitiva e foi entregue para ser conduzido pelo Trino Araken.

Mais um fato interessante se passou algum tempo depois, ainda referente a esta história:

Em uma aula de Centúria, Tia Neiva e seu Mário (Trino Tumuchy), estavam presentes, acompanhando o Trino Araken. Em determinado momento ela contou a história dizendo que o líder da legião tinha por objetivo destruir a Estrela. Assim, enviou todo o seu povo para lá, mas “macaco velho” que era, fi cou de fora e acabou escapando. Quando deu por si que tinha perdido todos seus componentes, virou sua ira contra o “pai de santo” que foi preparar a macumba. Contou então, que o tal “pai de santo” só teve um jeito de escapar da terrível cobrança: entrou para a Doutrina do Vale do Amanhecer.

- Meus fi lhos, ele agora é um de vocês! Um Centurião!

- E quem é ele Tia? – perguntou um dos Mestres Presente.

- Ah... De jeito nenhum! Se eu contar vocês derretem ele na vibração!

Todos deram um alegre riso.

Salve Deus!

A Contagem

O Trabalho de Contagem é regido pelo Raio de Araken e foi entregue inicialmente ao Trino Araken, porém, com o tempo e o Trabalho devidamente avinhado (esse era o termo que Tia usava), foi liberado para realização em outras condições e por outros Mestres, haja vista que tornou-se parte integrante de outros trabalhos.

A condição de um Mestre para poder realizá-lo é fundamental, pois deve estar verdadeiramente em sintonia com a real necessidade de tão grande invocação de forças. Deslocar toda uma corte espiritual requer precisão e discernimento.

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O Regente Araken, Mestre Bálsamo explicava que a Contagem também pode ser realizada com a invocação dos Pretos Velhos ou Caboclos (usando o mantra correto), ou mesmo sem incorporação (somente com Doutrinadores em reuniões de Comando).

Para sua realização deve existir uma consonância de fatores: um Mestre preparado e a presença de corpo mediúnico sufi ciente para emanar todo o ambiente (a ser verifi cada pelo próprio responsável).

Quantidade mínima de sol e lua para a realização do mesmo: Não há uma quantidade mínima para a realização da Contagem, pois o quê efetivamente conta é o ambiente. Deve haver uma quantidade de Mestres e Ninfas que seja sufi ciente para emanar o local, face a dimensão das forças manipuladas. Considero que seja recomendável que todos os Tronos estejam preenchidos, bem como os bancos de espera. O número varia de acordo com o tamanho do Templo, pois sendo um trabalho de alta precisão a necessidade da maior quantidade de médiuns possível é recomendável.

Pode ser realizada sempre que houver concentração de médiuns e energias que justifi que a invocação. Após reuniões, palestras e obviamente dentro dos trabalhos que a exigem. Sempre dentro do Templo, ou excepcionalmente, em um ambiente preparado para uma reunião doutrinária.

Contagem cabalística? Na verdade chama-se Indução Cabalística. É um trabalho que foi deixado exclusivamente para o Trino Araken. É uma variação da Contagem com um objetivo específi co e era realizado após algumas de suas aulas do Curso de Sétimo Raio.

Na Contagem, um cuidado especial deve ser tomado quando terminam as incorporações do Povo de Cachoeira e das Sereias de Yemanjá, momento em que o Comandante pede que os Doutrinadores se levantem para emitir a prece de Simiromba. De modo geral, antes de iniciar a prece, o Comandante pede que os Aparás se sentem. Isso não está correto, já que a posição para a prece de Simiromba é em pé, com os braços dobrados em 90 graus, com as mãos abertas e os dedos separados. Assim, após a desincorporação, os Aparás devem permanecer de pé, emitir o mantra e só se sentarem antes de serem feitas as três elevações pelos Doutrinadores.

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Desintegração do Espírito

Desintegrar um espírito não signifi ca que ele vai morrer nos dois planos, vai deixar de existir!

Salve Deus! Desejaria o Amado Pai “matar o espírito”?

A Desintegração citada por Tia Neiva se refere a passagem pelo Portal de desintegração, que permite o espírito mudar de plano, atravessar dimensões, independente de suas condições espirituais e vibratórias.

Por exemplo, nas Estrela Candente existe um Portal de Desintegração. O Espírito que passa ali, já é um espírito que não tem mais condições de incorporar em um médium para receber a limpeza de sua aura. É um espírito por vezes já animalizado e sem qualquer condição de ser recuperado a ponto de fazer sua passagem pelos “meios tradicionais”.

Quando o Doutrinador deita no Esquife, ele ali impregna sua energia e ao levantar-se o Espírito para lá é levado e receber um tratamento cabalístico. A limpeza realizada ali é por intermédio da projeção direta das forças da Amacê que rege a Estrela.

Ao realizar a Elevação o Espírito é encaminhado para o Portal de desintegração que está na Amacê. Toda energia que ele carregava é retirada e manipulada. “Limpo” ele passa pelo processo de Reintegração! Sim um Portal de Reintegração que o transforma novamente em uma Célula Divina. O espírito, a essência, não deixa de existir! As personalidades que ele carregava sim!

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O Vento

Existem ventos que agem sobre a Terra com determinadas funções. Esses ventos são efeitos da manipulação da força quente do Sol com a força fria da Lua, com poderes para abrir o neutrom e cumprir a natureza de sua emissão.

AUSTRO TANUAY - O vento que traz, em seu bojo, as forças do Sol e da Lua, transmitindo uma energia transcendental que impulsa o Jaguar em sua missão, em seu sacerdócio. Tem íntima ligação com a necessidade de energias que suportam a vida do Jaguar, fl uindo por todo o Universo e trazendo o que for necessário tanto para a vida material como para o espírito.

TANOAÊ - O vento destruidor, o furacão, a força reparadora que, segundo Koatay 108, vai varrer a Terra, levando seu triste fardo, e deixando nosso planeta em seus planos Crísticos, respeitando apenas o nosso mundo cabalístico transcendental. Tanoaê emite sua força no vento para levar sua mensagem e fazer suas reparações, fazendo a limpeza das impregnações coletivas. Age, de forma violenta, nas grandes tempestades, junto aos grandes temporais, numa explosão de forças telúricas, realizando profundas desimpregnações que proporcionam melhoria das condições do ser humano e dos três reinos da Natureza, por aliviar cargas muito pesadas e alterar padrões vibratórios que poderiam provocar sérios desastres;

TANOAI - O vento que traz o consolo para aqueles que se deixam cair no desespero e já não têm mais esperanças de sobreviver;

TANOAY - O vento construtor, que modifi ca para melhor toda a sintonia da Natureza e do Homem, conduzindo-o para o progresso material e espiritual;

TANUY - Um vento suave, uma brisa, que leva os mantras para os planos etéricos, penetra nas Cavernas do Canal Vermelho levando a paz, a ternura, confortando àqueles que sofrem angustiados os tormentos dos lugares onde chegaram por seus próprios baixos padrões vibratórios.

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“Quantas vezes vejo uma grande perda!

Porém, à noite, vejo os grandes Cavalheiros assumindo aquelas dívidas pelo compromisso missionário, para livrá-la de muitas enfermidades incuráveis.

Pela manhã vem o vento trazendo o prâna, manipulando do Sol e da Lua, em seu ventre, com a mesma harmonia.

Muitas vezes sofro por ouvir alguém reclamando a perda de seu ouro pesado. Fico triste, eis porque a minha expressão é triste, pois eu havia presenciado, a poucos dias, o vento, em seu seio, levar o seu destino leproso.”

Tia Neiva em 3 de julho de 1978

“Hoje, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela luz dos meus olhos, vocês evitaram um vento de 200 quilômetros por hora!... Ia desaparecer gente, pessoas, casas... Ia ser um absurdo!... Vamos dizer neste instante: Graças a Deus!...”

Tia Neiva, aula de 21 de dezembro de 1980

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Leito Magnético

Esta semana lembrei muito do Templo de Vila Velha. Primeiramente em virtude das Consagrações que por lá aconteceram, as quais gostaria muito de poder estar presente fi sicamente; e também pelos vários emails que recebi de alguns médiuns. Tenho particular admiração por este valente povo, que mantêm com maestria sua missão, mesmo tendo passado por momentos difíceis no passado.

Recordo que certa vez no Templo de Vila Velha, após o trabalho de Leito Magnético, comandado pelo Adjunto Aluxã, este comentou: “Pela primeira vez, em toda minha jornada missionária, participei de um Leito Magnético completo!” Verdade, até então eu não havia percebido: todas as Falanges estavam representadas! Um fato difícil de acontecer, mesmo no Templo Mãe com todas as suas escalas. Vejam que o próprio Mário, mestre de incontáveis participações neste trabalho, afi rmou ser a primeira vez! Passei a reparar depois deste dia e percebi que nunca mais tive tal oportunidade também!

O Leito Magnético é um trabalho iniciático de altíssima hierarquia! Demorado, cansativo para os que não conseguem se manter mediunizados dentro do trabalho, mas de uma efi cácia sem igual. Um Leito Magnético não se restringe ao Templo, pode alcançar toda uma região com seus incalculáveis benefícios. A concentração, tanto para melhor efi cácia do Trabalho, quanto para manter em sintonia o médium durante tão grande período, é fundamental.

Quando um Mestre, ou uma Ninfa se compromete com uma escala no Leito Magnético, ou mesmo apenas afi rma que irá participar, a espiritualidade toda se mobiliza para que ele(a) tenha toda a assistência necessária para tal. Seu Cavaleiro, sua Guia Missionária, registram a presença e se comprometem, acreditando em seu compromisso. Estão ali presentes neste disputado trabalho dos planos espirituais. Não comparecendo a um compromisso feito com este

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Trabalho, Salve Deus! Pense no constrangimento do seu Cavaleiro ou Guia Missionária... Creio que deve haver um preço a ser resgatado por este compromisso tão sério que foi desonrado. Tudo é feito para nos benefi ciar, somos os únicos responsáveis por assumir o compromisso, nossos mentores acreditam na gente. Como fi ca quando não cumprimos nossa parte?

Na presença dos Cavaleiros das Lanças Reino Central, Lança Vermelha, Lança Rósea e Lança Lilás, forma-se uma poderosa Rede Magnética, em uma integração perfeita de nossas energias mediúnicas com o poder espiritual ali manipulado. São raios de luz que se cristalizam formando um dos maiores poderes desobsessivos de nosso planeta.

Novamente tenho que falar da disciplina que envolve também este trabalho. Vejam que, pelo tempo que demora sua total jornada, além da concentração imprescindível, o momento da emissão deve contar com total mentalização de amor. Não somente a emissão do participante! É preciso ter a consciência do poder ali manifestado e manter a sintonia com cada uma das emissões e cantos. Vivenciar verdadeiramente cada palavra ali proferida, que se transforma em um fi o de luz daquela rede. Visualizar o quê se passa é uma forma efi caz de se manter em concentração.

Um dos papeis fundamentais de um trabalho de Leito Magnético é do Coordenador, que deve, além da total sintonia e dedicação com o trabalho em andamento, zelar para que ninguém seja incomodado. Que não tenham movimentações desnecessárias dentro do setor. Um verdadeiro Cavaleiro Guardião daquela realização.

Falar da responsabilidade de um Comandante é totalmente impróprio, pois a oportunidade desta realização já deve servir para colocá-lo em total vibração com o trabalho, semanas antes de sua realização. Convidando Mestres e Ninfas, reforçando a cada reencontro, tornando-se o mais concentrado e respeitado médium do Templo.

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Devo ainda ressaltar o papel das Dharma Oxinto, presença obrigatória no trabalho. Deixando até mesmo de emitir na representação da Falange para servir como Balizas (a Baliza não pode exercer os dois papeis, emitindo na representação da Falange e realizar o papel de Baliza, deve ser outra ninfa).

Em função do uso do microfone, as Ninfas quando emitem no Aledá, entregam sua Lança ao Comandante.

O roteiro de todo o trabalho está no Livro de Leis, mas, nunca é demais falar destes pequenos e não menos importantes detalhes, pois uma realização desta magnitude deve ser executada com o máximo de perfeição e dedicação.

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Apolo unifi cado em Cristo Jesus

Pytia – Uma das encarnações de Tia Neiva

Meus irmãos, em palavras simples procuro esclarecer a importância de nossa herança espartana e porque ela é revivida em nossa Doutrina nos dias de hoje.

Primeiramente é necessário saber que “Pytia” não foi um único personagem. Pytia era a denominação das Sacerdotisas do Oráculo de Delfos.

Oráculo de Delfos – Oráculo é como chamamos o lugar onde se distribui a sabedoria dos profetas e profetisas. O Oráculo de Delfos fi cava em um grande complexo templário dedicado ao Deus Apolo.

Apolo, o Deus Sol – Um dos deuses gregos, reconhecido por matar a grande serpente Pyton, que atormentara sua mãe. Sobre o corpo de Pyton, foi erguido seu templo. Daí o nome “Pytia”, dado às sacerdotisa deste templo.

Revivemos nossas heranças daquele mundo grego, vividas em uma encarnação coletiva dos Jaguares em Esparta. Houve um tempo em que Esparta, com todo seu poderio militar, julgava-se acima das crendices e se negava aos cultos dos deuses. Traduzindo, não era “espiritualizada”.

A espiritualização dos espartanos se deu através de um episódio que revivemos dentro do Turigano, por isso sua fundamental importância e a necessidade de revivê-lo: éramos brutos que passamos a ter fé!

Tia Neiva, então na roupagem de profetisa de Delfos, Pytia, procurou o Rei de Esparta, Leônidas (Nestor – Trino Araken), pedindo auxílio para resgatar a “Rainha Exilada”. Ironizando o oráculo, Leônidas disse que atenderia seu pedido quando os tambores de suas tropas rufassem sem que ninguém tocasse neles. Ao ouvir os tambores rufando, maravilhado com o poder que presenciava, conclamou suas tropas para seguir em busca da “Rainha Exilada”. Era tarde demais! Os inimigos já haviam avançado e não se sabe o quê aconteceu com a Rainha.

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Temendo o poder da profetisa, Leônidas foi explicar-se. Porém compreendeu que Pytia estava muito além de seus temores! O verdadeiro objetivo era despertar a fé daquele povo. Todos seus soldados voltaram sem nada sofrer e o rei passou a respeitar o deus Apolo e espiritualizou aquela tribo, a nossa tribo.

A aguerrida Esparta passou a ter a proteção do deus Apolo. Mais do que isso: passaram a ter fé, ter em quê acreditar e respeitar! A disciplina, principal característica dos espartanos, passou a contar com a luz do deus sol. Sendo Pytia (Tia Neiva), naquela era distante, a responsável por espiritualizar aquele povo.

“Eis porque Pai Seta Branca afi rmou entre nós o Turigano. Cada vez que um Mestre Adjunto representante do Reino Central abre o seu plexo no Turigano e busca o caminho verde da regência do Cavaleiro Especial, haverá o fenômeno físico do ouro e da prata. Eis porque o Pai Seta Branca deseja que, todos os domingos, seja realizado este trabalho, para que os seus fi lhos partam, todos tendo toda a proteção deste Amanhecer.”

Tia Neiva em 21 de outubro de 1984

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De Esparta à Roma

O primeiro passo estava concluído! Esparta, e a tribo de aguerridos Jaguares, estavam espiritualizadas. Pytia cumprira sua missão!

Relembrar esta nossa herança não é aferroar-se nas guerras e sangue, e sim despertar nossa espiritualização! É recordar a disciplina e a frase gravada no Oráculo de Delfos: “Conhece-te a ti mesmo”.

A conduta levada a sério, o respeito às leis, a harmonia obrigatória entre os pares (companheiros de missão), são as máximas a serem trazidas como heranças daquele mundo grego.

A liderança do Trino Araken, com sua cobrança interminável de disciplina, refl etiu o mesmo obstinado rei que um dia nos chefi ou. A missão de Tia Neiva, novamente nos espiritualizou.

Febo, ou Apolo, depois de Zeus, ou Júpiter, foi a fi gura mais importante entre os deuses greco-romanos.

A Grécia era dividida em cidades-estado. Unidades em uma mesma origem, porém com características próprias. Com a morte de Leônidas (Nestor – Trino Araken) no desfi ladeiro das Termópilas, a custa de impedir a dominação pelos persas, a liderança espartana sofreu. Porém, naquela região de líderes, surgiu um novo ícone: Alexandre, o Grande. Que expandiu o império grego, sob o nome de Macedônia (outro povo de origem grega), levando sua cultura e o deus Apolo para incontáveis povos e regiões. Com a morte de Alexandre, o império se esfacelou. A união obtida pelo brilhante rei e general perdeu-se em meio a disputas e traições, em uma busca desmedida pelo poder.

Os romanos, que já absorviam parte da cultura grega em virtude das relações comerciais, ao dominarem a Grécia, unifi caram grande parte de seus cultos com as tradições gregas.

O culto ao deus Apolo tornou-se rapidamente mais popular e reconhecido. Os pergaminhos e “livros”, contendo as profecias do Oráculo de Delfos, chegaram a ser considerados como recursos supremos para a “salvação do Estado”.

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Apolo era predestinado a ser o deus que absolveria os pecados dos assassinos arrependidos e foi o primeiro a trazer a ressurreição dos mortos. Sendo o deus do dia e da luz, vivifi cava os seres, fazia germinar as plantas e amadurecer os frutos e as searas, purifi cava a atmosfera e destruía os miasmas; o deus forte e sempre vitorioso. Também foi considerado o patrono da verdade, fi lho de Zeus e associado com os preceitos básicos dos gregos: “Conhece-te a ti mesmo” e “Nada em excesso”.

Apolo tornou-se o deus mais cultuado em Roma.

Por ocasião do Solstício de Inverno (22 de dezembro na Europa), realizavam-se três dias de festejos em homenagem ao deus Apolo. Culminando em 25 de dezembro com uma grande procissão ao templo do deus.

“Um dia Apolo regressará e será para sempre”. - Profecia da última pítia do Oráculo de Delfos.

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De Roma ao Templo Mãe

Muitos Jaguares tiveram também sua passagem como Romanos, na época de Jesus. Alguns vieram com a missão de proteger o Divino Mestre e seus seguidores, porém, vários desvirtuaram seus caminhos pelo poder que tinham nas mãos e a riqueza fácil, por fazer parte da elite dominante da época. Acabaram mesmo por perseguir os cristãos e tornar ainda mais difícil os primórdios da implantação da “Escola do Caminho”. Pai João e Pai Zé Pedro foram fi guras de destaque nesta elite romana.

Durante quase três séculos a mensagem de Jesus expandiu-se como rama selvagem, e seus ensinamentos cativavam principalmente os mais humildes, ou seja, a grande maioria do povo. Em uma Roma corrompida, com os pobres sendo levados a “pão e circo”, a mensagem de Jesus tornava-se a esperança da redenção, de um futuro melhor.

O imperador Constantino, perspicaz na avaliação de que não havia mais como sufocar o movimento através da força e espetáculos no Coliseu, resolve unifi car o seu poder ao poder da religião...

A festa em honra do deus Apolo demarcava ofi cialmente a entrada do solstício de inverno. Iniciava-se no dia 22 de dezembro (início ofi cial do inverno europeu) e estendia-se por três dias, o povo se unia em torno da fi gura do deus Apolo, que representava o sol.

No terceiro dia da festa do solstício, dia vinte e cinco de dezembro, se dava a grande procissão, com a imagem do deus Apolo, que rodeava o templo e, voltava ao seu altar, sob a ovação do povo excitado, feliz a seu modo, naquela festa notável do solstício.

Seguidor de Apolo, o imperador legaliza o cristianismo com algumas exigências. Entre elas, que a data de chegada do

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Cristo, fosse considerada a mesma das festividades do deus Apolo. Desde então, o mundo cristão passou a admitir que Jesus Cristo nasceu no dia vinte e cinco de dezembro.

Séculos se passaram desta a simbólica primeira união...

Chegamos ao Limiar do Terceiro Milênio, 1.959, a antiga Pytia de Delfos, encarnada agora como Tia Neiva, desperta sua Clarividência e sob o Manto do Evangelho do Divino Mestre Jesus, concebe o Doutrinador! O médium que, força do Sol, acompanha e traduz a Voz Direta da força da Lua!

Renascem as heranças de Delfos, e unifi ca-se a profetiza do deus Luz do Sol, com o Doutrinador em Cristo Jesus.

Os destinos entrelaçados da velha tribo mais uma vez se reúnem, agora sob a égide da Doutrina do Amanhecer. O Oráculo transmuta-se no Vale do Amanhecer, respondendo agora aos clamores do espírito. Apolo, unifi cado em Cristo Jesus, anuncia o farol a iluminar mais uma marcante passagem dos Jaguares neste planeta: O Doutrinador!

A Lua emana a Voz Direta, o Sol conduz Doutrinador!

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Palavras do Tumuchy

Nosso Evangelho foi sabiamente resumido de forma prática: Amor, Tolerância e Humildade!

Por isso é sempre importante questionar até que ponto, verdadeiramente, adquirimos a capacidade de perdoar, de tolerar, de sermos humildes, de não julgar, e a capacidade de amar e, assim, avaliar o ponto a que chegamos em termos do amor incondicional.

Para esta avaliação, temos um ponto de referência: Tia Neiva!

Seus ensinamentos, seu amor, sua jornada missionária como um todo, serve de parâmetro para que possamos avaliar, sem máscaras, nossa verdadeira evolução obtida.

Uma coisa é certa: se nós não adquirirmos uma determinada evolução, não importa a quantidade de medalhas em nossos coletes! De nada valem nossas origens, classifi cações, títulos, representações, comandos, se ainda não praticamos o Evangelho!

Qual será nossa realidade em termos de individualidade?

Estamos à altura do que emitimos? De nossas heranças? Ou ainda insistimos em trilhar a velha estrada, distante do Amor Incondicional?

A cada dia estamos mudando! Sim! Nossos pensamentos e até mesmo fortes convicções de um passado recente, transformam-se a cada passo que marcamos nesta jornada. Se você não mudou nada, e ainda pensa da mesma forma que quando entrou na Doutrina, ou é um santo, ou ainda não aprendeu nada!

Estamos em constante aprendizado. Mudando, quiçá aprimorando nossa conduta e nosso modo de pensar.

O verdadeiro sentido da humildade é conseguir dar vazão, através de si mesmo, da maior pureza do Céu, que é a Voz Direta. Isso não diz respeito só ao Apará! Também, e até principalmente, ao Doutrinador, porque os Doutrinadores são os portadores do Terceiro Verbo, da palavra, que é o fundamental em nosso sistema doutrinário.

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É preciso que façamos um exame de consciência cada vez maior. Já em 1962, Mestre Humarran alertava Tia Neiva: “Neiva, Jesus nos adverte: Antes de culpar o teu vizinho, procura ser severo contigo mesmo!... Por mais sábia que sejas, um dia ainda terás muito que aprender... Mesmo quando houveres desviado das coisas mundanas, ainda precisarás meditar, fazendo conjecturas acerca de ti mesma!”

Neste plano físico, encarnados, ao assumirmos esta missão mediúnica, devemos a cada dia buscar a individualidade! Há uma diferença muito grande entre a individualidade e a personalidade. Nossa individualidade é iniciática.

Somos médiuns desenvolvidos, temos nosso plexo aberto, nossos chakras em andamento, em funcionamento, e isto não desaparece quando tiramos o uniforme. Este é o grande segredo do qual não podemos esquecer!

Quando recebemos uma corrente negativa, temos que aprender a manipular esta corrente o mais rapidamente possível.

Um Jaguar causa um prejuízo tremendo quando permanece dentro de uma corrente negativa por mais tempo que o justifi cável pelo seu carma. Nós vivemos em uma triangulação de forças atuando diretamente sobre nossos plexos, nossas cabeças, nossos braços e nossas mãos.

O cérebro é dividido em duas partes: do lado direito, o Jeová positivo ou branco; do lado esquerdo, o Jeová negativo ou negro. Nos Tronos vemos o Preto Velho trabalhando com a mão direita que, entretanto, é comandada pelo lado esquerdo do cérebro. A energia entra por um lado e sai pelo outro.

A mão esquerda é de descarga. Nós recebemos pela direita e soltamos pela esquerda. Se você quer conservar suas energias, você fecha a mão esquerda, porque ela é o local de descarga.

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Quando você quer tirar uma carga de uma pessoa, você aplica a mão direita, por causa da circulação. Se você quer conservar energia, você fecha a mão esquerda e abre a mão direita. Se você quer descarregar, você fecha a mão direita e abre a esquerda. Aí você tem todo o sistema iniciático de trabalho!

Os dois hemisférios cerebrais recebem a força, que vem em forma de cone.

A recepção é controlada pela curvatura das mãos. Os dois braços levantados funcionam como dois guias que jogam o feixe de energia para dentro de nós. Se, recebendo esta força toda, tivermos pensamentos contrários, nossa alma vagando por aí, entramos em desequilíbrio e não poderemos conseguir as coisas.

Quando se trata da alma, se os pensamentos são negativos, desanimados, sujos, quando fazemos a evocação... e recebemos as energias... Salve Deus!

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Vou Consagrar Centúria

O quê vou receber? Mais força, energia, espiritualidade?

Sim! Você irá receber tudo isso: novas forças, novos preparos para poder manipulá-las, mas principalmente mais responsabilidade e compromissos.

Ninguém mais poderá lhe corrigir, ou chamar sua atenção. De maneira que deverá saber executar todos os seus trabalhos com compromisso e perfeição!

O quê ainda não souber, deverá buscar o conhecimento por conta própria. Terá um compromisso com seu Adjunto e o Ministro, e ele com você! Passará a ter nele o referencial necessário para seus trabalhos e fonte para sanar suas dúvidas.

Evoluir em conhecimento, dentro de nossa Doutrina, é uma missão pessoal. Muitos fi cam completamente satisfeitos com o quê aprenderam e executam suas missões dentro do que lhes foi ensinado, sem preocupar-se em “saber mais”. Outros, porém, com a mente mais aberta, desejam compreender exatamente o quê estão fazendo e por que.

Nossa Doutrina oferece todas as respostas que desejar. Nunca fi quei sem resposta aos meus questionamentos, e passei por todos eles, chegando mesmo a afi rmar que o dia que não encontrasse em nossa Doutrina, respostas coerentes, eu deixaria meu colete.

Leia o Acervo deixado por Nossa Mãe Clarividente, releia e encontre coisas novas, pois assim se passará. O conhecimento não vem de fora para dentro, é despertado em nosso espírito e confi rmado pela intuição e pelo Acervo Mágico que temos nas mãos.

Sempre falo da Magia das Cartas de Tia Neiva, porque a cada nova fase vivenciada, a cada experiência adquirida, ao reler, encontramos “algo” que parece que não estava ali antes.

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Centurião é o médium completo. Preparado e conhecedor das Leis e Chaves do Amanhecer. Através da Centúria o médium verdadeiramente deve tomar consciência de sua missão. Passa a ter a responsabilidade de conhecer nossas leis, e saber conduzir-se em um trabalho, seja comandando ou comandado. Soma-se a isso a responsabilidade de também externar a sua conduta.

Quando falo em externar sua conduta, signifi ca que não apenas dentro do Templo se deve buscar o equilíbrio, a humildade, a tolerância e o amor. O conhecimento implica em assumir nossos atos, e buscar verdadeiramente, 24 horas por dia, a própria evolução. É compreender que terá que aplicar na prática diária o comportamento que já deve estar tendo dentro do Templo. Por este motivo, nunca se questiona “quem é a pessoa” quando ingressa na Doutrina. O conhecimento vai libertando cada um de sua ignorância inicial, e aquele que antes poderia estar na marginalidade, com o tempo, vai compreendendo a incompatibilidade do que realiza no Templo, com o quê possa estar fazendo de errado fora dele.

Através de nossas ações é mudamos nossa vida! Todos os dias devemos pedir o devido auxílio para zelar pelos nossos pensamentos, palavras e ações.

O Centurião perde o direito ao julgamento do próximo, passa a ser juiz de si mesmo! Tia Neiva já afi rmava que “o maior desajuste é o julgamento”. Julgamento é uma palavra bastante abrangente, se refere até mesmo para aqueles momentos em que acreditamos estar sendo vibrados. Esta simples preocupação já gera uma vibração, e aquele que a recebe, muitas vezes está isento, assim aquela força volta para sua origem, fazendo mal justamente ao seu emissor.

Nossa forma de avaliação só pode basear-se nas coisas práticas. Verifi cando pelos frutos... É pelo fruto que se conhece a árvore.

As Consagrações e Classifi cações implicam primeiramente em MAIS RESPONSABILIDADE E COMPROMISSO.

Parabéns pela Centúria! Que seja seu verdadeiro despertar como médium! Que sua Individualidade prevaleça sobre a personalidade transitória e dentro do Templo seja o seu verdadeiro “EU”. Assim, gradativamente, permitirá que seu espírito siga a jornada proposta e termine feliz e realizado mais esta passagem terrestre.

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“A Centúria signifi ca para o Apará um portal de desintegração aos mundos ainda desconhecidos, é mais uma chave com mil conhecimentos”.

Tia Neiva

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