O IMORTALcompleta um ano de vida A revista espírita O Conso-lador, fundada em 18/4/2007, completa...

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O IMORTAL JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA Diretor Responsável: Hugo Gonçalves Ano 55 Nº 650 Abril de 2008 R$ 1,50 “A vida é imortal, não existe a morte; não adianta morrer, nem descansar, porque ninguém descansa nem morre.” Marília Barbosa “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir continuamente, tal é a lei.” Allan Kardec Obra de André Andrade Ruiz já está no teatro Cerca de 1.800 pessoas assistem à palestra que Divaldo Franco proferiu em Londrina Na noite de 4 de março o esti- mado orador Divaldo Franco (foto) falou a um público numero- so reunido no Londrina Coun- try Clube, em Londrina. Gilson Ribeiro, atual presidente da 5 a União Regional Espírita, promotora do evento, pre- sidiu à mesa, que contou com a pre- sença do atual presidente da Fede- ração Espírita do Paraná, Francisco Ferraz Batista, do presidente da Fe- deração Espírita do Paraguai e do confrade Hugo Gonçalves, diretor do jornal O Imortal. Marcelo Seneda fez as apresen- tações iniciais, seguidas da fala do presidente da União Regional Es- pírita, que fez a prece de abertura, e da saudação de Francisco Ferraz Batista, que apresentou Divaldo e sua obra ao público presente. Divaldo Franco falou durante 75 minutos, focalizando como tema principal a existência de Deus e lembrando os diversos momentos da história em que se tentou excluir Deus de nossa vida, desde os conturbados dias da Re- volução Francesa até os nossos dias. Pág. 16 Psicografia, oratória, amplo trabalho social e divulgação es- pírita assinalam a trajetória do médium André Luiz de Andrade Ruiz, radicado em Campinas, cuja obra mediúnica já está nos palcos. André Luiz Ruiz, que é o atual presidente da Socieda- de Beneficente Bezerra de Menezes, de Campinas (SP) e membro da Sociedade Es- pírita Mensaje Fraternal, de Caracas, Venezuela, fala so- bre sua trajetória espírita em entrevista que o leitor pode- rá ler na presente edição. Págs. 8 e 9 No dia 13 deste O Consolador completa um ano de vida A revista espírita O Conso- lador, fundada em 18/4/2007, completa no dia 13 de abril seu primeiro ano de existência, data em que atingirá o total de 51 edi- ções publicadas para circulação exclusivamente na internet. A revista, que é de periodicidade semanal, pode ser vista no site www .oconsolador .com. Uma en- trevista com Divaldo Franco é o principal destaque da edição co- memorativa do primeiro aniver- sário do periódico. Pág. 11 Lar Marília Barbosa festeja 55 anos com um encontro poético O 9º Encontro Poético José Soares Cardoso reuniu um gran- de público na cidade de Cam- bé, no dia 29 de março, quando o Lar Marília Barbosa comemo- rava 55 anos de existência. Mais de cem pessoas estiveram reu- nidas no Centro Espírita Allan Kardec para participar e presti- giar do evento, que presta, com seu nome, justa homenagem ao saudoso poeta e escritor sergi- A Revue Spirite há 140 anos ......................... 15 Aiglon Fasolo ................................................. 6 Clássicos do Espiritismo ................................ 5 Crônicas de Além-Mar ................................. 12 De coração para coração ................................ 4 Divaldo responde ............................................ 5 Editorial .......................................................... 2 Emmanuel ....................................................... 2 Espiritismo para crianças ............................. 14 Estudando as obras de André Luiz ............... 13 Édo Mariani .................................................. 10 Grandes Vultos do Espiritismo ....................... 7 Jane Martins Vilela ....................................... 13 Joanna de Ângelis ........................................... 2 José Viana Gonçalves ................................... 12 Momentos com Divaldo Franco ................... 10 Palestras, seminários e outros eventos ......... 11 Waldenir Aparecido Cuin ............................. 13 Ainda nesta edição Os processos de reencarnação jamais são iguais Os processos de reen- carnação, tanto quanto os da morte física, diferem ao infinito, não existindo, a rigor, dois absolutamente iguais. Facilidades e difi- culdades estão subordina- das a fatores numerosos, muitas vezes relativos ao estado consciencial dos próprios interessados no regresso à Crosta ou na li- bertação do veículo carnal. Há Espíritos de grande ele- vação que, ao voltarem à carne, em apostolado de serviço e iluminação, qua- se dispensam o concurso dos companheiros dedica- dos a esse trabalho na es- fera espiritual. A reencarnação consti- tui, como sabemos, um dos princípios fundamentais do Espiritismo. Editorial, pág. 2 pano José Soa- res Cardoso, mais conhecido como o “poeta do Evangelho”. Esquetes te- atrais, músicas e interpretações artísticas foram realizadas por membros de dez casas espí- ritas da região que puderam também festejar e comemorar mais um aniver- sário de Lar In- fantil Marília Barbosa. Feliz com a realização do evento e com a grande quanti- dade de participantes, Hugo Gonçalves, dirigente da enti- dade e também presidente do Centro Espírita Allan Kardec, lembrou na oportunidade que José Soares Cardoso – desen- carnado há vários anos – era seu amigo íntimo e todos os anos fazia questão de visitar o Lar quando a entidade co- memorava seu aniversário. Pág. 3

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O IMORTALJORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA

Diretor Responsável: Hugo Gonçalves Ano 55 Nº 650 Abril de 2008 R$ 1,50

“A vida é imortal,não existe a morte;não adianta morrer,

nem descansar,porque

ninguém descansanem morre.”

Marília Barbosa

“Nascer,morrer,renascerainda e

progredircontinuamente,

tal é a lei.”Allan Kardec

Obra de André Andrade Ruizjá está no teatro

Cerca de 1.800 pessoas assistem à palestra queDivaldo Franco proferiu em Londrina

Na noite de 4de março o esti-mado oradorDivaldo Franco(foto) falou a umpúblico numero-so reunido noLondrina Coun-try Clube, emLondrina. GilsonRibeiro, atualpresidente da 5a

União RegionalEspírita, promotora do evento, pre-sidiu à mesa, que contou com a pre-sença do atual presidente da Fede-ração Espírita do Paraná, FranciscoFerraz Batista, do presidente da Fe-deração Espírita do Paraguai e doconfrade Hugo Gonçalves, diretordo jornal O Imortal.

Marcelo Seneda fez as apresen-tações iniciais, seguidas da fala dopresidente da União Regional Es-pírita, que fez a prece de abertura,

e da saudação de Francisco FerrazBatista, que apresentou Divaldo esua obra ao público presente.

Divaldo Franco falou durante75 minutos, focalizando comotema principal a existência deDeus e lembrando os diversosmomentos da história em que setentou excluir Deus de nossa vida,desde os conturbados dias da Re-volução Francesa até os nossosdias. Pág. 16

Psicografia, oratória, amplotrabalho social e divulgação es-pírita assinalam a trajetória domédium André Luiz de AndradeRuiz, radicado em Campinas,cuja obra mediúnica já está nospalcos.

André Luiz Ruiz, que é oatual presidente da Socieda-

de Beneficente Bezerra deMenezes, de Campinas (SP)e membro da Sociedade Es-pírita Mensaje Fraternal, deCaracas, Venezuela, fala so-bre sua trajetória espírita ementrevista que o leitor pode-rá ler na presente edição.Págs. 8 e 9

No dia 13 deste O Consoladorcompleta um ano de vida

A revista espírita O Conso-lador, fundada em 18/4/2007,completa no dia 13 de abril seuprimeiro ano de existência, dataem que atingirá o total de 51 edi-ções publicadas para circulaçãoexclusivamente na internet. A

revista, que é de periodicidadesemanal, pode ser vista no sitewww.oconsolador.com. Uma en-trevista com Divaldo Franco é oprincipal destaque da edição co-memorativa do primeiro aniver-sário do periódico. Pág. 11

Lar Marília Barbosa festeja 55 anoscom um encontro poético

O 9º Encontro Poético JoséSoares Cardoso reuniu um gran-de público na cidade de Cam-bé, no dia 29 de março, quandoo Lar Marília Barbosa comemo-rava 55 anos de existência. Maisde cem pessoas estiveram reu-nidas no Centro Espírita AllanKardec para participar e presti-giar do evento, que presta, comseu nome, justa homenagem aosaudoso poeta e escritor sergi-

A Revue Spirite há 140 anos ......................... 15Aiglon Fasolo ................................................. 6Clássicos do Espiritismo ................................ 5Crônicas de Além-Mar ................................. 12De coração para coração ................................ 4Divaldo responde ............................................ 5Editorial .......................................................... 2Emmanuel ....................................................... 2Espiritismo para crianças ............................. 14Estudando as obras de André Luiz ............... 13Édo Mariani .................................................. 10Grandes Vultos do Espiritismo ....................... 7Jane Martins Vilela ....................................... 13Joanna de Ângelis ........................................... 2José Viana Gonçalves ................................... 12Momentos com Divaldo Franco ................... 10Palestras, seminários e outros eventos ......... 11Waldenir Aparecido Cuin ............................. 13

Ainda nesta ediçãoOs processos dereencarnação

jamais são iguaisOs processos de reen-

carnação, tanto quanto osda morte física, diferem aoinfinito, não existindo, arigor, dois absolutamenteiguais. Facilidades e difi-culdades estão subordina-das a fatores numerosos,muitas vezes relativos aoestado consciencial dospróprios interessados noregresso à Crosta ou na li-bertação do veículo carnal.

Há Espíritos de grande ele-vação que, ao voltarem àcarne, em apostolado deserviço e iluminação, qua-se dispensam o concursodos companheiros dedica-dos a esse trabalho na es-fera espiritual.

A reencarnação consti-tui, como sabemos, um dosprincípios fundamentais doEspiritismo. Editorial,pág. 2

pano José Soa-res Cardoso,mais conhecidocomo o “poetado Evangelho”.

Esquetes te-atrais, músicase interpretaçõesartísticas foramrealizadas pormembros dedez casas espí-

ritas da regiãoque puderamtambém festejare comemorarmais um aniver-sário de Lar In-fantil MaríliaBarbosa.

Feliz com arealização doevento e com agrande quanti-

dade de participantes, HugoGonçalves, dirigente da enti-dade e também presidente doCentro Espírita Allan Kardec,lembrou na oportunidade queJosé Soares Cardoso – desen-carnado há vários anos – eraseu amigo íntimo e todos osanos fazia questão de visitaro Lar quando a entidade co-memorava seu aniversário.Pág. 3

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O IMORTALPÁGINA 2 ABRIL/2008

EditorialEMMANUEL

A união da alma com o corpo, en-sina o Espiritismo, tem início na con-cepção, mas só se completa no nas-cimento. O invólucro fluídico, tam-bém chamado perispírito, é que per-mite a ligação da alma ao gérmen.Essa união vai-se adensando e tor-nando-se mais íntima, de momentoa momento, até que se completaquando a criança vem à luz.

No período intercorrente, da con-cepção ao nascimento, a ação da forçavital faz com que diminua o movimen-to vibratório do perispírito, até o mo-mento em que, não atingindo o míni-mo perceptível, o Espírito fica quasetotalmente inconsciente. É dessa dimi-nuição de amplitude do movimentofluídico, diz Gabriel Delanne, que re-sulta o esquecimento do passado .

Quando o Espírito vai encarnarnum corpo humano em via de for-mação, um laço fluídico, que maisnão é do que uma expansão do seuperispírito, o liga ao ovo, que o atraipor uma força irresistível desde oinstante da concepção. À medida queo gérmen se desenvolve, esse laçose encurta. Sob a influência do prin-cípio vital presente no gérmen, operispírito se une, molécula a molé-cula, ao corpo em formação, comose o Espírito, valendo-se do seuperispírito, se enraizasse no gérmen,a exemplo da planta que se enraízano solo. Quando o gérmen chega aoseu pleno desenvolvimento, estácompleta a união, e o ser nasce en-tão para a vida exterior.

A partir do momento em que oEspírito é colhido no laço fluídico queo prende ao gérmen, ele entra em es-tado de perturbação que aumenta à

Há indivíduos que se entregamà vontade de Deus, porque resolvemacomodar-se, fugindo à responsabi-lidade dos acontecimentos que lhescumpre conduzir. Este é, sem dúvi-da, um estado de alienação neuróti-ca.

Digna de nota a presente passa-gem de Lucas.

Reparando os samaritanos queJesus e os discípulos se dirigiam aJerusalém, negaram-se a recebê-los.

Identificaram-nos pelo aspecto.Se fossem viajores com destino

a outros lugares, talvez lhes ofere-cessem hospedagem, reconforto,alegria...

Não se verifica, até hoje, o mes-mo fenômeno com os verdadeiroscontinuadores do Mestre?

Jerusalém, para nós, simbolizaaqui testemunho de fé.

E basta que alguém se encami-nhe resolutamente a semelhante do-mínio espiritual, para que os ho-mens comuns, desorientados e dis-cutidores, lhe cerrem as portas docoração.

Os descuidados, que rumam nadireção dos prazeres fáceis, encon-tram imediato acolhimento entre osnovos samaritanos do mundo.

Mulheres inquietas, homens en-ganadores e doentes espirituais bemapresentados possuem, por enquan-to, na Terra, luzida assembléia decompanheiros.

Todavia, quando o aprendiz deJesus acorda na estrada humana, ve-

A reencarnação e suas nuançasmedida que o laço se aperta, perden-do o Espírito, nos últimos momentos,toda a consciência de si próprio, demodo que jamais presencia o seu nas-cimento. Quando a criança respira, elecomeça a recobrar as faculdades, quese desenvolvem à proporção que seformam e consolidam os órgãos quehão de lhes servir às manifestações.

André Luiz relata-nos, detalha-damente, o imenso carinho e os inú-meros cuidados que o Mundo Espi-ritual dedica ao processo reencarna-tório. Na obra Entre a Terra e oCéu, o ministro Clarêncio, ao repor-tar-se à reencarnação de Júlio, for-nece informações interessantes sobrea redução perispiritual. Diz então oamorável ministro da colônia “Nos-so Lar”: “A reencarnação, tantoquanto a desencarnação, é um cho-que biológico dos mais apreciáveis.Unido à matriz geradora do santuá-rio materno, em busca de nova for-ma, o perispírito sofre a influênciade fortes correntes eletromagnéticas,que lhe impõem a redução automá-tica”. “Durante a gravidez deZulmira, a mente de Júlio permane-cerá associada à mente materna, in-fluenciando, como é justo, a forma-ção do embrião. Todo o cosmo celu-lar do novo organismo estará impreg-nado pelas forças do pensamentoenfermiço de nosso irmão que re-gressa ao mundo. Assim sendo, Jú-lio renascerá com as deficiências deque ainda é portador, embora favo-recido pelo material genético querecolherá dos pais.”

Em outra obra de André Luiz,Missionários da Luz, deparamos tam-bém com preciosas informações a res-

peito da complexidade do trabalho re-alizado pelo Plano Espiritual, sempreque retorna ao mundo corporal umEspírito em resgate ou reajustamentode tarefas mal executadas em existên-cia anterior. Interessado no casoSegismundo, Alexandre aduziu, repor-tando-se aos seus futuros pais: “Volta-remos a vê-los no dia da ligação inici-al de Segismundo à matéria física. Pre-ciso cooperar, na ocasião, com os nos-sos amigos Construtores, aos quaispedi me apresentassem os mapas cro-mossômicos, referentemente aos ser-viços a serem encetados”. Quando dis-se isso, Segismundo já se encontrava,desde a semana anterior, em processode ligação fluídica direta com os futu-ros pais. À medida que se intensifica-va semelhante aproximação, ele ia per-dendo os pontos de contato com osveículos que consolidou na esfera es-piritual através da assimilação dos ele-mentos peculiares àquele plano. A ope-ração – explicou Alexandre – era ne-cessária para que o perispírito do re-encarnante pudesse retomar aplasticidade que lhe é característica.

Os processos de reencarnação, tan-to quanto os da morte física, diferem,contudo, ao infinito, não existindo, arigor, dois absolutamente iguais. Fa-cilidades e dificuldades estão subor-dinadas a fatores numerosos, muitasvezes relativos ao estado consciencialdos próprios interessados no regressoà Crosta ou na libertação do veículocarnal. Existem Espíritos de grandeelevação que, ao voltarem à carne, emapostolado de serviço e iluminação,quase dispensam o concurso dos com-panheiros dedicados a esse trabalho naesfera espiritual.

Um minuto com Joanna de ÂngelisSucessos e fracassos, mais insu-

cessos certamente, lhes ocorrem por-que, dizem, Deus assim o quer, quan-do tudo os convida à realização di-nâmica e produtiva do bem com sal-dos favoráveis para a sua realização.

Outros existem que permanecem

Mudança

rificando que é indispensável forne-cer testemunho da sua confiança emDeus, com a negação de velhos ca-prichos, na maior parte das vezes éconstrangido a seguir sem ninguém.

É que, habitualmente, em taisocasiões, o homem se revela modi-ficado.

Não dá a impressão comum dacriatura disposta a satisfazer-se.

É alguém resolvido a renunciaraos próprios defeitos e a anulá-los,a golpes de imenso esforço, para es-posar a cruz redentora que o identi-ficará com o Mestre Divino.

Por essa razão, mesmo portasadentro do lar, quase sempre não seráplenamente reconhecido, porque seuaspecto sofreu metamorfose profun-da. Ele mostra o sinal de quem to-mou o rumo da definitiva renovaçãointerior para Deus, disposto a con-sagrar-se ao eterno bem e a soerguerseu coração no grande caminho.

JOANNA DE ÂNGELIS, men-tora espiritual de Divaldo P. Franco,é autora, entre outros livros, de Mo-mentos de Iluminação (Livraria Es-pírita Alvorada Editora, 1990), doqual foi extraído o texto acima.

aguardando milagres capazes de lhesalterar o destino, sem a contribuiçãodo seu esforço.

Diversos, portadores de senti-mentos de culpa, buscam a fuga re-ligiosa como processo escapista parao enfrentamento com a consciência.

Não falta, da mesma forma,quem procure transferir suas respon-sabilidades para Deus, utilizando-sedo processo infantil de ser cuidadopor alguém...

Esses crentes são portadores deconflitos, sem dúvida, mas a culpanão é da religião que abraçam, e simdeles próprios.

“Mas não receberam, porque o seu aspecto eracomo de quem ia a Jerusalém.” – (LUCAS, 9:53.)

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EMMANUEL, que foi o mentorespiritual de Francisco CândidoXavier e coordenador da obra medi-única do saudoso médium mineiro,é autor, entre outros livros, de “Fon-te Viva” (Editora da FEB, 1956), deonde foi extraído o texto acima.

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O IMORTALABRIL/2008 PÁGINA 3

Moradores de Cambé e regiãotiveram uma noite especial no últi-mo sábado de março, dia 29. Maisde cem pessoas estiveram reunidasno Centro Espírita Allan Kardecpara participar e prestigiar do 9ºEncontro Poético José Soares Car-doso, evento realizado em home-nagem ao escritor sergipano, maisconhecido como o “poeta do Evan-gelho”. Esquetes teatrais, músicase interpretações artísticas foram re-alizadas por membros de dez casasespíritas da região que também pu-deram festejar e comemorar os 55anos de fundação do Lar InfantilMarília Barbosa.

Feliz com a realização do even-to e com a grande quantidade departicipantes, o dirigente da entida-de e também presidente do CentroEspírita Allan Kardec, Hugo Gon-çalves, lembrou que José Soares

FERNANDA [email protected]

De Londrina

Cardoso – desencarnado hávários anos – era seu amigo ín-timo e todos os anos fazia ques-tão de visitar o Lar, quando aentidade comemorava seu ani-versário. “Ele sempre vinha, fi-cava na minha casa. Faziaquestão de vir lá de sua terrapara me visitar. Era um grandeamigo”, comentou Hugo.

A abertura do evento con-tou com a apresentação do Co-ral Espírita Hugo Gonçalves,que existe há cerca de dez anose conta com 15 integrantes.Durante as atividades, o públi-co pôde prestigiar a atuação de mem-bros do Centro Espírita Nosso Lar, deLondrina, Casa do Caminho; Cami-nho de Damasco; Centro Espírita Fé,Luz e Caridade, além de grupos doCentro Espírita Allan Kardec, gruposmusicais e interpretações poéticas depessoas que fazem parte do movimen-to espírita de Londrina e região.

Momentos antes de se dirigir aopalco onde se iniciariam as ativi-

Encontro Poético reúne um público numeroso em CambéRealizado pela nona vez, o evento contou com a presença de diversas casas espíritas que homenagearam o “poetado Evangelho” José Soares Cardoso; a data comemorou também os 55 anos de fundação do Lar Marília Barbosa

dades, Hugo Gonçalves, concedeu-nos uma rápida entrevista. Ele lem-brou as dificuldades vividas duran-te os anos que passou ao lado desua esposa, Dulce, para a adminis-tração do Lar, mas salientou comalegria a credibilidade conquistadae a seriedade do trabalho realizadotodos esses anos em benefício dascrianças carentes de Cambé.

“Já aconteceu de pessoas che-

garem aqui e me apresenta-rem uma quantia em dinhei-ro e pedir para eu fazer umrecibo de valor bem maior. Aspessoas não levavam a sérionosso trabalho. Eu falei prauma pessoa um dia que nãoera corrupto e que ele podialevar aquele dinheiro embo-ra com ele. Em uma outraocasião, recebi presentes ve-lhos e estragados como doa-ção para dar para as crianças.Quando o menino abriu o car-rinho e viu que o dele nãofuncionava como o do cole-

guinha, ele ficou muito triste. En-tão pegamos o pacote dele de voltae compramos um brinquedo novo.Eu não aceito coisas estragadas, nãoquero que as crianças fiquem tris-tes”, disse o confrade.

Segundo ele, a casa conta hojecom 125 crianças, além de cincomeninas que vivem em regime deinternato. Ao longo de todos os anos,cerca de 700 crianças passaram pelo

Lar. Para Hugo Gonçalves, é uma“grande alegria” poder saber quehoje, em sua maioria, elas vivembem, se casaram e continuam,sempre que possível, mantendocontato com ele. “Houve uma vezno meu aniversário que uma delasconseguiu reunir todas as meninaspara vir fazer uma visita. Fiqueimuito feliz. Eu só não posso dizerque sou uma pessoa satisfeita por-que sinto que podia ter feito mais.Mas fico muito feliz em ver todosesses anos que se passaram.”

Sobre o evento, Hugo Gonçal-ves lembrou que o poeta home-nageado, José Soares Cardoso,falava do Evangelho como nin-guém. “Ele era um autodidata,escreveu diversos livros, foi jor-nalista e poeta. Foi como um fi-lho para mim”, finalizou.

As fotos que ilustram esta re-portagem permitem que o leitortenha uma pequena mostra do quefoi o Encontro Poético José Soa-res Cardoso.

Hugo Gonçalves e momentos diversos doEncontro Poético realizado no dia 29 de março

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O IMORTALPÁGINA 4 ABRIL/2008

De coração para coração

Ainda de acordo com pesquisa le-vada a efeito por Marcelo Borela deOliveira, lêem-se nos diferentes volu-mes da Revue Spirite os depoimentose informações que se seguem, assina-dos por Espíritos diversos:

1. Mártires do Espiritismo são osque escutam, a cada passo, palavrasinsultuosas, como louco, insensato,visionário, as afrontas da incredulida-de e outros sofrimentos ainda maisamargos. Mas a sua recompensa serábela, porque o lugar que o Cristo pre-para aos mártires do Espiritismo seráainda mais brilhante. (Santo Agosti-nho, Revue de 1862, p. 122.)

2. O Espiritismo não é uma religiãonova, mas a consagração dessa religiãouniversal cujas bases foram lançadaspelo Cristo. “O Espiritismo, sob o pon-to de vista religioso, é apenas a confir-mação do cristianismo.” (Bernardin,Revue de 1862, p. 186 a 188.)

3. O Espiritismo é a realização detodas as profecias, o desenvolvimen-to da religião, o esclarecimento dosmistérios, o caminho reto que conduzao verdadeiro objetivo e à perfeição.(Cardeal Wiseman, Revue de 1865, p.213 e 214.)

4. A religião espiritualista é a almado Cristianismo: é preciso não esque-cer. (Lamennais, Revue de 1865, p. 216.)

5. A moral ensinada pelo Cristosobrepuja os ensinos mais sublimes daAntigüidade; o que é preciso obser-var no Espiritismo é a moral cristã.(Lamennais, Revue de 1860, p. 364.)

6. O Cristo foi o iniciador da mo-

ral mais pura, a mais sublime: a mo-ral evangélica cristã, que deve reno-var o mundo, reaproximar os homense os tornar a todos irmãos; a moral quedeve fazer jorrar de todos os coraçõeshumanos a caridade, o amor do próxi-mo; que deve criar entre todos os ho-mens uma solidariedade comum; amoral, enfim, que deve transfigurar aTerra e dela fazer uma morada paraEspíritos superiores. (Um Espíritoisraelita, Revue de 1861, p. 96.)

7. Foi Moisés quem abriu a estra-da; Jesus continuou a obra; o Espiri-tismo a acabará. (O mesmo Espírito,Revue de 1861, p. 97.)

8. O Espiritismo é a aplicação damoral evangélica, pregada pelo Cris-to, em toda a sua pureza, e os homensque o condenam sem o conhecer sãopouco prudentes. (Ferdinand, Revuede 1861, p. 168 e 169.)

9. O Espiritismo é uma ciênciaessencialmente moral. Os que se di-zem espíritas não podem, pois, semcometer uma grave inconseqüência,subtrair-se às obrigações que impõe.Disso advém a obrigação moral quetem o espírita de conformar sua con-duta à sua crença e ser um exemplovivo, um modelo, como o Cristo o foipara a humanidade. (Luís de França,Revue de 1866, p. 156 a 159.)

10. O Espiritismo não é senão aaplicação verdadeira dos princípios demoral ensinada por Jesus. Foi com oobjetivo de fazê-la por todos compre-endida que Deus permite as manifes-tações dos Espíritos. Ele vem, portan-

to, como o Cristianismo bem compre-endido, mostrar ao homem a absolutanecessidade de sua renovação interi-or. (Luís de França, Revue de 1866,p. 156 a 159.)

11. Encarando como subversivatoda doutrina contrária à moral doEvangelho e aos princípios gerais doDecálogo, que se resumem nesta leiconcisa: Amai a Deus sobre todas ascoisas e ao próximo como a vós mes-mos, ficareis invariavelmente unidos.(Erasto, Revue de 1861, p. 365.)

12. Sabei que a caridade não se fazsomente com esmola, mas também como coração. Ide e pregai o Evangelho.Deus vos situou no alto, para que todosvos possam ver e vossas palavras sejambem compreendidas. (Santo Agostinho,Revue de 1862, p. 151 e 152.)

13. Um novo livro acaba de apa-recer (ele se reportava ao Evangelhosegundo o Espiritismo): “é uma luzmais brilhante que vem clarear a vos-sa marcha”. “Pelos frutos se reconhe-ce a árvore. Vede quais são os frutosdo Espiritismo: casais onde a discór-dia tinha substituído a harmonia vol-taram à paz e à felicidade; homens quesucumbiam ao peso de suas aflições,

despertados aos acentos melodiososdas vozes de além-túmulo, compreen-deram que seguiam caminho errado e,corando de suas fraquezas, arrepende-ram-se e pediram ao Senhor a forçapara suportar suas provações.” (O Es-pírito de Verdade, Revue de 1864, p.395 a 397.)

14. Toda a felicidade eterna estácontida nesta máxima: “Amai-vos unsaos outros”. A alma não pode elevar-se às regiões espirituais senão peladedicação ao próximo. (São Vicente dePaulo, Revue de 1858, p. 226.)

15. Gostaria que a leitura do Evan-gelho fosse feita com mais interessepessoal. Vossos males provêm do aban-dono voluntário em que deixais esseresumo das leis divinas. (S. Vicente dePaulo, Revue de 1858, p. 226.)

*Depois de ler os textos assinados

por Kardec e pelos Espíritos acimanominados, é-nos difícil entender aojeriza que nossos amigos adeptos dochamado Espiritismo laico têm contraa religião e, por extensão, contra a na-tureza religiosa da Doutrina Espírita.

É evidente que compreendemossua má vontade para com a teologia

católica e os desmandos cometidos aolongo da história pela Igreja de Roma,mas não é possível aceitar que o estu-dioso sincero não consiga enxergarque a doutrina exposta nos Evange-lhos nada tem que ver com aquelaspráticas, um assunto que Emmanuelexplanou com absoluta clareza no li-vro “Emmanuel”, psicografado porFrancisco Cândido Xavier em 1937.

O que ressalta dos textos apresen-tados neste artigo e no artigo publica-do em março é a preocupação de seusautores com assuntos claramente as-sociados à religião, como a prece, aleitura do Evangelho e a prática dobem, bem como o respeito com que oCodificador do Espiritismo e os Espí-ritos superiores tratam Jesus e osEvangelhos, além do fato de reafirma-rem a condição de Consolador prome-tido aplicada ao Espiritismo.

Não é, portanto, sem fundamentoque autores do porte de Carlos Imbas-sahy e José Herculano Pires tenhamdefendido a natureza religiosa do Es-piritismo, como aliás o fizeram Cair-bar Schutel, Bezerra de Menezes,Chico Xavier, Divaldo Franco e tan-tos outros.

A natureza religiosa do Espiritismo (Parte 2 e final)

Pílulas gramaticaisUma professora universitária de

nossa região enviou-nos uma listacontendo uma série de vocábulosque seus alunos grafam erroneamen-te, alguns deles de forma tão primá-ria que custa crer tenham sido co-metidos por acadêmicos.

Eis uma pequena amostra deles,seguidos da grafia correta:• Abitantes – habitantes• Acustumado – acostumado• Almento – aumento• Analizarmos – analisarmos• Atraz – atrás• Averá – haverá• Axei – achei• Cituação – situação• Comessaram – começaram• Companias – companhias• Consessionárias – concessionárias• Converçando – conversando• Cressendo – crescendo• Dechar – deixar• Diverças – diversas• Empossivel – impossível

• Encachar – encaixar• Enteragem – interagem• Esperiencias – experiências• Estantâneo – instantâneo• Facinante – fascinante• Grassas – graças• Ibridos – híbridos• Indentifico – identifico• Daí indiante – daí em diante• Intendimento – entendimento• Intereçar – interessar• Interesante – interessante• Intreterimento – entretenimento• Intrevistar – entrevistar• Tentei, mais não consegui – tentei,mas não consegui• Mecher – mexer• Muinto – muito• Previlégio – privilégio• Propio – próprio• Rapidim – rapidinho• Se cada um fazer – se cada um fizer• Se você ver – se você vir• Uzando – usando• Vidio – vídeo.

ASTOLFO OLEGÁRIO DE OLIVEIRA FILHO - [email protected] Londrina

O Espiritismo respondeGilberto Pinheiro, do Rio de Ja-

neiro, enviou-me a seguinte mensa-gem: “A Lei de Biossegurança auto-riza que embriões fertilizados in vitropelo menos há três anos são conside-rados inviáveis, sem condições devida, portanto, aptos para pesquisa,considerados mortos. Acontece quehá embriões com mais de três anosgerando vida. O jornal Folha de S.Paulo publicou hoje, on-line, um casoatípico: embrião congelado por 8 anosproduz bebê. Ora, se o embrião de-senvolveu-se tinha Espírito, contra-pondo os ensinamentos da DoutrinaEspírita. Há resposta para tal fato?”.

É evidente que a pergunta for-mulada pelo confrade pretende le-vantar uma questão que tem estadopresente nas discussões do País: eli-minar tais embriões equivale a ma-tar uma pessoa humana?

Há no meio espírita três correntesde pensamento acerca do tema embri-ões congelados. Trata-se, no entanto,de opiniões pessoais, visto que naDoutrina Espírita o assunto obviamen-te não foi examinado. Não existe, por-tanto, uma posição espírita sobre amatéria. O que existe, repetimos, sãoopiniões emitidas pelas pessoas e nãoposição da Doutrina Espírita.

Uma corrente entende que há Es-píritos ligados aos embriões desde afusão entre os gametas masculino efeminino, interpretando literalmente aquestão 344 de “O Livro dos Espíri-tos”. A destruição desses embriõesequivale, para essa corrente, à práticado aborto, constituindo portanto umcrime aos olhos de Deus.

Outra corrente entende que podehaver, ou não, Espíritos ligados aosembriões desde a fusão, baseando-se nos

casos de gravidez sem alma, assuntotratado na questão 356 de “O Livrodos Espíritos”. Se não existir uma almaligada ao embrião, evidentemente nãose caracterizaria o aborto.

Uma terceira corrente entendeque nos casos de fertilização in vitroa ligação do Espírito reencarnante sefaz no momento da implantação doembrião no útero, um pensamentológico e que não contraria, segundoos partidários dessa corrente, o ensi-namento contido na questão 344, aci-ma citada. A destruição do embriãonão teria, segundo eles, os efeitos deum aborto, visto que ocorreria antesda ligação do Espírito ao embrião.

Seja como for, entendamos queem qualquer dos três entendimentosestaremos diante de uma opiniãopessoal que somente o tempo dirá seestá ou não correta.

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O IMORTALABRIL/2008 PÁGINA 5

Clássicos do Espiritismo

O Grande Enigma (7ª Parte)ANGÉLICA REIS

[email protected] Londrina

Damos continuidade à publica-ção do texto condensado da obraO Grande Enigma, de LéonDenis. As páginas citadas referem-se à 7.a edição publicada pela Edi-tora da FEB.

*106. Diante da beleza das mon-

tanhas, não é de admirar que os fa-tos mais consideráveis da históriareligiosa se tenham passado sobreos cimos. O Merom, o Gaya, oSinai, o Nebo, o Tabor e o Calvá-rio são os altares soberbos de ondesobe, em poderoso transporte, aprece dos iniciadores. (PP. 157 e158)

107. Reportando-se ao mos-teiro situado na Grande Char-treuse, Léon Denis lembra quenas épocas de ferro e de sanguea vida monástica era o único re-fúgio para uma alma delicada eestudiosa. Eis por que daquelesantuário alpestre irradiam sobretodo o país benéficas influênci-as, embora os monges hajam de-saparecido e o sítio tenha sidoabandonado, perdendo, assim,seu prestígio religioso. (PP. 167e 168)

108. Na série de vidas sucessi-vas, uma existência monásticapode ser útil, pois nos ensina a re-núncia das coisas mundanas, aconcentração do pensamento, aausteridade dos costumes. Noclaustro, o Espírito liberta-se desugestões materiais e se abre às vi-sões divinas. (P. 170)

109. Deus agiu sabiamente -afirma Denis - velando aos nos-sos olhos, ao menos durante a di-fícil passagem pela vida terres-tre, as cenas trágicas, os desfale-cimentos, os erros funestos denossa própria história. Nossopresente fica, desse modo, alivi-

ado, e a tarefa atual torna-se maisfácil. (P. 171)

Elevação110. O Espírito sobe do fundo

do abismo e galga os degraus inu-meráveis da escada da vida. Cami-nha para as moradas eternas, ondea grande Lei o chama e para asquais a mão de Deus o conduz. Vaipara a Luz, para a Sabedoria, paraa Beleza. Por toda parte, obras be-las e potentes solicitam sua aten-ção. Seu caminho é imenso. (P.172)

111. Afirmando que o fim ex-cede em esplendor tudo quantopodemos conceber, Denis concla-ma a todos: “Trabalha, ama e ora!Cultiva tua inteligência e teu co-ração! Desenvolve tua consciên-cia; torna-a mais vasta, mais sen-sível. Cada vida é um cadinho fe-cundo, de onde deves sair purifi-cado, pronto para as missões fu-turas, maduro para tarefas sem-pre mais nobres e maiores”. (PP.172 e 173)

112. “Nas horas de hesitação -aconselha Denis -, volta-te para aNatureza: é a grande inspiradora,o templo augusto em que, sob véusmisteriosos, o Deus escolhido falaao coração do prudente, ao Espíri-to do pensador.” (P. 173)

113. Tantos mundos são comoescolas, como campos de evolução,onde a alma pode cultivar o enten-dimento e construir organismosfluídicos cada vez mais delicados,purificados, brilhantes. Depois daslutas, dos tormentos e dos reveses,virão séculos de felicidade nessesastros felizes, cujas claridades pro-jetam sobre a Terra raios de paz ede alegria. (P. 175)

114. Atingiremos, então, as su-blimes profundezas, o céu de êxta-se, onde vibra, mais poderoso emais melódico, o pensamento di-vino, onde a luz e o amor unem assuas irradiações. (P. 176)

115. A contemplação e a medi-tação provocam o despertar dasfaculdades psíquicas e por elastodo um mundo invisível se abre ànossa percepção. (P. 177)

116. Aquele que se recolheno silêncio e na solidão, diantedos espetáculos do mar ou dasmontanhas, sente nascer, subir,crescer em si mesmo imagens,pensamentos, harmonias que oarrebatam, encantam e consolamdas terrestres misérias e lheabrem as perspectivas da vidasuperior. (P. 178)

117. Explicando por que, ao es-crever sobre os encantos da Natu-reza, ele não mostra o seu lado feio,seus monstros, furores e flagelos,Denis diz que é fácil responder atais objeções. É que o belo neces-sita dos contrastes e as dificulda-des e obstáculos são fatores essen-ciais ao progresso, são aguilhõesque estimulam o homem a cami-nhar rumo à evolução. “É na alter-nativa forçada do prazer e da dor -assevera Denis - que está o princí-pio da educação das Almas.” (PP.178 e 179)

118. Quanto aos movimentossísmicos, às tempestades, às inun-dações, notemos que eles têm suasleis. E basta conhecê-las para seprever e atenuar seus efeitos. Naverdade, quando se estudam os fe-

nômenos da Natureza e o pensa-mento penetra no fundo das coisas,reconhece-se isto: o que, na apa-rência, é um mal, torna-se, em rea-lidade, um bem. Ao homem serãonecessários choques de adversida-de e o concurso das circunstânciasdolorosas, para poder penetrar ogrande mistério do Universo ecompreender que tudo tem sua ra-zão de ser, que a dor tem seu papele que podemos tirar proveito detudo, porque tudo pode concorrerpara o nosso adiantamento, o nos-so melhoramento moral. (PP. 180e 181)

119. Nunca esqueçamos isto:Tudo que cai sob os sentidos fí-sicos, tudo que é do domínio ma-terial, é transitório, submetido àlei de destruição e à morte. Asrealidades profundas, eternas,pertencem ao mundo das causas,ao domínio do invisível, a quenós mesmos pertencemos, pelaparte imperecível do nosso ser.(P. 182)

120. A experimentação psí-quica e as descobertas dela de-correntes, pouco a pouco, se pro-pagam e se estendem. O conhe-cimento do duplo fluídico do ho-mem, sua ação a distância, antese depois da morte, a aplicaçãodas forças magnéticas, a mani-festação das potências invisíveis

vêm demonstrar que o mundodos sentidos é uma pobre e obs-cura prisão, comparada ao domí-nio imenso e radioso aberto aoEspírito. (PP. 182 e 183)

A lei circular: a Vida, asidades da Vida, a Morte121. A lei circular preside a

todos os movimentos do mun-do; rege as evoluções da Natu-reza, as da história da Humani-dade. Cada ser gravita em umcírculo, cada vida descreve umcírculo, toda a história humanase divide em ciclos. Os ventos,as nuvens, as águas, as flores ea luz seguem o mesmo destino.(P. 189)

122. Todo ser já existiu. Elerenasce e sobe, evolve, em umaespiral, cujas órbitas vão aumen-tando cada vez mais. É por isso quea História vai tomando um caráteruniversal: é o corso e ricorso deque fala o filósofo italiano Gian-battista Vico. (P. 190)

123. É preciso renascer – estaé a lei comum do destino humano,que também evolve em um círcu-lo de que Deus é o centro. Jesus odisse claramente a Nicodemos, aoasseverar que ninguém verá o rei-no de Deus se não renascer da águae do espírito. (P. 190) (Continuano próximo número.)

Entrevista publicada no jornal O IMORTAL, edição de dezembro/1998, págs. 8 e 9.

Divaldo responde– Além do desemprego, quais

os demais problemas que acome-tem a sociedade brasileira e quedeveriam merecer do Movimen-to Espírita uma atenção mais cui-dadosa?

Divaldo: O nosso país viveuma grave e terrível crise de va-lores morais, qual acontece comoutros países do mundo.

A impunidade campeia, o des-respeito à dignidade humana cres-ce, a promiscuidade moral adquirecidadania nos veículos de comuni-cação de massa e o crime assola...

A ignorância, a carência de tudoquanto representa necessidade ime-diata, vigem nos diferentes qua-drantes, os vícios assustam, entreeles a toxicomania, que estão a

exigir providências, não só dasautoridades governamentais, mastambém de todas as criaturas.

Faz-se urgente uma progra-mação de amparo ao cidadão, deesclarecimento social e moral, deconvite ao equilíbrio através dosrecursos hábeis que a DoutrinaEspírita possui e se encontram àdisposição de todos nós.

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O IMORTALPÁGINA 6 ABRIL/2008

As Ordens Religiosas – A partirdesse momento passa a viver na po-breza, e inicia a ordem franciscana,cresce o número de companheiros, em1209 já são 12. Cria uma regra muitobreve e singela, que o papa InocêncioIII aprova em 1210, e cujas diretrizesprincipais eram pobreza e humildade,surge assim a Fraternidade dos IrmãosMenores, a Primeira Ordem.

No Domingo de Ramos de 1212,uma nobre senhora, chamada Clara deFavarone, foi procurar Francisco paraabraçar a vida de pobreza. Alguns diasdepois, Inês, sua irmã, segue-lhe o ca-minho. Surge a Fraternidade das PobresDamas, a Segunda Ordem. Aqueles queeram casados ou tinham suas ocupaçõesno mundo e não podiam ser frades ouirmãs religiosas, mas queriam seguir osideais de Francisco, não ficaram namão: por volta de 1220, Francisco deuinício à Ordem Terceira Secular parahomens e mulheres, casados ou não, quecontinuavam em suas atividades na so-ciedade, vivendo o Evangelho.

A Ordem Francisca cresceu com opassar dos anos. Em 1219 houve umagrande expansão para a Alemanha,Hungria, Espanha, Marrocos e França.Neste mesmo ano Francisco vai em mis-são para o Oriente. Durante sua ausência,vigários modificam algumas regras daOrdem e no mesmo ano de 1219 SãoFrancisco se demite da direção da Ordem.

Com o crescimento da Ordem, qua-se 5.000 frades em 1221, uma nova re-gra foi escrita por Francisco em 29 denovembro de 1223 que foi aprovada pelopapa Honório. É a que vigora até hoje.

Em 1224 no dia 17 de setembroFrancisco recebeu as chagas de Jesuscrucificado em seu próprio corpo, este

fato ocorreu no Monte Alverne, um doseremitérios dos frades.

A canonização em 1228 – Os últi-mos escritos de São Francisco são entre1225 e 1226, dentre eles o Cântico dasCriaturas e o Testamento. Nesses mes-mos dois anos, Francisco vai a várioslugares da Itália para tratar de suas vis-tas. Passa por diversas cirurgias. Morreaos 3 de outubro de 1226, num sábado.

Morreu nu aquele que começou avida de conversão nu na praça de Assisdiante do bispo, do pai e amigos. Mor-reu ouvindo o Evangelho de João, ondese narra a Páscoa do Senhor, aquele querecebeu os primeiros companheirosapós ouvir o Evangelho do envio dosapóstolos. Foi sepultado no dia 4 deoutubro de 1226, Domingo, na Igrejade São Jorge, na cidade de Assis.

Francisco de Assis foi canonizadoem 1228 por Gregório IX e seu dia écomemorado em 4 de outubro.

Em 25 de maio de 1230 os ossosde Francisco foram levados da Igrejade São Jorge para a nova Basílica cons-truída para ele, a Basílica de São Fran-

AIGLON FASOLOaiglon@nêmora.com.br

De Londrina

O IMORTAL na internetDesde abril de 2004, o jornal O IMORTAL pode ser lido, na

íntegra, pela internet, no site abaixo:

www.editoraleopoldomachado.com.br/imortal/indice.htmPara escrever à Redação do jornal, o interessado deve utili-

zar o e-mail abaixo indicado:

[email protected]

cisco, hoje aos cuidados dos FradesMenores Conventuais.

Muitas das histórias que cercam avida de Francisco referem-se ao amordele por animais. Talvez o incidentemais famoso que ilustra a sua humil-dade para com a natureza é contadodentro do conto “As Pequenas Flores”,uma coleção de lendas espalhadas pelopovo depois da morte do santo.

Francisco e os pássaros – Conta-seque Francisco estava viajando com algunscompanheiros e eles passaram em um lu-gar na estrada onde pássaros enchiam asárvores. Francisco pediu a os companhei-ros dele “esperem por mim enquanto euvou orar aos meus irmãos, os pássaros”.

Os pássaros, encantados pelo po-der da sua voz, o cercaram. Franciscofalou para eles:

– Meus irmãos pássaros, vocês de-vem muito a Deus, e por isso devem sem-pre e em cada lugar O elogiar; porque Elelhes deu a liberdade atingir os céus e,embora vocês não semeiem nem colham,Deus os alimenta e lhes dá rios e fontespara sua sede, e montanhas e vales paraabrigo, e árvores altas para seus ninhos.E embora vocês nem não saibam tecer,Deus os veste e aos seus filhotes. Ele osabençoa abundantemente. Então… sem-pre busquem elogiar a Deus.

Estas lendas exemplificam o modofranciscano de caridade e pobreza comotambém o amor do santo do mundo na-tural. Parte da avaliação dele do ambi-ente é expressada no Cântico do Sol,um poema escrito em umbrian italiano,talvez em 1224, que expressa seu amorpelo irmão Sol, irmã Lua, mãe Terra etc.e todas as criações de Deus personifi-cadas nas sua formas fundamentais.

No Cântico das Criaturas, escre-veu: “Todo o elogio para você, Oh!Deus, por tudo que foi por ti dado atodas as criaturas e criaturas”. (Conti-nua no próximo número.)

Sobre a evolução das religiões, oucomo Kardec chegou ao Espiritismo

(Parte 26)

São Francisco de Assis

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O IMORTALABRIL/2008 PÁGINA 7

Grandes Vultos do EspiritismoMARINEI FERREIRA REZENDE - [email protected]

De Londrina

Aurora de los Santos Silveira

Aurora de los Santos Silveirafoi uma das pioneiras espíritas noUruguai. O Espiritismo uruguaiomuito deve a essa mulher idealis-ta, que através do seu exemplo ededicação contribuiu para fazergerminar, naquela nação, a se-mente generosa da Doutrina dosEspíritos.

Nascida no dia 28 de agostode 1890, Aurora Silveira era filhade José Fabrício dos Santos, bra-sileiro, e Petrona Tejera, espanho-la. Morava no Departamento daRivera, na República Oriental doUruguai, motivo que a levou acursar apenas um ano da escolaprimária. Sua vida sempre foi re-pleta de árduos desafios e sacrifí-cios junto a seus familiares, nosafazeres da agricultura. Desde pe-quena se revelaram nela fenôme-nos mediúnicos de vidência, queseus pais procuravam reprimir,por desconhecerem sua verdadei-ra causa e por temerem que ela en-veredasse pelo caminho da loucu-ra.

Mãe extremosa, amorosa ededicada, teve sete filhos emdois matrimônios. Em 1933desencarnou seu segundo espo-so, Gervásio Silveira, deixandoa família no mais completoabandono e na maior penúria,com absoluta falta de recursospara sua subsistência, o que oslevou a um período de extremosdesafios e uma angustiosa fase.Nesses momentos de aflições,conheceu uma senhora de nomeValentina, que lhe deu alguns fo-lhetos e revistas espíritas. A lei-tura dessas publicações atuoucomo verdadeiro bálsamo, por-que lhe abriu um mundo novo,

enchendo-a de novo alento e for-talecendo-a para seguir adiante.

Cheia de fé e esperança, e deânimo renovado, Aurora começoua levar seus filhos a pequenos Cen-tros Espíritas que existiam nas ci-dades de Rivera e Livramento, nafronteira entre o Brasil e Uruguai,sentindo-se daí por diante bastantealiviada em suas angústias, que pro-curava amenizar com a leitura de“O Evangelho segundo o Espiritis-mo”, de Allan Kardec.

Em 5 de junho de 1935, bus-cando melhores condições finan-ceiras, mudou-se para Montevi-déu. onde passou a trabalhar comocostureira. Certo dia em que esta-va particularmente cansada e afli-ta, pediu ao filho Baltazar que les-se um trecho de “O Evangelho se-gundo o Espiritismo”. Nesse mo-mento Aurora incorporou um Es-pírito que disse para o assustadofilho: “Não temais, venho para aju-dar-vos”. Solicitou então que pro-curassem reunir três ou quatro pes-soas, quando então voltaria. Aodespertar, Aurora foi informadapor Baltazar de tudo o que tinhaacontecido e no dia seguinte pro-moveu a reunião, segundo a von-tade expressa do Espírito comuni-cante, que se intitulou “Bon Ajou”.Após a realização dessa sessão,Aurora teve desabrochadas suasfaculdades mediúnicas, e passou arealizar curas fabulosas de cegos,paralíticos, cancerosos e de umasérie de pessoas desenganadas pelamedicina oficial. Sua fama se es-palhou e doentes vinham de todosos lugares em busca da cura paraseus males.

Nessa época, o Espiritismo noUruguai era praticamente desco-

nhecido e, em função da propaga-ção desses fatos, Aurora foi acusa-da de exercer ilegalmente a medi-cina, sendo presa e levada a passarseis meses numa prisão feminina.

Os filhos foram levados para osmais diversos lugares, inclusive or-fanatos. Sofrendo as agruras da pri-são e da separação dos filhos, re-velou sua fibra de missionária, nãodeixando jamais o desempenho deuma tarefa apostólica que a impul-sionava.

Concluído o período de reclu-

são, Aurora saiu da prisão debili-tada e abatida, porém isso não im-pediu que dentro de poucos diasvoltasse ao mesmo lugar, reinici-ando seu trabalho apostólico, aju-dando os seus irmãos mais neces-sitados e lutando pela divulgaçãodos ideais espíritas.

Depois de grandes lutas conse-guiu ver realizado o seu sonho: ob-teve o registro e, assim, a persona-lidade jurídica para uma instituiçãoque fundou, o Centro EvangélicoEspiritual Hacia la Verdad, socieda-

“Aurora passou a fazer curas de cegos, paralíticos, cancerosos ede uma série de pessoas desenganadas pela medicina”.

Biografia de Aurora de los Santos SilveiraVários são os sites na internet

que trazem informações sobre aconfreira Aurora de los SantosSilveira, cuja biografia é apresen-tada nesta página.

O site www.feal.com.br/bio-grafias é um deles. A foto de Au-rora reproduzida nesta matéria foiobtida nesse site. Quanto aos da-dos da vida da grande médiumuruguaia, valemo-nos do Portaldo Espírito: http://www.espirito.org.br/portal/biografias/aurora-santos.html, a cujos dirigentesagradecemos a permissão de divul-gar em nosso jornal as informaçõesque publicam, visto que todos nós,seja pela internet, seja pela impren-sa escrita, temos o mesmo objeti-vo, que é a divulgação do Espiri-tismo, e não nos move nenhum ob-jetivo financeiro.

As informações referentes àmédium têm, no entanto, umafonte única, que é o filho da gran-de pioneira Baltazar Silveira. Aosdados fornecidos pelo filho, oPortal do Espírito acrescentou um

nas de sócios, em sede confortá-vel de 200 butacas (poltronas) epreciosa biblioteca. Seu audito-rium lembra o da ConfederaçãoEspírita João Evangelista da Pe-nha, no Rio de Janeiro.

D. Aurora, quando mais tar-de for escrita a História do Espi-ritismo Uruguaio, em seuspródromos, aparecerá como ines-quecível criatura que, quase só,não poupou esforços na hora dotestemunho. Ela é lá o que o Dr.Bezerra, Sayão, Bittencourt,Cairbar, Eurípedes, Lins, Olím-pio Teles, Petitinga, Batuíra e tan-tos outros que já desencarnaram,foram aqui.

Nós, espiritistas brasileiros,devemos envolver o nome de d.Aurora de los Santos Silveira emnosso carinhoso respeito. Que nosilêncio de sua residência emCanellones, meditando nas lutassublimes de outros tempos, jun-to à lareira amiga e ao chimarrãode que tanto gosta, receba o rociode nossas irradiações”.

depoimento importante, dado pelosaudoso escritor e orador brasilei-ro Newton Boechat, que escreveusobre a notável batalhadora, emoutubro de 1966, quando ela aindaestava entre nós:

“D. Aurora de los Santos deSilveira, pioneira no MovimentoEspírita Uruguaio, médium notá-vel e destemida, hoje repousandodas lutas de antanho, quando eravigoroso seu organismo físico, en-frentou, vezes inúmeras, o cárce-re, a perseguição, os ataques de ad-versários terríveis, para evidenciara Mensagem Espírita: o Hacia laVerdad é o fruto de seus labores emfunção do Bem, obtendo, final-mente, personalidade jurídica des-de 1944.

A venerada senhora, junto à la-reira da residência de Canellones,muito nos contou das lutas de ou-trora, com seus ardis e embargos,mas que não lhe puderam frustrara perseverança.

Hoje, o Hacia la Verdad é or-ganização respeitável, com cente-

de beneficente cuja inauguraçãoocorreu em 31 de maio de 1944.

Em 1950 o Centro já possuíasua sede própria, situada na Ave-nida General Flores, 4.689, emMontevidéu. Tudo isso através doseu esforço, coadjuvado por umlivro e um Espírito amigo.

Hoje, o “Hacia la Verdad” éuma das mais importantes insti-tuições espíritas do Uruguai econta com um quadro respeitávelde sócios e uma sede ampla cujoauditório dispõe de 200 poltronas.

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ORSON PETER [email protected]

De Matão, São Paulo

Uma trajetória de trabalho e livros agora no teatro

Nascido em Bauru e de famí-lia espírita, formado em Direito ecom cursos técnicos em DesenhoArquitetônico, Música (piano clás-sico) e Enfermagem, André Luizde Andrade Ruiz (foto) é presiden-te da Sociedade Beneficente Be-zerra de Menezes, de Campinas(SP), membro da Sociedade Espí-rita Mensaje Fraternal, de Caracas,Venezuela, e associado do Institu-to de Difusão Espírita de Araras(SP), que tem publicado os livrosde sua psicografia. Sua trajetóriaespírita é alvo da entrevista que nosconcedeu, especialmente no mo-mento em que seus livros chegamao teatro.

– A trilogia assinada porLucius, contando a saga de per-sonagens do Cristianismo primi-tivo, alcançou enorme sucesso depúblico e agora vai aos palcos.Como isso aconteceu?

André Luiz de Andrade Ruiz– Eu também não sei. Acho que osucesso é efeito natural da quali-dade daquilo que o mundo espiri-tual realiza, ainda que para tantoprecise contar com a participaçãodos seres humanos cheios de limi-tações. No entanto, acredito que osEspíritos Amigos sabem comodriblar nossas barreiras e fazer che-gar aos nossos semelhantes algo daqualidade do que existe no mundoda verdade e que eles desejam nosmostrar. Nunca fomos solicitarqualquer tipo de divulgação dasobras psicografadas. Tudo o queaconteceu e vem acontecendo éfruto da ação direta do mundo es-

piritual, que vai levando a obra quelhes pertence aos meios de divulga-ção que julguem adequados.

– Como foram a presença e apercepção de Lucius durante apsicografia das três obras?

Ruiz – Foram muito especiais,já que se trata de um Espírito muitogeneroso, paciente e amigo quemaneja as vibrações de forma deli-cada, sem nenhuma imposição, ain-da que seja muito responsável e de-votado ao trabalho do Bem. Asobras foram sendo executadas semque houvesse uma indicação inicialde que se trataria de uma trilogia.Para mim foi muito surpreendentedesde a primeira delas, pelo fato detratar de assunto já abordado, emparte, em outra obra literária muitoconhecida, que é o livro “Há DoisMil Anos”. Entendendo as minhasindagações mentais, procurou expli-car-me de se trataria de uma histó-ria com os mesmos personagens dofamoso romance de Emmanuel masque enfocaria outros aspectos quenão puderam ser aprofundados pelorespeitável mentor espiritual domédium Francisco Cândido Xaviere que a ele, Lucius, competia des-crever. Quando o primeiro livro foiencerrado, falou-me que iria contar,no próximo romance, as conseqü-ências das atitudes de Pilatos no pla-no espiritual e na futura encarnação.Mas em momento algum revelouque se trataria de uma trilogia. (1)

– Nota-se no conjunto das trêsobras um foco direcionado de des-pertar o amor ao próximo, inclu-sive com o sacrifício dos própriosinteresses de seus personagens,através do exemplo marcante demuitos de seus protagonistas. Asobras têm alcançado sucessivas

edições e devem também sertransformadas em títulos doPROJETO IMAGEM (que dispo-nibiliza imagens virtuais paraapresentações de palestras). Vocêtinha idéia da dimensão que oconteúdo alcançaria durante a re-cepção da primeira obra?

Ruiz – Como já disse anterior-mente, considero que a função domédium é a de tentar corresponderda melhor forma possível às inten-ções do autor espiritual. No entan-to, o destino de cada uma delas pas-sou a depender, única e tão- somen-te, das posturas dos leitores que sesentiram tocados pela mensagem eda ação do mundo invisível que,segundo os seus próprios meios,vem promovendo a sua vulgariza-ção. Quando o médium está no tra-balho da recepção da obra, estámuito envolvido pelo conteúdo danarrativa e, como todos sabem, é oprimeiro leitor e apreciador da his-tória. Assim, pensava em quantoemocionados poderiam ficar aque-les que também pudessem conhecê-la e, se isso pode ser interpretadocomo uma satisfação, me sentia fe-liz por todos os que, como eu, pu-dessem chegar a assimilar seu con-teúdo.

– A recepção das obras trou-xe-lhe a circunstância de visuali-zar cenas dos comoventes relatostrazidos pelo autor espiritual?

Ruiz – Houve diversos estágiosou mecanismos que foram utiliza-dos pelo mundo espiritual para quetais obras viessem, por fim, a se tor-narem materializadas. Todos elescomunicavam-me emoções, idéias,imagens, convicções, cada momen-to com uma predominância maiorde um ou de outro. Muitas vezes ti-

nha que escrever lutando para man-ter a concentração enquanto secavaas lágrimas que não conseguia con-ter. Considero, no entanto, que oprivilégio que me fora concedido deconhecer seu conteúdo antes dosoutros irmãos de humanidade repre-sentou, mais uma vez, a generosae imerecida concessão do mundoespiritual para que me educasse eme corrigisse, aproveitando as inú-meras lições de Amor nelas conti-das.

– Você destaca algum trechoou capítulo, ou mesmo uma dasobras, que sinalize o planejamen-to dos Espíritos no ditado de taistextos?

Ruiz – Dois momentos forammuito marcantes e interessantes paramim como médium. Ambos ocor-reram no livro A FORÇA DA BON-DADE, quando Lucius começa acontar a história de determinadapersonagem. Depois de falar delapor dois capítulos, todo o restantedo livro segue sem mencioná-lauma única vez. Fiquei pensandosobre qual seria a intenção do autorespiritual, porque era muito estra-nho colocar uma personagem emdois capítulos e, depois, fazê-la su-mir no resto da história. O segundomomento tem uma relação diretacom esse fato. Como a idéia origi-nal que Lucius me revelara era a decontar a história de Pilatos tanto nomundo espiritual quanto depois, nasua futura encarnação, a narrativado A FORÇA DA BONDADE iasendo elaborada e os capítulos sesucediam no âmbito do mundo es-piritual sem que chegasse o momen-to do reencarne. O livro já estavacom mais de quatrocentas páginase eu pensava comigo mesmo: Mas

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este livro vai ficar muito grande.Nenhuma editora vai resolver pu-blicá-lo... vai ficar muito pesado,nunca que acaba... - indagações quesurgiam porque eu próprio pensavaque tudo seria narrado naquele li-vro. Depois de me deixar encafifadopor várias semanas, um pouco an-tes de terminar a mencionada obra,Lucius falou comigo mais ou me-nos assim: “Calma, meu amigo...tudo está bem... este livro ainda nãoé o final da história... vai haver umterceiro... quando, então, contare-mos o que se passou na outra en-carnação.” Foi somente aí que des-cobri que haveria um outro, na se-qüência, contando o que aconteceua Pilatos na vida seguinte. E foi,então, finalmente, que entendi porque ele falara daquela personagemmisteriosa nos dois capítulos isola-dos de A FORÇA DA BONDADE,coisa que já estava sendo preparadapela mente do Espírito há muitotempo porque seria uma das perso-nagens principais do SOB AS

MÃOS DA MISERICÓRDIA.– Quantas obras você já psi-

cografou? Há outras em anda-mento?

Ruiz – Até o presente momentoforam psicografadas 11 obras, dasquais 9 já foram editadas, a saber:a) Os seis romances do Espírito Lucius:HÁ FLORES SOBRE ASPEDRAS, OS ROCHEDOS SÃODE AREIA, O AMOR JAMAIS TEESQUECE, A FORÇA DA BON-DADE, SOB AS MÃOS DA MI-SERICÓRDIA E DESPEDINDO-SE DA TERRA; b) Outros dois li-vros de reflexões evangélicas doespírito Públio: JESUS NO TEUCAMINHO e RELEMBRANDO AVERDADE; c) Um de reflexões econtos de Públio em parceria como espírito Humberto de Campos,DA TERRA PARA O CÉU. Exis-tem dois livros já terminados aindanão publicados e um outro roman-ce de Lucius sendo psicografado.

– E o trabalho de divulgaçãono exterior, onde você guarda

também muitas experiências?Ruiz – Tem sido realizado de

forma constante e prazerosa, sobre-tudo por nos permitir o contato comirmãos muito carentes da mensagemde amor, já que costumamos ir aon-de não vão palestrantes espíritas,onde os Congressos não chegam,onde os teóricos não têm o hábitode comparecer. Dormimos no chão,comemos qualquer coisa que nosofereçam, atendemos os que neces-sitam e não recebemos qualquer tipode retribuição, pagamento ou pre-sente. Aceitamos apenas a passa-gem, o alimento e a hospedagem,já que não dispomos de recursospróprios para viajar nem utilizamosos recursos da instituição espíritaonde trabalhamos. Este trabalho éuma modesta cooperação que se fazà iniciativa pioneira de nosso irmãoAlípio Gonzáles Hernández, presi-dente da Sociedade Espírita Men-saje Fraternal, sediada em Caracas,que, empenhado em divulgar a dou-trina através da edição e distribui-ção de livros em espanhol por todoo mundo, sempre esteve presentenos mais apartados rincões e nosdeu as primeiras oportunidades deacompanhá-lo em algumas viagensa Honduras, Guatemala e Venezue-la. Nos dois últimos anos tambémpudemos trabalhar por duas vezesna Grécia, atendendo nossos irmãosgregos e de outras nacionalidades,ocasião em que distribuímos gratui-tamente aproximadamente 1.000exemplares do livro “Há Dois MilAnos” em grego, realização esta quesó se tornou possível pelo devota-mento silencioso de nossos irmãosJorge Calapadopulos, que traduziua obra nos idos dos anos 60, do Dr.Mathieu Tubino, que resgatou-lhe a

qualidade gráfica permitindo fos-sem aproveitados os esforços do Dr.Jorge e de um conjunto de genero-sos irmãos que se cotizaram paracobrir os custos da impressão e daremessa.

– Fale também sobre o sitemantido na internet e o progra-ma de rádio?

Ruiz – O site é uma importanteferramenta para se conseguir ampli-ficar a divulgação doutrinária paraos países que não contam com ma-terial espírita ou o possuam de for-ma escassa. Assim, temos livros es-píritas gratuitos em espanhol (36 tí-tulos), em português (6 títulos) e emgrego (3 títulos), além de programasespíritas de TV, rádio, entrevistas,resposta às perguntas, entre inúme-ras outras informações para trans-ferência gratuita. Trata-se do sitewww.mensajefraternal.org.br/. Comrelação aos programas de rádio,também são poderosos instrumen-tos de difusão da doutrina, sendoque realizamos o programa ALE-GRIA DE VIVER ao vivo e comduas horas de duração, semanal-mente pela rádio Alvorada FM deCampinas, com reapresentações di-árias em três horários. Esse pro-grama se encontra em sua 254ª edi-ção. Na cidade de Guarulhos reali-zamos o programa de mesmo nome,também semanal e ao vivo, com 45minutos, pela Rádio Boa Nova AM.Além disso, realizamos dois progra-mas de TV pela TV Jornal de Li-meira, canal 39 UHF – intitulados“UM MINUTO PARA A FELICI-DADE” e ”ALIMENTO PARA AALMA” – o primeiro diário comaproximadamente 1 minuto de du-ração e o segundo semanal, com 30minutos, em que falo sobre a Dou-

Psicografia, oratória, amplo trabalho social e divulgação espírita assinalam trajetória do conhecido médium paulista, hoje radicado em Campinas trina Espírita em seus múltiplos as-pectos. Todo esse material se achadisponível no site Mensaje Frater-nal.

– Como é a programação daSociedade Beneficente Bezerra deMenezes, em Campinas?

Ruiz – Nossa instituição é umacasa modesta mas que se esforçapara aproveitar o tempo disponívelno trabalho do Bem, através do qualburilamos nossas almas e ajudamosnossos semelhantes a encontraremo caminho do Cristo. Temos as ati-vidades normalmente encontradasem uma instituição beneficente, nosetor do exercício doutrinário, comreuniões públicas, cursos, palestras,reuniões mediúnicas, passes magné-ticos, tratamentos espirituais, pintu-ra mediúnica, evangelização infan-til e juvenil, entre outros. Além dis-so, realizamos atendimentos sociais,através do ambulatório médico gra-tuito, do acolhimento de famíliascarentes através da visita fraterna eda entrega de cestas básicas segun-do suas reais necessidades, forneci-mento de roupas, agasalhos, mate-rial escolar, atendimento odontoló-gico, buscando conciliar a teoria ea prática em uma realidade amoro-sa que deve produzir frutos docesna vida dos que sofrem.

– E as viagens para palestras,que comentários você traria aosleitores?

Ruiz – Sempre que me sobraalgum tempo, entre as atividades daprodução dos programas de rádio,televisão, a escrita mediúnica, asviagens internacionais, as palestrase cursos na própria instituição, o tra-balho do tratamento espiritual, te-nho procurado atender aos honro-sos convites que nos chegam de

vários lugares do Brasil, esperan-do corresponder, em que pesem asmúltiplas limitações, aos anseiosfraternos de nossos irmãos de ide-al, tentando levar um pouco damensagem espiritual que consolae fortalece. Nem sempre, no entan-to, me tem sido possível aceitar osinúmeros convites, já que a tarefada escrita é primordial e devemosaprender a disciplinar nossas roti-nas para que o compromisso prin-cipal com o LIVRO ESPÍRITAnão seja negligenciado. Isso por-que um livro pode chegar, simul-taneamente, a milhares de pessoase terá uma duração de muitos anos,enquanto que uma palestra nãoconsegue atingir senão algumasdezenas ou, quando muito, a algu-mas centenas de pessoas por umbreve período de tempo.

– Suas palavras finais.Ruiz – Agradeço o carinho de

suas indagações gentis que, comosempre, têm o caráter pedagógicopara que todos nós consigamos nostornar melhores pelo esclarecimen-to que as informações nos permi-tem obter e, desculpando-me comos leitores pela insipiência de taisrelatos, gostaria de abraçar cadaum deles, neste momento, com osfluidos sinceros de meu Espírito,enriquecido por me considerar umservo de todos na tentativa deajudá-los a construir o Reino deDeus dentro do próprio coração.

Nota do entrevistador:(1) A trilogia de Lucius com-

põe-se dos livros, pela ordem, OAMOR JAMAIS TE ESQUECE,A FORÇA DA BONDADE e SOBAS MÃOS DA MISERICÓRDIA,todos editados pelo Instituto deDifusão Espírita.

André Luiz de Andrade Ruiz:

André Luiz Ruiz

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O IMORTALPÁGINA 10 ABRIL/2008

Associo-me ao sentimento daFamília Espírita de nossa cidadeem vibrações fraternas e afetuosaspara prestar homenagem ao valo-roso companheiro Adolfo Ribeiro(fotos) que no dia 19 de janeiro fezo seu retorno à sua pátria de ori-gem, o mundo espiritual.

Residiu por anos na cidade deCambé (PR), onde iniciou o seu co-nhecimento do Espiritismo, junto aoseu sogro José Gonçalves e ao tioHugo Gonçalves, como trabalhadorparticipante do Centro Espírita AllanKardec, daquela cidade. Teve atua-ção destacada no movimento de jo-vens e foi ativo participante do LarInfantil Marilia Barbosa, na épocainternato de crianças do sexo femi-nino, além de colaborador incansá-

vel nos programas de assistênciasocial promovido pela entidade.

Adolfo foi nosso companheirode ideal espírita desde que chegoua Matão transferindo residência deCambé para a nossa cidade. Foiidealizador e colaborador na cons-trução do prédio da sede da Comu-nidade Espírita Cairbar Schutel,prestando seu valioso trabalho pro-fissional voluntário e amoroso.Durante muitos anos foi diretor daentidade, época em que colaboroucom muitas pessoas carentes de ori-entação e consolação nos transes dedificuldades pessoal ou familiar. Portudo isso temos para com ele imen-sa gratidão, pois juntos ao grupodiretor da entidade planejamos osprogramas de estudos, divulgaçãoe assistência social promovidos.

Participou, como voluntário,prestando seus serviços profissio-

nais, na construção do Centro Es-pírita Allan Kardec, de Matão, enessa mesma entidade foi diretore colaborador nos trabalhos de as-sistência espiritual e estudos.

Ultimamente, por vários anos,foi diretor e ativo trabalhador espí-rita junto ao Centro Espírita Bezer-ra de Menezes, também de nossacidade e, como idealista do traba-lho em favor dos mais necessitadosmoral e espiritualmente, esclareceue consolou inúmeras criaturas hu-manas, sua marca registrada, no tra-balho de atendimento fraterno.

Essa homenagem tem comobase fundamental a fraternidadepregada e exemplificada por AllanKardec, pois foi ele que há cento ecinqüenta anos, com inaudito es-forço e grande amor à humanida-de, fazia publicar o Livro dos Es-píritos, obra alicerce de todo o edi-

fício da Doutrina Espírita.O nosso homenageado, estudi-

oso do Espiritismo, soube comopoucos retirar dela o conhecimen-to necessário que serviu para suaorientação no trabalho incansávelprestado na prática e na divulga-ção da preciosidade do seu conteú-do cultural e moral, princípios es-ses que iluminam almas e forammuito bem pregados e exemplifi-cados por ele.

Foi com plena compreensãodesses princípios sadios que oAdolfo pautou suas ações, comoespírita que prestou relevantes ser-viços para a doutrina.

Sob a luz do amor

ÉDO MARIANIDe Matão (SP)

Ele, com certeza, conheciatambém o pensamento do mestreCairbar Schutel e não só conheciacomo procurou segui-lo pratican-do seus ensinamentos inseridosem suas obras de iluminação hu-mana.

Fica aqui registrada a nossa ca-lorosa homenagem ao querido ami-go e, junto dela, os nossos votospara que ele tão logo refeito do trau-ma da transferência possa dar con-tinuidade ao seu trabalho buscandoo seu crescimento continuo eretornar para colaborar com os queainda aqui ficaram tão carentes desua amizade e saudáveis vibrações.

Momentos comDivaldo Franco

Uma das assistidas pela “Ca-ravana Auta de Souza”, umamoça tuberculosa, de vinte e doisanos, ficou grávida. Um dia eusoube que ela estava muito mal.Fui visitá-la, no casebre de taipae palha. Quando lá cheguei omenino já tinha nascido, haviaalguns dias, e estava sobre umarede em cima da cama dela.

A doente me disse:– Irmão Divaldo, eu não pos-

so morrer, porque não tenho comquem deixar o meu filho. No diaem que alguém puder tomar con-ta dele, morrerei em paz.

– Então, minha irmã – respon-di-lhe –, morra em paz, já que eu

vim aqui em nome de Auta deSouza, para tranqüilizá-la e dizer-lhe que tomaremos conta de seufilho.

– Olhe o meu filhinho – pe-diu-me.

Olhei-o e o vi gordo, muitopretinho, todo caiado de talco...

– Quando me dão dinheiro –explicou a mãe – eu deixo decomprar comida para mim, paracomprar leite e pó-de-arroz parapassar nele.

– Pode ficar em paz, minhairmã, pois ele será meu filho.

– O senhor garante que farámeu filho feliz?

– Garanto.– Então, fique com Deus!Foram suas últimas palavras.

Virou a cabeça para o lado, teveuma hemoptise e morreu.

Fundada em 18/4/2007, a re-vista espírita eletrônica O Con-solador apresenta todos os do-mingos na rede mundial de com-putadores uma nova edição con-tendo artigos, notícias, entrevis-tas e reportagens sobre os princi-pais eventos ocorridos no Brasile no exterior.

Cada edição da revista com-põe-se de 32 matérias, a saber:• Artigos e crônicas• Carta ao leitor• Cartas dos leitores• Correio mediúnico• Editorial.• Elucidações de Emmanuel

Leia e divulgue

O ConsoladorRevista Semanal de Divulgação Espírita

www.oconsolador.com• Entrevista com confrade do Bra-sil ou do exterior• Esperanto em destaque• Espiritismo para as crianças• Estudo das Obras de Allan Kar-dec• Estudo das Obras de André Luiz• Estudo dos Clássicos do Espiri-tismo• Estudo Sistematizado da Doutri-na Espírita (ESDE)• Jóias da poesia contemporânea• Livros novos• Movimento Espírita na Europa• Movimento Espírita na Américae nos outros continentes• Movimento Espírita Brasileiro

• O Espiritismo responde• Passamentos• Questões vernáculas• Raul Teixeira responde• Reportagens sobre eventos es-píritas no Brasil e no exterior.

A partir da revista, é possívelao leitor acessar as edições men-sais do jornal O Imortal, bemcomo o programa “Reflexão Es-pírita” e a programação da TVCEI, produzida pelo ConselhoEspírita Internacional.

O Consoladorwww.oconsolador.com

JOSÉ ANTÔNIO V. DE [email protected]

De Cambé

(Trecho de uma história narrada por Divaldo Franco e registrada nolivro “Semeador de Estrelas”, de Suely Caldas. Schubert.)

Uma homenagem a Adolfo Ribeiro

Adolfo Ribeiro, em um dos momentos de seu trabalho, junto de seus companheiros

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O IMORTALABRIL/2008 PÁGINA 11

Palestras, seminários e outros eventosDomingo - 9h30 - Centro EspíritaMeimei: “O Meu Reino não é DesteMundo” – Marco Aurélio Batyras; dia8 –Terça-feira – 20h – Sociedade Div.Espírita Maria de Nazaré: “Vícios eQualidades” – Aldérico Natal Sposti;dia 11– Sexta-feira – 20h – CentroEspírita Aprendizes do Evangelho:“Finalidade da Encarnação” – Geral-do Saviani; dia 12 – Sábado – 15h –Núcleo Espírita Hugo Gonçalves:“Estudando as Obras de André Luiz”– José Antônio Vieira de Paula; dia15 – Terça-feira – 20h – Centro Espí-rita Allan Kardec: “Não é Trágico SerMédium” – Pedro Vanderlei Paulino;dia 17 – Quinta-feira – 20h – Centrode Estudos Espirituais Vinha de Luz:“Orgulho e Vaidade” – Renato Panho;dia 18 – Sexta-feira – 20h – CentroEspírita Caminho de Damasco: “AImortalidade da Alma” – OswaldoSantos; dia 19 – Sábado – 16h30 -Núcleo Espírita Benedita Fernandes:“O Cristão e o Mundo” – João Anto-nio da Silva Neto; dia 20 – Domingo– 9h30 – Centro Espírita Anita Bore-la de Oliveira: “O Poder da Fé” –Antonio José Saviani; dia 20 – Do-mingo – 9h15 - Grupo Espírita JésusGonçalves: “Finalidade da Encarna-ção” – Geraldo Saviani; dia 27 – Do-mingo – 9h - Comunhão Espírita Cris-tã de Londrina: “As Aflições do Mun-do” – Roberto Camargo; dia 30 –Quarta-feira – 20h – Centro EspíritaBom Samaritano: “Obsessão e Pos-sessão” – Divaldo Moreira.Curitiba – No dia 2 deste mês, às 20horas, Francisco Ferraz Batista, atualpresidente da Federação Espírita doParaná, profere palestra na ComunhãoEspírita Cristã de Curitiba, que ficalocalizada na Rua Major Fabriciano doRego Barros, na Vila Hauer.– “O trabalhador espírita - da prepara-ção à persistência” será o tema do se-minário a ser coordenado por AndreyCechelero na Comunhão Espírita Cris-tã de Curitiba (Rua Fabriciano do RegoBarros, 1152 – Vila Hauer), no dia 12de abril, das 17 às 21h.Antonina – Ubiratan Cezar Archetti,presidente da URE 14ª Região, estaránesta cidade coordenando o seminá-rio “O ser espírita – na gestão de qua-lidade e no exercício do bem”, no dia

Estado do ParanáCambé – O Centro Espírita AllanKardec (Rua Pará, 292) promovetodas as quartas-feiras, às 20h30,em seu auditório, um ciclo de pa-lestras que serão neste abril profe-ridas pelos seguintes confrades: dia2, Paulo Henrique Marques (deLondrina); dia 9, Paulo EduardoMiranda Costa (Londrina); dia 16,Vansan (Mogi das Cruzes); dia 23,Pedro Garcia (Arapongas) e dia 30,José Miguel Silveira (Londrina).Londrina – A revista espírita OConsolador, fundada em 18/4/2007, completa no dia 13 de abrilseu primeiro ano de existência, com51 edições publicadas para circula-ção exclusivamente na internet. Arevista, que é de periodicidade se-manal, pode ser vista no site www.oconsolador.com. Uma entrevistacom Divaldo Franco é o principaldestaque da edição comemorativa doprimeiro aniversário da revista, quetem como diretores os confrades JoséCarlos Munhoz Pinto e AstolfoOlegário de Oliveira Filho.– Realizou-se no dia 29 de marçoa eleição dos novos dirigentes econselheiros da Comunhão Espí-rita Cristã de Londrina, para obiênio 2008/2010. FranciscoOntivero é o novo presidente daentidade. A posse ocorrerá no dia1o de julho próximo.– No dia 6 de abril, na residência eIlza e Norberto Braga, realiza-semais uma reunião do Círculo de Lei-tura Anita Borela de Oliveira, quan-do será concluído o estudo d´O Li-vro dos Médiuns, de Allan Kardec.– A União das Sociedades Espíritasde Londrina (USEL) promove emabril mais um ciclo de palestras queserão realizadas nas datas e locaisseguintes pelos palestrantes referi-dos: dia 4 – Sexta-feira – 20h –Centro Espírita Nosso Lar: “A Paze o Mundo” – Márcio E. Cunha; dia4 – Sexta-feira – 20h – Centro Es-pírita Maria de Nazaré: “Não é Trá-gico Ser Médium” – PedroVanderlei Paulino; dia 5 – Sábado– 20h – Centro Espírita Amor eCaridade: “O Aborto na Ótica Es-pírita” – José Alves Costa; dia 6 –

12 de abril, das 15h30 às 19h, no Cen-tro Espírita Luz e Conforto (Rua Dou-tor Justino de Mello, 539 - Centro).Foz do Iguaçu – Será realizada, noperíodo de 1o a 6 de abril, a 3ª Se-mana Espírita de Foz do Iguaçu, compalestras diárias proferidas porconfrades de diversas cidades e Es-tados, a saber: dia 1o, Adriano Ma-chado (Foz do Iguaçu), tema “Gran-des médiuns brasileiros”; dia 2, En-rique Baldovino (Foz do Iguaçu),tema “A mediunidade na Revista Es-pírita”; dia 3, João Bosco Zimer-mann (Santa Helena), tema “A me-diunidade de Joana d´Arc”, dia 4,Sandra Della Pola (Porto Alegre),tema “A mediunidade na SociedadeParisiense de Estudos Espíritas”; dia5, Maria Helena Marcon (Curitiba),tema “Jesus e os dons mediúnicos”;dia 6, Ubiratan Archetti (Pato Bran-co), tema “Milagre, verdade e fé”.Todas as palestras serão realizadasno horário das 20h, no Teatro Bar-racão, localizado na Praça da Bíblia.– O treinamento “Coordenador deGrupo de Estudos – uma responsa-bilidade que eu possa assumir?”,coordenado por Shou Wen Allegretti- Membro da Coordenação do EDEda FEP, será realizado no CentroEspírita Francisco de Assis – CEFAS(Rua Rio Grande do Sul, 413), nodia 13/04/2008, das 8h30 às 12h.Guarapuava – Tatyanna Braga deMoraes e Karina Greca, diretora evice-diretora, respectivamente, doDepartamento de Orientação à Infân-cia e à Juventude da FEP, estarão nes-ta cidade no próximo dia 5, coorde-nando o seminário “Pais e Evangeli-zação - Desafio de Urgência”. O se-minário terá lugar no Centro EspíritaJoaquim Nabuco (Rua CapitãoVirmond, 1280 – Bairro Alto da XV),no horário das 14h30 às 17h30.Lapa – Será realizado no dia 6 deabril, das 8 às 12 horas, o seminário“Conviver para ser melhor”, coor-denado por Zenaide Simões - mem-bro da Coordenadoria do Estudo daDoutrina Espírita (Campo Mourão),da Federação Espírita do Paraná. Olocal do seminário será o Centro Es-pírita Allan Kardec (Rua Dr. Mano-el Pedro, 2328).

Matinhos – Sob a direção de TatyanaBraga de Moraes, realizou-se no pe-ríodo de 21 a 23 de março, nesta ci-dade, o X Encontro Confraternativode Juventudes Espíritas do Paraná, doqual participaram cerca de 175 jovensadvindos de todo o Estado. O temageral foi “A busca da verdade interi-or”, desdobrado nos subtemas ver-dade do espírito, verdade da evolu-ção e verdade da reforma íntima, soba coordenação geral de AndreyCechelero (Coordenador do Setor deArtes da FEP) e Adriano Greca (inte-grante do Conselho Federativo Esta-dual da FEP). Ao final, envolvidospela ambiência de fraternidade e pazgerada nos três dias de reflexão so-bre o bem, cada participante escre-veu uma dedicatória a uma pessoa desua escolha, prendendo-a em umabexiga e todos juntos soltaram-nas aovento, pontilhando o céu numa boni-ta paisagem de amor por cada um es-crita, com a certeza de que as pala-vras ali expressas certamente chega-ram a seus destinatários (foto).Santo Antônio da Platina – No pró-ximo dia 12, das 14 às 17 horas. o Cen-tro Espírita Jesus Nazareno dará espa-ço ao seminário coordenado por Wil-son Reis Filho – membro do Departa-mento de Orientação e Dinamização doMovimento Espírita da FEP – sobre otema “Mediunidade a serviço de Jesus”.O Centro fica localizado na AvenidaOliveira Mota, 1069.

Outros estados do BrasilBelo Horizonte (MG) – A UniãoEspírita Mineira, que completaráseu primeiro centenário de existên-cia em 24 de junho de 2008, reali-za no período de 3 a 6 de abril oIV Congresso Espírita Mineiro. Otema central será “Espiritismo:Amor e Educação” e as inscriçõespodem ser feitas no site http://www.uemmg.org.br/congresso.Porto Alegre (RS) – Nos dias 25 a27 de abril deste ano, a ComissãoRegional Sul do Conselho Federati-vo Nacional reunir-se-á nesta cidade.Uberaba (MG) – A cidade deUberaba será o palco de realizaçãodo 1o Encontro Nacional dos Ami-gos de Chico Xavier e sua Obra.Promovido com o apoio do movi-mento espírita uberabense, o even-to acontecerá nos dias 19 e 20 deabril, no Clube Sírio Libanês, quefica na Rua Major Eustáquio, 790,no bairro São Benedito. No sába-do, o encontro se dará das 13h às22h15min; e no domingo, das 8hàs 11h. Entre os convidados estãoconhecidos nomes do movimentoespírita nacional, como: MarleneRossi Severino Nobre, Caio Ra-macciotti, Elias Barbosa, OceanoVieira de Melo – que apresentarávídeo inédito sobre Chico Xavier– e Geraldo Lemos Neto – que lan-çará livro inédito da psicografia deChico Xavier.

Flagrantes do Encontro de Jovens realizado em Matinhos-PR

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O IMORTALPÁGINA 12 ABRIL/2008

ELSA [email protected]

De Londres

Ainda havia muita claridadenaquele dia que antecedia oNatal. Minha amiga e eu toma-mos o trem em Basel, em dire-ção a La Chaux-des-Fonds, nasmontanhas do Jura, na Suíça. Atroca de trem aconteceu em Biel/Bienne, cidade bilíngüe às mar-gens do Lago de Bienne. Segui-mos em outro trem. Apesar deserem 4 horas da tarde, já estavaescurecendo. O encanto da pai-sagem nas montanhas cobertasde neve, os pinheiros com cen-tenas de camadas de neve que,caindo mansamente, fazem de-senhos inigualáveis como umartista nobre. Com isso a paisa-gem para os meus olhos se tor-nava, no momento, a mais belado mundo. Chegamos a nos emo-cionar pois os nossos coraçõesdetêm as partículas de amor pela

natureza, e em nossas consciên-cias sabemos que tudo é criaçãodivina. É como se a naturezasempre fosse um lindo presentede Deus para todos nós. O em-belezamento de cada estação doano, com suas peculiaridades emcada parte do mundo.

As pequenas fazendas suíçasnas montanhas, casas coloridaspara sobressair no branco da pai-sagem, tratores semi-enterradosno branco da neve, e as janelasdeixando passar a luz de dentrodas casas, como enfeites de lu-zes de natal. Meu Deus! É ini-gualável a mão do Criador mo-delando a natureza!

O trem, à medida que subia,mais branco se fazia a paisagem.Estávamos minha amiga Dra.Nelly Berchtold e eu, ali, felizespela viagem. O tempo que tínha-mos, aproveitávamos para trocarinformações sobre a nossa Dou-trina Espírita. Nelly dirige hámuitos anos o Grupo Espírita

Estesia de Berna, em que man-tém várias reuniões semanais deestudo, reuniões de jovens naevangelização, reunião mediúni-ca, além de manter também umaexcelente biblioteca e o Clube dolivro Espírita.

No mês de fevereiro o GrupoEstesia comemorou 15 anos deatividades ininterruptas. O gru-po já trouxe para falar em Bernamuitos oradores espíritas comoDivaldo Franco, Raul Teixeira,Marlene Nobre, Suely CaldasSchubert, entre outros.

A Suíça tem como línguasoficiais o romance, o francês, oalemão e o italiano. Desde a fun-dação da União dos Centros deEstudos Espíritas da Suíça, ten-do sua primeira presidente e fun-dadora a psicóloga TeresinhaRey, até o momento, a Suíça vemdesenvolvendo um trabalho dedivulgação da Doutrina Espírita,especialmente no planejamentoda tradução de livros para a lín-

Crônicas de Além-Mar

Um cartão postal ao vivo

Somente o bem

Adube a terra do seu coraçãoQue Jesus possa nele semear...

E viva no cultivo do perdão,E a caridade com o verbo amar.

Não desperdice nunca a ocasiãoDe o bem fazer sem jamais ostentar.Ampare, ajude e sirva a todo irmão

Que venha até você por precisar.

Não conte nada do que você façaMesmo em face de estúpida ameaça

Que o deixe de algum modo sufocado.

Esteja sempre atento na colheita.Não esqueça do Mestre esta receita:

Só se colhe conforme o semeado.

JOSÉ VIANA GONÇALVESDe Campos dos Goytacazes, RJ

ELSA ROSSI, escritora e pa-lestrante espírita brasileiraradicada em Londres, é 2ª Secre-tária do Conselho Espírita Inter-nacional, diretora do Departa-mento de Unificação para os Pa-íses da Europa, organismo doConselho Espírita Internacionale secretária da British Union ofSpiritist Societies (BUSS).

gua alemã, que ainda carece demuitas obras, para implementarainda mais o trabalho nesse idi-oma. A atual presidente, nossaamiga Gorete Newton, vem man-tendo esse esforço de traduzirpara a língua alemã obras espíri-tas. Em fevereiro foram lançadosem Winthertur duas obras espí-ritas, em conjunto com a UniãoEspírita Alemã e na presença deirmãos de língua germânica JosefJackulak e Rejane Spielberg –Nosso Lar e O Livro dos Espíri-tos.

Os interessados em conhecermais sobre o movimento espíri-ta da Suíça, um país com tantosidiomas, poderão acessar o web

site www.spiritisme.ch, do qualpoderá se chegar aos web sitesde cada grupo, em Genebra,Wintherthur, Berna, Lausanne,Zurique e outros contatos espíri-tas em língua italiana.

Que Deus nos abençoe a todos,pelas tantas terras de além-mar.

Comemora no dia 18 deabril seu primeiro aniversáriode existência a revista espíritaO Consolador, que todos osdomingos está na rede mundialde computadores.

Fundada em 18/4/2007, tra-ta-se de uma revista semanalcomposta de artigos, crônicas,poesia, entrevista, reportagense noticiário do movimento es-pírita no Brasil, na Europa, naAmérica e nos demais continen-tes.

Leia e divulgue

O ConsoladorRevista Semanal de Divulgação Espírita

www.oconsolador.comA revista apresenta, ainda, em

todas as edições semanais, qua-tro estudos espíritas seqüenciaisque focalizam a Revista Espírita,as obras de André Luiz, um Clás-sico do Espiritismo e os temas doESDE, Estudo Sistematizado daDoutrina Espírita consoante oprograma oficial organizado pelaFederação Espírita Brasileira.

A partir do site da revista —www.oconsolador.com — é pos-sível ao leitor acessar também asedições mensais do jornal “O

Imortal”, bem como o progra-ma de TV “Reflexão Espírita”e a programação da TV CEI,produzida pelo Conselho Espí-rita Internacional.

O acesso ao site www.oconsolador.com é feito a cus-to zero, podendo o leitor baixarou imprimir os textos que qui-ser, sem ônus algum. Não é ne-cessário ser assinante da revis-ta, nem usar qualquer senha. Arevista é posta ao alcance de to-dos, sem restrição alguma.

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O IMORTALABRIL/2008 PÁGINA 13

Fagulhas de amor

“Os cientistas estão descobrin-do nesse momento que viver, comose viver e amar fosse uma coisa só,é a única forma de vida para os se-res humanos, porque, realmente,essa é a forma de vida que a natu-reza inata do homem exige.” –Ashley Montagu.

“O homem não tem escolha anão ser o amor. Pois quando não ofaz, encontra suas alternativas nasolidão, na destruição e no deses-pero.”

Estas duas frases foram retira-das do livro “Amor”, de LeoBuscaglia, maravilhoso livro, quevale a pena ler.

A Doutrina Espírita no-lo afir-ma sempre quando nos convida aamar, e assevera que o Espírito,quando mais instruído, delicado,sensível, tem sentimentos, e o pon-to máximo do sentimento é o amor.Frase também conhecida por todosos espíritas, a do Espírito de Ver-dade, quando assevera: “Espíritas,amai-vos, eis o primeiro ensina-mento; instruí-vos, eis o segundo”.

Jesus, o cancioneiro máximo doamor, nos disse que seus discípu-los seriam reconhecidos pelo mui-to que se amassem e ainda mais:“Um só mandamento eu vos deixo,um só mandamento eu vos dou: quevos ameis uns aos outros”.

Quando observamos o nosso

cia com o que nos ensina o Espiri-tismo, pois que, como sabemos, oamor é a destinação dos homens.

O caso da menininha citado nes-ta crônica não é único. Milhares defamílias se encontram separadas...Graças à bondade divina, há umaavó que a ama e permite a ela de-senvolver afeto.

Não nos cansemos jamais! Queseja o amor o nosso móvel até quedefinitivamente habite em nós!Amemos sempre mais até que pos-samos compreender que por muitoque amarmos na vida, no estágio emque nos encontramos na Terra, omáximo de amor será apenas umaminúscula fagulha do grande amordivino.

Amemos com todo o sentimen-to e em todas as ações, e um dia oamor viverá em nós e, uma vez ple-nos de amor, poderemos ensinar ou-tros a amarem e, nesse dia, nossomundo será feliz, porque felizes se-remos nós!

JANE MARTINS [email protected]

De Cambé

mundo e vemos tantas pessoas ma-ravilhosas a amar, nosso coração seenche de júbilo, porque há milharesde pessoas entendendo isso e porqueo amor cresce na face da Terra, ondese verifica a evolução paulatina dossentimentos através dos milênios.

Estamos vivendo numa época detransformações, nós o sabemos. Es-píritos de diversos graus evolutivosconvivendo uns com os outros,compreensões diversas, sentimentosdiferentes. Há aqueles que já enten-dem o amor e amam, deixando li-ções de afetividade comovedoras,há os que passam na indiferença, háos que caminham ainda na agressão.

Um dia, o amor imperará na Ter-ra. Até lá ainda veremos cenas comoa que assistimos outro dia, a buscados bens materiais, a ânsia pelo ter,separando famílias, afastando osafetos...

Conheci dias atrás uma senhoracinqüentenária, com sua netinha,uma linda mestiça de três anos, quebeijava ternamente a avó e acarici-ava-lhe o rosto, numa demonstraçãoevidente de afeto e de que já sabedar afeto.

Essa avó nos disse que cuida daneta desde que a menina nasceu, poisa mãe trabalha o dia todo e o pai estáno Japão. Eles moraram no Japão poroito anos, vieram para cá, a mãe fi-cou grávida. Quando a menina tinhacerca de nove meses, o pai retornouao Japão e a mãe ficou aqui, ondetrabalha o dia todo. Quando vem bus-car a menina, esta chora porque quer

ficar com a avó, que é quem cuidadela e lhe dá o principal, o afeto, ali-mento do espírito.

Nada de novidade há nisso, poisacontece com a maioria dos que tra-balham fora, ausentes dos filhos. Aavó, no entanto, derramando lágri-mas, disse-nos que a menina só co-nhece o pai pelas imagens do com-putador e que, dias antes, falandocom ele, começou a acariciar ocomputador, como se fosse ele opróprio pai. Aí a avó não agüentou,chorou. Que triste essa separaçãodos amores por causa do dinheiro!

Compilando o trecho de um ar-tigo do jornal do Conselho Federalde Medicina, de janeiro de 2008, láestá:

“As mudanças no funcionamen-to da família, quando os pais deixamde se fazer presentes na educaçãodos filhos, graças à crescente neces-sidade de ascensão social e do dese-jo consumista de sucesso, dinheiroe status, causam a completa inver-

são de valores de uma sociedade quequalifica os seus membros pelo quepossuem e não pelo que efetivamentesão. A dignidade da pessoa humanaé trocada pela falsa dignidade doacúmulo de bens e capital.”

Ainda nesse artigo, reportando-se aos jovens, a essa geração, lemos:

“Eles hoje sabem mais do quesabíamos sobre violência, medo,amor, sexo e depressão. E sofremmais do que sofríamos. Se ontem pre-cisávamos desesperadamente do abri-go de uma boa família e de pais amo-rosos e seguros, atualmente os jovensprecisam dez vezes mais de pais queos ouçam, percam tempo com eles,dialoguem, discutam os problemas elhes mostrem que a maturidade é ex-periência que vale a pena. A ternura ea renúncia ainda são as duas grandesvirtudes que mantêm uma famíliaunida e que asseguram aos jovensuma razão de viver...”

O texto publicado pelo jornal doCFM está em perfeita concordân-

Trabalhamos pela paz...

Deseja, a criatura humana, vi-ver em paz; vacila, no entanto, emesforçar-se para conquistá-la. Acre-dita poder usufruir dela, isoladamen-te, mantendo os braços cruzados,ilhada no egoísmo, olvidando a ne-cessidade de trabalhar para obtê-la.

Trabalhamos pela paz quan-do nos preocupamos em desen-volver ações práticas, objetivan-do afastar as crianças do conví-vio negativo das ruas.

Trabalhamos pela paz quan-do movimentamos recursos paraamparar a velhice abandonada,que campeia indiferente pelas vi-elas da incerteza e da solidão.

Trabalhamos pela paz quan-do agimos em defesa da politiza-ção do povo, para que as pessoasmais esclarecidas e preparadassaibam como usufruir de umavida mais digna.

Trabalhamos pela paz quandotemos a determinação de juntarmosalimentos e roupas para distribui-ção às famílias que, em momentos

bres e saudáveis, sempre procu-rando em cada gesto semear obem em favor de todos.

Trabalhamos pela paz quan-do somos alegres, otimistas e per-severantes, evitando a tristeza, odesânimo e a apatia, mesmo queestejamos envoltos em situaçõescomplicadas.

Trabalhamos pela paz quan-do vivemos os nossos dias emsintonia com o Evangelho doCristo, que sugere amarmo-nosuns aos outros.

Trabalhamos pela paz quan-do temos consciência que a pazque queremos somente será pos-sível a partir do instante que aplantarmos nos corações alheios.

Em realidade, a paz não virápor decreto, nem nascerá da assi-natura de acordos e tratados in-ternacionais, mas se originará nocumprimento dos nossos deverese na retidão e serenidade da nos-sa consciência.

Paz não é conquista exterior...Paz é harmonia interior, obti-

da à mercê de muitos esforços,dentro de uma salutar vivênciacristã, no seio da humanidade quenos acolhe.

de emergências, conhecem todo tipode privações e infortúnios.

Trabalhamos pela paz quandoincentivamos, com a nossa partici-pação, a realização de campanhas etarefas que se propõem a orientar osjovens quanto às nefastas e terríveisconseqüências do uso dos tóxicos.

Trabalhamos pela paz quando es-tamos presentes em nossos lares, nadefesa dos interesses e direitos da fa-mília, sem esquecer de informar osdeveres de cada membro, dentro docontexto social em que vivemos.

Trabalhamos pela paz quandonos unimos aos esforços das enti-dades socorristas, que se prestama amparar a infância abandonada ea juventude em desequilíbrio.

Trabalhamos pela paz quandoidentificamos o desespero de paisque viram seus filhos partirem paraa vida espiritual e nos apresenta-mos para oferecer o nosso ombroamigo, em instantes tão trágicos.

Trabalhamos pela paz quandoobservamos os nossos defeitos e fa-lhas e atuamos para saná-los, semnos preocuparmos em registrar oque os outros têm de negativo.

Trabalhamos pela paz quandoutilizamos o tempo em atitudes no-

WALDENIR APARECIDOCUIN

[email protected] Votuporanga (SP)

Estudando as obrasde André Luiz

Há alguns dias, um amigo, es-pírita dedicado e benevolente, co-mentou conosco que, do jeito quenosso planeta caminha, provavel-mente todo mundo, aodesencarnar, deverá estagiar porum certo período no Umbral, paraexpurgar suas viciações e vibra-ções inferiores.

Entendemos o que ele queriadizer, mas como espírita, preocu-pado com a questão doutrináriado assunto, achamos convenien-te discordar. Afinal, podem pre-dominar os Espíritos inferioressobre a Terra, mas, com certeza,existem pessoas dotadas das mais

JOSÉ ANTÔNIO V. DE [email protected]

De Cambé

altas virtudes vivendo anonima-mente na Terra e que não neces-sitariam passar por ali.

Então, optamos por apresen-tar, na coluna deste mês, uma ori-entação de Aniceto, registrado nolivro “ Os Mensageiros”, que tra-ta do assunto.

Diz o conselheiro, a respeitode uma jovem de 30 anos que aca-bara de desencarnar e que por elefoi auxiliada a ser levada para re-giões de repouso e refazimentonos planos espirituais mais eleva-dos do orbe terrestre:

“Pela bondade natural do co-ração e pelo espontâneo cultivo davirtude, não precisará ela de pro-vas purgatoriais... Os bons não en-contram obstáculos insuperá-veis.”

“Quando plantares a alegria de viver nos corações que te cercam, em breveas flores e os frutos de tua sementeira te enriquecerão o caminho.”

(Emmanuel, Fonte Viva, item 73, psicografia de Francisco C. Xavier.)

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O IMORTALPÁGINA 14 ABRIL/2008

O perdão da dívidaRui, menino de oito anos, es-

tava muito preocupado.Sem a devida autorização, pe-

gara o aparelho de som portátil,novinho em folha que seu pai ti-nha comprado, para levar à esco-la. Queria impressionar os colegas.

Na volta, como tinha muitacoisa para carregar, em certo mo-mento, a mochila escorregou doseu braço e o precioso aparelho desom foi ao chão.

Rui ficou apavorado e não viaa hora de chegar a sua casa. Que-ria testar o aparelho e ver se estavafuncionando direitinho. Infeliz-mente, não deu outra. Estava que-brado.

Cheio de medo, esperou o paichegar. Assim que Geraldo voltoudo trabalho foi ligar o som. Nada.Estava mudo.

— O que aconteceu com esteaparelho? — perguntou o pai, sé-rio.

A tremer de medo, de cabeçabaixa, Rui confessou com voz trê-mula:

o pai fitou o filho que parecia ver-dadeiramente arrependido, resol-vendo dar-lhe outra oportunidade.

— Está bem, Rui. Desta vez vouperdoá-lo porque sei que foi umacidente; você não teve má inten-ção. Porém, que isto não se repita!

O menino abraçou o pai, felize agradecido. Aliviado, ele foi brin-car, satisfeito da vida.

Na rua, encontrou um vizinho aquem ele havia emprestado algunsdias antes duas bolas de gude. Eraum garotinho de apenas seis anos.

Rui cobrou do garoto que fica-ra de lhe devolver as bolas de gude.Assustado, o menino respondeu:

— Não tenho as bolas, Rui.Perdi na escola. Assim que meu paime der dinheiro, eu lhe comprooutras.

Mas Rui estava enfurecido e sesentindo cheio de razão. Com rai-va, gritava para Rogério, bem me-nor do que ele:

— Você é um tratante. Prome-teu devolver-me as bolas e nãocumpriu. Vai me pagar de qualquerjeito.

— Não, Rui, não me bata! Pro-meto que vou pagar! Assim quepuder!

Mas Rui não queria saber. Exi-gia as bolas naquela hora. E partiupara cima do menino com os pu-nhos cerrados. Como ele era bemmaior e mais forte, Rogério corriasério perigo.

A empregada de Rui, que var-ria a calçada naquele momento, viua briga e, aflita, foi contar ao pa-trão o que estava acontecendo.

Geraldo correu para a rua bema tempo de ver o filho que agarra-va o pequeno e o ameaçava dizen-do:

— Ou você me paga agora ouvai levar a maior surra da sua vida!

Geraldo entrou no meio da bri-ga e apartou os dois, para surpresae desaponto de Rui que, só naque-le instante, viu o pai. Depois, fi-tando o filho muito decepcionado,ele falou enérgico:

— Foi isso o que você apren-deu comigo, Rui? Acabei de lheperdoar uma dívida bem maior!Você não poderia ter compaixão e

Muitas vezes, na existência,não conseguimos realizar aquiloque desejamos.

Sonhamos ir para um lado e avida nos conduz para outro.

Sabem por quê?Esse fato tem relação com as

responsabilidades que assumimosnesta ou em outras existências.

Se nós fracassamos em deter-minada área da nossa vida, ou seprejudicamos o próximo, provavel-mente renas-ceremos maistarde com difi-culdades nessaárea.

Por exem-plo:

O médicoque não pro-cure fazer omelhor dentro da sua profissão,que trate com descaso seus paci-entes e até cause a morte, poderárenascer tendo que passar por di-ficuldades na área da saúde orgâ-nica, para valorizar a vida.

O engenheiro não honre suaprofissão, construindo prédiossem cuidado e sem atentar para asegurança das pessoas que vierema ocupá-lo, e se o prédio desmo-ronar, provavelmente retornaránuma outra existência sem poder

exercer sua profissão, tendo quecontentar-se em ajudar na cons-trução, aprendendo a respeitar opróximo.

Quem não respeita e nem va-loriza a família, poderá renascersem ela, atravessando existênciasolitária.

Quem abusa do corpo queDeus lhe deu, cometendo exces-sos, como tomar bebidas alcoó-licas ou comer demais, poderá re-

nascer comproblemas nofígado ou noestômago.

Quem usaa inteligênciapara prejudi-car seus se-melhantes ,poderá renas-

cer com problemas mentais irre-versíveis.

Não é castigo divino, comopensam certas pessoas. É apenasoportunidade de reparação eaprendizado que Deus nos con-cede para nos tornarmos pessoasmelhores, amando e respeitandonosso próximo.

Por isso, o Evangelho de Je-sus é tão importante em nossasvidas, pois nos ensina como agirpara atingirmos a evolução.

Responsabilidade

fazer o mesmo ao seu amiguinho,que lhe devia uma ninharia?

De cabeça baixa, calado e suma-mente envergonhado, Rui ouvia aadvertência do pai, que prosseguiu:

— Quando aqui cheguei, nãoo reconheci, meu filho. Sua atitu-de era outra: arrogante, orgulhosa,atrevida. Acha justo ameaçar umacriança bem menor do que você?

Em lágrimas, apavorado, Ruisuplicou:

— Perdoe-me, papai. Isso nãovoltará a acontecer.

Com expressão inflexível, Ge-raldo concluiu:

— E não vai acontecer “mes-mo”. Agora, peça desculpas aoRogério pelo seu comportamento

agressivo. Depois, vamos conver-sar. Para reparar seu erro, você teráque me pagar o conserto do apare-lho de som com sua mesada.

— Mas já disse que não tenhodinheiro, papai!

— Não tem importância. Euespero. Vai demorar pelo menosuns oito meses, mas você mereceessa lição. Durante esse período,você não poderá comprar nada.

E assim, Rui aprendeu final-mente que deveria ser compassivocom os outros, como tinham sidocom ele, perdoando como deseja-ria também ser perdoado.

Tia Célia(Adaptação da Parábola dos

Credores e dos Devedores)

— Fui eu que o quebrei, papai.E, sob o atento olhar paterno,

Rui explicou o que tinha aconteci-do, terminando por dizer:

— Sei que errei, papai, mas nãotive a intenção de causar-lhe pre-juízo. Peço-lhe desculpas.

Com gravidade, o pai conside-rou:

— Você disse a verdade, meufilho, e isso é muito bom. Mas,compreende o que fez? Esse apa-relho custou-me muito dinheiro eagora não tenho recursos para

mandá-lo ao conserto. Aceito suasdesculpas, mas isto não basta. Paraser justo, você deveria pagar o pre-juízo com sua mesada.

Fazendo cara de choro, o me-nino exclamou:

— Mas não tenho mais a me-sada, papai! Gastei tudo! Perdoe-me, só essa vez. Prometo-lhe nun-ca mais pegar nada escondido! —e pôs-se a chorar, com medo dareação paterna.

Contudo, cheio de compaixão,

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O IMORTALABRIL/2008 PÁGINA 15

A Revue Spirite há 140 anos

Revista Espírita de 1868 (4ª Parte)

Continuamos a publicação dotexto condensado da Revista Espí-rita de 1868. As páginas citadas re-ferem-se à versão publicada pelaEdicel.

*37. Concluindo o estudo, Kardec

acrescenta: I – Esse é o caso de gran-de número de doenças, cuja origemé devida aos fluidos perniciosos deque é penetrado o organismo. Paraobter a cura, basta expulsar o corpoestranho que o incomoda. Afastadaa causa do mal, o equilíbrio se resta-belece e as funções retomam o seucurso. II – Concebe-se que em se-melhantes casos os medicamentoscomuns, destinados a agir sobre amatéria, não tenham eficácia. É porisso que a medicina ordinária éinoperante em todas as doenças cau-sadas por fluidos viciados, e elas sãonumerosas. À matéria pode opor-sea matéria, mas a um fluido mau háque opor um fluido melhor e maispoderoso. III – A medicina tradicio-nal naturalmente falha contra osagentes fluídicos, mas, do mesmomodo, a medicina fluídica falha ondeé preciso opor matéria à matéria. Amedicina homeopática parece ser ointermediário, o traço de união en-tre esses dois extremos e deve parti-cularmente ter êxito nas afecções quepoderiam chamar-se mistas. IV –Seja qual for a pretensão de cada umdestes sistemas à supremacia, o quehá de positivo é que cada um de seulado obtém incontestáveis sucessos,mas que, até agora, nenhum justifi-cou estar na posse exclusiva da ver-dade; de onde há que concluir quetodos eles têm sua utilidade e que oessencial é aplicá-los adequadamen-te. V – A causa pela qual o tratamen-to por vezes pode ser instantâneo, aopasso que em outros casos exige umaação continuada, se deve à naturezae à origem do mal. VI – Duasafecções que apresentam, na aparên-cia, sintomas idênticos podem resul-tar de causas diferentes. Uma podedecorrer da alteração das moléculasorgânicas e neste caso é precisar re-parar, substituir, as moléculas dete-rioradas. A outra afecção pode terorigem na infiltração nos órgãos sãosde um fluido mau, que os perturba.Neste caso não se trata de reparar,mas de expulsar. Os dois casos re-querem, no fluido curador, qualida-des diferentes. No primeiro é preci-so um fluido mais suave que violen-

to, rico em princípios reparadores.No segundo, um fluido enérgico,mais próprio à expulsão do que à re-paração. VII – Esta teoria pode re-sumir-se assim: Quando o mal exi-ge a reparação de órgãos altera-dos, necessariamente a cura é len-ta e requer uma ação contínua eum fluido de qualidade especial;quando se trata da expulsão de ummau fluido, ela pode ser rápida e,mesmo, instantânea. VIII – Parasimplificar a questão consideramosapenas os dois pontos extremos, masentre os dois há nuanças infinitas,isto é, uma multidão de casos em queas duas causas existem simultanea-mente em diferentes graus e em que,por conseqüência, é necessário aomesmo tempo expulsar e reparar. Acura só será completa após a destrui-ção das duas causas, e esse é o casomais comum. Eis por que os trata-mentos médicos ordinários necessi-tam muitas vezes ser completadospor tratamento fluídico, e reciproca-mente. IX – A cura instantânea radi-cal e definitiva pode ser considera-da como um caso excepcional, vistoque é raro: 1o – que a expulsão domau fluido seja completa no primei-ro golpe; 2o – que a causa fluídicanão seja acompanhada de algumaalteração orgânica. X – Enfim, nãopodendo os maus fluidos provir se-não de maus Espíritos, sua introdu-ção na economia se liga muitas ve-zes à obsessão; do que resulta que,para obter a cura, é preciso tratar, aomesmo tempo, o doente e o Espíritoobsessor. XI – A pessoa cujo casomotivou o estudo, inclui-se no roldas doenças de causa complexa. Seuorganismo está profundamente alte-rado e, ao mesmo tempo, saturadode fluidos perniciosos que a tornamincurável apenas pela terapêutica or-dinária. Uma magnetização violentae muito enérgica produziria tão-so-mente uma superexcitação momen-tânea, logo seguida de maior pros-tração. Ser-lhe-ia necessário umamagnetização suave, continuada pormuito tempo, um fluido reparadorpenetrante, e não um fluido que aba-la, mas nada repara. (Págs. 86 a 90.)

Alguém anunciou o fim do mundoem 1911; Kardec comenta38. A Revista apresenta uma re-

senha do livro Os pensamentos dozuavo Jacob, um médium que se no-tabilizou pelas curas que por seu in-termédio foram realizadas na Fran-ça, ao tempo de Kardec. Nascido a 6de março de 1828 em Saint-Martin-des-Champs, Henri Jacob era naque-la oportunidade músico no regimen-

to dos zuavos da guarda imperial. Eisalgumas das citações extraídas do li-vro: I – Antes de minha iniciação àciência espírita, eu vivia nas trevas;meu coração jamais havia sentido asdoçuras da paz. II – Minhas pales-tras com os Espíritos e seus bons con-selhos encheram-me de uma fé viva.III – Sejamos sempre caridosos e ge-nerosos e seremos sempre assistidospelos bons Espíritos. IV – Sede fir-mes em vossas boas resoluções; viveisempre numa grande pureza de alma,e Deus vos dará o poder de curar osvossos semelhantes. V – Quandoquiserdes aliviar um doente, depoisde vossa prece, ponde vossa mão so-bre o seu coração, e pedi calorosa-mente a Deus o socorro de quenecessitais e, tenho a convicção, oeflúvio divino infiltrar-se-á em vóspara aliviar ou curar vosso irmão quesofre. (Págs. 90 a 94.)

39. Na seção de livros, a Revistanoticia também o lançamento da bro-chura O Espiritismo ante a razão, deValentin Tournier. O autor do opús-culo se propunha fazer duas confe-rências públicas sobre o Espiritismo,mas, tendo sido impedido de fazê-lo,decidiu pôr no papel as conferênciasque não pôde realizar. (Pág. 94.)

40. O número de março se encer-ra com uma comunicação obtida emLyon a 11/3/1867 sobre uma predi-ção contida no Apocalipse a respeitoda regeneração da humanidade. Aépoca predita, diz a mensagem, estáchegada. Essa geração não passarásem que aconteçam grandes coisas.“Coragem! o que foi predito peloCristo deve realizar-se”, assevera ocomunicante. “Perseverai na luta,sede firmes e desconfiai das armadi-lhas que vos preparam. Ficai ligadosa essa bandeira em que escrevestes:Fora da Caridade não há salvação edepois esperai, porque aquele que re-cebeu a missão de vos regenerar vol-ta, e ele disse: Bem-aventurados osque conhecerem o meu nome!”(Págs. 94 a 96.)

41. A Revista de abril reproduzmais três cartas enviadas por Lavaterà Imperatriz Maria, da Rússia, àsquais foram anexadas pelo missivistaduas comunicações mediúnicas data-das de 1798. (Págs. 97 a 106.)

42. Kardec comenta a prediçãocontida em uma pequena brochuraintitulada O fim do mundo em 1911,que fora espalhada em profusão nacidade de Lyon. Às considerações ti-radas da concordância do estado atu-al das coisas com os sinais precurso-res anunciados no Evangelho, o au-tor juntou no seu texto, conformeuma outra profecia, um cálculo ca-

balístico que fixava o fim do mundopara o ano de 1911. O fim do mundoseria precedido pelo reino doAnticristo, personagem que teria nas-cido em 1855 e viveria, desse modo,55 anos e meio. Lembrando que o fimdo mundo havia sido também predi-to para o ano de 1840, o Codificadoranalisa em profundidade essa e ou-tras questões que pretendem, equivo-cadamente, assinalar, com base naspalavras de Jesus, a destruição físicado planeta. (Págs. 106 a 114.)

Jobard diz que o fim do mundoestá próximo; mas de que mundo?

43. Tendo sido o assunto comen-tado na Sociedade Espírita de Paris,o Espírito de Jobard deu espontane-amente a 28 de fevereiro uma comu-nicação esclarecedora, de que extra-ímos as observações que se seguem:I – O fim do mundo está, sim, próxi-mo; mas, o fim de que mundo? II –Será o fim do mundo da superstição,do despotismo, dos abusos; será o fimdo mundo egoísta e orgulhoso, dopauperismo, de tudo o que é vil e querebaixa o homem; numa palavra, detodos os sentimentos baixos ecúpidos, que são o triste apanágio dovosso mundo. III – Se refletirmos emtudo o que se passa em volta de vós,vereis que esses sinais precursoressão o sinal de começo de um novomundo, quero dizer de um outromundo moral, antes que a destruiçãodo mundo material. IV – Sim, um pe-ríodo de depuração terrestre terminaneste momento; um outro vai come-çar... Tudo concorre para o fim dovelho mundo, e os que se esforçampor sustê-lo, trabalham, sem o que-rer, para a sua destruição. V – Sim, ofim do mundo está próximo para elesque o pressentem e, por isso, se apa-voram. Entre o velho mundo e o novonão haverá, porém, solução de con-tinuidade. VI – É assim que se deveentender o fim do mundo, que tantossinais precursores pressagiam. (Págs.114 a 116.)

44. Um dos correspondentes daRevista relatou a Kardec o fato se-guinte. O padre de certa localidade,tendo sabido que uma de suas paro-quianas tinha em seu poder O Livrodos Espíritos, foi à sua casa e, de-pois de ofendê-la e ameaçá-la, to-mou-lhe o livro e levou-o. Dias de-pois, sem se abalar com os impropé-rios recebidos, a senhora foi à casaparoquial reclamar o livro, dizendode si para consigo que, caso ele nãoo devolvesse, não seria difícil adqui-rir outro. O cura restituiu-lhe a obra,mas num estado que provava queuma santa cólera se havia descarre-

gado sobre ela. O livro estava rasu-rado e cheio de anotações em que osEspíritos eram chamados de menti-rosos, de demônios e de estúpidos.A fé daquela mulher, longe de ficarabalada, foi mais do que fortificadaporque, como reza o ditado, apa-nham-se mais moscas com mel doque com vinagre. O sacerdote apre-sentou-lhe vinagre; ela preferiu omel, e ainda disse: “Perdoai-lhe, Se-nhor, porque ele não sabe o que fez”.(Pág. 117.)

45. Cenas desta natureza, infor-ma o Codificador, eram muito fre-qüentes há sete ou oito anos, e ti-nham por vezes um caráter de vio-lência que caía no burlesco. Houvecerta vez um missionário que espu-mava de raiva pregando contra oEspiritismo, e se agitava com tantofuror que os fiéis temiam que elecaísse do púlpito. Outro pregadorconvidava todos os que possuíssemobras espíritas que as trouxessem,para fazer uma fogueira em praçapública. Um escritor moderno la-mentou há pouco que não tivessemqueimado Lutero, pensando que des-sa forma o protestantismo seriadestruído em suas raízes. Ora, se otivessem feito, o protestantismo tal-vez estivesse duas vezes mais espa-lhado. João Huss foi queimado vivoe que ganhou com isto o concílio deConstança? Apenas uma nódoa in-delével, enquanto que as idéias domártir não foram queimadas, consti-tuindo-se num dos fundamentos daReforma. A posteridade conferiu aglória a João Huss e a vergonha aoconcílio. (Págs. 117 a 121.)

46. Desde muito tempo, diz Kar-dec, sabia-se que Cadiz (Espanha) eraa sede de um importante centro espí-rita. Mas não só isto; os espíritas deCadiz reivindicam algo mais: a hon-ra de ter sido aquela cidade uma dasprimeiras, se não a primeira, na Eu-ropa, a possuir uma reunião espíritaconstituída, que recebia comunica-ções regulares dos Espíritos, pela es-crita e pela tiptologia, sobre temas demoral e filosofia. Um livro impressoem Cadiz em 1854 dá inteira razãoaos confrades espanhóis. Em seu pre-fácio se explica como foram desco-bertas as mesas falantes e a maneirade as utilizar. O livro traz, em segui-da, o relato das respostas dadas a per-guntas feitas aos Espíritos numa sé-rie de sessões realizadas em 1853. Oprocesso consistia no emprego deuma mesinha de três pés e de um al-fabeto dividido em três séries,correspondendo cada uma a um dospés da mesinha. (Págs. 122 a 126.)(Continua no próximo número.)

MARCELO BORELADE OLIVEIRA

[email protected] Londrina

Page 15: O IMORTALcompleta um ano de vida A revista espírita O Conso-lador, fundada em 18/4/2007, completa no dia 13 de abril seu primeiro ano de existência, data em que atingirá o total

O IMORTALPÁGINA 16 ABRIL/2008

O IMORTALJORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITARUA PARÁ, 292, CAIXA POSTAL 63CEP 86.180-970TELEFONE: (043) 3254-3261 - CAMBÉ - PR

A noite de 4 de março últimoassinalou mais um encontro dopúblico de Londrina e cidadesvizinhas com o estimado oradorDivaldo Franco. Gilson Ribeiro,atual presidente da 5a União Re-gional Espírita, promotora doevento, presidiu à mesa, formadapelo presidente da Federação Es-pírita do Paraná, Francisco FerrazBatista, pelo presidente da Fede-ração Espírita do Paraguai, peloconfrade Hugo Gonçalves, dire-tor do jornal O Imortal, e peloorador da noite (fotos).

Marcelo Seneda fez as apre-sentações iniciais, seguidas dafala do presidente da União Re-gional Espírita, que fez a prece deabertura, e da saudação de Fran-cisco Ferraz Batista, que apresen-tou Divaldo e sua obra ao públi-co presente.

Divaldo iniciou a palestra às20h16 e falou durante 75 minutos,focalizando como tema principala existência de Deus, a magnifi-cência da obra da Criação e os di-versos momentos da históriaterrena em que se tentou excluirDeus de nossa vida, desde os con-turbados dias da Revolução Fran-cesa até os tempos atuais, passan-do pelo ateísmo marxista e as idéi-

ANGÉLICA [email protected]

De Londrina

as materialistas deAugusto Comte, Ar-thur Schopenhauer eFriedrich Nietzsche.

O ponto alto dapalestra foi, porém, aexplanação que ele fezdas idéias do cientistaA. Cressy Morrison,ex-presidente da Aca-demia de Ciências deNova York, o qual ar-rolou, em um estudojá famoso, sete razõespelas quais um cientista como eleacredita em Deus. Divaldo exami-nou-as uma a uma, como aqui fare-mos resumidamente.As sete razões pelas quais um

cientista acredita em DeusPrimeira: Por inabalável mate-

mática lei, podemos provar quenosso Universo foi concebido e exe-cutado por uma grande inteligência.Suponha que você coloque dezmoedas de um centavo, marcadasde um a dez, em seu bolso e lhes dêuma boa agitada. Agora tente pegá-las na ordem de um a dez, pegan-do uma moeda a cada vez que vocêagita o bolso. Matematicamentesabemos que a chance de pegar amoeda número um é de uma emdez; de pegar a um e a dois em se-qüência é de uma em 100; de pegara um, a dois e a três em seqüência éde uma em 1.000 e assim pordiante; por fim, a chance de pegar

todas as moedas, em seqüência, se-ria de uma em dez bilhões.

Pelo mesmo raciocínio, sãonecessárias as mesmas condiçõespara que a vida na Terra haja acon-tecido por acaso. Os dados seguin-tes mostram o porquê: A Terra giraem seu eixo 1.000 milhas por horano equador; se ela girasse 100 mi-lhas por hora, nossos dias e noitesseriam dez vezes mais longos e oSol provavelmente queimaria nos-sa vegetação de dia enquanto anoite longa gelaria qualquer brotoque sobrevivesse. O Sol, fonte denossa vida, tem uma temperaturade superfície de 10.000 grausFahrenheit e a Terra está distantebastante para que essa vida eternanos esquente só o suficiente! Se oSol emitisse somente metade desua radiação atual, nós ficaríamoscongelados, e se emitisse muitomais, nos assaria.

A inclinação da Terra a um ân-gulo de 23 graus nos dá as dife-rentes estações; se a Terra não ti-vesse sido inclinada assim, vapo-res do oceano mover-se-iam denorte a sul, transformando-nos emcontinentes de gelo. Se a crosta daTerra fosse só dez pés mais espes-sa, não haveria oxigênio para avida. Se o oceano fosse só dez pésmais fundo, o gás carbônico e ooxigênio seriam absorvidos e avida vegetal não poderia existir. Éevidente a partir desses e de umasérie de outros exemplos que nãoexiste uma chance em um bilhão

Divaldo Franco focaliza Deus e acriação na palestra de Londrina

Segundo a organização do evento, cerca de 1.800 pessoas estiveram no Londrina Country Club para ouvir o conhecido orador baianode que a vida no nos-so planeta seja umacidente.

Segunda: A enge-nhosidade da vida, querevela em si mesma amanifestação de umainteligência surpreen-dente, que dá gosto àsfrutas e às especiarias,perfume às flores, quetransforma a água e ogás carbônico em açú-car e madeira e, ao

fazê-lo, libera o oxigênio que per-mite que os animais vivam.

“Deus é amor”, afirmou Joãoem seu evangelho

Terceira: A sabedoria instinti-va dos animais, que a transmitemaos seus descendentes. O jovemsalmão gasta anos no mar, e depoisvolta para o seu próprio rio, per-correndo a própria margem do rioque corre para o afluente onde nas-ceu. O que o traz de volta tão pre-cisamente? Se você o transferirpara outro afluente ele saberá queestá fora do seu curso e irá lutarpara chegar com precisão ao seudestino. Divaldo citou também cu-riosidades relativas à vida das ves-pas, das enguias e do nosso conhe-cido joão-de-barro.

Quarta: O poder da razão, pre-sente no homem e que, como to-dos sabemos, supera o instinto ani-mal.

Quinta: A existência dosgenes, que são a chave que nospermite decifrar os seres huma-nos, os animais, os vegetais e to-das as suas características.

Sexta: O equilíbrio ecológico,que faz com que as espécies senutram umas das outras e, aocumprir seu papel, mantenham oequilíbrio da vida no planeta.

Sétima: A faculdade da imagi-nação, que permite que existam ospoetas, os músicos, os artistas emgeral e que nos dá a capacidadede conceber a idéia de Deus e es-pecular sobre a origem de tudo.

Na parte final da palestra, de-pois de lembrar o conceito espí-rita de Deus e tecer consideraçõessobre as provas de sua existênciasegundo a Doutrina Espírita,Divaldo lembrou a célebre liçãode João: “Deus é amor”, asseve-rando que é o amor que asseguraa harmonia de nossas vidas, pen-samento que ele ilustrou contan-do a comovente história deLeland Stanford, o menino que,ao desencarnar ainda jovem,transformou a vida de sua mãe ea levou a fundar em 1891 a Uni-versidade de Stanford, em PaloAlto, na Califórnia.

Concluído o comovente rela-to, Divaldo encerrou a palestraem sua forma costumeira com umlindo poema de louvor a Deus eà vida.

Divaldo Franco em Londrina

Público presente na palestra do Divaldo Aspecto geral do público que foi ouvir Divaldo Franco