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N º 123 Setembro/2017 O desafio de permanecermos fortes e sustentáveis SAIBA MAIS: Participe da preservação do seu patrimônio 2 A Cabesp quer ouvir você 3 Cuidar de seus idosos, um desafio à família brasileira 4 Atenção aos medicamentos que podem interferir na saúde bucal 7 Fortalecimento muscular é essencial para acalmar dores 7 Por Maria Lúcia Ettore do Valle (*) (*) Maria Lúcia Ettore do Valle, nova presidente da Cabesp, assumiu em 5 de maio deste ano. Os aumentos dos custos de saúde ano após ano, sempre acima da inflação, são fatores cada vez mais preocupantes para as entidades que administram planos sob o regime de autogestão. Pesquisa da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde – Unidas 2016, recentemente divulgada, mostra com muita clareza os gastos do setor nos últimos anos, em proporções sempre maiores do que a inflação convencional – em um período de seis anos, a inflação médica acumulada atingiu 118%, contra 46% do IPCA. Um agravante dos custos, comprovado pelo estudo, é o im- pacto do aumento na proporção de beneficiários com mais de 59 anos dos planos de saúde de au- togestão, que tradicionalmente já reúnem a massa mais enve- lhecida da saúde suplementar. Na última pesquisa da Unidas de 2016, a proporção era de 30%, enquanto que na Cabesp é de 65%. Há pouco mais de três meses, recebi o privilégio de assumir a liderança da CABESP, associação que muito significa para os bene- ficiários, para o patrocinador, para a Comunidade e todo o setor de saúde. Com ele, também o gigan- te desafio de adequá-la às reali- dades desse cenário, assegurando sua sustentabilidade e ao mesmo tempo buscando modernizá-la, oferecendo serviços com quali- dade dentro da realidade atual do mercado de saúde, cumprindo as normas da ANS (Agência Nacional de Saúde). Nesse sentido, faz-se necessário promover mu- danças. No mundo empre- sarial tudo precisa ser con- tinuadamente repensado e transformado. As inovações tecnológicas nos levam a esse exercício continuadamente. Erra quem pensa ao contrário e perece a empresa que teima em manter-se ausente das mudan- ças, portanto, vamos buscar no- vas práticas e dinâmicas eficazes que possam trazer oportunidades de aperfeiçoar todo o trabalho que vinha sendo realizado. Esse caminho não pode ser traçado sem um tripé que ima- gino será o grande alicerce de minha gestão e de toda a equipe: transparência, diálogo e respeito. Precisamos da ajuda de cada um no gerenciamento desse benefício inigualável, com a consciência de que é importante minimizar os riscos a que todo o mercado está exposto, pensando em perenidade do plano para cada um de nós e para os nossos beneficiários. Para isso, uma das ações da CABESP será ampliar o foco das ferramentas de comunicação de forma a estimular a participação ativa de cada usuário e uma maior conscientização quanto ao uso adequado da assistência à saúde. Assim sendo, na busca de mais modernidade e maior alinhamen- to com realidades já observadas no mercado, em especial, nos meios digitais de comunicação, o site, por exemplo, será refor- mulado em breve, e certamente proporcionará maior simplicidade no uso da informação. Diferentes funcionalidades serão disponi- bilizadas através do portal e do aplicativo para oferecer novas experiências para gestão indivi- dual do benefício e ampliação das formas de autosserviço. Nossos objetivos são conver- gentes e, em resumo, queremos assegurar a assistência à saúde em momentos apropriados às necessidades de cada indivíduo, de forma a garantir longevidade para as quase 70 mil vidas sob os cuidados da CABESP. Conto com cada um de vocês nesse movimento e me coloco à disposição. FOTO: PIXABAY

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Nº 123 Setembro/2017

O desafio de permanecermos fortes e sustentáveis

SAIBA MAIS:

Participe da preservação do seu patrimônio 2A Cabesp quer ouvir você 3Cuidar de seus idosos, um desafio à família brasileira 4Atenção aos medicamentos que podem interferir na saúde bucal 7Fortalecimento muscular é essencial para acalmar dores 7

Por Maria Lúcia Ettore do Valle (*)

(*) Maria Lúcia Ettore do Valle, nova presidente da Cabesp, assumiu em 5 de maio deste ano.

Os aumentos dos custos de saúde ano após ano, sempre acima da inflação, são fatores cada vez mais preocupantes para as entidades que administram planos sob o regime de autogestão. Pesquisa da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde – Unidas 2016, recentemente divulgada, mostra com muita clareza os gastos do setor nos últimos anos, em proporções sempre maiores do que a inflação convencional – em um período de seis anos, a inflação médica acumulada atingiu 118%, contra 46% do IPCA.

Um agravante dos custos, comprovado pelo estudo, é o im-pacto do aumento na proporção de beneficiários com mais de 59 anos dos planos de saúde de au-togestão, que tradicionalmente já reúnem a massa mais enve-lhecida da saúde suplementar. Na última pesquisa da Unidas de 2016, a proporção era de 30%, enquanto que na Cabesp é de 65%.

Há pouco mais de três meses, recebi o privilégio de assumir a liderança da CABESP, associação que muito significa para os bene-ficiários, para o patrocinador, para a Comunidade e todo o setor de saúde. Com ele, também o gigan-te desafio de adequá-la às reali-dades desse cenário, assegurando sua sustentabilidade e ao mesmo tempo buscando modernizá-la, oferecendo serviços com quali-dade dentro da realidade atual do mercado de saúde, cumprindo as normas da ANS (Agência Nacional de Saúde).

Nesse sentido, faz-se necessário promover mu-danças. No mundo empre-sarial tudo precisa ser con-tinuadamente repensado e transformado. As inovações tecnológicas nos levam a esse exercício continuadamente. Erra quem pensa ao contrário e perece a empresa que teima em manter-se ausente das mudan-ças, portanto, vamos buscar no-vas práticas e dinâmicas eficazes que possam trazer oportunidades de aperfeiçoar todo o trabalho que vinha sendo realizado.

Esse caminho não pode ser traçado sem um tripé que ima-gino será o grande alicerce de minha gestão e de toda a equipe: transparência, diálogo e respeito.

Precisamos da ajuda de cada um no gerenciamento desse benefício inigualável, com a consciência de que é importante minimizar os riscos a que todo o mercado está exposto, pensando em perenidade do plano para

cada um de nós e para os nossos beneficiários.

Para isso, uma das ações da CABESP será ampliar o foco das ferramentas de comunicação de forma a estimular a participação ativa de cada usuário e uma maior conscientização quanto ao uso adequado da assistência à saúde.

Assim sendo, na busca de mais modernidade e maior alinhamen-to com realidades já observadas no mercado, em especial, nos meios digitais de comunicação, o site, por exemplo, será refor-mulado em breve, e certamente proporcionará maior simplicidade

no uso da informação. Diferentes funcionalidades serão disponi-bilizadas através do portal e do aplicativo para oferecer novas experiências para gestão indivi-dual do benefício e ampliação das formas de autosserviço.

Nossos objetivos são conver-gentes e, em resumo, queremos assegurar a assistência à saúde em momentos apropriados às necessidades de cada indivíduo, de forma a garantir longevidade para as quase 70 mil vidas sob os cuidados da CABESP.

Conto com cada um de vocês nesse movimento e me coloco à disposição.

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4. Em Demonstrativos e Extratos clique em Extrato Consolidado e escolha o 3. Informe seu login (CPF), senha e clique em Entrar. Caso seja seu primeiro acesso, clique em Assistente de Primeiro Acesso e faça seu cadastro;

2. Role a página até Demonstrativos e Extratos e clique em Acesse; 1. Na home do portal, no alto da página, clique em Beneficiários;

Extrato Consolidado no portal (Passo a passo)

mês de competência que deseja consultar. Clique em Download para visualizar o extrato em pdf.

FIQUE DE OLHO

E você sabe o suficiente sobre o gerenciamento desse seu patrimônio? Em que você participa para a preservação desse reconhecido padrão de assistência?

Se você tem dúvidas sobre seu entrosamento com o as-sunto, está na hora de tirá-las. Aqui, sua participação é im-prescindível.

Aliás, participação e cons-cientização são as palavras que sustentam um plano de autogestão. Este sistema pres-supõe assistência de saúde a um grupo definido por opera-doras que, com ou sem patro-cínio, instituem e administram o programa, sem finalidade lucrativa.

A base do sistema, contudo, tem de ser a mesma de qual-quer organização saudável: o equilíbrio entre as contas.

Manter esse equilíbrio tem sido um grande desafio. O perfil etário da população Ca-

Saiba como ajudar a gerenciar e preservar o seu patrimônioO mercado e as instituições representantes das empresas de autogestão em saúde reconhecem, muitas vezes com premiações, o desempenho da Cabesp, o seu trabalho e a busca constante da excelência em seus processos e serviços.

besp eleva significativamente o custo médio por pessoa da assistência à saúde, em percentuais maiores do que a evolução das contribuições dos planos.

Hoje, a contr ibuição per capi ta cobre apenas 23% do custo ass i s tenc ia l . Em 2016, enquanto as receitas por beneficiário ficaram em R$ 202,60, o custo total chegou a R$ 947,00.

Neste cenário de constante desafio, uma frente de trabalho revisa incansavelmente proces-sos na área médica visando, principalmente, maior acompa-nhamento dos eventos de mais alto custo, as internações mais complexas, com expectativa de redução de custos e manuten-ção da qualidade dos serviços prestados.

E é justamente aí que você entra, ajudando e apoiando a fiscalizar a autenticidade e qualidade dos serviços presta-

dos. Ser questionador e parti-cipativo na hora de conferir as contas, por exemplo, pode ser de grande valia à Cabesp.

O extrato consolidado é um demonstrativo das despesas de cada grupo familiar e é muito importante que você o confira em detalhes, compare o que

Acesse seu extrato no portalSe você ainda têm dúvidas sobre como acessar o seu extrato

no portal Cabesp (www.cabesp.com.br), acompanhe o passo a passo abaixo que fizemos para ajudá-lo:

está sendo cobrado com o que utilizou; enfim seja um fiscal de suas próprias contas.

Lembre-se: a preserva-ção do padrão de assistên-cia que a Cabesp oferece depende muito da cons-cientização do uso correto da rede credenciada.

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Entenda as suas contasAgora, com o extrato em mãos, veja no esquema abaixo como ler as suas contas e entender como é fundamental a sua participação na conferência do documento.

FIQUE DE OLHO

A Cabesp quer ouvir vocêCONSUMIDOR

No canto superior direito você confere a data de referência do uso do convênio e o nº do cartão do beneficiário/usuário.

No canto superior esquerdo você identifica Titular do Plano e o beneficiário atendido.

Na coluna à esquerda ficam os dados do Atendimento como nome do prestador, data e serviço

Na coluna da direita ficam especificados os valores pagos pela prestação de serviços e o de coparticipação do associado.

Num ambiente digitalizado, de velozes transformações e exigências de competências e respostas rápidas a novas de-mandas e atendimento de dúvi-das, é essencial que as empresas que desejam se destacar nesse mercado extremamente compe-titivo estejam sempre atentas e prontas para cenários diversos.

É com essa determinação que a Cabesp mantém três diferentes canais de atendi-mento para acolher manifes-tações de seus beneficiários. O associado que optar em levar

sua manifestação por telefone deve contatar a Central de Atendimento pelo número 0800-722.2636.

Por meio do portal Cabesp - www.cabesp.com.br - é possível o acesso ao Fale Conosco, cria-do para a abertura de demandas digitais, sejam elas de Solicita-ções, Elogios ou Reclamações, com menus de fácil acesso e res-posta com prazo determinado.

Caso o interessado não tenha obtido êxito em suas demandas nos dois canais de atendimento, há ainda a Ouvidoria, uma

terceira instância criada na Cabesp há cerca de quatro anos, a partir de determinação da Agên-cia Nacional de Saúde (ANS).

Um dos grandes desafios, contudo, é que os beneficiários entendam o funcionamento des-te canal. O acesso à Ouvidoria deve ser feito via portal, na pá-gina Home, mas é imprescindível que o serviço só seja acionado para acolher manifestações não atendidas nos outros canais. O consenso é de que, quando o canal é usado corretamente, a Ouvidoria passa a ser uma

maneira eficiente de as empre-sas melhorarem seus processos de trabalho, bem como a qua-lidade dos serviços prestados.

www.cabesp.com.brFale Conosco

Ouvidoria

Central de Atendimento

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O brasileiro vive hoje, em média, 74,9 anos, quatro a mais do que na década passada, de acordo com os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A longevidade que, até 2050, levará 64 milhões de brasileiros (30% da população) à casa dos 60 anos ou mais, colocando o Brasil no nono lugar no ranking mundial de idosos – à frente de países como Rússia, México e Estados Unidos –, demanda atualmente uma grande preocupação: estará a sociedade apta a essa importante mudança em seu perfil e terá competência e condições de cuidar de seus idosos?

Esta é uma pergunta que já faz parte do dia a dia do brasileiro. Hoje, já há pouco mais de 12% de idosos no País e a expectativa de vida, agora de 75 anos, saltará para 81 em 2050, cinco aci-ma da média mundial, que estará em 76, de acordo os cálculos.

“Há uma grande preocu-pação de transmitir a com-preensão do envelhecimento humano às famílias, o que chamamos de conscientiza-ção gerontológica”, explica D ra . Dan ie la Pe re i ra dos Santos, geriatra. Este é um dos maiores desafios que se apresenta atualmente.

Segundo ela, o papel da famíl ia na recuperação do doente ou nos cuidados de um debilitado, sem condições físicas para realizar tarefas que sempre desempenhou com independência, exige

QUALIDADE DE VIDA

Cuidar de seus idosos, um desaf io à família brasileira

um grande desafio pessoal. “Há que primeiro se ter uma disponibil idade emocional/psicológica para depois partir para a prática”, diz.

Ela lembra que, nem sem-pre, essa pessoa, a quem tecnicamente se chama de Cuidador , está preparada para esse momento. Por isso cresce a cada dia a oferta de cursos públicos e particulares que visam orientar a pessoa da família ou da comunidade que presta cuidados a outra pessoa que esteja necessitan-do dessa atenção por estar acamada, com l im i tações físicas ou mentais. Os Cen-tros de Referência do Idoso (CRIs) são um dos exemplos. Ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS), os CRIs tem três unidades em São Paulo: Zona Norte, Zona Leste e Zona Sul.

Também respondendo a essa demanda, o Ministério

da Saúde ed i tou , há o i to anos, O Guia Prático do Cui-dador. “O cuidado no domi-cílio proporciona o convívio familiar, diminui o tempo de

internação e, dessa forma, reduz as complicações decor-rentes de longas internações hospitalares”, diz o texto do Guia, em sua apresentação.

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• Auxiliar a acomodar-se com conforto, sair e voltar à cama, mesa, cadeira;• Incentivar e ajudar na higie-ne corporal: cabelos, unhas, pele, barba, banho, troca das roupas pessoais e do leito ocupado e higiene íntima;• Ajudar na locomoção e ativi-dades físicas apoiadas (andar, tomar sol, movimentar-se);• Preparar, estimular e ajudar na alimentação;

• Manter a limpeza e a ordem da casa ou do quarto do pa-ciente, promovendo ambiente seguro e confortável para o repouso e o sono;

• Acompanhar o paciente em consultas, exames e hospita-lizações;

• Gerenciar e administrar as medicações, conforme prescri-ção médica.

Papel inclui muito amor e afetoSeja uma pessoa da família ou contratada, o importante é que aquele que se dispõe a cumprir o papel de cuidador reserve em seu coração muita disponibilidade emocional, tempo, amor, afeto e paciência para ajudar quem está precisando. Faz parte das atividades diárias do cuidador:

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• Faça exames oftalmológicos e físicos anualmente.• Mantenha uma ingestão ade-quada de Cálcio e vitamina D.• Tome banhos de sol diaria-mente.• Participe de programas de atividade física.• Elimine os perigos de sua casa (ver abaixo).• Nunca ande só de meias. Use calçados seguros e con-fortáveis.

• Evite bebidas alcoólicas.• Mantenha uma lista atualiza-da de todos os medicamentos e leve-a nas consultas médicas. • Informe-se sobre os efeitos colaterais dos remédios e guar-de-os em um local adequado.• Tome os medicamentos nos horários corretos e da forma que foi receitada.• Fadiga muscular e confusão mental aumentam o risco de quedas.

Orientações gerais

Num país em envelheci-mento e com pouca estrutura de locomoção voltada aos idosos, a queda chega a ser um sério problema de saúde pública. Estima-se que há uma queda em cada três indivíduos com mais de 65 anos, segundo dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), do Ministério da Saúde. Evento bastante co-mum e devastador em idosos, uma vez que, em cada 20 dos que sofrem queda, um apre-senta fratura ou necessita de

Previna-se das quedasinternação. Dentre os com 80 anos e mais, a metade cai a cada ano.

Além dos problemas mé-dicos, as quedas apresentam custo soc ia l , econômico e psicológico enormes, aumen-tando a dependência e a ins-titucionalização. “O idoso que cai entra num círculo vicioso de isolamento porque fica com medo de sair, não toma sol, não se exercita e fica mais sus-cetível ao envelhecimento com doenças”, diz Dra. Daniela

QUALIDADE DE VIDA

Estatísticas indicam que 60% das quedas em idosos acontecem dentro de casa: ao subir escadas, escorregões em superfícies muito lisas e tropeços, entre outras situações.

Veja algumas das principais recomendações da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia para a segurança do lar:

Em outros ambientes:

• Não encha a casa de móveis e organize-os preservando a circulação;• Instale interruptores de luz estrategicamente para que você não tenha de andar no escuro;• Fios devem ficar fora das áreas de trânsito e nunca embaixo dos tapetes;• Ideal é não usar tapetes, mas, se preferir, use-os sempre com fitas adesivas bem presas;• Mantenha o piso da cozinha desengordurado e seco;• Louças e utensílios devem estar em locais de fácil alcance;• Nas escadas, coloque fitas adesivas antiderrapantes nas bordas dos degraus;• Instale corrimãos por toda a extensão da escada e em ambos os lados. Eles devem estar em uma

altura de 76 cm acima dos degraus

No banheiro:

• Use tapetes antiderrapantes ao lado da banheira e/ou do box;

• Instale barras de apoio nas paredes do seu banheiro;

• Duchas móveis são mais adequadas;

• Mantenha algum tipo de ilu-minação durante as noites;

• Use tiras antiderrapantes dentro da banheira ou no chão do box;

• Evite o uso de separações de vidro ou acrílico no box;

• No ambiente do chuveiro, uti-lize uma cadeira de plástico firme, caso se sinta instável.

Em seu quarto:

• Tenha uma lâmpada, um te-lefone e uma lanterna perto de sua cama;

• A altura da cama deve ser de 55 a 65 cm;

• Armários com portas leves, maçanetas grandes e ilumi-nação interna;

• Roupas devem estar em luga-res de fácil acesso, evitando locais mais altos;

• Lençóis e acolchoados devem ser de materiais não escorre-gadios, como algodão e lã;

• Tenha algum tipo de ilumi-nação entre sua cama e o banheiro;

• Não deixe o chão do seu quarto bagunçado.

Fontes:- Dra. Daniela Pereira dos Santos, geriatra- Assoc iação Nac iona l con-tra a Osteoporose (Aporos) - http://www.aporos.pt- Guia Prático do Cuidador – Ministério da Saúdewww.bvsms.saude.gov.br/bvs/ publicacoes/guia_pratico_cuidador

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Layout de banheiro adaptado

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NUTRIÇÃO

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Boa hidratação garante qualidade de vidaA água é vital para o organismo humano. Compõe até 60% do corpo adulto e é usada em diferentes processos químicos e metabólicos corporais. Em idosos, porém, a hidratação corporal é diminuída para cerca de 50% e os sensores de hidratação (osmorreceptores) já não funcionam tão bem como antes. Daí o fato de o idoso perder um pouco da sensação de sede, o que o deixa mais vulnerável aos efeitos da desidratação, que po-dem ser de leve, moderado e até grave.

“Muitos idosos deixam de beber água por não sentirem sede e acabam desenvolven-do uma desidratação crônica por desequilíbrio do balanço hídrico”, explica a nutricio-nista Tatiane Café Guedes. Ela lembra que uma das prin-cipais funções do organismo é a homeostasia, que faz o equilíbrio hídrico e térmico do corpo. É esse equilíbrio que garante a lubrif icação e proteção das articulações, a compos i ção de p la sma sanguíneo, a participação do transporte de nutrientes para as células através do sangue e a limpeza e a desintoxicação do organismo. Sua importân-cia vai além, pois cuida das funções vitais dos principais órgãos como a comunicação neural pelo cérebro, umidifica o ar para os pulmões, facilita

PERDE-SE ÁGUA POR58% urina, 23% suor, 15% respiração, 4% fezes

o trânsito intestinal e a for-mação de fezes, o processo digestivo, a capacidade de concentrar e diluir urina dos rins, entre outros.

Segundo Tatiane, uma pes-soa normal perde ao redor de 2,5 litros de água por dia, sem fazer nenhum exercício intenso. Se houver ativida-de física e muito suor, esse gasto pode aumentar. Para manter essa balança hídrica em igualdade, é preciso repor essa perda. De acordo com a nutricionista, considerando-se que também obtemos água por meio dos al imentos, é preciso, em média, de dois l itros de água/dia, para se manter o equilíbrio, alterando um pouco conforme a idade, o peso e a composição corporal da pessoa, além do nível de atividade física e do clima.

CONDIÇÕES QUE EXIGEM ATENÇÃO ESPECIAL(situações em que é preciso um olhar mais cuidadoso para a hidratação)

• Diabetes não controlado• Febre• Uso de diurético• Clima quente• Atividade física• Uso de bebida alcoólica

SINAIS DO CORPO(Sintomas leves, moderados a graves que o organismo apre-senta quando falta água - desidratação)

Leves a moderados• Dor de cabeça• Tontura• Fraqueza• Fadiga• Boca e olhos secos• Urina Escura

Se você é um cuidador ou tem alguém na família, idoso ou não, que não gosta de água, não tem sede ou simplesmente esquece-se de se reidratar, há atitudes muito simples que podem auxiliá-lo na tarefa de ajudar essa pessoa:

• Deixe sempre uma garrafa de água à vista, à disposição;• Crie atrativos à água. Use um jarro bonito, acrescente uns

pedaços de abacaxi e/ou de limão, ervas como hortelã, capim cidreira, canela em pau e cravo que darão um sabor da fruta de maneira bem leve e até parte das vitaminas;

• Deixe uma garrafa separada só para um idoso, por exemplo, para controlar melhor a quantidade ingerida por ele;

• Dê preferência a alimentos que contenham mais água para complementar (e não substituir) a dieta de hidratação: melancia; mamão; melão; abacaxi; leite e chás; abobrinha; chuchu e gelatinas.

Ajude o idoso a se lembrar

Fonte: Tatiane Café Guedes, nutricionista, Especialização em Nutrição em Gerontologia - Escola de Educação Permanente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP).

Graves• Vertigem • Desmaio• Olhos encovados• Extremidades mais frias• Pulso fraco• Ausência de urina• Confusão mental

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Atenção aos medicamentos que

Os dias mais frios deste ano certamente já passaram, mas a temperatura baixa permanece e ela é sempre uma ameaça maior às pessoas idosas. “O clima frio favorece uma contratura muscular mais acentuada e posições mais contraídas para preservação de calor, gerando um gasto muscular maior, com consequente amplificação do quadro doloroso”, afirma Dr. Silvio Figueira Antonio, reumatologista credenciado da Cabesp.

Com os idosos, lembra Dr. Silvio, as dores de articulações, músculos e ossos tendem a piorar no inverno. A artrose, t a m b é m c h a m a d a d e osteoartrite, é uma doença que ataca as art icu lações promovendo, principalmente, o desgaste da car t i lagem que recobre as extremidades dos ossos, mas que também danifica outros componentes articulares como os ligamentos, a membrana sinovial e o líquido sinovial.

REUMATISMO

Fortalecimento muscular é essencial para acalmar dores

“As osteoartrites, condições quase universais nas pessoas ac ima dos 60 anos, são e x t r emamen te comuns e acometem a coluna cervical (pescoço) , co luna lombar (lombalgia/ciática) e os joelhos.”

Como se p reven i r – Durante as crises nessa época, uma das formas de se proteger, segundo o especialista, é utilizar cobertores e meias, geralmente de lã para se manter aquecido. Mas ele reforça que o melhor é não deixar as dores chegarem. “A prevenção, com atividades e exercícios fora dos períodos frios é a forma de mantermos a qualidade de vida”, reforça o médico.

Além disso, praticar exercícios apenas nas épocas f r i a s pode até piorar os sintomas musculoesqueléticos, devido a uma falta de condicionamento p r é v i o . A s c a m i n h a d a s , precedidas por alongamentos or ientados e os exercíc ios em água , de p re fe rênc ia em piscinas aquecidas e sob

orientação, são de grande valia na diminuição das dores.

Sempre com recomendação médica e acompanhamento profissional, Dr. Silvio valoriza a prática de exercícios diários, inc lu indo alongamentos e f o r t a l e c i m e n t o m u s c u l a r individualizado de maneira contínua, além de uma dieta adequada para manutenção do peso ideal. “São fundamentais os exercícios de alongamento muscu la r, p r inc ipa lmente das pernas e dos braços, que melhoram o fluxo sanguíneo para estas regiões, propiciando um equilíbrio metabólico adequado.”

Dados da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas (APCD) apontam que cerca de 40% das pessoas ingerem diariamente ao menos um tipo de medicamento que pode prejudicar os dentes.

De forma geral, ele faz algumas recomendações. Acompanhe:

• Os alongamentos são muito efetivos ao se levantar, principalmente para a coluna cervical, ombros, articulações das mãos e para a coluna lombar;

• O uso de bolas de silicone para exercícios são de grande valia nas artroses de mãos;

• Um banho com temperatura morna a quente pela manhã é um forte aliado para um bem estar físico e psíquico, ajudando sobremaneira a mobilidade articular.

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“É por isso que sempre recomendamos que, numa visita rotineira ao dentista, o paciente não se esqueça de levar a sua lista de remédios. Assim, é possível avaliar os prováveis efeitos colaterais que podem comprometer a saúde bucal do atendido e oferecer orientações sobre a conduta correta para diminuir esses efeitos negativos”, afir-ma Dr. Paulo Sérgio Trevelin

Picolo, cirurgião-dentista na Cabesp.

Além de interações medi-camentosas, algumas drogas podem também interferir ne-gativamente no tratamento dentário a ser realizado. Um dos efeitos colaterais mais co-muns é a xerostomia, ou “boca seca”, problema que pode causar dificuldades para falar, comer e engolir, ardência bucal e um gosto amargo na boca.

“A ‘boca seca’ pode apare-cer em decorrência de vários fatores, entre eles o uso de medicamentos que afetam as glândulas salivares”, explica Dr. Paulo, citando:

• Antidepressivos;• Anti-hipertensivos;• Sedativos;• Antialérgicos;• Droga contra náuseas,• Diuréticos.

Há, ainda, outros remédios que podem causar inflamações, ulcerações, dormência, formi-gamento, distúrbios de movi-mento, alterações do paladar e, durante a escovação ou do uso do fio dental, sangramento excessivo da gengiva.

Se perceber quaisquer des-ses sintomas, não deixe de con-sultar seu dentista ou médico.

podem interferir na saúde bucal

Paulo Sergio Trevelin Picolo é Cirurgião- Dentista na Cabesp

Fonte: Dr. Silvio Figueira Antonio, reumatologista credenciado da Cabesp

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Publicação da Caixa Beneficente dos Funcionários do Banco do Estado de São Paulo, dirigida aos seus associados. Sede: Rua Boa Vista, 293 Centro - São Paulo/SP CEP 01014-915. - Diretora Presidente: Maria Lúcia Ettore do Valle - Diretor de Operações: Jorge Angelo Lawand - Diretor Administrativo: Ricardo Mitsouka - Diretor Financeiro: Julio Higashino - Disque Cabesp: 0800-722 2636. Fax: (11) 2185-1291 - www.cabesp.com.br / Fale Conosco. Edição e Produção: AMG & Editores Associados, Comunicação Integrada - [email protected] - Colaboração: Mariana Nogueira - Diagramação: Ronaldo Romano -

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OBS 1- Em razão do demonstrativo ser em R$ MIL, podem ocorrer divergências no somatório.

O XIX Espaço Saúde Cabesp, realizado em maio na Colônia de Férias, no Guarujá/SP, teve como novidade a aferição do colesterol.

Espaço Saúde inovou nos serviços

Curso atraiu 17 gestantes Caminhada reúne o dobro de participantes

EVENTOS

Também no mês de Maio, foi realizada a 49ª edição do Curso de Orientação à Gestante da Cabesp. Desenvolvido por uma equipe multiprofissional, o evento teve a participação de 17 gestantes e seus acompanhantes (fotos) e abordou temas gerais da gestação, parto, puerpério e cuidados com o recém-nascido. Outros assuntos abordados: nutrição e saúde bucal da gestante e do bebê e

No início de abril, a Cabesp esteve representada por 263 participan-

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Além das atividades rotineiras de controles clínicos, os 450 beneficiários que participaram do último Espaço Saúde Cabesp, contaram também com teste de aferição do colesterol. Esse exame se somou às orientações de saúde, com aferição de pressão arterial, da glicemia capilar, da circun-ferência abdominal (que avalia o risco cardiovascular), do peso, altura e cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), além de orientação nutricional e estímulo à prática de atividade física (com atividades desenvolvidas por fisioterapeutas). O tema da palestra nessa edição foi “Cuidados com a pele na melhor idade”, ministrada pela enfermeira Cristina Gomes Barbosa, especializada em dermatologia pela Unifesp (fotos).”

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técnicas corretas de amamentação.

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tes na Caminhada Agita Mundo, organizada pelo Programa Agita São Paulo. Com muita alegria e espírito esportivo, o grupo andou pelas ruas do centro da cidade com camisetas do programa, que tem como objetivo disseminar a importância da atividade física para a qualidade de vida das pessoas.