O desenho infantil e sua evolução

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Gabriela Guarnieri Mendes Atendimento Clínico em Psicopedagogia Diagnóstico e Intervenção das Dificuldades de Aprendizagem TEL: 3851 5333 Rua: 6 de Janeiro nº 546 – Morro Agudo Gabriela Guarnieri Mendes - ABPp: 12864 Neuropsicopedagoga Clínica; Aprimoramento em Neuroaprendizagem; Educação Especial Inclusiva O desenho infantil e sua evolução O desenvolvimento progressivo do desenho implica mudanças significativas que, no início, dizem respeito à passagem dos rabiscos iniciais da garatuja para construções cada vez mais ordenadas, fazendo surgir os primeiros símbolos. Essa passagem é possível graças às interações da criança com o ato de desenhar e com desenhos de outras pessoas. Na garatuja, a criança tem como hipótese que o desenho é simplesmente uma ação sobre uma superfície, e ela sente prazer ao constatar os efeitos visuais que essa ação produziu. No decorrer do tempo, as garatujas, que refletiam sobretudo o prolongamento de movimentos rítmicos de ir e vir, transformam-se em formas definidas que apresentam maior ordenação, e podem estar se referindo a objetos naturais, objetos imaginários ou mesmo a outros desenhos. O desenho como possibilidade de brincar, o desenho como possibilidade de falar de registrar, marca o desenvolvimento da infância, porém em cada estágio, o desenho assume um caráter próprio. De 1 a 3 anos -É a idade das famosas garatujas: simples riscos ainda desprovidos de controle motor, a criança ignora os limites do papel e mexa todo o corpo para desenhar, avançando os traçados pelas paredes e chão. -As primeiras garatujas são linhas longitudinais que, com o tempo, vão se tornando circulares e, por fim, se fecham em formas independentes. -figuras humanas com cabeça e olhos.

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Gabriela Guarnieri Mendes - ABPp: 12864

Neuropsicopedagoga Clínica; Aprimoramento em Neuroaprendizagem; Educação Especial Inclusiva

O desenho infantil e sua evolução

O desenvolvimento progressivo do desenho implica mudanças significativas que, no

início, dizem respeito à passagem dos rabiscos iniciais da garatuja para construções cada

vez mais ordenadas, fazendo surgir os primeiros símbolos. Essa passagem é possível graças

às interações da criança com o ato de desenhar e com desenhos de outras pessoas.

Na garatuja, a criança tem como hipótese que o desenho é simplesmente uma ação

sobre uma superfície, e ela sente prazer ao constatar os efeitos visuais que essa ação

produziu. No decorrer do tempo, as garatujas, que refletiam sobretudo o prolongamento de

movimentos rítmicos de ir e vir, transformam-se em formas definidas que apresentam

maior ordenação, e podem estar se referindo a objetos naturais, objetos imaginários ou

mesmo a outros desenhos.

O desenho como possibilidade de brincar, o desenho como possibilidade de falar de

registrar, marca o desenvolvimento da infância, porém em cada estágio, o desenho assume

um caráter próprio.

• De 1 a 3 anos

-É a idade das famosas garatujas: simples riscos ainda desprovidos de controle

motor, a criança ignora os limites do papel e mexa todo o corpo para desenhar, avançando

os traçados pelas paredes e chão.

-As primeiras garatujas são linhas longitudinais que, com o tempo, vão se tornando

circulares e, por fim, se fecham em formas independentes.

-figuras humanas com cabeça e olhos.

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• De 3 a 4 anos

-conquistou a forma e seus desenhos têm a intenção de reproduzir algo.

-respeita melhor os limites do papel.

-desenho um ser humano com pernas, braços, pescoço e tronco.

• De 4 a 5 anos

-É uma fase de temas clássicos do desenho infantil, como paisagens, casinhas, flores, super-

heróis, veículos e animais.

-varia no uso das cores, buscando um certo realismo.

-figuras humanas já dispõem de novos detalhes, como cabelos, pés e mãos, e a distribuição

dos desenhos no papel obedecem a uma certa lógica, do tipo céu no alto da folha.

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-Aparece ainda a tendência à antropomorfização, ou seja, a emprestar características

humanas a elementos da natureza, como o famoso sol com olhos e boca. Esta tendência

deve se estender até 7 ou 8 anos.

• De 5 a 6 anos

-Os desenhos sempre se baseiam em roteiros com começo, meio e fim.

-figuras humanas aparecem vestidas

-grande atenção a detalhes como as cores.

-Os temas variam e o fato de não terem nada a ver com a vida dela são um indício de

desprendimento e capacidade de contar histórias sobre o mundo.

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• De 7 a 8 anos

-O realismo é a marca desta fase, em que surge também a noção de perspectiva. Ou seja, os

desenhos da criança já dão uma impressão de profundidade e distância.

-Extremamente exigentes, muitas deixam de desenhar, se acham que seus trabalhos não

ficam bonitos.

O importante é respeitar os ritmos de cada criança e permitir que ela possa desenhar

livremente, sem intervenção direta, explorando diversos materiais, suportes e situações.