Trabalho a Influencia Do Desenho Animado No Mundo Infantil.

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  • Universidade Paulista UNIP

    Graduao em Psicologia

    Prticas Sociais e Subjetividade

    Professor: Aldry Sandro

    Braslia, Novembro de 2013.

  • Universidade Paulista UNIP

    Graduao em Psicologia

    O desenho animado e suas influncias no mundo infantil.

    Braslia, Novembro de 2013.

    Acadmicos:

    Sileir Romualda - RA: B00FDE-1

    Turma:PS6A30

  • INTRODUO

    Este trabalho foi elaborado dentro da disciplina de Prticas Sociais e Subjetividades,

    com intuito de avaliar o impacto dos desenhos animados na formao da

    subjetividade das crianas e no desdobramento na pratica diria de seus

    comportamentos.

    Nos tempos atuais, as crianas so intensamente expostas a uma grande

    quantidade de tempo frente televiso. A programao dita infantil contm

    contedos dbios, violentos, de intensa ao, com poucos valores educativos e

    quase sempre, tentando vender algum produto ou imagem e isso vem provocando

    mudanas nos comportamentos infantis e na forma de se relacionar com os seus

    pares e parentes. Essas crianas, por meio da imitao e introjeo do que

    assistem, podem passar a ter atitudes e comportamentos idnticos ou parecidos aos

    dos seus heris.

    O objetivo deste trabalho averiguar esse nvel de influncia dos desenhos

    animados na vida das crianas em suas diversas reas, tais como no consumo

    infantil, violncia e distoro de valores ticos e morais; bem como a participao da

    mdia e seus interesses nesta influncia.

    Hoje, os desenhos animados nada mais so do que longas propagandas dos

    personagens, produtos e comportamentos a serem consumidos, alm das

    propagandas propriamente ditas que so exibidas durante os intervalos.

    Algumas notcias e informaes veiculadas pela mdia atual demostra o alto nvel de

    consumismo das crianas. Esse um mercado em crescimento e que vem sendo o

    grande foco de investimento do comrcio.

    A matria da Revista Exame (2010) sobre o consumismo infantil aponta que 76%

    dos pais na maioria das vezes que a criana pede algo, eles compram, 15% sempre

    compram e apenas 9% dos pais nunca compram o que seus filhos pedem. Isso

    torna as crianas, um alvo fcil para os anunciantes, pois essas esto, cada vez

    mais, atentas s novidades que o mercado oferece e assim, esse mercado no pra

    de investir nelas.

    Para atingir as crianas, o desenho animado a melhor fonte de propaganda, pois

    ele conta uma histria que mantm a ateno das crianas pelo seu colorido, efeitos

    especiais, muita ao e sonoridade, d vida aos personagens com os quais as

    crianas se identificam e consequentemente, passam a desejar se aproximar de

    tais personagens, adquirindo qualquer produto relacionado aos mesmos.

    Um dos exemplos desse mercado o personagem Mikey Mouse, o primeiro

    desenho animado criado por Walt Disney. Seu faturamento anual de 30 bilhes de

    dlares com licenciamento de produtos, parques, filmes, games, e DVDs.

  • Considerando um universo de classe mdia e alta, eu no conheo uma s criana,

    ou mesmo um adulto, que tem possibilidade de consumo, que nunca tenha assistido

    um desenho animado da Walt Disney ou consumido um de seus produtos.

    Alm da influncia sobre o consumo infantil, a violncia tambm um componente

    muito difundido por meio dos desenhos. O nvel de violncia apresentado nos

    desenhos animados tem se tornado mais explcito e isso muito preocupante,

    considerando que seus espectadores esto em fase de construo da sua

    subjetividade.

    Centenas de pesquisas, realizadas a partir dos anos 60 convergem na concluso de

    que as crianas que veem muita televiso so mais agressivas do que as que veem

    pouca, ainda para mais se estes desenhos animados forem violentos. Os

    espetculos violentos no afetam apenas o comportamento da criana, como

    tambm as suas crenas e valores. No geral, as crianas que veem muita televiso

    temem mais a violncia do mundo real e, em contrapartida, outras ficam insensveis

    a essa violncia, choca-as menos e reagem a ela com menor intensidade.

    Dentro deste conceito de violncia pode-se incluir os desenhos animados

    politicamente incorretos, ou seja, aqueles que, direta ou indiretamente, desvirtuam

    valores ticos e morais. Alguns deles so atuais e outros de dcadas mais remotas.

    Segundo notcia veiculada no O Globo, em 24/0913, o canal Cartoon Network, dono

    dos direitos do desenho Tom e Jerry, vai tirar do ar cerca de 27 filmes com os

    personagens. O motivo o carter politicamente incorreto das surras aplicadas pelo

    gato no rato. E a violncia. Acham que as crianas podem enxergar aquilo como

    mau exemplo.

    Produzido pela primeira vez em 1940, Tom e Jerry mostra a eterna luta do gato

    contra o rato. Nela, tudo politicamente incorreto. O rato sempre maltrata e leva

    vantagem sobre o gato. E, em algumas cenas, o gato aparece at fumando.

    De acordo com a Revista Bica 125, de julho de 2011 h diversos exemplos de

    desenhos politicamente incorretos tais como: o Pica-Pau, desde 1940 O

    protagonista uma ave inicialmente que vai ao mdico receber tratamento. Tornou-

    se um brincalho mau-carter e trapaceiro, fazendo de tudo para matar sua fome; o

    Papa Lguas, desde 1949 O Coiote est sempre caindo de penhascos, sendo

    atingido por objetos pesados, atropelado ou explodindo; Os Simpsons desde 1989

    Esta popular famlia conta com um pai idiota e um filho que apronta de todas, como

    humilhar o diretor de sua escola. Destaque para o programa preferido de Bart:

    Comicho e Coadinha, uma stira sangrenta de Tom e Jerry; o Manda-Chuva

    desde 1961 O desenho sobre uma gangue de gatos de rua que vivem nos becos

    de Manhattan. Esto sempre fazendo armaes para se darem bem e fugindo da

    polcia; entre outros.

  • PROCEDIMENTOS

    A partir da escolha do tema, foram dados diversos passos em direo execuo

    deste trabalho. O grupo, constitudo de cinco membros, se reuniu para discutir a

    melhor forma para a observao do fenmeno em questo, uma vez que o tema

    escolhido foi observar a influencia do desenho animado na construo da

    subjetividade da criana. Aps a discusso, o grupo chegou concluso de que as

    possibilidades de observaes de acordo com o contexto e tempo disponveis para

    esse trabalho seriam primeiramente, a observao da programao infantil

    disponvel na televiso, no intuito de avaliar os contedos disponveis para as

    crianas em seu cotidiano. Em segundo lugar, decidimos observar crianas em

    ambientes em que essas assistiam a diferentes tipos de desenhos animados, isso

    incluiu residncias de diversas crianas observadas e salas de cinemas, em Braslia

    (no Plano Piloto), aonde filmes infantis foram exibidos.

    O terceiro passo que foi definido pelo grupo foi o de observar o comportamento das

    crianas em lojas de brinquedos, com o intuito de analisar seus desejos de consumo

    e suas atitudes frente, em especial, aos brinquedos que representavam

    personagens dos desenhos assistidos por eles.

    Todas as crianas observadas estavam inseridas em ambientes comuns do seu

    cotidiano j que, a espontaneidade e a ausncia de atitudes planejadas em relao

    s crianas, foram essenciais para o tipo de fenmeno a ser observado. Tais

    ambientes permitiram uma observao melhor do comportamento dessas crianas; a

    interao entre elas e seus comportamentos apresentados diante dos desenhos

    animados assistidos, tanto em espaos pblicos, quanto nos privados.

    Cada integrante do grupo fez diferentes tipos de observaes; algumas foram

    individualmente, e outras conjuntamente com outro membro do grupo, quando vivel

    para os mesmos. As observaes foram feitas de maneira a chamar a menor

    ateno possvel das crianas, a fim de interagir com elas da forma natural sem

    interferir nos seus comportamentos. Logo aps cada observao cada integrante do

    grupo fazia seus respectivos registros por meio da descrio.

    Para o desenvolvimento deste trabalho, contamos tambm com o amplo

    conhecimento do professor Aldry Sandro e suas aulas ministradas em sala, alm da

    vivncia pessoal de cada membro do grupo enquanto pais, alunos e observadores.

    Para fazer uma correlao entre as nossas observaes, hipteses, a percepo da

    mdia com esse fenmeno e a teoria encontrada em artigos cientficos, o grupo

    utilizou como base a pesquisa no Google por meio de palavras chaves, referentes

    ao tema escolhido e alguns vdeos do site Youtube. Mais uma vez, o grupo se reuniu

    para discutir e selecionar as leituras que eram mais pertinentes ao nosso tema.

    Dentro das diversas opes iniciamos a leitura de revistas, jornais e artigos

    cientficos selecionados pelo grupo. E aps diversas discusses, iniciamos a escrita

    deste trabalho.

  • DISCUSSO

    Segundo Adorno (1995, p. 76), a televiso, na formao cultural, assume duas

    funes: uma deformativa e a outra formativa. A TV, a partir de sua funo

    deformativa, contribui para a divulgao de ideologias, bem como dirige de maneira

    equivocada a conscincia dos espectadores, entretanto, este meio de comunicao

    possui tambm um enorme potencial de divulgao de informaes e de

    esclarecimento. Partindo desta ideia pode-se ento analisar a influncia da

    televiso, por meio da sua programao infantil, na construo da subjetividade das

    crianas.

    No h possibilidade de negar o carter formador da televiso na vida de uma

    criana, uma vez que muitos comportamentos so aprendidos por meio de exemplos

    apresentados pelos seus personagens preferidos dos desenhos animados. Segundo

    Fischer (2002) a imagem de suma importncia para a formao de identidade do

    indivduo. Enquanto para Mariuzzo (2007) as histrias infantis so formadoras de

    identidades.

    importante lembrar, entretanto, que o objetivo maior das veiculaes da mdia, na

    programao infantil, no educativo mas sim, a disseminao de ideologias e, em

    especial, a formao de consumidores. Os prprios pais ou adultos que so

    responsveis por essas crianas e que deveriam fazer o papel de mediador e filtro

    entre essas ideologias, os valores ticos, morais, culturais, entre outros, que esto

    exibidos pela mdia para serem absorvidos por essas crianas, se perdem no

    desempenho do seu papel, pois so tomados, muitas vezes, pela mesma euforia de

    tendncias que so apresentadas pelas novelas ou seriados veiculados pela mdia.

    Esse fenmeno pode ser claramente constatado quando vemos os adultos

    desejarem e consumirem os produtos (moda, carros, locais para turismo,

    comportamentos, valores, etc.) que so vendidos a eles pela mdia assim como

    ocorre com as crianas, que desejam consumir todos os produtos relacionados aos

    seus personagens favoritos alm, de adquirir muitos dos seus comportamentos e

    valores. Essa alienao e euforia inicia-se com os adultos, que abrem mo do seu

    papel de mediador, e se perpetua no comportamento das crianas.

    Segundo Adorno (2002) a indstria cultural induz o consumidor de forma to sutil,

    que consomem seus produtos num estado de distrao.

    Nesse modelo, no h quem faa uma anlise crtica desse fenmeno e por essa

    razo, ele se perpetua e contagia muito mais facilmente. Os instrumentos de contra-

    alienao disponveis hoje, que poderiam sucitar uma reflexo crtica (como o

    cinema, as artes e a prpria cultura), quando no esto envolvidos por essa

    ideologia dominante, no so to populares e acessveis quanto televiso.

    De acordo com estudos feitos sobre a influncia da mdia no imaginrio infantil no

    livro Educao por pedagogia ao p da letra, a autora Amanda Costa de Carvalho,

  • vem ressaltar a importncia do imaginrio da criana e sobre tudo o cuidado dos

    seus respectivos responsveis, e diz que a predisposio natural ao ldico da

    criana em sua inocncia, absorve imagens e situaes vividas por elas, alegando

    que o conhecimento da violncia na infncia produz adultos doentes e cruis.

    Segundo ela, esse um fato cientificamente provado e aceito pela Academia de

    Pediatria, em 1988.

    Segundo a autora, o imaginrio infantil, numa sociedade dependente da mdia est

    sujeito a manipulaes que transformam os seus estgios de formao e

    crescimento e os direcionam para uma existncia servil e utilitria, num interesse

    agressivo. Nessa mesma perspectiva, Andr Hwoff, ganhador do prmio Nobel de

    Medicina diz que a televiso o principal fator de retardamento intelectual e afetivo

    do mundo contemporneo.

    Nos pases da Escandinvia, na Inglaterra, na Alemanha e no Japo, os comerciais

    so totalmente proibidos no horrio infantil. No Brasil, infelizmente, ainda no h

    uma regulamentao sobre isso. Nem sequer uma classificao indicativa que

    oriente os pais sobre o que apropriado para cada faixa etria.

    Segundo a Educadora Regina Assis, em entrevista para a Revista Escola, "Assistir

    desenho animado na TV pode ser perigos para as crianas porque a maioria deles

    distorce conceitos e abusa da violncia".

    De acordo a viso de Regina, a tendncia a ridicularizar os adultos, como vemos em

    A Vaca e o Frango e As Meninas Superpoderosas. As meninas no so apenas

    poderosas, so superpoderosas. Isso as coloca num patamar irreal de autonomia,

    numa posio de abuso de liberdade. Esses programas rejeitam um aspecto natural

    da vida, que o tempo de amadurecimento para chegar juventude, idade adulta

    e velhice. Alm disso, a programao infantil apela desvairadamente para o

    consumo. No trata a criana como um cidado em processo de desenvolvimento,

    mas como um consumidor atuante. Pesquisas mostram que as crianas so mesmo

    as melhores compradoras: no s de brinquedos, mas tambm de comida, de

    eletrodomsticos, at de carros. Elas exigem que os pais comprem.

    Alm do consumismo e da violncia, h diversos desenhos animados que so, hoje,

    considerados politicamente incorretos, ou sejam, desvirtuam valores ticos e morais.

    Segundo a autora Oliveira Silva, especialista em educao infantil, pela UFJF

    (Universidade Federal De Juiz de Fora) e Ps graduada em mdia e deficincia pela

    faculdade de Comunicao da UFJF, em seu artigo A televiso e a criana, a

    televiso um meio de comunicao sedutor, mas preciso interpret-la de forma

    bem criteriosa: Brigar de nada adianta, a soluo no apagar a telinha ou mudar

    de canal, o que precisamos refletir sobre as imagens e sobre tudo como ele se

    refletem sobre os textos, analisar e buscar formas de impedir que, principalmente

    violncias, continuem sendo to exploradas pela mdia de forma to sensacionalista

    . Porm, identifica a importncia desses veculos como forma de colocar o indivduo

  • em uma constante atualizao de acontecimentos, inserindo o telespectador como

    um cidado no mundo, ampliando suas fronteiras e permitindo que os mesmos

    entrem em contato com diferentes realidades, essa concluso se deve aos fatos de

    que ela considera os fatores positivos da televiso com forma de construo para o

    sujeito.

    Assim como a autora acima citada, vrios defendem ideia de que a televiso no

    boa nem m. Ela apenas reflete o nvel e o perfil mental da sociedade

    Contempornea. Porm, considerando o perfil mental da sociedade brasileira, em

    geral, e o seu baixo nvel de conscincia com relao aos processos ideolgicos

    difundidos pela mdia, pode-se dizer que nos tornamos um alvo fcil para a

    manipulao.

  • CONCLUSO

    A partir de vrias horas de observao do contedo dos desenhos animados e do

    comportamento infantil frente aos mesmo e seu subprodutos, pudemos constatar a

    nossa hiptese inicial sobre a forte influncia dos desenhos animados, com suas

    ideologias, na vida de crianas em fase de desenvolvimento. A nossa surpresa com

    relao a essa influncia foi o com relao ao seu nvel de poder, ou seja, a

    influncia da mdia por meio da sua programao infantil, na vida das crianas e os

    seus possveis prejuzos so muito maiores do que ns imaginamos inicialmente.

    No se pode, obviamente, responsabilizar o desenho animado por todas as

    influncias no comportamento das crianas. A criana se constitui por meio de

    diversas influncias e fatores, de acordo com o contexto em que est inserida.

    Contudo, no se pode, tambm, negar os efeitos exercidos por essa exposio

    frequente aos desenhos animados, suas ideologias e valores embutidos,

    especialmente se essa for uma atividade dominante na vida da criana.

    necessrio lembrar-se constantemente que a criana um ser em construo, no

    est completamente desenvolvida e ela ir se desenvolver de acordo com padres

    vivenciados nos seu contexto de vida dirio.

    Por isso, de fundamental importncia que os pais percebam os padres morais e

    de comportamento contidos nos enredos dos desenhos animados, sejam eles

    implcitos ou explcitos. E a participao desses adultos responsveis pelas

    crianas, como mediadores e conscientes do discurso miditico e da sua fora frente

    crianas em desenvolvimento.

    No se trata aqui de simplesmente criticar e desqualificar o desenho animado ou a

    presena da mdia na vida das crianas, at porque seria impossvel excluir esse

    contexto da vida delas, na sociedade atual. Trata-se da necessidade urgente da

    presena mais efetiva dos pais na vida dessas crianas; pais que exeram,

    realmente, seus papis de orientadores e que tomem para si a responsabilidade da

    educao e do ensino de valores para os seus filhos, no intuito de que as crianas

    possam usufruir do entretenimento de forma saudvel, com segurana, sem

    prejuzos construo de sua subjetividade.

    Logo ao refletir sobre o nosso papel como futuros psiclogos, pais e educadores

    acreditamos, unanimemente, na necessidade de oferecermos aos pequenos

    momentos afetivos. Mostrando-lhes que o universo muito mais do que Disney,

    Barbie ou Ben 10, oferecendo a eles o nosso tempo e disponibilidade para mostrar-

    lhes que h um mundo a ser descoberto e que as melhores coisas esto l

    disponveis e de graa, como as rvores, os animais, a famlia, o afeto e as

    brincadeiras com outras crianas.

  • Referncias Bibliogrficas ADORNO, W. T. Dialtica negativa; traduo de Marco Antonio Casanova. Rio de Janeiro: Zahar, 2009. ADORNO, T.; HORKHEIMER, M. Dialtica do esclarecimento: fragmentos filosficos; traduo de Guido Antnio de Almeida. Rio do Janeiro: Jorge Zahar, 1985. MENDONA, Anna Valeska Procpio de M.; MENDES, Joana Darc Umbelino e SOUZA, Suellen C.C. Uma Reflexo Sobre A Influncia dos Desenhos Animados e a Possibilidade de Utiliz-Los Como Recurso Pedaggico. Dominium, Natal, Ano III Vol. 2. Mai/Ago 2005.

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    incorreto%E2%80%99-f%C3%A3s-do-desenho-protestam.349769/

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    exageros-alguns-desenhos-animados-pre-escola-educacao-infantil-criancas-

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    0contato.pdf

    http://www.ufrgs.br/neccso/pdf/tese_midiaeconsumo.pdf

  • Identificao Pessoal:

    Acadmico: Sileir Romualda Gomes Barbosa

    Registro Acadmico: B00FDE1

    Turma: PSBA30

    Perodo: 6 semestre.

    Turno: Diurno

    Observao do desenho Madagascar com duas crianas Joo Pedro

    de 4 (quatro) anos e Sofia de 6 (seis) anos.

    Ficamos sentados na sala anotando e as crianas assistindo. Foi

    servido pipoca e biscoitos. Enquanto as crianas comiam, corriam e brincavam. O

    Joo Pedro enquanto assistia, conversava com o desenho.

    Os pinguins de Madagascar em uma misso especial DVD com

    durao de 86 (oitenta e seis) minutos.

    Quatro mimados animais do zoolgico de Nova York acidentalmente se

    veem transportados em um navio para a extica ilha de Madagascar, eles

    descobrem que a vida fora das grades pode ser realmente selvagem.

    Agora os pacatos animais esto envolvidos com um quarteto de

    traioeiros pinguins e uma legio de lmures, liderados pelo ultrajante Rei Julian.

    As crianas assistiam com pequenas paradas, pois brincavam com

    outros objetos, brinquedos e chegaram a deitarem no tapete da sala. Mesmo com

    todas as sadas e distraes foi possvel v-los comentando sobre alguns detalhes

    do desenho, como a floresta, os bichos. Observei que o desenho no chamou muito

    a ateno daqueles garotos, pois por no se conhecerem queriam mesmo era

    brincar e por isso saiam da sala. No interferi e nem fiz qualquer aluso ao desenho,

    quis mesmo foi ver o que os atrairiam no desenho e o que eles relatavam durante o

    episdio, e cheguei a ficar surpresa quando fui, ao final, convidada para fazer parte

    da brincadeira deles, pois logo depois do desenho instalaram outro vdeo onde fui

    juntamente com eles danar em um tapete com passos rpidos e o pior que no

    dei conta de acompanh-los.

    Observao com durao de 2 horas, no dia 30 de agosto de 2.013.

  • Observao de crianas assistindo o filme SHREK para sempre, o

    captulo final, com durao de 93 minutos.

    As crianas Ana Clara, com 5 (cinco) anos e Maria Clara com 7 (sete)

    anos, Gabriel com 4 (quatro) anos e Dbora com 10 (dez) anos.

    Essa observao foi feita em uma fazenda no Municpio de Buritis

    MG, e o filme foi passado em DVD numa rea da fazenda com um ambiente bem

    agradvel, com as crianas bem a vontade.

    Ao iniciar o desenho todos ficaram sentados e bem atentos, no

    decorrer do desenho, quando uns conversavam os outros pediam para fazerem

    silncio e teve alguns momentos que alguns at cantavam.

    Mas foi assim at o final, pois chegou certo momento em que alguns se

    levantavam e comeava a brincar com a outra, teve at briga para ficar perto um do

    outro, e assim foi transcorrendo minhas observaes. Nesse nterim vrios fatos

    aconteceram e que me chamaram mais ateno foi que enquanto umas queriam

    assistir ao desenho, outras queriam brincar e com isso atrapalhava quem queria ver

    o desenho.

    Em minha observao das crianas resolvi tambm prestar ateno ao

    desenho que elas assistiam e um fenmeno que me chamou a ateno foi ver e

    ouvir conversas bem sutis de um ogro com o seu rival, onde oferecia bebida

    alcolica um para o outro, cena esta que para mim entrava em um contexto bem

    distante da proposta que o desenho realmente demonstrava transmitir.

    Mas segui sem me interferir na observao das crianas. J bem para

    o final elas acabaram saindo para brincar, pois conversavam mais do que assistiam.

    Meu foco tambm ficou em uma das crianas que assistiam sem sair do lugar, sem

    conversar e sempre com os dedos na boca. Ao termino do filme a referida criana

    continuou ali at dormir.

    Observao de 2h30min. Data 8 de setembro de 2.013.

  • Observao de crianas assistindo o filme Galinha Pintadinha 2 -

    completo, em DVD.

    Um DVD com muitos musicais infantis e com vrios tipos de animais,

    alm de muito colorido.

    Observao das crianas Letcia, com 3 (trs) anos, Luis Gabriel, com

    2 (dois) anos e Ana Jlia, com 4 (quatro) anos de idade. Essa observao foi feita

    em uma residncia com a presena da me de uma das crianas, onde ficamos bem

    vontade e pude observar enquanto conversava com a me.

    Fiquei bem a vontade para observar por ser conhecida das crianas e

    tambm da me que nos acompanhou com muito satisfao.

    As crianas ficaram sentadas em um sof da sala enquanto o DVD

    seria colocado e logo que aparecem os desenhos com msicas elas j ficam bem

    atentas. Comeam a cantar e at mesmo a fazer gestos iguais aos do desenho, e

    no param de cantar. Passa uma cena, outra cena e as msicas vo contando as

    histrias e so bem diversificadas e o mais interessante foi v-las muito atentas as

    coreografias que os animais do desenho faziam e elas aos poucos tentavam fazer

    igual, cantando e danando tambm.

    A sala ficou em festa, elas cantavam e danavam acompanhando o

    desenho, que os encantavam com suas magias e cores. Eu fiquei deslumbrada com

    o fascnio das crianas com as historias dos desenhos como so to ldicos. Como

    no desenho existiam varias historias no mesmo contexto, percebi que s vezes as

    crianas se dispersavam em conversas e chegavam ate a sair do ambiente onde

    estava sendo feito a observao, mas no me atrapalhou em nada, pude ficar ali

    sem nenhum constrangimento para fazer as observaes, apenas me contive a

    esperar a hora e o tempo das crianas, que eram o meu alvo principal.

    Ouvi relatos das mes que a galinha pintadinha s vezes se torna

    quase a baba dessas crianas e com risos me disseram que s a galinha pintadinha

    para ajud-las no rendimento das tarefas domsticas, pois com esses desenhos as

    crianas ficavam mais atentas ao desenho dando tempo para os servios

    domsticos.

    Aproveitando a conversa perguntei sobre o consumo desses

    brinquedos e roupas ou quaisquer outros acessrios relacionados ao desenho, e

    todas disseram ter alguns objetos. Muitas mes compram no somente para agradar

    aos filhos, mas porque acabam gostando tambm e adquirem por elas mesmas, por

    suas prprias satisfaes. E assim pude observar por 2 horas entre cantos, danas,

    muita conversa e at um lanche ao final.

    Observao de 2h30min. Data 15 de setembro de 2.013.

  • Observao em uma loja de brinquedos.

    Desta vez eu quis observar crianas em uma loja de brinquedos, pois

    quis saber qual seria ou como seria a reao dessas crianas frente aos brinquedos

    dos heris ou viles que eles veem nos desenhos em suas casas. Loja lotada de

    crianas com pais enlouquecidos.

    Nesta loja os brinquedos so muito caros e tem marcas famosas, mas

    observei que as crianas pareciam serem todas iguais, queriam todas as que ainda

    no tinham e no importavam com o preo. Algumas s escolhiam e pegavam,

    outras brincavam e ali mesmo deixavam espalhados pela loja.

    Observei que os pais tambm se encantavam com os brinquedos e

    notei que alguns at influenciam os filhos a comprarem um determinado brinquedo

    por que acham que aquele mais bonito, ou diferente.

    Fiquei por ali por algumas horas e nos momentos que no tinha

    ningum na loja eu saia e ficava olhando a fachada e observando os vendedores.

    Era tudo muito bem limpo e arrumado e com uma variedade enorme de

    brinquedos, de vrios tamanhos. Tambm percebi que tinham alguns quites de

    desenhos e livrinhos, mas a preferncia da crianada era os mais parecidos com

    monstrinhos, principalmente pelos meninos. Notei tambm que so os mais caros.

    Tive a oportunidade de observar que alguns pais entravam na loja s

    para as crianas verem os brinquedos e depois saiam sem comprar, e nesse vai e

    vem eu consegui ficar por 3 (trs) horas.

    Observao 3 (trs) horas. Data 28 de setembro de 2013.

  • Revista Crescer abril 2013 Ed. 233 Seus filhos.

    Comportamento

    A influncia dos heris na vida das crianas.

    Estudo revela que eles estimulam as crianas a defender ideais,

    proteger os mais fracos e combater o inaceitvel. Entenda como esses personagens

    podem influenciar a formao da personalidade do seu filho.

    Ana Paula Pontes.

    O que a mdia diz a respeito dessa matria, que os super-heris dos

    desenhos e histrias em quadrinhos e os heris e heronas dos contos de fadas so

    muito presentes na vida das crianas. Fazendo um questionamento sobre qual a

    influncia desses heris na vida das crianas esse texto vem relatando sobre um

    estudo realizado pela fbrica de brinquedos MATTEL DO BRASIL, em parceria com

    o instituto GFR INDICATOR, revela que no s influenciam o dia a da das crianas

    como so essenciais para a formao da personalidade da criana. Para chegar a

    essa concluso os pesquisadores observaram um grupo de meninos de 6 (seis) a 10

    (dez) anos, estimulado a construir uma histria de encontro com seu super-homem,

    com etapas que vo at o momento em que o garoto se transforma em heri:

    Verificaram que no enredo inventado, no aparece somente o poderoso, mas aquele

    que tem seus momentos de fraqueza e medo. Concluram que essa identificao da

    criana com o personagem, a criana se torna aprendiz do heri, num processo de

    identificao. Relatam tambm que as crianas que participaram do estudo

    demonstraram compreender que as caractersticas dos viles so inerentes a

    qualquer pessoa.

    Segundo o estudo, por meio das histrias, so capazes de entender

    que somos todos contraditrios, revela que elas so benficas ao ensinar que at

    mesmo num conflito possvel ser tico. Relata tambm que o incentivo violncia

    vem de uma cultura violenta e de pais que perdem o controle e podem ficar

    violentos. Afirma ainda que a presena dos pais, no entanto, fundamental no

    mundo imaginrio da criana; Que qualquer personagem, real ou imaginrio pode

    ser, positivo ou negativo, dependendo da leitura que se faz, e enfatiza sobre a

    presena dos pais junto da criana, ajudando-a a fazer uma interpretao correta do

    que v.

  • Observao de crianas assistindo o desenho Tom e Jerry, em DVD.

    Observao das crianas Davi de 9 (nove) anos, Juliana de 11 (onze)

    anos, Isabela de 7 (sete) anos e Laura com 3 (trs) anos. Essa observao foi feita

    em uma residncia com a presena da me das crianas, do pai e um tio, onde

    ficamos bem vontade e pude observar. A casa era grande e com uma sala bem

    ampla contendo uma TV com DVD e sofs de dois e trs lugares e mais trs

    cadeirinhas infantis.

    Sentada em um dos sofs pedi s crianas que poderiam escolher o

    desenho e que eu iria ficar ali com a me conversando e observando as e logo foi

    aquele alvoroo, pois cada uma queria ver um tipo de desenho, e ai comeou a

    saga, colocaram um e logo os gritos fortes, no esse no, no esse no! Coloca

    outro e tambm no aceitam ate que chegaram a um acordo de assistirem ao

    escolhido pela criana mais nova do grupo, o que muito me surpreendeu ao

    observar a autoridade dessa criana sobre as demais. Ento comearam a assistir o

    desenho do Tom e Jerry, todos sentados e atentos s que por alguns momentos.

    Observei que elas se movimentavam o tempo todo e que a ateno ao

    desenho no durava o tempo inteiro, que elas s vezes se desligavam do desenho e

    queriam mesmo era brincar, saiam correndo, no todas, mas as mais novas. Havia

    momento em que cantavam, danavam e conversavam muito, mas sempre voltavam

    para frente da TV e continuavam a ver o desenho e chegavam a apontar os

    bichinhos do desenho, diziam que eles eram lindos, fofinhos e cheirosos.

    Tiveram momentos em que ficavam to caladinhas que parecia no ter

    crianas na sala, chegavam ate a reprimir uma as outras para que no

    atrapalhassem com barulho e tambm correndo e passando na frente da TV.

    Consegui assim fazer minhas anotaes entre tantas brincadeiras e

    gritos de crianas. O tio distribuiu pirulito a todas as crianas e a festa estava feita.

    Quando o desenho j estava chegando ao final elas foram saindo

    devagar meio dispersas e ficou somente a criana mais nova, o que voltou a me

    surpreender, ali estava ela atenta ao desenho ate o final e ainda assim continuou ali

    na sala conosco.

    Logo ao termino do desenho quando as demais crianas j haviam

    subido para o quarto na parte superior da casa a criana Laura de trs anos queria

    ficar ali entre nos conversando e brincando e ate queria colocar outro desenho para

    assistir, mas o pai no deixou, disse que j era tarde e que ela teria de ir deitar.

    Essa observao foi para mim muito interessante e tambm diferente

    de todas as demais j observada por mim, por ser irmos todas as crianas

    observadas nesse local, e que me atraiu a questo de ver crianas de varias idades

    de um mesmo lar sendo educadas de maneira to simples, mas me surpreendeu ao

    v-las to obedientes. E ainda tive a oportunidade de conversar com a me sobre as

  • crianas e ouvir dela que no tem nem um problema com interferncia dos

    desenhos na vida de seus filhos. Disse-me que eles so educados a no se

    influenciarem pela mdia, que os desenhos que assistem so escolhidos juntamente

    com os pais e que no interferem no consumo, pois no compram coisas para

    agradar os filhos s porque faz parte de alguma figura da mdia.

    Essa observao foi realizada no dia 27 de outubro de 2013, com

    durao de 2 horas.

    Algo que eu gostaria de comentar e que me chamou muito a ateno

    foi um episdio que aconteceu na minha volta da observao para casa, eu estava

    com meu esposo e resolvemos passar no supermercado para comprarmos alguns

    ingredientes para fazermos o almoo, e foi ai que enquanto meu marido escolhia

    algumas verduras eu fiquei esperando e comecei a observar um garoto de mais ou

    menos seis anos quando ele saiu de perto da me que escolhia umas verduras e foi

    em direo prateleira de iogurte e pegou um e colocou bem de mansinho dentro

    do carrinho da me, e eu fiquei atenta porque observei que ele ficou olhando as

    embalagens. Essa garrafinha de iogurte que ele pegou tinha as fotos dos desenhos

    da turma da Monica. A me quando viu disse que tinham que ver o preo e a

    validade e assim que ela terminou com a escolha das verduras ela foi averiguar o

    iogurte colhido pelo filho e para minha surpresa ela no s levou o iogurte como

    pegou uma forma com seis da mesma marca e saram andado e o menino feliz da

    vida.

    Para mim ficou mais uma vez ntido a influencia da mdia no consumo

    de objetos com figuras de desenhos animados.

  • Observao de crianas assistindo o desenho Smilinguido em historia

    de formigas, CD com diversas historinhas com durao de 1hora e 55mim, so seis

    historias do mundo das formigas.

    Observao realizada na residncia de uma das crianas observada

    por nome Amanda de sete anos com as amigas Vanessa de nove anos e Sandra de

    dez anos. O desenho foi escolhido pelas crianas que ficaram bem vontade para

    tal, eu fique sentada em um dos safas com a me e tambm bem vontade, as

    meninas disseram que iria assistir um desenho das formiguinhas e que era um

    desenho cristo e que na casa delas elas eram evanglicas e que os pais

    compravam muitos CDS com musicas e desenhos evanglicos.

    Para essa observao nos acomodamos na sala de um apartamento

    com espao bem adequado para assistir o desenho e ainda tive a companhia da

    me da criana Amanda de sete anos.

    As crianas sentaram juntas em um sof e eu disse a ela que ficassem

    bem vontade e que eu iria fazer algumas anotaes, mas que no precisariam se

    preocuparem comigo, e assim foram transcorrendo as observaes e tambm a

    minha curiosidade. Observando o desenho com umas formigas bem interessantes e

    com voz infantil, a histria e a mensagem ao meu entendimento tambm com um

    peso bem valido.

    Por um bom perodo de tempo as crianas permaneceram ali sentadas

    e atentas ao desenho, mas em um certo momento comearam a conversar e brincar

    entre elas e a Vanessa cantava e ficava em p, e nesse vai e vem entre sentar e

    levantaram elas resolveram ir ao quarto, quando voltaram estavam com um celular

    na mo e comearam a conversar e olhar coisas no celular e logo sentaram

    novamente e voltaram a ateno ao desenho, e mais uma vez cantaram e faziam

    de conta que estavam imitando as formigas, chegaram ate a dizer que uma era essa

    e outra aquela.

    A me que tambm estava ali resolveu fazer um delicioso lanche para

    ser servido aps o desenho, pois ela sabia que eu estava anotando as observaes

    e que aquilo era importante para mim.

    Uma das coisas que me chamou ateno foi a maneira que estas

    crianas se relacionavam com os personagens do desenho, elas interagiam como se

    fizessem parte do desenho, diziam que eram lindas e imitavam as vozes dos

    personagens, perdi a conta de quantas vezes elas levantavam e ou danavam ou

    saiam e voltavam, e quando eu perguntei se alguma delas tinham uma formiguinha

    daquela de brinquedos elas disseram que no mas que gostariam muito de ter mas

    que j tiveram roupinhas com o desenho dos smilinguidos e foi quando a Amando foi

    ao quarto e trouxe algumas revistinhas com historinha das formigas e algumas

    outras de pintar.

  • Entre um olhar e outro e com muito barulho ao final eu finalizei as

    anotaes da observao com o termino do desenho e com as crianas tirando o

    CD e agora disseram que iriam colocar um CD musical. Foi ai que a me pediu que

    fossem lavar as mos para que ela pudesse servir um lanche gostoso a todos e elas

    obedientemente foram ao banheiro e voltaram para o lanche, e assim encerrei as

    minhas observaes.

    Essa observao foi realizada no dia 30 de outubro de 2013, com

    durao de 2 horas.

  • Observao de crianas assistindo desenho animado em DVD

    Turminha do Querubim Presente especial.

    Essa observao foi feita com as crianas Janana de 6 (seis) anos,

    Julio de 7 (sete) e Cludio Arantes de 8 (oito) anos, em uma residncia, e para

    melhor descrev-las gostaria de dizer que foi na casa da vov das crianas.

    Na casa dessa vov pude observar que as crianas ficam bem

    vontade, pois tem na casa coisas suas, como brinquedos espalhados pela casa,

    roupas no guarda-roupa e dizem que, na maioria das vezes, elas at dormem por ali

    e que amam a casa da vov.

    Assim que a vov nos acomodou na sala de televiso pediu ao neto

    mais velho que colocasse o DVD para assistirmos o desenho.

    Ficamos bem vontade e as crianas sempre olhando o desenho,

    apontando e dizendo coisas sobre os personagens, eu olhava para o desenho e

    achava bem legar ver aquelas crianas criando em seus imaginrios suas prprias

    histrias.

    O desenho tinha uma mensagem bem crist e com falas e tambm

    msicas. Observei que as crianas gostavam do que estavam assistindo. Elas

    cantavam e depois assistiam, pois no desenho tinham partes musicais e tambm

    historinhas, com personagens bem coloridos e bem infantilizados.

    As crianas me mostravam e sempre diziam que gostavam muito das

    musiquinhas e que achavam os personagens lindos e legais.

    A vov sentou ao meu lado e comentou sobre a educao que dada

    as crianas e que eles selecionam o que os netos assistem e que gostam de

    acompanhar, acha que essa interao entre a famlia importante para todos.

    Entre uma conversa e outra passamos algumas horas ali, assistindo,

    cantando, e tambm tivemos lanches preparados pela vov, dentre eles um bolinho,

    um biscoito de queijo, sucos, dentre outros.

    Assim que terminamos de assistir as crianas desligaram o DVD e

    perguntaram-me o que eu achei do desenho, e eu respondi que foi maravilhoso, e

    logo a vov serviu o lanche e ficamos ali na sala mesmo.

    Para mim assistir esse desenho com essas crianas foi uma

    experincia bem legal e diferente, pois cada observao so descobertas diferentes,

    tanto para a minha prpria subjetividade como para a subjetividade das crianas

    observadas, pois tem sempre fatos que s vivenciando para poder contemplar as

    diferenas e a riqueza das observaes.

    Essa observao foi feita no dia 20 de outubro de 2013 e teve 2 horas

    de durao.

  • Observao de crianas assistido desenho animado em uma

    residncia. Aproveitando ser uma reunio de amigos em uma casa grande, onde os

    pais de algumas crianas as levaram para esse lugar e havia varias pessoas onde

    eu pude pedir aos pais se eu poderia ficar com elas e assistir desenho enquanto

    eles tratavam de assuntos diversos.

    Esta casa era bem aconchegante com duas piscinas, salas amplas e

    ate jardim, e foi numa dessas salas que eu e mais sete crianas nos acomodamos

    para vermos o desenho. As crianas eram Joo, Nove anos, Luiz onze anos, Manoel

    de doze anos, Luiz Miguel de cinco, Silvia e Edilza e Jaime de oito anos.

    A escolha foi um pouco difcil, pois demoraram um pouco a se

    decidirem, e eu me mantive imparcial na escolha fazendo com que se sentissem a

    vontade para escolherem o desenho que fossem do agrado de todas as crianas.

    Dada escolha todos se organizaram acomodados em lugares que

    melhor lhes foram escolhidos e alguns at optaram por sentarem ao cho, ou seja,

    no tapete na sala. A era do gelo especial de Natal. Nesta aventura feriado animado

    com os personagens de a era do gelo, Sid a preguia viaja para o polo Norte a fim

    de obter-se retirado da lista impertinente de Santa antes de vspera de Natal, e um

    desenho bem animado.

    Ficamos todos ali por algum tempo, quando em meio a muito barulho,

    pois as crianas no ficavam em silncio. Cada vez uma contava alguma coisa e

    chegava ate a atrapalhar os que estavam assistindo.

    Mas estava tudo indo bem, as crianas comentavam sobre o desenho,

    ate porque estamos chegando o Natal, e diziam que queriam ganhar de presente

    alguns objetos por eles escolhidos e assim mais alguns minutos de conversa se

    passaram e o desenho continuou.

    Eu ali s observando e sem querer me intervir na conversa para que eu

    pudesse aproveitar mais daquele momento nas minhas observaes, pois cada

    detalhe me chamava ateno.

    Passados mais alguns momentos todos se acomodaram no tapete e

    entre senta e levanta resolveram danar e cantar acompanhando o desenho, e tudo

    transcorria num clima bem tranquilo.

    Quando j terminava o filme houve certo alvoroo porque j queriam

    tirar o desenho para por outro mas logo desistiram, pois resolveram deixar terminar

    de passar o desenho pois tinha alguns muito interessado em ver o final.

    Chegamos ao final do desenho, e logo fui conversar com as crianas, o

    que foi para mim uma experincia muito boa e poder ouvir o que elas falam a

    respeito do que viram e de suas curiosidades so para mim sempre algo novo, pois

  • essa experincia de observao sem minha interferncia, somente o meu olhar,

    para mim enriquecedor.

    Essa observao foi feita no dia 27 de outubro de 2013 e teve 2 horas

    de durao.

  • Observao de crianas assistindo desenho animado em uma igreja

    evanglica. Desta vez fui observar crianas assistindo desenho animado em uma

    igreja. Todas em uma salinha separadas por idades, e acompanhada por duas

    monitoras que fazem algumas atividades antes.

    Entramos para a sala e eu escolhi as que tinham crianas de sete a

    oito anos, entre meninas e meninos. Uma sala toda decorada com desenhos infantis

    e cartazes com frases nas paredes com muitas cadeiras e mesinhas infantis. Logo

    que entramos cada uma foi sentando e se acomodando e as monitoras pediam que

    no gritassem e que eram pra sentar e ficarem em cincia ate que todos acabassem

    de sentar e que logo iriam ver o desenho.

    Assim que acomodaram todas, pois havia ali umas vinte crianas, a

    monitora pediu que fizessem uma orao, ficassem de p e dessem as mos.

    Logo aps a orao pediu que todos sentassem e logo foi aquele alvoroo, mas

    nada que no pudesse ser controlado. A monitora deu alguns procedimentos a todos

    e em seguida pediu que sentassem que j iriam ver o desenho.

    Foi colocado um computador comuna imagem no parede onde o

    desenho era transmitido.

    As crianas atentas assistiam com ateno ao desenho e logo iam se

    identificado com o ttulo e o desvendar das cenas, pois era uma historia bblica,

    e pareciam que eles conheciam, pois falavam os nomes e ate contavam a historia.

    Em meio a algum silncio e s vezes muita conversa, conseguimos

    assistir ao desenho e muito me impressionou foi maneira que as monitoras

    conduziam esse momento, atendia a todos com carinho e eles as, em silncio, mas

    as vezes conversando, mas nada que atrapalhasse o momento.

    Assim que terminou o desenho a monitora pediu que ficassem todos

    sentados e em silncio e foi feito com todos uma discusso sobre o desenho que

    viram e muitos deram suas opinies sobre a historia e diziam que j tinham ouvido

    outras vezes.

    As monitoras fizeram mais uma orao e foi servido um lanche para

    todos e em seguidas saram para se encontrarem com seus pais que estavam no

    culto no templo da igreja.

    Assim que foram saindo eu ainda fique conversando com as monitoras

    e elas me disseram que sempre colocam desenhos e contam historinhas para as

    crianas nesses intervalos do culto para que os pais possam assistir o culto e as

    crianas tambm aprenderem a bblia da maneira mais descontrada e da maneira

    delas.

  • Mais uma vez tive uma grande oportunidade de observar um grupo de

    crianas num contexto diferente da sua residncia, mas que para elas pareciam

    comum, pois todas interagiam de maneira muito intensa e com liberdade.

    Essa observao foi feita no dia 05 de novembro de 2013 e teve 2

    horas de durao.