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Simulado 1 8 o ano Diálogos da HISTÓRIA Simulado DIÁLOGOS DA HISTÓRIA 1 0 SEMESTRE 1. Leia o texto a seguir. Como se fabrica um carro? Por Marina Motomura 4 jul 2018, 20h14 - Publicado em 18 de abril 2011, 18h36 A linha de montagem de um carro pode ser dividida em três etapas principais: o corte das chapas de aço que formam o “esqueleto” do au- tomóvel, a pintura da carcaça e o encaixe dos componentes elétricos e mecânicos. As linhas de montagem mundo afora seguem sempre essa ordem básica desde os tempos do empre- sário norte-americano Henry Ford, que inven- tou as linhas para fabricar automóveis no início do século XX. Antes de Ford, os carros eram produzidos um a um. A ideia do empresário de fazer várias unidades ao mesmo tempo revolu- cionou a indústria automobilística no mundo todo, barateando os custos de produção e tor- nando os carangos mais acessíveis à população. Disponível em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-se-fabrica- um-carro/. Acesso em: 21/02/2019. Adaptado. A lógica da disciplina fabril é um dos marcos na mudança das relações de trabalho ocorri- das ao longo da Idade Moderna. Essa discipli- na está expressa nas frases: I. “As linhas de montagem mundo afora seguem essa ordem básica desde os tempos do empre- sário Henry Ford”. II. “Antes de Ford, os carros eram produzidos um a um”. III. “A linha de montagem de um carro pode ser dividida em três etapas principais: o corte das chapas de aço que formam o “esqueleto” do automóvel, a pintura da carcaça e o encaixe dos componentes elétricos e mecânicos”. IV. “A ideia do empresário de fazer várias unida- des ao mesmo tempo revolucionou a indústria automobilística no mundo todo, barateando os custos de produção e tornando os carangos mais acessíveis à população”. Estão corretas: a) I e II. b) II e III. c) I e III. d) III e IV. e) II e IV. 2. O que é um paradigma? O paradigma é de- finido como um padrão, um modelo ao qual se segue. Todas as sociedades ao longo da His- tória elaboraram paradigmas e construíram visões de mundo, inclusive todas elas tiveram 8 o ano

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Diálogos da HISTÓRIA

SimuladoDIÁLOGOS DAHISTÓRIA10 SEMESTRE

1. Leia o texto a seguir.

Como se fabrica um carro?Por Marina Motomura 4 jul 2018, 20h14 - Publicado em 18 de abril 2011, 18h36

A linha de montagem de um carro pode ser dividida em três etapas principais: o corte das chapas de aço que formam o “esqueleto” do au-tomóvel, a pintura da carcaça e o encaixe dos componentes elétricos e mecânicos. As linhas de montagem mundo afora seguem sempre essa ordem básica desde os tempos do empre-sário norte-americano Henry Ford, que inven-tou as linhas para fabricar automóveis no início do século XX. Antes de Ford, os carros eram produzidos um a um. A ideia do empresário de fazer várias unidades ao mesmo tempo revolu-cionou a indústria automobilística no mundo todo, barateando os custos de produção e tor-nando os carangos mais acessíveis à população.Disponível em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-se-fabrica-um-carro/. Acesso em: 21/02/2019. Adaptado.

A lógica da disciplina fabril é um dos marcos na mudança das relações de trabalho ocorri-das ao longo da Idade Moderna. Essa discipli-na está expressa nas frases:

I. “As linhas de montagem mundo afora seguem essa ordem básica desde os tempos do empre-sário Henry Ford”.

II. “Antes de Ford, os carros eram produzidos um a um”.

III. “A linha de montagem de um carro pode ser dividida em três etapas principais: o corte das chapas de aço que formam o “esqueleto” do automóvel, a pintura da carcaça e o encaixe dos componentes elétricos e mecânicos”.

IV. “A ideia do empresário de fazer várias unida-des ao mesmo tempo revolucionou a indústria automobilística no mundo todo, barateando os custos de produção e tornando os carangos mais acessíveis à população”.

Estão corretas:a) I e II.b) II e III.c) I e III.d) III e IV.e) II e IV.

2. O que é um paradigma? O paradigma é de-finido como um padrão, um modelo ao qual se segue. Todas as sociedades ao longo da His-tória elaboraram paradigmas e construíram visões de mundo, inclusive todas elas tiveram

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que lidar com aquilo que não escapava às ex-plicações. Durante a Idade Moderna:

a) as mudanças econômicas ocorridas no final da Idade Média reforçaram as visões teocêntricas.

b) o surgimento da burguesia não representou uma crise no paradigma social estabelecido no Período Medieval.

c) a cultura popular passou a ser conhecida como rústica devido ao surgimento de artistas que viviam de uma produção vista como mais sofisticada e melhor aceita pelas classes domi-nantes.

d) a compreensão da Igreja Católica sobre as ati-vidades burguesas, e em especial sobre o lu-cro, contribuíram para a união política entre a classe burguesa e o Vaticano por meio do mecenato.

e) a Reforma Protestante representou uma rea-firmação do paradigma medieval, na medida que rejeitou em seus vários movimentos a pre-sença ou apoio da burguesia.

3. Associamos à imagem de uma lâmpada o sig-nificado de “ideia” porque ela nos remete à luz. A ligação entre ideia e luz é recente. É no século XVIII — autointitulado “das Luzes” — que começa isso como uma forma de re-

presentar uma oposição ao Período Medieval, visto como de “trevas”. O Iluminismo:

a) coloca o homem no centro das preocupações filosóficas, mas defende que o acesso aos direi-tos e espaços políticos era restrito a determi-nados grupos religiosos.

b) se questiona sobre a racionalidade, buscan-do, nas explicações mitológicas clássicas, as bases para seu método de contemplação da realidade.

c) critica a autonomia dos indivíduos. Partindo do pressuposto que os homens são imperfei-tos, suas escolhas deveriam ser norteadas por princípios universais, como os dogmas morais religiosos.

d) apresenta uma ruptura com os padrões do Antigo Regime quando, por exemplo, elabora o princípio da universalidade.

e) procura justificar a diferença entre as classes sociais por meio de teóricos como Thomas Hobbes e Maquiavel, iluministas contrários ao absolutismo.

4. Você sabe de onde vem a palavra Wikipedia? Originalmente escrita Wikipedia, sem o acen-to, é a junção de dois termos: Wiki, que em havaiano significa “rápido”, e provavelmente vem da palavra kwick (em inglês), de mesmo significado. Pedia faz referência às enciclopé-dias — coleção de livros que normalmente são organizados em ordem alfabética, em que contém informações sobre diversos temas. Wikipedia seria, então, uma forma rápida de obter informações sobre diversos assuntos. Coletar conhecimentos e organizá-los para um acesso rápido:

a) respondia às necessidades de filósofos clássicos como Aristóteles e Platão, sendo assim uma

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característica do mundo greco-romano.b) desenvolveu-se durante o Período Medieval no

movimento conhecido como enciclopedista.c) era uma forma de difusão das ideias humanís-

ticas, como as de Erasmo de Roterdã durante o Renascimento Cultural.

d) buscava catalogar os principais pensamentos dos filósofos escolásticos, como São Tomás de Aquino e Santo Agostinho de Hipona.

e) difundia as ideias iluministas e se propunha a combater o Antigo Regime em nome da liber-dade de pensamento.

5. Leia a frase a seguir.

“Posso não concordar  com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.”

A frase lida é creditada ao filósofo iluminista Voltaire (1694 – 1778), entretanto, sua ver-dadeira autora é Evelyn Beatrice Hall e está na biografia Os Amigos de Voltaire, de 1906. A frase:

a) representa um resumo equivocado do pen-samento de Voltaire, defensor dos princípios jurídicos característicos do Antigo Regime.

b) apresenta, de forma resumida, a postura de Voltaire pela defesa da liberdade individual e de expressão.

c) introduz as questões apresentadas no Renasci-mento Cultural, como o antropocentrismo.

d) rejeita as propostas iluministas para constru-ção de um Direito baseado em causas coleti-vas e reconhecimento das minorias.

e) combate as diferentes tendências do pensamen-to iluminista apresentadas no enciclopedismo.

6. Leia o título da notícia a seguir.

Brasil exporta recorde de 83,8 milhões de toneladas de soja em 2018; vendas de milho e açúcar caemPublicado em 02/01/2019 e atualizado em 02/01/2019.Disponível em: https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/graos/227681-brasil-exporta-recorde-de-838-mi-t-de-soja-em-2018-vendas-de-milho-e-acucar-caem.html#.XDXYj89KhAY. Acesso em: 25/01/2019.

As exportações representam uma parte im-portante da economia de um país. Em linhas gerais, quando as exportações superam as im-portações, chamamos de superávit. Quando acontece o contrário, isto é, um país compra mais do que vende, damos o nome de déficit. Enquanto o superávit é positivo para a econo-mia, o déficit representa algo negativo. Essa lógica é conhecida como:

a) balança comercial e é parte da teoria eco-nômica formulada pelo déspota esclarecido Frederico II.

b) balança comercial e é parte da teoria política do Barão de Montesquieu.

c) balança comercial e é parte da teoria do contra-to social do filósofo Jean-Jacques Rousseau.

d) balança comercial e é parte da lei de ferro dos salários de David Ricardo.

e) balança comercial e é parte do liberalismo econômico formulado por Adam Smith.

7. O Thanksgiving, ou Dia de Ação de Graças, é uma comemoração bastante difundida na América do Norte. Realizado em outubro no Canadá e novembro nos Estados Unidos, é o encontro de dois mundos: o primeiro, ligado ao ciclo natural, celebra a colheita que ante-cede o rigoroso inverno. O agradecimento à comida por meio da fartura à mesa remonta

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períodos de escassez, vividos tempos atrás. O segundo, quase mítico, narra o encontro entre os colonos ingleses e as comunidades indíge-nas norte-americanas na colônia de Plymouth, em 1622. A narrativa em torno do fato apon-ta para um contato pacífico entre esses dois grupos, algo questionado pelos historiadores atuais. Ao compararmos os modelos coloniais nas Américas:

a) percebemos grandes similaridades, o que se expressa em festividades comuns em todo o continente, como o Dia de Ação de Graças.

b) encontramos o modelo colonial de exploração como característica comum. Todas as colônias europeias, em território americano, tiveram a exploração econômica como objetivo.

c) reconhecemos o contato pacífico entre euro-peus e populações indígenas como traço do respeito às tradições e modos de vida das co-munidades pré-colombianas.

d) concluímos que o modelo colonial inglês teve características diferentes dos modelos portu-guês e espanhol.

e) descobrimos que as motivações e as fontes de financiamento para a travessia do Atlântico foram os mesmos.

8. Leia o texto a seguir.

“Remember, remember, the 5th of NovemberThe gunpowder, treason and plot;I know of no reason, why the gunpowder treasonShould ever be forgot.”

Tradução:“Lembre-se, lembre-se, no dia 5 de novembro, a traição e a conspiração da pólvora.

Não conheço motivo algum para que a cons-piração da pólvora seja esquecida.”

A máscara de Guy Fawkes ficou bastante co-nhecida após o filme V de Vingança (2005) e do surgimento do grupo hacktivista Anonymous. Qual a história por trás da máscara? Em 5 de novembro de 1605, um militar inglês católico chamado Guy Fawkes deveria pôr em prática o plano de explodir a Câmara dos Lordes e junto a ela, o rei Jaime I da Inglaterra. Essa ação iniciaria uma revolta popular e coloca-ria a filha de Jaime, a rainha católica Isabel, no poder. Esse complexo plano foi frustrado graças a uma carta anônima enviada a um dos nobres próximos a Jaime I que, devido à denúncia, pôde prender Guy enquanto ele colocava os barris de pólvora nos alicerces do Parlamento.

Os contextos históricos no qual se desenrola a Conspiração da Pólvora, de Guy Fawkes, são:

a) a Reforma Protestante e a Revolução Indus-trial.

b) a rivalidade social e política entre protestantes e católicos na Inglaterra e a colonização ingle-sa da América.

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c) a Magna Carta e o governo absolutista de Henrique VIII.

d) a Revolução Gloriosa e a Magna Carta.e) a Revolução Industrial e o processo de inde-

pendência das Treze Colônias da América.

9. O filósofo inglês Thomas Hobbes (1588 – 1679), autor de O Leviatã, é um exem-plo de que somos profundamente influenciados pela época em que vivemos. Sua compreensão sobre a humanidade — isto é, de que somos essencialmente maus e violentos — reflete aquilo que ele vê nas ruas e no jogo político de interesses na Inglaterra do século XVII. Sua obra foi lançada no mesmo ano em que Oliver Cromwell decreta o Ato de Navegação após a fuga de Carlos II, herdeiro do trono inglês, para a Europa continental. Esse contexto reflete:

a) o período conhecido como Commonwealth, fase em que a monarquia foi reestabelecida sob o reinado de Carlos I.

b) as tensões existentes entre as elites estrangeiras e os grupos da nobreza rural inglesa, firme-mente presa ao feudalismo em decadência.

c) as questões econômicas causadas pela fundação das colônias inglesas na América do Norte.

d) as questões políticas e religiosas que levaram à Revolução Gloriosa e a consolidação do poder monárquico parlamentar na Inglaterra.

e) os movimentos políticos imediatamente após o fim da Guerra dos Cem Anos, evento em que a monarquia francesa passa a comandar a Inglaterra, gerando conflitos com a aristocra-cia local.

10. Quando consideramos os processos coloniais nas Américas, percebemos que o modelo co-lonial inglês foi diferente do espanhol e do

português. Entretanto, quando analisamos a história colonial inglesa da América do Norte:

I. Vemos que o modelo colonial de povoamento foi responsável pela ocupação de todos os ter-ritórios das Treze Colônias.

II. O isolamento econômico das Treze Colônias reafirmou o caráter de controle metropolita-no, típico do sistema de exploração.

III. As colônias do norte seguiram um modelo de povoamento, enquanto as do sul seguiram o de exploração.

Está(ão) correto(s):a) Somente o item III.b) Somente o item II.c) Os itens I e III.d)Os itens II e III.e) Nenhum dos itens.

11. Leia o texto a seguir.

“Remember that: Time is Money. He that can earn ten shillings a day by his labour, and goes abroad, or sits idle one half of that day, tho’ he spends but sixpence during his diversion or idleness, ought not to reckon that the only expense; he has really spent, or rather thrown away, five shillings besides”

Tradução:“Lembre-se: Tempo é Dinheiro. Quem pode ganhar dinheiro com seu trabalho, mas pas-sa metade do seu dia sem nada fazer e gasta alguns trocados em diversão, é incapaz de re-conhecer que esse não foi seu único gasto; na verdade, gastou ou jogou fora metade de seu pagamento diário.”FRANKLIN, Benjamin. Conselhos a um Jovem Mercador, 1748.

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A frase “Tempo é Dinheiro” se tornou um dos pilares da lógica econômica do mundo con-temporâneo. Ela reflete uma mudança:

a) do pensamento aristocrático para o burguês e se reflete na Revolução Industrial.

b) do pensamento burguês para o aristocrático e se reflete na Revolução Gloriosa.

c) do pensamento puritano para o presbiteriano e se reflete no governo de Oliver Cromwell.

d) do pensamento católico para o protestante e se reflete na União Ibérica.

e) do pensamento teocêntrico para o antropo-cêntrico e se reflete no absolutismo francês.

12. A palavra sabotagem significa “interferir inten-cionalmente no processo produtivo de algo, a fim de retardar ou inviabilizar sua conclusão.” Sua origem está na palavra sabot e se refere a um sapato feito completamente em madeira comum entre trabalhadores na França, Ho-landa e Bélgica. “Sabotar” consistia em colo-car esses sapatos duros nas engrenagens das máquinas nas indústrias, quebrando-as e pa-rando a produção. Ações como essas:

a) revelam o perfil vândalo dos primeiros traba-lhadores industriais.

b) demonstram o alto grau de competitividade entre as fábricas.

c) apontam para o fracasso de movimentos como o cartismo.

d) remetem ao ludismo, forma radical de com-bate à industrialização.

e) assinalam que a origem dos trabalhadores era a camada de criminosos das populações.

13. Leia os textos a seguir.

Texto I

O Terceiro Estado carregando o Primeiro e o Segundo Estado nas costas.

Disponível em: https://www.thoughtco.com/origins-french-revolution-ancien-regime-1221874. Acesso em: 10/01/2019.

Texto II“Quem ousaria assim dizer que o Terceiro Es-tado não tem em si tudo o que é preciso para formar uma nação completa? Ele é o homem forte e robusto que está ainda com um braço preso. Se se suprimisse as ordens privilegiadas, isso não diminuiria em nada à nação; pelo contrário, lhe acrescentaria. Assim, o que é o Terceiro Estado? Tudo, mas um tudo entra-vado e oprimido. O que seria ele sem as or-dens de privilégios? Tudo, mas um tudo livre e florescente. Nada pode funcionar sem ele, as coisas iriam infinitamente melhor sem os outros.”SIEYÈS, Emmanuel Joseph. O que é o Terceiro Estado?, 1789.

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O texto I e II se relacionam aos momentos: a) anteriores à colonização inglesa das Améri-

cas, quando a classe média inglesa se sentiu pressionada a encontrar novos espaços para atividades econômicas e exercer liberdades de culto.

b) iniciais do absolutismo, fase marcada pela ne-gociação entre os grupos para consolidação do poder real.

c) finais da Revolução Francesa. Durante o go-verno girondino houve uma maior participa-ção popular e a defesa da igualdade política social entre os grupos.

d) iniciais da Revolução Francesa. A condição de opressão do Terceiro Estado fica bastante clara em ambos os textos.

e) finais do processo colonial português. As re-voltas de caráter popular se assemelharam em força e representatividade aos processos de In-dependência dos Estados Unidos e Haiti.

14. Leia o texto a seguir.

Construída por 17 anos, réplica de barco do século XVIII vai cruzar oceanoCópia perfeita de fragata reconstituirá viagem histórica da França aos EUA. Embarcação é uma das cópias mais autênticas do tipo.Disponível em: http://g1.globo.com/turismo-e-viagem/noticia/2015/04/construida-por-17-anos-replica-de-barco-do-seculo-18-vai-cruzar-oceano.html. Acesso em: 10/01/2019

A fragata citada acima se chama Hermione. É uma réplica da embarcação francesa que teve importante participação nas guerras de Independência dos Estados Unidos, entre os anos de 1780 e 1782. Os altos custos da par-ticipação da França absolutista na Guerra de

Independência dos Estados Unidos estão re-lacionados:

a) às revoltas da nobreza francesa, conhecidas como Vendeia.

b) ao fortalecimento do governo absolutista de Luís XVI.

c) às disputas entre franceses e ingleses pelo do-mínio das rotas comerciais no Atlântico.

d) às crises financeiras internas na França que culminaram na Revolução Francesa.

e) ao domínio de áreas produtoras de açúcar na região do Caribe.

15. Observe a imagem a seguir.

A Guilhotina marcou as penas de morte na França até 1981, ano em que foi abolida. Entretanto, associamos seu uso à Revolução Francesa, durante o momento conhecido como:

a) Governo do Terror, de Robespierre.b) O Golpe 9 do Termidor, liderado pelos giron-

dinos.c) O Golpe 18 de Brumário, de Napoleão Bona-

parte.d) O Diretório dos Girondinos.e) O Grande Medo, após a Queda da Bastilha.

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16. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de agosto de 1789, é um marco da Revolução Francesa. Seu texto inicial aponta que a “ignorância, esquecimento ou menos-prezo dos Direitos do Homem está na raiz de um mau Estado e da corrupção dos governan-tes” e faz parte da Constituição, promulgada em 1791. Quais princípios melhor represen-tam essa nova fase?

a) Princípio do Preço Máximo e o Governo do Terror.

b) Igualdade, Liberdade e Fraternidade.c) Código Civil Napoleônico e a Concordata

Vaticana.d) Tripartição dos Poderes e a defesa da Proprie-

dade Privada.e) O Estado Laico e o sistema de votação estabe-

lecido em 1791.

17. Leia o texto a seguir.

Sentença de Tiradentes“Pelo abominável intento de conduzir os po-vos de capitania de Minas a uma rebelião, os juízes deste tribunal condenam ao réu Joa-quim José da silva Xavier, por alcunha o Ti-radentes, alferes que foi da tropa paga da ca-pitania de Minas, a que com baraço e pregão, seja conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca e nela morra morte natural para sem-pre , e que depois de morto lhe seja cortada a cabeça e levada a Vila Rica, onde em o lugar mais público dela, será pregada, em um poste alto até que o tempo a consuma; e o seu cor-po será dividido em quatro quartos e pregado em postes, pelo caminho de Minas, no sítio da Varginha e das Cebolas, onde o réu teve suas infames práticas, e os mais, nos sítios de

maiores povoações, até que o tempo também os consuma; declaram o réu infame, e seus fi-lhos e netos, tendo os seus bens aplicados para o Fisco e Câmara Real, e a casa em que vivia em Vila Rica, será arrasada e salgada, para que nunca mais no chão se edifique, e no mesmo chão se erguerá um padrão, pelo qual se con-serve a memória desse abominável réu”

Esse é o trecho da sentença dada a Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tira-dentes, cumprida em 21 de abril de 1792. Podemos concluir que Tiradentes foi feito de exemplo para todos aqueles que se revoltassem contra o poder Real na colônia. A Inconfidên-cia Mineira é entendida como um movimento emancipacionista e teve forte influência:

a) do Iluminismo e da Independência do Haiti.b) do Enciclopedismo e da Revolução Francesa. c) do Iluminismo e da Independência dos Esta-

dos Unidos.d) do Movimento Cartista e das revoltas andi-

nas, lideradas por Tupac Amaru.e) do Movimento Iluminista e do movimento

criollo organizado por Simón Bolívar.

18. A revolta ocorrida na Bahia, em 1798, é co-nhecida por diversos nomes: Revolta dos Bú-zios, Conjuração Baiana, Revolta dos Alfaia-tes. Suas influências — a Revolução Francesa e a Independência do Haiti — foram diferen-tes do movimento ocorrido nove anos antes, em Minas Gerais, com perfil mais elitista. Com relação aos seus conhecimentos prévios sobre o tema, qual a diferença que caracteri-zou o levante para a Conjuração Baiana?

a) A Revolta dos Alfaiates teve um perfil mais popular e é confirmada por reinvindicações como a abolição da escravidão.

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b) Foi uma revolta exclusivamente de negros e afrodescendentes, sem qualquer participação da população branca.

c) Aponta para uma revolta de caráter religioso, que pregava a introdução do islamismo como religião na Bahia.

d) O caráter elitista da revolta. Apesar de negros viverem em uma sociedade escravista, os lí-deres exerciam cargos e profissões tidas como bem remuneradas.

e) Apresenta o nível de organização da comu-nidade negra e afrodescendente na Bahia do século XVIII. Suas reinvindicações foram to-talmente atendidas e seus líderes poupados, diferente do que aconteceu com Tiradentes, em Minas Gerais.

19. Fuga ou estratégia? Essa pergunta norteia as interpretações de historiadores para a vinda da Família Real Portuguesa em 1808. Mais de 200 anos após à chegada da esquadra real nos portos da colônia, a figura de Dom João VI ain-da é cercada de dúvidas. Sobre a vinda ou fuga da Família Real Portuguesa em 1808, pode-se dizer que:

a) foi uma consequência das revoltas coloniais, como a Inconfidência Mineira e a Revolta dos Alfaiates.

b) atendia aos interesses franceses de expansão dos domínios comerciais nas Américas.

c) era uma resposta às péssimas condições eco-nômicas em que se encontrava Portugal após a União Ibérica.

d) teve como contexto histórico o Bloqueio Ma-rítimo, imposto pela França napoleônica à In-glaterra, que resultou na abertura dos portos às nações amigas.

e) fez parte de um amplo movimento de reestru-

turação das instituições reais, encabeçado pela Espanha, após as tentativas de independência em seus territórios.

20. Leia o trecho a seguir.

“Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico.” (22 de janeiro de 1822)

A frase lida ecoa como uma das partes críticas do processo de Independência do Brasil, que chegaria ao seu auge no dia 7 de setembro do mesmo ano. Entretanto, quando analisamos o termo Povo:

I. Percebemos o caráter popular do processo de Independência, algo confirmado pelo fato de que se deu de forma pacífica e sem resistência das províncias da época.

II. Devemos considerar que esse termo não refle-te a totalidade da população. Se, de um lado, grande parte dos habitantes do Brasil era de escravizados e, com isso, sua situação pouco mudou; de outro, para aqueles distantes dos centros de poder, seus anseios não seriam atendidos.

III. A Independência usou os discursos da Incon-fidência Mineira e da Conjuração baiana para criar uma noção de “povo” no Brasil; promes-sas de maior liberdade provincial e de uma abolição lenta e gradual da escravidão forma-ram as bases da constituição de 1824.

Está(ão) correta(s):a) a afirmativa I.b) as afirmativas II e III.c) a afirmativa II.d) as afirmativas I e II.e) as afirmativas I e III.