O Duende da ponte-Vers4 -...

2
O Duende da Ponte Orientações iniciais ao mediador de leitura Este é um livro interessante para ser lido e discutido em reunião de pais, pois permite o estudo de como se constrói o pensamento na criança. Em classe, suge- rimos que, antes de lerem o livro, o mediador peça às crianças que pensem bastan- te para responder, individualmente, às questões: 1. Por que você vem à escola? 2. Por que a girafa tem pescoço tão comprido? 3. Quanto de terra pode ser tirado de um buraco de três metros de profundidade? Serão discutidas e aceitas somen- te as respostas que apresentem um bom argumento. Levar aos participantes informações sobre duendes. Leitura do livro e leitura pluripartilhada Pode ser feita pelo mediador para o grupo ou, silenciosamente, pelo próprio aluno. A classe deve estar disposta em círculo, para que todos participem, oralmente, da discussão e jamais por escrito. Abrindo o livro encontramos uma paisagem onde há diversos caminhos. Qual deles o leitor escolheria para seguir? Por quê? Parece que o ilustrador abre o cenário para convidá- -lo a entrar e participar da história. Você localizou a ponte? Passaria por ela? (pp. 1 e 2) A palavra "hoje" que abre a história pode ser substituída ou até retirada. Dê sugestões para introduzir essa história. Exemplos: "Aquele era o primeiro dia de aula...", "Como era o primeiro dia de aula...", "Era o primeiro dia de aula..." etc. Observar que, às vezes, a ilustração completa com detalhes o que não aparece no texto escrito. O que a mãe está dando ao personagem? (Pacote de lanche) Ele é filho único? O que deve haver na caneca sobre a mesa? Veja o prédio na (p. 2). Você já o viu antes, lembra-se? Volte à página de abertura: é a escola. (pp. 3 e 4) Releia a fala do duende. Por que "minha" está escrito assim? Que significado o tamanho e o tipo bastão acres- centam a esta palavra? Na última linha é usado o mesmo recurso: "essa". Explique. Observe a ilustração. Por que caiu o material escolar? E o lanche, vai dar para comer? Leitor, qual foi sua resposta? Você atravessaria a ponte sem pagar? (pp. 5 e 6) Olhe bem o texto escrito. Desta vez encontramos palavras em itálico: "Pensa. Pensa. Pensa." Percebeu que as letras estão meio inclinadas? Discuta com os colegas e explique sua ideia. (Está descrevendo a ação do duen- de, que é muito lenta.) A que momento do texto correspon- de essa ilustração? O que Teo está olhando? Por quê? Você relaciona esse gesto com as oito vezes em que lemos: "Pensa. Pensa. Pensa"? A sua resposta à charada é igual à de Teo? Compare-a. (pp. 7 e 8) Observe a ilustração: o que você vê embaixo, à esquerda? Provocou o quê? Você teria tido alguma ideia nesse momento? Ou até estaria bravo? Teo é cuidadoso com seu material escolar? Por quê? (pp. 9 e 10) A história se repete. Ele está procurando dinheiro no bolso ou na bolsa? Justifique sua resposta pela ilustração. Ele parece realmente displicente, você não acha? (pp. 11 e 12) Na primeira linha "eu" está dando ênfase a quê? O duende, por mais que tentasse pensar, não era capaz de ter uma ideia. Quando Teo sussurra a charada no ouvido do duende, é mesmo para ajudá-lo? Depois ele chega até a fingir que não acertaria. Foi maldade ou inteligência do menino? Explique. Em página inteira o ilustrador amplia a ação, mostrando o duende pensando. (pp. 13 e 14) A imagem mostra toda a ira do duende diante de mais uma derrota. O que a mãe dele disse? (pp. 15 e 16) O menino foi sincero em sua resposta? (Pode ser.) Justifique-a. Teo era muito observador e a ilustração nos mostra isso. (pp. 17 e 18) Diante do grito "é minha", o autor registra de modo não convencional o que o personagem estava cansado de repetir — o hífen separando as palavras em sílabas. Explicar para o aluno o emprego do hífen e o uso, aqui no texto, como um recurso para deixar a fala mais autêntica, fiel ao modo entediado como ele respon- deu. (pp. 19 e 20) Teo concorda nesse dia, dizendo: "Nada de charadas". Por quê? Mais parece um difícil problema de matemática, mas é só pensar para acertar. Contudo, o duende não sabe pensar ou não tem estrutura para isso? A ilustração mostra os dois no mesmo plano, e até parece que eles vão se acertar, mas... (p. 21) Finalmente, Teo fica livre do pedágio. Quem o salvou? Você esperava este final? Para reflexão Na sua opinião, por que Teo conseguiu vencer todos os dias? Ele é esperto ou inteligente? Analise as duas mães: 1. A mãe de Teo todo dia falava as mesmas coisas. 2. E a mãe do duende? Por que ela muda no final? Você sabia que podemos

Transcript of O Duende da ponte-Vers4 -...

O D

uend

e d

a Po

nte

Orie

ntaç

ões

inic

iais

ao

med

iado

r de

leit

ura

Este

é u

m liv

ro in

tere

ssan

te p

ara s

er lid

o e

disc

utid

o em

reun

ião d

e pa

is, p

ois

perm

ite o

est

udo

de c

omo

se c

onst

rói o

pen

sam

ento

na c

rianç

a. Em

clas

se, s

uge-

rimos

que

, ant

es d

e ler

em o

livro

, o m

ediad

or p

eça à

s cria

nças

que

pen

sem

bas

tan-

te p

ara r

espo

nder

, indi

vidua

lmen

te, à

s que

stõe

s: 1

. Por

que

você

vem

à es

cola?

2.

Por q

ue a

giraf

a tem

pes

coço

tão

com

prid

o? 3

. Qua

nto

de te

rra p

ode

ser t

irado

de

um

bur

aco

de tr

ês m

etro

s de p

rofu

ndid

ade?

Ser

ão d

iscut

idas

e ac

eita

s som

en-

te a

s re

spos

tas

que

apre

sent

em u

m b

om a

rgum

ento

. Lev

ar a

os p

artic

ipan

tes

info

rmaç

ões s

obre

due

ndes

.

Leit

ura

do li

vro

e le

itur

a plu

ripa

rtilh

ada

Pode

ser f

eita

pelo

med

iador

par

a o

grup

o ou

, sile

ncio

sam

ente

, pelo

pró

prio

alu

no. A

clas

se d

eve

esta

r disp

osta

em

círc

ulo,

par

a qu

e to

dos

part

icip

em,

oralm

ente

, da

disc

ussã

o e

jamais

por

esc

rito.

Abr

indo

o liv

ro e

ncon

tram

os

uma

paisa

gem

ond

e há

dive

rsos c

amin

hos.

Qua

l dele

s o le

itor e

scol

heria

pa

ra se

guir?

Por q

uê? P

arec

e que

o ilu

stra

dor a

bre o

cená

rio p

ara c

onvid

á--lo

a e

ntra

r e p

artic

ipar

da

hist

ória.

Voc

ê lo

caliz

ou a

pon

te?

Pass

aria

por

ela?

(pp

. 1

e 2

) A p

alavr

a "ho

je" q

ue ab

re a

hist

ória

pode

ser s

ubst

ituíd

a ou

até

ret

irada

. Dê

suge

stõe

s pa

ra in

trod

uzir

essa

hist

ória.

Exe

mpl

os:

"Aqu

ele er

a o p

rimei

ro d

ia de

aula.

..", "C

omo

era o

prim

eiro

dia

de au

la...",

"E

ra o

prim

eiro

dia

de au

la..."

etc

. Obs

erva

r que

, às v

ezes

, a ilu

stra

ção

com

plet

a com

det

alhes

o q

ue n

ão ap

arec

e no

text

o es

crito

. O q

ue a

mãe

está

dan

do ao

per

sona

gem

? (Pa

cote

de l

anch

e) E

le é f

ilho

únic

o?

O q

ue d

eve

have

r na

cane

ca so

bre

a m

esa?

Vej

a o

préd

io n

a (p

. 2)

. Vo

cê já

o vi

u an

tes,

lembr

a-se

? Vol

te à

págin

a de

aber

tura

: é a

esco

la.

(pp

. 3

e 4

) Rele

ia a f

ala d

o du

ende

. Por

que

"min

ha" e

stá e

scrit

o as

sim? Q

ue si

gnifi

cado

o ta

man

ho e

o ti

po b

astã

o ac

res-

cent

am a

est

a pa

lavra

? Na

últim

a lin

ha é

usa

do o

mes

mo

recu

rso:

"ess

a". E

xpliq

ue. O

bser

ve a

ilus

traç

ão. P

or q

ue

caiu

o m

ater

ial e

scol

ar?

E o

lanch

e, va

i dar

par

a co

mer

? Le

itor, q

ual f

oi su

a res

post

a? V

ocê a

trav

essa

ria a

pont

e sem

pa

gar?

(pp

. 5

e 6

) Olh

e be

m o

tex

to e

scrit

o. D

esta

vez

en

cont

ram

os p

alavr

as e

m it

álico

: "Pe

nsa.

Pen

sa.

Pens

a."

Perc

ebeu

que

as

letr

as e

stão

mei

o in

clin

adas

? D

iscut

a co

m o

s co

legas

e e

xpliq

ue su

a ide

ia. (E

stá d

escr

even

do a

ação

do

duen

-de

, que

é m

uito

lent

a.) A

que

mom

ento

do

text

o co

rresp

on-

de es

sa ilu

stra

ção?

O q

ue T

eo es

tá o

lhan

do? P

or q

uê? V

ocê

relac

iona

ess

e ge

sto

com

as

oito

vez

es e

m q

ue le

mos

: "P

ensa

. Pen

sa. P

ensa

"? A

sua

resp

osta

à c

hara

da é

igua

l à

de T

eo? C

ompa

re-a

. (p

p.

7 e

8) O

bser

ve a

ilust

raçã

o: o

qu

e vo

cê v

ê em

baixo

, à e

sque

rda?

Pro

voco

u o

quê?

Voc

ê te

ria t

ido

algum

a id

eia n

esse

mom

ento

? O

u at

é es

taria

br

avo?

Teo

é c

uida

doso

com

seu

mat

erial

esc

olar

? Por

quê

? (p

p.

9 e

10

) A h

istór

ia se

repe

te. E

le es

tá p

rocu

rand

o di

nheir

o no

bol

so o

u na

bo

lsa?

Just

ifiqu

e su

a re

spos

ta p

ela il

ustr

ação

. Ele

pare

ce re

almen

te d

isplic

ente

, vo

cê n

ão ac

ha? (

pp

. 1

1 e

12

) Na p

rimeir

a lin

ha "e

u" e

stá d

ando

ênf

ase

a quê

? O

duen

de, p

or m

ais q

ue te

ntas

se p

ensa

r, não

era c

apaz

de t

er u

ma i

deia.

Qua

ndo

Teo

suss

urra

a ch

arad

a no

ouvid

o do

due

nde,

é m

esm

o pa

ra aj

udá-

lo? D

epoi

s ele

cheg

a at

é a fi

ngir

que n

ão ac

erta

ria. F

oi m

aldad

e ou

inte

ligên

cia d

o m

enin

o? E

xpliq

ue. E

m

págin

a int

eira o

ilust

rado

r am

plia

a açã

o, m

ostr

ando

o d

uend

e pe

nsan

do. (

pp

. 1

3

e 1

4) A

imag

em m

ostr

a tod

a a ir

a do

duen

de d

iante

de m

ais u

ma d

erro

ta. O

que

a m

ãe d

ele d

isse?

(pp

. 1

5 e

16

) O m

enin

o fo

i sin

cero

em

sua r

espo

sta?

(Pod

e se

r.)

Just

ifiqu

e-a.

Teo

era

mui

to o

bser

vado

r e a

ilust

raçã

o no

s mos

tra

isso.

(pp

. 1

7 e

1

8)

Dian

te d

o gr

ito "é

min

ha", o

auto

r reg

istra

de

mod

o nã

o co

nven

ciona

l o q

ue o

pe

rsona

gem

esta

va c

ansa

do d

e rep

etir

— o

hífe

n se

para

ndo

as p

alavr

as em

sílab

as.

Expl

icar p

ara o

alun

o o

empr

ego

do h

ífen

e o

uso,

aqui

no

text

o, c

omo

um re

curso

pa

ra d

eixar

a fa

la m

ais a

utên

tica,

fiel a

o m

odo

ente

diad

o co

mo

ele re

spon

-de

u. (p

p.

19

e 2

0) T

eo c

onco

rda n

esse

dia,

dize

ndo:

"Nad

a de

char

adas

". Po

r quê

? Mais

par

ece

um d

ifícil

pro

blem

a de

mat

emát

ica, m

as é

só p

ensa

r pa

ra a

cert

ar. C

ontu

do, o

due

nde

não

sabe

pen

sar o

u nã

o te

m e

stru

tura

pa

ra is

so? A

ilust

raçã

o m

ostr

a os d

ois n

o m

esm

o pl

ano,

e at

é pa

rece

que

eles

o se

acer

tar, m

as...

(p.

21

) Fin

almen

te, T

eo fi

ca liv

re d

o pe

dágio

. Que

m o

salvo

u?

Você

espe

rava

este

fina

l?

Par

a re

flex

ãoN

a su

a op

inião

, por

que

Teo

con

segu

iu v

ence

r to

dos

os

dias

? El

e é

espe

rto

ou in

telig

ente

? A

nalis

e as

dua

s m

ães:

1. A

m

ãe d

e Te

o to

do d

ia fa

lava

as m

esm

as c

oisa

s. 2

. E a

mãe

do

duen

de?

Por q

ue e

la m

uda

no f

inal?

Voc

ê sa

bia

que

pode

mos

O D

UEN

DE

DA

PO

NT

ETe

xto:

Pat

ricia

Rae

Wol

ffIlu

stra

ções

: Kim

berly

Bul

cken

Roo

tTr

aduç

ão: G

ilda

de A

quin

oTe

ma:

Adi

vinh

aRe

com

enda

do a

alu

nos

da E

duca

ção

Infa

ntil

(lei

tura

com

part

ilhad

a) a

o 4º

ano

(5 a

9 a

nos)

Alta

men

te R

ecom

endá

vel F

NLI

J/199

9

Faz

endo

his

tór

ias,

est

reit

ando

laç

os

BRIN

QU

E-BO

OK

Edito

ra d

e Livr

os L

tda.

Rua

Mou

rato

Coe

lho,

1215

- V

ila M

adal

ena

0541

7-01

2 - S

ão P

aulo

- SP

- Te

l./Fa

x: (1

1) 3

032-

6436

ww

w.b

rinqu

eboo

k.co

m.b

r • e

scol

a @br

inqu

eboo

k.co

m.b

r

Dis

trib

uido

r

* P

ara

ma

is in

form

açõ

es s

obre

os

Tem

as

Tra

nsv

ersa

is p

ropo

stos

pel

os P

arâ

met

ros

Cu

rric

ula

res

Na

cion

ais

d

o M

inis

téri

o d

a E

du

caçã

o e

Cu

ltu

ra, a

cess

e: w

ww

.por

tal.

mec

.gov

.br.

** A

Met

a d

o M

ilên

io 2

tem

com

o ob

jeti

vo a

tin

gir

o en

sin

o bá

sico

un

iver

sal,

ou

sej

a,

o en

sin

o d

e qu

ali

da

de

para

tod

os e

, a

ssim

, pe

rmit

ir a

for

ma

ção

de

ad

ult

os a

lfa

beti

zad

os e

ca

paze

s d

e co

ntr

ibu

ir

para

a s

ocie

da

de

com

o ci

da

os e

pro

fi ss

ion

ais

. P

ara

ma

is i

nfo

rma

ções

sob

re a

s M

eta

s d

o M

ilên

io,

ace

sse:

ww

w.p

nu

d.o

rg.b

r.

apre

nder

a pe

nsar

? Há v

ário

s exe

rcíc

ios q

ue n

os en

sinam

atra

vés d

e ativ

idad

es d

e ob

serv

ação

, aná

lise,

com

para

ção,

clas

sific

ação

, sín

tese

, arg

umen

taçã

o e

outr

as.

Esta

pro

post

a de

tra

balh

o ob

jetiv

a fo

rmar

o le

itor q

ue, d

iscut

indo

par

a am

pliar

su

a int

erpr

etaç

ão, p

ensa

e v

ai ad

quiri

ndo

auto

nom

ia e

com

petê

ncia

de le

itura

.

Para

criar

Mar

car o

"Dia

da C

hara

da" o

u da

"Tra

vess

ia da

Pon

te",

em q

ue gr

upos

inve

n-ta

m c

hara

das

para

um

a co

mpe

tição

. Ven

ce o

gru

po q

ue m

ais v

ezes

con

segu

ir ac

erta

r. Ess

e m

ater

ial p

ode

gera

r a c

riaçã

o de

um

livro

: "O

due

nde

da p

onte

e o

s alu

nos d

a ...

série

". Vá

par

a a

p.

23

e p

asse

ie p

ela

paisa

gem

, obs

erva

ndo:

Que

m

deve

ter f

eito

o b

urac

o do

cam

inho

? Era

de

Teo

esse

cac

horro

? Vej

a on

de m

ora

Teo.

Ess

e pá

ssar

o já

foi v

isto

ante

s? A

o co

mpa

rar e

sta

ilust

raçã

o co

m a

inic

ial,

você

conc

lui q

ue ag

ora v

emos

o ca

min

ho d

e vol

ta d

a esc

ola e

na p

ágin

a ini

cial

era

a ida

par

a a es

cola.

Voc

ê rep

arou

que

há u

m an

imal

deba

ixo d

a pon

te q

ue es

tá em

rias i

mag

ens,

da c

apa a

o fin

al? L

ocali

ze-o

: cap

a, p

p.

6,

9,

19

, 2

1,

22

, e

24

. Q

uand

o es

tava

pro

cura

ndo

o an

imal,

voc

ê en

cont

rou

a m

ãe d

o du

ende

ent

re a

ve

geta

ção?

(p.

6)

ALB

A R

EGIN

A S

PIN

ARD

I BU

ENO

- m

inist

ra c

urso

s par

a m

edia

dore

s de

leit

ura

que

trab

alha

m c

om a

form

ação

do

leit

or

e lit

erat

ura

para

cria

nças

.

8 M

ETA

S D

O

MIL

ÊNIO

Pelo

Des

envo

lvim

ento

Su

sten

táve

l

Este

livr

o se

gue

o N

ovo

Aco

rdo

Ort

ográ

fi co

da

Líng

ua P

ortu

gues

a.