O Electricista 37 - Projecto

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LEDs - a história, as ideias e o futuro sustentável

Cidadela de CascaisMuralhas e parque de estacionamento

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Não vou aqui, desta vez, enveredar pela defesa ou oposição à solu-ção nuclear na produção de energia eléctrica em larga escala.

Da utilização de combustíveis fósseis, também já quase tudo foi re-ferido, desde os aspectos relativos à sustentabilidade das gerações seguintes aos que se referem à libertação de gases de efeito de es-tufa, entre outros.

Após o desastre nuclear que os sismos provocaram no Japão levan-taram-se as vozes dos opositores ao nuclear e dos defensores das energias renováveis. Dos combustíveis fósseis ninguém falou! Por-quê?

Na Alemanha, as manifestações anti-nuclear logo “acordaram”. Mes-mo na Finlândia, onde uma nova central nuclear está já em início de laboração, as vozes anti-nuclear também se fizeram sentir. En-tretanto o governo Alemão logo estabeleceu que as centrais nucle-ares deveriam ser todas encerradas até 2022. E nos outros países onde a energia nuclear é parte importante da produção de energia? Destacam-se a Suécia, Áustria, França, Bélgica, Itália, Espanha, entre outros. Será que também pensam em encerrar as centrais nucleares?

Um problema se coloca com esta decisão: o que fazer às toneladas de urânio enriquecido não consumido? Sabe-se que as reservas são de valor elevado.

Sem o nuclear como prover as redes da necessária energia? Sabe-se que a taxa de penetração de energias renováveis numa rede eléctrica nunca se aproximará dos 100% devido à necessidade de uma reserva de carga suficientemente volante que possa suprimir as “basófias” das energias renováveis, nomeadamente a eólica, cujo vento por ve-zes “pára de soprar” pura e simplesmente retirando da rede potências elevadas. Em Portugal aponta-se como limite de potência Eólica má-

nuclear ou combustíveis fósseis?

xima a instalar para cerca de 7.000/7.500 MW e para o Fotovoltaico entre 1.000 e 1.500 MW.

Em matéria de energias renováveis resta-nos a energia hídrica que se encontra já bastante explorada e dificilmente crescerá, excepto em Portugal onde ainda temos muitos recursos hídricos inexplorados.Neste contexto, como suprir as necessidades energéticas se forem encerradas as centrais nucleares nos países onde as mesmas existem?

Com o abandono da construção de centrais a carvão ou a deriva-dos do petróleo, devido aos impactos ambientais e aos custos de produção, têm sido instaladas na Europa dezenas de centrais de ciclo combinado, com grupos geradores accionados por turbinas a gás combinadas com turbinas a vapor, utilizando como combustível o gás natural. Em Portugal temos os exemplos das Centrais da Ta-pada do Outeiro, Carregado, Figueira da Foz e Abrantes. Sem estas centrais térmicas a gás e as centrais de Sines e Abrantes a carvão, não teríamos auto-suficiência na satisfação dos nossos consumos de electricidade, principalmente no Verão. Este panorama seria di-ferente se possuíssemos energia nuclear, reduzindo a dependência dos combustíveis fósseis, gás e carvão. Nalguns países a dependên-cia situa-se precisamente ao nível do nuclear e menos ao nível dos combustíveis fósseis.

E então na Alemanha? Encerrando as centrais nucleares como vão suprir as suas necessidades de energia eléctrica? Vão também re-correr a mais turbinas a gás? Perante tudo isto, parece pertinente a questão: Nuclear ou combustíveis fósseis?

Josué MoraisDirector Técnico

nota técnica

ARTIGO TÉCNICOveículos híbridos e eléctricos: estruturas e características (1.ª parte) 137

DOssIeRiluminação 143

RePORTAGeMTEkTóNICA 2012 - continuar no caminho da internacionalização 161

eNTRevIsTAAldino Falcão, APC by Schneider: “a importância do cliente para

a sustentabilidade do negócio” 163

ARTIGO TÉCNICO-COMeRCIALJUNG – Houseinhand®: uma nova aplicação para iPhone, iPad e iPod 169

PRONODIS - STEINEL: eficiência energética máxima 171 CASA DAS LÂMPADAS: projectores ARC da Targetti Poulsen 175

ABB: uma melhoria activa da qualidade – filtros activos PqF melhoram o rendimento e eficiência dos sistemas 177

LTX “ataca” mercado da distribuição 181

FORMAÇÃO 185

ITeDficha técnica n.º 15 189

CONsULTÓRIO eLeCTROTÉCNICO 195

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revista técnico-profissionalARTIGO TÉCNICO o electricista

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veículos híbridos e eléctricos*

Neste artigo procura-se apresentar as prin-cipais características dos veículos híbridos eléctricos (VH) e dos veículos puramente eléctricos (VE). Começa-se por uma breve referência à origem e evolução destes veícu-los. Segue-se uma abordagem às diferentes configurações de VH e VE – principalmente, no que se refere aos sistemas de propulsão e armazenamento de energia –, realçando as suas vantagens e desvantagens. Por fim, re-ferem-se alguns dos factores mais relevan-tes para a evolução tecnológica e aceitação destes veículos.

1› IntroduçãoOs conceitos de veículo eléctrico e híbrido eléctrico remontam às origens do desen-volvimento do próprio automóvel, em finais do séc. XIX. Numa época onde as preocu-pações ambientais e de eficiência não exis-tiam, a finalidade era incrementar os níveis de desempenho dos motores de combustão interna (MCI) ou melhorar a autonomia dos veículos baseados em motores eléctricos. Com efeito, o desenvolvimento destes mo-tores encontrava-se ainda numa fase inicial,

Pedro MeloInstituto Superior de Engenharia do Porto, Departamento de Engenharia Eletrotécnica

estando a tecnologia associada às máquinas eléctricas num nível superior. É nesta época que se regista a implementação de sistemas de frenagem regenerativa, que permitem recuperar a energia cinética que o veículo perde, em consequência de uma travagem, sendo armazenada nas baterias. Trata-se de uma contribuição fundamental para a efici-ência destes veículos e respectiva autono-mia – questão determinante para o desen-volvimento dos veículos eléctricos [1].

A partir da década de 1920, a enorme evo-lução verificada nos motores a gasolina (principalmente, no aumento da potência disponível e rendimento, com menores di-mensões) tornou-os preponderantes face aos motores eléctricos. A maior dificuldade no seu controlo (baseado em contactos me-cânicos e resistências, com baixos níveis de eficácia, comprometendo o próprio desem-penho do veículo), a reduzida autonomia, peso e custo mais elevados, são os principais motivos que explicam aquela supremacia [1].

As crises energéticas ocorridas na década de 1970 e o aumento das preocupações am-

{EStruturAS E CArACtErÍStICAS - 1.ª pArtE}

Nas últimas décadas tem-se assistido a um forte desenvolvimen-to dos veículos eléctricos, sobretudo das soluções híbridas, como resposta aos impactos ambientais e económicos dos combustíveis fósseis. Os desafios que se colocam no campo da engenharia são múltiplos e exigentes, motivados pela necessidade de integrar di-versas áreas, tais como, novos materiais e concepções de motores eléctricos, electrónica de potência, sistemas de controlo e sistemas de armazenamento de energia.

bientais (principalmente nas sociedades oci-dentais), juntamente como desenvolvimento da electrónica de potência, que permitiu a criação de sistemas eficazes de controlo de motores eléctricos, despertaram interesse para o desenvolvimento de veículos pura-mente eléctricos, de que é exemplo a grande quantidade de protótipos construídos na década de 1980.

Na década de 1990 as concepções híbridas foram ganhando interesse, face à tomada de consciência das dificuldades em superar as limitações dos veículos eléctricos, relativa-mente aos veículos convencionais com MCI. Nesse sentido, vários fabricantes de auto-móveis desenvolveram diversos protótipos de versões híbridas, não tendo, no entanto, atingido a fase de comercialização.

O maior esforço no desenvolvimento e co-mercialização de veículos híbridos eléctricos foi feito por fabricantes japoneses: em 1997, a Toyota lançou o modelo Prius e a Honda lançou as versões híbridas dos modelos In-sight e Civic. Actualmente, estes e outros modelos híbridos – entretanto lançados por

* Trabalho publicado na revista NEUTRO À TERRA, do Instituto Superior de Engenharia do Porto

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de energia utilizadas há a distinguir as ba-terias das células de combustível.

2.1› Veículos HíbridosA concepção de base dos VH assenta na con-jugação das vantagens dos veículos conven-cionais (MCI) e dos VE: elevada autonomia e densidades de energia e potência (MCI); ele-vados rendimentos e emissões nulas a nível local (VE). Por outro lado, procura-se supe-rar também as limitações de ambos: no caso dos MCI, utilização de grandes quantidades de combustíveis fósseis e emissão de gases de efeito de estufa; para os VE há a referir as autonomias reduzidas, elevados tempos de carregamento do sistema de armazenamen-to de energia e maior custo inicial [2], [3].

Na utilização de motores eléctricos nos VH há dois objectivos bem vincados: o primeiro é a optimização do rendimento do MCI; a re-cuperação da energia cinética na frenagem do veículo (armazenada nas baterias) é o se-gundo objectivo. Este apenas é possível pela presença do(s) motor(es) eléctrico(s).

Existem vários modos de funcionamento possíveis, associados às características dos próprios motores [1]:› O MCI propulsiona integralmente o veí-

culo. Esta situação pode ocorrer quando as baterias estão praticamente descar-regadas e a potência disponível no veio do MCI é integralmente necessária para a tracção; estando as baterias à plena carga, um cenário semelhante ocorre no caso da potência de tracção exigida cor-responder a um regime de funcionamento óptimo do MCI;

› Propulsão puramente eléctrica (MCI des-ligado). Justifica-se para os regimes de funcionamento do MCI com baixos rendi-mento (por exemplo, nas baixas velocida-des) ou em ambientes onde as limitações de emissões sejam elevadas;

› Propulsão híbrida (MCI+ME), se no es-forço de tracção são exigidas elevadas potências (como em subidas e elevadas acelerações);

› Frenagem regenerativa, na qual a energia cinética do veículo é recuperada – o motor

outros fabricantes –, são comercializados em todo o mundo, apresentando bons de-sempenhos dinâmicos e níveis de consumo [1], [2].

Quanto ao desenvolvimento dos veículos eléctricos, o maior obstáculo à sua comer-cialização e difusão reside no estado em que se encontra a tecnologia das baterias. Não obstante os progressos e esforços que têm sido feitos no seu desenvolvimento, o desempenho das baterias mais recentes continua aquém das exigências requeridas pelos veículos eléctricos, principalmente, ao nível da densidade de energia (por unidade de peso e volume) e densidade de potência. Atendendo às distâncias relativamente cur-tas que caracterizam os trajectos nos cen-tros urbanos, será aqui que reside o maior potencial de aceitação destes veículos.

Nas últimas décadas, vários fabricantes de automóveis têm feito alguns investimentos no desenvolvimento da tecnologia das célu-las de combustível, com vista à aplicação em veículos eléctricos. Os maiores desafios ao seu desenvolvimento e proliferação residem na capacidade de produção, armazenamen-to e distribuição de hidrogénio. A evolução desta tecnologia tem ainda um longo ca-minho a percorrer, sendo também incerta a opção futura por esta solução.

2› ClASSIfICAção E CArACtErÍStICAS doS VH E VEAs alternativas aos veículos convencionais, baseados em MCI, podem ser classificadas do seguinte modo:› Veículos híbridos – Em termos gerais, um

veículo híbrido é caracterizado por incluir dois ou mais sistemas de propulsão. Os mais usuais são os veículos híbridos eléc-tricos (VH) – combinação de dois sistemas de propulsão: um baseado no MCI, o se-gundo assente em um ou vários motores eléctricos (ME). Existem várias configura-ções possíveis para estes veículos: série, paralelo e série-paralelo (esta última com duas variantes);

› Veículos eléctricos (VE) – apenas incluem motores eléctricos. Em termos de fontes

funciona agora como gerador – e armaze-nada nas baterias, podendo ser posterior-mente utilizada na tracção do veículo;

› O MCI efectua o carregamento das bate-rias, havendo diferentes cenários a consi-derar: veículo imobilizado ou numa desci-da sem modos de tracção e frenagem nos sistemas de propulsão;

› O MCI e o(s) ME(s) – em modo regenerati-vo –, carregam simultaneamente as bate-rias do veículo;

› O MCI propulsiona o veículo, bem como efectua o carregamento das baterias;

› O MCI carrega as baterias e estas alimen-tam o(s) ME(s).

O elevado número de modos de funciona-mento nos veículos híbridos, torna-os muito flexíveis; no entanto, acresce a complexida-de do sistema de propulsão, o que implica a necessidade de sistemas complexos de controlo, bem como o desenvolvimento de sistemas de gestão dos fluxos de energia, capazes de optimizarem a eficiência dos modos de funcionamento anteriores.

Em seguida, descrevem-se as três configu-rações mencionadas para os VH, as quais se distinguem pelo modo como o MCI é inseri-do no sistema de propulsão eléctrica.

2.1.1› Configuração SérieO MCI apenas acciona um gerador que ali-menta o ME de tracção do veículo; o gerador também efectua o carregamento das bate-rias. Em termos de concepção, trata-se de um VE assistido por um MCI [2] – ver Figura 1 na página seguinte.

Em princípio, podem ser considerados os seguintes modos de funcionamento [1], [2]:› Energia de propulsão – baterias: o MCI é

desligado, a energia de propulsão provém unicamente das baterias;

› Energia de propulsão – MCI: a energia de propulsão é somente garantida pelo sis-tema MCI/gerador; não há qualquer fluxo de energia nas baterias;

› Energia de propulsão – modo híbrido: a potência de tracção é garantida pelo MCI e pelas baterias;

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revista técnico-profissionalARTIGO TÉCNICO o electricista

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› Energia de propulsão/Carregamento das baterias: o sistema MCI/gerador fornece a energia para propulsionar o veículo e car-rega as baterias;

› Frenagem regenerativa: o MCI é desliga-do; o ME funciona como gerador, efectu-ando o carregamento das baterias;

› Carregamento das baterias: o(s) ME(s) não são alimentados; o sistema MCI/gerador somente carrega as baterias;

› Carregamento híbrido das baterias: o sistema MCI/gerador e o(s) ME(s) – fun-cionando como gerador(es) – efectuam o carregamento das baterias.

Não existindo ligação mecânica entre o MCI e o sistema de transmissão de po-tência, os seus regimes de funcionamento tornam-se mais flexíveis, permitindo op-timizar o funcionamento do MCI (referido anteriormente). No entanto, a existência de três máquinas (MCI, gerador e ME) tornam o sistema de propulsão do veículo mais complexo, normalmente mais pesado e com menores rendimentos em relação às outras configurações.

2.1.2› Configuração paralelaExiste a possibilidade do MCI e do ME for-necerem potência, em paralelo, às rodas de tracção do veículo. Conceptualmente, trata-se de um veículo convencional (MCI) com

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Combustível

assistência eléctrica (MEs) [2]. Desta forma, ambos os motores estão acoplados ao veio de transmissão através de duas embraiagens independentes, pelo que a propulsão pode ser efectuada pelo MCI, pelo ME ou por am-bos (Figura 2).

Também aqui a optimização do funciona-mento do MCI é conseguida. O motor eléctri-co pode funcionar como gerador para carre-gar as baterias, havendo duas possibilidades:› Frenagem regenerativa;› No caso da potência mecânica disponível

no veio do MCI ser superior ao necessário para o esforço de tracção, o excedente é fornecido ao gerador.

Os modos de funcionamento possíveis são os seguintes:› Propulsão ME: o MCI é desligado; o veícu-

lo é propulsionado apenas pelo ME;› Propulsão MCI: o veículo é propulsio-

nado apenas pelo MCI (ao contrário do anterior);

› Propulsão Híbrida: ambos os motores (MCI e ME) contribuem para a propulsão do veículo;

› Propulsão MCI dividida: uma parte da potência no veio do MCI é usada na propulsão; a outra parte carrega as bate-rias, o que implica ter o ME a funcionar como gerador;

› Fenagem simples (apenas regenerativa):

Figura 1 . VH: Configuração Série. Figura 2 . VH: Configuração Paralela.

o MCI é desligado; o ME funciona como gerador, efectuando o carregamento das baterias;

› Frenagem regenerativa e mecânica: ME funciona como gerador; MCI funciona como freio mecânico.

Na configuração paralela há apenas duas máquinas (MCI e ME). Para desempenhos semelhantes é também de referir o uso de MCI e ME de menores potências, relativa-mente à configuração série.

2.1.3› Configuração Série-paralelaEsta estrutura integra as características das duas anteriores, procurando assimilar as vantagens de ambas. A Figura 3 apresenta esta configuração.

Em comparação com a estrutura série, há mais uma ligação mecânica ao veio de transmissão; relativamente à estrutura pa-ralela, existe mais uma máquina eléctrica. O acoplamento mecânico das três máquinas pode ser efectuado através da inclusão de um sistema de engrenagens planetário [1], [4]. A Figura 4 ilustra a sua estrutura.

Este sistema tem a vantagem de permitir o funcionamento do MCI num regime de ve-locidade constante (permitindo a sua opti-mização): a variação da velocidade no veio

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de transmissão do veículo é conseguida através da regulação da potência debitada pelo gerador. Trata-se, pois, de um sistema de transmissão variável de potência em modo contínuo, mais concretamente, um sistema electrónico de transmissão variável. Comparativamente aos sistemas puramente mecânicos de transmissão contínua, este sistema electrónico é mais simples, fiável e com melhores rendimentos, uma vez que não existem embraiagens, conversores de binário e caixa de engrenagens. Com vis-ta ao aumento do rendimento, fiabilidade e robustez, novas concepções de sistemas electrónicos de transmissão foram desen-

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MotorEléctrico

possibilidade de fluxo de energia bidireccio-nal, ou seja, o funcionamento como motor ou gerador. O potencial e versatilidade des-ta estrutura são superiores à configuração série-paralela, pois acrescenta um modo de funcionamento com três motores, o qual não existe naquela configuração. Natural-mente, também o nível de complexidade do(s) sistema(s) de propulsão é grande, o que torna o seu custo mais elevado, juntamente com maiores exigências ao nível do controlo do veículo, bem como do sistema de gestão de energia. Não obstante, é de referir a op-ção por esta configuração em algumas das séries mais recentes de VH [1], [2].

Figura 5 . VH: Configuração Série-Paralela “Complexa”.

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Gerador/

Motor

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Potência

Figura 3 . VH: Configuração Série-Paralela. Figura 4 . Sistema de Engrenagens Planetário

rEfErênCIAS

[1] Ehsani, Mehrdad, Gao,Yimin, E. Gay, Sebastien, Emadi,

Ali (2005). “Modern Electric, Hybrid Electric and Fuel

Cell Vehicles – Fundamentals, Theory and Design”,

CRC Press;

[2] Chan, C.C. (2007). “The State of the Art of Electric,

Hybrid, and Fuel Cell Vehicles”, Proceedings of the

IEEE, Vol. 95, No. 4, pp. 704-718;

[3] Chan, C.C. et al. (2010). “Electric, Hybrid and Fuel-

Cell Vehicles: Architectures and Modeling”, IEEE

Transactions on Vehicular Technology, Vol.59, No2,

pp. 589-598;

[4] K. T. Chau and C. C. Chan (2007). “Emerging energy-

efficient technologies for Hybrid Electric Vehicle”,

Proc. IEEE, vol. 95, no. 4, pp. 821–835;

[5] Hoeijmakers, Martin J., Ferreira, Jan A. (2006). “The

Electric Variable Transmission”, IEEE Transactions on

Industry Applications, Vol.42, No4, pp. 1092-1100;

volvidas, as quais assentam na eliminação do sistema de engrenagens planetário. Nes-se sentido refere-se: › Combinação de duas máquinas eléctricas

concêntricas [3];› Uma única máquina com dois rotores [4], [5].

2.1.4› Configuração Série-paralela “Complexa”A configuração representada na Figura 5 apresenta semelhanças com a estrutura série-paralela (1 MCI e 2 ME). Há, no entan-to, uma diferença importante na máquina eléctrica ligada mecanicamente ao MCI: a

(continua na próxima edição)

Page 9: O Electricista 37 - Projecto

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revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

143

dossierILUMINAÇÃO

DREEIP – DOCUMENTO DE REFERÊNCIA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA PARA A ILUMINAÇÃO PÚBLICAAlberto Van Zeller, Membro do CPI

TRANsFORMAÇõEs T8/T5/LED - PRáTICAs, sIMPLEs, RáPIDAs E… ILEGAIs E NÃO EFICIENTEs Henrique Barata Mota, Lledo Iluminação Portugal

O FUTURO (E O PREsENTE) DA ILUMINAÇÃORS Portugal - Amidata S.A.

UTILIzAÇÃO DE LEDs EM PROjECTO LUMINOTÉCNICO - 1.ª PARTELazaro Garcia Vazquez e Rui Pedro Raimundo Garcia, Membros do CPI

sIsTEMAs DE GEsTÃO DA ILUMINAÇÃO: LMs – LIGhT MANAGMENT sysTEMsOsram

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revista técnico-profissional ILUMINAÇÃOo electricista

144

A evolução tecnológica da luminotecnia vem conhecendo um desenvolvimento tão acelerado que mais parece uma revo-lução. Fontes de luz com características inovadoras, como é o caso dos leds, fomentam novas ideias abrindo caminhos e conceitos, nem sempre para substituir os meios existentes mas para complementar as suas potencialidades.

Por outro lado, o desenvolvimento das ciências da visão e novos conhecimentos biológicos, evidenciaram as exigências de boa iluminação na criação de ambiências estimulantes, em linha com o sentir do ser humano. Hoje em dia, conceber sis-temas de iluminação deixou de se basear exclusivamente em normas quantitativas, sendo a sua importância ultrapassada pelas exigências qualitativas do ambiente em que se desen-volve a actividade visual. Ao luminotécnico exige-se saber contemplar objectivos de natureza psicológica e fisiológica, para atender não só à resposta visual mas também à mental devida aos estímulos da luz.

A IeSNA acaba de lançar o livro “The lighting Handbook” onde o saber da luminotecnia é abordado ao longo de 1.087 páginas!

em paralelo com toda esta evolução, em Portugal, o escasso ensino da luminotecnia, salvo muito poucas e honrosas ex-cepções, tem regredido pelas reduções de tempo advindas dos acordos de Bolonha: aqueles mínimos de ensino desapa-receram. licenciaturas em engenharia electrotécnica e Arqui-tectura não contemplam a luminotecnia (existe arquitectura sem luz?).

Todavia, como por milagre, aparecem conhecedores de to-dos os lados, tudo sabem, promovem equipamentos técnicos, distribuem incentivos, “botam palavradura” como entendidos, desde que cheire a negócio.

Nos tempos difíceis que vivemos, parece caricato dizê-lo, mas o problema é que há dinheiro a mais para distribuir!

É ver os programas ditos de racionalização energética, em que as entidades que os promovem não têm suporte técnico nem know-how para bem os promover (nem o procuram) e todo esse dinheiro (o nosso dinheiro!) vai direitinho para a susten-tabilidade… dos interesses instalados.

Temos casos, como o da empresa que selecciona as luminá-rias aplicadas na maior parte da iluminação pública do País, ser sócia maioritária de um fabricante dessas luminárias, ou de outra cujo fim é certificar projectos de electrotecnia que elabora projectos de iluminação cheios de inverdades, mais parecendo promoção comercial (chegando a indicar altera-ções em luminárias que colidem com a etiqueta “Ce”), ou en-tidades vocacionadas para promover a racional utilização de energia, recorrendo a programas de incentivo sem objectivos válidos, reais e criam-se ”peritos” de luminotecnia em cursos de 1 dia…

Muitas vezes a sustentabilidade energética tem sido um filão não contributivo para o bem estar dos cidadãos, nem para a racional utilização dos dinheiros disponibilizados.

Para todos aqueles que têm dedicado a sua vida profissional ao bom uso da iluminação, este status quo é francamente desanimador.

É caso para dizer que nunca o panorama da luz foi tão negro! Não há ninguém que acenda a luz? Já! Por favor …

Vitor VajãoPresidente da direcção do CPI – Centro Português de Iluminação

A Iluminação em Portugal:sustentabilidade energética ou de interesses?

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revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

145

INTRODUÇÃOHoje um sistema de iluminação pública é mais de que um processo técnico e uni-disciplinar para ser um processo politico e multidisciplinar.

Em Portugal, a iluminação pública represen-ta 3% do consumo total de energia eléctri-ca, cerca de 1,4 TWh. Tem um crescimento médio anual próximo do restante consumo, 4/5%. O número de pontos de luz ronda os 4 milhões (fonte EDP) dos quais mais de 70% estão sob gestão da EDP ao abrigo da porta-ria 454, de Maio de 2001.

A maioria destes pontos de luz são com lâm-padas vapor de sódio alta pressão, apesar de tudo uma das lâmpadas mais eficientes da

Alberto Van ZellerMembro do CPI

actualidade (> 100 lm/W), de luz amarelada, e muito poucas lâmpadas ineficientes de va-por de mercúrio alta pressão e com tendên-cia a desaparecerem rapidamente.

Nos municípios portugueses, a iluminação pública é responsável pelo maior consumo de energia eléctrica, nalguns casos o valor do consumo ultrapassa 70% do total consu-mido por esses municípios. É um facto que mais de 50% desta energia gasta não resul-ta em luz útil. É o resultado de más práticas de projecto, ausência de formação específi-ca no nosso sistema de ensino, manutenção precária, utilização de níveis excessivos de iluminação por razões culturais, políticas ou erros de projecto, aplicação de conceitos e sistemas obsoletos pouco eficientes, ausên-cia de técnicos habilitados numa boa par-te dos municípios, não obrigatoriedade de aplicação de normas europeias ou nacionais, limitações inerentes ao contrato de conces-são entre a distribuidora e municípios, entre outras.

Sabemos que a produção de 1 KWh impli-ca a emissão de C0

2 para atmosfera numa percentagem que em Portugal se situa ao redor de 420 g/KWh. No entanto, a efici-ência energética na iluminação pública não

DREEIP {DOCUMENTO DE REFERÊNCIA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

PARA A ILUMINAÇÃO PÚBLICA}

Actualmente a iluminação pública desempenha um papel fun-damental no espaço urbano, proporcionando visão nocturna, funcionando como elemento de interacção social, promovendo ambiências simbólicas e psicológicas, funcionando como lin-guagem visual, devendo interagir e respeitar a paisagem urbana nocturna, promovendo e potenciando zonas comerciais e ser um pólo de atractividade turística.

significa poupança ou restrição mas o re-sultado da utilização inteligente e racional da tecnologia disponível e um exercício de responsabilidade social onde não cabe uma visão meramente comercial.

Perante este cenário, a Rede Nacional de Agências de Energia, RNAE, alicerçada na consultoria da OE e do CPI, propõe no início de 2010 ao Ministério de Economia, Inova-ção e Desenvolvimento (MEID) a criação de um documento de referência de eficiência

Exemplo de instalação pouco eficiente.

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energética para a iluminação. Esta propos-ta da RNAE mereceu o apoio do MEID, que decidiu criar um Grupo de Trabalho, coor-denado pelo próprio Ministério e consti-tuído pela RNAE (CPI e OE), ADEME, EDP e LAB. Esta iniciativa recebeu um forte apoio da Associação Nacional de Municí-pios Portugueses.

OBJECTIVOS› Dotar os Municípios/Decisores de um ins-

trumento que aponte para soluções sus-tentáveis do ponto de vista de eficiência energética na iluminação pública, incluin-do zona pedonais independentemente da fonte ou da tecnologia utilizada;

› Valorizar, responsabilizar e dinamizar o projecto luminotécnico, actualmente o parente pobre de um projecto de infra-estruturas e englobado no projecto de electricidade como um item;

› Estimular os fabricantes do sector para a busca de soluções mais eficientes;

› Servir de referência para novas instala-ções e para requalificações;

› Balizar a avaliação de projectos no âmbito do QREN ou outros programas;

› Instalações de iluminação pública mais eficientes e sustentáveis;

› Redução em mais de 30% do consumo energético;

› Diminuição das emissões de CO2;

› Este documento não se aplicará a ilumi-nação de zonas especiais urbanas, ilumi-nação festiva, iluminação monumental, instalações militares, túneis, iluminação de segurança ou outras que sejam objecto de regulamentação específica.

LINHAS ESTRATÉGICAS DO DOCUMENTO› Convergência com o Plano Nacional de Eficiência Energética, PNAEE, normas internacio-

nais e Portaria 454;› Classificação criteriosa das vias de acordo com o método simplificado da CIE 115/2010, que

se baseia na norma EN13201;› Adaptação dos níveis de iluminação às correspondentes classificações das vias, com limites

até mais 20% e não menos de 95%, dos níveis tabelados;› Os equipamentos devem cumprir com as especificações das autarquias ou concessionárias

das redes e na ausência destas, estes devem ter obrigatoriamente certificado ENEC;› Disciplinar e uniformizar o factor de manutenção global (FM), recorrendo a tabelas de refe-

rência, para as diferentes variáveis que intervêm no FM e potência da luminária, permitindo ao decisor/auditor uma base de comparação;

FM = FMFL x FSL x FML

– FMFL (Factor de Manutenção do Fluxo Luminoso) – FSL (Factor de Sobrevivência da Lâmpada/Fonte de Luz) – FML (Factor de Manutenção da Luminária)

› Potenciar o Factor de Utilização e assim reduzir a dispersão de luz para fora da área a iluminar;

› Limitação do fluxo luminoso para cima, reduzindo a poluição luminosa e a luz intrusiva, inferior a 1% para zonas críticas como aeroportos, hospitais, rede natura, entre outras, inferiores a 5% para zonas fora do perímetro urbano e urbanizações, e até 20%, para zonas dentro do perímetro urbano;

› Introdução de um índice de eficiência energética:

ε = S (m2) x Em (lux)/p (Watts)

› Classificação Energética de uma instalação. Esta classificação resulta da comparação do índice de eficiência calculado com uma tabela de referência e esta segue a mesma filosofia utilizada na classificação energética dos electrodomésticos;

› A iluminação pedonal está isenta de classificação energética;› Projectar com base em operações de manutenção a 3 anos;› Modelo para diagnóstico energético em caso de utilização de sistemas de redução e con-

trolo de fluxo;› Garantir em qualquer circunstância a qualidade da iluminação pública;› Uniformização dos documentos que devem cumprir o projecto;› Uniformização dos documentos que devem ser entregues no final da obra;› Medição e monitorização inicial e/ou periódica de acordo com Norma 12301-4.

Sempre que se justificar, está previsto uma revisão anual do documento pelo grupo de trabalho.

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Dan Ariely é um economista comportamen-tal. Já dedicou dois livros a relatar as suas experiências. As conclusões são no mínimo curiosas e estão magistralmente resumidas no título do primeiro livro “Previsivelmen-te irracionais” - a frase refere-se aos seres humanos. O autor demonstra, com exem-plos práticos, que as nossas escolhas nem sempre são suportadas pela melhor solução – aquela que aumenta o nosso benefício. Ao contrário, seguem critérios que nalguns casos desafiam até o mais elementar bom senso. Para o leitor interessado recomenda-se a leitura completa das duas obras ou para os mais atarefados as duas conferências “TED” na Internet. Nesta rubrica interessa-nos destacar que uma das condicionantes às decisões racionais é o fenómeno de moda que leva as pessoas a seguir determinada orientação só porque existem outras pesso-as a fazê-lo.

Por outro lado um gestor português – Luís Todo Bom – num artigo publicado na im-prensa económica relatou um outro com-portamento interessante que denominou “Os Achadores”. Alguns indivíduos porque gostam de emitir opinião sobre assuntos que não conhecem em profundidade, aju-ízam sobre uma determinada matéria co-meçando a frase com um “Eu acho que…” pronunciando depois uma “lei” que não tem a menor base científica e factual.

Henrique Barata MotaEng.º Eletrotécnico, Director Geral da Lledo Iluminação Portugal

Vem esta introdução a propósito da utili-zação de kit´s de conversão de luminárias equipadas com lâmpadas T8 em T5 ou em “lâmpadas tubulares com LEDs” para tornar a iluminação mais eficiente em termos de consumo de energia.

Primeiro porque parece ser um fenómeno de moda e depois porque muitos “preten-sos técnicos” defendem “cientificamente” (eu acho que…) estes sistemas, revelando um desconhecimento dramático sobre o tema em questão. E se essa pretensa falta de conhecimento não for a verdadeira razão, então existe uma intenção de fazer negócio à custa da ignorância alheia. Dou-lhes o be-neficio da dúvida já que me obrigaram ao embaraço da escolha.

Existe um princípio que deve presidir a todas as acções tendentes a conseguir uma boa eficiência energética “um sistema é energe-ticamente eficiente quando utiliza um míni-mo de energia, garantindo simultaneamente um nível de serviço adequado.”

Embora pareça uma verdade de ”la Palice” (que afinal não disse as evidências que lhe são atribuídas) não está a ser respeitada. Como se verá muitas das “economias” são conseguidas à custa da redução do nível de iluminação, não se garantindo portan-to o serviço adequado. Aliás se essa fosse

transformações T8/T5/LED

a solução, em vez de Kits pretensamente economizadores, recomendaríamos que se desligassem as lâmpadas. Para o mesmo efeito teríamos um investimento mais baixo. No limite até podemos pensar em voltar à idade das cavernas – utilização exclusiva de luz natural. Economia total.

Os sistemas alvo da análise deste artigo, pretendem substituir as lâmpadas T8 (diâ-metro de 26 mm) normalmente com balas-tros ferromagnéticos que equipam luminá-rias dos mais diversos tipos, por conjuntos de lâmpadas T5 e balastro electrónico, formando um sistema compacto ou por lâmpadas de LED também equipadas com o respectivo “drive”.

A adequação destas medidas deve ser es-tudada, em nosso entender, em pelo menos duas vertentes:a) A alteração preenche os requisitos legais

e de segurança, de acordo com a legisla-ção existente?

b) O sistema preconizado é realmente mais eficiente do que o existente e em caso afirmativo, o investimento realizado tem um retorno apropriado?

Uma luminária é projectada e fabricada para atender aos requisitos de segurança e de-sempenho das normas e demais legislação e a sua fotometria é planeada para habilitar

{PráTicas, simPLEs, ráPiDas E … iLEgais E não EficiEnTEs}

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revista técnico-profissional

o “light designer“ a calcular o número cor-recto de luminárias e a sua localização que corresponda à exigência das tarefas. Além disso, cada luminária é testada no final da linha de produção para se assegurar que se trata de um aparelho electricamente segu-ro. O fabricante, em seguida, deve colocar a marca CE na luminária (ou submetê-la a um organismo habilitado que lhe conceda a classificação ENEC). Este procedimento con-firma que o produto cumpre os requisitos es-senciais das Directivas relevantes. Esta é uma exigência legal. Não se trata de uma opção.

No mesmo sentido actuam os fabricantes. De seguida procede-se à transcrição de uma nota que acompanha todas as luminárias de um fabricante português: “Este aparelho de iluminação corresponde às normas de segu-rança EN 60598 conforme as exigências da Directiva de Baixa Tensão 2006/95/CE e DL 117/88. Quaisquer modificações incorrectas neste aparelho, ou seus componentes, po-dem alterar as características de seguran-ça regulamentares. Aparelhos em que se tenham efectuado tais alterações, deixam de corresponder às normas de segurança pelo que a (nome da empresa) declina toda a responsabilidade pelas anomalias daí re-sultantes.” Até a nossa indústria, que nem sempre prima pelo respeito pela legislação – e nisso não está sozinha, pois muitos fa-bricantes estrangeiros também não o fazem – tem o cuidado de avisar em cada luminária que fabrica, do perigo que os “electricistas de ocasião” incorrem, se por conta e risco resolverem alterar uma luminária (o preceito é extensivo a qualquer outro aparelho eléc-trico mas no caso presente interessa-nos as luminárias). Argumenta-se por vezes que os “adaptadores” utilizados estão todos certi-ficados. No entanto a existência de todos os componentes certificados não pressu-põe que o conjunto o esteja. O todo não é a soma das partes.

Mas não é só a empresa fabricante do apa-relho a alienar responsabilidade. As compa-nhias de seguro estão na linha da frente a procurar razões para não indemnizar em caso de acidente que neste caso pode ser electro-cussão, incêndio, eventualmente explosão da

lâmpadas, que podem causar danos mate-riais e humanos, e muitos outros. Basta que detectem que a origem do acidente foi pro-vocada por uma alteração da luminária para que alienem toda a responsabilidade.

Neste capítulo não está em causa apenas o aspecto legal. Ainda que o mesmo se destine a assegurar aos consumidores uma utiliza-ção segura, existem aspectos técnicos que importa destacar. De seguida enumeramos alguns:› os suportes das lâmpadas não estão pre-

parados para suportar o peso das lâmpa-das LED ou do compacto T5/balastro elec-trónico que nalguns casos multiplicam por mais de dez o seu peso;

› a dissipação de calor pode não se fazer correctamente pois todo o conjunto não foi projectado para aquela fonte de luz;

› não está assegurada a compatibilidade electromagnética;

› no caso da lâmpada LED existem com-ponentes alimentados a uma tensão re-duzida, pelo que a legislação aplicável é diferente e o perigo que posteriormen-te alguém possa ser induzido em erro é enorme;

› as alterações introduzidas podem inabili-tar a utilização da luminária em regime de iluminação de segurança;

› a obrigação de encaminhar no final da vida a luminária para reciclagem cessa por parte da empresa fabricante ou dis-tribuidora;

› o conjunto pode não fornecer o mesmo rendimento, como veremos.

A resposta à alínea a) é portanto negativa.

Consumo 36 W 18 W

Fonte de Iluminação Pó Fluorescente Chip de LED + Pó Fluorescente

CCT (K) 6.500 6.400

Eficiência Luminosa (LM/W) 55 96

Fluxo Luminosa (LM) 1.980 1.660

Iluminação (LUX/M) 345 430

Diâmetro (mm) 26 26

Comprimento (mm) 1.200 1.200

Tempo de Vida Útil (H) 8.000 50.000

Imagine agora que fez uma viagem Lisboa-Porto com um carro topo de gama e a sua velocidade de cruzeiro foi de 150 km/hora. O leitor é um bom condutor, o seu carro é dos mais seguros e à velocidade de 150 km/hora o motor do carro apresenta o máximo rendimento pelo que a sua via-gem foi eficiente (menos tempo e menor consumo) e não colocou em risco a sua vida ou dos outros automobilistas mais do que um recém-encartado com um carro com 20 anos que fosse a 120 Km/hora. Isto é, não tendo cumprido a lei, tinha algu-mas atenuantes.

No nosso caso, ainda que estando a infringir a lei, se procedesse a alterações de luminá-rias realizadas por pessoal competente, que assegurasse a devida segurança e obtivesse uma eficiência energética compatível com o investimento feito, estaríamos em presença das já referidas “circunstâncias atenuantes”. No entanto, como veremos de seguida, os sistemas que estão instalados e que pre-tensamente conduzem a mais de 50% de poupança com um investimento mínimo na maior parte dos casos, são mais consu-midores de energia do que os existentes e quando conseguem alguma poupança, o investimento inicial conduz a períodos de recuperação que inviabilizam a alteração.

Iniciamos a nossa análise com alguns casos práticos retirados da nossa experiência.

A marca Sky Leds publica na Internet docu-mentos de divulgação de sistemas “econo-mizadores de energia” dos quais destacamos(ver Tabela abaixo).

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Trata-se de uma publicação colocada na Internet onde ainda se pode ler:

› A Lâmpada LED T8 tubular da Sky Led´s utiliza menos de 60% da energia eléctrica do que a lâmpada fluorescente tubular necessita para a emitir mesma quantidade de luz;

Alguém disse que a publicidade é a arte de dizer mentiras inteiras com meias verdades. Ana-lisemos os dados fornecidos. Qualquer catálogo de lâmpadas indica para as T8 com uma temperatura de cor entre 3 a 4 000º K, – temperatura de cor normalmente utilizadas nos escritórios e na maior parte das aplicações – um fluxo de 3 350 lm. Não se entende onde se encontrou o fluxo de 1.980 lm. Com este novo valor obtemos para a eficiência luminosa da lâmpada T8 , 93 lm/W.

Para as temperaturas de cor acima indicadas o valor de 96 lm/w fornecido para a “lâmpada” LED não será atingido. Além disso a solução T8 já se encontra em declínio sendo mais correcto realizar um estudo entre soluções T5 e Lâmpadas LED. Neste caso, considerando como deve ser feito, toda a parafernália para o sistema funcionar (balastros ou drives) obtêm-se valores para as luminárias equipadas com T5 mais eficientes do que as equipadas com lâmpadas LED. Além de que a duração de lâmpadas T5 disponíveis no mercado atingem facilmente valores superiores a 40.000 horas, com preços competitivos. O quadro real será então:

(a) as lâmpadas T5 têm ainda um maior rendimento;(b) em http://www.facilitiesnet.com/lighting/article/LEDs-Myths-about-Performance-Main-

tenance – 12439 pode ler-se que o DOE (Departamento de Energia dos EEUU) verificou recentemente que um quarto dos produtos LED não ultrapassam as 1.000 horas (o leitor leu bem – 1/4 dos produtos LED não atingem as 1.000 horas).

Admita-se, por agora, que os dados das lâm-padas LED estão correctos (como veremos não estão). Os da T5 estão manifestamente errados. Os seus autores estavam distraídos ou nunca tiveram qualquer contacto com fontes de luz (tecnicamente falando).

Tempo de vida útil da T5 – qualquer ca-tálogo fornece no mínimo 20.000 horas e neste momento os catálogos da Philips, Osram e Aura indicam valores superiores a 40.000 horas com um acréscimo de preço pouco significativo, e muito abaixo dos das lâmpadas LED. Ver também o que acima se refere sobre a duração dos “LED” – um quarto dos LED não passa a barreira das 1.000 horas.

Balastro e arrancador – Qualquer técnico minimamente informado sabe que uma lâm-pada T5 funciona com balastro electrónico – dispensa arrancador tal como o conhece-mos – e também sabe que o “equivalente” ao Balastro electrónico da T5 é o “drive” na lâm-pada LED, como o próprio folheto da em-presa indica. Deveria, pois, acrescentar-se uma linha à Tabela onde se lesse:

Economia de energia – Uma lâmpada T5 de 35 W (1.200 mm) fornece 3.300 lm. A lâmpada LED segundo o fabricante forne-ce 1.200 lm. Logo a eficiência da primeira é de 95 lm/W e da segunda 100 lm/W. Ou seja uma economia de 5% e não superior a 50%, como o folheto indica. Mas mesmo esta economia não é real, porque a lâmpa-da LED colocada numa luminária que não foi projectada para a sua utilização, perde muito mais do que os 5% de vantagem ini-cial. De notar que uma consulta na Inter-net revela que os 100 lm/W devem sofrer da mesma imprecisão dos restantes dados pois os valores obtidos para outras mar-cas são mais baixos. Uma entidade acima de qualquer suspeita – o Departamento de Energia dos EUA – no seu programa Caliper de Junho de 2011 (disponível na Internet)

Consumo 36 W 18 W

Fonte de Iluminação Pó Fluorescente Chip de LED + Pó Fluorescente

CCT (K) 3 a 4 .000 6.400

Eficiência Luminosa (LM/W) 93 (a) 96

Fluxo Luminosa (LM) 3.350 1.660

Iluminação (LUX/M) ????? ????

Diâmetro (mm) 26 26

Comprimento (mm) 1.200 1.200

Tempo de Vida Útil (H) > 40.000 50.000 (b)

Dimensão (mm) Potência (W) Lumens

550 8 600

850 10 900

1150 12 1200

Um outro caso, não menos interessante – ocorrem-me outros adjectivos que me escuso de escrever. Lâmpadas de LEDs co-mercializadas em Portugal sob a designação ENERSAVE pela PLORAN. Um folheto à dis-posição na Internet indica:› Economia de energia em cerca de

70~80% (mais uma vez os números que lê são os que a empresa publica, que estão completamente equivocados).

Características das Lâmpadas LED – ver Ta-belas à direita.

Quadro comparativo com T5

T5 Lamp LED

Tempo vida util 5.000 50.000

Balastro e arrancador Sim Não

Economia de energia > 50%

Drive Não Sim

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corrobora esta opinião – “as lâmpadas LED ainda não competem em eficiência com as Fluorescentes T5”.

Estudemos agora um outro exemplo. Trata-se agora de um Green Tube que pretende subs-tituir numa luminária existente, uma lâmpada T8 e o balastro ferromagnético associado por um sistema compacto de lâmpada e balastro T5.

Anuncia-se que as economias conseguidas são:

Consultando o website da Green Tube na sua versão original verificamos que uma lâmpada de 21 W produz um fluxo de 1.789 W. Esta lâmpada tem as dimensões 1.102 x 28 e com os acessórios terá uma dimensão de 1.200 x 35 mm. Estamos pois na situação da linha 3 acima apresentada.

Logo a lâmpada tem um rendimento de 1789/21 = 85 lm/W. Uma lâmpada T8 apresenta um fluxo de 3.350 lm – rendimento de 93 lm/W – ou seja o projecto propõe-se a colocar uma lâmpada com um fluxo só 53% (1.789/3.350 = 53%) do inicialmente instalado e cujo rendi-mento por Watt é inferior. Repito – o rendimento do equipamento da proposta é inferior ao do existente.

Podemos agora estudar o comportamento destes aparelhos no seu “habitat”, isto é, na lu-minária que se pretende intervencionar. Admitamos que o consumo do balastro de 36 w se encontra na média dos valores estabelecidos pelo fabricante dos Green Tubes – 44 W – con-forme Tabela abaixo.

green Tube – 1.789/ 22 = 81,3 lm/Wconj 36w - 3.350/ 44 = 76,13 lm/W

Ou seja o Green Tube apenas representaria um economia de 6,4%. Falamos no condicional porque o rendimento da luminária virá certamente diminuído pelo facto dos seus componen-tes reflectores e difusores terem sido projectados para a lâmpada T8. Mais detalhes poste-riormente neste artigo.

No caso em análise a substituição de lâm-padas de 36 W por lâmpadas de 22 W na realidade, iria provocar um consumo mais baixo mas à custa do nível luminotécnico que passaria para metade. A solução pare-ce bizarra. Não é expectável que os níveis existentes na generalidade das instalações sejam o dobro dos necessários, mas se isso fosse verdade seria mais económico desligar metade das lâmpadas. Sem nenhum investi-mento conseguir-se-iam os mesmos resul-tados. Elementar.

Analisemos agora um outro caso. Também se trata de uma conversão de T8 em T5 mas aqui o balastro não vem incorporado na lâmpada. Existe um kit de conversão para o Balastro Electrónico e para ajustar os comprimentos. O sistema é vendido com uma designação muito ecológica, como convém – ECOLIGHT é o seu nome de baptismo (os anteriores não lhe ficam atrás – GREEN TUBE, ENERSAVE . O marketing no seu melhor).

Os resultados obtidos são fantásticos (ain-da que abaixo dos 70 a 80% indicados por outro fabricante) – publicam-se na língua original (ver Tabela na página seguinte). As mentiras contam-se em qualquer idioma.

Na pior das hipóteses, o incauto consumidor vai poupar 33%. Mas deve ter-se cuidado ao interpretar os números. Se submeti-dos a uma máquina de tortura podem ser estirados, encolhidos, moldados de modo a fornecerem o que queremos. Mas uma análise um pouco mais detalhada reve-la que afinal os balastros electrónicos que equipam as T5 também consomem alguma potência que o “engenheiro” que apresen-ta o estudo se esqueceu de indicar. Além disso existe um outro esquecimento – as lâmpadas T8 e as “equivalentes“ T5 não dão a mesma luz. Perdoem-me a linguagem – não emitem o mesmo fluxo, é mais técnico. Consultemos pois um catálogo e façamos as devidas correcções. O leitor já está mesmo a ver que a seguir vamos dizer que o estudo se deve realizar comparando o que é compa-rável. Neste caso a unidade a utilizar será o lm/w, isto é o fluxo emitido por unidade de potência consumida.

Tamanho da

lâmpada

T8 + balastro ferromagnético

Green Tubes Reduçãona

potência absorvida

Poupança EnergéticaPotência

absorvidaPotência lâmpada

Potência absorvida

Potência lâmpada

60 cm 27 W 18 W 12 W 12 W 15 W 56%

90 cm 38 W 30 W 16 W 16 W 22 W 58%

120 cm 48 W 36 W 22 W 22 W 26 W 54%

150 cm 73 W 58 W 32 W 32 W 41 W 56%

ModeloPotência/tamanho

Dimensões(mm)

ConsumoConsumo

lâmpada T8 convencional

Lâmpada T8 + balastro

convencional

GT1012X 12 W / 60 cm 600 x 35 x 35 12 W 18 W 22-27 W

GT1016X 16 W / 90 cm 900 x 35 x 35 16 W 30 W 34-38 W

GT1022X 22 W / 120 cm 1.200 x 35 x 35 22 W 36 W 40-48 W

GT1035X 35 W / 150 cm 1.500 x 35 x 35 35 W 58 W 64-73 W

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Afinal na sua plenitude os números revelam-se muito cruéis. A poupança anunciada baixou quase para um terço e na potência mais utilizada na prática, é de apenas 8% (baixou 4,5 ve-zes). Mas parece que ainda economizamos alguma coisa. Basta agora ver se o que se poupa justifica o investimento inicial (presumindo que esquecíamos os aspectos legal e de seguran-ça, conforme considerações anteriores).

Estava quase tentado a concordar se não fosse um outro detalhe. Mas pequenos detalhes, grandes diferenças. A luminária objecto desta transformação tem o seu sistema óptico pre-parado para receber uma lâmpada T8 – dimensões do componente óptico, rendimento do sistema, entre outros. Como a lâmpada T5 tem diferentes dimensões, inevitavelmente o seu comportamento não será o mesmo. Nem no rendimento nem no deslumbramento. Este será fortemente afectado. As T5 são “mais brilhantes” porque têm mais fluxo por unidade de área. Combinação portanto explosiva quando aplicada a uma luminária que lhe é estranha – mais deslumbramento, menos rendimento.

Os componentes ópticos mudaram desde que apareceram as T5. Não foi certamente por capricho dos fabricantes ou por moda. A melhor performance das luminárias equipadas com lâmpadas T5 não se deve só à fonte de luz. O sistema óptico, os alumínios e as temperaturas de funcionamento são largamente responsáveis por esse aumento de eficiência. Não resisto a traduzir as conclusões que, em 1997, Tommy Goven da Fagerhult apresentou num documen-to em que analisava as vantagens da T5 versus a T8, na 4.ª Conferência Right Light que tive oportunidade de assistir.

“Usando os tubos T5 em conjunção com novos e mais eficientes reflectores as luminárias aumentam consideravelmente o seu potencial como economizadoras de energia. Na prá-tica, quer a iluminação geral quer a localizada com T5 e componentes ópticos adequados conduzem a economias que ultrapassam os 35% se comparadas com instalações com T8 equipadas também com balastros electrónicos.Contudo a eficácia das lâmpadas T5 usadas sem os componentes ópticos associados, isto é com lâmpadas nuas, pode ser inferior às das luminárias com lâmpadas T8. Uma das razões é

porque nesse caso a temperatura ambiente afasta-se normalmente daquela onde as T5 são mais eficientes (35º C). Hoje as lâmpadas T5 permitem aos designers criar luminárias mais pequenas e elegantes. Mas quando se está a desenhar reflectores e difusores para estas lâmpadas deve ter-se em conta o brilho das mesmas para evitar deslumbramentos. Consumos de materiais e de embalagem po-dem vir a ser reduzidos, contribuindo para mais ganhos de energia”.

Mensagem – é preciso considerar um com-ponente no seu ambiente para obter dele a maior eficácia.

É extraordinário como há 14 anos alguém apontava um caminho e hoje ainda nos es-tamos a debater com a utilização errada da tecnologia.

Logo a resposta à alínea b) é obviamente ne-gativa. Pode pois concluir-se que substituir na mesma luminária lâmpadas T8 por T5 ou lâmpadas LED além de ilegal e pouco segu-ro é ineficiente. Só um fenómeno de moda, aliado a análises tecnicamente erradas pode conduzir a que os “achadores” preconizem sistemas tão inadequados.

Já agora, permitam-me a liberdade de “achar” que com comportamentos e conhe-cimentos tão pouco adequados não admira que façamos parte da cauda da Europa, por-que infelizmente este tipo de procedimentos é replicado noutros sectores da sociedade.

SOBRE O AUTOR

Henrique Luis Barata Mota é licenciado em

Eng.º Electrotecnica e Pós-Graduado em Ges-

tão de Empresas. Foi Professor Universitário

de 1977 a 2000. Director Geral da Lledo Ilumi-

nação Portugal, é o responsável pela Especia-

lização de Luminotecnia da Ordem dos Enge-

nheiros e Presidente do Conselho Cientifico do

Centro Português de Iluminação. Formador de

Peritos em Eficiência Energética - colaboração

com a ADENE. Colaborou como perito na re-

formulação do RSECE.

Power rating of conventional fitting

& T8 fluorescent tube

Power rating of EcoLight T5 & T5

fluorescent tube

Different between input power of

T8 & T5R

Input Power

Tube Rating Model No.Input Power

Power Saved Saving Rate

21 w 18 w T518FE 14 w 7 w 33%

44 w 36 w T528FE 28 w 16 w 36%

67 w 58 w T535FE 35 w 32 w 47%

Fluxo das lâmpadas

Power rating of conventional

fitting & T8 fluorescent tube

Power rating of EcoLight T5 & T5 fluorescent tube

lm/wSaving rate

em lm/w

T8 T5Input Power

Tube Rating

Input Power

Tube Rating

T8 T5

1.350 1.200 21 18 16,5 14 64,3 72,7 12%

3.350 2.600 44 36 31,5 28 76,1 82,5 8%

4.350 3.300 67 58 39 35 64,9 84,6 23%

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A iluminação pode chegar a representar até uma quinta parte do consumo eléctrico de um lar. Actualmente existe uma diferença de até 80% no desempenho entre a tecnologia menos eficiente e a mais eficiente. Portan-to, a renovação das lâmpadas de uma casa pode significar uma poupança de 10 a 15% na factura de electricidade.

Assim através da aplicação de uma norma directiva, a União Europeia comprometeu-se a eliminar gradualmente as fontes de luz convencionais que desperdiçam energia. O objectivo final da directiva é eliminar todas as lâmpadas que não possuem uma classifi-cação energética A ou B em 2016 (sendo A a classificação energética mais eficiente e G a classificação menos eficiente).

Na primeira fase da implementação dessa directiva serão eliminadas todas as lâmpa-das com classificação energética inferior a C até 1 de Setembro de 2012. Isto significou que em 2009 foram proibidas as lâmpadas incandescentes ou halogéneas convencio-nais de mais de 100 W, em 2010 as de mais de 75 W, em 2011 as de mais de 60 W e em 2012 todas essas lâmpadas serão proibidas, já que o seu nível máximo de classificação energética é E.

RS Portugal - Amidata S.A.

Na sua luta contra a mudança climática, um dos principais ob-jectivos da União Europeia (UE) consiste na redução do seu gasto energético total em 20% para 2020. Uma das principais formas para alcançar esta redução passa pela melhoria da eficiência energética dos dispositivos, produtos e sistemas comercializados e utilizados na região.

Nesta directiva contempla-se que algumas lâmpadas específicas para aplicações es-peciais, por exemplo as lâmpadas de forno, estarão disponíveis.

Graças a esta regulação, espera-se que os cidadãos da UE poupem um total de 40 TWh (aproximadamente a electricidade consumi-da na Roménia ou o equivalente a 10 cen-trais eléctricas de 500 MegaWatts) e redu-zam as emissões de CO

2 em 15 milhões de toneladas anuais. Adicionalmente, essa re-gulação permitirá injectar de 5.000 a 10.000 milhões de euros na economia da UE.

Como resposta à necessidade de encontrar uma alternativa sustentável para substituir as lâmpadas tradicionais, surgiram algumas tecnologias no mercado:

o futuro (e o presente) da iluminação

A› Lâmpadas halogéneas convencionais de baixo consumoMuitas lâmpadas halogéneas são de baixo consumo, sendo mais eficientes do que as lâmpadas halogéneas tradicionais alimenta-das directamente com tensão de rede (220 V). Esses halogéneos convncionais de baixo consumo (12 V) necessitam de halogéneo na luminária ou integrado na lâmpada.Podem alcançar a classe C de eficiência energética e, neste caso, estarão disponíveis até 2016. Podem durar até 4.000 horas, quer dizer, 4 vezes mais do que as lâmpadas in-candescentes normais.

B› Lâmpadas halogéneas de gás xénon (C-class)Com um gás xénon no seu interior, estas lâmpadas halogéneas consomem aproxima-damente 25% menos energia quando com-paradas com a melhor das lâmpadas incan-descentes convencionais. Podem alcançar a categoria energética C e estarão disponíveis até 2016. Existem em formato para luminá-ria halogénea tradicional, mas também num formato similar às lâmpadas incandescentes tradicionais para poder atender ao mercado actual de luminárias. Têm uma vida útil de 2.000 horas, o que supõe o dobro de uma lâmpada incandescente tradicional.

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revista técnico-profissional IlumInaçãOo electricista

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transformador. Existem versões compatíveis com luminárias halogéneas e versões com forma de lâmpadas incandescentes tradi-cionais. Podem durar até 3.000 horas.

D› Lâmpadas fluorescentes compactas (CFLs) São em tubos fluorescentes de tamanho compacto no qual o arrancador não é uma peça separada como nos tubos longos, mas está integrado na lâmpada. Às vezes, tam-bém incluem uma cobertura exterior para proteger os tubos, e assim estas lâmpadas são compatíveis com os casquilhos de lâm-pada tradicional. Estas lâmpadas oferecem reduções de 65% a 80% de energia, chegan-do a ser categoria A de eficiência energéti-ca. Outra grande vantagem é a sua duração, visto que possuem uma vida útil de 6.000 a 15.000 horas em comparação com as 1.000 horas da lâmpada incandescente tradicional.O principal problema destas lâmpadas é que contém mercúrio, pelo qual é necessário ter

revista técnico-profissional

C› Lâmpadas halogéneas com revesti-mento de infra-vermelhoEsta é uma tecnologia recente. Ao aplicar um revestimento de infra-vermelho nas pa-redes da lâmpada halogénea, esta consome menos 45% de energia do que uma lâmpa-da incandescente tradicional, permitindo alcançar a categoria B de eficiência ener-gética. Contudo, isto é possível apenas em baixas voltagens, pelo que é necessário um

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precauções diante de possíveis quebras e na hora de reciclá-las.

E› Lâmpadas LEDAs lâmpadas compostas por LEDs são uma tecnologia emergente, ao oferecer uma efi-ciência similar às CFL, sem conter mercúrio e com uma vida útil ainda mais longa.A iluminação LED para ambientes encontra- se nas primeiras fases da sua comercialização, mas num futuro próximo será a substituição perfeita para qualquer tipo de lâmpada.

VENTILAÇÃO DE AR CONTROLADO (V.A.C.)

SISTEMAS DE TRATAMENTO DE AR

VAC é um sistema de renovação do ar para habitações. O processo de regeneração de ar, é feito pelas grelhas de ar colocadas nos quartos e sala, o qual é sugado pelas grelhas que se encontram nas casas de banho e cozinha, sendo posteriormente expelido pela grelha de evacuação.

Funcionamento de uma V.A.C. de fluxo duplo:• O ar viciado é extraído da cozinha e W.C. (divisões húmidas) e passa pelo

permutador térmico antes de ser rejeitado para o exterior da habitação.• O ar novo, sem se misturar com o ar viciado, recupera a energia na pas-

sagem pelo permutador térmico.• O ar novo entra nas principais divisões (sala + quartos) pelas condutas de

insuflação. • O sistema tem duas velocidades que garante a renovação de ar da habi-

tação, seja esta permanente ou temporária (ex: férias).

Vantagens da renovação de ar:• Evita a humidade, fungos, pólenes, bactérias• Maior conforto térmico• Economia de energia

Uma VAC de duplo fluxo recupera até 70% da energia extraída por uma V.A.C. clássica

Rua do Pinhalzinho, 710 (junto à Lubrigaz)Quintas do Sirol - Santa Eufémia2420-348 Leiria

Tel.: +351 244 828 011 . Fax: +351 244 838 660E-mail: [email protected]: www.leiritecnica.pt

Page 22: O Electricista 37 - Projecto

revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

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1› INTRODUÇÃOColocou-me a revista “o electricista“ o desafio de abordar sem pai-xões e sem ideias pré-concebidas o papel do projectista de iluminação na escolha de LED’s como uma das fontes de iluminação artificial: “A temática que lhe proponho é sem dúvida um tema controverso, que se prende com a utilização indevida dos Leds em situações que acon-selham uma outra solução e a falta de qualidade de alguns produtos presentes no mercado que prometem mundos e fundos e na realidade apresentam muitas deficiências.”

Resolvi aceitar o desafio propondo abordar de forma genérica qual é efectivamente o nosso papel como projectistas de iluminação in-dependentes das marca que, não deixando de ser actuais, temos a obrigação de:› Não embarcar em modas;› Informar os nossos clientes das vantagens e inconvenientes das

diferentes soluções;› Providenciar para que os diferentes fornecedores falem com

verdade indicando-nos os valores reais que cada equipamento nos possibilita;

› Avaliar sempre se os custos inerentes a cada solução não serão incomportáveis para os nossos clientes.

No texto que apresentamos procuraremos salientar os objectivos dos projectos de iluminação para espaços interiores, sistematizar os condicionantes de base para a escolha da fonte a instalar para con-seguir iluminar com base na energia eléctrica. Não incluímos neste artigo a problemática da iluminação exterior a qual, só por si, con-sideramos que deverá corresponder a outro artigo.

Lazaro Garcia Vazquez, Rui Pedro Raimundo GarciaEngenheiros Eletrotécnicos, Membros do CPI

utilização de LEDs em projecto luminotécnico

A iluminação está prioritariamente ao serviço do ser humano, não de-verá condicioná-lo mas sim garantir-lhe o bem estar e o desempenho correcto das actividades que se pretendem levar a efeito em cada local.

2› TIPOS DE ILUMINAÇÃO

2.1› Geral AmbienteTrata-se da iluminação geral dos espaços onde as pessoas se movi-mentam, substituindo a luz natural nos períodos nocturnos ou em espaços sem fenestração. Permite a circulação e permanência das pessoas, não tendo o objectivo único de garantir os níveis de iluminação para tarefas que necessitem de grande minúcia ou se-jam de duração prolongada, no entanto deverá garantir a percepção visual de todo o espaço. É aceitável algum contraste, que tem muitas vezes vantagens decorativas.

2.2› Pontual, Cénica ou de ObservaçãoNeste capítulo englobamos iluminações dirigidas sobre peças de arte, quadros informativos, posicionamento especial de móveis so-bre os quais se quer atrair a atenção e iluminação de montras. Este tipo de iluminação concentra uma dissipação de calor acentuada, devendo os técnicos de climatização, sempre que possível, evitar que esse calor se espalhe pelo ambiente a climatizar.

2.3› Iluminação de TrabalhoAté há relativamente pouco tempo, era dado especial interesse em conseguir iluminações de trabalho em conjunto com a iluminação geral do ambiente.

{1.ª PARTE}

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revista técnico-profissional IlumInaçãOo electricista

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revista técnico-profissional

Mais recentemente, tem vindo a ser dada especial atenção a uma separação clara entre a iluminação sobre o plano de trabalho e a ilu-minação geral do ambiente, preterindo a uniformidade e recorrendo ao claro reforço sobre as zonas de trabalho.

A qualidade deste tipo de iluminação é de vital importância, em es-pecial os níveis, a uniformidade ou chamadas pontuais desejadas, cor e inexistência de ofuscamento.

2.4› Iluminações de Socorro e SegurançaTrata-se da iluminação projectada para entrar em funcionamento quando a iluminação normal falha, em geral por interrupção da rede pública. Pode ser constituída por aparelhos de iluminação de uso es-pecífico ou de uso convencional. Estes aparelhos podem ser alimen-tados a partir de um grupo gerador, UPS, baterias de acumuladores, kits de emergências ou ser blocos autónomos.

A iluminação de socorro é aquela destinada a manter o funciona-mento normal do edifício no caso de falha de alimentação de energia da rede. Nestes casos, visto serem situações de carácter temporá-rio, procura-se fazer deslastramento de cargas, desligando-se tudo o que não é essencial para o funcionamento normal do estabeleci-mento, baixando os níveis de iluminação geral.

A iluminação de segurança é aquela que se destina a garantir a eva-cuação rápida e segura das pessoas, em situação de falha de rede, em casos que podem envolver sinistros. Os aparelhos mais comuns para esta função são blocos autónomos, que integram lâmpadas, ba-terias e electrónica auxiliar.

Nos períodos de socorro não são relevantes as dissipações dos sis-temas de iluminação, dado que as potências envolvidas são uma fracção dos valores nominais e ainda dado o carácter excepcional e limitado no tempo. Por outro lado, é preciso relembrar que só em situações muito especiais se mantém os aparelhos de climatização em funcionamento quando em situação de socorro.

2.5› Iluminação de VigíliaDesigna-se por iluminação de vigília o tipo de iluminação que permi-te a circulação, efectuando marcações de obstáculos e mobilizando quantidades energéticas extremamente reduzidas, e sem perturbar os ocupantes dos locais.

A iluminação de vigília é corrente em clínicas, hospitais e lares de ter-ceira idade, sendo também usada em quartos de bebés. É igualmente habitual encontrá-la em locais públicos para marcação de degraus ou outros obstáculos semelhantes.

O comando deste tipo de circuitos deverá ser independente do utili-zador local, umas vezes por imposição regulamentar, outras por con-veniência de utilização, mas quando abrange vários compartimentos

as armaduras seleccionadas deverão poder ser desligadas sempre que o compartimento não está a ser utilizado.

É importante recomendar a utilização de lâmpadas de longa duração e que não dissipem uma quantidade de calor tal que deforme as ar-maduras e marque a parede na zona em que se encontram instaladas. Como salientámos logo no início, este tipo de iluminação mobiliza quantidades energéticas muito pequenas, não tendo grande influên-cia sobre o sistema de climatização. Contudo, a sua existência permi-te minimizar o consumo na iluminação geral ambiente, que poderá permanecer desligada durante largos períodos. É recomendável que a iluminação de vigília seja tratada, em termos de alimentação, como iluminação de emergência.

3› OBJECTIVOS DE UMA ILUMINAÇÃO DE QUALIDADEPara além dos fundamentais aspectos estéticos e de adequação ao tipo de local e utilização, os aspectos técnicos mais relevantes na concepção de uma iluminação de qualidade são os seguintes:› Iluminação (E);› Aparência de cor (F);› Reprodução de cor;› Ofuscamento.

3.1› Interpretar o Nível de IluminaçãoDe modo geral tudo seria fantástico se num projecto houvesse es-paço para experimentar e criar o ambiente perfeito para a tarefa perfeita, mas o que acontece na realidade é que existem muitos factores que nos obrigam a dar respostas rápidas e funcionais que poderão não ser as mais bonitas, nem as ideais mas que terão o seu papel funcional e imediato. Neste contexto a interpretação dos níveis de iluminação torna-se fundamental para a elaboração de um projecto de iluminação.

Devido à necessidade de quantificar a quantidade de luz e o brilho das superfícies, foram realizados estudos experimentais com uma amostragem de população e a partir dos quais surgiram tabelas com valores padrão de níveis de iluminação adequados a diferentes ta-refas. Apesar de haver uma constante investigação e evolução no tema da iluminação, os valores actualmente aceites e aplicados estão referenciados na norma EN 12464-1.

De uma forma simples e embora com significados físicos diferentes, os parâmetros Luminância (L) e Iluminação (E), permitem quan-tificar uma mesma percepção fundamental em iluminação: o nível de iluminação.

A grandeza mais comummente utilizada é a Iluminação (E), a qual é medida em lux. Para ter uma ideia do significado desta medida, pode ver-se a Tabela na página seguinte, onde se indicam algumas ordens de grandeza:

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revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

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A concepção de sistemas de iluminação tem que compatibilizar de forma harmoniosa os aspectos técnicos e regulamentares, com a eficiência energética e aspectos estéticos. Sem pretender uma apre-sentação exaustiva, julgamos fundamental algumas considerações.

Em primeiro lugar, os níveis de iluminação considerados aceitáveis para cada local são muito influenciados por factores psicológicos, (ou diferenças fisiológicas das pessoas ou problemas de visão que se vão agravando com a idade), pelo que os valores que se tomam como base de dimensionamento resultam de estudos estatísticos e da ponderação que é necessário fazer entre os níveis adequados e os consumos energéticos.

Os níveis garantidos pela luz solar são incomparavelmente superio-res aos obtidos com luz artificial convencional. Conceitos estéticos e o tipo de actividade que se desenvolve num determinado edifício são muito importantes para os níveis de iluminação garantidos. Num escritório não é aceitável que as pessoas tenham níveis insuficientes no seu posto de trabalho, mas num restaurante pode ter um bom resultado criar zonas praticamente na penumbra em contraste com outras muito iluminadas.

Para ambientes de trabalho, uma tendência recente e que tem bons resultados em termos de economias de energia, consiste na criação de um ambiente geral com níveis mais baixos que o normal (100-200 lux), reforçando a iluminação sobre os postos de trabalho, com apa-relhos suspensos ou mesmo de pé (amovíveis). Um ambiente agradá-vel pode ser obtido com iluminação indirecta com aparelhos do tipo uplight, que evita também incidências directas sobre os omnipresen-tes monitores de computadores.

Quando localmente se justificam efeitos específicos como seja em expositores, mesas de trabalho, zona com iluminação cénica ou ou-tros é prudente avaliar o nível de iluminação de forma particular-mente atenta não aceitando improvisações e seleccionando sempre aparelhos e fontes compatíveis com o objectivo.

A iluminação que geralmente nos interessa quantificar refere-se ao plano horizontal ou aos planos verticais e terá origem nas luminárias

de iluminação geral ou em luminárias individualizadas e apontadas directamente ao local ou objecto que pretendemos iluminar.

Pensamos ser de especial importância chamar a atenção para os se-guintes aspectos:› O diagrama de emissão dependente directamente do tipo e potên-

cia da fonte, do reflector incorporado na luminária e do eventual difusor de protecção;

› Sendo a iluminação uma grandeza linear escalar, o resultado em cada ponto é sempre a adição das contribuições de todas as lu-minárias que contribuam para a iluminação do ponto, e ainda das imagens das luminárias que corresponderá à iluminação que atin-ge o ponto depois de reflectida;

› Quando a influência provém das reflexões, é evidentemente redu-zido pois corresponde por um lado ao afastamento da fonte, por outro só parte da luz se reflecte. O factor de reflexão (fr) dá conta dessa atenuação, sendo um número entre 0 e 1;

› Quando um plano reflector estiver coberto por um móvel, tapeça-ria ou for uma janela, os factores de reflexão serão muito baixos, pelo que a quantidade de luz que chega ao plano objectivo será muito reduzida e acarretando a necessidade de mais energia para um mesmo resultado.

3.2› Aparência de CorA aparência de cor (F) das fontes luminosas é está relacionada com a temperatura de cor e pode ser dividida em 3 grandes famílias:› Luz quente (Warm color - ww) - genericamente < 3.300º K. Esta

cor é tida como a mais agradável com níveis de iluminação até 1.000 lux, embora se torne pouco natural para iluminações supe-riores a 3.000 lux;

› Luz fria (tw) - genericamente > 5.000º K. Só se torna agradável para iluminação superior a 3.000 lux resultando muito fria abaixo dos 500 lux;

› Luz intermediaria (nw) - genericamente compreendida entre os 3.300º K e os 5.000º K resulta neutra nos níveis da ordem dos 500 lux tornando-se agradável para níveis da ordem dos 1.000 lux.

3.3› Reprodução de CorReprodução de cor é o termo usado para descrever a semelhança que a cor de um objecto ou superfície sob iluminação artificial tem

SituaçãoIluminação

[lux]

Noite de lua cheia 0,2

Nível mínimo para distinguir faces humanas 20

Nível para trabalho em escritórios 300-500

Nível para trabalho de grande precisão 500-1.000

Local interior com janelas amplas com estores

transparentes, não exposto a radiação solar directa,

às 12h, Verão, Lisboa

5.000

Local exterior, exposto ao sol, às 12h, Verão, Lisboa 100.000

ClassificaçãoClasse de

reprodução de cor

Índice de

reprodução

de cor Ra [%]

Excelente 1A Ra ≥ 90

Muito bom 1B 80 ≤ Ra < 90

Bom2A 70 ≤ Ra < 80

2B 60 ≤ Ra < 70

Suficiente3 40 ≤ Ra < 60

4 20 ≤ Ra < 40

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revista técnico-profissional IlumInaçãOo electricista

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com a cor “normal” do mesmo quando iluminado pela luz solar. É um parâmetro de qualidade muito importante.

O índice de reprodução de cor (Ra) exprime a soma das diferentes medidas para diversas cores, comparando diversas fontes luminosas com uma determinada fonte de referência. Este valor varia entre 0 e 100, sendo 100 o valor ideal. No quadro anterior sintetizamos as recomendações CIE e DIN.

3.4› OfuscamentoOfuscamento é o termo usado para caracterizar uma determinada distribuição de luminância ou de contrastes de luminância no campo de visão de um observador, causando incomodidade ou dificuldades de visão. No estudo luminotécnico os maiores cuidados são dados ao ofuscamento directo, ou seja, causado directamente pelas fontes de luz. Existem vários métodos para a sua determinação, mas é reco-mendável o uso do método Europeu desenvolvido pela CIE.

Este método estabelece índices máximos de brilho consoante os ní-veis de iluminação, avaliados pela iluminação que atinge o obser-vador segundo ângulos entre os 45º e os 85º estabelecendo o valor máximo de cd/m2 que pode atingir o campo de visão e baseando-se numa maioria simples de observadores satisfeitos.

O grau de ofuscamento em qualquer dos métodos traduzir-se-á em desconforto dependente de:› Luminância das fontes de luz;› Número e tamanho aparente das fontes de luz;› Luminância geral do ambiente;› Posição das fontes no campo da visão.

Como referência poderemos indicar que, de uma forma geral, o grau de satisfação é bom se, com 500 a 200 lux sobre o plano de trabalho, se considerarem 100 cd/m2 como luminância óptima para as paredes.

Se razoavelmente colocadas encaram-se como luminâncias admissí-veis para as armaduras correntes 1.000 a 10.000cd/m2, desde que o valor máximo se encontre já na zona quase oculta (45º).

4› APROVEITAMENTO DA LUZ SOLAR Os níveis atingidos através de iluminação natural são normalmente muito superiores aos valores que é possível obter através de ilumina-ção artificial, sendo geralmente necessário reduzir a entrada de luz com estores ou fenestrações controladas de forma a garantir bons níveis de conforto luminoso e térmico.

As vantagens da iluminação são várias, destacando-se as economias de energia que possibilitam, os elevados níveis de iluminação que permitem atingir, qualidade da própria luz, e finalmente aspectos psicológicos relacionados com a permanência em ambientes com iluminação natural.

No entanto, não devemos perder de vista muitos dos aspectos ne-gativos que energeticamente podem ser invocados contra a ilumina-ção natural uma vez que para aumentar a iluminação natural somos geralmente conduzidos a aumentar os vãos para o exterior e este aumento acarreta geralmente maiores necessidades em energia para climatização.

A posição dos envidraçados deverá sempre ser tal que não se tra-duzam num ofuscamento incompatível com os níveis normais de ocupação. Deve ser tido especial cuidado na orientação das ja-nelas e layout dos espaços de trabalho em edifícios de escritórios, para evitar as reflexões nos ecrãs de computadores ou televisores. Para controlar a incidência directa, um sistema de controlo centraliza-do com comando directo sobre eventuais estores de ensombramento poderá reduzir consideravelmente o uso de iluminação artificial

SOBRE OS AUTORES

Lazaro Garcia Vazquez é Engenheiro Electrotécnico, Membro Sénior da

Ordem dos Engenheiros, Especialista inscrito na especialidade de Climati-

zação da OE e Especialista em Luminotecnia (mas não inscrito na especiali-

dade da OE). Membro da Direcção do CPI, tem uma experiência de 41 anos

como projectista de instalações.

Rui Pedro Raimundo Garcia é Engenheiro Electrotécnico, Membro da OE

e Membro da Direcção do CPI. Tem uma experiencia de 8 anos como pro-

jectista de instalações.

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Page 26: O Electricista 37 - Projecto

revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

159

As novas soluções de controlo da iluminação fazem muito mais do que acender e apagar lâmpadas. Têm que ser simples, flexíveis e eco-nomicamente viáveis. E o mais importante: controlar todo o sistema de iluminação sem necessidade de electrificações complexas. É isto precisamente que o protocolo de comunicação digital DALI (Digital Addressable Lighting Interface) tem para oferecer.

Características especiais:› DALI® é um protocolo internacional e aberto para equipamentos

com regulação (IEC 62386);› Podem ser controlados no máximo 64 balastros DALI® com ele-

vado grau de flexibilidade através de uma linha de comando com dois cabos, de forma individual ou em grupos (máximo 16);

› Não são necessários cabos adicionais para a instalação, a linha de comando está protegida contra trocas de polaridade e pode ser instalado juntamente com os cabos de alimentação num cabo de cinco condutores;

› Todas as unidades cumprem as normas de iluminação aplicáveis, por isso são facilmente integradas em luminárias.

O sistema tOuCh Dim alarga hOrizOntesDali repeater: gama mais extensa para aplicação universal

› Cada vez mais popularAs instalações de iluminação com o controlador DALI são sistemas versáteis, abrangendo simples aplicações com regulação manual de um pequeno número de luminárias ligadas ao sistema de gestão do

Osram

sistemas de gestão da iluminação

edifício via gateways. Isto torna o protocolo DALI indicado tanto para gabinetes como para open space, onde o layout flexível faz parte da vida do dia-a-dia (Figura 1). As luminárias com regulação de fluxo com sistema DALI são cada vez mais comuns para todo o tipo de lâmpadas standard. Até agora a maioria das soluções de regula-ção simples estavam baseadas no princípio Touch DIM, onde a tensão de rede na entrada do sistema DALI é ajustada através de um botão de pressão comum.

Contudo, este sistema apresenta limitações técnicas: apenas é pos-sível controlar no máximo seis balastros DALI com um comprimento total de cabo de 25 m. Se estes requisitos não forem cumpridos, o

{lms – light managment systems}

A luz obedece a uma ordem: DALI®.

Figura 1 . Instalações de iluminação com a gama DALI, desde a simples regula-

ção manual até soluções em rede para múltiplos requisitos.

Page 27: O Electricista 37 - Projecto

revista técnico-profissional IlumInaçãOo electricista

160

revista técnico-profissional

sincronismo entre as unidades de controlo individual pode ser perdi-do. Uma possível consequência desta situação será a impossibilidade de regulação de fluxo ou ligar/desligar as luminárias em grupo.

› solução inteligenteA OSRAM recomenda a utilização do DALI repeater para pequenas e grandes aplicações Touch DIM. Com o DALI repeater podem ser regulados até 64 unidades DALI num grupo com um simples botão de pressão, com um comprimento de cabo até 300 m, dependendo da secção dos condutores (Figura 2). Caso esta solução prove ser in-suficiente, podem ser colocados vários repetidores em cascata para formar um sistema mais amplo com a dimensão pretendida com lu-minárias DALI reguladas num mesmo grupo (Figura 3). A sincroniza-ção deixou de ser um problema, uma vez que apenas um mesmo sinal DALI é enviado para todos os balastros.

Figura 2 . DALI repeater para instalações Touch DIM mais amplas,até 64 balas-

tros DALI para regulação de fluxo com botão de pressão.

Figura 3 . Vários DALI repeaters em cascata para criar instalações Touch DIM

com a dimensão pretendida.

O comprimento da linha e a secção do respectivo condutor pode ser extraído do seguinte quadro:

› nova liberdadeEm alternativa, o DALI repeater pode ser combinado com o receptor rádio utilizando a tecnologia EnOcean. Baterias com tecnologia sem necessidade de manutenção, os interruptores rádio EnOcean são ex-tremamente flexíveis, uma vez que podem ser instalados em super-fícies de vidro ou contraplacado.

Em soluções de iluminação com unidades de controlo DALI, tais como o DALI PROFISSIONAL da OSRAM, ou gateways DALI para liga-ção ao sistema de gestão do edifício, o DALI repeater também torna possível aumentar o número de unidades DALI controláveis.

Neste caso o DALI repeater actua como um simples balastro DALI ligado ao sistema. As unidades de controlo ligadas à saída do DALI funcionam como um único grupo.

› Versões para todos os requisitosO DALI repeater está disponível com um invólucro compacto de 21 mm para instalação na luminária ou como versão para calha com contacto relé integrado para instalação como unidade isolada (Figu-ra 4). Este contacto pode ser utilizado para desligar a tensão de ali-mentação e assim eliminar as perdas em standby dentro da unidade sempre que as lâmpadas estejam desligadas.

Figura 4 . DALI repeater como top-hat rail unit com contacto relay em stand-by.

O valor da corrente ligada ao DALI repeater tem que ser tido em con-ta – o número máximo de dispositivos a ligar por contacto encontra-se especificado na ficha técnica.

Estas duas versões do DALI repeater da OSRAM permitem uma maior abrangência para expandir uma solução de iluminação DALI. Esta ca-racterística acrescenta algumas vantagens de planificação e instala-ção, beneficiando não só os fabricantes de luminárias, como também projectistas e instaladores.

Comprimento da linha

Até 100 metros

Entre 100 e 150

metros

Entre150 e 300

metros

Secção dos condutores

0,5 mm2 0,75 mm2 1,5 mm2

Page 28: O Electricista 37 - Projecto

revista técnico-profissionalREPORTAGEM o electricista

161

tektónica 2012

A 14.ª edição da Tektónica – Feira Internacional de Construção e Obras Públicas, já está agendada para 2012: de 8 a 12 de Maio na FIL – Feira Internacional de Lisboa, no Parque das Nações poderá en-contrar uma enorme oferta na área da construção e obras públicas. A feira de referência no sector da construção em Portugal aposta fortemente na internacionalização das empresas portuguesas e, por isso, leva perto de 40 empresas à Projekta by Constrói Angola, que decorrá de 27 a 30 de Outubro em Luanda, Angola. Verificou-se assim um aumento de 68% de empresas relativamente a 2010.

O sector da construção aderiu de forma maciça à maior feira portu-guesa de Construção e Obras Pública com a participação de empre-sas representantes de 28 países em 2011. Espaço Inovação, Espaços Reabilitação, Portugal Constrói – Exposição de Obras Portuguesas no Estrangeiro, Exposições de Arquitectura, Conferências e Acções de Formação, fizeram parte de um Evento Profissional reconhecido internacionalmente. Muitos e variados sectores estiveram em ex-posição, como pavimentos e revestimentos cerâmicos, sanitários, acessórios de banho e cozinha, pedra natural, pavimentos e reves-timentos em madeira e seus derivados, fachadas, portas e janelas, caixilharia, material eléctrico e materiais estruturais, ferramentas, aquecimento, tubos e acessórios, tintas e isolamentos, sem esque-cer a importante e em constante desenvolvimento, domótica.

A TEKTÓNICA apresentará os sectores tradicionais da feira: SK – Pavimentos e Revestimentos Cerâmicos, Banho, Cozinha e Pedra Natural; SIMAC – Materiais e Equipamentos para a Construção; TEKGREEN – Energias Renováveis, Construção Sustentável e Res-ponsabilidade Social na Construção e TEKMÁQUINAS – Máquinas

e Equipamentos para a Construção e Obras Públicas. Em 2012, a TEKTÓNICA lança a TEKWOOD - Indústria da Madeira e Cortiça para a Construção - pretendendo evidenciar na feira o forte potencial da oferta nacional. Esta é mais uma aposta da TEKTÓNICA, atenta ao mercado e com o objectivo de promover nacional e internacional-mente as empresas produtoras, transformadoras e distribuidoras do sector da madeira e da cortiça, criando assim uma ampla oferta de Produtos, Máquinas e Equipamentos deste sector.

Considerada como uma das maiores feiras portuguesas, a TEKTÓNICA 2012 volta a apostar na internacionalização, forma-ção e reabilitação, de 8 a 12 de Maio na FIL – Feira Internacional de Lisboa. A credibilidade e o reconhecimento darão a este even-to uma base sustentável para continuar a ser um dos principais pontos de encontro de vários profissionais.

Helena Paulino

{continuar no caminho da internacionalização}

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revista técnico-profissional REPORTAGEM

3

o electricista

eventos paralelos elevam qualidade da teKtÓnicaEm 2011, visitantes profissionais provenientes de 53 países afluíram à feira, estabelecendo um contacto directo com os expositores e criando as condições necessárias para o aumento das exportações. O programa Hosted Buyers irá continuar no futuro a estimular a visita de compradores estrangeiros. De salientar actividades como o “Por-tugal Constrói”, uma parceria com a AICEP e a CPCI, com encontros de mercados – Brasil, Moçambique, Cabo Verde, Polónia, Roménia e Ucrânia – nos quais participaram activamente cerca de mil em-presários portugueses, ou a conferência sobre mercados emergentes para a engenharia portuguesa. Esta iniciativa pretende identificar e divulgar oportunidades de negócio em mercados estrangeiros, con-siderados obviamente estratégicos para Portugal.

Na TEKTÓNICA 2012, os mercados em foco serão Angola, Moçam-bique, Magrebe e Países de Leste, destinos com potencial para a exportação. O conceito Academia TEKTÓNICA, acções de formação profissional com atribuição de competências, teve a sua 1.ª edição em 2011 com resultados positivos e por isso, prosseguirá na TEKTÓ-NICA 2012, por ser uma actividade valorizada pelos profissionais da construção. A reabilitação esteve em destaque na edição anterior, em Conferências, exposições e prémios, trazendo mais de 600 arqui-tectos à TEKTÓNICA e pela sua actualidade será igualmente um tema forte em 2012. Na mesma edição também poderemos contar com variados workshops, seminários, conferências e outras actividades com especialistas de renome e onde serão abordados temas actuais e discutidas as problemáticas do sector.

O Prémio Inovação continuará a premiar os produtos que se desta-quem pelo seu carácter inovador a nível técnico, funcional ou esté-tico. A este Prémio podem concorrer os Expositores da TEKTÓNICA 2012, sendo as candidaturas avaliadas por um júri externo à FIL. Este júri irá avaliar a inovação do produto do ponto de vista da técnica (matérias-primas, construção do produto, tecnologia, processo de fabrico, condições de aplicação, aspectos ambientais, entre outros), a sua funcionalidade (desempenho, ergonomia, e outros), e ainda pelos seus aspectos estéticos (cor, forma, material, textura, enquadramen-to no contexto, entre outros). Desde a primeira edição da TEKTÓ-NICA que o Prémio Inovação tem sido valorizado pelos expositores e visitantes, porque mostra ao mercado o potencial inovador das empresas portuguesas que contribuem para o desenvolvimento do tecido empresarial nacional.

Para mais informações

FIL – FeIra InternacIonaL de LIsboa

Tel.: +351 218 921 500 | Fax: +351 218 921 515

[email protected] | www.tektonica.fil.pt

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Page 30: O Electricista 37 - Projecto

revista técnico-profissionalentrevista o electricista

163

APC BY SCHNEIDER{“A ImPoRtâNCIA Do ClIENtE PARA A SuStENtABIlIDADE Do NEgóCIo”}

Aldino Falcão, Director Técnico de Serviços Técnicos da APC by Schneider Electric, explicou o seu percurso.

revista “o electricista” (oe): O que nos pode dizer sobre Aldino Falcão, Service Manager do Critical Power & Cooling da Schneider Electric?Aldino Falcão (AF): Sou director dos Ser-viços Técnicos do IT business da Schneider Electric com a responsabilidade de assegu-rar técnica e operacionalmente, o melhor nível de qualidade de serviços aos nossos clientes. Para tal, contamos com uma vasta equipa de colaboradores, desde a coorde-nação operacional passando pela equipa de técnicos qualificados, cobrindo todo o território nacional até aos coordenadores de projecto.

oe: Mas como decorreu todo o seu per-curso profissional até aos dias de hoje? AF: Iniciei a minha carreira profissional em 1992 como Técnico de Electrónica nos Ser-viços pós-venda de um fabricante nacional especializado na área da protecção da ali-mentação eléctrica informática e industrial. Depois de ter passado por uma experiência de 2 anos na área da electromedicina, surgiu a oportunidade de constituir e liderar um novo departamento técnico da subsidiária portuguesa do grupo dinamarquês Silcon Power Electronics fabricante de UPS’s, de-safio que aceitei porque era um grupo mul-tinacional com um conjunto de objectivos e

métricas bem definidos e ambiciosos a atin-gir e com uma nova forma de abordagem ao serviço pós-venda completamente dife-rente daquele que prestávamos. Tratava-se de uma forma de trabalhar mais inovadora, com uma aposta forte na qualificação dos técnicos e de todo o serviço de coordena-ção, com formação específica em fábrica para o pessoal operacional e implementa-ção de novos processos de gestão e con-trolo. Assumiu-se ainda como fundamental a necessidade de incutir em todos os inter-venientes algo muito importante e que faz toda a diferença para se obter um serviço pós-venda de excelência: a consciencializa-ção da importância do cliente para a susten-tabilidade do negócio.

oe: E como se dá a transição para a APC by Schneider Electric? AF: O grupo APC decide adquirir a Silcon e passamos a lidar com uma filosofia empre-sarial americana, completamente diferente da europeia, com processos mais globais e objectivamente mais exigentes, mas per-mitindo um grau de co-responsabilidade a cada colaborador, proporcionando-lhe em contrapartida todas as ferramentas neces-sárias para o seu desenvolvimento profis-sional e pessoal, para que cada um pudesse maximizar o desempenho da sua função.

Helena Paulino

Há cerca de 4 anos, a APC foi adquirida pelo grupo Schneider e aqui o desafio passou pela integração das equipas da APC com as equipas da prestigiada marca de UPS MGE, então detida pela Schneider. Hoje consti-tuimos o IT Business da Schneider Electric, especializado em soluções de energia crítica e de arrefecimento, nomeadamente as so-luções de datacenters. Neste novo projecto fui agradavelmente confrontado com mais um desafio ao nível dos serviços técnicos: juntar duas equipas com filosofias de tra-balho que espelham culturas empresariais diferentes, conseguindo retirar de ambas o melhor que cada uma possuía; e manter os padrões elevados de serviço a que os nossos clientes se habituaram.

“o NoSSo gRANDE oBjECtIvo PASSA PoR mANtER A CREDIBIlIDADE DoS SERvIçoS”

oe: Quais os objectivos que pretende cumprir ou superar estando na liderança dos Serviços do Critical Power & Cooling da Schneider Electric?AF: O nosso grande objectivo passa por manter, de forma sustentada, a credibilidade dos serviços, a qual tem vindo a ser diaria-mente confirmada pelo feedback que temos

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revista técnico-profissional entrevistao electricista

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dos nossos clientes. Congratulamo-nos com o facto de cada vez mais clientes estraté-gicos e importantes, na altura da decidir a compra dos seus sistemas, quer sejam de UPS quer de soluções para Centros de Da-dos, optarem pela nossa marca, porque con-fiam integralmente no nosso serviço pós-venda. São situações que muito nos honram, das quais nos orgulhamos e nos dão força para prosseguirmos o nosso caminho rumo à excelência, que só é possível graças a um trabalho contínuo diariamente consolidado. Este é o nosso objectivo primordial.

oe: A Schneider Electric é uma empre-sa com peso no mercado. Numa época em que muitos falam de crise e algumas empresas não garantem os mesmos lu-cros de anos anteriores, como pretende motivar os seus colaboradores? AF: Para a Schneider Electric, os nossos co-laboradores são o activo mais importante que possuímos e, como tal, cuidamos deles diariamente, proporcionando-lhes planos de incentivos associados a objectivos bem definidos e em alguns casos, ambiciosos. Os critérios aplicados são obviamente baseados na contribuição para a satisfação do cliente: capacidade técnica, disponibilidade, tempo de resposta.Por outro lado, proporcionamos aos nossos colaboradores desafios técnicos permanen-tes, colocando-os em contacto com novos produtos de tecnologia de topo, formações em fábrica ao mais alto nível de forma a

acompanharem toda e qualquer evolução de ordem técnica, sempre na óptica de uma prestação de serviço de incomparável exce-lência ao cliente.

“fIDElIzAção DoS NoSSoS ClIENtES é CoNSEquêNCIA DA NoSSA ComPEtêNCIA E EmPENHo”

oe: Maximizar o apoio dado ao cliente era um dos seus objectivos-chave quan-do foi nomeado Service Manager do Cri-tical Power & Cooling da Schneider Elec-tric. Quais as medidas que tem tomado para tornar isso possível? AF: As medidas tomadas são fruto de um trabalho de continuidade que assenta so-bretudo nos seguintes pilares fundamentais:1. Rapidez de resposta face a pedidos de

intervenção correctiva, isto é, um tem-po médio de actuação relativamente a qualquer solicitação do cliente inferior a 4 horas;

2. Cumprimento rigoroso dos planos de in-tervenções preventivas: o prazo estipula-do em contrato tem de ser inquestiona-velmente cumprido;

3. Especialização dos nossos técnicos em fábrica: todos os técnicos da Energia Crítica & Arrefecimento da Schneider Electric são periódica e assiduamente sujeitos a formação e valorização profis-sional de forma a acompanharem toda e qualquer evolução de ordem técnica,

sempre e mais uma vez na óptica de uma prestação de serviço de incomparável excelência ao cliente;

4. Existência local de um stock de peças de reserva adequado à base instalada, conseguindo-se desta forma garantir um tempo de resposta muito mais rápido;

5. O acolhimento feito ao cliente pelos nos-sos colaboradores – esta componente de formação e qualificação humana insere-se também nos planos e objectivos da forma-ção profissional que, entre outras, é uma das mais-valias da nossa organização.

Todos os parâmetros acima expostos são aferidos periodicamente por inquéritos de satisfação que a própria Schneider, através de uma entidade externa, efectua aos nos-sos clientes, e que representam uma impor-tante ferramenta de controlo e prossecução da excelência no serviço proporcionado, permitindo-nos monitorizar a satisfação do resultado da nossa actuação bem como me-lhorar os nossos processos.

oe: O cliente tem notado essa maior atenção e registado isso com agrado?AF: Sem dúvida. Os inquéritos de satisfação referidos têm reflectido isso mesmo, com ín-dices de satisfação que ultrapassam os 90%.

oe: Mas possuem algum plano estratégi-co para fidelizar os clientes às soluções IT da Schneider Electric? AF: A fidelização dos nossos clientes é con-sequência da nossa competência e do nosso

“Neste novo projecto fui agradavelmente

confrontado com mais um desafio ao nível

dos serviços técnicos: juntar duas equipas com

filosofias de trabalho que espelham culturas

empresariais diferentes, conseguindo retirar de

ambas o melhor que cada uma possuía; e por

outro manter os padrões elevados de serviço a

que os nossos clientes se habituaram”

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revista técnico-profissionalentrevista o electricista

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grande empenho em ajudar a resolver os seus problemas através do desenho, imple-mentação, colocação em serviço e gestão de soluções inovadoras e específicas.

“moDulARIDADE, ESCAlABIlIDADE E CAPACIDADE DE gEStão”

oe: A perda de informação é algo que nenhuma empresa quer que lhe acon-teça, e o IT Business da Schneider Elec-tric tem trabalhado nesse sentido com soluções ainda mais inovadoras. Quais foram as últimas novidades lançadas no mercado? AF: O IT Business da Schneider Electric tem vindo, não só a melhorar a qualidade e ver-satilidade dos seus equipamentos e solu-ções, como a desenvolver novos produtos com particular enfoque na modularidade, escalabilidade e capacidades de gestão. Desta forma permite-se a substituição de qualquer módulo em modo “hot swappa-ble”, com claros benefícios para os tempos de intervenção durante as manutenções preventiva ou correctiva sem que seja ne-cessária parar o equipamento ou o próprio Centro de Dados.

oe: A manutenção é uma área onde ul-timamente têm apostado muito. Porque consideram que é uma boa área de ne-gócios, e em que sectores de manuten-ção estão a apostar com mais afinco? AF: Cada vez mais um cliente que compra um sistema de hardware, tem também de comprar um plano de manutenção para esse mesmo hardware. Um novo equi-pamento não pode significar uma nova preocupação para o cliente, pelo que, ao transferi-la para o fabricante, necessita ter confiança no seu suporte técnico. Nesse sentido, sem dúvida que os planos de ma-nutenção têm um peso muito significativo, porventura determinante em instalações de média/grande dimensão. O IT Business da Schneider Electric e os seus Serviços Técnicos estão a especializar-se cada vez mais de forma a responder às ne-cessidades de mercado, proporcionando aos seus clientes uma solução de compromisso “end-to-end”, onde oferece como fabrican-te o que de melhor há em termos de assis-tência técnica, mantendo as soluções de datacenter online 24 horas por dia, 365 dias por ano, minimizando quaisquer eventuali-dades que possam pôr em risco a continui-dade dos serviços.

“EfICIêNCIA Como fACtoR DE ComPEtItIvIDADE DAS EmPRESAS”

oe: O mercado dos datacenters é um sector em crescimento devido à cres-cente importância da eficiência ener-gética. Como vê a Schneider Electric esse mercado?AF: A importância da eficiência energética está intimamente ligada à estratégia das or-ganizações e, como tal, é tratada ao nível da administração. As tão proclamadas soluções “Greening” estão intimamente ligadas a um potencial de redução de custos operacionais das organizações, algo que vincula as admi-nistrações ao tema. Ainda assim, e apesar da conjugação destes dois factores os tornar verdadeiros catalisadores de uma fórmula (quase) perfeita para a mobilização dos res-ponsáveis, tem-se constatado serem ainda necessárias acções continuadas de sensibi-lização para o tema. Não por uma questão de percepção da questão em si (já que todos querem ser eficientes!), mas sobretudo na capacidade de tomada de decisão quando se equaciona o investimento (CAPEX) versus os custos operacionais (OPEX), que devem estar associados tendo em vista a eficiência como factor de competitividade das empresas.

oe: Que novidades têm implementado nos datacenters da vossa marca? AF: A arquitectura das nossas soluções para centros de dados assenta sempre nos pres-supostos da eficiência energética. Se por um lado é importante utilizarmos equipa-mentos de elevado rendimento, por outro a grande diferenciação ao nível de soluções energeticamente eficientes passa pela for-ma como as desenhamos. Quando falamos nos conceitos de modularidade, crescimento em função das necessidades sem implicar quaisquer interrupções na continuidade de serviço, ar-condicionado de precisão (close coopling), são tudo conceitos que visam a garantia da eficiência energética. Convém ainda referir que muitas vezes para se me-lhorar a eficiência energética poderemos es-tar a falar apenas de medidas a implementar que representam “investimento zero”, tais como reajustar grelhas de insuflação de ar frio pelo chão falso, utilização de blanking

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C M Y CM MY CY CMY K

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revista técnico-profissionalentrevista o electricista

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panels ao nível dos bastidores, e outros. Existem casos concretos em que a simples aplicação destas medidas evitou a aquisição de novos sistemas de arrefecimento e em al-guns deles houve uma poupança de energia até 30%.

oe: E no futuro, há inovações a imple-mentar para melhorar ainda mais os da-tacenters e apostar ainda mais na efici-ência energética? AF: Nesta área abre-se um vasto mundo a explorar ao qual a Schneider Electric está a dar particular atenção, como o “free co-oling” e as fuel cells, a questão da sofisti-cação do software de gestão. O IT Business da Schneider Electric encontra-se na van-guarda destas áreas que estão a ser tratadas com especial atenção pelas nossas equipas de desenvolvimento.

“AjuDAmoS o ClIENtE A gERIR o SEu DAtACENtER, DESDE A géNESE à SuA RENovAção”

oe: Quais as vantagens de uma empre-sa escolher a Schneider Electric para lhe fornecer UPS e datacenters? Que tipo de serviços destacam a Schneider Electric face aos seus concorrentes?AF: Desde logo a experiência e know-how de mais de 40 anos no mercado conferi-da pela casa mãe, a Schneider Electric. De

qualquer forma, aquilo que nos separa es-sencialmente da concorrência é conseguir-mos proporcionar ao cliente uma solução completa de A a Z a partir do momento em que se idealiza o datacenter até 10 ou 15 anos mais tarde decide a sua renovação. Te-mos os serviços de auditoria “Site Survey” a instalações para avaliação das possíveis so-luções; o desenho da melhor configuração no sentido de maximizar a performance das soluções minimizando os custos; definimos a estratégia correcta ao nível de potência e arrefecimento que permite a evolução da instalação tendo em conta em todo o mo-mento a eficiência máxima; disponibiliza-mos project managers devidamente forma-dos para conduzir e coordenar o projecto para facilitar a comunicação entre os vários intervenientes e gerir o orçamento; dispo-nibilizamos serviço de montagem, Start-up e Commissioning da solução; asseguramos que os equipamentos são instalados de acordo com as especificações do fabricante e requisitos de garantia; e ainda efectuamos integração de software. Além disso, já em produção asseguramos planos de manuten-ção preventivos e correctivos, upgrades de software e firmware para manter as solu-ções sempre “up to date” ao longo da sua vida útil e ainda temos os serviços de mo-nitorização remota que preveem eventuais problemas, solucionando-os antes mesmo de acontecerem.Assim, somos provavelmente, um dos pou-

cos fabricantes com experiência e know-how adequado às mais variadas especia-lidades para poder ajudar o cliente a gerir o seu datacenter, desde a génese até à sua renovação.

oe: Em termos de inovação, o IT Business da Schneider Electric tem apostado no desenvolvimento de novos produtos ou está centrado em consolidar a sua posi-ção no mercado?AF: O IT Business da Schneider Electric faz parte de um grupo muito dinâmico, pelo que, por um lado queremos consolidar a nossa posição com as soluções que possu-ímos e têmo-lo feito com a nossa solução InfrastruXureTM devidamente patenteada e com provas dadas ao nível dos datacenters. Mas não deixamos de desenvolver novos produtos, de forma a ir ao encontro das no-vas e maiores exigências do mercado, sobre-tudo na demanda da eficiência energética e Green IT.

oe: Os parceiros também têm um papel de destaque na Schneider Electric. De que forma tentam passar-lhes essa im-portância?AF: O IT Business da Schneider Electric assenta o seu modelo de negócio e a sua estratégia de “Go to Market” na base de parcerias. Os nossos parceiros têm uma importância crucial para o nosso negócio e importa referir que o nosso crescimento no mercado se deve também ao trabalho que conjuntamente temos desenvolvido ao longo dos anos. Nesse pressuposto temos constantemente vindo a apostar no desen-volvimento e renovação de novos progra-mas de canal, visando a melhoria do ne-gócio conjunto.

Para mais informações

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“A arquitectura das

nossas soluções para

centros de dados assenta

sempre nos pressupostos da

eficiência energética.”

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Page 36: O Electricista 37 - Projecto

revista técnico-profissionalArtigo técnico-comerciAl o electricista

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JUNG

O qUe é O HOUseiNHaNd®?

Como funciona?O Houseinhand® liga-se directa-mente a qualquer instalação KNX, através de um KNX IP Router. Desta forma, ao contrário de outras solu-ções com servidor, a comunicação é instantânea.

Como reconhece a sua casa?Para fazer com que a aplicação reconheça a sua casa, apenas é necessário transferir o ficheiro de configuração através do iTunes. Unicamente terá de o arrastar porque o Houseinhand® fará o resto.

Que dispositivos pode controlar?O Houseinhand® permite o controlo de persianas com controlo de posição, persianas sem controlo de posição, luzes simples, luzes reguláveis, climatização, estações meteorológicas, dispositivos ge-néricos ON/OFF, funções centrais e ambientes KNX.

Suportará mais dispositivos no futuro?O Houseinhand® continuará a acres-centar suporte a diferentes disposi-tivos, mediante actualizações gratui-tas. Entre elas estão o suporte para equipamentos multimédia, alarmes técnicos, câmaras IP, vídeo-porteiros e luzes RGB. E pode manter-se infor-mado através do twitter oficial!

JUNG Portugal, Lda.

O Houseinhand® é uma aplicação para iPhone, iPad e iPod Touch que lhe permite controlar a sua casa de uma forma rápida e intuitiva. Poderá controlar a sua casa esteja onde estiver e visualizar o estado das luzes, persianas, termóstatos, e muitos outros, em tempo real.

{HOUseiNHaNd®: Uma NOva aplicaçãO para ipHONe, ipad e ipOd}

de qUalqUer lUGarCom o Houseinhand® pode controlar a sua casa esteja onde esti-ver. Imagine poder ligar o aquecimento enquanto está a caminho de casa ou confirmar se deixou alguma luz acesa. Com o Housei-nhand® tudo isto é possível.

Ao alcance da sua mãoO interface do Houseinhand® está concebido para que seja utiliza-do de forma intuitiva e simples. Em poucos clics poderá regular as persianas da sua sala ou configurar um ambiente para jantar com os seus amigos. De uma forma fácil e rápida!

Ecrã RetinaA incorporação do ecrã retina no iPhone 4 permite que as aplicações brilhem com um design de uma qualidade inigualável, já que os textos são muito claros e as imagens incrivelmente nítidas. O Housei-nhand® foi desenhado especificamente para poder disfrutar ao máximo desta ca-racterística extraordinária.

AmbientesUma das características que faz o Houseinhand® único são os seus am-bientes. Os ambientes são cenas que se configuram para situações quo-tidianas na vida do utilizador. Por exemplo: Estou a trabalhar? Estou a jantar em família?

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revista técnico-profissional Artigo técnico-comerciAl

3

o electricista

Optimizado Contrariamente a outras soluções, a versão iPad do Houseinhand® foi redesenhada para oferecer o melhor do seu ecrã de 9,7 polegadas. Po-derá mudar de zona de forma mais rápida e disfrutar de uma série de melhoramentos visuais, que farão do controlo de sua casa uma experi-ência agradável e divertida.

FotografiasPersonalize a sua aplicação House-inhand® com fundos de ecrã perso-nalizados para cada divisão de sua casa. Desta forma, dar-lhe-á a sen-sação de estar em sua casa, embo-ra não esteja na realidade. Poderá utilizar qualquer imagem disponí-vel na sua biblioteca de fotografias do iPad.

TemasEstão disponíveis para todos os gostos várias cores. Com o Houseinhand® tem disponíveis cinco temas diferentes para escolher e dar à sua aplicação um toque mais pessoal.

HOUseiNHaNd®: rápidO. iNtUitivO. sempre liGadO

› rápido: ao não usar servidor, a comunicação é instantânea. Verá como em tempo real se actualizam os estados das luzes, persianas e outros dispositivos;

› intuitivo: desde o primeiro momento em que se instala, já se sabe como usar. O Houseinhand® está concebido para se adaptar a todo o tipo de pessoas;

› sempre ligado: o Houseinhand® permite controlar a sua casa, tanto desde o interior como no exterior da mesma. Apagar as lu-zes, activar o aquecimento. As possibilidades são infinitas.

Para mais informações

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Page 38: O Electricista 37 - Projecto

revista técnico-profissionalArtigo técnico-comerciAl o electricista

171

STEINEL

A contribuição de todos para a problemática da redução dos custos com a energia está directamente ligada ao consumo energético dos nossos equipamentos eléctricos e à nossa vontade de mudar, poden-do dar o nosso contributo para reduzir as emissões de CO

2 e fazer algo contra as alterações climatéricas. Com a redução do consumo energético, poupa-se dinheiro e a ligação automática da iluminação traz um acréscimo de conforto ao seu dia-a-dia.

ProjEcTorES LED com SENSor Para o ExTErIorOs projectores XLed da STEINEL representam um novo conceito, que combina da melhor forma as tecnologias sensóricas e da iluminação LED: de imediato 100% de luz, graças aos LEDs electronicamente controlados, mas apenas cerca de 30% do consumo de energia que se verifica com projectores de halogéneo convencionais. As lâmpa-das economizadoras não são alternativa, dado que a sua luz não é suficientemente rápida a brilhar.

Os novos LEDs de 3 W topo de gama são utilizados com um sistema de arrefecimento especial e lentes engenhosas. A estrela principal é

Nelson SilvaPronodis – Soluções Tecnológicas, Lda.

A luz é um bem sempre necessário em todo o lado. Com a tec-nologia de sensores da STEINEL, a dissipação de recursos é coisa do passado: as luzes acendem-se assim que entra no recinto, e apagam-se quando sair dele. Assim a luz inteligente da STEINEL contribui para poupar energia, emissões de CO2 e custos.

{EfIcIêNcIa ENErgéTIca máxIma}

o atraente sistema electrónico de microprocessador. O resultado é surpreendente: uma luz clara e brilhante à volta do edifício, com um consumo mínimo.

Figura 3 . Possibilidade de regulação.

Criando um efeito de iluminação fascinante apresentam ainda uma flexibilidade direccional única.

xLED 10 / xLED 25Destaques técnicos: › XLed com 10 ou 25 LEDs à escolha com cabe-

ça de iluminação em design plano, alumínio;› Aproximadamente 25 ou 60 W de absorção

de potência;› Detector de movimento integrado com 240º

de detecção com 12 metros de alcance;› Margem de orientação de 270º na horizon-

tal e 200º na vertical;› Balastros electrónicos integrados;› ATC – Comando (Active Thermo Control);› Possibilidade de saída de comutação exter-

na para encadeamentos;

Figura 1 . XLED 10.Figura 2 . Design plano, alumínio: cabeça de

iluminação extremamente orientável.

Ajustes: Regulação do tempo, da intensidade

luminosa e da luminosidade básica.

Redução do alcance de detecção através

de máscaras.

Redução do ângulo de detecção através de

máscaras.

Figura 4 . XLED 25 (Ver-

são preto e branco).

Page 39: O Electricista 37 - Projecto

revista técnico-profissional Artigo técnico-comerciAlo electricista

172

› 10% de modo de luminosidade básica seleccionável (10 minutos de inércia depois da comutação ou a noite toda);

› Vida útil dos LEDs: 50.000 horas;› Montagem simples de 2 peças;› 70% de poupança de energia;› Grande durabilidade dos LEDs.

Figura 5 . Curvas de distribuição de luz XLed 10 e XLed 25.

ProjEcTorES LED Para o ExTErIor (VErSão SLaVE)O projector XLed também existe na versão Slave (sem sensor), sendo a solução perfeita para uma iluminação muito eficiente. A cabeça de iluminação de design plano equipada com 10 ou 25 Power-LEDs, é fabricada em alumínio de grande qualidade e pode ser direccionada da melhor maneira para a superfície a iluminar graças à sua extrema capacidade de rotação.

Por não desenvolverem muito calor, os projectores Xled também po-dem ser montados sem problemas sob telhados salientes, dado que não é preciso deixar uma distância de segurança de 1 metro.

› Cabeça de iluminação LED em design plano;› Reflector orientável;› Balastros electrónicos integrados;› Comando Active Thermo Control.

aPLIquES ELEgaNTES DE ParEDE ou ESPELho Os novos apliques com sensor STEINEL para casas de banho, escadas, guarda-roupas e cozinhas não só têm um aspecto brilhante, como

Figura 7 . XLED-SL 25 e XLED-SL 10.

XLed-SL 10 XLed-SL 25

150°

120°

90°

60°

120°

90°

60°

150°180°

30° 30°0°cd/1000lm C90 / C270C0 / C180

100

200

300

400

500

150°

120°

90°

60°

120°

90°

60°

150°180°

30° 30°0°cd/1000lm C90 / C270C0 / C180

XLed-SL 10 / XLed -SL25EAN XLed-SL 10 preto 4007841 658113

XLed-SL 10 branco 4007841 658212XLed-SL 25 preto 4007841 658519XLed-SL 25 branco 4007841 658618

Dimensões (a x l x p)

XLed-SL 10 205 x 200 x 220 mmXLed-SL 25 300 x 200 x 220 mm

Ligação à rede 230 – 240 V, 50 Hz

Potência XLed-SL 10 10 LEDs, aprox. 25 WXLed-SL 25 25 LEDs, aprox. 60 W

Vida útil dos LEDs até 50 000 h. (assumindo 3 h/dia, aprox. 45 anos)

Grau de protecção IP 44

Classe de protecção

I

Intervalo de temperatura

-20 a +40 °C

Acessórios - espigão prateado 365 x 136 x 80 mm EAN 4007841 654917

Espigão prateado

Acessórios

XLed-SL 10

XLed-SL 25

Curvas de distribuição de luz XLed-SL 10, XLed-SL 25

PROFESSIONAL

161

Sup

ort

e, a

ssis

tênc

iaTe

cno

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e se

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res

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tore

s d

e p

rese

nça

Det

ecto

res

de

mo

vim

ento

também brilham graças a um interior inovador. Operam de forma não visível, praticamente sem qualquer retarda-mento e com máxima eficácia. Podem ser comandados automaticamente, através de um sensor de alta frequência integrado, ou manualmente através de um sensor de campo de aproximação sem contacto.

Estes apliques de casa-de-banho e de espelho são ideais por exemplo para hotéis, hospitais e lares de idosos.

A activação da lâmpada de 24 W (TC-L ou T5) é feita através do recém-desen-

volvido balastro electrónico STEINEL, comandado por chip, que ga-rante uma durabilidade ilimitada da lâmpada e uma ligação suave e rápida da luz.

ELEgaNTE bLoco DE LuzES com EfEITo LEDDesign de luz funcional na sua forma mais elegante, o L266 cube dispõe de uma luz de acentuação LED em sepa-rado, que não só destaca a parede da casa, como também ilumina de uma forma muito bonita o botão da cam-painha, placa do nome ou o número da porta.

O vidro artesanal, o chassis de alumínio com revestimento Nano Clean, que repele a sujidade, e o sensor de preci-são, completam o visual harmonioso composto por material de qualidade. Para conseguir a iluminação duradoura

Figura 7 . Série BRS alia ele-

gância e eficiência. Transversal

ou a direito, como candeeiro

de espelho ou de parede.

Figura 8 . L266-cube.

Figura 9 . L266-cube e L266 cube opalino matizado, versão prateada e antracite.

Page 40: O Electricista 37 - Projecto

revista técnico-profissionalArtigo técnico-comerciAl o electricista

173

e uniforme do vidro, estes candeeiros com sensor são fornecidos com os inovadores adaptadores G9 (sem lâmpadas).

EDIção INoxOs apliques com sensor de parede da edição inox unem um design moderno aliado à mais recente técnica de sensores, o que resulta em conforto, segurança e economia máximos, ideal para a casa e o jar-dim. São equipados com painéis de aço inoxidável de alta qualidade e vidro opalino artesanal, asseguram a distribuição suave da luz e criam acentuações interessantes no exterior da sua casa.

Figura 10 . Apliques com sensor, série 860.

o comando moderno por microprocessador traz funcionali-dades que satisfazem todas as exigências:A função de ligar suavemente a luz de forma integrada produz uma iluminação agradável e aumenta a vida útil da lâmpada incandes-cente, aumentando a potência das lâmpadas conectadas apenas gra-dualmente por um segundo no acto de ligar. O sistema electrónico funciona da mesma forma quando se trata de desligar a luz.

Regulação de intensidade luminosa (Watt-o-matic – luminosidade básica regulável de 0 a 50%). Ao ser detectado um movimento, o candeeiro acende com a potência total e fica acesso durante o tem-po pré-definido. A luz permanente (4 horas) pode ser activada atra-vés do interruptor de rede conectado.

aPLIquES DE ParEDE comPacToS E moDErNoSConforto, segurança e eficiência energética com German Quality não têm de ser caros: estes candeeiros com sensor oferecem tampas de alumínio de grande qualidade.

O ângulo de detecção é de 180º com um alcance máximo de 10 metros. Graças à grande margem de orientação do sensor (90º) e à capacidade de cobrir cada segmento, a área de detecção pode ser adaptada da melhor forma às condições ambientais. O difusor de policarbonato resistente garante uma difusão uniforme da luz.

Figura 11 . L12.

Adaptação exacta da área de detecção às condições locais graças à lente com sensor que se pode ajustar na vertical, regulação simples da duração da luz e do limiar crepuscular por meio de um regu-lador rotativo.

Figura 13 . Características do L11 e L12.

A tecnologia de sensores economizadora de energia da STEINEL pode ser usada em qualquer lado onde a luz seja necessária. No interior ou no exterior, para uma iluminação pontual ou constante. É possível luz ecológica aqui e agora, assim todos podemos fazer algo pelo futuro!

Para mais informações

ProNodis – soluções TeCNológiCas, lda.

Tel.: +351 234 484 031 . Fax: +351 234 484 033

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L 11

AluminiumQuality

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L 12

L 11 / L 12

AluminiumQuality

L 11 L 12

180° máx. 10 m

2m

As características mais importantes resumidas

Alumínio Alumínio

Ajuste dasfunções

Detecção perfeitaÂngulo dedetecção 180°

90° na vertical Redução do ângulode detecção

Possibilidades de regulação� Adaptação exacta da área de detecção

às condições locais graças à lente comsensor que se pode ajustar na vertical.

� Regulação simples da duração da luze do limiar crepuscular por meio de umregulador rotativo.

Vantagens de montagem� Caixa de conexão suficientemente gran-

de para facilitar e agilizar a cablagem.

Candeeiros com sensor de paredeCandeeiros com sensor para o exterior

Conforto, segurança e eficiência energé-tica em "German Quality" não têm deser caros: estes candeeiros com sensoroferecem tampas de alumínio de grandequalidade, design moderno e tecnologiade sensores comprovados milhões devezes a um preço sensacional.

O ângulo de detecção é de 180° com umalcance máx. de 10 m. Graças à grandemargem de orientação do sensor (90°) eà capacidade de cobrir cada segmento,a área de detecção pode ser adaptadada melhor forma às condições ambientais.O difusor de policarbonato resistentegarante uma difusão uniforme da luz.

Candeeiros de paredecompactos e modernos

EAN 4007841...

Dimensões (A x L x P)

657710

280 x 214 x 114 mm

657918

279 x 155 x 120 mm

Potência

Ligação à rede

Ângulo de detecção

Alcance

Regulação crepuscular

Ajuste do tempo

Grau de protecção

Classe de protecção

máx. 60 W/E 27

230 – 240 V, 50 Hz

180°

máx. 10 m

2 – 2000 lux

8 s – 35 min

IP 44

II

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AluminiumQuality

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Figura 12 . L11 e L12.

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As características mais importantes resumidas

Alumínio Alumínio

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90° na vertical Redução do ângulode detecção

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L 11 L 12

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90° na vertical Redução do ângulode detecção

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revista técnico-profissionalArtigo técnico-comerciAl o electricista

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CASA DAS LÂMPADAS

A Targetti é um parceiro idela de profis-sionais, distribuidores especializados e clientes corporativos, como Ferrari, Mer-cedes, Peugeot, Mara Max, Levi Strauss, a Benetton e McDonalds. Mais organismos e instituições que escolheram as empresas do Grupo para iluminar autênticas peças de património da humanidade como A Última Ceia de Leonardo da Vinci em Milão, David de Michelangelo, em Florença, a Singapura Opera House, Piazza San Marco em Veneza, Notre Dame, em Paris, bem como a McLa-ren Technology Centre, no Reino Unido, projectado por Norman Foster.

A destacar da gama de produtos da Targetti Poulsen, a família ARC, um projector de en-castrar, que oferece tecnologia de superior qualidade e performance superiores. Utili-zando as melhores soluções ópticas ao nível do controle da luz, traduzindo-se numa ilu-minação com maior homogeneidade. Alta-mente versátil, a gama ARC possibilita a uti-

J. Daniel OliveiraGestor de Produto - Iluminação Decorativa

Casa das Lâmpadas, S.A.

Fundada em 1928, a Targetti, representada em Por-tugal pela Casa das Lâmpadas, começou no coração do centro histórico de Florença e hoje produz e co-mercializa mais de 3.000 luminárias e sistemas que representam a síntese entre tecnologia e design.

{ProjeCtoreS ArC DA tArgetti PouLSen}

lização de tradicionais ou inovadoras fontes de luz, garante um alto desempenho com o máximo conforto visual.

Das fontes de luz, realça-se a LED com tec-nologia CTC (Controle de Temperatura de Cor). Este exclusivo e patenteado sistema, em combinação com a utilização dos mais avançados e poderosos LEDs, assegura a mistura de cores na própria óptica, propor-cionando assim a uniformidade de cor, su-perando aquele que é um dos maiores pro-blemas na iluminação por LED, a variação de temperatura de cor e sua restituição.

A utilização destes LEDs permite uma emis-são de luz dentro do espectro visível aos nossos olhos, com total ausência de raios UV, bem como IR no feixe de luz, garan-tingo assim uma economia de energia. A escolha e mistura de diferentes cores de LEDs asseguram uma reprodução das cores irrepreensível.

Fixo ou ajustável, os sistemas ARC e MINI ARC dão personalidade ao espaço, cap-tando a atenção, destacando a criação de objectos ou jogos de luz em superfícies pla-nas, com efeitos pura e definida: altamente dramático com a óptica (SP), mais suave e desvanecido com a óptica (FL).

Nos espaços onde reina uma atmosfera de-licada e sublime, suave e harmoniosa com as ópticas de média ampla largura (MWFL) e ampla largura (WFL) é possível criar uma luz balanceada, adornando suavemente todas as superfícies como um véu e iluminando discretamente materiais destacando volu-mes. Na iluminação de superfícies verticais, a versão Wall-Washer garante um sistema de iluminação eficaz, capaz de produzir uma iluminação difusa, homogénea e uniforme de toda a superfície, com uma clareza na tex-tura e leveza, insinuando objectos e criando um ambiente agradável no espaço iluminado. Com a possibilidade de realizar a instalação em três diferentes tipos de acabamentos, é possível com a gama ARC enquadrar-se a

Page 43: O Electricista 37 - Projecto

revista técnico-profissional Artigo técnico-comerciAlo electricista

176

qualquer tipo arquitectónico. TRIMLESS acabamento sem anéis visíveis

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revista técnico-profissionalArtigo técnico-comerciAl o electricista

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ABB

Os filtros activos e modulares PQF da ABB representam uma solução fiável e rentável para este problema, dados que supervisio-nam continuamente a intensidade em tem-po real para determinar a presença de har-mónicos e injectam correntes harmónicas na rede, na fase exactamente oposta à dos componentes que vão ser filtrados. Os dois harmónicos anulam-se entre si para que o transformador de alimentação veja uma onda sinusoidal limpa.

As redes com energia eléctrica de má qua-lidade ocasionam perdas económicas, um impacto negativo no meio ambiente ou problemas de segurança. Existem três cau-sas importantes da qualidade deficiente da energia eléctrica:› Poluição harmónica;› Desequilíbrio de cargas que provocam de-

sequilíbrios de tensão;› Energia reactiva.

Quando estas condições sucedem demasia-das vezes, ocorrem falhas frequentes nos equipamentos ou a redução da vida destes, perdas de produção, menores níveis de se-gurança nas instalações, maior pegada de carbono, incumprimento das normativas do serviço de fornecimento e outros efeitos não desejados.

ABB, S.A.

A crescente utilização de cargas não lineares nas aplicações in-dustriais e comerciais originou harmónicos que podem ser preju-diciais para a rede eléctrica e provocar o sobreaquecimento dos cabos, motores e transformadores, provocar danos nos equipa-mentos sensíveis, desligar disjuntores e fundir fusíveis, e envelhe-cer prematuramente a instalação.

{ UmA melhoriA ActivA dA qUAlidAde – Filtros Activos PqF melhorAm o rendimento e eFiciênciA dos sistemAs}

Além das perdas económicas, ocorrem outros custos pelas perdas acrescidas de kWh em componentes típicos da rede, como transformadores, cabos e motores. Tais perdas recaem nas centrais eléctricas de fornecimento público e, dependendo do processo e da fonte da energia eléctrica, aumentam as emissões de CO

2. As centrais nucleares, por exemplo, não deixam pegada de CO2 por kWh, ao passo que as centrais eléctricas de carbono geram entre 900 e 1.000 g/kWh.

Se a produção pára devido à qualidade deficiente da energia eléctrica, os custos são enormes. Na Figura 1 apresentamos uma visão geral das perdas económicas típicas produzidas por um incidente de qualidade da energia (paragem) em instalações eléctricas de vários sectores industriais. Os dados assinalados com asterisco procedem de um estudo à escala europeia sobre este tema, realizado pelo Instituto Europeu do Cobre em 2002. A restante informação é baseada em dados da ABB.

Figura 1 . Exemplos de perdas económicas derivadas de incidentes de qualidade de energia.

Um possível método para quantificar teoricamente as perdas acrescidas que provocam os harmónicos nos transformadores é utilizar a norma IEEE C57.110. O impacto calculado dependerá das circunstâncias locais, mas o que acontece é que as perdas se acumulam com rapidez.

52 ABB review 4|10

This can result in operational issues in the other installations.

Most utility plants have adopted and comply with power quality standards and regulations to limit this type of problem. Non-compliance with these regulations leads to a refusal of a new installation connection.

Addressing harmonic pollution and load imbalanceHistorically, passive filters have been proposed to mitigate harmonic pollution. In low-voltage (LV) installations, these solutions become less and less applica-ble when:– LV installations are very dynamic

leading to relatively fast passive filter overload

– Modern loads (eg, variable-speed drives, modern lighting systems) already have a very good cos ϕ (possibly even capacitive) leading to overcompensation when a passive filter is installed. This in combination with the limited capability of typical backup generators to run on capaci-tive cos ϕ reduces the reliability of the installation.

– Passive filters installed in LV installa-tions typically address the lower harmonic orders. Currently, however, it is the higher frequency harmonics that are problematic in installations.

– The filtering efficiency of a passive filter is defined by the ratio of the passive filter impedance and the network impedance and therefore cannot be guaranteed. Hence, it is virtually impossible to guarantee compliance with regulations by using passive filters.

For these reasons there is a worldwide tendency to move away from passive fil-tering solutions in favour of active filter-ing solutions in LV and MV applications.

overview of typical financial losses due to a power quality incident (stop) in electrical installations for various industries [1]. The data marked as (*) have been concluded after a European-wide power-quality sur-vey undertaken by the European Copper Institute in 2002. The remaining informa-tion is based on ABB data.

One possible method to quantify theo-retically the extra losses introduced by harmonics in transformers is to use the IEEE C57.110 standard [2]. The calculat-ed impact will depend on the local situa-tion but what is clear is that losses quick-ly accumulate.

Most of the harmonic pollution nowadays is created as harmonic current produced by loads in individual installations. This harmonic current, injected into the net-work impedance is translated into har-monic voltage (Ohm’s law), and then ap-

plied to all the loads within that user’s installation. In addition, the harmonic current produced in one installation, if not filtered, will also flow through the feeding transformers into the utility sup-ply and create harmonic voltage distor-tion on the public network. As a result, any utility user connected to the same supply will become affected by the pollu-tion created by another utility customer.

E lectrical networks with poor power quality result in financial loss, environmental impacts or safety concerns. There are

three significant causes of poor power quality:– Harmonic pollution– Load imbalances resulting in voltage

imbalance– Reactive power

These conditions, when excessive, lead to frequent equipment failures or reduced lifetime of the equipment, production losses, reduced safety levels of installa-tions, increased carbon footprint, non-compliance with utility regulations and other undesired effects. In addition to finan cial losses there are costs incurred due to extra kWh losses in typical net-work components such as transformers, cables and motors. These losses are cascaded back to the utility power plants and, depending on the process and fuel from which the electrical power is gener-ated, result in increased CO2 emissions. Nuclear power plants, for example, have almost no CO2 footprint per kWh while coal power plants generate around 900 to 1,000 g/kWh.

If, due to poor power quality, the produc-tion is stopped, major costs are incurred. This is illustrated in ➔ 1, which gives an

ABB modular PQF active filters are used to counter the effect of poten-tially harmful cur-rent harmonics into the power network.

1 Examples of financial loss due to power quality incidents

Sector Financial loss per incident (in euros)

Semi-conductors production(*) 3.8 million ($5.3 million)

Financial trade(*) 6 million ($8.4 million)

Computer center(*) 750,000 ($1 million)

Telecommunication(*) 30,000 ($42,000)

Steel industry(*) 350,000 ($490,000)

Glass industry(*) 250,000 ($350,000)

Offshore platforms 250,000 - 750,000 ($350,000 - $1 million)

Dredging/land reclamation 50,000 - 250,000 ($70,000 - $350,000)

Page 45: O Electricista 37 - Projecto

revista técnico-profissional Artigo técnico-comerciAlo electricista

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Figura 2 . Diagrama de ligação dos filtros activos

mais comuns.

Actualmente, a maioria da poluição harmó-nica é criada em forma de corrente harmó-nica produzida pelas cargas nas instalações individuais. Esta corrente harmónica, injec-tada na impedância da rede, é convertida em tensão harmónica (Lei de Ohm) e aplicada a todas as cargas das instalações do utilizador. Além disso, a corrente harmónica se não for filtrada, flui também pelos transformadores de alimentação até à fonte do fornecedor de energia e provoca uma distorção harmónica de tensão na rede pública.

Consequentemente, qualquer utilizador do serviço que esteja ligado ao mesmo forne-cimento será afectado pela contaminação produzida por outro cliente do serviço, o que pode ocasionar problemas de funcio-namento noutras instalações. A maioria das centrais eléctricas adoptaram e cumprem as normas e os regulamentos de qualidade relativos à energia para limitar este tipo de problemas. O incumprimento destas normas conduz à impossibilidade de acesso à ligação de uma nova instalação.

como ABordAr A PolUição hArmónicA e o deseqUilíBrio de cArgATradicionalmente, foram propostos os filtros passivos como método para reduzir a po-luição harmónica. Nas instalações de baixa tensão, esta solução aplica-se cada vez me-nos quando:› As instalações de baixa tensão são muito

dinâmicas, o que produz uma sobrecarga

{ UmA melhoriA ActivA dA qUAlidAde – Filtros Activos PqF melhorAm o rendimento e eFiciênciA dos sistemAs}

do filtro passivo relativamente rápida;› As cargas modernas (por exemplo, accio-

namentos de velocidade variável, moder-nos sistemas de iluminação) têm já um excelente factor de potência (cos j) (pos-sivelmente, mesmo capacitivo) que pro-duz um excesso de compensação quando existe um filtro passivo instalado. Se a isto se acrescenta a limitada capacidade dos geradores de reserva para funcionar com factores cos j capacitivos, a fiabili-dade da instalação é reduzida;

› Os filtros passivos instalados em instala-ções de baixa tensão devem ser usados para os harmónicos de menor ordem. Ac-tualmente, no entanto, os harmónicos das frequências mais altas são os que apre-sentam mais problemas nas instalações;

› A eficiência dos filtros passivos fica de-finida pela proporção da impedância do filtro passivo e a impedância da rede e, por isso, não pode ser garantida. Em con-sequência é praticamente impossível ga-rantir o cumprimento das normas com a utilização de filtros passivos.

Estas razões explicam a tendência mundial em abandonar as soluções de filtragem pas-siva a favor de soluções de filtragem activa em aplicações de baixa e média tensão. Os filtros activos mais comuns são equipa-mentos eléctricos baseados na electrónica de potência e estão instalados em paralelo com as cargas poluentes, como se verifica na Figura 2.

O controlador de um filtro de qualidade da energia (PQF) da ABB analisa os harmónicos de corrente na linha e as necessidades do cliente. Deste modo, pode gerar para cada frequência harmónica uma corrente harmó-nica (corrente de compensação) em oposi-ção de fase à da corrente poluente medida.

Dado que o PQF não funciona conforme o princípio convencional de baixa impedância de harmónicos utilizado pelos filtros passivos, permanece inalterável perante as mudanças nos parâmetros da rede e não pode sofrer so-brecarga. Além disso, em comparação com as unidades de filtros passivos, os filtros activos podem ser ampliados com facilidade.

Para que o rendimento seja eficaz em toda a largura de banda do filtro, existem dois as-pectos de controlo essenciais:› o uso de um sistema de controlo em ciclo

fechado (closed-loop);› a abordagem no domínio das frequências

para o processamento e controlo da cor-rente poluente.

Para os filtros activos, a questão do ciclo fe-chado (closed loop) e do ciclo aberto (open loop) está relacionado com o local onde serão instalados os transformadores de in-tensidade (CT) de medida do filtro activo (Figura 3).

Figura 3 . Princípio de filtro activo de ciclo fechado

(closed loop) e de ciclo aberto (open loop).

Nos sistemas de ciclo fechado (closed loop), mede-se a corrente anterior à carga e de conexão do filtro e adoptam-se medidas correctivas. Qualquer medida ou outras im-precisões podem ser canceladas automati-camente e compensadas no conceito de ci-clo fechado (closed loop). Nos sistemas em ciclo aberto (open loop), a corrente de carga é medida e processada, e o sinal invertido resultante acciona a ponte do transístor bipolar de porta isolada (IGBT). Uma vez que não há feedback, a corrente de linha resultante pode conter normalmente com-ponentes errados que o sistema de controlo não detecta.

Em resumo, as vantagens de utilizar um sis-tema em ciclo fechado (closed loop) ao invés de aberto (open loop) são:

53Actively improving quality

ror components, which are not detected by the control system.

In summary, the advantages of using a closed-loop system over an open-loop one are [3]:– Closed-loop systems allow the

canceling of errors in the control loop and in the behavior in response to

external disturbance. Open-loop systems do not have this capability.

– Closed-loop control systems can react as fast as open-loop control systems providing that the control loop parameters are set for this behavior.

The frequency domain approach is pre-ferred over the time domain approach, and the following paragraph explains why.

In the time-domain approach, the funda-mental frequency component is removed from the measured current signal. The remaining waveform is then inverted and the resultant signal drives the IGBT-bridge of the active filter. This approach ignores the fact that the network charac-teristics are different for different frequen-cies, as well as the characteristics of the CT’s and the control system. The perfor-mance of active filters using this control approach deterioraties with increasing frequency. In the frequency-domain ap-proach each harmonic and its corre-sponding system characteristics are treated individually and performance can be optimized for the harmonic compo-nents in the filtering bandwidth. As a re-sult the same (high) filtering performance can be maintained through the filtering bandwidth. The principle of the frequen-cy-domain filtering approach is illustrsted in ➔ 4.

The best filtering performance will be ob-tained with an active filter using a closed-loop control system and an individual frequency domain approach. Other ad-vantages of such filters include:– User requirements can be preset for

each harmonic (eg, standard compli-ance requirement).

– Individual harmonics can be selected to allow optimal use of the filter resources (eg, no need to filter the fifth harmonic if this harmonic is already filtered by another existing filtering device).

For active filters the closed-loop and open loop aspect can be found in the lo-cation where the active filter measure-ment current transformers (CTs) have to be installed ➔ 3.

In closed-loop systems, the current up-stream of the load and filter connection are measured and corrective action is taken. Any measurement or other inac-curacies can be automatically cancelled out and compensated by the closed-loop concept. In open-loop systems, the load current is measured and processed and the resultant inverted signal drives the in-sulated gate bipolar transistor (IGBT) bridge. As no feedback exists, the result-ing line current may typically contain er-

The most commonly found active filters are power electronics-based electrical equipment that are installed on a parallel feeder to the polluting loads ➔ 2.

The controller of an ABB power quality filter (PQF) analyzes the line current har-monics, as well as the customer require-ments. It can then generate for each har-monic frequency a harmonic current (compensation current) that is opposite in phase to the measured polluting cur-rent.

Since the PQF does not operate accord-ing to the conventional low harmonic im-pedance principle employed by passive filters, it remains unaffected by changes in network parameters and can not be overloaded. Also, compared to passive filter units, active units can be easily ex-tended.

In order to obtain effective performance throughout the filter bandwidth, two con-trol aspects, both of which can be imple-mented in the PQF, are critical:– The use of a closed-loop control

system– The frequency domain approach for

processing and controlling the polluted current.

The tendency now is to move away from passive filter-ing solutions in favour of active solutions in low and medium-volt-age applications.

2 Connection diagram of the most commonly found active filters

Supply

Active filter

Load

Fundamental only idistortion

icompensation

3 Closed-loop and open-loop active filter principle

Active filter

Active filter

Distortioncourse

Distortioncourse

Closed-loop

Open-loop

4 Principle of the frequency-domain filtering approach

Supply current Load current Filter current

= +

53Actively improving quality

ror components, which are not detected by the control system.

In summary, the advantages of using a closed-loop system over an open-loop one are [3]:– Closed-loop systems allow the

canceling of errors in the control loop and in the behavior in response to

external disturbance. Open-loop systems do not have this capability.

– Closed-loop control systems can react as fast as open-loop control systems providing that the control loop parameters are set for this behavior.

The frequency domain approach is pre-ferred over the time domain approach, and the following paragraph explains why.

In the time-domain approach, the funda-mental frequency component is removed from the measured current signal. The remaining waveform is then inverted and the resultant signal drives the IGBT-bridge of the active filter. This approach ignores the fact that the network charac-teristics are different for different frequen-cies, as well as the characteristics of the CT’s and the control system. The perfor-mance of active filters using this control approach deterioraties with increasing frequency. In the frequency-domain ap-proach each harmonic and its corre-sponding system characteristics are treated individually and performance can be optimized for the harmonic compo-nents in the filtering bandwidth. As a re-sult the same (high) filtering performance can be maintained through the filtering bandwidth. The principle of the frequen-cy-domain filtering approach is illustrsted in ➔ 4.

The best filtering performance will be ob-tained with an active filter using a closed-loop control system and an individual frequency domain approach. Other ad-vantages of such filters include:– User requirements can be preset for

each harmonic (eg, standard compli-ance requirement).

– Individual harmonics can be selected to allow optimal use of the filter resources (eg, no need to filter the fifth harmonic if this harmonic is already filtered by another existing filtering device).

For active filters the closed-loop and open loop aspect can be found in the lo-cation where the active filter measure-ment current transformers (CTs) have to be installed ➔ 3.

In closed-loop systems, the current up-stream of the load and filter connection are measured and corrective action is taken. Any measurement or other inac-curacies can be automatically cancelled out and compensated by the closed-loop concept. In open-loop systems, the load current is measured and processed and the resultant inverted signal drives the in-sulated gate bipolar transistor (IGBT) bridge. As no feedback exists, the result-ing line current may typically contain er-

The most commonly found active filters are power electronics-based electrical equipment that are installed on a parallel feeder to the polluting loads ➔ 2.

The controller of an ABB power quality filter (PQF) analyzes the line current har-monics, as well as the customer require-ments. It can then generate for each har-monic frequency a harmonic current (compensation current) that is opposite in phase to the measured polluting cur-rent.

Since the PQF does not operate accord-ing to the conventional low harmonic im-pedance principle employed by passive filters, it remains unaffected by changes in network parameters and can not be overloaded. Also, compared to passive filter units, active units can be easily ex-tended.

In order to obtain effective performance throughout the filter bandwidth, two con-trol aspects, both of which can be imple-mented in the PQF, are critical:– The use of a closed-loop control

system– The frequency domain approach for

processing and controlling the polluted current.

The tendency now is to move away from passive filter-ing solutions in favour of active solutions in low and medium-volt-age applications.

2 Connection diagram of the most commonly found active filters

Supply

Active filter

Load

Fundamental only idistortion

icompensation

3 Closed-loop and open-loop active filter principle

Active filter

Active filter

Distortioncourse

Distortioncourse

Closed-loop

Open-loop

4 Principle of the frequency-domain filtering approach

Supply current Load current Filter current

= +

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revista técnico-profissionalArtigo técnico-comerciAl o electricista

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› os sistemas em ciclo fechado (closed loop) permitem cancelar os erros no ciclo de controlo e no comportamento em respos-ta a perturbações exteriores; os sistemas em ciclo aberto não têm esta possibilidade;

› os sistemas de controlo em ciclo fecha-do (closed loop) podem reagir com tanta rapidez como os de ciclo aberto (open loop), desde que os parâmetros do ciclo de controlo sejam ajustados para agirem deste modo.

É preferível utilizar a abordagem do domínio de frequências que o do domínio de tempo, de seguida é explicado o motivo. Na aborda-gem do domínio de tempo, o componente da frequência fundamental é eliminado do sinal de corrente medida. A forma de onda res-tante é invertida e o sinal resultante acciona a ponte do transístor bipolar de porta isolada (IGBT) do filtro activo.

Esta abordagem não considera o facto das características da rede serem diferentes para as distintas frequências, assim como as ca-racterísticas dos transformadores de intensi-dade (CT) de medida e do sistema de contro-lo. O rendimento dos filtros activos com esta abordagem de controlo diminui à medida que aumenta a frequência.

Na abordagem do domínio de frequências, cada harmónico e as características corres-pondentes do sistema são tratadas de forma individual, podendo o rendimento ser opti-mizado para os componentes harmónicos na largura de banda da filtragem.

Consequentemente, é possível manter o mesmo rendimento filtrado (alto) em toda a largura de banda. O princípio em que se ba-seia a abordagem do domínio de frequências para a filtragem é apresentado na Figura 4. O melhor rendimento de filtragem é consegui-do utilizando um filtro activo com sistema de controlo em ciclo fechado (closed loop) e uma abordagem de domínio de frequências individual. Entre outras vantagens destes fil-tros incluem-se as seguintes:› Podem predefinir-se os requisitos do utili-

zador para cada harmónico (por exemplo, requisito de conformidade normativa);

Figura 4 . Princípio do método de filtragem do domínio de frequências.

› Podem seleccionar-se harmónicos individuais para uma óptima utilização dos recursos do filtro (por exemplo, não é necessário filtrar o quinto harmónico se este já tiver sido filtrado por outro dispositivo);

› É possível estabelecer e conservar objectivos precisos para cos j. Isto permite que os filtros activos funcionem em aplicações nas quais é necessário controlar com precisão o factor cos j para evitar perturbações na instalação (por exemplo, desconexão de um gerador). As unidades de filtragem activa da ABB podem compensar tanto as cargas indu-tivas como as capacitivas;

› Pode aplicar-se uma equilibragem precisa de cargas permitindo a descarga dos sistemas neutros e evitando que a tensão do neutro à terra se mantenha nos níveis mínimos. Além disso, pode garantir-se que a equilibragem da carga de, por exemplo, uma UPS está equili-brada. Na Figura 5 é apresentado um exemplo de aplicação de equilibragem mediante um filtro activo PQF da ABB com controlo de ciclo fechado (closed loop).

Isto deve-se às valiosas funções secundárias (por exemplo, a redução automática da tempe-ratura, entre outras).

Figura 5 . Exemplo de aplicação de equilibragem com um filtro activo de ciclo fechado.

resUltAdos PráticosOs filtros activos PQF da ABB e outros equipamentos de qualidade da energia da ABB apli-cam-se em diversos campos. Por exemplo, as instalações de exploração de um jazigo petro-lífero compreendem uma central eléctrica que alimenta numerosos grupos de bombagem. A grande maioria das cargas são controladas por accionamentos de CA. Existem 40 grupos aproximadamente, cada um com uma carga na ordem de 2 MW. Sem filtros activos, a dis-

53Actively improving quality

ror components, which are not detected by the control system.

In summary, the advantages of using a closed-loop system over an open-loop one are [3]:– Closed-loop systems allow the

canceling of errors in the control loop and in the behavior in response to

external disturbance. Open-loop systems do not have this capability.

– Closed-loop control systems can react as fast as open-loop control systems providing that the control loop parameters are set for this behavior.

The frequency domain approach is pre-ferred over the time domain approach, and the following paragraph explains why.

In the time-domain approach, the funda-mental frequency component is removed from the measured current signal. The remaining waveform is then inverted and the resultant signal drives the IGBT-bridge of the active filter. This approach ignores the fact that the network charac-teristics are different for different frequen-cies, as well as the characteristics of the CT’s and the control system. The perfor-mance of active filters using this control approach deterioraties with increasing frequency. In the frequency-domain ap-proach each harmonic and its corre-sponding system characteristics are treated individually and performance can be optimized for the harmonic compo-nents in the filtering bandwidth. As a re-sult the same (high) filtering performance can be maintained through the filtering bandwidth. The principle of the frequen-cy-domain filtering approach is illustrsted in ➔ 4.

The best filtering performance will be ob-tained with an active filter using a closed-loop control system and an individual frequency domain approach. Other ad-vantages of such filters include:– User requirements can be preset for

each harmonic (eg, standard compli-ance requirement).

– Individual harmonics can be selected to allow optimal use of the filter resources (eg, no need to filter the fifth harmonic if this harmonic is already filtered by another existing filtering device).

For active filters the closed-loop and open loop aspect can be found in the lo-cation where the active filter measure-ment current transformers (CTs) have to be installed ➔ 3.

In closed-loop systems, the current up-stream of the load and filter connection are measured and corrective action is taken. Any measurement or other inac-curacies can be automatically cancelled out and compensated by the closed-loop concept. In open-loop systems, the load current is measured and processed and the resultant inverted signal drives the in-sulated gate bipolar transistor (IGBT) bridge. As no feedback exists, the result-ing line current may typically contain er-

The most commonly found active filters are power electronics-based electrical equipment that are installed on a parallel feeder to the polluting loads ➔ 2.

The controller of an ABB power quality filter (PQF) analyzes the line current har-monics, as well as the customer require-ments. It can then generate for each har-monic frequency a harmonic current (compensation current) that is opposite in phase to the measured polluting cur-rent.

Since the PQF does not operate accord-ing to the conventional low harmonic im-pedance principle employed by passive filters, it remains unaffected by changes in network parameters and can not be overloaded. Also, compared to passive filter units, active units can be easily ex-tended.

In order to obtain effective performance throughout the filter bandwidth, two con-trol aspects, both of which can be imple-mented in the PQF, are critical:– The use of a closed-loop control

system– The frequency domain approach for

processing and controlling the polluted current.

The tendency now is to move away from passive filter-ing solutions in favour of active solutions in low and medium-volt-age applications.

2 Connection diagram of the most commonly found active filters

Supply

Active filter

Load

Fundamental only idistortion

icompensation

3 Closed-loop and open-loop active filter principle

Active filter

Active filter

Distortioncourse

Distortioncourse

Closed-loop

Open-loop

4 Principle of the frequency-domain filtering approach

Supply current Load current Filter current

= +

54 ABB review 4|10

percent and the total harmonic distortion current (THDI) would be 27 percent ➔ 6.

With active filters, the THDV has been re-duced to 2 percent and THDI to 3 per-cent ➔ 7.

Overall, the power quality of the clusters has been hugely improved, allowing the plant to run within IEEE 519 standard limits and ensuring trouble free operation of the different clusters.

A second example considers the power quality on board a vessel ➔ 8. The vessel in question has an electrical power plant consisting of two generators running at around 600 kVA each. The main loads are two DC-drive based propulsion units. Before compensation, the THDI was around 25 percent and the correspond-ing THDV around 22 percent. The cos ϕ of the installation was around 0.76. Typi-cal fuel consumption of the vessel was in the range 14,000 to 15,000 liters per month.

The customer requirements were to:– Reduce the harmonic pollution to

acceptable levels to avoid technical problems with the propulsion units.

– Perform reactive power compensation without the risk of overcompensation.

For this reason, ABB active filters were selected and installed. The customer feedback was highly encouraging since the technical problems were resolved and there was scope to save around 10 percent of fuel costs. On a yearly ba-sis, the customer has the potential to save around 18,000 liters of fuel. The pri-mary reason is that one generator could be switched off more frequently thanks to the improved network quality.

As seen in previous examples, power quality issues often arise in industrial net-works due to the presence of a non-neg-ligible number of (large) pollution loads. In commercial applications however, power quality is also a concern. In such applications, many single-phase pollut-ing loads are present which create prob-lems such as:– Increased harmonic stress, which is

put on equipment that is typically more vulnerable than industrial equipment.

– Resonance excitation due to the presence of 3rd harmonic compo-

– Precise targets for cos ϕ can be set and maintained. This allows such active filters to operate in applications where accurate cos ϕ control is required to avoid disturbances in the installation (e.g. tripping of a genera-tor). ABB active filter units can compensate both inductive and capacitive loads.

– Precise load balancing can be implemented allowing neutral systems to be offloaded and ensuring that neutral to earth voltage is kept to minimal levels. Also, it can be ensured that the load seen by eg, a UPS is balanced. ➔ 5 gives an example of a balancing application by using a closed loop control ABB PQF active filter.

In addition to the functional aspects, more advanced active filters such as the ABB units contain functions that mini-mize equipment running losses and pro-vide extra reliability to the installation. This is due to the presence of valuable secondary functions (eg, automatic tem-perature de-rating function etc.).

Field resultsABB PQF active filters and other ABB power quality equipment are applied in several fields.

For example, an oil field exploitation fa-cility comprises one central power sta-tion feeding many pumping clusters. The vast majority of the loads are AC drive controlled. There are approximately 40 clusters, each with a load in the range of 2 MW. Without active filters, the total har-monic distortion voltage (THDV) at the LV side of the cluster would be equal to 12

The best filtering performance will be obtained with an active filter using a closed-loop control sys-tem and an individ-ual frequency domain approach.

5 Example of a balancing application by using a closed-loop active filter

L1: 49.1 Arms

L2: 5.3 Arms

L3: 5.1 Arms

N: 44.1 Arms

N: 3.5 Arms

L1: 19.6 Arms

L2: 19.4 Arms

L3: 19.5 Arms

Note: Top data: original unbalanced load Bottom data: active filter running and balancing the current

Page 47: O Electricista 37 - Projecto

revista técnico-profissional Artigo técnico-comerciAlo electricista

180

torção harmónica total de tensão (THDV) no lado da baixa tensão do grupo seria igual a 12% e a distorção harmónica total de cor-rente (THDI) seria de 27% (Figura 6).

Com filtros activos, a THDV foi reduzida para 2% e a THDI para 3%, como ilustra a Figura 7. Na generalidade, melhorou-se no-tavelmente a qualidade da energia dos gru-pos, o que permite que a instalação funcio-ne dentro dos limites da norma IEEE 519 e garanta um funcionamento sem problemas dos diferentes grupos.

Num segundo exemplo examina-se a qua-lidade da energia a bordo de um navio. O navio em questão tem uma central eléctrica que funciona com dois geradores de 600 kVA cada. As cargas principais são duas uni-dades de propulsão com accionamento de CC. Antes da compensação, a THDI estava a cerca de 25% e THDV correspondente era de aproximadamente 22%. O cos j da instala-ção estava em cerca de 0,76 e o consumo de combustível do navio estava entre 14.000 e 15.000 litros por mês.

Os requisitos do cliente passavam por re-duzir a poluição harmónica para níveis aceitáveis de forma a evitar problemas com as unidades de propulsão e realizar a com-pensação da energia reactiva sem risco de sobrecompensação. Por isso foram selec-cionados e instalados filtros activos da ABB. O cliente ficou satisfeito porque os proble-

mas técnicos foram resolvidos e garantiram uma poupança de cerca de 10% dos custos de combustível. Em termos anuais, o clien-te tem a possibilidade de poupar cerca de 18.000 litros de combustível.

Assim as questões relativas à qualidade da energia ocorrem com frequência nas redes industriais devido à presença de um número considerável de (grandes) cargas poluen-tes. Em todo o caso, a qualidade da ener-gia é também motivo de preocupação nas aplicações comerciais. Nestas aplicações a presença de muitas cargas poluentes mono-fásicas criam problemas:

1) Aumento do stress harmónico a que es-tão submetidos os equipamentos que são mais vulneráveis do que os equipamentos industriais;

2) Excitação de ressonância devida à pre-sença do terceiro harmónico em com-binação com baterias de condensadores com uma reactância de dessintonização incorrectamente seleccionada ou sem nenhuma reactância em absoluto;

3) Correntes no neutro com valores supe-riores à capacidade dos condutores de neutro e aos barramentos de neutro;

4) Tensões do neutro à terra demasiado alta, que podem não ser aceites para o funcionamento do produto e/ou sob o ponto de vista de segurança.

5) Presença de cos j capacitivo devido ao moderno hardware do servidor, que pode

55Actively improving quality

kurt Schipman

François Delincé

ABB Power Products

Charleroi, Belguim

[email protected]

[email protected]

References[1] European Copper Institute (2002). European

power quality survey.[2] IEEE C57.110-2008: IEEE recommended

practice for establishing transformer capability when supplying non-sinusoidal load currents. 2008.

[3] Kuo, B.C. Automatic Control Systems. John Wiley & Sons, Inc. New York, NY, The United States.

ment, as well as typical office equipment including PCs, printers, etc. As a result of all these loads, the power quality had deteriorated to such an extent that the voltage was unstable. Simply changing the operating point of loads in one side of the building would affect the operation of other loads in other rooms. This was clearly unacceptable as it could lead to a loss of customers because of a low stan-dard of service. ABB filtering equipment resolved these issues.

nents in combination with capacitor banks with a wrongly chosen detun-ing reactor or no reactor at all.

– Neutral currents in excess of neutral conductors and bus-risers rating.

– Too high neutral to earth voltages which may not be acceptable for product operation and/or from a safety point of view.

– The presence of capacitive cos ϕ due to modern server hardware, eventually leading to the need to derate UPS-systems etc.

An example of a commercial application is the power quality in a prestigious multi-star hotel. This hotel incorporates guest rooms, suites, function rooms and busi-ness centers. Typical loads encountered are high-speed lifts, dimmer switches and other sophisticated lighting equip-

8 ABB reduced fuel consumption of this vessel by 10 percent

ABB PQF active filters contain addi-tional functions that minimize equipment running losses and provide extra reliability to the installation.

6 voltage (top) and current (bottom) waveforms before filtering at the lv cluster side

Waveform event at 22/11/01 10:25:43.533

10:25:43.72 10:25:43.73 10:25:43.74 10:25:43.75 10:25:43.76 10:25:43.77 10:25:43.78

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500

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0

-250

-500

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3,000

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0

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-3,000

Volts

Am

ps

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CHB Amps

CHC Amps

7 voltage (top) and current (bottom) waveforms after filtering at the lv cluster side

Waveform event at 22/11/01 10:41:55.533

10:41:55.72 10:41:55.73 10:41:55.74 10:41:55.75 10:41:55.76 10:41:55.77 10:41:55.78

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Am

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55Actively improving quality

kurt Schipman

François Delincé

ABB Power Products

Charleroi, Belguim

[email protected]

[email protected]

References[1] European Copper Institute (2002). European

power quality survey.[2] IEEE C57.110-2008: IEEE recommended

practice for establishing transformer capability when supplying non-sinusoidal load currents. 2008.

[3] Kuo, B.C. Automatic Control Systems. John Wiley & Sons, Inc. New York, NY, The United States.

ment, as well as typical office equipment including PCs, printers, etc. As a result of all these loads, the power quality had deteriorated to such an extent that the voltage was unstable. Simply changing the operating point of loads in one side of the building would affect the operation of other loads in other rooms. This was clearly unacceptable as it could lead to a loss of customers because of a low stan-dard of service. ABB filtering equipment resolved these issues.

nents in combination with capacitor banks with a wrongly chosen detun-ing reactor or no reactor at all.

– Neutral currents in excess of neutral conductors and bus-risers rating.

– Too high neutral to earth voltages which may not be acceptable for product operation and/or from a safety point of view.

– The presence of capacitive cos ϕ due to modern server hardware, eventually leading to the need to derate UPS-systems etc.

An example of a commercial application is the power quality in a prestigious multi-star hotel. This hotel incorporates guest rooms, suites, function rooms and busi-ness centers. Typical loads encountered are high-speed lifts, dimmer switches and other sophisticated lighting equip-

8 ABB reduced fuel consumption of this vessel by 10 percent

ABB PQF active filters contain addi-tional functions that minimize equipment running losses and provide extra reliability to the installation.

6 voltage (top) and current (bottom) waveforms before filtering at the lv cluster side

Waveform event at 22/11/01 10:25:43.533

10:25:43.72 10:25:43.73 10:25:43.74 10:25:43.75 10:25:43.76 10:25:43.77 10:25:43.78

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Waveform event at 22/11/01 10:41:55.533

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Figura 6 . Formas de onda de tensão (acima) e de intensidade (abaixo) antes da

filtragem no lado da baixa tensão do grupo de bombagem.

Figura 7 . Formas de onda de tensão (acima) e de corrente (abaixo) antes da

filtragem no lado da baixa tensão do grupo de bombagem.

exigir com o tempo a diminuição dos va-lores do sistema UPS, e outros.

Um exemplo de aplicação comercial é a quali-dade da energia num prestigiado hotel de vá-rias estrelas. Este hotel dispõe de habitações, suites, salas especiais e área de negócios.

As cargas típicas que se podem encontrar são ascensores de alta velocidade, dimmers para regulação da luminosidade e outro so-fisticado equipamento de iluminação, bem como outros equipamentos habituais de es-critório, como computadores, impressoras, e outros. Devido a todas estas cargas, a qua-lidade da energia eléctrica tem-se deterio-rado na medida em que a tensão é instável.

A simples mudança do ponto de trabalho das cargas num dos lados do edifício afecta-ria o funcionamento de outras cargas situa-das em outras dependências. Isto era clara-mente inaceitável, já que poderia provocar a perda de clientes pela baixa qualidade do serviço. O equipamento de filtragem da ABB solucionou estes problemas.

Para mais informações

ABB, S.A.

Tel.: +351 214 256 000 . Fax: +351 214 256 390

[email protected] . www.abb.pt

Page 48: O Electricista 37 - Projecto

revista técnico-profissionalArtigo técnico-comerciAl o electricista

181

ltx{“ataca” mercado da distribuição}

Especialista em Iluminação e representante oficial do maior fabricante europeu de so-luções de Iluminação em Portugal, a LTX Ilu-minação Técnica que desde 2006 tem vindo a iluminar prestigiadas obras portuguesas, acaba de assumir um novo compromisso in-troduzindo a marca alemã Trilux no mercado da Distribuição do Material Eléctrico.

Com um crescimento sustentado e uma só-lida carteira de clientes, o projecto empresa-rial LTX atravessa um período de expansão, conforme confirma Rui Santos, Director de Distribuição da LTX. “A nossa entrada no mercado da Distribuição está associada a uma nova gama de produtos, designada ‘Fundamental’, especificamente dirigida aos instaladores e clientes finais de uma forma mais eficiente e com preços altamente com-petitivos”, explica o responsável desta nova área de negócio da LTX.

Esta aposta surge no âmbito de uma estra-tégia lançada pela Trilux em toda a Europa, a qual a LTX decidiu também abraçar vi-sando a implementação de mais uma área de negócio na empresa em busca de novas parcerias para ganhar terreno nos mercados da Remodelação, Instalação e Manutenção. Considerado como um profundo conhece-dor desta vertente de negócio e com uma

LTX – Iluminação Técnica, S.A.

A LTX – Iluminação Técnica, S.A. decidiu entrar no mercado da Distribuição, associada a uma completa gama de luminárias al-tamente competitiva. O objectivo é a procura de novas parcerias para implementar e conquistar mais uma vertente de negócio na área da Iluminação, desta vez o mercado da Remodelação, Insta-lação e Manutenção. Esta nova aposta surge no âmbito de uma estratégia de negócio, lançada pela Trilux em toda a Europa.

longa experiência profissional na área da Distribuição do Material Eléctrico em Por-tugal, Rui Santos garante ainda que “a LTX está a apostar fortemente na entrada deste novo mercado através da maior fábrica do continente europeu de luminárias estan-ques em policarbonato, com preços muito atractivos.” Assim sendo, associada à recen-te gama de luminárias ‘Fundamental’, a LTX tem já stock em Portugal, nos modelos de

Figura 1 . Iluminação interior na área Retail.

maior rotação, para entrega imediata aos seus distribuidores, de forma a cumprir os prazos de entrega, das fábricas para esta gama de produtos, assim como relativamen-te aos stocks internacionais.

Nova Gama de leds: maior eficácia, versatilidade e desiGNSubdivida em várias séries, a nova gama ‘Fundamental’ cumpre todos os critérios de qualidade, o que permite oferecer uma garantia total de 5 anos. Toda a linha de produtos regista uma máxima eficiência, tecnologia e liberdade criativa dos LEDs, apresentando-se nas seguintes soluções: Downnlights (LEDs e Fluorescente Com-pacta); Luminárias de Superfície (Atirion e Talos); Luminárias de Encastrar (Solis N e Spyd); Luminárias Estanques (Oleveon), Lu-minárias Industriais (réguas industriais e de-corativas, calhas de montagem electrifica-das e/ou não) e Projectores de Exterior para lâmpadas de descarga (Combial).

Com um design sofisticado, alta qualidade, bem com um serviço altamente confiável, a nova gama de luminárias da Trilux revela inovações para todas as áreas de aplicação, apresentando também soluções LED que se adaptam a qualquer tipo de arquitectura.

Page 49: O Electricista 37 - Projecto

revista técnico-profissional Artigo técnico-comerciAlo electricista

182

Composta por 16 novos produtos, a nova gama demonstra também uma maior eficá-cia, versatilidade, alta performance e flexi-bilidade, abarcando aplicações para escritó-rios, áreas industriais e exterior.

Figura 2 . Luminária LED Lumena.

A partir destas novas formas de luz, a LTX encontra-se preparada para “atacar” o Mer-cado da Distribuição através da nova gama

PUB

de LEDs, concebida para o futuro. Por exem-plo, a partir da série de Downnlights po-demos iluminar caminhos de circulação de uma forma eficiente e económica quer ao nível do investimento inicial, como ao nível do consumo energético para a sua explora-ção. Esta linha de produtos pode ser aplica-da em áreas tão diversificadas como as resi-denciais, escritórios, comércio, entre outras.

um Novo coNceito de luz: tecNoloGia revolucioNária e futuristaAliada à Trilux – fabricante de luminárias, líder europeu em sistemas eficientes de ilu-minação para áreas internas e externas, a LTX com as novas gamas LED destinadas ao Mercado da Distribuição, pretende reforçar a sua posição tanto no mercado nacional como internacional, disponibilizando lumi-nárias mais eficientes e futuristas. Sempre na vanguarda da iluminação, a empresa

acompanha, passo a passo, as inovações da prestigiada marca alemã, com quase 100 anos de existência, que recorre a uma re-volucionária tecnologia de ponta para criar uma “nova luz”.

Figura 3 . Luminária OLEVEON.

Neste sentido, a LTX está claramente em-penhada na tecnologia de iluminação LED futurista. Soluções altamente confiáveis,

Page 50: O Electricista 37 - Projecto

revista técnico-profissionalArtigo técnico-comerciAl o electricista

183

que vão satisfazer e surpreender o mercado, uma vez que a utilização destas novas lumi-nárias permitirá no futuro, ter uma luz mais adequada, versátil e original. “Em intervalos cada vez mais curtos procuramos fornecer aos nossos clientes as nossas inovações

criativas e técnicas, de forma a proporcio-nar mais liberdade e maior eficiência para o desenho dos espaços através da ilumina-ção”, explicou Dietmar Zembrot, Director de Vendas e Marketing da Trilux.

ltx: Projecto emPresarial aliado a líder euroPeuA LTX - Iluminação Técnica actua no apoio ao projecto e comercialização de equipa-mentos. Oferece soluções de iluminação técnica para interior e exterior para as áreas de Serviços, Comércio e Saúde, sen-do o representante oficial da marca alemã Trilux, em Portugal, Angola, Moçambique, Guiné, São Tomé e Príncipe e Cabo-Verde. “Os prémios e certificações conquistadas nos últimos anos pela LTX, atestam o seu compromisso na perseguição de soluções vanguardistas, que aliam o design inovador aos princípios da sustentabilidade e eficiên-cia energética, princípios que alargámos a

outras áreas, como a médica e superfícies comerciais”, salientou Carlos Manteigas, Di-rector Geral da LTX.

Disponibilizando mais de 5.000 soluções de iluminação, muitas delas galardoadas com o prestigiado Prémio Red Dot (um dos prin-cipais e maiores prémios de Design a nível Internacional): o Prémio IF (Product Design Award) ou o DesignPreis.

A LTX destaca-se por uma oferta diferente que se aplica a áreas tão distintas como a área Hospitalar (Hospitais, Clínicas e Resi-dências Hospitalares), Ensino, Retail – Shop-pings, Indústria e Serviços. Com um cresci-mento sustentado e uma carteira de clientes que inclui prestigiadas obras e empresas portugueses, como Sonae Imobiliário, Hos-pital Privado dos Lusíadas, Edifício EDP, em Tavira; Edifício de Escritórios EP - Estradas de Portugal, no Porto, Fundação Champa-limaud; Armazéns da Modis, na Azambuja, Dolce Vita Tejo; Loja Bricor em Vila Nova de Gaia, entre muitas outras, a LTX atingiu, em 2010, um volume de negócios superior a 6.000.000 Euros, pretendendo continuar a alargar o seu processo de internacionaliza-ção tendo iniciado a sua actividade em 2011 no Brasil.

Amiga do Ambiente, a empresa aposta for-temente numa Iluminação inteligente e dife-rente, aliada às melhores soluções de design, inovação e sustentabilidade. Além de que a qualidade, eficiência energética e a inova-ção são as palavras de ordem da LTX - Ilu-minação Técnica. Conceitos estes que estão sempre presentes nos projectos da LTX, es-pecificidades fundamentais impostas desde o início na filosofia da empresa.

Para mais informações

LTX – ILumInação TécnIca, S.a.

Tel.: +351 213 007 020 ∙ Fax: +351 213 007 029

[email protected] ∙ www.ltx.pt

deLegação norTe

Tel.: +351 225 191 774 ∙ Fax: +351 225 191 701

Figura 4 . Exemplos da gama de produtos comercializados pela LTX.

Figura 5 . Luminária ESTILIO.

Page 51: O Electricista 37 - Projecto

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Page 52: O Electricista 37 - Projecto

revista técnico-profissionalFORMAÇÃO o electricista

Figura 2

formação{Artigo técnico formAtivo nº. 16}

Hilário Dias Nogueira (Eng.º)com o patrocínio de IXUS, Formação e Consultadoria, Lda.

Neste número, apresentamos um dos primeiros temas relacionados com a proteção contra os contactos indirectos, regime de neutro e sua coerência com a ligação à terra. Apresenta-se também uma nova proposta de análise e estudo continuado sobre os vários sistemas de ligação à terra.

185

411.3.3 - Protecção contra contactos indirectosA protecção contra contactos indirectos consiste na defesa das pes-soas contra os riscos de electrocussão a que podem ficar sujeitas em resultado das massas ficarem acidentalmente sob tensão (Figura 1).

modos de protecção› Protecção por corte automático de alimentação;› Protecção por ligação equipotencial suplementar;› Protecção por recurso a equipamentos da classe II;› Protecção por recurso a locais não condutores;› Protecção por ligação equipotencial local não ligada à terra;› Protecção por separação eléctrica. Figura 1

Defeito deisolamento

Page 53: O Electricista 37 - Projecto

revista técnico-profissional ARtigO técnicO FORMAtivOo electricista

188

› Protecção por corte automático de alimentaçãoDeverá existir um circuito que permita a circulação da corrente de defeito, circuito este dependente não só do correcto funcionamento, como também, do regime de neutro.Existência de um dispositivo de protecção automática adequado, que interrompa a alimentação do circuito com a passagem de uma cor-rente defeito num tempo inferior àquele em que essa corrente pode causar efeitos fisiopatológicos no corpo humano.

nota: Esta protecção consiste em separar automaticamente o circuito

ou equipamento da alimentação, quando surgir um defeito entre uma

parte activa e a massa.

› Designação dos regimes – ver Figura 2.

1 Sistema tt – Princípio de funcionamento

Figura 3

› corrente de defeito

› tensão de contacto

As regras técnicas (RTIEBT) impõem que a tensão máxima de con-tacto no receptor (massa) seja de 50 (V) Volt.

1 Sistema TT – Princípio de funcionamento

Corrente de defeito

Tensão de contacto

As regras técnicas (RTIEBT) impõem, que a tensão máxima de contacto no receptor (massa) seja de 50 (V) Volt. A figura 3 ilustra como é constituída a malha percorrida pela corrente de defeito quando se produzir um defeito entre uma fase e a massa de um aparelho monofásico alimentado por uma rede trifásica. Em regra, a soma das resistências dos eléctrodos de terra das massas e do neutro (RA + RB) é muito superior à impedância dos outros elementos da malha, pelo que a impedância total da malha é, praticamente, igual a (RA + RB).

(Rd)

Rd

Figura 3

Tensão de fuga U0

Corrente de fuga Id

Resistência de

defeito

Uc

Circuito de fuga

ou (defeito franco)

1 Sistema TT – Princípio de funcionamento

Corrente de defeito

Tensão de contacto

As regras técnicas (RTIEBT) impõem, que a tensão máxima de contacto no receptor (massa) seja de 50 (V) Volt. A figura 3 ilustra como é constituída a malha percorrida pela corrente de defeito quando se produzir um defeito entre uma fase e a massa de um aparelho monofásico alimentado por uma rede trifásica. Em regra, a soma das resistências dos eléctrodos de terra das massas e do neutro (RA + RB) é muito superior à impedância dos outros elementos da malha, pelo que a impedância total da malha é, praticamente, igual a (RA + RB).

(Rd)

Rd

Figura 3

Tensão de fuga U0

Corrente de fuga Id

Resistência de

defeito

Uc

Circuito de fuga

(Rd)

1 Sistema TT – Princípio de funcionamento

Corrente de defeito

Tensão de contacto

As regras técnicas (RTIEBT) impõem, que a tensão máxima de contacto no receptor (massa) seja de 50 (V) Volt. A figura 3 ilustra como é constituída a malha percorrida pela corrente de defeito quando se produzir um defeito entre uma fase e a massa de um aparelho monofásico alimentado por uma rede trifásica. Em regra, a soma das resistências dos eléctrodos de terra das massas e do neutro (RA + RB) é muito superior à impedância dos outros elementos da malha, pelo que a impedância total da malha é, praticamente, igual a (RA + RB).

(Rd)

Rd

Figura 3

Tensão de fuga U0

Corrente de fuga Id

Resistência de

defeito

Uc

Circuito de fuga

1 Sistema TT – Princípio de funcionamento

Corrente de defeito

Tensão de contacto

As regras técnicas (RTIEBT) impõem, que a tensão máxima de contacto no receptor (massa) seja de 50 (V) Volt. A figura 3 ilustra como é constituída a malha percorrida pela corrente de defeito quando se produzir um defeito entre uma fase e a massa de um aparelho monofásico alimentado por uma rede trifásica. Em regra, a soma das resistências dos eléctrodos de terra das massas e do neutro (RA + RB) é muito superior à impedância dos outros elementos da malha, pelo que a impedância total da malha é, praticamente, igual a (RA + RB).

(Rd)

Rd

Figura 3

Tensão de fuga U0

Corrente de fuga Id

Resistência de

defeito

Uc

Circuito de fuga

PUB

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revista técnico-profissionalFORMAÇÃO o electricista

187

A Figura 3 ilustra como é constituída a malha percorrida pela corrente de defeito quando se produzir um defeito entre uma fase e a massa de um aparelho monofásico alimenta-do por uma rede trifásica. Em regra, a soma das resistências dos eléctrodos de terra das massas e do neutro (RA + RB) é muito superior à impedância dos outros elementos da malha, pelo que a impedância total da malha é, praticamente, igual a (RA + RB).

› Sistema tt – Determinação do valor de terrasVamos considerar a aplicação de um diferencial de corrente estipu-lada de 300 mA - (0,3 A), e que a terra de serviço RB tem um valor de 10 Ω.

rt = (rA + rB) = 156,6 + 10 = 166,6 Ω

No entanto o valor limite da terra de proteção deverá ser de 100 Ω, se não for, terá de ser justificada, uma vez que não está de acordo com a imposição das RTIEBT.

No sistema TT deve sempre verificar-se a condição descrita no ponto 413.1.4.2:

RT x Ia ≤ 50 Volt166,6 Ω X 0,300 A = 49,98 ≤ 50 Volt

em que RT = (RA + RB) e o Ia é a corrente que garante o funciona-mento automático do dispositivo de protecção em Ampere.

Quando este dispositivo for diferencial, Ia é a corrente diferencial-residual estipulada IΔn.

› Sistema tt – tempo de corte das protecções

› Sistema tt – Sensibilidade dos diferenciais

› Sistema tt – Protecção por máximo de corrente

Nota: Este sistema é pouco usado nos sistemas TT

Tensão de contacto

presumida

Tempo de corte máximo do dispositivo de protecção

– t (s)

Uc (v) corrente alternada corrente contínua

50 5 5

75 0,60 5

90 0,45 5

120 0,34 5

150 0,27 1

220 0,17 0,40

280 0,12 0,30

350 0,08 0,20

500 0,04 0,10

Resistência de terra(Ω)

IΔn(mA)

R ≤ 100 500

100 ≤ R ≤ 166,6 300

166,6 ≤ R ≤ 500 100

500 ≤ R ≤ 1.666,6 30

1.666,6 ≤ R ≤ 4.166,6 10

Corrente estipulada (fusíveis ou disjuntores*) (A)

Valor máximo da Resistência de terra (Ω)

2 2,8

4 1,4

6 1,0

10 0,6

16 0,4

20 0,3

25 0,2

EnUnciADo PArA o tEmA DA rEviStA 38: 413.1.3 - Esquema TN e seus princípios de funcionamento (cujo desenvolvimento será incluída na revista 38).

Sistema TT – Determinação do valor de terras Vamos considerar a aplicação de um diferencial de corrente estipu – lada de 300mA - (0,3 A), e que a terra de serviço RB tem um valor de 10 .

RT= (RA+RB) = 156,6+10 =166,6 No entanto o valor limite da terra de proteção deverá ser de 100 , se não for, terá de ser justificada, uma vez que não está de acordo com a imposição das RTIEBT. No sistema TT deve sempre verificar-se a condição descrita no ponto 413.1.4.2:

RT x Ia 50 volt 166,6 X 0,300 A = 49,98 50 Volt

em que RT= (RA + RB) e o Ia é a corrente que garante o funcionamento automático do dispositivo de proteção em Ampere. Quando este dispositivo for diferencial, Ia é a corrente diferencial-residual estipulada I n.

Sistema TT – Tempo de corte das protecções

Tensão de

contacto

presumida

Tempo de corte máximo do

dispositivo de protecção – t (s)

Uc (V) Corrente alternada Corrente contínua

50 5 5

75 0,60 5

90 0,45 5

120 0,34 5

150 0,27 1

220 0,17 0,40

280 0,12 0,30

350 0,08 0,20

500 0,04 0,10

Está protegido mas:

Sistema TT – Determinação do valor de terras Vamos considerar a aplicação de um diferencial de corrente estipu – lada de 300mA - (0,3 A), e que a terra de serviço RB tem um valor de 10 .

RT= (RA+RB) = 156,6+10 =166,6 No entanto o valor limite da terra de proteção deverá ser de 100 , se não for, terá de ser justificada, uma vez que não está de acordo com a imposição das RTIEBT. No sistema TT deve sempre verificar-se a condição descrita no ponto 413.1.4.2:

RT x Ia 50 volt 166,6 X 0,300 A = 49,98 50 Volt

em que RT= (RA + RB) e o Ia é a corrente que garante o funcionamento automático do dispositivo de proteção em Ampere. Quando este dispositivo for diferencial, Ia é a corrente diferencial-residual estipulada I n.

Sistema TT – Tempo de corte das protecções

Tensão de

contacto

presumida

Tempo de corte máximo do

dispositivo de protecção – t (s)

Uc (V) Corrente alternada Corrente contínua

50 5 5

75 0,60 5

90 0,45 5

120 0,34 5

150 0,27 1

220 0,17 0,40

280 0,12 0,30

350 0,08 0,20

500 0,04 0,10

Está protegido mas:

(continua na próxima edição)

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revista técnico-profissionalITED o electricista

1› INSTALAÇÃO DE REDES DE TUBAGEMAs regras têm a finalidade de estabelecer procedimentos normalizados e boas prá-ticas de instalação de redes de tubagem em edifícios.

A instalação adequada de uma rede de tu-bagens apoia-se num conjunto de regras associadas aos materiais a manipular e às acções a efectuar sobre estes materiais, por exemplo dobragens, cortes, entre outros. Também é obrigatório cumprir as regras es-pecíficas de instalação dos fabricantes dos materiais e equipamentos.

1.1› Definições específicas de carac-terísticas de tubosÂngulo de curvatura do tubo: Ângulo su-plementar (c) do ângulo de dobragem.

Ângulo de dobragem do tubo: Ângulo (d) entre o eixo do tubo antes da dobragem e o eixo do tubo após a dobragem, medido no sentido da força que a origina.

Ângulo de retorno: Ângulo que deve ser deduzido ao ângulo de curvatura, devido ao movimento de regressão do eixo no sentido da sua posição inicial, por efeito de mola.

189

ficha técnica n.º 15 {REqUISITOS TécNIcOS GERAIS, SEGUNDO O MANUAL DE ITED

2.º EDIÇÃO DE NOvEMBRO DE 2009}

Paulo MonteiroFormador da ATEC

Inclinação: Relação, em percentagem, entre = distância entre os pontos de maior e me-nor cota no eixo do tubo, na vertical (a) dis-tância entre a projecção dos mesmos pon-tos, em valor absoluto, na horizontal (IbI).

Engelhamento: Deformação resultante da alteração do material na parte inferior do tubo, na zona de dobragem.

Excentricidade: Deformação num tubo, após a dobragem, expressa na medida do desvio dos eixos da secção exterior e interior do tubo.

Ovalização: Relação entre os eixos da eclip-se que resulta da deformação da secção do tubo quando dobrado incorrectamente.

Raio de curvatura: Raio do arco da circun-ferência que se sobrepõe ao arco do eixo do tubo, correspondente a um ângulo com la-dos perpendiculares às partes rectas do tubo adjacentes à curva. Valor em regra fornecido pelo fabricante.

REGRAS GENéRIcAS DE INSTALAÇÃO

Page 57: O Electricista 37 - Projecto

revista técnico-profissional ITEDo electricista

190

Coeficiente de fricção: Relação entre o peso de um objecto que desliza sobre outro e a força que os mantém em contacto, numa situação de repouso (atrito). Pode ser está-tico (ambiente seco) ou de escorregamento (ambiente lubrificado).

1.2› Instalação dos elementos da rede de tubagens

1.2.1› Instalação de condutas

REGRAS GERAISa) Devem ser respeitados os requisitos

constantes do projecto e as prescrições específicas;

b) Nas Redes de Tubagem não é admissível a instalação de cabos, equipamentos e outros dispositivos que não se destinem a assegurar os serviços previstos no âm-bito das ITED;

c) Para todos os elementos metálicos das Redes de Tubagem deve ser assegurada a ligação à terra, por ligação ao BGT;

d) Os instaladores e outros prestadores de serviços, no âmbito das ITED, estão sujei-tos ao dever de salvaguarda do sigilo das comunicações;

e) Em todos os trabalhos de instalação é obrigatório o uso de Equipamento de Protecção Individual (EPI);

f) As operações de dobragem dos tubos devem ser efectuadas por recurso a má-

quina de dobragem ou ferramenta ade-quada à secção do tubo;

g) A excentricidade máxima admissível, nos tubos dobrados, é de 30% e a ovalização não deve ultrapassar os 20%, ao longo de toda a parte curva da dobragem.

CONDUTAS DE ACESSOa) Devem ser respeitados os requisitos

constantes do projecto e as prescrições específicas;

b) Nas condutas de acesso, a inclinação mí-nima a que devem estar sujeitos os tubos da PAT é de 45º, condição necessária para evitar a entrada de água e humidade;

c) Na PAT, os raios de curvatura, quer dos ca-bos quer dos tubos, além do cumprimento dos requisitos aplicáveis, devem permitir a execução de uma ansa no cabo, à saída do tubo, para drenagem de água;

d) Nas condutas de acesso subterrâneo, os tubos devem ter um 120º <ângulo de curvatura > 90º;

e) Todos os tubos devem estar livres de rebordos e de arestas vivas que possam danificar o revestimento dos cabos;

f) Os tubos não utilizados devem ser ta-pados nas extremidades e protegidos de modo a evitar a infiltração de humida-

de nos edifícios. O sistema de tampão a utilizar deve garantir que não seja fácil a sua deterioração;

g) Os tubos e as calhas devem ter as paredes interiores lisas;

h) Nos acessórios de fixação dos elementos da Rede de Tubagens, que constituem as condutas de acesso, pode-se utilizar sis-temas de aperto mecânico com parafusos.

REDES COLECTIVAS E INDIVIDUAIS DE TUBAGEMa) Devem ser respeitados os requisitos e o

dimensionamento constantes do projec-to e das prescrições específicas;

b) É da responsabilidade do instalador apre-sentar o Relatório de Ensaios de Funcio-nalidade (REF) com o resultado de todas as inspecções;

c) As condutas que atravessem as juntas de dilatação dos edifícios devem estar dotadas de acessórios articulados, ou elásticos adequados, para suportar as variações dimensionais associadas;

d) As redes de tubagem embebidas devem ser inspeccionadas antes do enchimento dos roços ou cobertura com reboco;

e) Nas instalações à vista que utilizem tu-bos, estes poderão ser fixos com braça-deiras com um espaçamento mínimo de 500 mm;

f) O raio de curvatura dos tubos deve ser superior ou igual a 6 vezes o diâmetro externo dos tubos;

g) Os ângulos de curvatura nos tubos de-vem ser sempre = ou > a 90º, ou seja, o ângulo de dobragem < a 90º;

h) Um troço corresponde a um tubo com 12 m de comprimento. Entre cada dois troços de tubo consecutivos deve inter-calar-se uma caixa de passagem, salvo se conseguir garantir a correcta instalação e passagem da cablagem, por sobredi-mensionamento da tubagem;

i) Admite-se, para cada troço de tubo, a execução de um máximo de 2 curvas. Cada curva diminuirá o comprimento máximo do troço em 2 metros;

j) Não é permitida a instalação de tubagem com ângulos rectos, que se contorna a instalação de uma caixa de passagem;

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revista técnico-profissionalITED o electricista

191

k) A colocação das tubagens deve ter em conta as boas práticas de encaminhamen-to, de modo a ter em conta os obstáculos e a possibilitar acções de manutenção;

l) Na instalação de tubos e calhas não deve existir lugar a descontinuidades nos dife-rentes troços;

m) O acesso aos cabos não poderá ficar li-mitado pelo facto de se utilizarem calhas pintadas;

n) Os acessórios a utilizar, nos sistemas de calhas, nomeadamente os suportes para fixação dos cabos, devem ser compatí-veis com o tipo de calha;

o) Nos ângulos (esquinas exteriores e in-teriores) do percurso das calhas, devem ser utilizadas cantoneiras ou outro sis-tema adequado de protecção da bainha dos cabos;

p) As calhas poderão ser fixadas por para-fusos, com um espaçamento mínimo de 500 mm;

q) Os rodapés podem ser substituídos por sistemas de calhas técnicas, cuja fixação deve ser adequada ao espaço onde vai encaixar.

1.2.2› Instalação de caixasa) Devem ser respeitados os requisitos

constantes do projecto e as prescrições específicas;

b) As caixas instaladas à vista não devem ser de remoção fácil;

c) Os cortes a efectuarem nas caixas, para passagem de tubos ou calhas, devem ser isentos de rebarbas e de arestas vivas;

d) Os tubos e calhas para ligação de caixas não devem ficar salientes no interior des-tas, e devem terminar sem rebarbas ou arestas vivas, com boquilha, bucim, ou peças de material moldado;

e) A distância mínima entre as geratrizes exteriores dos tubos, ou extremo das ca-lhas e a face lateral das caixas, deve ser de 10 mm;

f) A montagem de caixas de aparelhagem, no pavimento, deve estar sujeita a pre-cauções adicionais, de modo a evitar in-filtrações de humidades e de poeiras;

g) As caixas de aparelhagem de montagem no pavimento devem estar munidas de

tampa, sendo esta suficientemente robus-ta para não ser destruída pela passagem de pessoas ou deslocação de objectos.

1.2.3› Instalação de caminhos de cabosa) Devem ser respeitados os requisitos

constantes do projecto e as prescrições específicas;

b) As instalações devem ser executadas de acordo com as instruções de montagem do fabricante e tendo em conta as cargas de trabalho declaradas;

c) Os caminhos de cabos metálicos não de-vem ter descontinuidades que possam afectar a ligação à terra das estruturas constituintes do sistema;

d) Devem ser tomadas em conta as flechas máximas admissíveis para os caminhos de cabos em esforço:– 1% na longitudinal (flecha entre apoios);– 5% na transversal (flecha produzida na base).

Só é permitida a utilização de acessórios que façam parte do sistema do caminho de cabos utilizado.

1.2.4› Instalação de armário e bastidoresA montagem destes elementos e as ligações a efectuar devem ter em conta as suas pres-crições específicas, bem como as constantes do projecto.

1.2.5› Instalação de salas técnicasA instalação dos equipamentos e compo-nentes das Redes de Tubagem, nas Salas Téc-nicas, deve ser executada em conformidade com os requisitos específicos, bem como com a documentação do projecto.

1.3› Enfiamento de cabosOs principais métodos de enfiamento de cabos em tubos são:

1: Por tracção do cabo, puxado através de guia adequada;

2: Por inserção do cabo no tubo através de jactos de ar comprimido (técnica de sopro ou sopragem), normalmente utili-zado em enfiamento de cabos de fibra óptica.

A operação de enfiamento deve ser execu-tada com perícia e com cuidados especiais, para evitar a alteração das características mecânicas e técnicas dos cabos.

No enfiamento por tracção devem ser utili-zadas guias plásticas ou de metal, flexíveis e correctamente dimensionadas em com-primento e resistência à tracção.

As guias a utilizar devem ter a extremidade boleada e dispor de características próprias para redução do atrito.

Com o intuito de facilitar o enfiamento dos cabos, a tracção poderá ser efectuada através de tubos com pré-lubrificação nas paredes interiores ou utilização de mate-rial lubrificante disponível para o efeito. Em qualquer dos casos, o lubrificante não poderá ter na sua composição produtos químicos que possam afectar os tubos ou o isolamento dos cabos, devendo ser igni-fugo e hidrófobo.

A seguinte expressão matemática relaciona a força de tracção necessária ao enfiamento de um cabo num tubo, com o comprimento (L) do mesmo tubo, na posição horizontal:

Fo = Fi + µ x P x L

Fo e Fi são as tensões de tracção à saída e entrada do tubo, respectivamente.µ é o coeficiente de fricção (COF).P o peso por metro de cabo.L o comprimento do tubo.

O COF estático dos materiais plásticos mais utilizados é de aproximadamente 0,5. Re-comenda-se a consulta aos fabricantes de cabos para obtenção do valor do COF.

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revista técnico-profissionalITED o electricista

193

1.3.1› MarcaçãoOs elementos das redes de tubagem, nomeadamente as caixas, devem ser identificados por marcações que facilitem a sua identificação.

Todas as caixas devem ser identificadas, de forma permanente, com a palavra Telecomuni-cações na rede colectiva ou com a letra T na rede individual. Nas caixas da rede colectiva deve ser utilizada a seguinte nomenclatura:

Adicionalmente, no interior das caixas da rede colectiva, cada entrada e saída de tubagem deve ser correctamente identificada, de modo a referir o tipo de tecnologia a que corres-ponde: PC (Par de Cobre), CC (Cabo Coaxial) ou FO (Fibra óptica).

As derivações da coluna montante devem ser identificadas, nomeadamente as saídas para os ATI. Nas ITED que disponham de Sala Técnica, o instalador deve preparar e afixar, em moldura apropriada, o diagrama das Redes (Cabos e Tubagem) com identificação dos PD, das caixas, colunas e saídas de distribuição.

Poderão ser utilizadas etiquetas plásticas, ou fita com impressão mecânica, excepto nos materiais em que a marcação é efectuada pelo fabricante.

2› INSTALAÇÃO DE REDES DE TUBAGEMNa instalação das Cabeças de Rede, nomeadamente do RG-CC/MATV, deve ter-se em conta os parâmetros para o ajuste das mesmas. Para este ajuste poderá recorrer-se a um medidor de nível.

3› INSTALAÇÃO DE REDES DE cABOSa) Devem ser respeitados os requisitos constantes do projecto;b) Os cabos devem ser instalados de forma a serem respeitadas as instruções técnicas dos

fabricantes;c) As passagens de cabos nas coretes não deve afectar a vedação térmica, destinada a evitar

a propagação de incêndios;d) Os cabos devem possuir uma folga de passagem no interior das caixas, de forma fácil

poderem ser acomodados e presos;e) Os cabos de passagem devem estar agrupados por tecnologia, devidamente presos, não

interferindo com as derivações de cliente da coluna montante;f) Deve ser garantida a continuidade das ligações de terra;g) Deve ser assegurada a distância correcta a canalizações metálicas e a cabos de energia

eléctrica;h) As saídas não utilizadas das redes coaxiais devem ser terminadas em cargas de impedância

característica de 75 Ω;i) Na utilização das tubagens das colunas montante deve ser respeitada a organização e a

separação por tecnologias;

j) Os cabos da rede colectiva devem ser numerados e etiquetados, de forma a conhecer-se o seu encaminhamento e o cliente a que se destina;

k) Todos os cabos instalados numa rede in-dividual têm obrigatoriamente que estar ligados a TT.

4› INSTALAÇÕES TEMPORÁRIASPodem ser estabelecidas instalações com carácter temporário, durante a realização de exposições, congressos, ou outros even-tos limitados no tempo, em estaleiros e ou-tras situações a considerar pelos proprietá-rios dos edifícios, ou pela administração de um conjunto de edifícios.

Este tipo de instalações deve ser desman-telado após o término do prazo do evento.As Instalações Temporárias devem satis-fazer as prescrições do manual em vigor, no que se refere à segurança de pessoas e bens, e serão autorizadas pelos proprietá-rios dos edifícios ou dono da obra, median-te documento que ateste a não interferên-cia com outros serviços.

5› DOcUMENTAÇÃOO instalador deve:› efectuar o registo, em fichas técnicas

apropriadas, dos elementos relevantes para identificação das tubagens e da li-gação dos cabos nas ITED;

› emitir um termo de responsabilidade de execução, disponibilizando-o ao dono de obra, ao proprietário ou à administração do edifício e ao ICP-ANACOM, conforme previsto na alínea d), do n.º 1, do artigo 76.º, do Decreto-Lei n.º 123, de 21 de Maio (com a redacção dada pelo Decre-to-Lei n.º 258/2009, de 25 de Setembro).

BIBLIOGRAFIA

› Manual ITED ( Prescrições e Especificações Técnicas) - 2.ª edição, 24 de Novembro de 2009 pela ICP-ANACOM.

Piso ou secção - OBRIGATÓRIO

Referência do piso abaixo do nível térreo (Sinal - ) - SE APLICÁVEL

Desdobramento da coluna (00,01, .. ) – SE APLICÁVEL

Coluna ou Troço (A,B,...) - SE APLICÁVEL

especialista em

comunicação industrial

Revista “o electricista”

Revista “robótica”

Revista “renováveis magazine”

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Revista “manutenção”

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consultório electrotécnicoIXUS, Formação e Consultadoria, Lda.

O “Consultório Electrotécnico” visa esclarecer questões sobre Regras Técnicas, ITED e Energias Renováveis que nos são colocadas via email. O email [email protected] está também disponível no website www.ixus.pt. Aguardamos as vossas questões. Nesta edição publicamos as questões que nos colocaram entre Maio e Agosto de 2011.

P1: Sendo assinante da revista “o electricista” e lendo os vossos artigos no “Consultório Electrotécnico”, muito gostaria que me informassem sobre a norma onde estão mencionadas os conduto-res por cores, na electrificação de Quadros Eléctricos de Automa-tismo, e se abrange o estipulado no mercado Francês.R1: A norma onde se refere a identificação dos condutores por cores é a CEI 60446. Substitui uma anterior (que era ainda Documento de Harmonização, HD, válida apenas na Europa e para os países aderentes), a HD 308. Segundo esta norma (HD-308), as cores eram L1-Castanho, L2- Preto, L3-Cinzento, N-Azul claro, PE-Verde-Amarelo e PEN- Verde-Amarelo com uma ponta de fita ou manga Azul. Ainda estamos a pro-duzir cabos tripolares com esta coloração.Acontece que entretanto surgiu uma Norma Intenacional, a CEI 60446, que veio trazer nova abordagem sobre assunto, agora com carácter universal. As cores da HD-308 são admitidas, mas é indicada outra coloração, agora em sequência, L1- Preto, L2-Castanho, L3-Cinzento, N-Azul claro, PE-Verde-Amarelo e PEN- Verde-Amarelo com uma pon-ta de fita Azul.

P2: O circuito de emergência tem de ser um circuito independente da iluminação convencional? Ou os instaladores podem ligar o circuito de emergência ao circuito de iluminação convencional. A minha dúvida é que, se o instalador ligar a emergência ao circui-to convencional, como é que fazemos o telecomando dos blocos autónomos? É que os blocos autónomos e o telecomando têm de estar em emergência para serem comandados?R2: Actualmente podemos ter três tipos de iluminação: “Iluminação Normal”, “Iluminação de Segurança” e “Iluminação de Sinalização”. Esta última pode ser assegurada nalguns casos pela Iluminação de Seguran-ça.Os circuitos de Iluminação de segurança devem ser independentes dos de iluminação normal, embora nos casos em que a iluminação de segurança não tem de estar ligada continuamente (por exemplo por blocos autónomos não permanentes) devam ser ligados na origem

com disjuntor próprio (no Quadro) à saída do disjuntor da Iluminação Normal para actuarem (acenderem) em caso de disparo do disjuntor de iluminação normal.

P3: Há já algum tempo que tento receber uma resposta de várias entidades mas ainda nenhuma foi capaz de me responder com convicção ou certezas às minhas perguntas. São elas:Para realizar uma instalação de produção de energia eléctrica através de um sistema solar fotovoltaico para colocar em paralelo com a rede pública mas sem injecção de energia nesta, é necessá-rio licenciamento? Qual o DL que mais se adequa? Onde me devo dirigir? Já fui à DRE Norte e Centro e nenhuma me esclareceu devidamente. Como é um tipo de instalação pouco usado não há muita informação.R3: Não é possível afirmar com certeza que a injecção na própria ins-talação não flui para a rede. Basta que o consumo instantâneo da ins-talação seja inferior à produção e aí teremos injecção na rede. Porém, também não é seguro que assim seja, bastando que a potência de con-sumo seja sempre superior à potência de produção e então teríamos a garantia de que não haveria injecção na rede.Ainda assim, da leitura do Decreto-Lei n.º 101/2007, que alterou o Re-gulamento de licenças das instalações eléctricas (o velhinho DL 26852 de 30 de Junho de 1936) além de outros diplomas, verificará que a res-posta é inconclusiva.Em princípio é ilegal injectar energia numa instalação em paralelo com a rede, até porque a instalação produtora deveria ser licenciada primei-ro e não existe mecanismo legal para o efeito, a não ser ao abrigo da Microprodução e da Miniprodução.Idêntica situação acontece com os sistemas autónomos: Como licenciar a instalação eléctrica de utilização? E a de produção?Por fim colocaríamos nós uma questão: Porquê consumir a energia produzida, evitando igual consumo à tarifa de 12 cêntimos, ou até in-jectando gratuitamente na rede, quando pode ser ressarcida à tarifa bonificada, actualmente de 38 cêntimos?

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revista técnico-profissional Consultório ElECtrotéCniCoo electricista

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P4: Como existem QRENs que não permitem a venda à rede mas sim o auto-consumo daí a minha pergunta. Sim, o DL 101/2007 não refere os casos de auto-consumo, apenas refere sistemas de socorro/segurança. Como poderá ser feita a instalação destes sis-temas de forma a tirar a maior rentabilidade dos sistemas foto-voltaicos, sem haver qualquer atrito com as entidades produtoras/comercializadoras de energia?R4: Poderá ser realizada com recurso a baterias de acumuladores, o que encarece significativamente a instalação. Existem inversores que po-dem fazer a gestão da energia (Sunny Mini Central da SMA, por exem-plo) estando estes ligados às baterias, à rede e à instalação a alimentar. Funcionam como uma rede isolada, não injectam nunca na rede, socor-rem-se dela sempre que a energia produzida pelo sistema fotovoltaico ou a reserva das baterias for insuficiente. Quando a produção ultrapas-sar o consumo, carregam as baterias. Também podem alimentar uma carga de recurso ou de dissipação de energia quando isso acontecer.Será legal? Continuamos com um impasse legal, mas desta forma já não há injecção na rede, pelo que a “ilegalidade” é duvidosa.

P5: No passado trocamos uns emails acerca de uma topologia de instalação fotovoltaica nova. “Os Sistemas On-grid” para consumo próprio”. Sistema On-grid, sem baterias para consumo local. Entre-tanto passou-se algum tempo e não consegui encontrar respostas concretas ao nível do licenciamento deste tipo de instalações. Têm conhecimento de algumas novidades/definições deste aspecto?Com a baixa do preço dos módulos FV que temos vindo a apreciar, esta solução torna-se cada vez mais apetecível do ponto de vista económico. Se considerarmos que um instalação FV de 4 kWp produz 6.950 kWh/ano (região de Faro), custa 10.000 € e dura 20 anos temos um custo de kWh produzido via FV (valor simplis-ta, sem encargos de manutenção nem outras considerações) de: 10.000 € /(6.950 kWh/ano x 20 anos) = 0,07 €/kWhValor já bem apetecível face ao actual custo de energia.R5: Não há qualquer alteração à lei. Está na mesma indefinição. Vários projectistas têm contactado as DRE’s e não obtêm resposta.

P6: Preciso da carteira de técnico responsável de electricidade o mais rápido possível, pois vou abrir empresa daqui a 2 semanas. Já procurei por dezenas de sítios e não consigo ajuda. Por favor se tiverem uma solução, fico muito grato.R6: Recentemente, para obter a carteira profissional de “Técnico Res-ponsável por Instalações Eléctricas”, teria de possuir uma experiência de 7 anos e realizar um RVCC Profissional (Novas Oportunidades) exis-tente ao abrigo de um protocolo entre a DGEG (Direcção Geral de Ener-gia e Geologia) e o IEFP (Instituto de Emprego e Formação Profissional).Não sabemos se ainda está em vigor tal protocolo e se os Centros de Novas Oportunidades (IEFP) ainda estão a realizar aquelas certificações.Sabemos existirem Centros de Novas Oportunidades no Cerco Do Porto, em Vila Real e em Chaves, entre outros que deverão existir no País e que realizavam aquelas certificações. Consulte o Centro de Emprego, pois poderá ser que o ajudem lá.Também deve consultar a Direcção Regional do Ministério da Econo-mia (DRE) da sua região. Entretanto enviamos em anexo o Decreto-lei 229/2006 que altera o Estatuto de Técnico Responsável, onde o assunto é referido no artigo 5º.

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