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8 INTRODUÇÃO O trabalho que ora apresentamos tem como tema “O ensino da matemática como base de conhecimento nos Jardins-de-Infância”. O Ensino da Matemática (E.M.) tem grande importância no desenvolvimento das crianças e, nos últimos anos, tem-se emprestado muita atenção a esta área, quer seja a nível mundial quer seja a nível nacional. Hoje, muitos estudiosos preocupam-se com o ensino desta área e, em consequência procuram fazer algo que permita a promoção da mesma, isto porque todos estão cientes da sua importância e pertinência dentro do sistema educativo. Diante de tudo o que já foi dito no parágrafo anterior e na possibilidade de poder dar um contributo a bem da educação no nosso país, em geral, e na cidade da Praia em particular, pretendemos compreender, entretanto, como é que essa área curricular é desenvolvida nos jardins de Infância. Para este estudo, levantamos as seguintes hipóteses: H1 @s Monitor@s não leccionam matemática por considerarem as outras áreas curriculares mais importantes para o desenvolvimento das crianças. H2 As monitoras tem dificuldades em desenvolver conteúdos na área de matemática porque precisam de apoio pedagógico. H3 As monitoras tem dificuldades em desenvolver actividades de matemática por falta de materiais didácticos.

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INTRODUÇÃO

O trabalho que ora apresentamos tem como tema “O ensino da matemática como

base de conhecimento nos Jardins-de-Infância”.

O Ensino da Matemática (E.M.) tem grande importância no desenvolvimento das

crianças e, nos últimos anos, tem-se emprestado muita atenção a esta área, quer seja a

nível mundial quer seja a nível nacional.

Hoje, muitos estudiosos preocupam-se com o ensino desta área e, em

consequência procuram fazer algo que permita a promoção da mesma, isto porque todos

estão cientes da sua importância e pertinência dentro do sistema educativo.

Diante de tudo o que já foi dito no parágrafo anterior e na possibilidade de poder

dar um contributo a bem da educação no nosso país, em geral, e na cidade da Praia em

particular, pretendemos compreender, entretanto, como é que essa área curricular é

desenvolvida nos jardins de Infância.

Para este estudo, levantamos as seguintes hipóteses:

H1 – @s Monitor@s não leccionam matemática por considerarem as outras áreas

curriculares mais importantes para o desenvolvimento das crianças.

H2 – As monitoras tem dificuldades em desenvolver conteúdos na área de

matemática porque precisam de apoio pedagógico.

H3 – As monitoras tem dificuldades em desenvolver actividades de matemática

por falta de materiais didácticos.

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JUSTIFICAÇÃO

A elaboração deste trabalho surgiu no âmbito do fim do curso em Educação de

Infância para obtenção do grau de licenciatura.

É do nosso conhecimento que os primeiros anos de vida de uma criança são

decisivos para o seu desenvolvimento. Sabemos também, que possuem inúmeras

potencialidades, que se não forem desenvolvidas na altura certa, comprometem e

acabam por não construir competência.

Ao nível da pré-escolar, é desejável (é imperativo) desenvolver as “aptidões

matemáticas” inatas das crianças. Para que constituem competências capazes de serem

usadas em diferentes situações da sua vida real, ou seja, formar crianças capazes de

desenvolver capacidades de observação, imaginação, criatividade e compreensão.

É notória a dificuldade que as monitoras sentem em integrar a matemática nas

outras áreas do saber, fomentando, deste modo, a ideia de que é uma disciplina isolada e

difícil.

A dificuldade que as monitoras sentem-se em integrar essa área deve-se ao facto de

considerarem que essa área é uma área diferente das outras áreas curriculares, devido a

carência de matérias didácticos adequados

Consideram ainda que é uma área de difícil compreensão para as crianças e isso

contribui para uma maior dificuldade na integração da matemática.

Um outro motivo da escolha do tema é ver se o ensino da matemática será lúdico

igual a outras áreas de conhecimento, isto porque, a maioria das vezes o

desenvolvimento das actividades nos jardins-de-infância tem um carácter lúdico.

Um outro motivo da realização de este trabalho e ver e fornecer novas

metodologias no ensino/aprendizagem da matemática recorrendo à linguagem materna

como poderoso auxiliar da compreensão e escrita matemática, Ou seja criar métodos e

técnicas para que o ensino da matemática seja uma área de ensino de fácil compreensão

utilizando a linguagem materna nesse caso particular a língua crioula de modo que a

transmissão e recepção da mensagem seja descodificada.

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Também para alertar para a necessidade de usar métodos e técnicas que permitam

dotar as crianças de competências fundamentais ao seu desenvolvimento, de uma forma

adequada ao modo como nestas faixas etárias elas aprendem preferencialmente, que é

através de actividades que vão ao encontro dos seus interesses, que despertem a sua

curiosidade e as façam envolver, empreender, persistir, enfim, resolver problemas isto é

criando técnicas para aperfeiçoar o desenvolvimento integral da criança, aprendendo

manuseando, visto que nesta faixa etária as crianças aprendem através de actividades

que lhes despertem atenção e curiosidade.

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OBJECTIVOS DO TRABALHO

Gerais

1. Sensibilizar e motivar @s monitor@s para a importância da matemática

no jardim-de-infância na faixa etária 5-6 anos.

2. Compreender como é desenvolvida a actividade da área da matemática

no P.E.

Específicos

1. Proporcionar uma intervenção adequada d@s monitor@s de infância no

domínio da matemática;

2. Analisar e perspectivar a educação matemática pré-escolar, com base na

compreensão do que é “ fazer matemática” e no prazer que é possível experimentar

na realização de actividades com ela relacionadas;

3. Proporcionar o aprofundamento e a consolidação de conhecimento que

permitam planificar e realizar com sucesso uma educação matemática de qualidade

no nível pré-escolar.

4. Reflectir sobre a natureza do pensamento matemático das crianças em idade

pré-escolar de forma a possibilitar o desenvolvimento deste no contexto da

formação global da criança.

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Estrutura do trabalho

O trabalho é composto por quatro capítulos:

O Trabalho está estruturado com introdução, justificação do tema, definição do

problema, definição dos objectivos, gerais e específicos, estrutura do trabalho, entre

outros.

O Primeiro capítulo deste trabalho com o título contextualização teórico-

conceptual tem a contextualização teórico-conceptual do tema, a definição dos

conceitos básicos, um breve historia sobre a educação, breve resenha da educação P.E

em Cabo Verde, apresentamos o Sistema Educativo (S.E) Cabo-verdiano, o Ensino da

Matemática, fazemos uma referência exaustiva sobre a importância do ensino da

matemática nos Jardins-de-infância, a caracterização da educação pré-escolar em Cabo

Verde, apresentamos ainda neste capítulo as leis que envolvem o P.E. em Cabo Verde

O Segundo capítulo consagrado como metodologia de trabalho pretendemos

falar de como o trabalho vai ser desenvolvido.

No capítulo dedicado a apresentação e análise e descução de dados.

No Quarto capítulo intitulado de considerações finais aparecem conclusão,

recomendações, bibliografia e anexos.

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CAPÍTULO I – CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICO-CONCEPTUAL

1.1.Definição dos Conceitos

1.1.1.Matemática

- É a ciência dos números das formas e das organizações que tem como objectivo

central desenvolver o raciocínio e a resolução dos problemas.

1.1.2. Número

-É um conceito que para ser adquirido precisa de uma base sólida ou seja de um

desenvolvimento das nações pré-númericas (classificação, seriação, correspondências),

outro aspecto de suma importância é a aquisição da conservação.

- Conceito do número nas crianças em idade pré-escolar emerge na medida em que

estas agrupam materiais em grupos e conjuntos.

1.1.3.- Conceito de números segundo alguns autores:

Para Piaget, o número era construído sobre conceitos lógicos, tendo como pré-

requisitos o raciocínio transitivo, a conservação do número e a habilidade de abstrair as

propriedades perceptivas de um conjunto sendo construído nas interacções com o

mundo.

-Ao contrário do que Piaget propôs, Butterworth (2005) apresenta a seguinte

consideração: “crianças pequenas parecem responder a propriedades numéricas no seu

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mundo visual, sem o benefício da linguagem, raciocínio abstracto ou mais

oportunidades de manipular seu mundo”.

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1.2.-Breve Historial da Educação

A história tem grande mérito de situar qualquer tipo de discussão ou abordagem no

tempo e no espaço, uma vez que concebe dados do passado que nos permitem entender

o presente e projectar o porvir. É com esta preocupação que deste parágrafo em diante

será contado em linhas gerais a trajectória da educação em Cabo Verde e apresentado

com mais detalhes o sistema educacional actual.

A preocupação com a estrutura formal do ensino vem do tempo colonial, segundo o que

está escrito no plano Orgânico da Instituição Pública de Cabo Verde citado por Maria

Andrade (Maria Andrade Carvalho, M. A. S., o Ensino Básico Integrado, 1998).

Nesse passado pelo que a autora escreveu o sistema compreendia:

- o ensino normal, aperfeiçoamento do ensino primário, ensino primário que abrangia 3

graus: elementar, complementar e superior,

- Complementar e pedagogia;

- O ensino secundário e o ensino profissional, arte marítima, industrial e agrícola.

Com a independência de Cabo Verde opera-se uma ruptura no sistema de ensino e são

definidos novos objectivos para a educação, uma vez que o sistema de ensino até então

vigente era considerado selectivo, visando preparar agentes administrativos capazes de

perpetuar a política de exploração colonial. Dando lugar a uma rotura no seu interior

com a definição de novos objectivos para a educação, são eles:

- Desenvolver as capacidades intelectuais, físicas e espirituais, do indivíduo e fomentar

nele elevados sentimentos humanos e gestos estéticos;

-Formar um homem livre e culto, apto para participar activa e conscientemente na

construção do país.

A interrupção do ensino infantil pré primário, que tinha sido instituído em 1964, foi

uma das primeiras medidas tomadas com base na seguinte alegação: até que surjam

estruturas que permitam imprimir autenticidade a tão importante ramo de ensino.

Uma das razões mencionadas foi a prioridade a ser dada a alfabetização, devido a

existência de “muitos milhares de adolescentes e adultos analfabetos”.

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O sistema educativo passou a ser composto por:

- Ensino primário de 4 anos, que visa a formação básica dos alunos;

- Ensino preparatório de 2 anos e ensino secundário liceal, com a duração de 5 anos, três

anos curso geral;

- 2 Anos do curso complementar, e técnico profissional, 3 anos

Passando os tempos, com as mudanças que se registaram, Cabo Verde viu-se

confrontado com necessidades de mudança, adaptação e reconversão face aos rápidos

acontecimentos que têm marcado o mundo actual nos mais diversos níveis, entre os

quais o da Educação, enquanto um dos sectores decisivos para o desenvolvimento de

um país.

A reforma de ensino, dos anos noventa, teorizou e absorveu as alterações ditadas pela

evolução do sistema educativo e introduziu propostas de adequação profundas, de modo

a dar respostas às novas exigências decorrentes das transformações políticas, sociais e

económicas por que passava o país. Assim, novos figurinos surgiram para legitimar a

organização e a fundamentação dos ensinos formal e de Adultos e se apresentou como

um dos seus sustentáculos uma nova concepção da avaliação como garantia do sucesso

educativo. (plano estratégico para a educação-2003-2015).

Em 1990 a lei de base do sistema educativo (LBSE) é publicada, uma nova forma do

sistema educativo Cabo-verdiano. Este passa a organizar-se em subsistemas, que se

comunicam graças a integração e complementaridade existente entre elas: a educação

pré-escolar, a educação escolar (organizada nos ensinos básico, secundário e superior) e

extra-escolar.

A década de 90 marca profundamente a educação em Cabo Verde, como “ um período

de profundas e vastas mudanças do sistema educativo como resposta à grande procura

em relação à educação por parte da população. De acordo com o relatório intitulado: a

educação em Cabo Verde e suas perspectivas, apresentado em Outubro de 1998 pelo

gabinete de estudos e do Desenvolvimento do Sistema Educativo (G.E.D.S.E.), o

número de crianças e jovens na faixa etária de escolarização de 7-18 anos passou de

103.700 em 1991 para 138.884 em 1998. Como resposta á exigência, crescente, da

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Melhoria da qualidade de ensino e de sua adaptação às reais necessidades de

desenvolvimento, o principal instrumento utilizado tem sido a Reforma do Ensino.

Segundo este mesmo relatório, as principais acções desenvolvidas no âmbito da

Reforma do Sistema Educativo, foram a transformação estrutural do sistema, a

produção dos novos planos de estudos, programas e materiais didácticos, o alargamento

e a melhoria da rede escolar, a implementação de uma nova estratégia no domínio da

educação de adultos e a consolidação e alargamento do sistema de apoio sócio-

educativo.

Em 2002, é publicada uma nova reforma educativa, dando forma a actual sistema

educativo Cabo-verdiano, que de acordo com a lei de base (Lei nº 103/III/90 de 29 de

Dezembro), compreende os subsistemas de educação pré-escolar, de educação escolar e

de educação extra-escolar, complementados com actividades de animação cultural e

desporto escolar numa perspectiva de integração.

A educação pré-escolar visa uma formação complementar ou supletiva das

responsabilidades educativas da família, sendo a rede deste subsistema essencialmente

da iniciativa das autarquias e de instituições oficiais, de entidade de direito privado,

cabendo ao estado fomentar e apoiar tais iniciativas de acordo com as possibilidades

existentes.

A educação escolar abrange o ensino básico, secundário médio superior e modalidades

especiais de ensino.

O ensino básico abrange um total de seis anos de escolaridade, sendo organizado em

três fases cada uma das quais com dois anos de duração. A primeira fase abrange

actividades com finalidade propedêutica e de iniciação, a segunda de formação geral,

visando a terceira o alargamento e o aprofundamento dos conteúdos em ordem a elevar

o nível de instrução.

O ensino secundário visa possibilitar a aquisição das bases científico-tecnológico

culturais, necessárias ao prosseguimento de estudos e ingresso na vida activa e, em

particular, permite pelas vias técnicas e artísticas a aquisição de qualificações

profissionais para a inserção no mercado de trabalho. Este nível de ensino tem a duração

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de seis anos, organizando-se em três ciclos de dois anos cada: 1º ciclo ou tronco

comum; um 2º ciclo com via geral e uma via técnica; um 3º ciclo de especialização,

quer para a via geral quer para a via técnica.

O ensino médio tem natureza profissionalizante, visando a formação de quadros médios

em domínios específicos do conhecimento.

O ensino superior compreende o ensino universitário e o ensino politécnico e visando

assegurar uma preparação cientifica, cultural e técnica, de nível superior que habilite

para o exercício de actividades profissionais e culturais e fomente o desenvolvimento

das capacidades de concepção, de inovação e de analise critica.

A educação extra-escolar desenvolve-se em dois níveis: a educação básica de adultos

que abrange a alfabetização, a pós-alfabetização e outros acções de educação

permanente, numa perspectiva de elevação do nível cultural; a aprendizagem e as

acções de formação profissional, numa perspectiva de capacitação para o exercício de

uma profissão.

A lei de base prevê ainda as seguintes modalidades especiais de ensino: educação

especial, educação para crianças sobredotadas e ensino à distância.

1.3.-Educação pré-escolar em Cabo Verde -surgimento e evolução

Descrever a história da educação pré-escolar em Cabo Verde, é um convite a olhar a

própria evolução política e sócio-histórica do país. Essa história ainda que recente, está

dividida em três grandes períodos:

-O período anterior à independência (antes de 1975), nos finais do ano 60, em

que era denominada de pré-primário.

-Período que começa nos finais dos anos 75, com a independência e vai até

década de 90, em que educação pré-escolar não era tida como parte integrante do

sistema educativo,

-O período pôs a publicação da lei de bases do sistema de educativo 1990, em

que a educação pré-escolar foi considerada como subsistema do ensino. (LBSE)

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Segundo o encontro Nacional de quadros da educação, realizado em 1997, o ensino pré-

primário criado a partir de 1968 dentro do esquema de actuação demográfica do

governo colonial, fez parte das respostas ao desenvolvimento da luta da libertação

nacional e em particular à campanha, desencadeada nas assembleias internacionais pelo

PAIGC.

Sem quadros devidamente preparados, sem equipamentos nem materiais didáctico

adequado, o funcionamento desse nível de ensino, em geral, estava condenado ao

fracasso.

De acordo com o relatório da redacção do ensino básico e secundário de Fevereiro de

1998, as primeiras instituições de educação pré-primário datam de finais da década de

60, com vários momentos distintos, iniciativas de privados e instituições religiosas que

pretendiam essencialmente, acolher as crianças de 6 anos ou prepará-las para entrarem

nas escolas do ensino primário. Tal como na maioria dos países as primeiras instituições

de atendimento as crianças de 0 a 6 anos surgiram sobretudo para responder a uma

necessidade social – tomar conta das crianças enquanto as mães trabalhavam, situação

vivida principalmente nos centros urbanos, onde esta necessidade era mais sentida. Esta

necessidade social foi agravando pelas condições difíceis que caracterizava a vida de

muitas famílias Cabo-verdianas.

A emigração por exemplo é uma constante que provoca desequilíbrios no seio familiar,

pelo que muito cedo as crianças ocupam -se de várias tarefas, não tendo uma vida fácil.

Essas questões reforçaram a importância das crianças terem um espaço sócio-educativo

harmonioso e adequadas as suas necessidades, promovendo a igualdade de

oportunidades no acesso às primeiras letras.

No entanto, para além de responder uma necessidade sócio-educativo, tal como

aconteceu em outros países, o seu desenvolvimento esteve atrelado à sua própria

história e política.

Um relatório apresentado ao Ministério de Educação em Junho de 1998 tendo como

autoras as portuguesas Maria João Cardona e Maria Elisa Leandro fez a referência a

uma portaria 20 380 datada de 19 de Fevereiro de19641, na qual é determinada a criação

de classes preparatórias, antes da escola primária nas colónias portuguesas, tendo como

objectivo prioritário a preparação para a escola e a aprendizagem do português.

1 Artigo 1º, do regulamento do ensino primário elementar

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Alguns anos mais tarde em 1968 é decidido introduzir e generalizar o ensino pré-

escolar, como parte integrante da escola primária destinada a crianças de 6 anos com

funcionamento nos mesmos prédios, devendo os responsáveis por essas classes serem

habilitados com 4ª classe, passando a ser denominadas monitoras escolares.

Após 1975 ano de independência do país, o ensino pré-escolar é excluído do sistema

oficial em consequência da ausência de recursos matérias e humanos que

possibilitassem um adequado funcionamento.

Durante os finais dos anos 70 e década de 80 já sob a nomeação educação pré-escolar,

são criadas algumas instituições a partir da iniciativa do instituto cabo-verdiano de

solidariedade (ICS), de organização não governamentais (ONGs) que atendem crianças

pequenas.

A partir desta data houve um crescimento quantitativo de estabelecimentos pré-

escolares, administrados na sua maioria por ONGs e particulares.

Em 1990,com a publicação da lei de bases do sistema educativo, a educação pré-escolar

é considerada como sendo um dos seus subsistemas, destinados ás crianças com idade

compreendida entre os 3 anos e o ingresso no ensino básico. Foram definidos os seus

objectivos e a tutela pedagógica passou a ser função do Ministério da Educação. A lei

considera a frequência às instituições pré-escolares como sendo facultativo, no entanto é

definido que a frequência da educação pré-escolar condiciona o acesso ao Ensino

Básico Integrado.

Este é obrigatório às crianças que completam 6 anos até 31 de Dezembro, e todas as que

frequentaram o jardim por dois anos, pelo que as crianças que não tinham frequentado o

jardim ingresso com 7 anos. Como consequência desta medida legislativa, um grande

número de novas instituições foram criadas, muitas delas por parte de iniciativas dos

responsáveis pelos municípios ou seja Câmaras Municipais.

No ano de 1997 com a publicação da nova lei orgânica do Ministério da Educação

Ciência e Cultura é criada direcção geral do Ministério de Ensino Básico e Secundário,

na qual funciona a direcção do ensino pré-escolar considerado como área especifica do

trabalho integrado no sistema educativo. No plano elaborado pela direcção do ensino

pré-escolar e básico para 1997/98 são estabelecidas as seguintes metas a educação pré-

escolar:

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-Elaboração do perfil e actividades e coordenação pedagógica para os diferentes

conselhos;

-Elaboração de normas de funcionamento;

-Realização de um diagnóstico com vista a elaboração de um plano de desenvolvimento;

-Revisão do programa nacional publicado em 1996.

Actualmente, ninguém questiona a importância e o papel da educação de Infância no

desenvolvimento harmonioso e integral da criança.

Cabo Verde, sem excepção, vem também acompanhando esse movimento de massa de

consciencialização sobre os efeitos benéficos de uma educação precoce.

Conjuntamente com parâmetros também referidos na Declaração dos Direitos da

Criança – Saúde, nutrição, água, saneamento, higiene, protecção – a Educação em Cabo

Verde tem vindo a evoluir de forma satisfatória. No entanto, existem sempre

constrangimentos e obstáculos que leva a diversas estagnações e dificuldades no

desenvolvimento desta: as condições gerais de acesso a determinados bens e serviços, as

insuficiências, lacunas e inadequação de mecanismos de aplicação da legislação

concernentes aos menores, pobreza estrutural do país, ausência de uma política para o

sector de Educação Infância, a inexistência de uma estrutura coordenadora desta, a falta

de articulação entre instituições, o fraco nível de participação das famílias e

comunidades, o não envolvimento as crianças nos processos (plano estratégico para a

educação).

Não obstante, a criança tem ocupado um lugar de destaque no quadro dos programas

sociais levados a cabo por departamentos Governamentais, organizações diversas da

sociedade civil, por iniciativas de carácter nacional, local e individual, de modo a

promover, cada vez mais, o desenvolvimento integral da criança.

1.4.-Política governamental relativamente a educação pré-escolar

Cabo verde tem vindo a desenvolver um conjunto de instrumentos de planeamento, quer

a nível macroeconómico quer a nível do sector de educação que consubstanciam as

linhas de orientação estratégica que o país se propõe seguir no médio/longo prazo.

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Assim o plano nacional de desenvolvimento aprovado (para o período 2003-2005), e o

plano nacional de acção de educação para todos (2003-2010), constituem a principal

referência do actual plano estratégico que visa enquadrar as medidas de políticas

indispensáveis ao desenvolvimento e à expansão do sistema educativo.

1.5.-O papel do educador como profissional da educação de infância

Na óptica de Bernard (2002), os educadores de infância desempenham uma variedade

de papéis, tais como facilitar o desenvolvimento, dar orientação e apoio emocional,

gerir as crianças e os outros adultos, fazer a medição dos contactos entre pares e ensinar.

A ênfase que determinado educador pode dar a um destes papéis em detrimento do

outro e o valor que lhes atribui podem variar com a qualidade e objectivos do modelo, a

idade das crianças que tem a seu cargo e a sua própria formação, filosofia de ensino e

experiência.

Cada educador tem um perfil que lhe é próprio. Entre os que envolvem em todos os

níveis e os que se mantém à distância de tudo, encontram-se práticas diferenciadas.

Assim pode-se trabalhar em equipas sem haver a preocupação com a política

educacional ou pode ser militante sindical ou política, sem se envolver com seu

estabelecimento de ensino.

Maria Luísa cita que, um outro aspecto inerente ao profissional de educação de infância

é o aprender a dialogar com a sociedade. A participação dos educadores na sociedade é

de extrema importância para a formação de cidadãos conscientes, e contribui para o

relacionamento entre os profissionais de educação.

O educador desempenha um papel central como mediadora da descoberta da criança,

portanto ela deve também avaliar-se, pois, a sua prática conduz a autonomia das

crianças.

“A política educativa baseia-se nos princípios da qualidade, da equidade, da pertinência

social e económica, da comparticipação das famílias nos custos e na gestão do sistema,

da descentralização, das parcerias sociais e da promoção do ensino privado.

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Com base nestes princípios, a política governamental visa os seguintes objectivos para a

educação básica:

Melhorar e consolidar a educação pré-escolar, de forma a criar as condições para a sua

generalização. O Estado continuará a apoiar a formação dos monitores e a assegurar a

orientação pedagógica do subsistema de ensino Pré-escolar.

A lei de base do sistema educativo e a única lei que suporta a educação pré-escolar em

cabo verde, portanto a revisão desta será uma necessidade a concretizar no âmbito do

Plano Estratégico, para que as orientações que vierem a ser definidas; ao nível da

Pequena Infância sejam satisfatórias.

1.6.-A Lei de Bases define para este nível educativo os seguintes objectivos gerais:

a) Apoiar o desenvolvimento equilibrado das potencialidades da criança.

b) Possibilitar à criança a observação e a compreensão do meio que a cerca.

c) Contribuir para a sua estabilidade e segurança afectiva.

d) Facilitar o processo de socialização da criança.

e) Favorecer a organização de características específicas da criança e garantir uma

eficiente orientação das suas capacidades.

1.7- Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar

As Orientações Curriculares para a educação pré-escolar constituem um quadro de

referência comum para todos (as) os (as) educadores (as) (cf. Lei 103/III/90, art.º1,

ponto 3) visando promover uma melhoria da qualidade desse sub-sistemas. Integram um

conjunto de princípios para apoiar os (as) educadores (as) nas decisões sobre a sua

prática e, consequentemente, na condução do processo educativo a desenvolver com as

crianças. Segundo as Orientações Curriculares a concretização prática dos objectivos da

educação pré-escolar faz-se pelo desenvolvimento de experiências/actividades com as

crianças nos jardins-de-infância.

Essas actividades organizam-se em áreas de conteúdo de forma a evidenciar dimensões

da aprendizagem e facilitar a acção integrada dos (as) educadores (as). Com efeito, os

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blocos assim constituídos não pretendem funcionar como compartimentos estanques,

antes são concebidos de forma articulada, para que se cumpra um dos maiores desígnios

da educação da infância que é o desenvolvimento integral da criança. A abordagem dos

domínios incluídos em cada uma das áreas faz-se de forma integrada.

1.8.-Sistema educativo

Artigo 12º (Estrutura e Organização)

1. O sistema educativo compreende os sub-sistemas da educação pré-escolar, da

educação escolar, da educação extra-escolar complementados com actividades de

animação cultural e desporto escolar numa perspectiva de integração.

2. A educação pré-escolar visa uma formação complementar ou supletiva das

responsabilidades educativas da família.

3. A educação escolar abrange: o ensino básico, secundário, médio, superior e

modalidades especiais de ensino.

4. A educação extra-escolar engloba as actividades de alfabetização, de pós-

alfabetização, de formação, de formação profissional e ainda do sistema geral de

aprendizagem, articulando-se com a educação escolar.

Educação pré – escolar

Artigo 13º (Caracterização e âmbito)

1. A educação pré-escolar enquadra-se nos objectivos de protecção da infância e

consubstancia-se num conjunto de acções articuladas com a família visando, por um

lado o desenvolvimento da criança e, por outro, a sua preparação para o ingresso no

sistema escolar.

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2. A educação pré-escolar é de frequência facultativa’ e destina-se às crianças com

idades compreendidas entre os 3 anos e a idade de ingresso no ensino básico.

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Artigo 14º (Objectivos)

São objectivos essenciais da educação pré-escolar:

a) Apoiar o desenvolvimento equilibrado das potencialidades da criança;

b) Possibilidade à criança a observação e a compreensão do meio que a cerca;

c) Contribuir para a estabilidade e segurança afectiva da criança;

d) Facilitar o processo de socialização da criança;

e) Favorecer a revelação de características específicas da criança e garantir uma

eficiente orientação das suas capacidades.

Artigo 15º (Organização)

1. A rede de educação pré-escolar será essencialmente da iniciativa das autarquias locais

e de instituições oficiais, bem como de entidades de direito privado constituídas sob

forma comercial ou cooperativa, cabendo ao Estado fomentar e apoiar tais iniciativas,

de acordo com as possibilidades existentes.

2. A educação pré-escolar faz-se em jardins-de-infância ou em instituições análogas

oficialmente reconhecidas.

.1.9.- Historial da Matemática na Pré-Escolar

Deste modo começaremos por fazer um breve historial da matemática, a matemática

como qualquer outra área do saber teve as suas origens e evolução ao longo dos tempos,

a historia da matemática na complexidade de sua evolução e de suas revoluções ilustra

muito bem a citação de Bachelard que passamos a citar “para um espírito cientifico todo

o conhecimento é uma resposta a uma pergunta. Se não existe pergunta não pode haver

conhecimento científico. Nada vem sozinho, nada é dado, tudo é construído”.

[Bachelard, a formação do espírito científico].

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A matemática têm se construindo como resposta a perguntas traduzidas em outros

tantos problemas. Tais perguntas têm tido variações em suas origens e em seu contexto:

problemas de natureza doméstica (divisão de terras, cálculos de créditos, …); problemas

formulados em estreita vinculação com outras ciências (astronomia, física…),

especulações aparentemente”gratuitas” a respeito de objectos” pertinentes à própria

matemática, pelas exigências da exposição (ensino…), etc.

CARACTERIZAÇÃO DO OBJECTO DE ESTUDO

Deste modo começaremos por fazer um breve historial da matemática, como qualquer

outra área do saber teve as suas origens e evolução ao longo dos tempos, a historia da

matemática na complexidade de sua evolução e de suas revoluções ilustra muito bem a

citação de Bachelard que passamos a citar “para um espírito cientifico todo o

conhecimento é uma resposta a uma pergunta. Se não existe pergunta não pode haver

conhecimento científico. Nada vem sozinho, nada é dado, tudo é construído”.

[Bachelard, a formação do espírito científico].

A matemática têm se construindo como resposta a perguntas traduzidas em outros

tantos problemas. Tais perguntas têm tido variações em suas origens e em seu contexto:

problemas de natureza doméstica (divisão de terras, cálculos de créditos, …); problemas

formulados em estreita vinculação com outras ciências (astronomia, física…),

especulações aparentemente”gratuitas” a respeito de objectos” pertinentes à própria

matemática, pelas exigências da exposição (ensino…), etc.

Segundo Piaget, o conhecimento lógico matemático é estruturado a partir da “abstracção

reflexiva” que tem origem na coordenação das acções que a criança exerce sobre os

objectos. É a partir da coordenação das acções que se chega a manipulação simbólica e

ao raciocínio puramente dedutivo. Através dessa abstracção a criança consegue criar e

introduzir relações entre os objectos.

O mesmo acontece quando as crianças brincam e conseguem colocar na fila objectos e

ao mesmo tempo consegue desenvolver a coordenação motoras e a lateralidade e assim

mas uma vez consegue adquirir um conhecimento lógico-matematico dando assim a

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criança ao conhecimento de uma nova relação para ela, o que implica a abstracção

reflexiva, resultado de uma acção real ou representada.

No que diz respeito ainda a matemática, Platão expõe boas razões para prescrever como

primordial o ensino do calculo e da geometria, observando que” nenhum arte e nenhum

conhecimento podem prescindir da ciência dos números e que há uma diferença

absoluta entre a pessoa perita em geometria e a que não é. Platão faz referência ainda

sobre a importância do ensino da matemática fazendo a comparação de que o ensino da

matemática é como o aproximar “a alma da verdade” e elevar nossos olhares às coisas

das alturas, fazendo passar das trevas à luz”, motivos que convenceram todas as

gerações sucessivas e fez com que a matemática tenha um destaque sempre em todos os

sistemas educativos.

Ensino de Matemática nos jardins:

O que diz o Guia sobre

De acordo com o guia de actividades curriculares para a educação Pré-Escolar cabo-

verdiano, a matemática constitui uma das áreas do conteúdo, concretamente de

comunicação e expressão. A matemática é portanto uma forma de

expressão/comunicação e de representação. Falar de matemática no jardim-de-infância

não significa estudar números nem fazer contas complicadas. È importante saber realçar

que a matemática é muito mais que o número e que antes há muitas noções que têm que

ser descobertos e trabalhados.

A matemática é uma área do saber que está ao serviço das crianças e dos adultos para os

ajudar a resolver os problemas que surgem no dia-a-dia.

Ela deverá ser sentida e encarada pela criança como um meio de expressão e de

comunicação a ser aproveitado para a descoberta de novas coisas.

Essas descobertas deverão ser feitas, essencialmente a partir dos interesses e actividades

das próprias crianças.

As actividades físico-motoras e os jogos de movimento têm noções matemáticas

implícitas a partir da relação de equivalência.

Muitas outras situações podem ser aproveitadas do ponto de vista matemático

(brincadeiras na área dos jogos/actividades de culinária: fazer um bolo/construir a

29

receita com desenhos das crianças ou com a colagem e recortes das embalagens dos

ingredientes.../ pôr a mesa).

As noções de peso número, de elemento, de conjunto, as operações sobre conjuntos, as

correspondências entre conjuntos, as relações binárias e muitas outras noções

elementares relacionadas com conjuntos podem aparecer e ser trabalhadas em diferentes

situações de jogo dos mais variados géneros em que se manipulem objectos ou se jogue

com as próprias crianças.

A exploração do espaço, em função de todas as suas possíveis utilizações e a sua

transformação é, certamente, um ponto importante para o conhecimento desse mesmo

espaço. As noções de direita, esquerda, à frente, atrás, longe, perto, etc., não são noções

absolutas, são relativas à própria criança e ela só poderá sentir isso jogando com o

espaço e “jogando-se” nesse mesmo espaço.

Assim, a realização de actividades matemáticas para este nível educativo permite o

desenvolvimento dos seguintes objectivos:

• Desenvolver estratégias (modos de fazer) para diversos tipos de problemas e situações;

• Desenvolver a capacidade de raciocínio e de comunicação;

• Desenvolver autonomia e confiança perante obstáculos a ultrapassar e situações novas

que surgem no dia-a-dia;

• Criar hábitos de trabalho individual e em grupo, restrito ou alargado, favorecendo a

comunicação e discussão com respeito atenção e reflexão pelos argumentos dos outros.

Para atingir os objectivos mencionados é preciso considerar-se que a situação problema

deve:

• Ser atraente para a criança – é necessário captar a sua atenção;

• Envolver objectos reais – para que seja compreensível à criança;

• Requerer a intervenção directa da criança no trabalho com os materiais, uma vez que

nesta idade a criança aprende através da acção;

• Ter diversas situações reais a explorar para uma determinada estrutura matemática,

para que a criança possa compará-las, etc.

Como deve ser trabalhado?

No desenrolar das actividades da matemática no Pré-Escolar é preciso que a mesma seja

trabalhado de forma que:

30

• Seja atraente para a criança – para poder captar a sua atenção;

• Envolva objectos reais – para que seja compreensível à criança;

• Requerer a intervenção directa da criança no trabalho com os materiais, uma vez que

nesta idade a criança aprende através da acção;

• Ter diversas situações reais a explorar para uma determinada estrutura matemática,

para que a criança possa compará-las, etc.

31

CAPÍTULO II: METODOLOGIA

Apresentamos neste capítulo a metodologia do trabalho partindo das hipóteses

levantadas e a partir dos objectivos já definidos, os procedimentos metodológicos que

serviram de suporte para a pesquisa.

Para a resolução das nossas hipóteses e cumprimento dos nossos objectivos traçamos a

seguinte metodologia.

Para darmos continuidade na realização deste trabalho optamos por fazer a consulta

bibliográfica de diversos documentos de importância relacionado com o tema em

estudo, e ainda fizemos consultas a “sites” da Internet a fim de inrequicermos um pouco

mais o nosso trabalho.

Este foi elaborado para alem dos citado no paragrafo anterior, teve um ponto a se referir

que é aplicação de questionários a monitoras e coordenadoras de alguns jardins da

cidade da praia, afim de verificarmos na pratica como desenvolvem o tema em estudo.

32

CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO E ANALISE DE DADOS

3.1.-. Introdução

Neste capítulo, apresenta-se a amostra, a metodologia utilizada e procede-se à

apresentação dos resultados dos inquéritos aplicados aos monitoras e coordenadoras dos

Jardins-de-infância do Município Praia.

Com base na estrutura do trabalho, apresenta-se, em primeiro lugar, os resultados

do inquérito aplicado às monitoras dos jardins da Praia, em seguida os dados do

inquérito aplicado as coordenadoras.

3.2. Questionários

A amostra foi de 13.1% das monitoras de jardim-de-infância do Município (em número

de 10) distribuídos de forma pelas 3 jardins.

Às coordenadoras dos jardins 3.8% (em número de 3). Para este último optou-se por

estudar um em cada jardim, por este ser número reduzido.

Aplicou-se 2 questionários, um a monitoras, outro para as coordenadoras dos jardins. A

utilização desta técnica foi importante porque permitiu recolher informações pertinentes

relacionadas com as preocupações e sentimentos dos envolvidos em relação ao ensino

da E.M. nos Jardins-de-infância do Município.

33

3.3. Metodologia

O presente estudo foi feito com base na observação participante e nos inquéritos

aplicados.

A observação participante foi feita a partir do mês de Janeiro de 2009 até Março do

mesmo ano. Fez-se três observações por cada jardim que constitui a amostra.

Com os inquéritos elaborados, fez-se o levantamento nos Jardins do Município.

Os custos elevados e muito tempo que se iria gastar resultantes do estudo de toda a

população dificultaram o estudo, neste âmbito, pelo que se optou pela alternativa de

retirar uma amostra da população, inferindo assim da amostra para a população. Esta

alternativa mostrou-se possível graças aos conhecimentos adquiridos durante o curso.

O inquérito foi aplicado durante os meses de Março e Abril de 2009.

As Monitoras e as coordenadoras receberam os inquéritos e entregaram em três dias.

Dos inquéritos distribuídos, todos foram devidamente preenchidos e entregues em

tempo útil.

Após a recepção de todos os inquéritos, procedeu-se à análise e tratamento dos

dados.

34

3.4. Apresentação e Discussão dos dados

Gráfico nº 1

Do gráfico nº 1, concluímos que das dez monitoras inquiridas três monitoras

responderam que o ensino da matemática está a ser leccionada de uma forma razoável,

quatro monitoras também são de acordo com o ensino razoável, e três afirmaram que o

ensino está num nível de muito bom.

Gráfico nº2

Monitoras segundo o grau de importância que dão à Mat. noP.E

0123456789

Razoável Bom Muito Bom

O gráfico 2, mostra que das 10 monitoras inquiridas, 8 são de acordo com a importância

de leccionar a matemática no Pré-Escolar num nível de muito bom, uma acha que está

num nível de bom, e por último uma afirma que o ensino ainda é razoável.

00.5

11.5

22.5

33.5

4

Razoável Bom Muito Bom

Monitoras segundo o nível de conhecimento dos objectivos da Mat.P.E.

Indíce de Satisfação

35

Gráfico nº 3

Atendendo ao gráfico nº 3, verificamos que 70% das inquiridas concordam que a

matemática deve ser leccionada como as actividades igualmente importante como as

outras, e 30% concordam que a matemática é uma das actividades mais importantes do

Pré-Escolar.

Gráfico nº4.

De acordo com esse gráfico os dados das inquiridas responderam que as actividades

podem ser feitas no pátio, 20% responderam que podem ser desenvolvidas no pátio e no

Monitoras segundo a importância que dão à Mat. em relação àsOutras conteúdos

70%

30%

Igualmente ImportanteMais Importante

Espaços onde se pode utilizar para leccionar a Matemática

20%

20%

30%

10%

20%Patio e JardimSó JardimSó PatioSem RespostaPatio/Casa/Arredores do Jardim

36

jardim, 20% responderam que podem ser desenvolvidas no pátio e no jardim, e 10%

responderam que devem ser desenvolvida a qualquer espaço.

Gráfico nº 4.1

Outros Lugares Utilizados

20%

20%

20%

30%

10%

40%

Todos os lugaresPátio e JardinJardimPátioNão respondeu

Analisando o gráfico nº4.1, 60% subdividido por 20% cada concordam que as

actividades devem ser dadas em todos os lugares, no pátio e jardim, e 20% só no jardim,

e 30% afirmam que deve ser ensinada só no pátio, e 10% não respondeu a pergunta.

Gráfico nº 5

Nº de vezes por semana que a Matemática é leccionada

10%

70%

20%

Raras VezesDuas VezesTrês Vezes

37

Nesse gráfico 70% das inquiridas responderam que leccionam a matemática duas vezes

por semana, 20% responderam que leccionam três vezes, e 10% responderam raras

vezes essa actividade.

Gráfico nº 6

O gráfico mostra-nos que 90% das monitoras tem dificuldade em leccionar a

matemática e 10% não tem dificuldades.

Monitoras segundo dificuldades que têm em leccionar a Matemática

90%

10%

TemNão tem

38

Gráfico nº 6.1.

Do gráfico 6.1 de acordo com as nossas inquiridas 20% tem dificuldade em

leccionar a matemática devido a falta de controle da turma, em orientar as

actividades e devido a nível de metodologia de ensino, 10% defendem que tem

dificuldades devido a falta de espaço e matérias próprios, e 30% devido a

selecção das actividades.

Gráfico nº 7

Monitoras segundo a opinião da necessidade de mais apoios.

100%

0%

SimNão

Áreas segundo a natureza das dificuldades em leccionar aMatemática

20%

20%

30%

20%

10%Em orientar as actividades

No controle da turma

Na seleção das actividades

Ao nível das metodologias deensinoPor falta de espaço próprio

39

O gráfico 7, Mostra que 100% das monitoras tem recebido apoio na área de matemática

do Pré-Escolar.

Gráfico nº 7.1

Monitoras segundo a opinião de que os agentes os devemapoiar mais.

40%

30%

10%

10%

10%

CoordenadoresColegasInspectoresColegas/CoordenadorSem resposta

Da análise do gráfico 7.1, vimos que 40% das monitoras consideram que devem ter

mais apoios dos coordenadores, 30% consideram dos colegas, e os restantes 30% que

subdividem em 10% por cada monitoras consideram que devem ter mais apoios dos

colegas, dos coordenadores e dos inspectores.

Gráfico nº 8

40

Monitoras segundo a natureza dos apoios que precisam.

10%

30%

20%

20%

20%No controle da turma na horadas atividadesNa seleção das atividades

Ao nível das metodologias deensinoNa resolução de problemas demateriais didáticosSem resposta

Das dez inquiridas no gráfico mostram nos que 60%, subdividido por 20% no que tange

s selecção das actividades, nível das metodologias de ensino, e sem resposta, 30%

necessitam de apoios na selecção das actividades, e 10% responderam que necessitam

de apoios no controle da turma no hora das actividades.

Gráfico nº 8.1

41

As Monitoras deveriam ter mais apoio

100%

0%

simNão

O gráfico 8.1, 100% das monitoras afirmam que deveriam ter mais apoio por parte da

equipa pedagógica.

Gráfico nº 8.2

Se "sim" Quais

20%

20%

10%

10% 10%

10%

10%

10%

30%

Sem Respostas

Nivelmetodológica/ResoluçãoControlo da Turma

Em todas as respostas

Orientação

Metodologia

Resolução de Problema

Orient/Selecç/Metod/Resol.

Analisando esse gráfico os dados apresenta-nos que 30% das monitoras é de acordo que

deveriam ter apoio no desenrolar das actividades no que tange a resolução de

42

problemas, 20% defendem que os apoios deveriam centrar ao nível metodológico,

resolução dos problemas, orientação das actividades e selecção das mesmas, enquanto

que 10% das monitoras defendem que os apoios deveriam centrar em todo o

desenvolvimento das actividades.

Gráfico nº 8.3

E por parte de quem

30%

10%

10%

10% 10%

10%

10%

10%30%

Coordenadores da Praia

Jardim e Colega

Coordenador e DGEBS

Toda Equipa Pedagógica

Colega e Coordenador

Direcção de Jardim ecoordenadorInspector

Não respondeu

O gráfico 8.3, Mostra que 30% das monitoras receberam apoio por parte de

Coordenadores da Delegação da Praia, 10% receberam apoio por parte do jardim e de

colegas, 10% tiveram apoio da DGEBS, 10% por parte de toda a equipa pedagógica que

fazem parte do jardim, 10% por Colega e Coordenador, 10% pela Direcção de jardim e

Coordenador, mais 10% pelo inspector, e 10% não responderam.

gráfico

43

1

2 2 2

3

0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

Fraco Razoável Bom Muito bom Semresposta

Monitoras segundo a satisfação com os apoios recebidos

Série1

Do gráfico das dez monitoras inqueridas uma monitora respondeu que os apoios que

recebem são fraco, duas acham que os apoios são razoáveis, duas consideram de bom e

duas consideram de muito bom e três não revelaram nada acerca desta questão.

Gráfico 9.

Razões do não cumprimento dos programas daMatemática

30%

40%

10%

20%

Falta de conhecimentoFalta de disponibilidadeFalta de EspaçoNão respondeu

44

Das inquiridas 40% é de opinião de que as monitoras não cumprem o programa da área

da matemática por falta de disponibilidade, 30% defendem que não cumprem o

programa por falta de conhecimento, 10% defendem que o programa não é cumprido

por falta de espaço para realização das actividades da área e 20% não responderam a

cerca da questão.

Classificação do ensino da matemática no municipio

0% 10%

30%

30%

10%

20%

Muito FracoFracoRazoávelBomMuito BomSem Resposta

Quanto a classificação do ensino da matemática no município uma quantidade

considerada das monitoras 10% respondera que classificam como muito bom, 30%

como bom, 30% como razoável, 10% como fraco e 20% sem resposta.

45

Dando continuidade a analise dos gráficos passamos a apresentar os dados sobre

as coordenadoras

00,20,40,60,8

11,21,41,61,8

2

MuitoFraco

Fraco Razoável Bom Muito Bom

Conhecimento dos Objectivos do P.E

Série1

Do gráfico acima uma coordenadora respondeu que conhece bem os objectivos da

matemática do Pré-Escolar, enquanto que duas coordenadoras dizem que conhecem de

uma forma razoável os objectivos da matemática do Pré-Escolar.

46

Importância de Leccionar a Matematica

0

0,5

1

1,5

2

2,5

Muito Fraco Fraco Razoável Bom Muito Bom

Série1

No que se refere a importância de leccionar a matemática no Pré-Escolar uma

coordenadora respondeu que tem pouca importância, enquanto que duas coordenadoras

responderam que consideram de grande importância a leccionação desta área no Pré-

Escolar.

Ensino da Mat. em relação às outras àrea é para si

0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

3.5

Igualmenteimportante

Menos importante Mais importante

Resposta

47

Do gráfico acima 100% dos inqueridos é de opinião de que o ensino da matemática é de

igual importância em relação as outras áreas.

Quanto a esta questão os nossos inqueridos responderam que a matemática é leccionada

em diferentes lugares como pátio e casas, mas tem maior preferência para o pátio dos

jardins.

Lugar apropriado para o ensino de Matemática

50%

25%

25%

PátioCasasArredores do Jardim

48

Costuma assistir actividades Mat. no P.E

0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

3.5

Pouco Razoável Muito

Resposta

No gráfico acima os nossos inqueridos responderam que assistem muitas actividades da

matemática no Pré-Escolar

Gráfico 7

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Sim Não

As monitoras tem dificuldade nesta área

Resposta

Neste gráfico as três inquiridas responderam que a maioria das monitoras têm

dificuldades em leccionar nesta área.

49

Gráfico 7.1

0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

Na selecçãodas actividades

Nivelmetodológico

Orientação dasactividades

Se "sim" em quê

Rspostas

.

Analisando este gráfico os apoio que as monitoras precisam são na maioria na selecção

das actividades, nível metodológico e com menos importância nas orientações das

actividades.

Gráfico.8

0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

Sim Não

As Monitoras tem recebido apoios desta área

Resposta

50

Segundo as inquiridas afirmaram que as monitoras têm recebido apoio a 100% nesta

área.

Gráfico 8.2

0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

Coordenadores Colegas Inspectores

Se "sim" por parte de quem

Série1

Das inqueridas afirmaram que tem recebido apoio a 100% dos coordenadores.

Achas que os apoios são suficientes

0

0,5

1

1,5

2

2,5

Muito Fraco Fraco Razoável Bom Muito Bom

Série1

51

Das coordenadoras inqueridas uma é de acordo que os apoios que tem recebido é bom, e

as outras duas consideram que os apoios são razoáveis.

Achas que as monitoras deveriam ter mais apoio

0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

3.5

Não Sim

Resposta

As coordenadoras inqueridas afirmaram a 100% de que as monitoras deveriam ter mais

apoios no desenrolar das suas actividades.

Gráficos.8.2

Se "sim" que apoios

0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

3.5

Na selecção dasactividades

Nivel Metodológico Orientacção dasactividades

Resposta

52

Do gráfico concluímos que precisam de apoios a nível metodológico que carece de

maior atenção, seguido de selecção de actividades, e com menos importância ou seja

com menor importância em termos de apoios fizeram referencia a orientações das

actividades.

Gráfico 8.3

0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

Coordenadores Colegas Inspectores

E por parte de quem

Série1

E afirmaram que esses apoios deveriam vir por parte dos coordenadores.

Gráfico 9

53

0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

Falta de conhecimento Falta de disponibilidade

Porquê que muitos monitoras não cumprem oprograma

Série1

Do gráfico mostra que algumas monitoras não cumprem o programa por falta de

conhecimento, e outras não cumprem o programa por falta de disponibilidade.

Gráfico 10

0

0.5

11.5

2

2.53

3.5

4

1 2

Classificação desta área no municipio

Série1Série2

Do gráfico acima das três coordenadoras inqueridas, uma coordenadora respondeu que a

classificação desta área no município é razoável, enquanto que as duas consideram que

esta área no município é bom.

54

CAPÍTULO IV: CONSIDERAÇÕES FINAIS

5.1 Conclusão

Ao longo da nossa investigação, dar conta das conclusões daquilo que chegamos ou que

queríamos chegar não se revela uma decisão fácil, pelo que queremos evidenciar a

singularidade da mesma.

No decorrer do nosso trabalho, encontramos algumas dificuldades, principalmente na

recolha de bibliografias, sabendo que relativamente a educação pré-escolar em Cabo

Verde os livros são raros.

Relativamente ao tema em apreço chegamos a conclusão que vários autores tem dado

uma grande importância a educação pré-escolar, mas cabe ainda a sociedade educativa

interiorizarem mais a essa importância a fim de melhor contribuir para o sucesso das

aprendizagens das crianças que as frequentam.

É de considerar que o aprofundamento do conhecimento sobre a educação pré-escolar é

estimulante, não apenas para aqueles que a ela se dedicam ou sobre ela pesquisam, mas

sobretudo para todos os profissionais da educação, para os cidadãos em geral e em

particular para as crianças que dela se beneficiam.

Percebendo a importância da visibilidade do estudo, acreditamos ter contribuído

modestamente com uma chamada de atenção para as vantagens da educação pré-escolar,

levando aos agentes educativos a reflectirem sobre a tomada de medidas práticas, no

sentido de criarem condições para melhoramento da educação pré-escolar em Cabo

Verde.

Dos resultados que obtivemos da nossa análise que fizemos, chegamos ainda a

conclusão de que a educação pré-escolar se revela importante, na medida em que a

maioria dos profissionais inquiridos são da opinião de que o ensino da matemática no

pré-escolar é importante, tendo em vista as opiniões dos mesmos.

Reforçando esta ideia, acreditamos que o ensino da matemática no pré-escolar tem

muita importância na vida as crianças, tendo em conta que segundo alguns estudiosos

acreditam que a matemática contribui para a formação e desenvolvimento do raciocínio

lógico das crianças.

Partindo dessas informações, acreditamos que o ensino da matemática no pré-escolar é

um dos requisitos para melhor aproveitamento das crianças nos outros nível de ensino.

55

5.2 Recomendações e algumas propostas

Para a finalização do estudo do nosso trabalho, apresentamos como medidas e/ou acções

de melhoria as recomendações constantes:

Criar condições, mecanismos e espaços que conduzem ao estabelecimento de um bom

funcionamento, ou seja propiciando, adequar aos jardins de infância matérias didácticos

adequados que favorecem a um bom desenvolvimento das actividades no sentido de

terem melhor aproveitamento do tempo de estadia nos jardins, desenvolvendo

estratégias de inter-ajuda e de colaboração entre os referidos agentes, na perspectiva de

melhores resultados.

Estabelecer mecanismos e sistemas de incentivos que apoiam o desenvolvimento da

educação pré-escolar, e desenvolver estratégias que propiciam o encorajamento dos

pais/encarregados de educação a colocarem seus filhos no jardim, contribuindo-se para

uma melhor preparação dos seus filhos na integração social.

Alargar e valorizar a formação e capacitação de monitores de infância e configurar um

novo quadro de pessoal da área pré-escolar, estabelecer regras de obrigatoriedade de

frequência a pré-escolar,

Tais medidas/mecanismos deverão, entre outros para alem de eliminar as desigualdades

existentes os níveis pré-escolar e outros níveis de ensino, assegurar uma melhoria da

qualidade dos serviços prestados e acima de tudo, resgatar a desigualdade dos

monitores.

Incentivar que as entidades competentes apoiem a educação pré-escolar de maneira a

diminuir as dificuldades em termos de ponderação,

56

Bibliografia

ASSIS, Orly zucatto. (1998) “Fundamentos teóricos e prática pedagógica para a

educação pré-escolar”. Campinas-brazil.

Bento, Artur Monteiro (2004) um novo olhar sobre a educação Pré-escolar: a criança

de 3-6 anos, Rio de Janeiro, Brasil;

CORREIA, Luís de Miranda, et. all (1997) Dificuldade de Aprendizagem: Que São?

Como entende-los? - 2ª Edição Porto Editora. Porto.

Ferreira, Idalina Ladeira (1999) Actividades na Pré-Escolar/ Idalina Ladeira Ferreira,

Sarah P. Souza Caldas – 18ª Edição - São Paulo

MEES, (2005) Educação Pré-escolar, (On-line) http:/ www.miniedu.cv

Ministério da Educação (1997) Orientações curriculares para a educação pré-escolar,

Lisboa departamento de educação básico, núcleo de educação pré-escolar.

Moreira, D & Oliveira, I (2003) Iniciação a matemática no jardim – de-infância, Lisboa

universidade aberta;

PARRA, Cecília (1996) “didáctica da matemática: reflexões psicopedagógicas/Cecília

parra, irma saiz… [et.al.] porto alegre;

Veiga, Ana Margarida et all, (2005) psicologia de educação, tema de desenvolvimento e

ensino. Lisboa Relógio d´água.

VURRA, Rui Margues et all, (2005) Estratégia de ensino/ Aprendizagem Instituto

Piaget.

ZABALZA, Miguel a. (1998) Qualidade em educação infantil” porto alegre.

57

Leis Consultadas:

Lei de Base do Sistema Educativo nº 103/III/90 de 29 de Dezembro

Lei de Base do Sistema Educativo alteração lei nº 113/V/90.

Lei Orgânica do Sistema Educativo 2001.

Lei de Base do Sistema Educativo 1990.

Páginas da Internet consultadas:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Praia_(Cabo_Verde) no dia 24/08/09.

http://mathematikos.psico.ufrgs.br/textos/materiais_manipulativos.htm

http: // www.anped.org.br

58

ANEXOS

59

QUESTIONÁRIO APLICADO AOS MONITORES(AS).

Questionário.

O presente questionário destina-se aos monitores(as) dos Jardins de Infância da

cidade da Praia e enquadra-se no trabalho de fim de curso Licenciatura em Educação de

Infância do formando Ilizeu Furtado.

O mesmo é anónimo e assegura-se que as informações recolhidas terão única e

exclusiva aplicação no trabalho em questão. Responda a todas as questões.

Agradece-se desde já a sua colaboração, caro monitor(a).

Informações Pessoais

Idade ____ anos Género: Masc. ____ Fem.

____

Tempo de serviço na docência: ____ anos Formação _____________________

Questionário

Obs: Circunda a opção considerada correcta e nas com linha coloca um X.

1 Muito fraco; 2 Fraco; 3 Razoável; 4 Bom; 5 Muito bom

1 - Conhece os objectivos da Matemática no Pré-Escolar?

1 2 3 4 5

2 - Acha importante a leccionação da Matemática no Pré-Escolar?

1 2 3 4 5

3 – O ensino da Matemática, em relação às outras disciplinas, é para si:

Mais importante.__ Menos importante.__ Igualmente importante.__

4 – Só se lecciona a Matemática em espaços próprios (Sala de Actividades)?

60

Sim__ Não__

4.1 - Se Não, que outros lugares são utilizados?

Pátios__ Casa__ Arredores do jardim__

5 - Quantas vezes por semana lecciona a Matemática?

3 vezes__ 2 vezes__ 1 vez__ raras vezes__ não lecciona __

6 - Sente dificuldades em leccionar esta área?

Sim ___ Não ___

6.1 - Se Sim, em quê?

. Em orientar as actividades; ___

. No controle da turma; ___

. Na selecção das actividades; ___

. Ao nível das metodologias de ensino; ___

. Por falta de espaço próprio e materiais. ___

7.1 - Tem recebido apoios nesta área?

Sim ___ Não ___

7.2 - Se sim, por parte de quem?

Coordenadores__ Colegas__ Inspectores__

8 - Acha que esses apoios são suficientes?

1 2 3 4 5

9 - @s monitores deveriam ter mais apoios?

Sim __ Não__

9.1 - Se sim, quais?

. Na orientação das actividades; ___

. No controle da turma na hora das actividades; ___

61

. Na selecção das actividades; ___

. Ao nível das metodologias de ensino; ___

. Na resolução de problemas de materiais didácticos. ___

9.2 - E por parte de quem?

Direcção do Jardim__ Colegas__ Coordenadores da Delegação da Praia __

DGEBS__ Inspectores.

10 - A seu ver, porque é que muit@s monitores(as) não cumprem o programa desta

área?

(escolhe as opções que lhe parecer melhores)

.Falta de conhecimentos cientifico-pedagógicos; ___

.Falta de espaço próprio para a leccionação; ___

.Acham mais aconselhável dar prioridade às outras áreas. ___

. Falta de disponibilidade a uma grande parte d@s monitores(as), dificultando assim

a leccionação da área. ___

11- Como classificas o ensino desta área no Município?

1 2 3 4 5

12 – Como monitora poderiam melhorar o seu desempenho no ensino de Matemática

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13 - O que deve ser feito, a nível central, para melhorar o ensino desta área curricular?

(Duas sugestões no máximo).

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62

QUESTIONÁRIO APLICADO AOS COORDENADORES/AS .

Questionário

O presente questionário destina-se aos Coordenadores Pedagógicos do Jardim-de-

infância da Cidade da Praia e enquadra-se no trabalho de fim de curso de Licenciatura

em Educação de Infância do formando Ilizeu Varela.

O mesmo é anónimo e assegura-se que as informações recolhidas terão única e

exclusiva aplicação no trabalho em questão. Responda a todas as questões.

Agradece-se desde já a sua colaboração, caro Coordenador.

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__

Idade ___ anos Género: Masc. ____ Fem.

____

Tempo de serviço como Coordenador ____ anos Formação

______________________

Obs: Circundar a opção considerada correcta e nas com linha coloca um X.

1 Muito fraco; 2 Fraco; 3 Razoável; 4 Bom; 5 Muito bom

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1 - Conhece os objectivos da Matemática do Pré-escolar?

1 2 3 4 5

2- Acha que é importante a leccionação da Matemática do pré-escolar?

1 2 3 4 5

3 - A Matemática, em relação às outras disciplinas, é para si:

Mais importante.__ Menos importante.__ Igualmente importante.__

4.1 – Só se lecciona Matemática no pré-escolar em salas das actividades?

Sim__ Não__

4.2 - Se Não, que outros lugares são utilizados?

Pátios__ Casas__ Arredores do Jardim__

63

5.1 - Costuma assistir actividades de Matemática no pré-escolar?

Pouco___ Razoável___ Muito___

5.2 - Se não Muito, porquê?

. Não gosta de as assistir. ___

. Raras vezes encontro actividades planificadas para esta área. ___

. As monitoras não querem que sejam assistidas aulas desta área. ___

6.1 - As monitoras tem dificuldades nesta área?

Sim ___ Não___

6.2 - Se Sim, em quê?

. Em orientar as actividades; ___

. No controle da turma; ___

. Na selecção das actividades; ___

. Ao nível das metodologias de ensino; ___

. Por falta de materiais. ___

7.1 – As monitoras têm recebido apoios nesta área?

Sim ___ Não___

7.2 - Se sim, por parte de quem?

.Coordenadores__ .Colegas__ .Inspectores__

8- Acha que esses apoios são suficientes?

1 2 3 4 5

9.1 - Acha que as monitoras deveriam ter mais apoios?

Sim___ Não___

9.2 - Se sim, que apoios?

. Em orientar as actividades; ___

. No controle da turma; ___

64

. Na selecção das actividades; ___

. Ao nível das metodologias de ensino; ___

. Em resolver o problema da falta de matérias. ___

9.3 - E por parte de quem?

.Coordenadores__ .Colegas__ .Inspectores__

10- Porque é que muitas monitoras não cumprem o programa desta área?

(escolhe a opção que lhe parecer melhor)

.Falta de conhecimentos cientifico-pedagógicos; ___

.Falta de espaço próprio para a leccionação; ___

.Acham mais aconselhável leccionar as outras áreas. ___

. Falta disponibilidade a uma grande parte dos monitoras, dificultando assim a

leccionação da Matemática. ___

.Falta de Material didáctico

.Outro____

Qual?__________________________________________________________________

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11- Como classifica o ensino desta área está no Pré-Escolar?

1 2 3 4 5

12- O que os Coordenadores podem fazer para melhorar o ensino desta área?

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13 - O que deve ser feito, a nível central, para melhorar o ensino desta área curricular no

Pré-Escolar? (Duas sugestões no máximo).

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