o Ensino de Língua Espanhola Mediado Pelas Novas Tecnologias Da Sala de Aula Ao Facebook

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Ano: 2014 Volume: 7 Nmero: 2

O ENSINO DE LNGUA ESPANHOLA MEDIADO PELAS NOVAS TECNOLOGIAS: DASALA DE AULA AO FACEBOOK

THE SPANISH LANGUAGE TEACHING MEDIATED BY NEW TECHNOLOGIES: THECLASSROOM TO FACEBOOK

Elaine Teixeira da Silva/Universidade Candido Mendes

RESUMO: Este artigo tem por objetivo mostrar as possibilidades que as novasTecnologias da Informao e Comunicao digitais, auxiliadas pela Web 2.0, oferecem aoensino e aprendizagem de Lngua Espanhola tanto dentro como fora da sala de aula.Utilizou-se a rede social Facebook, por ter grande nmero de usurios que nela passamsignificativa parte de seu tempo navegando, seja conversando com amigos, sejapublicando seus comentrios, seja curtindo fotos, pginas, participando de grupos e/oucomunidades. Essa rede social virtual tambm permite que o professor encontreferramentas que o ajudaro na tarefa de ensinar, ao mesmo tempo em que permite aoaluno desenvolver autonomia para (re)aprender a pensar. Demonstra-se que o Facebookapresenta caractersticas da EaD e, portanto, pode ser considerado um instrumentoadicional disponvel para essa modalidade de ensino.PALAVRAS-CHAVE: Ensino de Lngua Espanhola; TIC; Web 2.0; Facebook; EaD.

ABSTRACT: This article aims to describe the possibilities provided by the use of newdigital Information and Communication Technologies (ICT), aided by Web 2.0, on Spanishteaching both inside and outside classroom. We analyzed the social network Facebookbecause it has a large number of users who spend a significant amount of time on the sitechatting with friends, posting comments, liking photos and profiles and participating ingroups. This social network also provides teaching tools that will help students to developtheir autonomy to (re) learn how to think. It is shown that Facebook presents EaDcharacteristics and therefore can be considered an additional tool on language teachingand education.KEYWORDS: Spanish Language Teaching; ICT; Web 2.0; Facebook; Distance Education.

1 Introduo

Este artigo tem por objetivo apontar ferramentas que as novas tecnologias digitaisTIC e Web 2.0 (MATTAR, 2011; KENSKI, 2007) oferecem para o ensino/aprendizagemem sala de aula, estendendo-se ao Facebook, j que essa rede social , atualmente, umdos ambientes mais acessados pelos estudantes, alm de permitir que seus usuriosconstituam laos interativos e afetivos (RECUERO, 2011; ZABALA, 1998) que, naatualidade constitui-se como pea fundamental para uma nova realidade, na reaeducacional, em que ambientes virtuais podem aproximar, cada vez mais, professores ealunos, visando ao aprimorando dos processos de ensino-aprendizagem. Apropriando-nosda ideia de que a rede social Facebook pode ser usada para se promover formaocontnua do alunado, na modalidade de Ensino a Distncia - EaD (COX, 2008; MATTAR,

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2011; TORI, 2010), salientamos que essa rede social, ao abarcar a aprendizageminformal, permite ao estudante desenvolver competncias e habilidades cognitivasindividualmente, mas em ambiente diferenciado, conectado com outros indivduos,adquirindo novos conhecimentos de modo compartilhado e interativo.

2 A Web 2.0 e as TIC no ensino

Com o surgimento e uso adequado das novas TIC digitais (doravante, TIC), modosde ensinar e aprender tornaram-se potencialmente mais atrativos e, consequentemente,interativos. As inmeras possibilidades oferecidas pelas novas tecnologias permitem aodocente desenvolver ferramentas tanto para tornar as aulas mais atrativas como parafacilitar a compreenso por parte do alunado. De acordo com Kenski (2007, p. 86), [o]espao da mediao das TIC em educao claro, as pessoas envolvidas no processo professores e alunos so conhecidas e os fins a que se destinam so determinados eesto diretamente articulados com os objetivos do ensino e da aprendizagem.

So muitas as ferramentas que as TIC oferecem para que o aprendiz tenha melhorcompreenso dos contedos. Entre elas, esto, por exemplo: os infogrficos, que secaracterizam por apresentarem, de modo simplificado, as informaes, permitindo quesejam compreendidas rpida e facilmente (ABIO, 2014); o prezi, que uma verso maisatualizada do PowerPoint, em que se cria uma apresentao mais atrativa e interativa; e oprprio PowerPoint, que, embora no seja algo novo, ainda muito utilizado comorecurso. Os games em sala de aula tambm contribuem para que o aluno/aprendiz tenhamelhor desempenho tanto com relao ao potencial cognitivo quanto ao comunicativo,como alude Mattar (2009), em seu blog, obra de Marc Prensky Digital Game-BasedLearning (2007), nestes termos:

[o] aprendizado baseado em jogos digitais (Digital Game-Based Learning, daquipor diante DGBL) est baseado em duas premissas: os aprendizes mudaram emdiversos pontos fundamentais e so de uma gerao que experienciouprofundamente, enquanto crescia, pela primeira vez na histria, uma formaradicalmente nova de jogar computadores e video-games. Assistimos ento auma descontinuidade, inclusive na maneira como essas geraes aprendem. Porisso, boa parte dos dados que colhemos e das teorias que formulamos nopassado, sobre como as pessoas pensam e aprendem, podem no se aplicarmais. Devemos levar em considerao novos estilos de aprendizagem. DGBL,ainda utilizado timidamente, no o nico mtodo, mas um mtodo queconsegue atingir essa nova gerao. E o DGBL no serve apenas para atividadesde reviso, mas para o aprendizado efetivo de diversos temas (MATTAR, 2009).

H sites que disponibilizam a criao de infogrficos assim como de games,compete ao docente avaliar a melhor maneira e a melhor ferramenta adequada suarealidade em sala de aula. Segundo Kenski (2007), a escola deve aproveitar asoportunidades oferecidas pelas novas tecnologias para impulsionar a Educao porque ouso adequado das TIC, potencialmente, promove interao no processo educativo,permitindo que a relao aluno-professor seja alterada de modo a facilitar a compreenso,o compartilhamento e o/ou a construo de conhecimento, porque, tambm com elas,ambos podem aprender juntos. Desse modo, [a]s TICs proporcionam um novo tipo deinterao do professor com os alunos. Possibilitam a criao de novas formas de

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integrao do professor com os alunos com a organizao escolar e com outrosprofessores (KENSKI, 2007, p. 103).

Aliadas s TIC, temos a 2.0,termo utilizado para descrever a segunda gerao daWorld Wide Web (WWW), viabilizando troca de informaes e interaes entre osnavegantes da Internet, de suma importncia para a formao discente em temposdigitais.

Pode-se listar, como ferramentas da Web 2.0: os blogs, que so utilizados pelos professores para fornecer informaes

atualizadas e comentrios sobre suas reas de especialidade, assim como proporquestes e exerccios, e incluir links para outros sites (MATTAR, 2011, p. 17);

as wikis, que permitem a edio coletiva dos documentos de uma maneira simples[...] assim, a construo colaborativa do conhecimento fica mais facilitada(MATTAR, 2011, p. 19);

os microblogs, que tm como caracterstica a edio de pequenos comentrios,como o caso do Twitter, que tem sido usado para discusses sobre determinadostemas, bastando seu usurio efetuar uma busca, antepondo a tag # ao temaproposto exemplo: #ensinodelnguaespanhola;

os podcasts, que tm crescido muito no ambiente de ensino; principalmente, namodalidade EaD, por permitir ao aluno aprender ouvindo, por meio de de imagens,vdeo e/ou udio;

as redes sociais, entre as quais est o LinkedIn, voltado para relacionamentoprofissional;

o Orkut, que, hoje extinto, durante muito tempo, viabilizou interao entre osparticipantes de sua rede;

o Facebook, que, nos ltimos anos, ganhou considervel nmero de membros, quepermite ao usurio manter contato com colegas, compartilhar e discutir anotaese criar grupos de estudo (MATTAR, 2011, p. 20);

a WebQuest, que implica a criao de um site para pesquisa compartilhada eorientada por meio da web, havendo provedores de sites para se criar WebQuestsgratuitamente e se desfrutar suas mltiplas possibilidades, alm de outrasferramentas.Para melhor visualizao das ferramentas da Web 2.0 como auxiliadora na

transmisso do conhecimento e, principalmente, no mbito da Educao, aponta-se ailustrao na Figura 1.

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Figura 1: As ferramentas da Web 2.0 na Educao.Fonte: DE PAULI, 2004.

Segundo Mattar (2011), essas ferramentas, aliadas ao ensino, so de sumaimportncia para a realizao de projetos no ensino a distncia, porque

[o] potencial pedaggico das redes sociais, outra das marcas da web 2.0, imenso. Elas possibilitam o estudo em grupo, oferecendo mecanismos para acomunicao com outros usurios, como fruns, chats, e-mail, recados oumensagem instantnea. Permitem tambm identificar pessoas com interessessimilares e, assim, criar uma rede de aprendizado (MATTAR, 2011, p. 19).

Utilizando, com amparo nesse potencial, essas ferramentas no processo de ensino-aprendizagem, tendo como suporte a rede social Facebook, por exemplo, posto que ela,atualmente, como j mencionado anteriormente, rene considervel nmero de usurios,o docente poder us-la como extenso da sala de aula, corroborando o que afirmaKenski (2007, p. 66): [m]ais do que o carcter instrumental e restrito do uso dastecnologias para a realizao de tarefas em sala de aula, chegada a hora de alargar oshorizontes da escola e de seus participantes, ou seja, de todos.

Nesse sentido, preciso que se (re)construa a dicotomia sala de aula/tecnologiadigital, seja ela por meio das TIC ou das ferramentas da Web 2.0; o que no pode maisocorrer a insistncia injustificvel quanto adoo continuada de mtodos tradicionais,cumprindo ao professor a tarefa de tentar aliar o novo ao antigo, de modo que suas aulasse tornem mais construtivas e produtivas; [a]ssim, professores e alunos passam a viver,inevitavelmente, em rica atmosfera de troca de idias e experincias e conseqenteintegrao (COX, 2008, p. 72).

3 O ciberespao como ferramenta de ensino

Segundo Lvy (1999), o termo ciberespao denomina um novo meio de interaocunhado, em 1984, pelo escritor norte-americano William Gibson, tambm chamado de oprofeta do ciberpunk, quando usou esse termo em seu romance Neuromante, muitoantes, portanto, da exploso da rede de computadores, e esse termo foi imediatamenteretomado pelos usurios e criadores de redes digitais (LVY, 1999, p. 92). Em seu

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romance, Gibson (1984, p. 53) assim o define:

O ciberespao. Uma alucinao consensual, vivida diariamente por bilhes deoperadores legtimos, em todas as naes, por crianas a quem esto ensinandoconceitos matemticos... Uma representao grfica de dados abstrados dosbancos de todos os computadores do sistema humano. Uma complexidadeimpensvel. Linhas de luz alinhadas que abrangem o universo no-espao damente; nebulosas e constelaes infindveis de dados. Como luzes de cidade,retrocedendo.

O ciberespao ressurge a e Lvy (1999, p. 17) o define como o novo meio decomunicao que surge da interconexo mundial dos computadores, sendo um ambientepromovido para a interao de pessoas, desde que elas estejam conectadas por meio deum suporte eletrnico, independentemente de sua localizao geogrfica.

Pierre Lvy (1999, p. 49) afirma que

[] as particularidades tcnicas do ciberespao permitem que os membros de umgrupo humano (que podem ser tantos quantos se quiser) se coordenem,cooperem, alimentem e consultem uma memria comum, e isto quase em temporeal, apesar da distribuio geogrfica e da diferena de horrios.

Nele, professor e aluno tm ao seu alcance uma nova possibilidade de construirconhecimento de modo colaborativo, agregando novos saberes aos demais e a siprprios, estimulados pelo invlucro da cibercultura, configurando, nesse ambiente, umnovo tipo de comunidade, a comunidade virtual, j que suas peculiaridades formadoraspodem ser entendidas como

[...] as discusses pblicas; as pessoas que se encontram e reencontram, ou queainda mantm contato atravs da Internet (para levar adiante a discusso); otempo; e o sentimento. Esses elementos combinados atravs do ciberespao,poderiam ser formadores de redes de relaes sociais, constituindo-se emcomunidades (RECUERO, 2009, p. 137).

Essas combinaes proporcionadas pelo ciberespao aliadas ao ensino permitemque haja maior participao do aluno, mesmo que este esteja apartado pelo tempo e peladistncia, proporcionando-lhe o exerccio de autonomia que, nos dias atuais, a palavra-chave para se entender o comportamento de estudantes em processos de aprendizagemmediados pela web 2.0.

Essa autonomia exercida pelo estudante, que o torna construtor de seuconhecimento, , tambm, associada ao processo de interao que se faz como um ciclogerador de aprendizagem, tanto entre professor/aluno como entre aluno/aluno, entrealuno/mquina, entre professor/mquina e, por fim, aluno/professor, conforme assinalaZabala (1998):

[] todo um conjunto de interaes baseadas na atividade conjunta dos alunos edos professores, que encontram fundamento na zona de desenvolvimentoproximal, que, portanto, v o ensino como um processo de construocompartilhada de significados, orientados para a autonomia do aluno, e que noope a autonomia como resultado de um processo ajuda necessria queeste processo exige, sem a qual dificilmente se poderia alcanar com xito a

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construo de significados que deveriam caracterizar a aprendizagem escolar(ZABALA, 1998, p. 91-92).

Para que ocorram essas interaes, porm, preciso que o professor propiciemeios para que haja construo de conhecimento e, consequentemente, estabelecimentode processo de ensino/aprendizagem. Segundo Zabala (1998), h uma srie de funesdos professores no tocante s interatividades necessrias para se facilitar o aprendizado;dentre elas, podemos destacar: 1) adaptar-se s necessidades dos alunos; 2) oferecerajuda adequada durante o processo de construo de construo de conhecimento peloaluno; 3) promover atividade mental autoestruturante, para que o aluno estabelearelaes com o novo contedo; e 4) potencializar a autonomia dos alunos, possibilitando-lhes que aprendam a aprender (ZABALA, 1998, p. 93).

Desse modo, torna-se pertinente suplementarem-se as ferramentas digitais, comvistas ao fomento do ensino/aprendizagem, porque, com os recursos de realidade virtual, possvel uma maior aproximao entre aluno e contedo da aprendizagem (TORI,2010, p. 27).

4 O Facebook e o ensino a distncia

4.1 O Ensino de Lngua Espanhola no Facebook

As redes sociais so, hoje em dia, importantes aliadas para se impulsionar oensino, porque nossos alunos as frequentam assiduamente; pode-se dizer que elas so oseu habitat natural. Portanto, o uso da rede social Facebook no ensino de idiomas principalmente no que compete ao de Lngua Espanhola de suma importncia paratodos que se dedicam difuso dessa lngua, porque h centenas de pginascompartilhadas na rede social para a sua promoo, e, ademais, [e]ssas interaesestudante/professor/estudante/estudante permitem que as funes gramaticais ecomunicativas expressem o propsito do uso da lngua (SILVA, 2014, p. 3)1.

Assim sendo, o professor pode, e, sobretudo, deve aproveitar as ferramentas queessa rede social digital lhe oferece e us-la a seu favor, j que o Facebook oferece aosusurios algumas opes, como, por exemplo a de criao de grupos ou de pginas.Tanto em uma como em outra, possvel que haja compartilhamento dos materiaisexpostos em sala de aula, como afirma Gmez (2012, p. 132): [o]s docentes podemaproveitar esta situao e a predisposio dos estudantes a usar as redes sociais para asincorporar ao ensino2. Esse parecer corrobora a afirmativa de Kenski (2007) de que odocente deve:

[...] aproveitar o interesse natural dos jovens estudantes pelas tecnologias e utiliz-las para transformar a sala de aula em espao de aprendizagem ativa e dereflexo coletiva; capacitar os alunos no apenas para lidar com as novasexigncias do mundo do trabalho, mas, principalmente, para a produo e

1 Traduo da autora deste artigo para "[e]sas interacciones estudiante/profesor/estudiante/estudiantepermiten que las funciones gramaticales y comunicativas expresen el propsito del uso de la lengua".

2 Traduo da autora deste artigo para "[l]os docentes pueden aprovechar esta situacin y lapredisposicin de los estudiantes a usar redes sociales para incorporarlas a la enseanza.

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manipulao das informaes e para o posicionamento crtico diante dessa novarealidade (KENSKI, 2007, p. 103).

Apropriando-se dessas afirmativas, pode-se apresentar aos estudantes as duasferramentas citadas acima, disponveis no Facebook. A primeira a criao de um grupointitulado Clases de Espaol, onde so disponibilizados, para os alunos, os materiaisusados em sala de aula, que eles podero acessar quando e quantas vezes pudereme/ou quiserem. Antes de serem postadas no grupo, as ferramentas possibilitadas pelasTIC so apresentadas no mbito escolar e, como elementos extras para auxlio naexposio dos contedos, so usados diversos tipos de recursos das TIC, seja por meiodo PowerPoint, Prezi, infogrficos, sites para consulta, WebQuest, entre outros; cada umse adequando s condies, para que seja apresentada ao aluno a melhor maneira que oajude em sua compreenso.

A outra opo a criao da pgina Caminos y Sueos, uma extenso do blogpessoal que leva o mesmo nome. O blog, na rede social, est sujeito a uma maiorvisibilidade dos estudantes, porque, enquanto navegam no seu perfil, recebem asnotificaes de publicao da pgina, o que no acontece com o blog individualizado; ouseja: apartado de uma rede social.

O diferencial dessa pgina para o grupo a diversidade de contedos,independentemente do que foi apresentado em sala de aula, como, por exemplo, em umapostagem sobre a pintora mexicana Frida Kahlo, que pode no ter sido explorada em aulae no ser um contedo gramatical, mas um componente cultural de suma importncia,tanto para um nativo como para um estudante de Espanhol como segunda lngua, porquevestibulares trazem, com frequncia, assuntos relacionados cultura hispano-americana.Alm disso, essa pgina permite que outros navegantes tambm participem do processode ensino-aprendizagem. Sendo assim, a pgina permite que o aluno tenha contato comoutros temas, ampliando seu conhecimento; desse modo [o] professor torna-se umanimador da inteligncia coletiva dos grupos que esto a seu encargo (LVY, 1999, p.171).

Segundo Palazzo e Lindner (2014), a potencialidade das redes sociais pouco temsido usada em Educao e, portanto, ns, professores, como transmissores deconhecimento, precisamos (re)pensar nossa prtica educativa, porque nosso aluno estarsempre um passo nossa frente, eles passam mais tempo diante das tecnologias digitaise portanto esto mais propensos a desenvolverem o seu cognitivo para a rea digital.

De acordo com Cox (2008), os recursos informticos permitem que o aprendizadoevolua e o aluno, que, antes era decorador de contedos, se converta em pensador quecompreende, interpreta o que lhe transmitido e constri conhecimento. Em sntese:[a]lunos, professores e tecnologias interagindo com o mesmo objetivo geram ummovimento revolucionrio de descobertas e aprendizados (KENSKI, 2007, p. 105).

4.2 O Facebook como tendncia da EaD

Essa nova forma de ensinar e aprender mediada pelas novas tecnologias digitaisacabam por constituir as funcionalidades do Ensino a Distncia ou, simplesmente, EaD.Alguns autores j a denominam como Educao Aberta a Distncia (MATTAR, 2011) ou

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Ensino Aberto e a Distncia (LVY, 1999) ou, ainda, Educao Sem Distncia (TORI,2010).

Segundo Mattar (2011), as ferramentas da web 2.0 passaram a ser usadas naEaD por facilitarem acesso informao e agilidade no ensino, porque as tecnologiasinterativas conseguem minimizar substancialmente os efeitos da distncia naaprendizagem (TORI, 2010, p. 28).

Outro fator de suma importncia que quando o computador usado na aplicaoda EAD, as mensagens podem ser compostas por animaes, cores, imagens, textos eilustraes, o que pode enriquecer significativamente o material educativo usado epossivelmente favorecer o processo de aprendizagem (COX, 2008, p. 44).

Um outro fator relevante, o que Mattar (2011) chama de docncia onlineindependente. Essa docncia, segundo ele, tem crescido muito, porque o docente onlineindependente aquele professor que planeja, desenvolve, divulga, implanta e oferece deforma autnoma os seus cursos, utilizando tecnologias da comunicao e da informao,especialmente a internet (MATTAR, 2011, p. 78). Sendo assim, o professor tambm setorna tutor, porque atua como mediador das informaes que so postadas para o aluno.

Se h, portanto, a possibilidade de se ensinar um idioma, como o Espanhol,valendo-se das potencialidades oferecidas redes sociais, como, por exemplo, o Facebook,ento, pode-se afirmar que essa rede social tambm um veculo de EaD. Para se estarpresente, no se precisa, necessariamente, estar no mesmo espao fsico, na sala deaula presencial. Em tempos de evoluo educativa, os atores sociais que interagem noprocesso de ensinar e aprender passam a perceber que os recursos virtuais convertem-seem ferramentas teis para as atividades didtico-pedaggicas, similarmente spresenciais; ou seja: o que parecia que distanciaria o sujeito do objeto acaba poraproximar um do outro, permitindo ao aluno a construo de suas competncias ehabilidades lingusticas, cognitivas e sociais.

5 Consideraes finais

A proposta deste artigo foi mostrar as possibilidades que so ofertadas ao docentepara ensino, criao e compartilhamento de contedos auxiliados pelas TIC e a 2.0, comoa elaborao de materiais didticos para serem utilizados em sala de aula e a extensodesses materiais para alm dos muros escolares. Para tanto, tem-se como objeto o usodas redes sociais, que se converteram em fenmenos de massa e, por isso, passam aser, tambm, veculos no somente de informao, mas, tambm, de comunicao, quefacilitam o processo de ensino-aprendizagem e aproximam o aluno do conhecimento.

As opes aqui contempladas para o ensino de Lngua Espanhola por meio doFacebook so apenas duas entre as possibilidades que a rede oferece. O maisimportante, ressaltado neste artigo, que o professor deve buscar meios para aprimorar oseu trabalho e facilitar a construo do conhecimento, buscando falar a mesmalinguagem dos alunos; assim, as aulas tornaro mais atraentes e os alunos maisinterativos.

Considera-se, aqui, tambm, os aspectos apontados com relao ao suporte darede social como uma tendncia para a EaD, j que os modos de ensinar se aproximamdas funcionalidades na modalidade de Educao que vem crescendo e transformando a

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cada dia.

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O ENSINO DE LNGUA ESPANHOLA MEDIADO PELAS NOVAS TECNOLOGIAS: DA SALA DE AULA AO FACEBOOKTHE SPANISH LANGUAGE TEACHING MEDIATED BY NEW TECHNOLOGIES: THE CLASSROOM TO FACEBOOK1 Introduo2 A Web 2.0 e as TIC no ensino3 O ciberespao como ferramenta de ensino4 O Facebook e o ensino a distncia4.1 O Ensino de Lngua Espanhola no Facebook4.2 O Facebook como tendncia da EaD

5 Consideraes finaisReferncias

o Ensino de Língua Espanhola Mediado Pelas Novas Tecnologias Da Sala de Aula Ao Facebook

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