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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE ARQUITETURA, ARTES E COMUNICAÇÃO Programa de Pós-graduação em Design O ensino e o mercado de trabalho na área de design Carolina de Oliveira Marques Profª. Adjunto Paula da Cruz Landim Orientadora Bauru 2010

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE ARQUITETURA, ARTES E COMUNICAÇÃO

Programa de Pós-graduação em Design

O ensino e o mercado de trabalho

na área de design

Carolina de Oliveira Marques

Profª. Adjunto Paula da Cruz Landim

Orientadora

Bauru

2010

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE ARQUITETURA, ARTES E COMUNICAÇÃO

Programa de Pós-graduação em Design

Carolina de Oliveira Marques

O ensino e o mercado de trabalho

na área de design

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-graduação em Design, da Faculdade de

Arquitetura, Artes e Comunicação, da

Instituição Estadual Paulista “Júlio de

Mesquita Filho”. Como requisito à obtenção

do título de Mestre.

Orientadora:

Profª. Adjunto Paula da Cruz Landim

Bauru

2010

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Agradecimentos

Agradeço primeiramente e especialmente minha orientadora Paula da Cruz

Landim.

Agradeço pela orientação que me permitiu, desde a graduação,

concretizações que me fizeram feliz e realizada na área acadêmica e no mercado de

trabalho.

Agradeço pela confiança, pelo apoio e brilhante orientação. Agradeço de tal

forma e imensidão que mesmo que eu utilizasse todas as palavras existentes e

espaços aqui disponíveis não seriam suficientes para agradecer o que fez. Tudo

ainda seria pouco.

A Sônia Hungria, funcionária da seção de graduação da FAAC - Unesp e ao

Prof. José Fernando da Silva, coordenador do curso de Design no Iesb, que

entraram em contato com os alunos e professores para que participassem

respondendo aos questionários.

A todos voluntários que colaboraram com a pesquisa.

Aos meus gestores e amigos dos Correios, que permitiram trabalhar em

horário diferenciado para que pudesse comparecer as aulas e congressos. Ao

coordenador de negócios, Sergio Paulo Roberto, que percebeu e soube valorizar os

benefícios e resultados trazidos pelo design, tanto para a empresa como para a

sociedade.

A minha família, especialmente meu pai.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Resumo

O ENSINO E O MERCADO DE TRABALHO NA ÁREA DE DESIGN. No cenário

mercadológico o design vem ganhando cada vez mais destaque. Novas

universidades e cursos que tratam de design estão surgindo. O novo consumidor

aguarda por novidades, melhorias e boas surpresas. Diante desse contexto, o

profissional de design precisa estar bem preparado para atuar nesta relação entre os

vários atores do processo. Os professores precisam estar em sintonia com o

mercado de trabalho, para oferecem ensino que garanta empregabilidade aos seus

alunos. Um fator que vem contribuindo para que a relação entre sujeitos não seja

totalmente positiva é o fato do termo design ser utilizado indiscriminadamente e

desta forma provocar impactos negativos para a área, para os que nela atuam e

principalmente para a sociedade. Portanto, foi verificada como está a atual relação

ensino e o mercado de trabalho na área de Design. E com isto foi possível identificar

pontos fortes e pontos fracos através de entrevistas com amostragem de sujeitos

envolvidos nesta dinâmica, professores e alunos. Os resultados apontam alguns

aspectos onde as Instituições de Ensino, estudantes de design, designers e o

mercado de trabalho podem atuar para que ocorram melhorias nesta relação.

Palavras-chave: Design, designers, ensino e mercado de trabalho.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Abstract

EDUCATION AND THE LABOR MARKET IN THE FIELD OF DESIGN. In the

market scenario design is gaining more prominence. New universities and courses

dealing with design are emerging. The new consumer waits for innovations,

improvements and good surprises. Given this context, the design professional must

be well prepared to act in this relationship between the various actors in the process.

Teachers need to be in line with the labor market, to offer education to ensure

employability of their students. One factor that has contributed to the relationship

between subjects isn’t completely positive is that the term design is used

indiscriminately and thus cause negative impacts to the area for those who work in it

and especially to society. Therefore, it is necessary to check how is the current

relationship education and the labor market in the area of Design. And for this it was

possible to identify strengths and weaknesses through interviews with sample of

subjects involved in this dynamic. The results show some aspects where the

educational institutions, design students, designers and the labor market can work for

improvements to occur in this relationship.

Keywords: Design, designers, education and labor market.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Lista de Figuras FIGURA 1 – CURSO DE WEB DESIGN  10  FIGURA 2 – CURSO DE DESIGN & WEB  11  FIGURA 3 – CURSO DE DESIGN DE SOBRANCELHAS  12  FIGURA 4 – NOTÍCIAS E DESIGN 1  13  FIGURA 5 – NOTÍCIAS E DESIGN 2  14  FIGURA 6 – NOTÍCIAS E DESIGN 3  14  FIGURA 7 – NOTÍCIAS E DESIGN 4  15  FIGURA 8 – VISUALIZAÇÃO DE RESULTADOS DA WEB PARA A PALAVRA DESIGN EM SITES BRASILEIROS  15  FIGURA 9 – DESIGNER ARQUITETO E DESIGNER ADVOGADO  16  FIGURA 10 – SITE - CRIAÇÃO DE LOGOTIPOS  17  FIGURA 11 – SITE - CRIAÇÃO DE LOGOTIPO E PAPELARIA  17  FIGURA 12 – SITE - CRIAÇÃO DE LOGOMARCAS  17  FIGURA 13 – SITE - CRIAÇÃO DE LOGOS  17  FIGURA 14 – CALÇADOS PROJETADOS POR KARIN RASHID  18  FIGURA 15 – CALÇADOS PROJETADOS PELOS IRMÃOS CAMPANA  18  FIGURA 16 – PEÇAS DE DIVULGAÇÃO QUE FALAM SOBRE DESIGN  19  FIGURA 17 – EMPREGABILIDADE NA ÁREA DO DESIGN  32 

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Lista de Quadros QUADRO 1 - CONCURSOS DE DESIGN  7  QUADRO 2 – CONCURSO PARA SELEÇÃO DE DESENHISTA INDUSTRIAL  9  QUADRO 3 – CURSOS DE DESIGN NO ESTADO DE SÃO PAULO  34  QUADRO 4 - PERFIL DOS ALUNOS DA INSTITUIÇÃO A  41  QUADRO 5 - AVALIAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN DA INSTITUIÇÃO A  43  QUADRO 6 - PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS DA GRADUAÇÃO EM DESIGN DA INSTITUIÇÃO A  45  QUADRO 7 - O QUE FALTA NA FACULDADE – INSTITUIÇÃO A  47  QUADRO 8 - PERFIL DOS ALUNOS DA INSTITUIÇÃO B  48  QUADRO 9 - AVALIAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO DA INSTITUIÇÃO B  50  QUADRO 10 - PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS DA GRADUAÇÃO EM DESIGN DA INSTITUIÇÃO B  52  QUADRO 11 - O QUE FALTA NA FACULDADE – INSTITUIÇÃO B  54  QUADRO 12 - PERFIL DOS DISCENTES DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESIGN  55  QUADRO 13 - AVALIAÇÃO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO  56  QUADRO 14 - AVALIAÇÃO DO ENSINO OFERECIDO PELO PRÓPRIO DISCENTE  58  QUADRO 15 - AVALIAÇÃO DA AULA DOS MESTRANDOS E DOUTORANDOS  60  QUADRO 16 - MEIOS PELOS QUAIS OS DISCENTES SE ATUALIZAM  63  QUADRO 17 - REGISTRO DO NÚMERO DE PROFESSORES E PERCENTUAL DE COLABORAÇÃO COM A PESQUISA  64  QUADRO 18 - PERFIL DOS PROFESSORES E EXPERIÊNCIA ACADÊMICA E PROFISSIONAL  65  QUADRO 19 - EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL  67  QUADRO 20 - PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS  69  QUADRO 21 - COMPARATIVO PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS  71 

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Lista de Gráficos GRÁFICO 1 – CONCURSOS DE DESIGN 8 GRÁFICO 2 - CONCURSOS DE DESIGN DE PRODUTO 8 GRÁFICO 3 - CONCURSOS DE DESIGN GRÁFICO 9 GRÁFICO 5 – A EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NA SELEÇÃO DE PROFESSORES 25 GRÁFICO 6 - AVALIAÇÃO FEITA POR ALUNOS DE CURSOS DE DESIGN DE BAURU 38 GRÁFICO 7 - MÉDIA DAS NOTAS ATRIBUÍDAS PELOS ALUNOS A SUA INSTITUIÇÃO 38 GRÁFICO 8 - PERCENTUAL DE ALUNOS QUE REALIZAM ESTÁGIO 39 GRÁFICO 9 - PONTOS FORTES DO ENSINO QUE FORAM ASSINALADOS POR ALUNOS DE DESIGN 39 GRÁFICO 10 - PONTOS FRACOS DO ENSINO QUE FORAM ASSINALADOS POR ALUNOS DE DESIGN 40 GRÁFICO 11 - INSTITUIÇÃO A – PERCENTUAL DE ALUNOS QUE JÁ REALIZAM ESTÁGIO 42 GRÁFICO 12 - INSTITUIÇÃO A – AVALIAÇÃO DO CURSO 44 GRÁFICO 13 - INSTITUIÇÃO A – NOTAS ATRIBUÍDAS PELOS ALUNOS 44 GRÁFICO 14 - INSTITUIÇÃO A – PONTOS FORTES APONTADOS PELOS ALUNOS 46 GRÁFICO 15 - INSTITUIÇÃO A – PONTOS FRACOS APONTADOS PELOS ALUNOS 46 GRÁFICO 16 - INSTITUIÇÃO B – PERCENTUAL DE ALUNOS QUE REALIZAM ESTÁGIO 49 GRÁFICO 17 - INSTITUIÇÃO B – AVALIAÇÃO DO CURSO 51 GRÁFICO 18 - INSTITUIÇÃO B – NOTAS ATRIBUÍDAS PELOS ALUNOS 51 GRÁFICO 19 - INSTITUIÇÃO B – PONTOS FORTES 53 GRÁFICO 20 - INSTITUIÇÃO B – PONTOS FRACOS 53 GRÁFICO 21 - FORMAÇÃO DOS DISCENTES DA PÓS-GRADUAÇÃO EM DESIGN 55 GRÁFICO 22 - AVALIAÇÃO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO FEITA PELOS ALUNOS 57 GRÁFICO 23 - ALUNOS AVALIAM ITENS DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 57 GRÁFICO 24 - PERCENTUAL DE DISCENTES QUE ATUAM COMO PROFESSOR 59 GRÁFICO 25 - COMPETÊNCIAS EXIGIDAS DO DESIGNER PELO MERCADO DE TRABALHO 61 GRÁFICO 26 - AVALIAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO REALIZADO PELOS DISCENTES 62 GRÁFICO 27 - O QUE FALTOU APRENDER NA GRADUAÇÃO 62 GRÁFICO 28 - MEIOS UTILIZADOS PARA ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL 63 GRÁFICO 29 - QUANTIDADE DE PROFESSORES E QUANTIDADE DE RESPOSTAS 64 GRÁFICO 30 - RESULTADOS EM ANOS DA ATUAÇÃO ACADÊMICA E PROFISSIONAL 65 GRÁFICO 31 - MÉDIA EM ANOS DE ATUAÇÃO NA ÁREA DE DESIGN 66 GRÁFICO 32 - NECESSIDADE DE EXPERIÊNCIA PRÁTICA PARA AS AULAS DE DESIGN 68 GRÁFICO 33 - COMPARATIVO NA AVALIAÇÃO DO CURSO REALIZADA PELOS ALUNOS 70 GRÁFICO 34 - ALUNOS ATRIBUEM NOTAS A ITENS RELACIONADOS À SUA GRADUAÇÃO 71 GRÁFICO 35 - PERCENTUAL DE GRADUANDOS QUE REALIZAM ESTÁGIO 73

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Sumário – Índice Geral

1 INTRODUÇÃO 1

1.1 Estrutura da Dissertação 2

2 OBJETIVOS 4

2.1.1 Objetivo Geral 4

2.1.2 Objetivos específicos 4

3 DESIGN HOJE 5

4 DO ENSINO AO MERCADO DE TRABALHO 23

4.1 O Ensino 23

3.2 Do Mercado ao Ensino 26

4.1.2 Mercado 26

4.1.3 Design e Mercado 28

4.1.4 Inovação 29

4.2 Relacionamento 31

5 A PESQUISA 33

5.1 Sujeitos 33

5.2 Materiais 33

5.3 Local 33

5.4 Método 35

5.4.1 Aspectos éticos 35

5.4.2 Professores 36

5.4.3 Alunos 36

5.4.4 Alunos da pós-graduação 37

5.5 Resultados 37

5.5.1 Alunos de Design 38

5.5.2 Alunos da pós-graduação em Design 55

5.5.3 Professores de Design 64

6 DISCUSSÃO 70

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 76

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 77

9 APÊNDICES 79

10 ANEXOS 89 

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1 INTRODUÇÃO

O design ganha cada vez maior destaque no cenário mercadológico atual. O número

de instituições de ensino que oferecem o curso se multiplica e o termo é utilizado para

mostrar que o produto recebeu cuidados especiais e possui maior valor.

A relação entre os atores deste cenário muitas vezes é conflituosa, pois o próprio

termo design dá abertura para isso, devido à sua definição não tão clara e ainda divulgada e

utilizada de forma distorcida. Lobach (2001) diz que, quando pronunciada a palavra “design”,

devemos ter cuidado em relação à percepção precisa de quem a ouve, pois existem cinco

diferentes interpretações: o usuário utiliza o termo com naturalidade e sem maiores

reflexões; o fabricante poderia definir o termo como algo que agrega valor estético e otimiza

valores de uso do produto, atraindo a atenção de compradores; o empresário explorador

acredita que é um recurso para aumentar as vendas, uma bela aparência que possibilita

elevar o valor do produto; já o designer poderia definir como sendo “um processo de

solução de problemas atendendo as relações do homem com seu ambiente técnico”; finaliza

citando a postura possível de um advogado dos usuários: “design é o processo de

adaptação do ambiente artificial às necessidades físicas e psíquicas dos homens na

sociedade”. Mesmo nenhuma dessas definições sendo a mais exata para se definir design,

as diferentes percepções supostas pelo autor servem de exemplo para retratar o conflito de

entendimentos.

As instituições de ensino, em se tratando de design, possuem como incumbência,

além de outras, prepararem profissionais para o mercado de trabalho, que atuem

permeando contatos com empresários, profissionais de outras áreas e o mercado

consumidor. A intenção de quem cursa o nível superior é ingressar no mercado de trabalho

e atuar em sua área de formação, designers trabalhando com design, colocando em prática

o que aprendeu. Os empresários sabem muito bem que devem atender aos anseios dos

consumidores para manter a saúde financeira e a sobrevivência da empresa, o famoso “foco

no foco do cliente”. Porém, ocorre um distanciamento entre as instituições de ensino e o

mercado empregador. A Associação de Designers de Produtos (ADP), em seu site, relata no

artigo “A Relação Designer X Empresa: É preciso conhecer o caminho das pedras” que

todos começaram a olhar o design como um atrativo para seu negócio, fazendo surgir

empresas de design nos centros industriais e uma grande projeção das mais antigas, além

de várias publicações discorrendo que o design tinha finalmente encontrado seu lugar. Tudo

isso fez com que surgissem muitos cursos de design em todo país, novos profissionais no

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

mercado e não necessariamente todos esses profissionais possuem boa formação. Diz que

faltou ao mercado brasileiro entender o que é design e aprender a usá-lo de forma eficiente.

Landim (2009) faz uma reflexão e diz que uma questão tem sistematicamente

surgido em suas indagações: “até que ponto a formação acadêmica responde aos anseios

da sociedade e do setor produtivo?”

Chega o momento em que é necessário realizar uma análise do estado atual do

design, identificar o que fez ele se tornar o que é e o que pode ou deve ser feito deste ponto

em diante e o relacionamento entre a instituição e o mercado de trabalho, até mesmo seus

papéis individuais possuem grande influência. Fica claro que o entendimento sobre o que é

design varia muito, e que o uso e determinação de seu termo estão sendo utilizados por

diferentes pessoas, em aplicações distintas e significados diferentes.

A finalidade desta pesquisa é identificar pontos de concordância e de conflito na

relação entre empresas e instituições de ensino, como uma instituição vê a outra, de que

forma colaboram entre si e demais relações dessa dinâmica.

Busca também trazer contribuição para o relacionamento das partes envolvidas,

identificando pontos nos quais o designer, tanto os já profissionais como os estudantes,

podem melhorar e também como os empresários e colegas de trabalho podem contribuir de

forma a facilitar o desenvolvimento, aproveitamento e valorização das atividades do

designer. A pesquisa foi realizada no período de setembro de 2009 a setembro de 2010.

1.1 Estrutura da Dissertação

Esta dissertação é composta por seis capítulos. A introdução ao tema tratado,

trazendo uma abordagem de tudo que será apresentado neste trabalho. Os objetivos, os

objetivos gerais, os objetivos específicos e a estrutura do trabalho estão no segundo

capítulo.

O terceiro capítulo, Design hoje, mostra como se apresenta o design nos dias

atuais, realizando uma verificação do cenário e revisão bibliográfica. Expõe onde a palavra

“design” vem sendo utilizada, aplicações corretas e errôneas, os impactos causados e

reflexos na relação ensino e mercado de trabalho.

No capítulo quarto, Do ensino ao mercado de trabalho, apresenta revisão

bibliográfica, mostrando desde o surgimento do ensino de design, como é feita atualmente a

seleção de professores e conceitos relativos ao mercado.

A Pesquisa se concentra no capítulo quinto, desde a apresentação de seus sujeitos,

materiais, local, aspectos éticos, até mesmo os resultados obtidos. Todos transformados em

tabelas, gráficos para melhor visualização e análise, e descrições de cada um deles.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

A Discussão é encontrada no capítulo subsequente, o sexto, no qual os resultados

se relacionam juntamente com a revisão bibliográfica, construindo e revelando assim

informações interessantes da relação ensino e mercado de trabalho na área do design.

O sétimo capítulo é destinado às considerações finais, observações importantes

para os atores envolvidos no processo e também recomendações.

Na sequência são apresentadas as referências bibliográficas, apêndices e

anexos.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

2 OBJETIVOS

2.1.1 Objetivo Geral

Esta pesquisa tem como objetivo realizar uma análise da dinâmica do ensino do

Design, sua eficácia e seus reflexos na relação com o mercado de trabalho.

2.1.2 Objetivos específicos

Identificar percepções dos públicos que envolvem diretamente o ensino do

Design: alunos e professores;

Verificar a satisfação dos empresários que empregam designers e suas

relações com tais profissionais;

Indicar pontos de melhoria no ensino de Design e no relacionamento com os

aspectos mercadológicos.

Trata-se de investigação direta sobre opiniões de instâncias envolvidas no processo

que engloba a passagem do aluno para o mundo profissional, da academia ao mercado de

trabalho, identificando parâmetros estatísticos e análise. O universo foi a cidade de Bauru-

SP.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

3 Design hoje

Atualmente, para a maior parte das pessoas, ainda existe a dificuldade em se definir

e até mesmo entender claramente o que é Design.

Bezerra (2008) diz que design é uma palavra usada e abusada nos dias de hoje, da

mesma forma que outras palavras como inovação, criatividade e estratégia também são. Diz

também que os termos desaparecem rapidamente e que não é importante ficar preso a

modismos.

Porém quando o uso da palavra interfere significativamente em seu entendimento,

provocando efeitos que podem ser sentidos e que são verdadeiramente reais, devemos sim

nos preocupar.

O Design está presente de manhã até a noite e, até mesmo quando as pessoas

dormem, ele está lá: na casa, no trabalho, no lazer, na educação, na saúde, no esporte, no

transporte de pessoas e bens, no ambiente público - tudo é configurado de forma

inconsciente ou consciente. Design pode ser próximo da pele (moda), bem distante (terreno

espacial) (Bürdek, 2006).

Mesmo com a onipresença do design, muito se fala sobre o significado, o

desconhecimento do termo e a aplicação indevida. Apesar de toda clareza e empenho de

diversos autores em elucidar o que é design, a área ainda passa por situações incertas em

relação à aplicação correta de seu termo e em relação à atividade exercida.

“O objetivo principal do design é o de tornar a vida das pessoas melhor, a prática do

design deve responder às necessidades técnicas, funcionais e culturais e criar soluções

inovadoras que comuniquem significado e emoção e que transcendam idealmente as suas

formas, estrutura e fabricação” conceitua Landim (2009). Porém, na prática, no dia a dia,

encontramos distorções reais deste objetivo apontado.

Aqui são apresentados problemas decorrentes da incorreta utilização do termo

design e também o baixo nível de entendimento por maior parte das pessoas, provando tais

fatos e mostrando a latente necessidade de ação imediata para que a situação se converta

na aplicação correta e precisa da expressão.

Hoje o termo design está sendo utilizado de maneira equivocada como forma de

diferenciar um produto por sua estética, para denominar cursos de softwares gráficos, além

de atividades que envolvam algum aspecto visual, como até mesmo arranjos de flores ou

cabelo.

Foi realizada busca pelo termo design em meios de comunicação como sites,

dicionários, peças impressas, revistas e livros.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Dicionários

Nos dicionários, possivelmente o primeiro local onde a maior parte das pessoas irá

buscar por informações sobre o seu significado, encontramos definições como:

No Dicionário Houaiss (acesso em 2009) – “substantivo masculino Rubrica: desenho

industrial; a concepção de um produto (máquina, utensílio, mobiliário, embalagem,

publicação etc.), esp. no que se refere à sua forma física e funcionalidade; Derivação: por

metonímia. o produto desta concepção; por extensão de sentido (da acp. 1). m.q.

desenho industrial; Derivação: por extensão de sentido. m.q. desenho-de-produto;

Derivação: por extensão de sentido. m.q. programação visual; Derivação: por extensão de

sentido. m.q. desenho ('forma do ponto de vista estético e utilitário' e 'representação de

objetos executada para fins científicos, técnicos, industriais, ornamentais')”. A definição não

está apresentada de forma totalmente esclarecedora e completa.

Já o Dicionário Michaelis (acesso em 2009) apresenta o significado de forma

sintetizada – “(dizáin) sm (ingl); Concepção de um projeto ou modelo; planejamento; O

produto deste planejamento”.

Instituto Nacional de Propriedade Industrial

O INPI - Instituto Nacional de Propriedade Industrial divulga através de seu site

www.inpi.gov.br (2009) o termo de forma incompleta, tratando o design apenas como um

conjunto de elementos estéticos. Diz que “considera-se Desenho Industrial a forma plástica

ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado

a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e

que possa servir de tipo de fabricação industrial.”

O INPI diferencia o termo Patente do termo Desenho Industrial, sendo patente um

novo produto, no sentido mais abrangente. Como dizem, são os que requerem, “na maioria

das vezes, grandes investimentos. Proteger esse produto através de uma patente significa

prevenir-se de que competidores copiem e vendam esse produto a um preço mais baixo,

uma vez que eles não foram onerados com os custos da pesquisa e desenvolvimento do

produto”. Aqui fica claro o conflito de significados, pois o Design envolve pesquisa e

desenvolvimento de produto, porém o INPI entende que, de forma resumida, Desenho

Industrial é estética. Isso é muito nocivo, visto que empresas através de seus gestores

fazem uso do site para registrar e patentear seus produtos.

Terminando o entendimento sobre patente exemplificado pelo INPI: “A proteção

conferida pela patente é, portanto, um valioso e imprescindível instrumento para que a

invenção e a criação industrializável se tornem um investimento rentável. Patente é um título

de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade, outorgados pelo

Estado aos inventores ou autores ou outras pessoas físicas ou jurídicas detentoras de

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

direitos sobre a criação. Em contrapartida, o inventor se obriga a revelar detalhadamente

todo o conteúdo técnico da matéria protegida pela patente.”

Um Instituto como esse, de grande importância para a área e com grande interação

com o setor produtivo, deveria promover a atualização do termo e utilizá-lo de forma correta.

Concursos de Design

Os concursos também apresentam falha na aplicação do termo. Para eleger o

melhor design contam com ampla divulgação, atraindo diversos concorrentes e, para ser

um, não é necessária a formação em design. Para algumas empresas que promovem tais

concursos, qualquer pessoa pode participar. Isso foi observado em 18/10/09, no site

www.designbrasil.org.br, que foi acessado para obtenção dos números de concursos com

inscrições abertas. Estavam disponíveis inscrições para oito concursos.

Quadro 1 - Concursos de Design Concurso Projetos Exigida formação

(profissionais e

estudantes)?

Design de Produto loja MICASA - Concurso

DESIGN.br

móveis sim

Design de Produto Salão Design Movelsul 2010 / 2º

Design Mercosul Móveis

móveis sim

Design Gráfico Volatmedia - Concurso Sou

Criativo

Arte digital, fotografia e vídeo não

design gráfico e

de produto

2º Prêmio Minas Design Design Aplicado ao Aço Inox

Colorido

sim

Design de Produto iF Concept Award 2010 desenho industrial; moda;

comunicação/multimídia; arquitetura

e design de interiores; design

universal

sim

Design de Produto Fapemig - Programa Estruturador

Rede de Inovação Tecnológica -

Design nas Empresas

Inovação em produto sim

Design Gráfico Companhia Athetica - Athletica Logo comemorativo 25 anos não

Design Gráfico All Star - Converse Art Collabs Estampa para tênis com o tema Pop

Art

não

Através do gráfico formado pelas informações disponíveis sobre concursos, é

possível notar que existe abertura para participação do público geral (sem formação na área

e que também não são estudantes) nos concursos de Design:

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Gráfico 1 – Concursos de Design

Trinta e oito por cento dos concursos de design dessa amostragem permitiram livre

acesso aos participantes, de certa forma permitindo com que todos se considerassem

designers e fazendo com que exista abertura para pensamentos como: o concurso de

design é aberto a todos, sem restrição. Então todos podem ser designers.

Nos concursos, cujo objetivo é elejer o melhor design de produto, é exigida formação

específica ou ao menos que o participante esteja cursando graduação em área afim. Para

os processos de escolha de Design de Produto, não é permitido o ingresso do amadorismo

em 100% dos concursos.

Gráfico 2 - Concursos de Design de Produto

O grande problema se encontra nos concursos relativos ao Design Gráfico, nos

quais existe o livre acesso para participação. Apenas 25% dos concursos desta amostra,

exigem formação profissional ou curso de graduação na área em andamento.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Gráfico 3 - Concursos de Design Gráfico

Fica evidente a desvalorização ocorrida com o designer gráfico graduado. Parte

dessa responsabilidade pode ser atribuída à popularização dos softwares gráficos, seus

cursos e à facilidade de seu manuseio. Veremos mais à frente imagens de fatores que

provocam e provam essa ação de desvalorização.

Wollner (2004), diz que a princípio todos podem ser designers e que, para isso, basta

treinamento. Relata que, quando um empresário precisa de design e não sabe exatamente o

que é isso, acaba contratando alguém com talento, um artista, que é intuitivo, porém não

está preparado para aplicar a tecnologia.

Um artista, alguém com talento, não esta preparado para muitas coisas relacionadas

a design.

Outros concursos, os de caráter empregatício, exigem graduação como prerrequisito

para contratação. Nesse exemplo, no conteúdo programado para a prova do concurso estão

diversos itens vistos em disciplinas do curso de graduação e o salário é o mesmo de outros

cargos de nível superior.

Quadro 2 – Concurso para seleção de Desenhista Industrial www.correios.com.br. Acessado em 31.01.2010

Cursos de Design

Podemos encontrar inúmeros cursos de design, que não são de fato cursos de

design. Aqui estão listados alguns que foram ou são realizados na cidade de Bauru - SP e

as imagens de seus sites. Além da internet, a divulgação de tais cursos ocorre também

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

através de panfletagem, banners e abordagens presenciais, principalmente na área central

da cidade.

O curso de softwares que permitem a construção de sites ganha o nome de Web

Designer. Conforme pode ser observado na figura abaixo, o conteúdo do curso constitui-se

apenas de softwares com suas ferramentas e comandos. A escola de computação aponta

como mercado de trabalho as agências de propaganda, produtoras web e empresas em

geral que precisam de tais profissionais. Neste mercado, o designer é o profissional indicado

para exercer tais atividades. O curso de informática que é um complemento na formação do

designer é apresentado pela escola de computação como solução completa para formação

de um profissional.

Figura 1 – Curso de web design

http://www.people.com.br/curso.asp?tipo=computacao&cod=13. Acessado em 30.01.2010

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Mais um dos vários cursos de informática oferecidos em Bauru - SP e no Brasil que

levam o termo design no nome. Neste a escola diz que habilita o aluno a criar conteúdo para

web e também materiais gráficos. O curso deveria levar o nome do software e não conter a

palavra design. O profissional que a escola prepara pode ser chamado de operador de

software e não designer.

Figura 2 – Curso de Design & Web

http://www.microlins.com.br. Acessado em 30.01.2010

Muitos alunos de tais cursos desenvolvem muito bem atividade com softwares

específicos de design, consideram-se talentosos e competentes por conseguirem fazer

trabalhos que acreditam ser similares ou superiores de quem cursa ou cursou graduação em

design. Porém existem muitos riscos ao se colocar, por exemplo, a imagem empresarial nas

mãos de operadores de softwares, pois não estão preparados para realizar eficientemente

ações institucionais e mercadológicas, desconhecendo inúmeros aspectos que devem ser

levados em conta.

Design de Sobrancelha, conforme ilustrado na figura 3 é um curso que ocorreu em

Bauru - SP no dia 22/05/2007. “Design de Sobrancelha” é um caso extremo e outro grande

exemplo de uma grave falha de emprego do termo. O curso é apostilado e quem o faz,

ganha certificado, tornando-se assim um designer de sobrancelha, o que caracteriza o

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

absurdo da utilização do “design” em uma atividade totalmente atípica e desconexa do que

realmente é design.

Figura 3 – Curso de Design de Sobrancelhas

http://www.mariaamelia.com.br. Acesso em 30.01.2010

Ocorre com muita frequência a falta de profissionalização e a livre atuação de

indivíduos que se autodenominam profissionais de design.

Muitas pessoas que realizam cursos que ensinam a operar software gráfico recebem

certificado de designer, o que não ocorre quando alguém realiza curso de software de

planilhas ou de edição de texto e não são denominadas contabilista ou jornalista. Um curso

de software gráfico leva o termo design para complementá-lo, já um software de controle e

planilhas não leva o nome de Estatística ou Ciências Contábeis.

O fato é que atualmente existem profissões que são exercidas e cujos empregadores

ou contratantes não requerem do contratado a formação universitária. Podemos citar

algumas como o próprio design, e outras como o jornalismo, administração e informática.

Para o administrador, por exemplo, também é complicado, pois todo mundo em

algum momento já administrou algo e em empresas quando pessoas são elevadas a cargos

que precisam comandar, acabam administrando de forma mais efetiva e nem sempre

possuem tal formação.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

A ADG Brasil – Associação dos Designers Gráficos (2004) diz que há alguns anos,

uma das dificuldades da profissão era explicar para a própria mãe o que exatamente o

designer fazia.

Hoje em dia não é diferente. Mesmo sendo uma profissão que passou a existir em

1919 com a Bauhaus, ainda é preciso esclarecer não só para a mãe seu significado, como

citaram os autores, mas para a maior parte das pessoas. E, atualmente, é mais difícil, pois

além de explicar, é necessário eliminar, desfazer conceitos errôneos que já estão gravados

na memória de grande parcela da população.

Notícias

Alguns complicadores que colaboram com a formação de um conceito errôneo são

pessoas se autodenominando designers pelo simples fato de saberem utilizar softwares

específicos; a palavra designer sendo utilizado na mídia como um simples apelo

mercadológico; a confusão que algumas pessoas apresentam ao tentar distinguir design de

arte ou de outras atividades e muitas outras situações. O design é diferente, não se

compara a um surto artístico. O Design é consequência, fruto de um direcionamento

apontado por diversos fatores.

Um exemplo muito próximo e de fácil acesso é o emprego do termo design em

noticiários. Foi realizada, no mais visitado site de buscas, uma procura por notícias recentes

e foram localizados alguns empregos da palavra. Tais aplicações da palavra estão à

disposição para acesso livre e sua colocação nos textos foi feita por profissionais de

comunicação.

Figura 4 – Notícias e design 1

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

www.yahoo.com.br. Acesso em 28.01.2010

A notícia comunicando que a modelo Kate Moss trabalhou o design de bolsas é um

ótimo apelo de marketing e exemplo de uso indiscriminado do termo. Não foram localizados

registros dizendo que a modelo possua formação em design.

Figura 5 – Notícias e design 2

http://diario.iol.pt/moda-e-social/kate-moss-longchamp-malas-design/1135323-4061.html - Acessado em 30.01.2010

Figura 6 – Notícias e design 3

http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL1453527-9798,00-KATE+MOSS+ASSINA+DESIGN+DE+BOLSAS+E+POSA+SENSUAL+AO+LADO+DE+SUA+CRIA

CAO.html. Acessado em 30.01.2010

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Na figura seguinte, notícia apresenta design presente em festas populares como o

carnaval. Muitas vezes são contratados designers profissionais para atuação em escolas de

samba.

Figura 7 – Notícias e design 4

http://www.sidneyrezende.com/noticia/71885+portela+aposta+num+visual+de+luxo+mas+com+um+design+diferente+para+2010. Acessado em 30.01.2010

Site de busca

Para uma precisa noção de como a utilização da palavra Design vem aumentando

com o passar dos anos, basta observar a incidência de “design” na busca por notícias do

site Google. Os resultados apresentados englobam a palavra em sites, notícias, fóruns ou

qualquer presença em site registrado no site de busca.

Figura 8 – visualização de resultados da web para a palavra design em sites brasileiros

Fonte: Google. Acesso em 16/01/10

Páginas web de designers e não designers

Outro fator que possui relevância é a não existência de regulamentação da profissão,

que de certa forma banaliza e promove o não correto entendimento e aplicação do design

em suas possíveis formas de atuação.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Os irmãos Campana estão entre os designers mais conhecidos do país, tendo seu

trabalho reconhecido tanto nacional como internacionalmente. No entanto, nenhum deles é

designer de fato: Humberto é bacharel em Direito e Fernando é bacharel em Arquitetura.

Figura 9 – Designer arquiteto e designer advogado

http://www.campanas.com.br/. Acessado em 30.01.2010

Com isso, é possível dizer que é Designer quem quer ser designer. Basta fazer algo

que se aproxime ou que tenha alguma relação com design que já é denominado como

design. Tal situação gera questionamentos como: Design é algo feito apenas por designers?

Quem determina se algo é ou não design?

Para ter a exata noção do que essa abertura proporciona, podemos encontrar

diversas pessoas oferecendo trabalhos como criação de logotipos, identidade visual, sites e

outros. O site para divulgação e solicitação dos serviços já apresenta características

amadoras e preços muito abaixo dos praticados pelos designers, como no exemplo das

figuras que seguem temos a divulgação: “seu logo por apenas R$99,00”.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Figura 10 – site - criação de logotipos http://www.logoemarca.com/. Acessado em

16/01/10

Figura 11 – site - criação de logotipo e papelaria http://www.logosecia.com.br. Acesso em 16.01.10

Figura 12 – site - criação de logomarcas

http://www.agenciadosite.com.br/logomarcas_promocao.htm. Acesso em 16/01/10

Figura 13 – site - criação de logos http://www.caion.com.br/. Acesso em 16/01/10

Para constatar que tais serviços não eram realizados por designers, foi efetivado

contato com o desenvolvedor de um dos sites e criador de logos. Ele é um adolescente com

visão empreendedora e informou que começou desde cedo a se interessar pela área e

estudava muito sozinho. Depois fez alguns cursos de softwares gráficos como Photoshop e

de programação para Web, xhtml e css, flash e outros. Disse que continua estudando.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Design como estratégia de marketing

Muitas vezes, o designer, sendo formado ou não, ganha grande fama e sua

notoriedade funciona como estratégia de marketing das empresas que o contratam para

determinado projeto de design.

Temos o exemplo da marca Melissa. Os irmãos Campana e o designer internacional

Karin Rashid possuem projetos adotados por ela e os produtos levam seus nomes e mais

alguma palavra como complemento.

Figura 14 – Calçados projetados por Karin Rashid

Figura - http://www.karimrashid.com/. Acessado em 07.01.2010

Figura 15 – Calçados projetados pelos irmãos Campana

Figura - http://www.lojamelissa.com.br. Acessado em 07.01.2010

Peças de comunicação

É possível encontrar diversos e-mails do tipo marketing viral, onde são expostas as

dificuldades dos designers. Toda comunicação gerada possui força de convencimento e

informacional, portanto, para melhor aproveitamento do canal e audiência, o ideal seria dizer

o que é designer e não o que não é. Porém definir design parece ser uma tarefa difícil até

mesmo para o próprio designer.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Figura 16 – peças de divulgação que falam sobre design

Revistas

A Revista Exame, edição de fevereiro de 2009, em sua reportagem “Todo poder ao

design” cita exemplos de grandes corporações, como a Coca-Cola e Johnson & Johnson

que têm “utilizado as possibilidades oferecidas pelo design para reforçar suas marcas e

aumentar suas vantagens competitivas em relação aos concorrentes. E, para conduzir esse

processo, têm destacado designers para assumir postos em seu primeiro escalão - como

vice-presidente ou mesmo como chief design officer, cargo que se equipara ao de executivo-

chefe das áreas de marketing, operações ou finanças. Com essa posição, eles têm poderes

para intervir em praticamente todas as áreas da companhia, das fábricas à cadeia de

suprimentos e distribuição.” Ficam claras a abrangência e a amplitude da atuação de um

designer nas corporações e o ideal aproveitamento de todas suas potencialidades

profissionais nesse ambiente.

Na Revista Época (05/12/2009) é possível encontrar informações interessantes sobre

design, pois o valorizam perante o mercado empregador: “O design thinking é uma

ferramenta que ajuda a empresa a pensar com a cabeça do consumidor. As aspirações do

cliente são, então, decifradas e traduzidas em um objeto inovador, único. É como um design

sob medida, não apenas pelo compromisso com a estética, mas, principalmente, pela

funcionalidade. (...) ajudarão os fabricantes a elaborarem uma estratégia eficaz de

produção, distribuição e venda. O resultado deve seguir três requisitos. Precisa ser

desejável, tecnicamente possível e mercadologicamente viável.”

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Livros

Forty (2007) diz que design tem dois significados na linguagem cotidiana, em um

sentido se refere à aparência das coisas, à estética do design; o segundo, e mais exato uso

da palavra design se refere à preparação de instruções para produção de bens

manufaturados. Ainda diz que a aparência das coisas é uma consequência das condições

de sua produção.

Burdek (1999), em seu livro, sugeriu que em vez de uma definição, fossem

elencados alguns problemas que o design deverá sempre atender e citou exemplos:

“visualizar progressos tecnológicos; priorizar a utilização e o fácil manejo de produtos (não

importa se hardware ou software); tornar transparente o contexto da produção, do consumo

e da reutilização; promover serviços de comunicação, mas também, quando necessário,

exercer com energia a tarefa de evitar produtos sem sentido”.

Para Kotler (2000), muito conhecido por ser um grande especialista na prática do

marketing e que já prestou consultoria a empresas de destaque, o design é a “totalidade de

características que afetam a aparência e as funções de um produto em termos das

exigências dos consumidores”.

A missão do designer “relaciona-se à concepção, à criação de conceitos que,

formalizados, possam fazer a informação circular com a maior eficácia possível, e isto sem

abrir mão do prazer estético que é próprio dos seres humanos”, conta Strunck (2007).

"Design Industrial pode ser definido como sendo um processo de adaptação dos

produtos de uso, fabricados industrialmente, às necessidades físicas e psíquicas dos

usuários ou grupos de usuários”, segundo Löbach (2001).

Apesar de toda clareza e empenho de diversos autores em elucidar o que é design, a

área ainda passa por situações incertas em relação à aplicação correta de seu termo e em

relação à atividade exercida.

Impactos

Todo designer já teve dificuldade ao tentar explicar o que faz para viver. Desenhar

marcas, desenvolver embalagens, criar cartazes e outros. O alcance do trabalho do

designer é muito amplo e, às vezes, incompreensível, expõe Hirata (2004).

Uma possibilidade é de que o termo design esteja sendo utilizado como força de

expressão, de forma a tentar valorizar o negócio, na mesma intenção em que são utilizados

os termos vip, marketing, personal, premiere, exclusive e outros.

Ideias, muitas pessoas tem. E hoje, elas estão sendo cada vez mais expostas devido

às mídias disponíveis. Todos podem ter boas ideias, e para isto, não é preciso ser designer.

Complementando com informação de Bezerra (2008) que afirma que todos somos

designers, pois todos podem produzir conceitos que levem a situações melhores.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Porém o poder de reunir diversos ingredientes e torná-los em algo palpável, que

passe a existir frente aos olhos, algo que nasce, que agora faz parte do mundo, isso sim é o

que compete ao designer.

Independente do nível de conhecimento das pessoas que interagem com

determinado objeto, se o projeto de design é bom ou ruim, quem julga não é quem estudou

muito sobre isso, mas sim quem adquire e utiliza o produto. A aprovação do trabalho do

designer fica na mão do consumidor.

Bezerra (2008) também trata da questão do termo design e deixa claro que a

capacidade de inovar, criar, resolver problemas de design é maior que uma palavra ou uma

definição. Diz também que precisamos dar menos importância às questões verbais e nos

concentrarmos nos inúmeros problemas reais que estão esperando por melhores soluções

de design.

É possível, diante dos fatos apresentados, discordar da opinião emitida por Bezerra,

pois os problemas com a palavra design vêm trazendo e amplificando problemas reais, além

de impedir com que soluções de design alcancem seus objetivos causando impactos na

sociedade.

Se design é basicamente resolver problemas, podemos perceber que o problema

que envolve seu próprio termo até hoje não foi resolvido.

Ainda em seu livro, Bezerra (2008) diz que estamos diante de um exemplo de design

quando um chimpanzé utiliza como ferramenta um galho de árvore para retirar formigas de

um buraco. Não, isto não é um exemplo de design.

Muito se discute, pouco se define. Para quem ouve e quem conhece mais, pode ter a

impressão que é uma área cheia de incertezas e terá dificuldade de confiar e entender. Por

vezes, problemas verbais causam ou são reflexo de problemas reais. Devemos sim ficar

atentos a eles.

Fica evidente que os aspectos negativos causados pela comunicação incorreta que aqui

foram apontados causam impactos não somente ao Design e seus profissionais, mas em toda

sociedade. Afinal, se um produto for mal projetado ou projetado com base no amadorismo e

falta de conhecimento quem sofrerá será o usuário, produtor, meio ambiente, enfim todos.

Muito se diz e muito se queixa sobre a não tão clara definição do termo design, o

mau uso e o desconhecimento. As pessoas, no geral, não são obrigadas a saber o que é

design, mas é obrigação de todo designer explicar a elas o que é.

A grande divergência de entendimentos e informações incorretas impregnadas ao

termo design provoca impactos de diversos níveis, até mesmo na relação entre a instituição

de ensino e o mercado de trabalho.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

A informação não é homogênea e as partes envolvidas no processo que abrange a

Instituição de Ensino e o Mercado de Trabalho podem ter percepções diferentes sobre o

significado de design e sua atuação.

Diante desse contexto do cenário atual, precisamos analisar o papel da instituição e

do mercado de trabalho e suas relações na área do design.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

4 Do ensino ao mercado de trabalho

Para um produto chegar às mãos de um consumidor e cumprir seu papel, é

necessário que este produto tenha passado por um planejamento desenvolvido por um

designer. Os designers atuam em conjunto com o setor produtivo, intermediando interesses,

analisando possibilidades, projetando, criando. Para que seja possível e executada de forma

satisfatória sua atuação, é esperado que o designer tenha uma ótima formação, somada a

outros fatores. A formação está sob responsabilidade, principalmente, das Instituições de

ensino e seus professores.

4.1 O Ensino

O surgimento do ensino sistematizado do Design veio com a Bauhaus, em 1919. Ela

criou uma consciência dentro da indústria que contribuiu de forma significativa para a

definição do papel do designer. Um design desprovido de ornamentos, sem correlação com

estilos antes executados (Azevedo, 2001).

É inegável a importância da contribuição da Bauhaus tanto para o Design como para

toda sociedade. É importante também ressaltar que pesquisas de registros históricos se

fazem necessárias para a reflexão, entendimento e transformação da realidade atual no que

tange às áreas de morada do Design.

O que foi a Bauhaus e que dela nos foi herdado não deve servir como único

parâmetro e fórmula preestabelecida, para que não haja inflexibilidade e nem deixemos de

buscar o pioneirismo em construções de modelos educacionais e profissionais. Entender a

Bauhaus é importante para que haja de certa forma uma ruptura, pois sua história é repleta

de contradições e inovações. Métodos que foram aplicados há muito tempo, no início do

século passado, e que, quando mudaram de cenários/países, já sofreram grandes

intervenções.

Tratando da relação ensino e mercado de trabalho, as divergências entre opiniões

sobre os aspectos mercadológicos que envolvem o design vêm de muito tempo atrás. Já no

curso preliminar, que foi a base para todo o desenvolvimento pedagógico da Bauhaus, era

possível encontrar alguns pontos de atrito: Itten buscava um caminho individual, ignorando o

mundo econômico, enquanto Gropius (diretor da escola) buscava o contato com a indústria.

(Wick,1989).

Moraes (1999) relata aspectos pedagógicos dos dias atuais dizendo: “seria, desta

forma, a escola limitada a um posto de informação teórica e cultural do design, uma vez que

a verdadeira integração escola-indústria não passa de um eterno projeto? Haveria uma

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

escola atuando como modelo? Ou um país de referência em ensino, com um caminho já

percorrido com sucesso?”.

O ensino do design deve ser tão ou, até mesmo, mais dinâmico quanto às mudanças

do cenário, devendo não somente acompanhar os fatos, mas sim provocá-los. ADG – Brasil

(2004) diz que “o universo profissional do designer ganhou um dinamismo que exige de

todos uma predisposição permanente à aquisição de informações e à reflexão”.

Moraes (1999) também discorre sobre o ensino do design: “qual plano de ensino

seria o mais adequado junto às escolas que ensinam hoje esse ofício, sabendo-se que tal

atividade vem recebendo influências das constantes mutações comportamentais,

tecnológicas e culturais da nossa sociedade. Podemos considerar cada projeto a ser

desenvolvido uma nova lição, na qual parte dos problemas a serem resolvidos não foi

sequer mencionada durante os anos de formação escolar”.

Outro aspecto a ser considerado diz respeito à grade curricular. Segundo Couto

(2008), a realidade fez em muitos casos, que ocorresse a multiplicação de disciplinas dos

cursos de design e que essas disciplinas consistem em maior parte das vezes em repetir

fórmulas já aplicadas e ultrapassadas.

Em consonância com esta pesquisa desenvolvida, a ADG – Brasil (2004) relata que

as escolas e os cursos especializados multiplicaram-se e que produzem centenas de

designers. Fala também que o grande desafio é enfrentar as rápidas transformações do

mercado de trabalho.

Professores

O desafio de enfrentar as rápidas transformações do mercado de trabalho que

ocorrem nos dias atuais está presente, e, uma das possíveis formas de aproximar o

mercado da instituição, é através dos professores.

Landim (2009) diz que “a maioria dos professores dos cursos de design são

profissionais com pouca ou nenhuma experiência real que, após algumas tentativas

frustradas de ganhar a vida desenvolvendo projetos, descobrem na atividade docente talvez

a sua única possibilidade de atuação no setor. Saem da Instituição por uma porta, na

qualidade de alunos recém-diplomados, e entram por outra, como professores

concursados”.

Apenas como exemplo e sem maior aprofundamento nesse campo específico, foi

verificado nos editais que estavam em vigor no momento da realização da pesquisa que os

concursos para seleção de professores atribuem maior valor às atividades acadêmicas

como pesquisador e docente, sendo um possível fator de aproximação do mercado de

trabalho para o setor produtivo. Tal edital estava disponível no site www.faac.unesp.br no

ano de 2009.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Para seleção de professor específico de disciplinas para o curso de Design, a

atribuição de pontos se mostra de outra forma, sendo mais valorizada a experiência

profissional. Os dois editais tratam das disciplinas “Projeto I, II e III”, “Oficina de Madeira” e

“Oficina de Materiais Plásticos” e o outro para emprego público de professor abrange

“Fotografia I, II e III” e “Projeto I, II e III”.

O conjunto de provas é diferente: Títulos - peso 2; Didática - peso 1; Análise de

Portifólio - peso 1, sendo que na prova de títulos também se atribui pontos para a

experiência profissional. Isso mostra a proximidade cada vez maior da academia ao setor

produtivo.

Gráfico 4 – A experiência profissional na seleção de professores

Além dos cursos de graduação, na cidade de Bauru - SP também são oferecidos os

cursos de Mestrado e Doutorado em Design. Verificando o site da instituição é possível

conhecer os objetivos de tais programas de pós-graduação:

“Destina-se à formação de docentes, pesquisadores e demais recursos humanos

especializados na área, capacitando-os a:

exercer ação didática que esteja fundamentada em conhecimentos filosóficos,

históricos, sociológicos, psicológicos, pedagógicos e tecnológicos, de maneira a desenvolver

projetos coletivos que permitam estruturar conteúdos, experiências e currículos para o

ensino do Design, gerando condições institucionais que estimulem a disseminação da

cultura científica e tecnológica nesta área do conhecimento;

vincular o Design à realidade e às necessidades da comunidade local e regional,

criando caminhos que estimulem a democratização do conhecimento científico;

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

evidenciar as relações entre o trinômio ciência/tecnologia/educação e a qualidade de

vida, bem como, possibilitar a compreensão das decisões sobre projetos e estratégias

projetuais que são práticas adotadas no cotidiano do Design.” (fonte:

www.faac.unesp.br/posgraduacao/design/objetivos.php)

Cabe a pergunta quando do momento de seleção dos futuros mestrandos e

doutorandos: É valorizada a experiência profissional? Como esse aspecto é pontuado na

seleção de futuros docentes? A experiência profissional para professores é realmente

imprescindível?

3.2 Do Mercado ao Ensino

O que move o mercado é o destinatário de todos os esforços, que podemos chamar

de cliente, consumidor, usuário ou público-alvo. As empresas, produtos e serviços só são

criados e permanecem vivos porque existem pessoas que precisam ter suas necessidades e

desejos atendidos, mesmo que algumas vezes tais necessidades e desejos foram e são

criados pelo próprio mercado.

Para melhor entendimento do mercado – e suas relações com o design - é

necessário conhecer alguns termos e conceitos sobre ele. Um dos mais propagados é o

termo marketing, que segundo Kotler (2000) é a entrega de satisfação para o cliente em

forma de benefício.

4.1.2 Mercado

As decisões de produto e comunicação, muitas vezes, são gerenciadas pela área de

marketing de uma empresa. “Marketing é a área do conhecimento que engloba todas as

atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e

necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos de empresas ou

indivíduos e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que essas

relações causam no bem-estar da sociedade.” (Las Casas, 1997)

O Marketing, assim como o Design, sofreu mudanças com o passar dos anos. São

três fases conforme LAS CASAS:

1º. Era da Produção: Antigamente, tínhamos uma demanda maior que a

oferta e consumidores ávidos por produtos e serviços. No entanto, a

produção ainda era artesanal. Na Revolução Industrial, surgiram as primeiras

indústrias organizadas aplicando a administração científica de Taylor. A

produtividade aumentou. Mas, mesmo com o empreendedorismo dos

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

empresários, a disponibilidade de recursos da época era fator determinante

na comercialização.

2º. Era de Vendas: Em 1930, com uma produção em série mais consolidada,

a oferta passou a superar a demanda e os produtos acumulavam-se em

estoques. Algumas empresas começaram a utilizar técnicas de vendas muito

mais agressivas e a ênfase na comercialização das empresas dessa época

era totalmente dirigida às vendas.

3º. Era do Marketing: Em 1950, os empresários perceberam que o mais

importante era a conquista e a manutenção de negócios a longo prazo,

mantendo a clientela. Nota-se uma valorização maior do consumidor, as

empresas estavam atentas aos desejos e às necessidades de seu público.

Estava determinado o conceito de marketing, em que o consumidor passava

a ser considerado o “rei”. E a concorrência externa que o Brasil sofreu na

década de 90 fez com que houvesse uma ênfase ainda maior na valorização

do consumidor, além do reconhecimento de outras áreas de importância

acerca do consumidor.

O termo produto (lembrando que uma das habilitações do curso de design é design

de produto) pode ser encontrado no Mix de Marketing, o qual, segundo Kotler (2000), é o

conjunto de ferramentas de marketing que a empresa utiliza para perseguir seus objetivos

de marketing no Mercado-alvo. Essas ferramentas simbolizam quatro grupos de variáveis

que influenciam as decisões comerciais, bem como os consumidores finais. As quatro

palavras-chave são produto, preço, praça (ou ponto de venda) e promoção:

Produto: variedade de produtos, qualidade, design, características, nome de

marca, embalagem, tamanhos, serviços, garantias e devoluções;

Preço: preço de lista, descontos, concessões, prazo de pagamento e

condições de financiamento;

Promoção: promoção de vendas, publicidade, força de vendas, relações

públicas e marketing direto;

Praça: canais, cobertura, variedades, locais, estoque e transporte.

Resgatando agora informações já apresentadas, muito se diz em diversos livros que

design consiste basicamente em uma atividade voltada à resolução de problemas. Porém

não são para todos os problemas que se aplicam solução de design, por exemplo, uma

estratégia de comunicação (promoção) nem sempre utiliza um cartaz ou site, podendo ser a

melhor solução para determinado momento e para atingir determinado público-alvo, a

utilização de um anúncio em rádio, o que elimina a participação do designer. É uma

realidade difícil para o designer aceitar, porém Design não é a solução para todos os

problemas.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

4.1.3 Design e Mercado

Podemos perceber que a atuação do designer abrange não somente o P que

corresponde a produto, mas sim a todo mix de marketing. O designer não pode sair da

instituição sem saber tomar uma adequada decisão de preço, pois o material escolhido e os

processos de fabricação impactarão no valor final, e sem compreender os canais de

distribuição, peso do produto, empilhamento, resistência ao ser transportado, fatores fixos e

cambiáveis, tudo influência.

Ainda segundo definições de Kotler (2000), no que diz respeito a Produto, as

atividades listadas são: desenvolver e testar novos produtos; modificar produtos atuais;

eliminar produtos que não satisfaçam consumidores; formular política de marcas; criar

garantias e pensar na forma de cumprir as garantias; planejar embalagem; incluindo formas,

cores e desenhos. Assim, é possível perceber que não é a todo o momento que as

empresas colocam novidades no mercado. Muitas vezes, trabalham a linha já existente.

Conhecendo a definição de marketing e a relacionando com o citado por Lobach

(2001), o qual diz que o fabricante poderia definir o termo design como algo que agrega

valor estético e otimiza valores de uso do produto, atraindo a atenção de compradores; que

o empresário explorador acredita que é um recurso para aumentar as vendas, uma bela

aparência que possibilita elevar o valor do produto - é possível questionar se as empresas

possuem apenas interesses nos negócios e não na qualidade de vida dos consumidores.

Não seria uma contradição conseguir vender algo que não atende às expectativas

dos consumidores? As empresas são espertas e expertas o suficiente para saber que só

atendendo às necessidades dos clientes é que conseguirão obter lucro. As empresas

pensam na sociedade para sobreviver. Por isso, elas visam sim a excelência em projetos. Aí

entram também os interesses do designer.

Phillips (2007) diz que “faz parte das atribuições do designer ter ideias e convencer

as pessoas”, mostrar as vantagens do design para a empresa, falar sobre aspectos

estratégicos do design.

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29

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

4.1.4 Inovação

Muitas vezes, a criatividade e o design estão intensamente ligados. O designer é um

profissional criativo e ele foi incentivado na instituição de ensino a ser desta forma. Para as

empresas, algo que é mais interessante que a criatividade é a inovação.

Em muitos artigos direcionados ao mundo dos negócios, a criatividade aparece como

sendo algo desassociado da inovação e mostrada como algo dispendioso, tal qual

apresentado no Portal Exame: “Eis mais uma peculiaridade dessa nova abordagem do

design: toda criatividade é muito bem-vinda, desde que ela não traga despesas em

excesso.”

Um resultado diferente, positivo ou negativo, originado de um processo amplo, é

como Felippe (2007) conceitua criatividade. Já inovação é a utilização desse pensamento

criativo para agregar valor em algo que é implementado e que gera resultados positivos para

a organização. Bezerra (2008) articula o design como processo e a inovação como o

resultado positivo desse processo.

Para atuarem, os designers, além da criatividade e serem inovadores, precisam

adotar um perfil empreendedor ou mesmo intraempreendedor, pois conforme Drucker (1987)

"a inovação é o instrumento específico dos empreendedores, o processo pelo qual eles

exploram a mudança como uma oportunidade para um negócio diferente ou um serviço

diferente".

Felippe (2007) diz que nem sempre é preciso uma ideia revolucionária ou original e

aposta também na simplicidade na resolução de problemas e na criação de produtos ou

serviços. Afirma que ideias simples podem gerar grandes resultados. Para a corrente

hierárquica da empresa valorizar a ideia, é preciso que reconheçam o problema e o

resultado que pode ser alcançado quando colocada em prática.

Quando falamos em inovação em uma empresa, temos à disposição cinco formas

para serem postas em prática:

Inovação de Produto - Quando um produto é melhorado ou criado um novo. Só é

considerado inovação quando ele é aceito pelo mercado e gera lucro para a empresa.

Inovação em Serviços – novo serviço ou aperfeiçoamento de um já existente.

Também só é considerado inovação se aceito pelo mercado e tenha proporcionado lucro.

Inovação em Processo – melhoria ou novo método de gestão ou produção.

Inovação em Marketing – o objetivo principal é aumentar as vendas. Exemplos:

nova embalagem, parcerias com outras empresas, realizar promoções.

Inovação Organizacional – novos métodos organizacionais na prática do negócio,

organização do trabalho.

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30

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

É possível perceber que a atuação do designer abrange os cinco tipos de inovação e

não somente inovação em produto e em marketing.

A Revista Brasileira de Inovação (2009) mostra entrevista com Paulo Skaf,

presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), que diz: “a

inovação está na agenda das empresas, mas o risco de inovar ainda é grande”, afirma Skaf.

“O diferencial irá se concentrar na tecnologia, na inovação, só conquistados se cumprirmos

a lição de casa e promovermos investimentos significativos em P&D. A disposição da Fiesp

é nessa direção, ou seja, articular os segmentos responsáveis e estimular a sinergia

necessária para avançarmos nesse setor importantíssimo”, acredita. “Sem a inovação não

conquistamos mercado e ficamos vulneráveis à concorrência”

Diante da importância das informações apresentadas por Paulo Skaf, segue trecho

em que mostra o baixo índice de atuação de designers:

“Nossa realidade é, de fato, preocupante. Pelos números do IBGE, a maior

parte dos produtos lançados e dos novos processos introduzidos nas linhas de

produção no Brasil é, na verdade, adaptação de experiências já feitas por outras

companhias. Em outras palavras, apenas 3,5% das empresas lançaram produtos

genuinamente novos para o mercado nacional, e só 1,8% delas passaram a

utilizar processos produtivos nunca antes testados. Uma das formas de melhorar

este cenário é investir na adequação dos programas de apoio à inovação das

empresas, reconhecendo a atualização de produtos e processos como etapa

inicial do processo de inovação”.

Em sua entrevista, Skaf até mesmo cita a importância da academia para que ocorra

a inovação, dizendo que “as pessoas nas empresas não sabem dialogar com os

pesquisadores das instituições de ensino e vice-versa”. (fonte:

http://www.finep.gov.br/imprensa/revista/edicao7)

Hitendra Patel é diretor do Center for Innovation, Excellence and Leadership, em

Cambridge (EUA), e autor do livro 101 Innovation Breakthroughs e, em reportagem da

revista Amanhã de 11 de dezembro de 2009, diz que chegou a hora de ser criado uma

certificação para o gestor de inovação.

É possível notar que as publicações atuais direcionadas a gestores de empresas,

promovem a inovação, incentivando através de relatos de casos e também fornecendo dicas

para quem deseja inovar. Porém ainda não mostram o design como uma grande força para

que isto ocorra.

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31

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

4.2 Relacionamento

Os designers precisam suprimir a ideia de que os empresários e os profissionais de

outras áreas não sabem fazer as coisas bem feitas, até mesmo design. O designer vem

para reunir todo conhecimento e informação de diferentes áreas e torná-los ingredientes de

algo que vai ser concretizado: um novo produto. O designer deve ser gestor, coordenar o

projeto, administrar banco de ideias dentro da empresa, possuir visão sistêmica, liderança e

intraempreendedorismo.

Como aqui estamos tratando da interação entre os atores do processo academia ao

mercado de trabalho, a comunicação e o conhecimento são fatores de grande importância

no relacionamento. Muitas vezes, o designer precisa vender seus serviços, suas ideias à

organização em que trabalha. Para isto, é necessário certo domínio de negociação. O

empregador se torna nesse momento o cliente interno e ele nem sempre tem pleno

conhecimento sobre design. Guy Le Boterf descreve em seu estudo os estágios de evolução

do aprendizado que são: incompetente inconsciente, que é o total desconhecimento sobre

algo, o indivíduo não sabe que não sabe; incompetente consciente, é o indivíduo quando

descobre que não sabe; competente consciente, é o que descobre o conhecimento,

começa a se aprofundar no assunto; e competente inconsciente é o estágio em que o

conhecimento é praticado automaticamente (La Rosa, 2008). É importante conhecer o

próprio estágio e o estágio do interlocutor, facilitando assim a comunicação e fornecendo

uma quantidade maior de informações para um perfeito entendimento.

Ao mesmo tempo em que existem muitas pessoas informadas, existem muitas

informações não corretas circulando livremente. Segundo Philips (2007), “faz parte das

atribuições do designer ter ideias e convencer as pessoas. E, sobretudo, mostrar as

vantagens do design para os demais dirigentes da empresa”.

Por outro lado, os designers precisam saber lidar com a situação atual de que muitas

pessoas, até mesmo os clientes/usuários, são muito bem informadas. Elas valorizam a

estética, ergonomia, sustentabilidade, meio ambiente, pós-vida do produto e diversos outros

fatores. E muitas vezes eles não sabem que tudo isso faz parte de um projeto de design. O

designer não é o único que conhece tudo de um bom projeto, de um bom produto. Isto é

fato. Entender isso é um grande passo, facilitador de relacionamento com diferentes atores

do processo.

Um bom poder de negociação e persuasão contribui significativamente para

conquista de espaço profissional. Como o design carrega consigo muitos significados

incorretos, além de ser designer, o profissional precisa ser um divulgador do assunto. Philips

(2007) posiciona-se bem em relação a este aspecto dizendo que “antes de pensar em criar

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32

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

briefings perfeitos, precisamos aprender a falar sobre os aspectos estratégicos do design,

desfazendo conceitos errôneos como o de serviços decorativos”.

Figura 17 – empregabilidade na área do design

Quais são as competências necessárias para a atividade de designer e exigidas

pelo mercado de trabalho? Qual é a relação entre os serviços prestados pelo designer e os

serviços de um designer que são requeridos pelo mercado? É necessário realizar um

apanhado geral das competências que estão em destaque atualmente. Como exemplo: será

que a habilidade em realizar desenhos, da mesma forma em que é feito na prova de

habilidades para seleção através de vestibular, utilizando lápis e papel é valorizado e

requerido pelo mercado? Verificaremos.

Do ensino ao mercado de trabalho ou do mercado de trabalho ao ensino?

Precisamos saber se o ensino fornecido pelas instituições é como um produto que foi

lançado sem se conhecer as reais necessidades do cliente ou se o ensino é

verdadeiramente direcionado as necessidades humanas e empresariais.

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33

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

5 A Pesquisa

5.1 Sujeitos

Os sujeitos desta pesquisa são os representantes de áreas envolvidas na trajetória

da formação e atuação do designer, desde a preparação do profissional até seu

desempenho no setor produtivo.

Este processo abrange os professores e alunos, no que tange à formação dos

designers na cidade de Bauru-SP, e os designers representam o setor produtivo.

Professores - Os professores correspondem a profissionais acadêmicos que atuam

em duas instituições de ensino de Bauru-SP, ministrando aulas nos cursos de Design.

Alunos - Em relação aos alunos, foi estabelecido que todos os alunos teriam

oportunidade de colaborar com a pesquisa. São alunos dos cursos de Design de duas

instituições de ensino da cidade de Bauru-SP, do primeiro ao último termo.

Alunos do curso de pós-graduação – São alunos que já possuem experiência

profissional na atuação como designer e estão iniciando suas carreiras como docentes.

5.2 Materiais

Os materiais utilizados para a realização da pesquisa foram os seguintes: papel

offset A4 para impressão de questionário; veículo para locomoção e visita às instituições de

ensino; canais de comunicação como linha telefônica e e-mail; e computador para registro e

tabulação de dados.

5.3 Local

A pesquisa foi realizada na cidade de Bauru-SP. A escolha se justifica por ser uma

das duas cidades do estado de São Paulo a abrigar mais cursos de Design (a primeira

colocada é São Paulo e foi possível realizar o ranqueamento através das informações

disponíveis no site da Rede Design Brasil, vide tabela disponibilizada nos apêndices), que

são oferecidos pelas instituições:

Instituição Estadual Paulista – Unesp;

Instituto de Ensino Superior de Bauru S.P (IESB/Preve).

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34

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Quadro 3 – Cursos de Design no estado de São Paulo Quantidade Cidade

25 São Paulo

2 Bauru

2 Osasco

1 Adamantina

1 Araçatuba

1 Birigui

1 Campinas

1 Franca

1 Guarulhos

1 Limeira

1 Lorena

1 Marília

1 Mauá

1 Mirassol

1 Mogi das Cruzes

1 Salto

1 São Bernardo do Campo

1 São Caetano do Sul

1 São José do Rio Preto

1 Sorocaba

1 Tatuí

A cidade de Bauru é caracterizada principalmente pelas atividades comerciais de

varejo, porém, também ganha destaque nas atividades industriais. Conforme dados

divulgados pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) em 15/09/2009,

das 36 Diretorias Regionais do Ciesp pesquisadas, 19 apresentaram bom desempenho no

mês e em terceiro lugar, ficou Bauru, com expansão de 1,31%, devido à geração de

empregos nos setores de vestuário (7,37%) e máquinas e equipamentos (1,85%). No ano

anterior, os dados revelaram que a diretoria regional de Bauru do Centro das Indústrias do

Estado de São Paulo (Ciesp) foi a terceira que mais gerou empregos no estado de São

Paulo e o fator responsável pelo bom desempenho é a diversificação do parque industrial.

Segundo informações da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de

Janeiro) na lista dos municípios brasileiros avaliados pelo IFDM (Índice Firjan de

Desenvolvimento Municipal) no ano de 2008, Bauru ocupou o sexto lugar no ranking das

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35

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

cidades paulistas que possuem o melhor índice de desenvolvimento municipal. Já em 2009,

Bauru alcançou a 13ª colocação, ficando na lista das 20 melhores cidades para se viver.

A revista Você S.A. também publicou em 2009, que Bauru está entre as 100

melhores cidades para trabalhar, ocupando a 64ª colocação.

5.4 Método

Todos os atores do processo foram acessados e convidados a realizar

preenchimento de questionário que foi enviado através de e-mail.

O e-mail apresentou a seguinte composição:

nome do programa de pós-graduação da Unesp;

descrição da finalidade da pesquisa;

questões que abordam o tema tratado;

agradecimentos.

Ocorreram, por necessidade de esclarecimento tratando da importância da

colaboração, contatos telefônicos e presenciais.

Primeiramente, foi realizado um estudo exploratório e descritivo, com elaboração de

questionário, sendo a maior parte das perguntas abertas.

O questionário, que aqui é o instrumento de medida, foi destinado a cada um dos

atores e visou avaliar a atuação dos outros três atores envolvidos no processo. Todo

questionário apresenta em suas primeiras questões, o objetivo de identificar o perfil do

entrevistado, tais como idade, gênero e formação, e outras específicas para cada um dos

tipos de profissionais. As questões seguintes circundam a percepção sobre a relação ensino

com o mercado de trabalho.

5.4.1 Aspectos éticos

Com relação aos aspectos éticos que devem estar presentes em toda pesquisa,

todos os participantes que colaboraram com o fornecimento de informações e percepções

através de questionários foram advertidos que suas respostas iriam compor os resultados

para posterior análise e inserção nesta dissertação cujo objetivo é avaliar a relação ensino e

mercado de trabalho na área do design. As instituições de ensino foram comunicadas e tal

procedimento foi aprovado pela secretaria responsável ou pelo coordenador do curso em

questão. Todos os que participaram, o fizeram espontaneamente e sabiam que não havia

objeto de contrapartida, sendo a participação voluntária e não remunerada. O consentimento

se concretizou através da entrega do questionário respondido, sendo pessoalmente ou

através de e-mail.

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36

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

5.4.2 Professores

No questionário formulado para obter respostas de professores, a preocupação

principal é que dissessem como preparam os alunos para atuação profissional e de que

forma procuram suprir as necessidades do setor produtivo através de suas pesquisas e

ensino em disciplinas.

As primeiras perguntas que serviram para delimitação de perfil foram: Nome da

Instituição, idade e gênero.

“Há quantos anos leciona?”, “Quantos anos já atuou profissionalmente com

atividades relacionadas ao design?” e “Cite algumas de suas produções técnicas” mostram

a experiência acadêmica e profissional do docente.

“Qual(is) disciplinas são lecionadas por você?”, “Para elas há necessidade de

experiência prática como profissional de designer? Por quê?”, “De que forma ocorre a

aproximação com o mercado de trabalho?” mostram de que forma suas disciplinas

apresentam foco no mercado de trabalho e preparam os alunos para a atuação nele.

“Pensando na formação do profissional e sua atuação em empresas: Quais são os

pontos fortes e os pontos fracos do ensino oferecido por esta instituição? Em sua opinião, o

que é preciso fazer para melhorar?” visam identificar os pontos fortes e os pontos que

podem sofrer melhorias.

5.4.3 Alunos

Aos alunos foram direcionadas as perguntas: nome da instituição, idade, gênero,

curso, habilitação, termo. O termo que está cursando indica as diferentes percepções e

perspectivas, pois estão em estágios diferentes do conhecimento e uns já se aproximam da

profissionalização.

As áreas administrativas e de coordenação dos cursos enviaram a todos os alunos o

questionário através de e-mail. Era esperado um alto índice de participação. Porém foi

baixo, havendo a necessidade de visitar as salas e aplicar o questionário no momento das

aulas.

“Já realiza estágio ou trabalha na área?” - aqui trabalhamos com a percepção e

expectativa ou já com a análise em campo de atuação. ”Pensando na relação Instituição e

Mercado de Trabalho, atribua notas de 0 a 10: Grade curricular; Conteúdo das disciplinas;

Conhecimento dos professores; Experiência prática dos professores”. Essa atribuição de

notas mostra exatamente os possíveis pontos de satisfação na relação.

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37

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

“Em sua opinião, quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino oferecido

por esta instituição?” e “Pensando em futuro profissional, o que falta na faculdade?” são

perguntas abertas que mostram direções e necessidades apontadas pelos alunos.

“Relate uma situação de conflito que existiu por seu interlocutor desconhecer o

significado de design. Como você resolveu?” mostrará as divergências ocorridas pelo não

conhecimento do termo design e a capacidade do entrevistado de explicar o que é.

5.4.4 Alunos da pós-graduação

Os alunos da pós-graduação atuantes contribuíram no sentido de já relatar como

funcionou, em seu ambiente de trabalho e atividades, o ensino que receberam e, de certa

forma, já confirmando a eficácia deste para aplicação prática. Em relação à empresa,

responderam ”Quais são as competências exigidas pelo mercado de trabalho?” e “O que é

aprendido na instituição e não é utilizado?”.

Em relação à instituição, revelaram sua percepção sobre os seguintes aspectos:

“Seus professores transmitiram experiência profissional? O que faltou aprender? Quais são

os pontos fortes e os pontos fracos do ensino oferecido pela instituição? O que é preciso

fazer para melhorar?”

O aprendizado é um processo contínuo e, para identificar como é feita a manutenção

dele, foi feita a pergunta: “Como você se atualiza? Sites. Revistas. Cursos. Outros. Quais?”

“Relate uma situação de conflito que existiu por seu interlocutor desconhecer o

significado de design. Como você resolveu?” mostrará as divergências ocorridas pelo não

conhecimento do termo design e a capacidade do entrevistado de explicar o que é.

5.5 Resultados

Aqui neste subitem os resultados serão apresentados e no capítulo seguinte ocorrerá

a discussão sobre eles e de outros aspectos envolvidos.

Os primeiros questionários enviados foram através de e-mail. A seção de Graduação

da Unesp e a Coordenação do curso do Iesb enviaram para seus alunos e professores.

Foi estabelecido o prazo de uma semana para envio das respostas, porém o

resultado de retorno não foi satisfatório. No total, foram enviadas respostas somente de seis

questionários, sendo quatro de professores e dois de alunos.

Considerando a grande quantidade de e-mails recebidos nos dias atuais, podendo

haver descarte de diversos deles e também o acúmulo de atividades existentes no final de

todo ano letivo (época em que os questionários foram enviados), as pessoas têm pouco

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38

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

tempo disponível para atividades extras. Então foi tomada a decisão de aplicar o

questionário novamente, em forma física, sendo impresso e distribuído nas salas de aula.

Oitenta questionários foram respondidos, sendo quarenta alunos de cada instituição.

Tal quantidade proporcionou dados suficientes para realização de análise e interpretação.

5.5.1 Alunos de Design

Gráfico 5 - Avaliação feita por alunos de cursos de Design de Bauru

Dentre a amostra de 80 alunos de Design de duas instituições de ensino, 59%

consideraram bom o ensino; 28% dos alunos entendem como regular; 12% cedem o critério

máximo de qualidade, declarando que o ensino é ótimo; apenas um valor próximo de 1%

avaliou como sendo péssimo; nenhum dos estudantes considerou o ensino ruim.

Gráfico 6 - Média das notas atribuídas pelos alunos a sua instituição

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39

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

O item que tem a melhor nota atribuída pelos alunos é o conhecimento dos

professores. Este critério recebeu a nota média de 8,3; a experiência prática é a segunda

opção mais bem avaliada, com nota de 8,1; a grade curricular com nota de 7,9 ocupa a

terceira posição na classificação de melhores notas; com 7,5 de nota ficou o item conteúdo

das disciplinas.

Gráfico 7 - Percentual de alunos que realizam estágio

A maior parte dos alunos não realiza estágio. Foi o que apontou a pesquisa, com

66% dos alunos dizendo que ainda não tiveram contato de forma atuante com o mercado de

trabalho; 34% dos estudantes estão estagiando.

Gráfico 8 - Pontos fortes do ensino que foram assinalados por alunos de design

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

A maior incidência de relato espontâneo sobre qual era o ponto forte indicou com

52% que são os professores; as disciplinas e conteúdo foram o segundo ponto forte mais

assinalado; o curso possuir 2 habilitações (somente ocorre na Instituição B).

Gráfico 9 - Pontos fracos do ensino que foram assinalados por alunos de design

O ponto fraco mais citado pelos alunos foi relacionado a softwares (42%); os

professores também ficaram na lista dos pontos fracos, sendo relatado por 26% dos alunos;

a estrutura ficou com 25% de apontamentos.

Agora estão tratados separadamente os resultados apresentados pelos questionários

respondidos pelos alunos do curso de design da Instituição A.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

5.5.1.1 Alunos de Design da Instituição A

Os alunos de Design da Instituição A informaram nas primeiras questões dados para

identificação do perfil dos graduandos. As informações foram idade, gênero, habilitação,

termo e se realizam estágio.

Quadro 4 - Perfil dos alunos da Instituição A ALUNO  IDADE  GÊNERO  HABILITAÇÃO  TERMO  REALIZA ESTÁGIO 

1  27 F  PRODUTO  10  NÃO 

2  19 M  ‐  4  NÃO 

3  19  M  GRÁFICO  4  NÃO 

4  19  F  GRÁFICO  4  NÃO 

5  22  M  GRÁFICO  4  NÃO 

6  21  M  GRÁFICO  4  NÃO 

7  19  F  GRÁFICO  4  SIM 

8  22  M  GRÁFICO  4  SIM 

9  26  M  GRÁFICO  4  NÃO 

10  22  F  GRÁFICO  4  SIM 

11  19  M  GRÁFICO  4  NÃO 

12  19  F  GRÁFICO  4  NÃO 

13  20  M  GRÁFICO  4  NÃO 

14  20  F  GRÁFICO  4  SIM 

15  19  F  GRÁFICO  4  NÃO 

16  19  M  ‐  4  NÃO 

17  20  M  PRODUTO  6  NÃO 

18  23  M  PRODUTO  6  NÃO 

19  20  M  PRODUTO  6  NÃO 

20  21  M  PRODUTO  6  SIM 

21  22  F  PRODUTO  6  NÃO 

22  20  M  ‐  2  SIM 

23  18  M  ‐  2  NÃO 

24  23  M  GRÁFICO  2  NÃO 

25  20  F  ‐  2  NÃO 

26  23  M  PRODUTO  2  NÃO 

27  19  M  PRODUTO  2  NÃO 

28  19  F  ‐  2  NÃO 

29  20  F  GRÁFICO  2  NÃO 

30  19  F  ‐  ‐  SIM 

31  20  F  ‐  2  NÃO 

32  20  M  ‐  2  SIM 

33  19  F  ‐  2  NÃO 

34  22  M  ‐  2  NÃO 

35  ‐  ‐  ‐  ‐  NÃO 

36  20  F  PRODUTO  6  SIM 

37  21  F  PRODUTO  6  SIM 

38  30  M  GRÁFICO  8  NÃO 

39  20  F  PRODUTO  6  SIM 

40  25  M  PRODUTO  2  NÃO 

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42

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Gráfico 10 - Instituição A – Percentual de alunos que já realizam estágio

Realizam estágio 27% dos alunos que responderam ao questionário; 73% dos

estudantes até o momento não tiveram contato com o mercado de trabalho.

Os graduandos tiveram cinco critérios de níveis de qualidade para estabelecer ao

ensino de design oferecido por sua instituição. Foram eles: ótimo, bom, regular, ruim e

péssimo. Essa avaliação foi global, abrangendo diversos aspectos. Porém também

atribuíram notas de 0 a 10, isoladamente, para quatro itens: “grade curricular”, “conteúdo

das disciplinas”, “conhecimento dos professores” e “experiência prática dos professores”.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Quadro 5 - Avaliação do curso de graduação em Design da Instituição A ATRIBUA NOTA DE 0 A10 ALUNOS  PENSANDO NA 

ATUAÇÃO COMO DESIGNER, O ENSINO É:  GRADE  CONTEÚDO DAS 

DISCIPLINAS CONHECIMENTO DOS PROFESSORES 

EXPERIÊNCIA PRÁTICA DOS PROFESSORES 

1  BOM  8  7  9  10 

2  PÉSSIMO  3  2  5  3 

3  REGULAR  8  8  10  10 

4  REGULAR  6  6  8  7 

5  BOM  8  7  9  8 

6  BOM  10  8  9  8 

7  BOM  9  8  10  8 

8  REGULAR  7  5  5  6 

9  BOM  9  8  8  8 

10  BOM  8  8  6  5 

11  BOM  7  8  5  5 

12  REGULAR  9  8  8  9 

13  REGULAR  8  7  9  10 

14  BOM  8  7  7  7 

15  BOM  8  7  8  8 

16  ÓTIMO  8  10  10  9 

17  REGULAR  6  7  9  9 

18  REGULAR  7  6  8  8 

19  BOM  7  6  9  8 

20  BOM  8  7  9  8 

21  BOM  8  8  8  7 

22  BOM  8  8  8  5 

23  BOM  9  9  10  10 

24  BOM  8  7  7  6 

25  BOM  7  7  7  8 

26  BOM  8  8  7  7 

27  BOM  7  8  9  8 

28  BOM  8  5  10  9 

29  REGULAR  5  3  10  10 

30  REGULAR  ‐  ‐  ‐  ‐ 

31  ÓTIMO  10  9  9  10 

32  REGULAR  7  7  5  8 

33  REGULAR  7  7  10  10 

34  BOM  9  6  7  8 

35  REGULAR  7  6  8  8 

36  REGULAR  7  8  7  5 

37  REGULAR  6  4  5  6 

38  REGULAR  7  4  6  5 

39  REGULAR  5  2  10  9 

40  BOM  8  7  9  9 

MÉDIA    7,5  6,7  8,0  7,7 

Foi solicitado que os alunos avaliassem o ensino recebido considerando aspectos

relativos à sua futura atuação como profissional de design. A pergunta feita foi: “Pensando

em sua futura atuação como designer, como você classifica o ensino que recebe em seu

curso de graduação?”.

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44

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Gráfico 11 - Instituição A – Avaliação do curso

Avaliaram o curso como “bom”, 52% dos alunos entrevistados; 40% consideram

“regular”; 5% relatam que o curso é “ótimo” e uma pequena parcela, correspondente a 3%,

diz que o curso é “péssimo”; nenhum dos alunos apontou como ruim o ensino oferecido.

Gráfico 12 - Instituição A – Notas atribuídas pelos alunos

O conhecimento dos professores ganhou destaque nas notas atribuídas pelos alunos

com a pontuação de 8 em uma escala de 0 a 10; a “experiência prática dos professores” foi

avaliada com nota de 7,7; a média da “grade curricular” foi de 7,5; o “conteúdo das

disciplinas” recebeu 6,7 na avaliação dos alunos.

Page 54: O ensino e o mercado de trabalho na área de design · figura 3 – curso de design de sobrancelhas 12 ...

45

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Quadro 6 - Pontos Fortes e Pontos Fracos da graduação em Design da Instituição A ALUNO  PONTOS FORTES  PONTOS FRACOS 

1  OS PONTOS FORTES SÃO O DIÁLOGO E DEBATE CONSTANTE COMO FORMA DE CRIAR A CONSCIÊNCIA CRÍTICA DENTRO DA PROFISSÃO, E DO QUE SE BUSCA COMO QUALIDADE 

PROFISSIONAL, 

E O PONTO FRACO É A FALTA DE SUBSÍDIOS POR  PARTE DA INSTITUIÇÃO EM OFERECER CURSOS EXTRA‐CURRICULARES DE SOFTWARES ESPECÍFICOS, QUE SÃO MUITO COBRADOS NO 

MERCADO DE TRABALHO. 

2  O CURSO É TÃO COXA QUE A GNT TEM QUE SE VIRAR PORÁ APRENDER TUDO SOZINHO, O QUE ACABA SENDO MELHOR DO QUE RECEBHER TUDO PASSIVAMENTE. 

FAZER QUASE TUDO POR CONTA PRÓPRIA RESULTA EM TRABALHOS SEM ORIENTAÇÃO, UM TRABALHO MAL DIRECIONADO, SEM BASE TEÓRICA CONSISTENTE. PROFESSORES. 

3  PROFESSORES  INFRA ESTRUTURA 

4  PROFESSORES  INFRA ESTRUTURA 

5  PROFESSORES / PESQUISA  INFRA ESTRUTURA / ALGUNS PROFESSORES QUE NÃO FOCAM A HABILITAÇÃO/ AULAS VAGAS 

6  PROFESSORES  PROFESSORES 

7  PROFESSORES / PESQUISA / PALESTRAS / EVENTOS  PROFESSORES ‐ QUE ACABAM ADOTANDO O MÉTODO DE AULAS DE UMA PÓS GRADUAÇÃO E NÃO DE GRADUAÇÃO 

8  PESQUISA / PROJETOS ACADÊMICOS / PROFESSORES  INFRA ESTRUTURA / GRADE CURRICULAR DIVIDIDA ENTRE PRODUTO E GRÁFICO / PROFESSORES 

9  PROFESSORES  PROFESSORES 

10  INCENTIVO A PESQUISA / TRABALHOS PRÁTICOS E APLICADOS  INFRA ESTRUTURA / LABORATÓRIOS / FALTA DE DIDÁTICA DOS PROFESSORES 

11  ENSINO TEÓRICO  NÃO ABORDAGEM DO TERMO DESIGN / PREPARAÇÃO PARA MUDANÇAS. PROFESSORES. 

12  PROFESSORES INDUZEM A PROCURA DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS  PROFESSORES SEM EXPERIÊNCIA EM DETERMINADAS DISCIPLINAS 

13  DIVERSIDADE DE MATÉRIAS OFERECIDAS  PROFESSORES COM FALTA DE COMPROMETIMENTO / FALTA DE DEMONSTRAÇÃO DO DESIGN ATUAL 

14  PROFESSORES / PESQUISA  PROFESSORES / INFRA ESTRUTURA 

15  PROFESSORES  DIDÁTICA. PROFESSORES. 

16  O ALTO NÍVEL DOS INGRESSANTES / A INTERAÇÃO ENTRE VETERANOS / PROFESSORES  FALTA DE RECURSOS TÉCNICOS E INTELECTUAIS / POUCA VERBA PARA PESQUISA 

17  PROFESSORES  INFRA ESTRUTURA / PROFESSORES 

18  PROFESSORES  PROFESSORES / ESTRUTURA FÍSICA 

19  ‐  ‐ 

20  VIVÊNCIAS / PRÁTICAS / TROCA DE CONHECIMENTO  FALTA EQUIPAMENTO / SOFTWARES 

21  PROFESSORES  PROFESSORES / NÃO PREPARADOS PARA MATÉRIAS ESPECÍFICAS, ALGUNS PROFESSORES NÃO TÃO DIDÁTICOS (MAIS PESQUISADORES) 

22  O ENSINO ‐ PENSAR O "DESIGN"  ESTRUTURA / PROFESSORES COM FALTA DE PRÁTICA 

23  PROFESSORES QUALIFICADOS  INFRA ESTRUTURA / COMPUTADORES E SOFTWARES 

24  PROFESSORES  PROFESSORES 

25  PROFESSORES  ESTRUTURA / PROFESSORES SUBSTITUTOS SEM CONHECIMENTO DIDÁTICO 

26  PROFESSORES  RECURSOS COMPUTACIONAIS 

27  PROFESSORES  FALTA DE UNIFICAÇÃO ENTRE AS MATÉRIAS 

28  PESQUISA  MATÉRIAS MAIS ESPECÍFICAS / EXERCÍCIOS COMPUTACIONAIS 

29  ‐  PROFESSORES EXIGEM DO ALUNO CONHECIMENTO DE RECURSOS COMPUTACIONAIS, SENDO QUE ISSO NÃO FOI PASSADO NA FACULDADE. PROFESSORES INDICAM QUE OS ALUNOS 

PROCUREM SOFTWARE GRÁFICO FORA DA FACULDADE. 

30  GRADE CURRICULAR E PROFESSORES  PROFESSORES 

31  PROFESSORES  ESTRUTURA / FALTA DE MATERIAIS 

32  PROFESSORES / OFICINA BEM EQUIPADA  PROFESSORES 

33  TEORIA  PRÁTICA 

34  PROFESSORES / DIVERSIDADE DE ENSINO  FALTA DE TECNOLOGIA E PROGRAMAÇÃO 

35  PROFESSORES  PROFESSORES / ESTRUTURA FÍSICA 

36  VALORIZAÇÃO DOS ALUNOS / OFICINAS PRATICAS  INFRA ESTRUTURA / COMPUTADORES E SOFTWARES / EQUIPAMENTOS FOTO / PROFESSORES SUBSTITUTOS SEM CONHECIMENTO / COMODISMO DE ALGUNS PROFESSORES 

37  POTENCIAL DOS ALUNOS / PESSOAS COM BOAS IDÉIAS  PROFESSORES COM FALTA DE INTERESSE EM PASSAR ATIVIDADES ESTIMULANTES 

38  PROFESSORES / REFORMULAÇÃO DO CURRÍCULO / TROCA DE CONHECIMENTO ENTRE OS ALUNOS 

DISTÂNCIA ENTRE AS DISCIPLINAS E A REALIDADE DO MERCADO / PROFESSORES SUBSTITUTOS SEM CONHECIMENTO OU SEM DIDÁTICA / FALTA DE RECURSOS TECNOLÓGICOS 

39  ALUNOS QUE CORREM ATRÁS DAS COISAS  ESTRUTURA / LABORATÓRIOS (VIDRO, CERÂMICA) / DESORGANIZAÇÃO DO DEPARTAMENTO QUANTO AS NOVAS GRADES CURRICULARES / CONTRATAÇÃO DE PROFESSORES SUBSTITUTOS / FALTA DE DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS NA FACULDADE / ACERVO PEQUENO 

NA BIBLIOTECA 

40  PROFESSORES  / LABORATÓRIOS  GRADE PODERIA SER MAIS AMPLA 

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46

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Pensando no relacionamento do ensino oferecido pela instituição com o mercado de

trabalho, os alunos expuseram os pontos fortes e fracos que impactam diretamente nesta

situação.

Gráfico 13 - Instituição A – Pontos Fortes apontados pelos alunos

O ponto forte mais citado pelos alunos são seus professores, sendo que 62,5% dos

alunos mencionaram espontaneamente este item; 25% dos alunos consideram também um

ponto forte do ensino as disciplinas e conteúdo; 15% também elegem a pesquisa e os

próprios alunos como aspectos positivos do curso; 7,5% apontam os laboratórios para

compor a lista de pontos fortes do ensino.

Gráfico 14 - Instituição A – Pontos fracos apontados pelos alunos

Page 56: O ensino e o mercado de trabalho na área de design · figura 3 – curso de design de sobrancelhas 12 ...

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

62,5% dos alunos entrevistados também apontaram os professores como ponto

fraco; a estrutura foi considerada ponto fraco por 25% dos alunos; 15% dizem que

“software” também é algo a ser melhorado na instituição.

Quadro 7 - O que falta na faculdade – Instituição A ALUNO  O QUE FALTA NA FACULDADE? 

1  O SUBSÍDIO DE CURSOS EXTRA‐CURRICULARES (EM FORMA DE DESCONTO OU CONVÊNIO COM ESCOLAS) COMO COMPLEMENTAÇÃO DA FORMAÇÃO. 

2  VISAO DE PRESENTE. VISAO DE FUTURO. AULAS DE INTRODUCAO AO DESIGN.O PROFESSOR FOI AFASTADO . 

3  INFRA ESTRUTURA / LABORATÓRIOS / SALAS DE AULA / GRADE CURRICULAR MAIS AMPLA 

4  INFRA ESTRUTURA 

5  INFRA ESTRUTURA / LABORATÓRIOS / MATERIAL PARA TRABALHAR A TEORIA 

6  MAIS APLICAÇÃO PRÁTICA 

7  MAIOR INTERAÇÃO ENTRE O CONTEÚDO DAS AULAS E O MERCADO DE TRABALHO 

8  PREPARAÇÃO DO ALUNO PARA O MERCADO 

9  AULAS MAIS PRÁTICAS / OFICINAS PARA O DESIGN GRÁFICO 

10  LABORATÓRIOS / MAIOR CONTATO COM O MERCADO DE TRABALHO 

11  PREPARAÇÃO O FUTURO E PARA AS MUDANÇAS 

12  ENFASE EM SOFTWARES 

13   

14  INFRA ESTRUTURA COMPUTADORES 

15  PROFESSORES MAIS INTERESSADOS NO APRENDIZADO / EQUIPAMENTOS MELHORES / SOFTWARES 

16  NÃO FALTA NADA ATÉ O MOMENTO 

17  INFRA ESTRUTURA / SOFTWARE E AULAS DE SOFTWARES / INCENTIVO ADEQUADO E APROPRIADO PARA CONCURSOS DE DESIGN 

18  VISÃO MAIS PRÁTICA, SAINDO DO ESPAÇO "SALA DE AULA" 

19  ‐ 

20  INFRA ESTRUTURA/ EQUIPAMENTO NOS LABORATÓRIOS 

21  ESTRUTURA / PROFESSORES 

22  ‐ 

23  TECNOLOGIA 

24  ALGUMAS AULAS PRECISAM SER MELHOR 

25  ESTRUTURA / FALTA DE APOIO PARA ESTÁGIO 

26  SOFTWARES 

27  AULAS DE TÉCNICAS DE SOFTWARES 

28  ESTRUTURA / CONTEÚDO MAIS OBJETIVO / PROFESSORES E MATÉRIAS QUE MOSTREM AS VÁRIAS OPÇÕES QUE UM DESIGNER PODE FAZER 

29  PROFESSORES DEVIAM ENSINAR O CONTEÚDO DE SOFTWARE GRÁFICO JÁ QUE EXIGEM. OU ENTÃO AVISAR QUE SERIA EXIGIDO TAL CONHECIMENTO (PRÉ REQUISITO PARA INGRESSAR NO CURSO). 

30  AULAS DE SEMIÓTICA DECENTE 

31  MAIOR OPORTUNIDADE DE ESTÁGIOS 

32  MELHOR ORGANIZAÇÃO POR PARTE DE ALGUNS PROFESSORES 

33  MAIOR AUXÍLIO EM BASE PRÁTICA COMO COMPUTAÇÃO E CONHECIMENTO DE MERCADO DE TRABALHO 

34  ESTRUTURA QUE AS PARTICULARES TEM 

35  ACHO QUE POR OS PROFESSORES NÃO CORREREM O RISCO DE SEREM DEMITIDOS, "CARGO ETERNO", ALGUNS DELES DÃO AULA QUE NEM O NARIZ DELES. 

36  MATÉRIAS MAIS ESPECÍFICAS / POSSIBILIDADE DE MONTAR O PRÓPRIO CURRÍCULO / ENSINO DE SOFTWARE / INTERAÇÃO COM OUTROS CURSOS / LIVROS E BIBLIOGRAFIA ATUALIZADOS 

37  AULAS DIRECIONADAS A DEMANDA DE MERCADO / ATUALIZAÇÃO EM RELAÇÃO AO QUE AS EMPRESAS PRECISAM / SOFTWARES / "COMO GANHAR DINHEIRO COM BOAS IDÉIAS 

38  LABORATÓRIOS / BUREAU DE SERVIÇOS / RECURSOS AUDIO VISUAIS / EXPERIMENTAÇÕES / PROJETOS SOCIAIS, CONTRIBUINDO PARA SOCIEDADE LOCAL 

39  MAIOR INTERAÇÃO ENTRE OS CURSOS 

40  NADA 

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48

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

A tabela localizada na página anterior apresenta a visão dos alunos sobre o que

entendem que falta na instituição, apontando lacunas e pensando em seu futuro profissional

e relacionamento com o mercado de trabalho.

5.5.1.2 Alunos de Design da Instituição B

O questionário respondido por 40 alunos da Instituição B gerou os seguintes

resultados, sendo que os primeiros compreendem o perfil do aluno entrevistado,

identificando idade, gênero, habilitação do curso, termo e se realiza estágio.

Quadro 8 - Perfil dos alunos da Instituição B ALUNO  IDADE  GÊNERO  HABILITAÇÃO  TERMO  REALIZA ESTÁGIO 

1  21 F  ‐  2  NÃO 2  18 F  ‐  2  NÃO 3  18  F  ‐  2  NÃO 4  18  F  ‐  2  NÃO 5  23  M  ‐  2  NÃO 6  20  M  ‐  2  NÃO 7  18  M  ‐  2  NÃO 8  29  F  ‐  2  SIM 9  19  M  ‐  4  NÃO 10  23  M  ‐  2  SIM 11  21  M  ‐  2  NÃO 12  19  M  ‐  2  NÃO 13  18  M  ‐  2  NÃO 14  20  F  ‐  2  NÃO 15  23  M  ‐  2  NÃO 16  18  M  ‐  2  NÃO 17  25  M  ‐  2  NÃO 18  24  F  ‐  6  NÃO 19  40  M  ‐  6  SIM 20  21  F  ‐  6  NÃO 21  20  M  ‐  6  NÃO 22  22  M  ‐  8  SIM 23  21  F  ‐  6  SIM 24  21  F  ‐  6  NÃO 25  20  M  ‐  6  SIM 26  20  M  ‐  6  SIM 27  21  F  ‐  6  SIM 28  22  F  ‐  6  NÃO 29  19  M  ‐  6  SIM 30  25  M  ‐  6  SIM 31  19  F  ‐  6  SIM 32  27  M  ‐  6  SIM 33  30  M  ‐  6  NÃO 34  26  F  ‐  6  NÃO 35  20  F  ‐  6  SIM 36  23  F  ‐  6  SIM 37  21  M  ‐  6  NÃO 38  22  F  ‐  6  SIM 39  21  F  ‐  6  SIM 40  24  M  ‐  1  SIM 

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49

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Os dados informados e dispostos em tabelas geraram gráficos que permitem a

observação de predominâncias e exceções. A instituição B não trabalha com habilitações

distintas, sendo tratado o Design no geral, em diferentes atuações.

Gráfico 15 - Instituição B – Percentual de alunos que realizam estágio

Em relação ao percentual de alunos que realizam estágio, temos 41% dos

entrevistados que já estão inseridos no mercado de trabalho; 59% dos estudantes até o

momento não tiveram atuação no ambiente profissional.

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50

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Quadro 9 - Avaliação do curso de graduação da Instituição B ATRIBUA NOTA DE 0 A10 ALUNO  PENSANDO NA 

ATUAÇÃO COMO DESIGNER, O ENSINO É:  GRADE  CONTEÚDO DAS 

DISCIPLINAS CONHECIMENTO DOS PROFESSORES 

EXPERIÊNCIA PRÁTICA DOS PROFESSORES 

1  REGULAR  8  8  8  8 

2  ÓTIMO  8  8  9  9 

3  BOM  9  9  9  9 

4  BOM  7  9  10  8 

5  BOM  10  10  10  10 

6  BOM  9  9  9  9 

7  BOM  8  9  10  9 

8  REGULAR  7  8  8  9 

9  BOM  8  9  10  9 

10  BOM  8  8  8  8 

11  ÓTIMO  7  7  9  9 

12  BOM  8  8  8  8 

13  ÓTIMO  10  10  10  10 

14  ÓTIMO  10  8  9  9 

15  BOM  8  9  10  10 

16  BOM  8  8  9  9 

17  BOM  8  8  7  6 

18  BOM  9  8  10  9 

19  ÓTIMO  9  9  10  10 

20  BOM  9  9  10  9 

21  BOM  9  8  8  8 

22  BOM  7  7  9  8 

23  ÓTIMO  9  9  8  8 

24  BOM  8  8  8  8 

25  BOM  9  9  8  8 

26  BOM  9  9  8  9 

27  BOM  10  8  9  8 

28  ÓTIMO  8  10  10  10 

29  BOM  7  7  8  8 

30  BOM  8  9  10  8 

31  BOM  9  10  10  8 

32  REGULAR  6  6  6  6 

33  BOM  8  8  7  5 

34  REGULAR  7  7  7  6 

35  REGULAR  9  8  8  7 

36  REGULAR  7  7  6  7 

37  BOM  7  7  8  9 

38  BOM  9  8  8  10 

39  BOM  8  8  8  10 

40  ÓTIMO  9  10  8  10 

MÉDIA    8,3  8,4  8,6  8,5 

Os alunos do curso de Design da Instituição B atribuíram conceitos de “ótimo” a

“péssimo” ao ensino oferecido pela instituição. Deram notas de zero a dez a tópicos

específicos que constituem o ensino de design, o que permitiu a obtenção da média de cada

um desses itens.

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51

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Gráfico 16 - Instituição B – Avaliação do curso

A maior parte dos estudantes, 65% deles, avalia como “bom” o curso de design

oferecido pela Instituição B; 20% dos alunos entrevistados consideram “ótimo”; avaliam

como “regular” o curso, 15% dos alunos.

Gráfico 17 - Instituição B – Notas atribuídas pelos alunos

A maior nota atribuída aos alunos foi ao conhecimento dos professores. A nota foi de

8,6 em uma escala de 0 a 10; a experiência prática dos professores recebeu a segunda

maior média, com 8,4, na avaliação dos estudantes; a grade curricular e o conteúdo das

disciplinas ficaram com a média de 8,3 cada um dos itens.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Quadro 10 - Pontos Fortes e Pontos Fracos da graduação em Design da Instituição B ALUNO PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

1 - FALTA DE INCENTIVO DOS PROFESSORES AOS ALUNOS

2 PROFESSORES / CONTEÚDO COMPUTADORES VELHOS / SALA DE DESENHO SEM AR CONDICIONADO

3 PROFESSORES INFRA ESTRUTURA ÀS DISCIPLINAS PRÁTICAS DO CURSO

4 MUITOS TRABALHOS E MATÉRIAS COMPUTADORES PÉSSIMOS / TRABALHOS SEM MUITA EXPLICAÇÃO

5 PROFESSORES E FORMA QUE LECIONAM AS AULAS FALTA DE INTERESSE DOS ALUNOS

6 PROFESSORES INFRA ESTRUTURA ÀS DISCIPLINAS PRÁTICAS DO CURSO

7 PROFESSORES FALTA DE ESTRUTURA / COMPUTADORES

8 PONTO FORTE É QUE AQUI PODEMOS ATUAR EM QUALQUER ÁREA, PV OU PP

ESTRUTURA / COMPUTADORES

9 PROFESSORES / ENSINO DE QUALIDADE ESTRUTRA / MATERIAIS / COMPUTADORES

10 PROFESSORES COMPUTADORES

11 PROFESSORES / RECURSOS SALA SEM CLIMATIZAÇÃO / COMPUTADORES PRECÁRIOS

12 PROFESSORES LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA / INSTALAÇÕES DISTANTES

13 PROFESSORES / METODOLOGIA DE ENSINO / GRADE CURRICULAR ESTRUTURA / LABORATÓRIOS / OFICINAS / SALA DE AULA

14 CONTEÚDO / MATERIAIS MAIS PRÁTICAS EM PROGRAMAS DE DESIGN

15 PROFESSORES POUCAS AULAS PRÁTICAS / POUCO APROFUNDAMENTO EM QUESTÃO AOS SOFTWARES

16 PROFESSORES DEVERIA SER MAIS PUXADO / MOSTRAR MAIS LIÇÕES IMPORTANTES DA ATUALIDADE

17 AULAS PRÁTICAS AINDA FALTA INFRA ESTRUTURA EM ALGUNS PONTOS

18 APRENDEMOS TANTO PROGRAMAÇÃO VISUAL COMO PROJETO DE PRODUTO

O CURSO NÃO É UM DOS MAIS VALORIZADOS NA INSTITUIÇÃO. PERCEBE-SE FACILMENTE AO VER O LOGO, PAPELARIA E PROPAGANDAS DA INSTITUIÇÃO

19 PROFESSORES / AMBIENTE MUITO AGRADÁVEL PARA O ENSINO APRENDIZAGEM

LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA COM MÁQUINAS ANTIGAS E PROGRAMAS COM VERSÕES ULTRAPASSADAS.

20 TRABALHAMOS PROGRAMAÇÃO VISUAL E PROJETO DE PRODUTO FALTA DE APOIO DA FACULDADE

21 TRABALHOS / EXCURSÕES SINALIZAÇÃO INTERNA

22 PROFESSORES / OFICINAS / VALOR DA MENSALIDADE ACESSÍVEL INFRA ESTRUTURA / BIBLIOTECA / VISÃO MUITO MERCADOLÓGICA E POUCO ARTÍSTICA

23 PROFESSORES / VARIEDADE DE DISCIPLINAS INFRA ESTRUTURA DO PRÉDIO / ALGUMAS POUCAS DISCIPLINAS COM POUCO CONTEÚDO ÚTIL

24 PROFESSORES / ENSINO MUITO BOM FALTA UM POUCO DE PESQUISAS NOVAS E CONCEITOS ATUAIS DE ALGUNS

25 BASTANTE TRABALHOS PRÁTICOS FALTA DE CONTATO COM O MERCADO

26 PROFESSORES / VARIEDADE DE DISCIPLINAS POUCO APROFUNDAMENTO EM ALGUMAS ÁREAS

27 APLICAÇÃO DE PROJETOS / TRABALHOS VOLTADOS PARA O MERCADO / PRATICIDADE DAS INFORMAÇÕES / PROFESSORES

ESTRUTURA

28 - OSCILA MUITO COM RELAÇÃO A GRADE

29 SÃO ENSINADAS TODAS AS ÁREAS DE DESIGN MATÉRIAS IMPORTANTES SÃO PASSADAS NUM TEMPO CURTO

30 PROFESSORES / PESQUISA ESTRUTURA / BIBLIOTECA TER MAIS LIVROS

31 PROFESSORES / SUPORTE DURANTE TRABALHOS / MATERIAL COMPLETO

GRADE CURRICULAR CONFUSA / FALTAM INCENTIVO E RECONHECIMENTO DA ADMINISTRAÇÃO DA FACULDADE

32 DIVERSIDADE DO CONTEÚDO / HABILITAÇÃO EM PRODUTO E GRÁFICO

DISTANCIAMENTO DA TEORIA APLICADA NA AULA AOS CONHECIMENTOS EXIGIDOS NO MERCADO

33 CIENTIFICISMO / CONCEITO DESIGN NO MUNDO REAL, PRÁTICO

34 GRÁFICO E PRODUTO / PROFESSORES FALTA DE FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS NA OFICINA

35 - -

36 - -

37 PROFESSORES EQUIPAMENTOS / NÃO APROVEITAMENTO DO PESSOAL DO CURSO PARA ELABORAR DO SITE, FOLDER, LOGO ETC.

38 2 HABILITAÇÕES A INSTITUIÇÃO NÃO NOS DÁ LIBERDADE PARA TRABALHAR JUNTO A MESMA

39 2 HABILITAÇÕES A INSTITUIÇÃO NÃO NOS DÁ LIBERDADE PARA TRABALHAR JUNTO A MESMA

40 LOCALIZAÇÃO,FACIL ACESSO, ÓTIMOS PROFESORES E ENSINO FALTA DE INTERAÇÃO COM A ÁREA, EQUIPAMENTOS E ESTACIONAMENTO

Os pontos fortes e fracos do ensino relacionados ao mercado de trabalho foram

mencionados pelos graduandos conforme suas percepções.

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53

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Gráfico 18 - Instituição B – Pontos fortes

O ponto forte mais apontado pelos alunos foi “professores”, sendo referido

espontaneamente por 56% dos alunos; o segundo ponto forte mais citado foi “conteúdo e

disciplinas”, por 23% dos entrevistados; o curso possuir duas habilitações, foi citado por

21% dos estudantes; 5% consideram também os laboratórios.

Gráfico 19 - Instituição B – Pontos fracos

A predominância dentre os pontos fracos apontados pelos alunos foi da “atualização

de computadores e softwares” com 56% de assentimento dos entrevistados; o

“relacionamento instituição e aluno” foi citado por 21% dos graduandos.

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54

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Quadro 11 - O que falta na faculdade – Instituição B ALUNO  O QUE FALTA NA FACULDADE? 

1  MATÉRIAS OPTATIVAS EM HORÁRIOS MAIS DIVERSIFICADOS / COMPUTADORES COM PROGRAMAS MAIS ATUALIZADOS / EXIGIR MAIS CAPRICHO DE ALGUNS ALUNOS PERANTE SEUS TRABALHOS 

2  NADA 

3  COMPUTADORES MELHORES / SOFTWARES MAIS ATUALIZADOS 

4  APROFUNDAR MAIS O CONHECIMENTO COM OS COMPUTADORES (COREL, PHOTOSHOP) 

5  CARTEIRAS MACIAS / AR CONDICIONADO EM TODAS AS SALAS 

6  COMPUTADORES MELHORES / SOFTWARES MAIS ATUALIZADOS 

7  OPORTUNIDADE 

8  MELHORIA DOS SOFTWARES E COMPUTADORES 

9  COMPUTADORES DE MELHOR QUALIDADE / MELHORES CARTEIRAS 

10  MELHORES MATERIAIS OFERECIDOS 

11  CURSO DE DESIGN DE AUTOMÓVEIS 

12  FALTAM COMPUTADORES BONS QUE SUPORTEM O PROGRAMA USADO NAS AULAS. 

13  MAIOR INVESTIMENTO NA INFRA ESTRUTURA DO IESB 

14  AJUDA PARA ESTÁGIO 

15  SE APROFUNDAR UM POUCO MAIS NA ÁREA  DE DESENHO TÉCNICO, E TAMBÉM NA ÁREA DE PROJETO DE PRODUTO 

16  COMPUTADORES BONS E ATUALIZADOS EM TODAS AS SALAS 

17  FALTA UM POUCO DE INTERAÇÃO COM EMPRESAS PARA ESTÁGIO 

18  MELHOR INFRA ESTRUTURA / MAIOR NÚMERO DE MAQUINÁRIO NA OFICINA / MAIOR NÚMERO DE COMPUTADORES ADEQUADOS E COM SOFTWARES PARA DESIGN 

19  MAIOR CLAREZA EM RELAÇÃO AO ESTÁGIO E SUA IMPORTÂNCIA / VISITAS  A EMPRESAS DE DESIGN  PARA OBSERVAR A REALIDADE DO MERCADO 

20  MAIS ESPAÇO PARA CRIAR / REPRODUZIR / POR EM PRÁTICA / EXPOR NOSSOS TRABALHOS, IDÉIAS, QUEBRAR PARADIGMAS / DEIXAR QUE APLIQUEMOS PROGRAMAÇÃO VISUAL NOS CALENDÁRIOS, SITES, LOGO E MATERIAIS DA FACULDADE QUE SÃO DE MAU GOSTO 

E FEITO POR NÃO PROFISSIONAIS 

21  LIVROS NA BIBLIOTECA 

22  INFRA ESTRUTURA POR EX SALA DE AULA, TURMA DE DIREITO TEM SALAS COM CADEIRAS MAIS CONFORTÁVEIS 

23  CURSOS DE PÓS GRADUAÇÃO 

24  MAIS PALESTRAS / CURSOS DE FINAL DE SEMANA PARA APERFEIÇOAR EM ALGUMA ÁREA ESPECÍFICA 

25  DEPENDENDO DA ÁREA FALTA CONHECIMENTO TÉCNICO 

26  CURSOS DE PÓS GRADUAÇÃO, MESTRADO E ESPECIALIZAÇÃO 

27  ESTRUTURA 

28  A INSTITUIÇÃO DEVE TER UM PROGRAMA DE ESTÁGIO VOLTADO PARA OS ALUNOS QUE NÃO ATUAM NA ÁREA AINDA 

29  FALTA UM POUCO MAIS DE PRÁTICA 

30  INFRA ESTRUTURA 

31  LIVROS / FERRAMENTAS DE TRABALHO NA OFICINA / PROGRAMAS ATUALIZADOS NOS LABORATÓRIOS 

32  ATIVIDADES VOLTADAS A PREPARAÇÃO PROFISSIONAL / ATUALIZAÇÃO DA GRADE CURRICULAR VISANDO DISCIPLINAS QUE NOS APRESENTE AS ULTIMAS TECNOLOGIAS EM DESIGN 

33  MAIS EMBASAMENTO NA REALIDADE DO MUNDO 

34  ALGUMAS MATERIAS DEVEM SER APLICADAS POR PROFESSORES QUE REALMENTE SAIBAM E TENHAM METODOLOGIA PARA TRANSMITIR CONHECIMENTO AOS ALUNOS / PROFESSORES TAPA BURACO 

35  MAIS AULAS PRÁTICAS 

36  FALTAM AULAS PRÁTICAS, NINGUÉM MERECE FICAR RESUMINDO TEXTOS 

37  FALTA DE INVESTIMENTO E VALORIZAÇÃO NO CURSO 

38  ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS / OFICINA MAIOR / MAIS SOFTWARES / COMPUTADORES MELHORES 

39  ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS / OFICINA MAIOR / MAIS SOFTWARES / COMPUTADORES MELHORES 

40  MELHORAR A INSTALAÇÃO COM COMPUTADORES E EQUIPAMENTOS 

Diante das exigências do mercado, os alunos listaram o que falta no curso de design

de sua instituição para que haja um perfeito relacionamento entre as partes envolvidas.

Page 64: O ensino e o mercado de trabalho na área de design · figura 3 – curso de design de sobrancelhas 12 ...

55

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

5.5.2 Alunos da pós-graduação em Design

Os alunos do curso de pós-graduação em Design, níveis mestrado e doutorado,

participaram da pequisa avaliando o curso que frequentam atualmente, o curso de

graduação que completaram e também o mercado de trabalho.

Quadro 12 - Perfil dos discentes do Programa de Pós-graduação em Design DISCENTE  IDADE  GÊNERO  PÓS  FORMAÇÃO  ATUAÇÃO 

1  26  FEMININO  MESTRADO  SISTEMAS DE INFORMAÇÃO  DESIGNER GRÁFICO 

2  25  FEMININO  MESTRADO  BACHAREL EM ESTILISMO EM MODA E ESPECIALISTA EM ADMINISTRAÇÃO INDUSTRIAL 

DOCENTE 

3  44  FEMININO  MESTRADO  FISIOTERAPIA/ERGONOMIA  OUTRO 

4  30  FEMININO  DOUTORADO  ARQUITETURA E URBANISMO / MESTRADO EM DESENHO INDUSTRIAL / ESPECIALIZAÇÃOEM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 

DOCENTE 

5  31  MASCULINO  MESTRADO  DESENHO INDUSTRIAL  DESIGNER GRÁFICO 

6  29  MASCULINO  MESTRADO  DESIGNER GRÁFICO  OUTRO 

7  34  FEMININO  DOUTORADO  DESIGN GRÁFICO  DOCENTE 

8  24  FEMININO  MESTRADO  FISIOTERAPIA  OUTRO 

9  26  FEMININO  MESTRADO  MODA  DOCENTE 

10  31  FEMININO  MESTRADO  DESENHO INDUSTRIAL  DESIGNER DE PRODUTO 

11    FEMININO  MESTRADO  DESENHO INDUSTRIAL  SEM RESPOSTA 

12  50  FEMININO  MESTRADO  SUPERIOR COMPLETO COM ESPECIALIZAÇÃO  DOCENTE 

Nas primeiras questões, que serviram para mapear o perfil do entrevistado, os

discentes informaram idade, gênero, se realiza mestrado ou doutorado, formação e atuação

atual.

Gráfico 20 - formação dos discentes da pós-graduação em design

Page 65: O ensino e o mercado de trabalho na área de design · figura 3 – curso de design de sobrancelhas 12 ...

56

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

A grande parcela dos discentes do curso de pós-graduação possui graduação em

Design, correspondendo a 57% do total. A menor parcela, 43% dos discentes, possui outras

formações como fisioterapia, moda, arquitetura e sistemas de informação.

Quadro 13 - Avaliação do curso de pós-graduação

DISCE

NTE

 

AVALIAÇÃ

O DO ENSINO 

GRA

DE CU

RRICULA

CONTEÚDO DAS 

DISCIPLINAS 

CONHEC

IMEN

TO DOS 

PROFESSORE

ATIVIDADES PRÁ

TICA

S ‐ 

PARA

 ATU

AÇÃ

O COMO 

PROFESSOR 

ATIVIDADES PRÁ

TICA

S ‐ 

PARA

  PESQUISAS 

PONTOS FORTES  PONTOS FRACOS 

1  REGULAR  7  6  8  7  7  SEM RESPOSTA  POUCAS BOLSAS DE PESQUISA, POUCOS PESQUISADORES NA ÁREA DE IHC 

2  ÓTIMO  10  10  10  8  8  COMO PONTO FORTE VEJO A EXCELÊNCIA NO ENSINO E SABER DOS PROFESSORES, ASSIM COMO A 

CONSTANTE COBRANÇA EM PUBLICAÇÕES E PARTICIPAÇÕES DE CONGRESSOS. 

EU NÃO VEJO PONTOS FRACOS NA INSTITUIÇÃO EM SI, MAS SIM NO PRÓPRIO INCENTIVO QUE 

VEM DO GOVERNO. CREIO QUE OS PROGRAMAS DE BOLSAS DEVERIAM DESTINAR MAIS BOLSAS 

PARA MESTRADOS NA ÁREA DE DESIGN. 

3  BOM  9  9  10  8  8  SEM RESPOSTA  POUCA ATIVIDADE PRÁTICA 

4  ÓTIMO  10  10  10  10  10  A INSTITUIÇÃO ESTÁ PREPARADA PARA DESENVOLVER SEU PAPEL, E DE A\CORDO COM OS PROBLEMAS OU DEFICIENCIA QUE VÃO SURGINDO SE ADEQUA RAPIDAMENTE, ´FATO ESSE QUE É UM 

PONTO FORTE. NÃO VEJO PONTOS FRACOS 

SEM RESPOSTA 

5  REGULAR  6  9  9  1  6  PRODUTIVIDADE, COMPROMETIMENTO COM PESQUISA, SERIEDADE 

AUSENCIA DE DISCIPLINAS VOLTADAS PARA DIDATICA. 

6  REGULAR  5  6  9  4  7  CORPO DOCENTE QUALIFICADO, TRADIÇÃO EM PESQUISA. 

FALTA DE DISCIPLINAS SOBRE ENSINO SUPERIOR 

7  BOM  6  8  9  8  10  INTERESSE DOS PROFESSORES EM MELHORAR O CURSO. 

GRADE DAS DISCIPLINAS 

8  ÓTIMO  7  9  10  9  10  QUALIDADE DOS PROFESSORES; ASSUNTOS ABORDADOS; TRABALHOS À SEREM REALIZADOS; 

ESTAGIOS DE DOCÊNCIA; INCENTIVO À PUBLICAÇÕES; DENTRE OUTROS. 

DEVERIA SER EXIGIDO MAIOR NÚMERO DE DISCIPLINAS E OFERTADAS DISCIPLINAS PRÁTICAS 

EM ERGONOMIA. 

9  BOM  8  8  9  7  8  COMO PONTO FORTE RESSALTO QUE ESTÃO SE ADAPTANDO A ESSA PROCURA, EXISTE UMA 

PREOCUPAÇÃO POR PARTE DO PROGRAMA PARA ACOLHER E QUALIFICAR OS PROFISSIONAIS DA 

MODA. 

EM SE TRATANDO DA ÁREA DE ESTUDO MODA, ACREDITO QUE A INSTITUIÇÃO AINDA TENHA POUCOS PROFISSIONAIS QUALIFICADOS PARA ORIENTAR TRABALHOS, E POUCAS DISCIPLINAS 

ESPECÍFICAS, TENDO EM VISTA A GRANDE DEMANDA DE ESTUDANTES MESTRANDOS E 

DOUTORANDOS QUE PROCURAM A INSTITUIÇÃO. 

10  BOM  7  8  8  0  0  CORPO DOCENTE  FALTAM ATIVIDADES PRÁTICAS, MELHOR ESTRUTURA (ACESSO À INTERNET, 

LABORATÓRIOS, ...) 

11  ÓTIMO  9  9  9  8  10  PRODUÇÃO ‐ OPORTUNIDADE DE ENCAMINHAR GRANDE NUMERO DE TRABALHOS FEITOS NAS 

DISCIPLINAS PARA PUBLICAÇÃO; 

ESTRUTURA FÍSICA; 

12  ÓTIMO  9  9  10  9  10  SEM RESPOSTA  SEM RESPOSTA 

As questões subsequentes permitiram respostas que trouxeram avaliação do curso

de pós-graduação sobre diferentes aspectos, já promovendo uma introdução da relação

entre os futuros mestres e doutores e suas responsabilidades para a formação de

profissionais de design. Para isso, foram listados os pontos fortes e pontos fracos, além de

itens como notas para a “grade curricular”, “conteúdo das disciplinas”, “conhecimento dos

Page 66: O ensino e o mercado de trabalho na área de design · figura 3 – curso de design de sobrancelhas 12 ...

57

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

professores”, “atividades práticas para atuação como professor” e “atividades práticas para

atuação como pesquisador”.

Gráfico 21 - Avaliação do curso de pós-graduação feita pelos alunos

Na avaliação do curso de pós-graduação, atribuíram notas a itens inerentes ao

programa, sendo eles: grade curricular; conteúdo das disciplinas; conhecimento dos

professores; atividades práticas para atuação como docente; atividades práticas para ação

como pesquisador.

Gráfico 22 - Alunos avaliam itens do curso de pós-graduação

A média obtida para o ítem “grade curricular” foi de 7,8; o “conteúdo das disciplinas”

teve como nota 8,3; a maior nota formada pela média das notas dos mestrandos e

Page 67: O ensino e o mercado de trabalho na área de design · figura 3 – curso de design de sobrancelhas 12 ...

58

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

doutorandos foi de 9,3 para o aspecto “conhecimento dos professores”; a menor média

apresentada foi a para “atividades práticas para atuação como professor”, com nota de 6,3;

“atividades práticas para pesquisas” recebeu nota de 7,7.

Quadro 14 - Avaliação do ensino oferecido pelo próprio discente

DISCE

NTE

 

IMPO

RTANTE

  EX

PERIÊN

CIA 

PROFISSIONAL? 

ATU

A COMO 

PROFESSOR?

 

HÁ QTO

S ANOS 

LECIONA? 

SUAS DISCIPLINAS 

EXIGEM

 E 

EXPE

RIÊN

CIA 

PRATICA

 COMO 

DESIGNER

POR QUÊ?  PONTOS FORTES DAS AULAS DOS DISCENTES 

PONTOS FRACOS DAS AULAS DOS DISCENTES 

1  SIM  NÃO  0  NÃO LECIONO. 

NÃO LECIONO.  SEM RESPOSTA  SEM RESPOSTA 

2  SIM, É IMPORTANTE, PORÉM NADA IMPEDE DO INDIVÍDUO SER 

UM ÓTIMO PROFESSOR SEM A 

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL. A 

PESQUISA É O DIA A DIA EM SALA DE AULA É IMPORTANTE PARA 

AGREGAR CONHECIMENTO AO 

DOCENTE. 

SIM  2  É VALIDO SE O INDIVIDUO 

TIVER EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL, PORÉM NÃO É IMPOSSÍVEL DE LECIONAR SEM TÊ‐LA. NO MEU CASO ADQUIRI 

MUITA BAGAGEM PRÁTICA E TEÓRICA 

DURANTE A GRADUAÇÃO. 

  COBRANÇA NOS TRABALHOS, CONSTANTE DISPONIBILIDADE E VONTADE DE ENSINAR, FOCO NA TEORIA MESMO EM DISCIPLINAS 

PRÁTICAS; 

CARÊNCIA DE UM APROFUNDAMENTO EM CHÃO DE 

FÁBRICA (TRABALHEI POUCO TEMPO EM FÁBRICA). 

3  SIM  SIM  3  NÃO  SEM RESPOSTA  CONSTANTE RECICLAGEM DO PROFESSOR 

ATIVIDADE PRÁTICA 

4  NÃO CONSIDERO ESSENCIAL, MAS 

AJUDA NO CONHECIMENTO. 

SIM  2  NÃO  COMO JÁ DISSE A PRATICA AJUDA, MAS NÃO É ESSENCIAL 

  SEM RESPOSTA 

5  EXTREMAMENTE IMPORTANTE 

SIM  4  SIM  TEORIA E PRATICA SEMPRE DEVEM ESTAR RELACIONADAS... 

RELAÇÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA, INDICAR CAMINHOS PARA ELES 

FAZEREM SUAS PROPRIAS ASSOCIAÇÕES E NÃO SIMPLESMENTE 

DAR RESPOSTAS. 

DISCIPLINA 

6  SIM  SIM  5  SIM  POR ENVOLVEREM CONHECIMENTOS DE MATERIAIS E PROCESSOS QUE NECESSITAM DE EXPERIÊNCIA E 

CONHECIMENTOS EMPIRICOS (MATERIAIS INDUSTRIAIS E 

PROGRAMAÇÃO VISUAL) 

EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADAS ALIADAS ÀS EXPLICAÇÕES TEÓRICAS E 

AOS EXERCÍCIOS PRÁTICOS. 

RARAS OPORTUNIDADES DE APROXIMAR A TEORIA DA ATAUAÇÃO EM EMPRESAS. 

7  EM ALGUMAS DISCIPLINAS SIM. 

SIM  5  SIM  LECIONO A DISCIPLINA DE DESENVOLVIMENTO DE PROJETO DE PRODUTO E TER EXPERIÊNCIA NESTA 

ÁREA AJUDA, POIS POSSO DAR EXEMPLOS PRÁTICOS JÁ VIVENCIADOS 

NA INDÚSTRIA. 

INTERESSE PELA DISCIPLINA DE DESENVOLVIMENTO DE PROJETO DE 

PRODUTO. 

NÃO TER EXPERIÊNCIA NA INDÚSTRIA. 

8  SIM  NÃO  0  SEM RESPOSTA 

SEM RESPOSTA  SEM RESPOSTA  SEM RESPOSTA 

9  ACREDITO QUE SIM, 

PRINCIPALMENTE PARA ALGUMAS DISCIPLINAS ESPECÍFICAS. 

SIM  3  SIM  DAS DISCIPLINAS QUE MINISTRO, ACREDITO QUE LABORATÓRIO DE 

CRIAÇÃO EXIJA EXPERIÊNCIA PRÁTICA COM DESENVOLVIMENTO DE 

PRODUTOS NA ÁREA DE DESIGN DE MODA, POIS O PROFISSIONAL COM VIVÊNCIAS PRÁTICAS CONSEGUE 

PASSAR PARA OS ALUNOS CONHECIMENTOS COM MAIOR 

FACILIDADE. 

O ALUNO TEM UMA APROXIMAÇÃO DA REALIDADE INDUSTRIAL DENTRO DA SALA DE AULA, DESDE O ESTÁGIO 

CONSEGUE CONCILIAR O QUE APRENDE NAS DISCIPLINAS COM O QUE A EMPRESA ESPERA DELE. 

POR TER POUCA EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL EM DETERMINADAS ÁREAS OCORRE A DIFICULDADE DE 

PREPARAR O ALUNO PARA A REALIDADE QUE VAI ENCONTRAR NAS EMPRESAS, DESSA FORMA OS CONTEÚDOS SE TORNAM MAIS 

TEÓRICOS QUE PRÁTICOS. 

10  SIM  NÃO  0  SEM RESPOSTA 

SEM RESPOSTA  SEM RESPOSTA  SEM RESPOSTA 

11  SIM PARA AS DISCIPLINAS 

PRÁTICAS. NÃO PARA AS 

DISCIPLINAS TEÓRICAS. 

SIM  1  SEM RESPOSTA 

SEM RESPOSTA  SEM RESPOSTA  SEM RESPOSTA 

12  SIM  SIM  25  SIM  PORQUE MINHAS MATÉRIAS SÃO, EM GERAL, PRÁTICAS. 

SEM RESPOSTA  SEM RESPOSTA 

Na terceira fase do questionário, os sujeitos relataram como são suas aulas, há

quantos anos lecionam e ponderaram os pontos fortes e pontos fracos do ensino oferecido

por eles, relacionando o ensino e o mercado de trabalho.

Page 68: O ensino e o mercado de trabalho na área de design · figura 3 – curso de design de sobrancelhas 12 ...

59

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Gráfico 23 - Percentual de discentes que atuam como professor

O gráfico indica a fatia de discentes que já atuam como professores, correspondente

a 75% dos alunos que responderam ao questionário. Todos os sujeitos aqui tratados

consideram importante a experiência profissional para o exercício da docência, havendo

ressalvas apenas por parte da minoria que informou que avalia que a experiência como

designer é importante apenas para algumas disciplinas, como as de carater prático.

Page 69: O ensino e o mercado de trabalho na área de design · figura 3 – curso de design de sobrancelhas 12 ...

60

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Quadro 15 - Avaliação da aula dos mestrandos e doutorandos DISCENTE

 

QUANTO

S ANOS 

ATU

A COMO 

AVALIAÇÃ

O DO 

CURS

O DE 

GRA

DUAÇÃ

QUE CU

RSOU 

COMPE

TÊNCIAS 

EXIGIDAS PELO

 MER

CADO 

SEUS 

PROFESSORE

S TR

ANSM

ITIRAM 

EXPERIÊN

CIA? 

O QUE FA

LTOU 

APR

ENDER

PONTO

S FO

RTES 

DA GRA

DUAÇÃ

PONTO

S FR

ACO

S DA 

GRA

DUAÇÃ

COMO 

MELHORA

R A 

GRA

DUAÇÃ

O? 

1  6   REGULAR  CONHECIMENTO TÉCNICO NA ÁREA, TRABALHO EM 

EQUIPE, COMPROMETIMENTO, OUTRA LÍNGUA ‐ 

INGLÊS OU ESPANHOL (VISTO 

QUE O PROFISSIONAL DESSA ÁREA CONSEGUE 

ENCONTRAR MUITO MATERIAL EM 

OUTRAS LÍNGUAS) 

ALGUNS, ACREDITO QUE 60% DELES. 

EXEMPLOS PRÁTICOS DO TRABALHO 

ENSINO GRATUITO  DOCENTES NÃO PODEM SER NEM MUITO ACADÊMICOS E NEM MUITO VOLTADO AO MERCADO, POIS NEM TODOS OS DICENTES PODEM SER ACADÊMICOS (FAZER MESTRADO), ASSIM COMO NEM TODOS OS 

DICENTES CONSEGUEM IR PARA O MERCADO APÓS CONCLUSÃO DE 

CURSO. 

DEIXAR QUE EMPRESAS PRIVADAS INVISTAM NAS FACULDADES FORNECENDO BOLSAS DE PESQUISA PARA 

OS ALUNOS. 

2  3  BOM  RAPIDEZ; O MERCADO NÃO ESTIMULA A 

ATIVIDADE DE UM DESIGNER, POIS 

POR MUITAS VEZES LIMITA‐O; 

SIM  FALTOU UM APROFUNDAMENTO MAIOR NA TEORIA E ATIVIDADES QUE 

DEIXASSEM O ALUNO CIENTE DA REALIDADE 

DO MERCADO; 

CONHECIMENTO E COMPROMETIMENTO DOS 

PROFESSORES; 

OS PRÓPRIOS ALUNOS DA MINHA TURMA QUE POR MUITAS VEZES 

DESESTIMULARAM PROFESSORES DE OUTRAS ÁREAS, COMO POR EXEMPLO, 

FILOSOFIA OU SOCIOLOGIA, NEGANDO‐SE A APRENDER, O QUE GEROU UM DÉFICIT NA BAGAGEM TEÓRICA DA TURMA EM GERAL. 

PRIMEIRAMENTE ADEQUAR O ENSINO A REALIDADE DO NOSSO MERCADO; APÓS ENVOLVER MAIS O ALUNO EM ATIVIDADES PRÁTICAS SEM DEIXAR DE LADO UMA TEORIA PESADA, CREIO QUE 

SERIA DE MELHOR PROVEITO SE OS CURSOS DE 

DESIGN (TODAS AS VERTENTES) FOSSEM 

INTEGRAIS. 3  1  REGULAR  EXPERIENCIA; 

CRIATIVIDADE SIM  ATIVIDADES 

INDUSTRIAIS PROFESSORES CAPACITADOS  POUCA PRÁTICA  CRIAR UM NOVO CONCEITO 

DE ENSINO BASEADO NA SITUAÇÃO ATUAL DE 

MERCADO BRASILEIRO. 

4    ÓTIMO  0  SIM  0  0  0  0 5  7  REGULAR  CONHECIMENTOS 

TÉCNICOS DA AREA, CRIATIVIDADE E HABILIDADE NAS FERRAMENTAS DE 

TRABALHO (SOFTWARES, ETC.) 

NÃO  NA GRADUAÇÃO EXPERIENCIA PRATICA E NA POS ‐ DIDÁTICA 

0  CURRICULOS E PROFESSORES DESATUALIZADOS, FALTA DE ESTRUTURA ADEQUADA 

(LABORATORIOS) 

MELHORAR A DIDATICA E MAIS LABORATORIOS 

6  8  RUIM  0  NÃO  NÃO HOUVE PREOCUPAÇÃO EM 

RELACIONAR CONTEÚDOS A AUTAÇÃO NO MERCADO 

TRADIÇÃO NO ENSINO, MULTIDISCIPLINARIDADE 

REDUZIDO NÚMERO DE PROFESSORES ESPECÍFICOS DA ÁREA (APENAS UM 

COM FORMAÇÃO DE DESIGN GRÁFICO) 

REFERINDO AOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM DESIGN EM GERAL, ENCONTRAR MEIOS DE OFERECER A TEORIA E A PRÁTICA DO DESIGN COM IGUAL IMPORTÂNCIA NO DECORRER DAS DISCIPLINAS. 

7  5  BOM  INTERESSE PELO TRABALHO, DEDICAÇÃO, ATUALIZAÇÃO 

CONSTANTE, ENTRE OUTROS. 

SIM  ACHO QUE APRENDI O QUE ERA SUFICIENTE PARA BUSCAR AS RESPOSTAS QUE NECESSITAVA SOZINHA. 

INTERESSE DOS PROFESSORES PELO CURSO. 

FALTA DE DOCENTES EFETIVOS, POR CAUSA DISSO OCORRIA MUITA MUDANÇA DE PROFESSOR. 

FORMAÇÃO DOS DOCENTES, EXPERIÊNCIA 

EM DOCÊNCIA, INVESTIMENTOS 

GOVERNAMENTAIS NOS CURSOS, UNIÃO DOS CURSOS POR MEIO DE DISCUSSÕES SOBRE O ENSINO DE DESIGN NO 

BRASIL. 8  0  0  0  0  0  0  0  0 9  5  BOM  DINAMISMO, 

CRIATIVIDADE, ORGANIZAÇÃO E SABER TRABALHAR 

EM GRUPO. 

SIM  FALTOU DURANTE A GRADUAÇÃO PASSAR MAIS TEMPO FAZENDO 

ESTÁGIO. 

A INSTITUIÇÃO É RESPONSÁVEL E BUSCA O CRESCIMENTO. 

BAIXA QUALIFICAÇÃO DE ALGUNS PROFESSORES E POUCO INCENTIVO A 

PESQUISA. 

TER PROFISSIONAIS QUALIFICADOS E 

COMPETENTES EM TODAS AS DISCIPLINAS, DAR 

OPORTUNIDADE AO ALUNO DE SE APROXIMAR DO 

MERCADO PROFISSIONAL E INCENTIVAR A PESQUISA 

BEM COMO A PARTICIPAÇÃO EM 

EVENTOS CIENTÍFICOS DA ÁREA DO DESIGN. 

10 

7  REGULAR  CRIATIVIDADE, INTERDISCIPLINARI

DADE, CONHECIMENTO ATUALIZADO, 

EMPREENDORISMO 

POUCOS  CONHECIEMNTOS MAIS ATUALIZADOS DE 

MATERIAIS, PRODUÇÃO, 

SOFTWARE; NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO, EMPREENDORISMO, 

FORMAÇÃO DE PREÇO, ENTRE OUTROS. 

    MAIS PARCERIAS COM EMPRESAS E NOS PTS ACIMA JÁ CITADOS 

11  0  REGULAR  0  A MAIORIA DOS 

PROFESSORES DE 

DISCIPLINAS 

PRÁTICAS SIM. 

0  DIÁLOGO COM OS PROFESSORES; ESTRUTURA 

FÍSICA (SALAS DE AULA); AULAS EXTRA‐CLASSE E VISITAS; 

ESTRUTURA FÍSICA (OFIINAS E LABORATÓRIOS); PROFESSORES COM 

BAIXA TITULAÇÃO; EXCASSEZ DE PROFESSORES; 

FALTA INVESTIMENTO EM ESTRUTURA E AMPLIAÇÃO 

DO QUADRO DE PROFESSORES. 

12 

15  BOM  0 0  0 0  0  0

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61

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Na quarta etapa do questionário, os discentes apontaram as competências exigidas

de um designer pelo mercado de trabalho, mostraram também a avaliação do ensino que

receberam na graduação, estabelecendo critérios de ótimo a ruim, apontando pontos fortes,

pontos fracos e sugestões de melhoria.

Gráfico 24 - Competências exigidas do Designer pelo mercado de trabalho

Doze entrevistados relataram treze competências que são exigidas do Designer pelo

mercado de trabalho. A competência criatividade foi a mais citada, sendo apresentada por

quatro discentes. As competências “atualização constante”, “comprometimento”,

“conhecimento técnico” e “trabalho em equipe” foram mencionadas por dois entrevistados

cada. “Dinamismo”, “empreendedorismo”, “experiência”, “interdisciplinaridade”,

“organização”, “conhecimento de outra língua”, “rapidez” e “conhecimento em softwares”

foram citadas uma vez, por um dos entrevistados.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Gráfico 25 - Avaliação do curso de graduação realizado pelos discentes

Os alunos da pós-graduação em Design avaliaram o curso de graduação que

frequentaram, sendo que 46% dos entrevistados classificaram como “regular”; 36%

considerou “bom”; avaliaram como “ótimo” o curso 9% das pessoas; 9% informou que o

curso foi “ruim”.

Gráfico 26 - O que faltou aprender na graduação

Sem nenhuma resposta preestabelecida, a “realidade do mercado, experiência

prática, estágio” foi o item mais citado ao serem indagados sobre o que faltou aprender na

graduação, sendo lembrado por metade dos entrevistados; outros aspectos mencionados

foram: conhecimentos mais atualizados, software, noções de administração,

empreendedorismo e formação de preço.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Quadro 16 - Meios pelos quais os discentes se atualizam DISCENTE  SITES  REVISTAS  CURSOS  OUTROS. QUAIS? 

1  X    X   

2  X  X  X  LIVROS 

3  X    X   

4  X  X  X   

5  X  X     

6  X  X  X   

7  X  X    X 

8         

9  X  X  X  PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS E CONTATO COM OUTROS PROFISSIONAIS. 

10  X  X  X  TROCA DE EXPERIÊNCIAS COM PROFISSIONAIS 

11  X       

12  X  X  X   

Gráfico 27 - Meios utilizados para atualização profissional

Dentre os meios utilizados pelos discentes para atualização profissional, os sites

foram os mais citados, com onze indicações; as revistas e cursos foram apresentados por

oito pessoas; livros, participação em eventos e contato com outros profissionais

compuseram o item “outros” com quatro ocorrências.

Page 73: O ensino e o mercado de trabalho na área de design · figura 3 – curso de design de sobrancelhas 12 ...

64

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

5.5.3 Professores de Design

Através dos sites das Instituições de ensino, foi possível obter o número de docentes

de cada uma delas. Este total é constituido por 33 professores, sendo 13 da Instituição A,

lotados no Departamento de Design e 20 da Instituição B.

Foram obtidas respostas através de questionários encaminhados por 8 docentes, o

que corresponde a 24% de índice de participação.

Quadro 17 - Registro do número de professores e percentual de colaboração com a pesquisa Instituição nº de professores nº de respostas % de respostas

Instituição A 13 3 23%

Instituição B 20 5 25%

Total 33 8 24%

A Instituição B contou com maior número de colaboradores para a pesquisa, com

25% de seu corpo docente; a Instituição A enviou 3 questionários com respostas e

apresentou referência de participação de 23%.

Gráfico 28 - Quantidade de professores e quantidade de respostas

Com a aplicação dos números em gráfico, o baixo índice de respostas fica

evidenciado.

As primeiras questões do questionário possuiam a intenção de mapear o perfil dos

professores, sua formação e experiência tanto acadêmica quanto profissional.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Quadro 18 - Perfil dos Professores e experiência acadêmica e profissional PROFESSOR ‐ INSTITUIÇÃO 

IDADE  GÊNERO 

FORMAÇÃO  ATUAÇÃO ACADÊMICA ‐ EM ANOS 

ATUAÇÃO PROFISSIONAL ‐ EM ANOS 

PRODUÇÕES TÉCNICAS 

1  A  53  M  DESIGN  30  15  VÁRIOS PROJETOS DE PRODUTOS PARA INDÚSTRIA REGIONAL, DESDE EMBALAGENS, EQUIPAMENTOS MECÂNICOS E EQUIPAMENTOS MÉDICO ODONTOLÓGICOS. 

2  A  46  M  DESIGN  21  25  PUMPLON WHEEL, 2006; AGRIVEHICLE: DESIGN DE UM VEÍCULO PARA O TRANSPORTE DE TRABALHADORES RURAIS, 2008; PULVERIZADOS COSTAL S10 BRUDDEN, 1997; BOMBA DE ALTA PRESSÃO LAVAJACTO 6500 JACTO, 1996; 

MINIATURA DA COLHEITADEIRA DE CAFÉ K3 JACTO, 1998; EXTRATOR DE SUCO INDUSTRIAL FMC, 1998; CONJUNTO DE MESA E CADEIRA PARA ESTUDANTES, 2000; 

CADEIRA DOBRÁVEL, 2003 

3  A  37  M  DESIGN  5  13  SOFTWARES SEM REGISTRO DE PATENTE E  PROJETOS GRÁFICOS E LIVROS DIAGRAMADOS: 

4  B  37  M  DESIGN  7  4  PRODUÇÕES VOLTADAS A ERGONOMIA (FATORES AMBIENTAIS) E FOTOGRAFIA 

5  B  45  M  ARQUITETURA, DESIGN 

8  0  ‐ 

6  B  44  F  DOUTORADO INCOMPLETO 

8  5  ESTILISTA/MODELISTA 

7  B  37  M  DESENHO INDUSTRIAL ‐ PROJETO DO PRODUTO 

12  5  LIVRO: "FORMA: UMA EXPERIÊNCIA TRIDIMENSIONAL", ARTIGOS CIENTÍFICOS NAS ÁREAS GRÁFICAS, ERGONOMIA, CALÇADOS; 

8  B  31  M  DESENHO INDUSTRIAL – 

HABILITAÇÃO EM PROJETO DO PRODUTO 

6  10  PARTICIPAÇÃO EM DIVERSOS PROJETOS DE UD NA EMPRESA PLASÚTIL‐SP; CONSULTORIA EM DESIGN APLICADO AO EAD PARA IES (INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO 

SUPERIOR) DO ESTADO DE SÃO PAULO; ATUAÇÃO EM DIVERSOS CONCEPT CARS E PROJETOS DE LINHA NA GENERAL 

MOTORS DO BRASIL – SCSUL‐SP; CRIAÇÃO DE MAIS DE 15 APOSTILAS DIDÁTICO‐PEDAGÓGICAS PARA ADOÇÃO EM 

DISCIPLINAS DE ÁREAS COMO DESIGN, MARKETING, MERCHANDISING, ADMINISTRAÇÃO E OUTROS; 

CONSULTORIA PARA EMPRESAS DE BAURU E REGIÃO EM GESTÃO DE PROCESSOS DE DESIGN. 

Os professores acessados informaram a Instituição em que trabalham, idade,

gênero, formação, tempo de atuação acadêmica, quantidade em anos em que atua

profissionalmente como design e suas produções técnicas.

Gráfico 29 - Resultados em anos da atuação Acadêmica e Profissional

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

No gráfico de linhas, estão representadas as duas formas de atuação dos

professores: a acadêmica e a profissional. O professor mais experiente em anos possui 30

anos como docente e o menos experiente possui 5 anos. Em relação à experiência em anos

relativa a atividades como designer, o professor 2 possui mais tempo trabalhado como

designer - 25 anos, podemos encontrar professores com nenhuma atuação profissional.

Gráfico 30 - Média em anos de atuação na área de Design

Entre os professores de Design, a experiência que predomina é a de docência, com

média em anos de 12,1 e 9,6 anos para atuação como profissional de design.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Quadro 19 - Experiência profissional PROFESSOR - INSTITUIÇÃO

DISCIPLINAS LECIONADAS

NECESSÁRIO

EXPERIÊNCIA

PROFISSIONAL

POR QUÊ? COMO OCORRE APROXIMAÇÃO COM O MERCADO DE TRABALHO?

01 A MODELAGEM , METODOLOGIA DO

PROJETO, MODELOS E PROTÓTIPOS.

SIM TEORIA SEM PRÁTICA NÃO SE COMPLEMENTA

NÃO SEI !!! MINHAS DISCIPLINAS ESTÃO NO INÍCIO DO CURSO. NAS MINHAS DISCIPLINAS O QUE FAÇO É SEMPRE SUGERIR O

DESENVOLVIMENTO DAS TAREFAS OBSERVANDO ALGUM VÍNCULO COM O CONHECIMENTO E NÃO NECESSARIAMENTE

COM O MERCADO.

02 A MODELAGEM; OFICINA DE MATERIAIS PLÁSTICOS;

METODOLOGIA DO PROJETO

SIM QUALQUER DISCIPLINA, EM QUALQUER ÁREA DO CONHECIMENTO, TÊM UM SIGNIFICADO DIFERENTE, MAIS CONVERGENTE E MAIS AFINADO COM O SEU CONTEÚDO, SE FOR MINISTRADA POR UM DESIGNER, MUITO

EMBORA ELAS, EVENTUALMENTE, PODERIAM SER MINISTRADAS POR ESPECIALISTAS NAS

RESPECTIVAS ÁREAS.

COMO MINISTRO DISCIPLINAS TEÓRICO PRÁTICAS, EXISTE UM CONTATO COM A INDÚSTRIA, POR MEIO DE VISITAS, ESTÁGIOS,

INTERCÂMBIOS E CONCURSOS.

03 A DISCIPLINAS DE PROJETO PARA

DESIGN GRÁFICO, PRODUÇÃO GRÁFICA E

TIPOGRAFIA

SIM EXERCER A TEORIA E PRÁTICA EM UMA EMPRESA PERMITE QUE O PROFESSOR

TENHA UMA VISÃO MAIS CRÍTICA E COERENTE COM A REALIDADE E OS

PROBLEMAS QUE OS ALUNOS VIVENCIARÃO NO SEU COTIDIANO PROFISSIONAL. ALÉM

DISSO, TAMBÉM ACREDITO QUE FOMENTE A ELABORAÇÃO DE PROJETOS COM

APLICAÇÃO PRÁTICA QUE CONTRIBUAM DE FORMA MAIS EFICIENTE PARA O

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL DO PAÍS.

A PRIMEIRA APROXIMAÇÃO É COM RELAÇÃO A TECNOLOGIA UTILIZADA NO MERCADO E ISSO INFLUI DIRETAMENTE NA

MANEIRA COMO O PROFISSIONAL DEVE PENSAR E DESENVOLVER O PROJETO. OUTRA É BUSCAR UMA

ABORDAGEM MAIS PRÁTICA BUSCANDO SIMULAR PROBLEMAS COTIDIANOS DO PROFISSIONAL DE DESIGN, MAS SEM PERDER O FOCO NA VISÃO CRITICA QUESTIONADO TEORIA E PRÁTICA

NO DIA-A-DIA PROFISSIONAL. E TAMBÉM TEM A APRESENTAÇÃO DE SITUAÇÕES VIVENCIADAS NA SOLUÇÃO DE

UM PROBLEMA, BEM COMO SUAS CONSEQÜÊNCIAS E OS OBJETIVOS ALCANÇADOS NO MUNDO REAL.

04 B ECODESIGN, TÉCNICAS DE

CRIATIVIDADE, ERGONOMIA, TCC E

FOTOGRAFIA

SIM RETRATAR A REALIDADE, DIA A DIA DO TRABALHO. NO CASO DE TCC É NECESSÁRIO

EXPERIÊNCIA ACADÊMICA

UMA DAS FORMAS QUE SEMPRE USO É A VISITA TÉCNICA A EMPRESAS E VISITA DE PROFISSIONAIS A SALA DE AULA

05 B PROJETO HIPERMÍDIA,

DESENHO TÉCNICO, COMPUTAÇÃO

GRÁFICA, DESIGN, INTERIORES, ERGONOMIA

SIM TODA DISCIPLINA RELACIONADA A CRIAÇÃO, ARTE E DESIGN NECESSITAM DE CONSTANTES EVOLUÇÃO, SEJA TECNOLÓGICO OU CULTURAL.

PROJETO HIPERMÍDIA: A TECNOLOGIA DA INTERNET, APOIANDO E INSERINDO PRODUTOS E ASSUNTOS NUMA

FORMA DE COMUNICAÇÃO ATUAL EM EM EXPANSÃO. DESENHO TÉCNICO: CONHECIMENTO TEÓRICO E PRATICO DE CRIAÇÃO E

CONFECÇÃO DE PRODUTOS PARA DESIGN. DESIGN INTERIORES: ADEQUAÇÃO DO SER HUMANO AOS ESPAÇOS FISICOS, E A SEU BEM ESTAR DENTRO DE UM CONTEXTO

REAL. ERGONOMIA: ADEQUAÇÃO DO HOMEM AS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E DE BEM ESTAR LIGADAS AS

ATIVIDADES EM QUESTÃO.

06 B ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE,

HISTÓRIA DO DESIGN,

ELEMENTOS DA LINGUAGEM VISUAL, DESIGN DE MODA,

TÉCNICAS DE PINTURA APLICADAS

AO DESIGN, LABORATÓRIO DE PAPEL E FIBRAS, PROCESSOS DE

CRIAÇÃO, ESTÁGIO I E II

ALGUMAS SIM,

OUTRAS NÃO

AS DISCIPLINAS ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE E HISTÓRIA DO DESIGN NÃO

NECESSITAM NECESSARIAMENTE DA PRÁTICA

CONHECIMENTO GERA REPERTÓRIO QUE GERA IDÉIAS QUE FACILITA A CRIAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS

PRODUTOS E MELHORES DESIGNERS

07 B ATUALMENTE: PROJETO DE

CONCLUSÃO DE CURSO,

FOTOGRAFIA, METOTODOLOGIA

DO PROJETO E PROJETO DO

PRODUTO, MAS JÁ LECIONEI TAMBÉM,

ERGONOMIA, ANÁLISE DO

OBJETO, DESENHO ARTÍSTICO,

DESENHO TÉCNICO, GEOMETRIA.

SIM PORQUE QUANDO SE ESTÁ NA ÁREA, VC TEM A VISÃO MELHOR PARA PASSAR AOS

ALUNOS O QUE REALMENTE ACONTECE NAS EMPRESAS

POR MEIO DA NECESSIDADE INTRINSICA DO ESTÁGIO, E DAS APLICAÇÕES DO PROJETO QUE OS ALUNOS REALIZAM NA

EXECUÇÃO DO PROJETO.

08 B PROJETO DE PRODUTO,

MODELAGEM VIRTUAL, GESTÃO

DO DESIGN, DESIGN E MARKETING

(ATUALMENTE). MAS JÁ LECIONEI TAMBÉM AS SEGUINTES

DISCIPLINAS: OFICINA DE MATERIAIS PLÁSTICOS, PROJETO DE

PRODUTO VI (AMBAS NA UNESP COMO

PROFESSOR CONFERENCISTA) E

TÉCNICAS DE CRIATIVIDADE.

SIM ACREDITO SEMPRE NUM CRITÉRIO DE ADERÊNCIA DOCENTE QUE VALORIZE A

ESPECIALIDADE, AINDA QUE NÃO AMPARADA EM TITULAÇÃO. A PRÁTICA NA DOCÊNCIA ME

FEZ OBSERVAR QUE A FALTA DE LASTRO ENTRE TEORIA E PRÁTICA GERA VÁCUOS E

VISÕES MUITO PORMENORIZADAS DAS REALIDADES, NÃO VIABILIZANDO A

APLICAÇÃO DA TEORIA NA REALIDADE DOS FORMANDOS. NO ENTANTO NA PRESENÇA

DE DOCENTES COM ADERÊNCIA TANTO PRÁTICA QUANTO COM TITULAÇÃO,

ACREDITO SER ESTA A SITUAÇÃO IDEAL.

OCORRE A APROXIMAÇÃO COM ATUALIZAÇÃO CONSTANTE DE CONTEÚDOS ATUAIS E PERSPECTIVAS FUTURAS DE

DEMANDAS DE MERCADO E EM ALGUMAS DISCIPLINAS, HÁ TANTO A ACOLHIDA DE PROFISSIONAIS INTERNAMENTE À

INSTITUIÇÃO QUANTO PROJETOS ACADÊMICOS QUE NA LINHA DE DESPERTAR AUTONOMIA DO FORMANDO, INCENTIVA A

APROXIMAÇÃO AUTÔNOMA COM INSTITUIÇÕES DE MERCADO E FILANTRÓPICAS PARA VERIFICAR POSSIBILIDADES DE

INTERVENÇÃO AO DESIGNER. PARA REFORÇAR A EXTENSÃO DAS PRÁTICAS DA FACULDADE PRETENDO AUXILIAR A FORMAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GRUPOS DE ESTUDO E

PRÁTICA DE DESIGN EM ÁREAS ONDE MEUS CONHECIMENTOS POSSAM SER ÚTEIS. NO ENTANTO CONSIDERO QUE ESTA

INTERAÇÃO ORGANIZAÇÕES/ACADEMIA PRECISA SE INTENSIFICAR MUITO MAIS DO QUE ENCONTRA-SE

ATUALMENTE. CLASSIFICANDO EM UMA RÉGUA DE 0 A 100%, A INTERAÇÃO COM A INSTITUIÇÃO E ORGANIZAÇÕES

ATUALMENTE ESTARIA EM APENAS 30% DO POTENCIAL QUE VISLUMBRO.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Na questão em que perguntava se há necessidade de experiência prática como

profissional de designer para as disciplinas que o docente leciona, foi obtido o seguinte

percentual:

Gráfico 31 - Necessidade de experiência prática para as aulas de Design

Para a maior parte, 87% dos sujeitos, a experiência prática como designer é

importante para o exercício da docência; 13% diz que sim e não, pois há disciplinas em que

há a necessidade, porém, outras não.

Por meio das respostas, apenas o professor 1 da instituição A não apresenta clara

preocupação em alinhar conteúdo de suas disciplinas a necessidades do mercado de

trabalho, argumentando que desenvolve atividades com vínculos em conhecimento e não

necessariamente no mercado. Os demais sete professores descreveram suas

preocupações, ações e como ocorre tal aproximação.

Os professores relataram, no quadro seguinte, os pontos fortes e pontos fracos

existentes na relação instituição e mercado de trabalho, sugerindo também melhorias para

esse processo.

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Quadro 20 - Pontos Fortes e Pontos Fracos PROFESSOR ‐ INSTITUIÇÃO 

PONTO FORTE  PONTO FRACO  COMO MELHORAR 

1  A  A PLURALIDADE DA FORMAÇÃO DOS DOCENTES.  ME  PARECE NÃO EXISTIR UMA AVALIAÇÃO MAIS RIGOROSA QUANTO A QUALIDADE DA PRODUÇÃO DOS NOSSO ALUNOS. 

PERGUNTA MUITO AMPLA, DEVERIA VC ENCAMINHAR SUAS HIPÓTESES. SE FOSSE TÃO SIMPLES RESPONDER ESTA QUESTÃO AS COISAS ESTARIAM MELHORES HA MUITO TEMPO. TALVEZ EQUILIBRAR A 

EQUAÇÃO ENTRE ENSINO CRIATIVO E EXEQÜIBILIDADE TÉCNICA DAS IDÉIAS DESENVOLVIDAS NO ENSINO. 

2  A  O CURRÍCULO DO CURSO DE DESIGN, POR CONTEMPLAR UM CONTEÚDO EQUILIBRADO ENTRE DISCIPLINAS DE EXATAS E HUMANAS, ALÉM DE UM EQUILÍBRIO ENTRE O NÚMERO DE 

DISCIPLINAS PRÁTICAS E TEÓRICAS, RESULTA NUM EQUILÍBRIO ENTRE O FAZER O PENSAR, NÃO FACILMENTE ATINGIDO. A PROVA NOTÓRIA DISSO É O FATO DE OS ALUNOS EGRESSOS NÃO APENAS OCUPAREM CARGOS TÉCNICOS NO MERCADO, MAS TAMBÉM DE COMANDO. 

  CONQUISTAR UM CENÁRIO NO QUAL OS PLANOS DE AULA DOS DOCENTES CORRESPONDAM AO QUE DETERMINAM OS PLANOS DE 

ENSINO DAS DISCIPLINAS, QUE POR SUA VEZ, CORRESPONDAM AO QUE DETERMINA O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO CURSO, QUE É O DOCUMENTO FORMAL E REFERENCIAL MAIOR QUANTO A ADEQUADA FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DA ÁREA. OU SEJA, UM CENÁRIO NO QUAL EXISTA UMA CORRESPONDÊNCIA ENTRE AQUILO QUE ESTÁ NO 

PAPEL, E AQUILO QUE É PRATICADO, DE FATO. 

3  A  A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES E A LIBERDADE PROJETUAL OFERTADA AOS ALUNOS. 

A FALTA PROFESSORES EFETIVOS E LABORATÓRIOS DIDÁTICOS ADEQUADOS, A FALTA DE INTEGRAÇÃO ENTRE OS PROFISSIONAIS PARA O DESENVOLVIMENTO E APRIMORAMENTO DOS CURSOS E A AUSÊNCIA DE UM TRABALHO EFETIVO EM PROL DA COMUNIDADE, 

VALORIZANDO A FUNÇÃO SOCIAL DO DESIGNER. 

ACREDITO QUE FALTE UM PLANO CENTRAL ELABORADO E PRATICADO PELOS DOCENTES, COM FOCO NA UNIDADE PRÁTICA E IDEOLÓGICA DA 

ATIVIDADE PROFISSIONAL DO DESIGNER. 

4  B  VONTADE, DISCIPLINA, ATUAÇÃO, CONTANDO COM A MANTENEDORA SÉRIA DA NOSSA ESCOLA 

CURSO NOVO (RELATIVAMENTE) AINDA NECESSITA DE MELHORES LABORATÓRIOS E OFICINAS 

CONTINUAR O TRABALHO ÁRDUO COM ATENÇÃO AO CONHECIMENTO DIFUSO DOS PROFESSORES, ALUNOS E APLICAÇÃO 

5  B  CONHECIMENTO DAS CARACTERÍSTICAS ESTÉTICAS E FUNCIONAIS DO DESING FRENTE AS EMPRESAS E 

PRINCIPALMENTE AO BEM ESTAR DO SER HUMANO. 

CONHECIMENTO PRÁTICO JUNTO A PROFISIONAIS, OBJETIVANDO AS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO. 

PARA MELHORAR É NECESSÁRIO ACOMPANHAR OS OBJETIVOS DO MUNDO MODERNO E AS NECESSIDADES DOS USUÁRIOS E DAS 

EMPRESAS DE DESIGN. 6  B  SÃO OS PROFESSORES, QUE ACREDITAM NAQUILO QUE 

FAZEM (QUASE TODOS EM NOSSO GRUPO) É A INFRA‐ESTRUTURA QUE, AINDA, NÃO ESTÁ DEVIDAMENTE 

ADEQUADA A UM CURSO DE EXCELÊNCIA EM DESIGN. É PRECISO QUE OS MANTENEDORES DIRECIONEM SEU OLHAR PARA O CURSO DE DESIGN QUE, ATÉ O MOMENTO, É O CURSO DA INSTITUIÇÃO 

QUE MAIS ALUNOS VEM CONQUISTANDO A CADA VESTIBULAR, LEVANDO‐SE EM CONTA QUE NOSSA PROPAGANDA É FEITA, 

PRINCIPALMENTE, PELO DESENVOLVIMENTO DA NOSSA SEMANA DE DESIGN (DIVERSO DESIGN) QUE ACONTECE TODOS OS ANOS, COM 

PALESTRAS, OFICINAS E EXPOSIÇÕES DOS MELHORES TRABALHOS DOS ALUNOS DO CURSO (E É REALIZADA PELOS PRÓPRIOS ALUNOS),E PELO 

BOCA‐A‐BOA. 7  B    MUITAS VEZES O ENSINO ESTÁ LONGE DO QUE ACONTECE NO 

MERCADO DE TRABALHO, E ALGUMAS DISCIPLINAS FICAM PRESAS NOS LIVROS, O QUE ESTÁ AS VEZES MUITO AQUEM DO QUE OS ALUNOS PRECISAM APRENDER, POIS AS VEZES, O LIVRO FOI 

EDITADO A MAIS DE 10 ANOS, E ENTÃO, TOTALMENTE FORA DA REALIDADE. SE BEM QUE MUITOS LIVROS SÃO ATEMPORAIS, 

ATUALÍSSIMOS. 

DAR UMA FORMAÇÃO MAIS PRÓXIMA DO MERCADO AOS ALUNOS, FAZENDO COM QUE ELES POSAM PARTICIPAR DAS EMPRESAS, EM 

SITUAÇÕES DE ESTÁGIO E TAMBÉM DE APLICAÇÃO DOS PROJETOS, EM FASE DE EXPERIMENTAÇÃO, SEMPRE COM UM AVAL TAMBÉM DE UM 

PROFISIONAL DA ÁREA DO PROJETO. 

8  B  AMPLITUDE DE DISCIPLINAS FORNECE CONHECIMENTOS MÍNIMOS EM DIVERSAS ÁREAS FORMANDO UM 

PROFISSIONAL BEM FLEXÍVEL EM TERMOS DE ATUAÇÕES NO MERCADO DE TRABALHO; 

‐ UM DOS PONTOS QUE CONSIDERO POSITIVO É PERCEBER QUE MESMO DISCENTES QUE ENTRAM SEM HABILIDADES REPRESENTATIVAS (POIS NÃO HÁ TESTE NO VESTIBULAR 

PARA FILTRAR NESTE SENTIDO), TERMINAM O CURSO COM NO MÍNIMO UMA FORMA DE REPRESENTAÇÃO QUE LHE PERMITA POSICIONAR‐SE NO MERCADO DE TRABALHO DA 

ÁREA; ‐ O PERFIL DE ENTRADA DE DISCENTES INGRESSANTES NO CURSO TEM SE ALTERADO, PORÉM AINDA ESTÁ EM CLASSE MÉDIA E MÉDIA‐BAIXA. TEMOS DIVERSOS DISCENTES QUE ATUAM EM LINHA DE PRODUÇÃO OU OUTROS EMPREGOS TIPICAMENTE OPERACIONAIS DE BAIXA REMUNERAÇÃO. NESTE SENTIDO A FORMAÇÃO GERALMENTE AUXILIA OS FORMADOS A SE REPOSICIONAREM NO MERCADO DE TRABALHO, TENDO MAIORES CHANCES DE ASCENÇÃO 

PROFISSIONAL VERTICAL NAS ORGANIZAÇÕES ONDE ATUAM; ‐ OUTRA CARACTERÍSTICA SIGNIFICATIVA, TAMBÉM GERADA 

PELO PERFIL DE ENTRADA, É QUE SENDO APROXIMADAMENTE 30% DOS DISCENTES DAS CIDADES DA 

REGIÃO E O RESTANTE DE BAURU, É COMUM QUE OS FORMANDOS POR TEREM FAMILIARES, AMIGOS E TAMBÉM RESIDÊNCIA NESTA ÁREA, RARAMENTE DEIXAM A REGIÃO PARA TRABALHAR, SUPRINDO ASSIM UMA DEMANDA 

REGIONAL DE DESIGN, VISTO QUE FACULDADES A, A MAIOR PARTE DOS FORMANDOS É EXPORTADA PARA OUTRAS 

REGIÕES DO PAÍS, SEJA PARA A CIDADE NATAL DOS MESMOS OU OUTRAS DIVERSAS DA DE BAURU; 

‐ A FALTA DE MATERIAL APOSTILADO DÁ AO DOCENTE UMA LIBERDADE E FLEXIBILIDADE NA INSERÇÃO DE CONTEÚDOS, PERMITINDO RÁPIDA ADAPTAÇÃO DURANTE UM MESMO 

SEMESTRE LETIVO DE MODO A FLEXIBILIZAR METODOLOGIAS E PRÁTICAS ÀS CARACTERÍSTICAS DE UMA TURMA, 

PODENDO GERAR MELHOR CHANCES DE APRENDIZAGEM; ‐ CORPO DOCENTE É MUITO PRÓ‐ATIVO E ENGAJADO; 

‐ MUITOS DOS DISCENTES QUE INGRESSAM NA INSTITUIÇÃO TRABALHAM (CERCA DE 80%) DE MODO QUE ELES MESMOS OU COM COMPLEMENTAÇÃO DE AJUDA DE FAMILIARES OU EMPRESA ARCAM COM AS CUSTAS DO CURSO, DE MODO 

QUE APRESENTAM GRANDE INTERESSE E COBRAM QUANDO SENTEM QUE HÁ DE ALGUMA FORMA ALGO QUE IMPACTE NEGATIVAMENTE A QUALIDADE DE UMA DISCIPLINA POR 

EXEMPLO. 

A AMPLITUDE DE DISCIPLINAS QUE TAMBÉM É UM PONTO POSITIVO, TEM UM REVÉS AO PASSO QUE IMPLICA EM REDUÇÃO DE CARGA 

HORÁRIA EM DISCIPLINAS MAIS BÁSICAS, O QUE FREQUENTEMENTE RESULTA EM UM PROFISSIONAL FORMADO QUE AINDA PRECISA DE COMPLEMENTAR SUAS EXPERIMENTAÇÕES EM TAIS ITENS PARA UM 

DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL EXCELENTE; ‐ APESAR DESTE CARÁTER DO EFEITO DE CURSO QUE OCORRE EM 

TERMOS DE REPRESENTAÇÃO PROJETUAL COM OS DISCENTES, TAL AÇÃO IMPLICA EM EXCESSO DE DISCIPLINAS ONDE O FOCO SE TORNA ENSINO DE SOFTWARES OU TÉCNICAS DE DESENHO/MODELAGEM, INFLANDO A 

GRADE CURRICULAR DO CURSO PARA PROVER ESTE BENEFÍCIO. ‐ FALTA DE MATERIAL APOSTILADO AO MESMO TEMPO QUE PERMITE 

ESSA FLEXIBILIDADE, EXIGE ENORME TEMPO DOS DOCENTES, SOBRETUDO DOS INICIANTES EM UMA DISCIPLINA (POR MOTIVOS DE ELABORAÇÃO DE 

MATERIAL DE USO DO REFERIDO DOCENTE) E DIFICULTA DE FORMA SIGNIFICATIVA A PRODUÇÃO CIENTÍFICA DOS DOCENTES QUE SE 

ENQUADRAM NESTES CASOS. TAMBÉM OCASIONALMENTE RESULTA EM COMPARAÇÕES QUANDO HÁ SUBSTITUIÇÃO DE DOCENTES EM 

DISCIPLINAS SEQÜENCIAIS (EX: PROGRAMAÇÃO VISUAL 1 E 2) OU MESMO ENTRE DISCIPLINAS DISTINTAS, POIS É DIFÍCIL AO DISCENTE DE 

INSTITUIÇÕES PARTICULARES ENTENDEREM QUE CADA DOCENTE TEM GERALMENTE OUTROS COMPROMISSOS ALÉM DA DOCÊNCIA, PARA SE 

MANTER; ‐ FALTA DE CRITÉRIOS DE ATRIBUIÇÃO E ADERÊNCIA CLAROS RESULTAM FREQUENTEMENTE EM “MAL‐ESTAR” ENTRE PARTE DO CORPO DOCENTE 

E COORDENAÇÃO; ‐ O FATO DA EMPRESA TER CARACTERÍSTICAS DE UMA EMPRESA 

FAMILIAR, RESULTA EM UMA DAS PREOCUPAÇÕES APONTADAS PELA UNE (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES) NAS FACULDADES PARTICULARES: 

ESVAZIAMENTO DOS PODERES DAS INSTÂNCIAS ADMINISTRATIVAS (DIREÇÃO/COORDENAÇÃO) E INGERÊNCIA DA MANTENEDORA; 

‐ FALTA DE POLÍTICAS CLARAS E SISTEMÁTICAS QUE CONDUZAM AO CUMPRIMENTO NA INTEGRA DAS PROPOSTAS DE PDI E PPI (PLANO DE 

DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL) E (PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL) E TAMBÉM DE DEMANDAS RECENTES QUE DEVERIAM SER ADICIONADAS ÀS PRIORIDADES INICIALMENTE PROPOSTAS AO 

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (CNE); ‐ A BAIXA REMUNERAÇÃO COMPARATIVAMENTE COM A PROVIDA PELO 

ESTADO NO ENSINO SUPERIOR, IMPLICA A ESTE DOCENTE COM FREQÜÊNCIA COMPLEMENTO DE RENDA FAZENDO COM QUE TENHA 

DIFICULDADES EM ATUALIZAR MATERIAL DIDÁTICO, PRODUZIR PESQUISAS E PUBLICAR OS RESULTADOS DE TAIS ESTUDOS, ALÉM DE POR VEZES GERAR UM CONCORRÊNCIA ENTRE MERCADO E IES, ONDE QUASE SEMPRE O MERCADO PROVÊ UMA REMUNERAÇÃO MAIS ATRATIVA, 

DIFICULTANDO EM SUMA, A VIVÊNCIA DESTE DOCENTE COMO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO: 

‐ O FATO DA FACULDADE SER RECENTE AI TEM CERTOS REFLEXOS NA CULTURA DE DESIGN VIGENTE NO CURSO E NA IES, DE MODO QUE 

SOMENTE NESTES ÚLTIMOS ANOS QUE ESTAMOS PERCEBENDO O INÍCIO DE UMA CULTURA DE DESIGN MAIS DINÂMICA E CONSISTENTE; ‐ POUCA VARIEDADE E QUANTIDADE DE TÍTULOS NA BIBLIOTECA. 

DETERMINAÇÃO DO MEC PARA QUE AS IES CONTRATEM PROFESSORES SOMENTE COM MÚLTIPLOS DE 20 HORAS AULAS, PARA QUE SEJA 

POSSÍVEL AO MESMO SER UM PROFISSIONAL DEDICADO À EDUCAÇÃO E PESQUISA E ÀS DEMANDAS DECORRENTES DO MAGISTÉRIO; 

‐ CRIAÇÃO DE LINHAS DE CRÉDITO DO PBD (PROGRAMA BRASILEIRO DO DESIGN) PARA IES INVESTIREM EM LABORATÓRIOS DE DESIGN E P&D NESTA ÁREA A FUNDO PERDIDO, OU LINHAS DE AVESSO FACILITADAS A 

CRÉDITOS DO BNDES; ‐ MAIOR RIGIDEZ DO INEP EM DUAS VERIFICAÇÕES NAS AVALIAÇÕES EXTERNAS PARA VERIFICAÇÕES DOS CURSOS PARA QUE OS PONTOS 

FALHOS SEJAM COBRADOS POR INSTÂNCIA SUPERIOR ÀS MANTENEDORAS, VISTO QUE O ENSINO SUPERIOR NO BRASIL É 

CONCESSÃO DO ESTADO; ‐ REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DEVERÁ AJUDAR NA VALORIZAÇÃO 

DO PROFISSIONAL ABRINDO MAIORES POSSIBILIDADES DE ENQUADRAMENTOS TRIBUTÁRIOS PARA EMPREENDEDORES NESTA ÁREA E QUEBRANDO UM DOS RECEIOS DE DIVERSOS PROFISSIONAIS 

QUE INICIAM A CARREIRA ATUALMENTE; ‐ READEQUAÇÃO DA GRADE CURRICULAR E DAS DCNS (DIRETRIZES 

CURRICULARES NACIONAIS) PARA O CURSO EM QUESTÃO; ‐ CRIAÇÃO DE LINHAS DE APOIO À OBTENÇÃO DE TITULAÇÕES 

(MESTRADO, DOUTORADO E PÓS‐DOC); 

Page 79: O ensino e o mercado de trabalho na área de design · figura 3 – curso de design de sobrancelhas 12 ...

70

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

6 Discussão

A busca por informações sobre a Instituição e Mercado de trabalho gerou muitos

dados importantes para análise e permitiu que fossem revelados diversos aspectos dessa

relação.

No que diz respeito à análise dos dados obtidos através dos alunos dos cursos de

Design, podemos notar que, conforme suas avaliações, o ensino é considerado bom,

levando-se em conta o preparo que oferecem para atuação no mercado de trabalho.

Gráfico 32 - Comparativo na avaliação do curso realizada pelos alunos

Através do gráfico, podemos perceber que o curso da Instituição B atingiu mais

indicações positivas de qualidade como “ótimo” e “bom”, mas, no geral para ambas as

instituições de ensino, prevaleceram conceitos que mostram satisfação a respeito do ensino

recebido.

Já para os mestrandos e doutorandos que avaliaram o ensino que receberam,

atribuíram menor valor, tendo a maior parte deles avaliado como “regular” a graduação que

cursaram. Uma possibilidade é que isso seja um reflexo da visão crítica adquirida durante os

cursos de pós-graduação, adotando uma postura mais criteriosa.

Page 80: O ensino e o mercado de trabalho na área de design · figura 3 – curso de design de sobrancelhas 12 ...

71

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Gráfico 33 - Alunos atribuem notas a itens relacionados à sua graduação

Comparando as notas atribuídas a itens específicos do ensino das duas instituições

de ensino, os alunos da Instituição B apresentaram maior satisfação. Uma característica

influenciadora desse resultado é que a Instituição B é particular e os alunos avaliam

constantemente o serviço prestado pela instituição, podendo ocorrer ajustes até mesmo no

decorrer do ano letivo.

A tabela mostra os dados e torna evidente que alunos das duas instituições de

ensino consideram os professores, conteúdos, disciplinas e laboratórios os pontos fortes do

ensino. Outro aspecto comum é relacionado a softwares específicos e computadores.

Os professores da Instituição B, em sua maior parte, são ou foram alunos da pós-

graduação da Instituição A, um claro indicador que a qualidade do ensino da Instituição A se

expandiu para a Instituição B através de tais professores, fazendo com que eles sejam

nomeados como pontos fortes do ensino fornecido por ambas as instituições.

Quadro 21 - Comparativo Pontos Fortes e Pontos Fracos Pontos Fortes Pontos Fracos

Instituição A Instituição B Instituição A Instituição B

PROFESSORES PROFESSORES SOFTWARES ATUALIZAÇÃO DE

COMPUTADORES E

SOFTWARES

DISCIPLINAS E

CONTEÚDO

DISCIPLINAS E

CONTEÚDO

PROFESSORES RELACIONAMENTO

INSTITUIÇÃO E

ALUNO

LABORATÓRIOS LABORATÓRIOS ESTRUTURA

PESQUISA 2 HABILITAÇÕES

ALUNOS

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72

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Um dos pontos fracos mais citados por alunos de ambas as instituições de ensino é

a questão de aulas de softwares e equipamentos adequados para que isso ocorra.

Fica comprovado que os recursos computacionais apresentam importância primordial

quando tratamos de laboratórios para o curso de Design. Afinal, em todas as áreas

possíveis de atuação do designer, é necessário o uso desse recurso.

Vimos no capítulo 2 intitulado “Design hoje” que os softwares para a área do Design

vêm ganhando popularidade e conquistando cada vez mais usuários. Os cursos se

multiplicam e os alunos, depois de alguns meses, saem com o certificado de design. Esses

alunos ocupam lugares no mercado de trabalho. Mesmo porque, se tal curso não trouxesse

resultado financeiro para quem investe neles, eles não seriam tantos. São designers

amadores atuando por dominarem uma ferramenta em que as instituições de ensino não

investem ou investem de maneira ainda deficiente. O mercado está sinalizando para a

necessidade de profissionais que dominem também – ou principalmente - tais técnicas e a

instituição não pode ficar para trás. Os mestrandos e doutorandos que estão em contato

com o mercado de trabalho, atuando como designers, também sinalizaram que o

conhecimento de software é uma das competências exigidas e foi um dos itens que faltaram

em suas graduações.

Laboratórios de fotografia e Oficinas de Metal, Madeira e Plástico são oficinas muito

específicas, tais instituições de ensino possuem e os professores as defendem. Trabalhos

com softwares (ponto fraco relatado por alunos e professores das duas instituições de

ensino) estão presentes em todas as áreas do design. Já os resultados gerados por

laboratórios de fotos e em oficinas de madeira estão presentes em apenas uma parcela do

vasto campo de atuação possível do profissional. A Instituição B além de repetir o modelo

de sucesso apresentado pela Instituição A acaba cometendo também algumas falhas da

Instituição A. Prova disso é que recentemente inauguraram oficina de materiais (e a

necessidade maior era de equipamento para utilização de softwares específicos), da mesma

forma que a Instituição A, por esta ser referência na área de ensino do Design. A Instituição

B realizou uma ação de benchmark – na qual se observa e aplica o que já esta sendo feito

em outra instituição, quando o ideal seria realizar uma análise das necessidades de suas

áreas clientes, no caso, seus alunos, mercado e empregadores. É importante notar que

grande parte do corpo docente da Instituição B é de profissionais formados pela Instituição

A, um motivo que justifica o espelhamento que ocorre se repetindo o modelo já

estabelecido.

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73

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Gráfico 34 - Percentual de graduandos que realizam estágio

Outro resultado diretamente influenciado pelo perfil da instituição e seus alunos é a

quantidade de alunos que já realizam estágios. A Instituição A possui alunos de diferentes

cidades, até mesmo de outros estados. Os alunos da Instituição B são da cidade ou cidade

próximas. O vislumbramento da possibilidade de manter por mais tempo e mais próximo seu

funcionário, além de conhecer características locais e também facilidades proporcionadas

pelo networking, fazem com que os alunos da Instituição B apresentem melhores índices

relacionados à atuação profissional ainda como alunos.

O estágio é outra forma, e muito eficaz, para que ocorra a aproximação com o

mercado. Existem profissões que exigem realização de estágio, como por exemplo,

medicina, na qual é necessário estágio para se tornar profissional. Uma solução para

sintonia de interesses entre as áreas, mercado e academia seria uma diretriz curricular para

estágio.

Com relação aos perfis das instituições de ensino (anexos) podemos perceber que a

Instituição B aponta através da forma que apresenta o curso de Design, sintonia com o

mercado de trabalho. Já a Instituição A mostra grande preocupação com o homem, num

contexto geral e também com a expressão da criatividade, porém não cita aspectos

empregatícios e mercadológicos.

Mesmo o curso de pós-graduação sendo bem conceituado, foi identificada uma

lacuna no que diz respeito a atividades práticas para atuação como professor. O curso

prepara docentes e pesquisadores, porém parte de seus alunos identifica que há

necessidade de disciplinas que tratem de didática e ensino superior. O programa de pós-

graduação possui a preocupação de proporcionar tal experiência aos seus discentes e há

alguns anos estão procurando disponibilizar a disciplina denominada didática para todos os

anos, constantemente. Ela já ocorreu em anos anteriores.

O índice de discentes já atuando como professores e preparando futuros

profissionais é alto, correspondendo a 75% dos entrevistados. Desses 75%, 87% deles

estão iniciando suas atividades como docentes e possuem menos de cinco anos de

atuação. Isso pode ser um indício dos pós-graduandos terem relatado através de notas a

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74

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

carência de aperfeiçoamento ou aprendizado sobre a atuação em sala de aula durante o

curso.

Os pós-graduandos citaram a “falta de contato com o mercado” no momento em que

realizavam suas graduações como um aspecto que pouco esteve presente.

A grande parte dos professores mostra sintonia com o mercado de trabalho,

pensando na futura atuação prática dos alunos, levando à sala de aula atividades baseadas

em experiências profissionais. Apenas para as aulas teóricas como, por exemplo, história do

desenho industrial é que não existe a necessidade de imediata conexão prática com o

mercado atual.

Os professores da Instituição A estão enquadrados no RDIDP (Regime de Dedicação

Integral à Docência e à Pesquisa), não podendo exercer concomitantemente atividades

além das firmadas através deste compromisso empregatício. A experiência com o setor

produtivo, neste caso, se concretiza através de participação de diferentes feiras e eventos

de caráter mercadológico e profissional. Tal experiência pode ser mais enriquecedora do

que a constante prática no mercado de trabalho, pois, como exemplo, um designer que

trabalha há dez anos em uma única empresa pode possuir uma visão restrita e até mesmo

possuir vícios adquiridos durante tal atividade.Já a diversidade das experiências absorvidas

através de eventos de diferentes áreas constrói um repertório muito vasto e rico que deve

ser mais valorizado.

Vimos que a experiência pode ser adquirida de outras formas que não somente no

dia a dia em empresas e que também não são todas disciplinas que exigem esta prática,

porém nas disciplinas como as que envolvem projeto e prepara para a prática profissional,

tal experiência é aconselhada por proporcionar maior segurança aos alunos.

Outro aspecto positivo observado é que, mesmo que a maior parte dos professores

possua formação e experiência em design, fazem parte também do corpo docente

professores com formações distintas do design, o que possibilita o ingresso e disseminação

de diferentes ângulos de visão colaborando assim para pluralidade do curso e formação

mais completa do aluno.

Muitos professores mostraram algo além do cumprimento do plano de disciplina e

conteúdos com vínculo a alguma área do conhecimento. Mostraram-se preocupados

também com o futuro profissional dos alunos, com a empregabilidade deles. Quando

indagados de que forma poderiam melhorar a relação instituição e mercado de trabalho

citaram como soluções o acompanhamento das necessidades dos usuários, do mundo

moderno e das empresas, até mesmo execução de projetos junto com profissionais em sala

de aula e realização de estágios.

Fato interessante é que a maior parte dos entrevistados, professores e pós-

graduandos, ao serem questionados se a experiência profissional colabora para que haja

Page 84: O ensino e o mercado de trabalho na área de design · figura 3 – curso de design de sobrancelhas 12 ...

75

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

maior aproximação com o mercado, acabam defendendo a posição em que se encontram.

Se possuem experiência, dizem que ela é necessária; se não a possuem, dizem que ela não

é essencial.

A “falta de infraestrutura” da mesma forma que esteve presente nas respostas dos

alunos também despontou com destaque nas respostas dos professores, caracterizando

assim uma das mais importantes necessidades de solução para o aprimoramento da relação

aqui estudada.

Um dos fatores citados pelos professores quando se diz respeito à relação ensino e

mercado de trabalho, é o tempo. Dizem que ocorre uma grande discrepância no que

consideram o tempo ideal para o desenvolvimento de um projeto, sendo a instituição de

ensino por vezes taxada como vagarosa e o mercado como imediatista.

Livros desatualizados ou a não existência de livros com conteúdos atuais sobre a

prática do design foi mencionado. Tal fato se comprova diante da migração para outro meio

utilizado para propagação de conhecimento: a internet, conforme dados obtidos pelos

questionários. Na pesquisa realizada com os mestrandos e doutorandos, eles informaram,

em sua maioria, que consultam sites para se manterem atualizados para o exercício de suas

atividades.

A elaboração, a redação e a manutenção de tais conteúdos se mostram outra boa

oportunidade de atuação, já que é uma necessidade identificada. Muitos profissionais

podiam se dedicar a tal atividade.

Ainda sobre livros, a maior parte deles ou outro tipo de literatura ou qualquer material

que trate do assunto design falam sobre a dificuldade em definir design. Até mesmo esta

dissertação relata esta dificuldade. O ideal é definir design, propagar o conceito correto.

Falar o que não é apenas gera dúvidas e lacunas.

Descobrir onde se encontra a lucratividade no projeto de design e apresentar

também este argumento. O designer deve aprender a falar a língua do mundo dos negócios

e expor os atrativos mercadológicos como parte integrante do projeto.

Clientes, usuários ou consumidores, muitas vezes imagina-se o cliente como sendo

uma pessoa com determinadas necessidades e desejos a serem supridos. As empresas

também são clientes e também precisam ser atendidas por designers, tendo suas

necessidades providas, seus problemas resolvidos.

Os resultados aqui apresentados e discutidos merecem atenção especial, pois

apresentam itens relevantes para o acréscimo de qualidade do ensino oferecido,

consequentemente, para que ocorra satisfação dos alunos e que atenda às demandas do

mercado de trabalho. Para o mercado de trabalho, os resultados mostram como ele pode

melhor aplicar os conhecimentos do designer, trazendo mais benefícios para a organização

e para a sociedade.

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76

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

7 Considerações Finais

O presente estudo e resultados mostraram que muito já foi feito na área de ensino do

design e também foram reveladas lacunas para que as instituições atendam as demandas

mercadológicas de forma ainda mais satisfatória. Tais lacunas também foram encontradas

no mercado de trabalho, onde, por desconhecimento, muitas vezes acaba inutilizando ou

utilizando de forma inadequada os serviços do designer.

Através dos resultados ainda foi possível apontar itens que resumem as providências

a serem tomadas para melhor relação entre instituições de ensino e mercado de trabalho.

Com isso foi atingido o objetivo desta pesquisa que era realizar análise da dinâmica do

ensino do Design, sua eficácia e seus reflexos na relação com o mercado de trabalho.

Importante observar que a preocupação aqui explicitada não diz respeito puramente à

empregabilidade do designer e às metas financeiras e mercadológicas de empresas e

indústrias. Até mesmo vai além da relação ensino com o mercado de trabalho, pois o que aí

ocorre, faz com que existam reflexos. A preocupação maior, e onde ocorrem tais reflexos, é

a sociedade, atingindo o homem e o lugar onde habita, com o impacto negativo provocado

pelo não entrosamento entre as instituições. Isso ocorre de forma inconscientemente e

muitas vezes até mesmo irresponsável no momento em que é permitido o surgimento de

produtos gerados sem a efetiva participação do designer.

O entendimento sobre o que é design está difuso, porém, muito confuso, e neste

aspecto há muito a ser feito para que haja homogeneização e clareza na comunicação para

relacionamento entre as partes.

Seguramente, outros estudos envolvendo a relação ensino e mercado de trabalho

devem ser realizados, principalmente levando-se em consideração os aspectos levantados

por empresas empregadoras, profissionais de outras áreas e também do mercado

consumidor, podendo então essas informações serem analisadas com as que nesta

dissertação foram apresentadas.

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77

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

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79

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

9 Apêndices

Apêndice 1 A Prova de Títulos teve como base os seguintes critérios de avaliação: Pontuação

1. FORMAÇÃO ESCOLAR:

- Graduação: na área = 1,0 ponto / fora da área = 0,5 ponto.

- Mestrado: na área = 1,0 ponto / fora da área = 0,5 ponto.

- Doutorado: na área = 1,0 ponto / fora da área = 0,5 ponto.

(até 3,5 pontos)

2. EXPERIÊNCIA DIDÁTICA:

- Graduação: 3,0 pontos.

(até 3,0 pontos)

3. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL E/OU ANÁLISE DE PORTIFÓLIO:

- Na área: 1,0 ponto.

- Fora da Área: 0,5 ponto.

(até 1,0 ponto)

4. ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS EM INSTITUIÇÕES UNIVERSITÁRIAS:

- Itens avaliados: Conselhos, Órgãos Colegiados, Atividades de Departamento.

(até 1,0 ponto)

5. ORIENTAÇÃO ACADÊMICA:

- Iniciação científica: 1,0 ponto.

- Mestrado: 0,5 ponto.

- Doutorado: 0,5 ponto.

(até 2,0 pontos)

6. PESQUISA:

- Itens avaliados: Projetos em andamento e projetos concluídos.

(até 2,5 pontos)

7. APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS EM ENCONTROS:

- Itens: Encontros, Comunicação em Congresso, Palestras, Conferências, Mesas-

Redondas e Grupos de Trabalho.

(até 2,0 pontos)

8. TRABALHOS CIENTÍFICOS PUBLICADOS:

- Itens avaliados: Anais, Artigos em revista, Capítulo de livros, Livros e Jornais.

(até 3,0 pontos)

9. EXTENSÃO:

- Itens avaliados: Projetos institucionais, Palestras, Conferências e Projetos para

comunidade.

(até 2,0 pontos)

TOTAL GERAL até 20 pontos

Tabela – Atribuição de pontos em concurso para contratação de docente na Unesp. fonte:

www.faac.unesp.br

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Apêndice 2 A Prova de Títulos terá como base os seguintes critérios de avaliação:

TOTAL GERAL: até 13,0 pontos. FORMAÇÃO ESCOLAR.

na área do design (4,0 pontos); em áreas correlatas (3,0 pontos).

(até 4,0 pontos)

EXPERIÊNCIA DIDÁTICA. graduação em design, com experiência mínima

de 2 anos (2,0 pontos); graduação em áreas correlatas, com experiência

mínima de 2 anos (1,0 ponto); ensino médio profissionalizante (0,5 ponto a cada

2 anos de docência).

(até 2,0 pontos)

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL. experiência profissional na área de design (1,0

ponto a cada ano); experiência profissional em áreas correlatas (0,5

ponto a cada ano).

(até 2,0 pontos)

PESQUISA. projetos em andamento (1,0 ponto cada); projetos concluídos (1,0 ponto cada).

(até 3,0 pontos)

TRABALHOS CIENTÍFICOS PUBLICADOS. publicação na área do design (0,50 ponto); publicação em áreas correlatas (0,25 ponto).

(até 1,0 ponto)

PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS. na área do design (0,25 ponto); em áreas correlatas (0,125 ponto).

(até 1,0 ponto)

A Prova Didática terá como base os seguintes critérios de avaliação: TOTAL GERAL: até 11,5 pontos.

DIDÁTICA - planejamento e organização de aula; - qualidade da apresentação.

(até 3,0 pontos)

DELIMITAÇÃO DO TEMA SORTEADO - desenvolvimento do tema e desenvoltura didática.

(até 6,0 pontos)

CONTEÚDO ATUALIZADO - adequação à bibliografia relacionada às disciplinas do concurso.

(até 2,5 pontos)

A Análise de Portifólio terá como base os seguintes critérios de avaliação: TOTAL GERAL: até 10,0 pontos.

PRODUÇÃO TÉCNICA (até 10,0 pontos): Na área do design (8,0 pontos) atividade de projeto (0,5 ponto por ano) atividade de projeto incluindo o desenvolvimento do produto e seu acompanhamento técnico

(1,0 ponto por ano)

atividade de projeto incluindo o desenvolvimento do produto e seu acompanhamento técnico, mais o processo de implantação

(2,0 pontos por ano)

Em áreas correlatas (2,0 pontos) atividade de projeto (0,125 ponto por ano) atividade de projeto incluindo o desenvolvimento do produto e seu acompanhamento técnico

(0,25 ponto por ano)

atividade de projeto incluindo o desenvolvimento do produto e seu acompanhamento técnico, mais o processo de implantação

(0,5 ponto por ano)

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Apêndice 3 Quantidade Cidade Faculdades e Instituições de ensino

1 Adamantina Faculdades Adamantinenses Integradas - FAI Design de Produtos

1 Araçatuba Centro Universitário Toledo - UniToledo Tecnologia em Design de Moda

1 Birigui Faculdade de Ciência e Tecnologia de Birigui - Fateb Projeto de Produto

2 Bauru Instituição Estadual Paulista - Unesp Programação Visual/Projeto de Produto

Instituto de Ensino Superior de Bauru S.P (IESB/Preve) Design

1 Campinas Faculdade de Campinas Programação Visual/ Projeto de Produto/Design de Interfaces/Webdesign

1 Franca Instituição de Franca - Unifran Programação Visual/Projeto de Produto/Design de Jóia

1 Guarulhos Instituição de Guarulhos - UNG Programação Visual / Desenho Industrial

1 Limeira Faculdade de Administração e Artes de Limeira - FAAL Bacharelado em Design Gráfico / Design de Produto

1 Lorena Faculdades Integradas Teresa D´Ávila Projeto de Produto/Programação Visual

1 Marília Centro Universitário Eurípides de Marília - UNIVEM Design Grafico

1 Mauá Faculdade de Desenho Industrial de Mauá Projeto de Produto

1 Mirassol União das Escolas do Grupo Faimi de Educação - FAIMI Design

1 Mogi das Cruzes Instituição de Mogi das Cruzes - UMC Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico

2 Osasco Centro Universitário FIEO - Unifieo Bacharelado em Design com habilitação em design digital

Instituição Bandeirante de São Paulo - Uniban Bacharelado em Design

1 Salto Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio – CEUNSP Decoração e Design

1 São Bernardo do Campo

Instituição Bandeirante de São Paulo - Uniban Bacharelado em Design

1 São Caetano do Sul

Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia Design de Produto

1 São José do Rio Preto

Centro Universitário de Rio Preto Design de Moda

25 São Paulo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo Programação Visual/Projeto de Produto/Tecnologia da Embalagem/Design de Interiores/Design de Moda

Centro Universitário FIEO - UniFieo Design Digital

Centro Universitário Ibero-Americano - Unibero Graduação em Comunicação Social - habilitação em Design Digital

Centro Universitário Senac - Senac-SP Design Industrial/ Comunicação Visual / Interface Digital / Modelagem / Estilismo

Escola Panamericana de Artes Design de Produto / Produção de Moda

Escola Superior de Propaganda e Marketing - ESPM - SP Superior de Propaganda e Marketing

Curso de graduação em Design - Bacharelado - (Habilitação em Comunicação Visual e ênfase em Marketing) Faculdade Marcelo Tupinambá

Programação Visual Faculdade Santa Marcelina - FASM

Design de Moda Faculdades Associadas de São Paulo - Fasp

Webdesign Faculdades e Centro de Educação Tecnológica

Webdesign Faculdade Impacta Tecnologia - FIT –

Design de Mídia Digital Faculdades Integradas Interamericanas – FAITER (Faculdades Oswaldo Cruz)

Programação Visual/ Projeto de Produto Faculdades Metropolitanas Unidas - UniFMU

Design Gráfico e Design do Produto Faculdade Senac de Comunicação e Arte

Design Gráfico/ Design de Multimídia/ Design de Moda Fundação Armando Álvares Penteado - Faap

Programação Visual/Projeto de Produto/Design de Moda Faculdade Paulista de Artes

Bacharelado em Desenho Industrial com habilitação em Programação Visual Istituto Europeo di Design - São Paulo

Industrial Design/Interior Design/Fashion Design/Design de Jóias e Acessórios/ Graphic Design/Digital & Virtual Design Miami Ad School São Paulo Extensão em Design Gráfico

Instituição Anhembi Morumbi Design de Animação, Design de Games, Design de Interiores, Design de Moda, Design Digital e Design Gráfico - Tipografia

Instituição Bandeirante de São Paulo - Uniban Projeto do Produto e Programação Visual (simultâneo)

Instituição Mackenzie Programação Visual/Projeto de Produto

Instituição Paulista - Unip Projeto de Produto

Instituição São Judas Tadeu - USTJ Programação Visual/Projeto de Produto

Instituição de São Paulo - USP (Faculdade de Arquietura e Urbanismo) Design

Instituição de São Paulo - USP (Escola de Artes, Ciências e Humanidades - USP Leste) Bacharelado em Têxtil e Moda

1 Sorocaba Instituição de Sorocaba - UNISO Tecnólogo em Design Gráfico

1 Tatuí Faculdade de Desenho Industrial de Tatuí Programação Visual

TABELA – Cursos de Design no Estado de São Paulo, classificados por cidade. Fonte:

www.designbrasil.org.br

Page 91: O ensino e o mercado de trabalho na área de design · figura 3 – curso de design de sobrancelhas 12 ...

82

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Apêndice 4

Questionários

Professores Título do e-mail:

Professor, responda e participe da pesquisa sobre Design.

E-mail:

CLIQUE EM RESPONDER, PREENCHA COM SUA OPINIÃO E ENVIE ATÉ DIA

06/11/09.

No programa de pós-graduação, Mestrado em Design – Unesp

(www.faac.unesp.br/posgraduacao/design/), está em andamento pesquisa que visa

levantar informações sobre como está atualmente a relação entre a Instituição e o

Mercado de Trabalho, identificando assim:

Pontos fortes e pontos fracos no ensino oferecido pelas instituições;

A percepção e as expectativas dos futuros profissionais;

As necessidades dos profissionais de design;

As necessidades das empresas em relação ao design.

Contamos com sua valiosa colaboração, respondendo e nos enviando o

questionário abaixo.

Ficamos no aguardo de sua resposta e estamos à disposição para

esclarecimento de qualquer dúvida.

Antecipadamente agradecemos pela colaboração.

Carolina de Oliveira Marques

Mestranda em Design -PPGDI-FAAC-UNESP

e-mail / msn: [email protected]

contato: (14) 9119-3436

currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/2586109839685033

Esta pesquisa é orientada por:

Page 92: O ensino e o mercado de trabalho na área de design · figura 3 – curso de design de sobrancelhas 12 ...

83

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Paula da Cruz Landim

Livre Docente

currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/4943484003365191

Questionário

Nome:

Idade:

Gênero: ( ) feminino ( ) masculino

Formação:

Nome da Instituição de ensino:

1 - Há quantos anos leciona?

2 - Há quantos anos atuou/atua profissionalmente com atividades relacionadas ao

design (atividades não acadêmicas)?

3 - Cite algumas de suas produções técnicas.

4 - Quais disciplinas você leciona?

5 - Para elas, há necessidade de experiência prática como profissional de design?

( ) sim ( ) não

Por quê?

6 - De que forma, nas atividades das disciplinas que você leciona, ocorre a

aproximação com o mercado de trabalho?

7 - Pensando na formação do profissional e na atuação de seus alunos em

empresas: Quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino oferecido por

esta instituição?

8 - Em sua opinião, o que é preciso fazer para melhorar?

( ) Autorizo que seja citado meu nome.

Page 93: O ensino e o mercado de trabalho na área de design · figura 3 – curso de design de sobrancelhas 12 ...

84

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Apêndice 5

Alunos

Título do e-mail:

Design e meu futuro profissional

E-mail:

CLIQUE EM RESPONDER, PREENCHA COM SUA OPINIÃO E ENVIE ATÉ DIA 06/11/09.

No programa de pós-graduação, Mestrado em Design – Unesp

(www.faac.unesp.br/posgraduacao/design/), está em andamento pesquisa que visa

levantar informações sobre como está atualmente a relação entre a Instituição e o

Mercado de Trabalho.

Nós, alunos, temos expectativas em relação a nosso futuro profissional,

precisamos dizer o que pensamos e expor nossa percepção sobre o ensino que é

oferecido.

Será que os designers que estão saindo da Instituição realmente estão

preparados para o mercado de trabalho?

Contamos com sua valiosa colaboração, respondendo e nos enviando o

questionário abaixo.

Ficamos no aguardo de sua resposta e estamos à disposição para

esclarecimento de qualquer dúvida.

Antecipadamente agradecemos pela colaboração.

Carolina de Oliveira Marques

Mestranda em Design -PPGDI-FAAC-UNESP

e-mail / msn: [email protected]

contato: (14) 9119-3436

currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/2586109839685033

Esta pesquisa é orientada por:

Paula da Cruz Landim

Livre Docente

Page 94: O ensino e o mercado de trabalho na área de design · figura 3 – curso de design de sobrancelhas 12 ...

85

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/4943484003365191

Questionário

Idade:

Gênero: ( ) feminino ( ) masculino

Curso:

Habilitação:

Termo:

Nome da instituição de ensino:

1 - Pensando em sua futura atuação como designer, como você classifica o ensino

que recebe em seu curso de graduação?

( ) Ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) péssimo

2 - Já realiza estágio ou trabalha na área?

( ) sim ( ) não

3 - Atribua notas de 0 a 10, pensando na relação Instituição e seu futuro profissional

como designer:

( ) Grade curricular

( ) Conteúdo das disciplinas

( ) Conhecimento dos professores

( ) Experiência prática dos professores

4 - Em sua opinião, quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino

oferecido por esta instituição?

5 - Pensando em seu futuro profissional, o que falta na faculdade?

6 - Relate uma situação de conflito que existiu por seu interlocutor desconhecer o

significado de design. Como você resolveu?

7 – Espaço para críticas e sugestões:

Autorizo que seja citado meu nome

( ) sim ( ) não

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86

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Apêndice 6

Mestrandos e Doutorandos

Bom dia!

Sou Carolina, fiz com você algumas disciplinas e estou enviando este e-mail para

solicitar sua a colaboração em minha dissertação.

A orientadora é a Paula e o tema da dissertação é a relação Instituição e mercado

de trabalho na área do Design, por isso estamos acessando todos atores do

processo.

As informações estão logo abaixo. É rapidinho.

Clique em responder e preencha com sua opinião. Estarei recebendo as respostas

durante esta semana.

Antecipadamente agradeço pela atenção e colaboração.

Carolina de Oliveira Marques

Mestranda em Design -PPGDI-FAAC-UNESP

e-mail / msn: [email protected]

contato: (14) 9119-3436

currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/2586109839685033

Esta pesquisa é orientada por:

Paula da Cruz Landim

Livre Docente

currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/4943484003365191

Nome:

Idade:

Gênero: ( ) feminino ( ) masculino

Atualmente cursa: ( ) Mestrado ( ) Doutorado

Formação:

Empresa que trabalha:

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87

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Atua como: ( ) Designer Gráfico ( ) Designer de Produto ( ) Docente ( )

Outro

Parte I

1 - Pensando em sua futura atuação como docente, como você classifica o ensino

que recebe em seu curso de pós-graduação?

( ) Ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) péssimo

2 - Atribua notas de 0 a 10, pensando na relação do seu curso de pós-graduação e

seu futuro profissional como docente:

( ) Grade curricular

( ) Conteúdo das disciplinas

( ) Conhecimento dos professores

( ) Atividades práticas - para atuação em sala de aula como professor

( ) Atividades práticas - para atuação com pesquisas

3 - Em sua opinião, quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino

oferecido por esta instituição?

4 - Pensando em seu futuro profissional como docente, o que falta no programa de

pós graduação?

5 - Considera importante o docente possuir experiência profissional?

6 - Já realiza estágio ou trabalha como professor?

( ) sim ( ) não

7 - Há quantos anos leciona?

Parte II

Page 97: O ensino e o mercado de trabalho na área de design · figura 3 – curso de design de sobrancelhas 12 ...

88

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

1 - Para as disciplinas que você leciona, há necessidade de experiência prática

como profissional de design?

( ) sim ( ) não Por quê?

2 - Pensando na formação do profissional e na atuação de seus alunos em

empresas: Quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino por você

oferecido?

3 - Há quantos anos atua como designer?

4 - Como você classifica o ensino recebido na graduação para aplicação em suas

atividades profissionais como designer? ( ) Ótimo ( ) bom ( )

regular ( ) ruim ( ) péssimo

5 - Quais são as principais competências exigidas de um designer pelo mercado de

trabalho?

6 - Seus professores transmitiram experiência profissional?

7 - O que faltou aprender?

8 - Quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino oferecido pela instituição

que fez graduação?

9 - O que é preciso fazer para melhorar o curso de graduação em design?

10 - Como você se atualiza?

( ) Sites

( ) Revistas

( ) Cursos

( ) Outros. Quais?

Autorizo a divulgação de meu nome

( ) sim ( ) não

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89

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

10 Anexos

Anexo 1 Descrição do Perfil do Curso – Design – site Unesp

O curso de Design visa formar um profissional a partir de uma base transdisciplinar. Esta

visão permite que sua formação possa ser ampla e de livre acesso a informação quanto a sua práxis

projetual e à pesquisa em design. Investigar, propor rumos e instrumentalizar os alunos e

pesquisadores para as alterações de concepção e produção. Os projetos e suas desdobramentos

devem evidenciar um profissional apto à projetar novos mundos, novas sociedades em sintonia com a

rede de conexão global. Essa visão implica em uma ação projetual, ou seja, saber como elaborar

problemas, formular hipóteses e não somente detectar e resolver problemas de forma imediata. A

equação projeto - processo - produto é delineada segundo uma ação intelectual e sua práxis.

O curso de Design abrange duas áreas: Design Gráfico e Design de Produto. Estas duas

áreas pressupõem uma postura metodológica que as integram no mesmo campo do saber e da

prática profissional. O curso deve permitir ao Designer de Produto, através de projeto de unidades e

sistemas tridimensionais, atender as necessidades do ser humano no tocante a seu contexto

material, aqui entendido como o conjunto dos artefatos que povoam e ordenam ser aspecto vital, e

permitir ao Designer Gráfico, por meio de projetos de unidades e sistemas visuais, otimizar a relação

que se estabelece entre o ser humano e a informação.

Ambas habilitações possibilitam ao profissional atuar em muitas outras atividades, pelo

exercício privativo, como: assessoria a empresas, orientação, direção, consultoria no âmbito de sua

especialidade, bem como a formulação e execução de estudos, análises, planejamentos e pesquisas

em áreas próprias do Design, que tenham como objetivo a melhoria das condições de vida e de

informação do homem enquanto usuário, em entidades públicas ou privadas de qualquer setor. A

pedagogia do ensino do Design não pode ser a mesma daquelas áreas consideradas mais

tradicionais, ainda que o seu caráter de trabalho se apresente em termos tecnológicos, pois os

índices que separam o Design de outras atividades projetuais são exatamente a criação do novo,

original, a inovação. Considerando então a pluralidade dos Departamentos envolvidos com o curso,

deve haver um esforço no sentido de exigir que cada disciplina desenvolva o seu conteúdo com uma

metodologia pertinente ao Design, onde as questões criativas e a formulação de problemas seja a

tônica pedagógica fundamental. Portanto as experiências nesse sentido têm trazido sistematicamente

uma abordagem diferenciada do Design pela experimentação.

Page 99: O ensino e o mercado de trabalho na área de design · figura 3 – curso de design de sobrancelhas 12 ...

90

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Anexo 2

Currículos

Currículo - Habilitação em Design Gráfico

1. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos DDI Introdução ao Design 30 02 DDI Desenho de Observação I 60 04 DDI Plástica I 60 04 ARG História da Arte I 30 02 ARG Desenho I 60 04 CHU Antropologia 30 02 CHU Filosofia 30 02

300 20

2. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos ARG História da Arte II 30 02 DDI Desenho de Observação II 60 04 DDI Plástica II 60 04 PSI Psicologia Aplicada ao Design 30 02

ARG Desenho II 60 04 CSO Comunicação e Semiótica I 30 02 CHU Sociologia 30 02

300 20

3. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos ARG História da Arte III 30 02 DDI Desenho III 60 04 DDI Ergonomia Aplicada ao Design I 60 04 DDI Modelagem 60 04 DDI Recursos Computacionais 30 02 CSO Comunicação e Semiótica II 30 02 DDI Metodologia Científica 30 02

300 20

4. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos ARG História da Arte IV 30 02 ARG Desenho IV 60 04 DDI Metodologia do Projeto I 30 02

Page 100: O ensino e o mercado de trabalho na área de design · figura 3 – curso de design de sobrancelhas 12 ...

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

DDI Fotografia I 60 04 DDI Tipografia I 30 02 DDI Produção Gráfica I 30 02 DDI Oficina Gráfica 60 04

300 20

5. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos DDI Linguagens Contemporâneas 30 02 DDI Metodologia do Projeto II 30 02 DDI Projeto I 60 04 DDI Fotografia II 60 04 DDI Tipografia II 30 02 DDI Produção Gráfica II 30 02

Optativa (*) 60 04 300 20

6. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos DDI Marketing I 30 02 DDI Projeto II 120 08 DDI Tipografia III 30 02 DDI Produção Gráfica III 30 02 DDI Fotografia III 60 04 DDI Imagens Animadas I 30 02

300 20

7. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos DDI Marketing II 30 02 DDI Introdução ao Projeto de Conclusão em Design 30 02 DDI Projeto III 120 08 DDI Produção Gráfica IV 30 02 DDI Imagens Animadas II 60 04

Optativas (*) 30 02 300 20

8. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos DDI Gestão do Design 30 02 DDI Projeto de Conclusão em Design Gráfico 150 10 DDI Optativas (*) 120 08

300 20

Carga Horária Total

Total 2.400 160

Page 101: O ensino e o mercado de trabalho na área de design · figura 3 – curso de design de sobrancelhas 12 ...

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Currículo - Habilitação em Design de Produto

1. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos DDI Introdução ao Design 30 02 DDI Desenho de Observação I 60 04 DDI Plástica I 60 04 ARG História da Arte I 30 02 ARG Desenho I 60 04 CHU Antropologia 30 02 CHU Filosofia 30 02

300 20

2. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos ARG História da Arte II 30 02 DDI Desenho de Observação II 60 04 DDI Plástica II 60 04 PSI Psicologia Aplicada ao Design 30 02

ARG Desenho II 60 04 CSO Comunicação e Semiótica I 30 02 CHU Sociologia 30 02

300 20

3. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos ARG História da Arte III 30 02 DDI Desenho III 60 04 DDI Ergonomia Aplicada ao Design I 60 04 DDI Modelagem 60 04 DDI Recursos Computacionais 30 02 CSO Comunicação e Semiótica II 30 02 DDI Metodologia Científica 30 02

300 20

4. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos ARG História da Arte IV 30 02 ARG Desenho IV 60 04 DDI Metodologia do Projeto I 30 02 DDI Fotografia I 60 04 DDI Modelos e Protótipos 60 04 DDI Ergonomia Aplicada ao Design II 60 04

300 20

5. Termo

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O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Depto Disciplinas CH Créditos DDI Linguagens Contemporâneas 30 02 DDI Metodologia do Projeto II 30 02 DDI Projeto I 120 08 DDI Oficina de Madeira 60 04

Optativa (*) 60 04 300 20

6. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos DDI Marketing I 30 02 DDI Projeto II 120 08 DDI Oficina de Materiais Plásticos 60 04 DEM Materiais e Processos de Fabricação 60 04 DDI Optativa (*) 30 02

300 20

7. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos DDI Marketing II 30 02 DDI Introdução ao Projeto de Conclusão em Design 30 02 DDI Projeto III 120 08 DEM Oficina de Metais 60 04 DEM Sistemas Mecânicos 60 04

300 20

8. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos DDI Gestão do Design 30 02 DDI Projeto de Conclusão em Design de Produto 150 10 DDI Optativas (*) 120 08

300 20

Carga Horária Total

Total 2.400 160

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94

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Anexo 3 Perfil do Curso – Design – Iesb

O curso de Design tem como objetivo formar profissionais capacitados em Gestão e

Projeto no campo de Programação Visual e do Projeto do Produto. Os projetos

desenvolvidos pelo curso de Design pretendem melhorar a qualidade de vida e a

comunicação das pessoas, considerado para isso, os componentes do ambiente, da

cultura e da história. Neste sentido, o Curso de Design busca orientar sua docência

ao desenvolvimento das capacidades de observação e representação; projeção e

materialização, exigindo uma capacidade de criação dos alunos.

O Curso de Design formará profissionais sintonizados nas necessidades do

mercado, capazes de desenvolver trabalhos em grupo, dotados de cultura geral,

criativos e abertos a mudanças e adaptados ao processo de rápidas transições.

Os Bacharéis em Design serão capazes de: executar trabalho na área de

Programação Visual e do Projeto de Produto, realizar e analisar resultados de

pesquisas na área mercadológica, assumir cargos e funções da carreira do Design,

realizar pesquisas de materiais e tecnológicas, comunicar com clareza seus projetos

e gerir seu próprio negócio e, assumir uma postura íntegra e coerente com o código

de ética profissional, conhecendo plenamente os seus deveres e direitos

profissionais.

O Curso de Design - Bacharelado foi autorizado conforme a Portaria 2.839, de 13

de dezembro de 2001, publicada no D.O.U. em 17 de dezembro de 2001,

oferecendo 80 vagas totais anuais, em regime semestral, no turno noturno.

Page 104: O ensino e o mercado de trabalho na área de design · figura 3 – curso de design de sobrancelhas 12 ...

95

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

Anexo 4

Unesp Iesb

1. CÁSSIA LETÍCIA CARRARA DOMINICIANO [email protected]

2. CLÁUDIO ROBERTO Y GOYA

[email protected]

3. DORIVAL CAMPOS ROSSI [email protected]

4. FÁBIO SIMÕES GROSSI

[email protected]

5. FRANCISCO DE ALENCAR [email protected]

6. JOSÉ CARLOS PLÁCIDO DA SILVA

[email protected]

7. LUIS CARLOS PASCHOARELLI [email protected]

8. LUIZ CARLOS FELISBERTO

[email protected]

9. LUIZ FERNANDO CARDOSO FURTADO [email protected]

10. MILTON KOJI NAKATA

[email protected]

11. OSMAR VICENTE RODRIGUES [email protected]

12. PAULA DA CRUZ LANDIM

[email protected]

13. SÉRGIO LUIZ BUSATO [email protected]

14. SOLANGE MARIA BIGAL [email protected]

1. AILTON CÉSAR RIBEIRO [email protected]

2. CARMEN CECÍLIA A. DOS SANTOS LARANJEIRA

[email protected]

3. FÁBIO ALEXANDRE MOIZÉS [email protected]

4. FERNANDO JOSÉ DA SILVA

[email protected]

5. GASTÃO CARVALHO DEBREIX JUNIOR [email protected]

6. IVAN CARLOS MURER FRUCHI

[email protected]

7. JACQUELINE AP. G FERNANDES DE CASTRO [email protected]

8. JOSÉ EDUARDO ZAGO

[email protected]

9. LÍLIAN HENRIQUE DE AZEVEDO [email protected]

10. LUIZ ANTONIO TROMBINI

[email protected]

11. MARCOS DE SOUZA LIMA [email protected]

12. MARIA TERESA BENICASAT. GIL DE SOUZA

[email protected]

13. MARLENE AGUIAR [email protected]

14. RAMSÉS BASTOS DA SILVA

[email protected]

15. RICARDO KENJI YAMADA [email protected]

16. RODRIGO HOLDSCHIP

[email protected]

17. SUZY NAZARÉ RIBEIRO DA S. AMANTINI [email protected]

18. THAÍS REGINA UENO

[email protected]

19. WANDA FERREIRA CARDIM [email protected]

20. WILLIAN RIGHETTI [email protected]

Corpo docente (e e-mail para contato) dos cursos de Design na cidade de Bauru. Fontes: www.faac.unesp.br e

www.iesbpreve.com.br