O espaço colonial do nordeste

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O ESPAÇO COLONIAL DO NORDESTE O Nordeste é a região de ocupação mais antiga, onde a fundação de vilas e cidades se deu, inicialmente, ao longo do litoral. A construção dos primeiros núcleos urbanos no litoral nordestino resultou da preocupação dos colonizadores com a defesa do território. Ao longo do século XVI, a organização do espaço nordestino esteve relacionada à economia canavieira, que proporcionou poder político e econômico à região no período colonial. As condições naturais, a existência de latifúndios, o desenvolvimento da monocultura e o trabalho escravo garantiu a produção açucareira, atividade que é desenvolvida até hoje no Nordeste. A criação de gado foi outra atividade econômica que se desenvolveu no Nordeste, inicialmente relacionada à produção de açúcar. Os bois eram utilizados nos engenhos como animais de tração e de transporte da cana-de-açúcar e constituíam fonte de abastecimento de carnes e couro. Posteriormente esses animais passaram a ser criados em áreas distantes do litoral, onde as condições do clima e do solo não eram favoráveis ao cultivo da cana-de-açúcar. Com o tempo, a criação dos rebanhos possibilitou a ocupação do interior do Nordeste. No final do século XVII, a agricultura canavieira do Nordeste entrou em crise. Isso ocorreu devido, principalmente, à

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O ESPAÇO COLONIAL DO NORDESTE

O Nordeste é a região de ocupação mais antiga, onde a fundação de vilas e cidades

se deu, inicialmente, ao longo do litoral.

A construção dos primeiros núcleos urbanos no litoral nordestino resultou da

preocupação dos colonizadores com a defesa do território.

Ao longo do século XVI, a organização do espaço nordestino esteve relacionada à

economia canavieira, que proporcionou poder político e econômico à região no

período colonial.

As condições naturais, a existência de latifúndios, o desenvolvimento da

monocultura e o trabalho escravo garantiu a produção açucareira, atividade que é

desenvolvida até hoje no Nordeste.

A criação de gado foi outra atividade econômica que se desenvolveu no Nordeste,

inicialmente relacionada à produção de açúcar.

Os bois eram utilizados nos engenhos como animais de tração e de transporte da

cana-de-açúcar e constituíam fonte de abastecimento de carnes e couro.

Posteriormente esses animais passaram a ser criados em áreas distantes do litoral,

onde as condições do clima e do solo não eram favoráveis ao cultivo da cana-de-

açúcar. Com o tempo, a criação dos rebanhos possibilitou a ocupação do interior do

Nordeste.

No final do século XVII, a agricultura canavieira do Nordeste entrou em crise. Isso

ocorreu devido, principalmente, à concorrência das Antilhas, que, com preços mais

baixos, conquistaram os mercados europeus de açúcar.

Já no século XIX, o cultivo de algodão, que era realizado no Agreste e no Sertão

nordestinos, sofreu com a concorrência dos Estados Unidos, constituindo mais um

elemento da decadência econômica da região.

Como consequência da decadência econômica sofrida, a Região Nordeste passou a

ser uma área de repulsão populacional.

O espaço está organizado segundo os interesses do grande capital (de grandes

empresas ou grandes capitalistas, isto é, que possuem muito dinheiro). É o caso, por

exemplo, do povoamento recente das Regiões Norte e Centro-Oeste* do Brasil.

Os interesses do grande capitalista chocam-se com os interesses do pequeno

agricultor, do garimpeiro, dos indígenas e dos homens sem-terra ou trabalhadores.

Chocam-se também com a necessidade de se manter o equilíbrio da natureza.

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Vê-se, então, que o espaço geográfico reflete ou reproduz a sociedade que nele vive

e principalmente as relações que se estabelecem entre os homens na busca de sua

subsistência.

No século XVI: A ocupação se limitava ao litoral, a principal atividade econômica

desse período foi o cultivo de cana para produzir o açúcar, produto muito apreciado

na Europa, a produção era destinada a exportação. As propriedades rurais eram

grandes extensões de terra que era cultivada com força de trabalho escrava. O

crescimento da exportação urbanizou o litoral com os primeiros centros urbanos, as

cidades portuárias.

Século XVII e XVIII: Foi marcado pela produção pastoril que adentrou a oeste do

país, e também, descoberta de jazidas de ouro e diamante nos estados de Goiás,

Minas Gerais e Mato Grosso, esse período foi chamado de aurífero, no qual fez

surgir várias cidades.

Século XIX: No século XIX a atividade que contribuiu para o processo de

urbanização foi a produção de café, principalmente nos estados de São Paulo, Rio

de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, essa atividade contribuiu para o

surgimento de várias cidades.