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8/19/2019 O espaço português- História A http://slidepdf.com/reader/full/o-espaco-portugues-historia-a 1/6 O ESPAÇO PORTUGUÊS A consolidação de um reino cristão Ibérico O condado portucalense Antes de se tornar um país independente, Portugal era um pequeno território no norte da Península Ibérica e pertencia ao reino de Leão, intitulado por Condado Portucalense. O Condado Portucalense era uma parcela de terra que ia do rio Mino ao rio !ouro, que "oi entregue a um nobre "ranc#s, de nome Conde !. $enrique de %orgona, como recompensa por ter a&udado o rei de Leão na '(econquista Cristã', ou se&a, a reconquistar território aos mouros. O seu senor )o conde* tina alguma autonomia e liberdade de mo+imentos apesar de continuar a prestar +assalagem ao seu rei. O problema é que muitos dos senores dos condados queriam ter mais autonomia e, tal+e, até tornarem-se reis. Assim, o Conde !. $enrique tentou tudo para conseguir maior autonomia para o seu território, apoiado por outros nobres. Mas, em /, !. $enrique morreu e o seu es"or0o de tornar o reino independente não morreu consigo. 1elimente, o seu 2lo A"onso $enriques )o "uturo primeiro rei de Portugal* não queria dei3ar este sono morrer e decidiu prosseguir com a política do pai. Apesar de !. A"onso ser muito cora&oso, a tare"a de tornar o condado independente "oi muito complicada. 4enão repara5 . 6ra necess7rio combater o rei de Leão, a norte, para 2car com o território independente. /. 6ra necess7rio alargar o condado para sul contra os mu0ulmanos - prosseguir a (econquista. 8. 6 era preciso arran&ar maneira que o "uturo reino de Portugal "osse reconecido pelos outros reinos, principalmente pelo Papa. 9 que, no século :I, o Papa era mais importante que os reis e todos respeita+am as suas decis;es e opini;es. 6 "oi esta a política de !. A"onso $enriques para "undar o reino de Portugal< E!plicar em "ue consistiu a Recon"uista #ristã da Pen$nsula Ibérica A reconquista cristã consistiu na reconquista dos cristãos sobre a Península Ibérica após a in+asão dos mu0ulmanos em =. Os cristãos iniciaram este mo+imento a partir das Ast>rias )norte da Península*, e contaram com o apoio da igre&a, uma +e que se trata+a de combater os in2éis e propagar a "é crista )espirito semelante ao das cruadas* #aracteri%ar o processo da Recon"uista #ristã A reconquista não "oi um processo "7cil, "oi um processo de a+an0os e recuos, pois como não era-mos uma religião com muitos seguidores não tinas um +asto e3ercito nem uma +asta popula0ão para permanecer nas regi;es reconquistadas? a mesma durou do século @III ao século :@, com a conquista do reino de ranada aos Mouros. A reconquista tem um caracter político e religioso e "oi u. O caracter político permitiu aos soberanos )reis* da Península Ibérica a a2rma0ão e o reconecimento do seu poder, assim como a de2ni0ão das "ronteiras dos estados peninsulares. Bo caracter religioso a reconquista tomou contornos de 6((A 4ABDA, merecedora de tanta considera0ão como as C(EA!A4 F Palestina. Os reis peninsulares usu"ruíram de +7rias bulas papais que encora&a+am F e3pulsão dos mu0ulmanos da Península Ibérica, concedendo perdão aos que participa+am na luta. A (econquista te+e o apoio das Ordens (eligioso-militares que introduidas na Península contribuíram para o "ortalecimento ideal de cruada, a&udaram a e3pulsar os mu0ulmanos da Península Ibérica e a po+oar terras alente&anas e algar+ias pois como con+ertiam as pessoas em cristãos estes po+oam as terras e construíam l7 a sua "amília. &ostrar a import'ncia da (ula &ani)estis Probatum e do Tratado de Alcanises para a )ormação de Portu*al 6stes documentos surgiram como resultado da reconquista e do processo que !. A"onso $enriques usou para tornar Portugal li+re de Leão e Castela. A (ula &ani)estis "oi concedida a !. A"onso $enriques em =G pelo Papa Ale3andre III, na qual reconece o reino de Portugal como independente, dei3ando de ser obrigado a prestar obedi#ncia a qualquer outro reino? assim Ale3andre III reconecia o mérito de !. A"onso

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O ESPAÇO PORTUGUÊS

A consolidação de um reino cristão Ibérico

• O condado portucalenseAntes de se tornar um país independente, Portugal era um pequeno território no norte daPenínsula Ibérica e pertencia ao reino de Leão, intitulado por Condado Portucalense.O Condado Portucalense era uma parcela de terra que ia do rio Mino ao rio !ouro, que "oientregue a um nobre "ranc#s, de nome Conde !. $enrique de %orgona, como recompensa porter a&udado o rei de Leão na '(econquista Cristã', ou se&a, a reconquistar território aos mouros.

O seu senor )o conde* tina alguma autonomia e liberdade de mo+imentos apesar de continuara prestar +assalagem ao seu rei. O problema é que muitos dos senores dos condados queriamter mais autonomia e, tal+e, até tornarem-se reis.Assim, o Conde !. $enrique tentou tudo para conseguir maior autonomia para o seu território,apoiado por outros nobres. Mas, em /, !. $enrique morreu e o seu es"or0o de tornar o reinoindependente não morreu consigo.1elimente, o seu 2lo A"onso $enriques )o "uturo primeiro rei de Portugal* não queria dei3areste sono morrer e decidiu prosseguir com a política do pai.Apesar de !. A"onso ser muito cora&oso, a tare"a de tornar o condado independente "oi muitocomplicada. 4enão repara5. 6ra necess7rio combater o rei de Leão, a norte, para 2car com o território independente.

/. 6ra necess7rio alargar o condado para sul contra os mu0ulmanos - prosseguir a (econquista.8. 6 era preciso arran&ar maneira que o "uturo reino de Portugal "osse reconecido pelos outrosreinos, principalmente pelo Papa. 9 que, no século :I, o Papa era mais importante que os reis etodos respeita+am as suas decis;es e opini;es.6 "oi esta a política de !. A"onso $enriques para "undar o reino de Portugal<

• E!plicar em "ue consistiu a Recon"uista #ristã da Pen$nsula IbéricaA reconquista cristã consistiu na reconquista dos cristãos sobre a Península Ibérica após ain+asão dos mu0ulmanos em =.Os cristãos iniciaram este mo+imento a partir das Ast>rias )norte da Península*, e contaram como apoio da igre&a, uma +e que se trata+a de combater os in2éis e propagar a "é crista )espiritosemelante ao das cruadas*

• #aracteri%ar o processo da Recon"uista #ristãA reconquista não "oi um processo "7cil, "oi um processo de a+an0os e recuos, pois como nãoera-mos uma religião com muitos seguidores não tinas um +asto e3ercito nem uma +astapopula0ão para permanecer nas regi;es reconquistadas? a mesma durou do século @III ao século:@, com a conquista do reino de ranada aos Mouros.A reconquista tem um caracter político e religioso e "oi u.O caracter político permitiu aos soberanos )reis* da Península Ibérica a a2rma0ão e oreconecimento do seu poder, assim como a de2ni0ão das "ronteiras dos estados peninsulares.Bo caracter religioso a reconquista tomou contornos de 6((A 4ABDA, merecedora de tantaconsidera0ão como as C(EA!A4 F Palestina. Os reis peninsulares usu"ruíram de +7rias bulaspapais que encora&a+am F e3pulsão dos mu0ulmanos da Península Ibérica, concedendo perdão

aos que participa+am na luta. A (econquista te+e o apoio das Ordens (eligioso-militares queintroduidas na Península contribuíram para o "ortalecimento ideal de cruada, a&udaram ae3pulsar os mu0ulmanos da Península Ibérica e a po+oar terras alente&anas e algar+ias poiscomo con+ertiam as pessoas em cristãos estes po+oam as terras e construíam l7 a sua "amília.

• &ostrar a import'ncia da (ula &ani)estis Probatum e do Tratado de Alcanises para a)ormação de Portu*al6stes documentos surgiram como resultado da reconquista e do processo que !. A"onso$enriques usou para tornar Portugal li+re de Leão e Castela.A (ula &ani)estis "oi concedida a !. A"onso $enriques em =G pelo Papa Ale3andre III, naqual reconece o reino de Portugal como independente, dei3ando de ser obrigado a prestarobedi#ncia a qualquer outro reino? assim Ale3andre III reconecia o mérito de !. A"onso

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A consolidação de um reino cristão Ibérico

$enriques na luta contra os mu0ulmanos, no entanto e3igia que ele e os seus erdeirospagassem um tributo anual F 4anta 1é.!epois da morte de !. A"onso $enriques a reconquista esta+a la lina do 4ado, nos reinadosseguintes ou+e no+os a+an0os e recuos, ao mesmo tempo que se organia+am internamentetinam de lutar contra as pretens;es de Leão e Castela.A reconquista de2niti+a de Portugal acontece no reinado de !. A"onso III, com a conquista do

Algar+e em /HG. Bo entanto, apenas J anos mais tarde, em /G= e atra+és da assinatura doTratado de Alcanises com Leão e Castela, !. !inis conseguiu o estabelecimento de2niti+o das"ronteiras portuguesas.

• #aracteri%ar o poder sen+orialOs senorios "ormaram-se atra+és do ,IREITO ,E PRES-RIA, direito F ocupa0ão pelosCristãos das terras conquistadas aos mu0ulmanos e distinguiam-se pela origem social do seupropriet7rio5- Os reguengos são as terras do (ei- Os coutos são as terras do Clero- As onras são as terras da BobreaAs doa0;es do rei ao Clero e F Bobrea permitiram estruturar a +assalidade medie+al5 rela0;es

ier7rquicas entre o suserano )o senor que doa a terra, neste caso o rei* e o .assalo )osenor que recebe, os nobres ou o clero*? o rei o"erecia os seus territórios Fqueles que le "oram2éis, sendo assim espera+a dos seus +assalos 2delidade, a&uda e conselo.O sen+or poderia atribuir um territ/rio a di)erentes *raus de nobre%a0 tais como5- In"an0;es5 pertenciam Fs "amílias mais importantes, eram nobres que a&udaram !. A"onso$enriques a conquistar a independ#ncia, abita+am no castelo a partir do qual de"endiam econtrola+am o território circundante? "oram perdendo o nome e passaram a ser camados de1idalgos.- (icos-$omens5 possuíam +astos domínios territoriais onde e3erciam o poder de &ulgar,des"ruta+am de isen0;es 2scais e comanda+am séquitos militares.- Ca+aleiros5 pertenciam F ordem militar da ca+alaria, dedica+am-se F guerra e de+eriamcumprir um código de onra e cortesia5 proteger as muleres e os "racos, de"ender a &usti0a

contra a in&usti0a e o mal e de"ender a igre&a.- 6scudeiros5 eram os aios dos ca+aleiros, tinam como de+eres o polimento das armaduras earmas e a&udar o seu ca+aleiro a +estir e tirar a armadura. Ba batala o escudeiro a&uda+a oca+aleiro, cuida+a das "eridas e se por acaso ele morresse garantia-le um "uneral decente.A nature%a do poder sen+orial era econ/mica onde detina da posse e e3plora0ão dasterras e também politica onde o senor tina o poder banal que le con"ere o Kcomando, apuni0ão e a coac0ão sobre os abitantes do senorio.O senor possuía alguns pri.ilé*ios de poder pol$tico tais como5- posse de armas e comando militar?- e!erc$cio da 1ustiça nas suas terras2- cobrança de impostos aos "ue +abita.am nas suas terras, como por e3emplo5banalidades )pelo uso dos instrumentos de produ0ão e sobre as acti+idades comerciais e os

transportes*? &antar )de+e alimentar o seu senor e o seu séquito*? lutuosa )imposto desucessão, se o ce"e da "amília morresse, o seu 2lo teria de pagar*? osas )presta0;es pagaspara quem casasse "ora do senorio.- direito 3 imunidade5 nas suas terras não entra+am os "uncion7rios régios para e3ercer ospoderes militares, &udiciais e 2scais.63istia também um pri+ilégio e3clusi+o da igre&a, que era o direito F díima )a cobran0a de Jde toda a produ0ão e rendimentos*

• ,escre.er a e!ploração econ/mica do sen+orioPara além do poder senorial, a propriedade de bens agr7rios constituía outro dos pilares dasclasses nobre e eclesi7stica, esses bens cama+am-se domínios senoriais.6ntão os senorios e3plora+am economicamente a 4uintã que era onde se encontra+a amorada dos sen+ores, os est7bulos, os celeiros, o moino, o "orno, o lagar e as melores

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terras? era também onde trabal+a.am escra.os, ser+os e colonos li+res, que presta+amser.iços *ratuitos e obri*at/rios durante as Neiras. 63plora+am também os #asais queeram unidades de e3plora0ão arrendadas a camponeses a troco de pesados tributos, oscontactos poderiam ser perpétuos ou a prao e as rendas eram pa*as com )racç5es decol+eitas.

E!plicar a situação econ/mica e social das comunidades rurais dependentesBos seus domínios a classe senorial )reis, nobres, clérigos* controla+a uma multiplicidade deomens - os dependentes, aos quais e3igia tributos.Os +erdadores eram propriet7rios de terras li+res mas tinam de pagar impostos senoriais.Os assalariados +i+iam do alugues ocasional do seu trabalo.Os colonos trabala+am em terra aleia arrendada ao senor, atra+és de contractos perpétuosou a prao? a troco do arrendamento paga+am tributos.Os escra.os eram geralmente prisioneiros mouros e eram utiliados nos ser+i0os domésticos ena agricultura.Os ser.os eram descentes dos escra+os libertos, a quem "oram entregues casais parae3plora0ão e que +i+iam sempre sobrecarregados com &eiras. Dodo omem li+re de+ia depender de um senor, pois o po+o não conseguia go+ernar-se soino

então precisa+am de um senor, e este lucra+a com a agricultura, os impostos e com a de"esade terras.

• E!por o con1unto de )actores "ue contribu$ram para a )ormação de umamultiplicidade de .ilas e cidades concel+iasO desen+ol+imento das cidades e +ilas portuguesas de+eu-se a uma &un0ão de "actores5- O a.anço da recon"uista, pois com a reconquista o territórios alargou-se obtendo assimmais popula0ão?- As +eranças romanas e muçulmanas, logo estes po+os esti+eram muito tempo naPenínsula Ibérica e como as cidades que eles desen+ol+eram eram muito desen+ol+idas para aépoca "oram apro+eitadas por nós?- O território portu*u6s situa.a7se na rota de pere*rinação a Santia*o de #ompostela,

o que le+ou a que os peregrinos ti+essem de se alo&ar criando assim aglomerados de popula0ão?- As cidades desen+ol+iam-se sempre que o seu espa0o era escolido pela corte ré*ia para seinstalar?- As cedes dos bispados onde os bispos e3erciam a sua "un0ão?- O ressur*imento comercial do século :II reectiu-se num surto urbano, com destaque paraurbes que "aiam trocas comerciais atra+és da costa atlntica?- A criação de concel+os para o po+oamento para assegurar que o po+oamento permaneciano lugar, o rei da autonomia da+a a Carta de 1oral, onde diia que era realmente um concelo.

• ,escre.er a or*ani%ação do espaço citadino no Portu*al medie.alm concel+o é um território cu1os moradores sãos os omens-li+res )os .i%in+os* eramdotados de autonomia administrati+a? os concelos eram criados atra+és da Carte de 1oral dadapelo rei ou pelo senor na qual estabelecia regras e direitos que regiam a +ida das popula0;es,

relati+as a5 seguran0a, isen0ão ou redu0ão tributaria? concessão ou reconecimento próprio? e7rea territorial do concelo.O espaço citadino contin+a5- A cintura de mural+as que delimita+a o espa0o urbano, protegia e transmitia seguran0a Fcidade e F popula0ão, detina de prestígio e admira0ão pelas pessoas que +inam de "ora erendimentos por causa da entrada dos produtos pelas in>meras portas e das portagens queeram pagas.- O espaço amural+ado localia+a-se o centro que era a ona Knobre da cidade, dos edi"íciosdo poder e das elites locais, era a ona mais bonita e mais rica? o mercado onde se "aiam todasas transac0;es da cidade? as ruas secund7rias que eram as mais estreitas e escuras e nuncaiam dar ao centro da cidade, as ruas no+as eram as mais modernas e que os reis manda+am

construir para omenagear a cidade com a contribui0ão da popula0ão, as cidades direitas eramas ruas mais importantes que iam dar ao centro da cidade? as ruas dos o"ícios eram onde

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trabala+am os mesteirais )trabalador especialiado num o2cio mecnico ou artesanal*,esta+am organiados con"orme a sua importncia? as minorias étnico-religiosas, pois mesmodepois da reconquista alguns &udeus e mouros ainda permaneciam por c7 então eram destinos a2car naquelas ruas?- O arrabalde era a ona para la da murala, uma ona de e3clusão mas muito dinmica?- O termo que era o espa0o circundante da cidade, ainda para l7 do arrabalde, onde 2ca+am as

+inas, searas e as aldeias, era a "onte de sobre+i+#ncia da cidade, mas dela depende nosdomínios &urídico, 2scal e militar.

• ,emonstrar a a8rmação pol$tica das elites urbanasm concel+o é um territ/rio cu1os moradores sãos os omens-li+res )os .i%in+os* eramdotados de autonomia administrati+a? os concelos eram criados atra+és da Carte de 1oral dadapelo rei ou pelo senor na qual estabelecia regras e direitos que regiam a +ida das popula0;es,relati+as a5 seguran0a, isen0ão ou redu0ão tributaria? concessão ou reconecimento próprio? e7rea territorial do concelo.Os +iinos eram os moradores de um concelo, mas quem ir7 e3ercer todo o poder económicosão os $omens-%ons. Os $omens-%ons +i+iam essencialmente do comércio e detinam dealguns pri+ilégios como5 ser+ir na guerra a ca+alo, sinal de prestígio? tratamento &udicial

di"erenciado, não eram &ulgados num tribunal comum, mas sim num tribunal próprio? isentos depagamento de impostos ao senor? isentos de "ornecer a pousadia? e monopoliam os cargos doconcelo, são os >nicos que podiam administrar o concelo.,e entre os 9omens7(ons eram escol+idos os )uncion3rios5- Alcaides ou Nuíes5 aplica+am a &usti0a- Almotacés5 +igilncia das acti+idades económicas, da sanidade e das obras p>blicas- Procurador5 guarda+a o dineiro e era o representante do concelo- Canceler5 guarda o celo do concelo, era um cargo muito importante porque o selo era o quediia se o documento era +erdadeiro ou "also- @ereadores5 são os representantes do rei no concelo, isto seria uma "orma de assegurar que2cariam do seu lado- Meirino5 "un0;es policiais

• #aracteri%ar a monar"uia )eudal&onar"uia :eudal - monarquia na qual o rei se assume como o maior e mais poderosodos sen+ores )eudais? em troca de doa0;es e da concessão de protec0ão "a con+ergir para asua 2gura os la0os de depend#ncia pessoal de +assalos e s>bditos.Ba monarquia "eudal, cabia 7 2gura régia e F institui0ão mon7rquica o di"ícil e importante papelde uni2car os particularismos, dotando o espa0o territorial de coesão interna e con"erindo Fssuas gentes uma identidade nacional.Ba monarquia "eudal portuguesa o rei era o Kdominus re3 )rei senor*. Isto é, o rei assumia-secomo um senor "eudal na sua corte de +assalos. Os reis "undamenta+am o seu poder no direitodi+ino, querendo dier que o rei era o representante de deus na Derra. Dal como no resto da 6uropa o reino era considerado um bem pessoal do rei, que ele transmitiaaos seus descendentes tal como podia doar parcelas do território nacional )coutos, onras* asenores nobres e eclesi7sticos, como recompensa de ser+i0os prestados nos primórdios damonarquia que, em troca de tal ced#ncia de bens e poderes )"undi7rios, militares, &udiciais e2scais*, criou a realea uma corte de +assalos, que le de+ia 2delidade e apoio nas tare"as dede"esa, e3pansão e administra0ão do reino.Ao rei era7l+e permitido cobrar rendas ou e3ercer o poder p>blico nos seus domíniospessoais, os reguengos, mas também nos outros territorios? a ce2a militar )ce2ar o e3ercito,se ia ou não a+er guerra...*? a cunagem da moeda )só o rei podia cunar a moeda, para queassim e+ita-se que ou+esse mais do que uma moeda no território*? a manuten0ão da pa e da &usti0a )podia mandar e3ercer a penalia0ão mais alta, o talamento de membros*

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•  ;usti8car a import'ncia das #ortes de <eiria de =>?@As #ortes de <eiria de =>?@ ti+eram uma grande importncia pois )oram uma e.olução dasreuni5es e!traordin3rias, estas eram representati+as dos tr#s estados sociais )clero, nobreae po+o* e era o local onde o rei ou+ia as quei3as e os pedidos dos di"erentes grupos sociais,muitas das quais contra o e3cesso do poder dos senores, o que ia de encontro ao dese&o dacentralia0ão do poder.

• E!plicar as medidas tomadas pelos monarcas portu*ueses para centrali%ar o poderOs monarcas portugueses para centraliar o poder decidiram tomar algumas medidas taiscomo5= As leis *erais

A partir de !. A"onso II as leis gerais eram aplicadas a todo o reino e s>bditos, impondo atodos a mesma legisla0ão, baseada no direito romano, ou se&a eram iguais para todo oterritório e para toda a popula0ão.O rei criou as leis gerais como ob&ecti+os para obter mais bene"ícios5 combater os pri+ilégiossenoriais, tentar controlar os direitos nos nobres? recuperar o património e os poderes daCoroa, isto quer dier que não podem distribuir territórios, só podem passa-los para os seusdescendentes? o rei passa a ter a e3clusi+idade de cunar a moeda? tabelar os pre0os - lei da

almota0aria )os pre0os tinam de ser iguais em todo o território nacional*? e estabelecer amoral e bons costumes, como por e3emplo proibir a bigamia.

> :iscalidadeCria0ão das 4isas erais5 impostos que incidiam sobre a compra e +enda e da Casa dosContos criada por !. !inis para ordenar e 2scaliar as receitas e despesas do estado.

8. A restruturação da administração central )ou se&a mudar a "orma como o pais erago+ernado*5A itinerncia da corte, n>mero de desloca0;es que o rei "aiaCria0ão dos altos "uncion7rios da corte )mordomo-mor5 administra0ão ci+il do reino? al"eres-mor5 o mais alto posto na ierarquia militar? canceler5 redigia os diplomas régios? escri+ãoda puridade5 secretaria+a o rei*Centralia0ão do poder régioAcréscimo da popula0ão documental

@ A criação da #Bria Ré*iaA c>ria régia era um órgão consulti+o de apoio F go+erna0ão, con&unto de conseleiros quea&uda+am o rei no e3ercício das suas "un0;es, possuindo assim importantes "un0;es &udiciais.Ba c>ria régia "aiam-se reuni;es ordin7rias )são aquelas marcadas com anteced#ncia, queacontecem de : em : tempo? detinam da presen0a da raina e outros membros da "amíliareal, ricos-omens e prelados, o go+ernador da terra e o alcaide da cidade*? e tambémreuni;es e3traordin7rias )são aquelas reuni;es de emerg#ncia que trata+am de assuntos dedimensão nacional onde podiam estar presentes os prelados, os abades das comunidades

mon7sticas, os go+ernadores da terra e os alcaides das cidades.. O consel+o ré*io é uma e+olu0ão das reuni;es ordin7rias da c>ria, este concelo "uncionacomo um órgão permanente de apoio ao rei )passa a ser composto maioritariamente porlegistas*

Q. As cortes5 as primeiras cortes reuniram em /H, no reinado de !.A"onso II, em Leiria.Correspondem Fs antigas reuni;es e3traordin7rias da C>ria (égia. 6ram compostas porrepresentantes do Clero, da nobrea e dos Concelos )po+o*. 6ra o locar onde o rei podiaou+ir as quei3as e pedidos dos di"erentes grupos sociais.

C Representantes do rei nos concel+os- Alcaide-mor5 comanda+a as tropas ao ser+i0o da Coroa e +igia+a as acti+idades &udiciaislocais- Almo3ari"e5 cobra+a as rendas e os impostos de+idos ao rei

- Corregedor e &uíes de "ora5 inspecciona+am os magistrados e a administra0ão municipal- @ereadores5 no+os magistrados concelios, cu&a escola competia ao rei

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A consolidação de um reino cristão Ibérico

O ob&ecti+o do rei era anular a autonomia dos concelos, elar pelos seus direitos epromo+er o bem p>blico, eliminando abusos e arbitrariedades dos nobres e clérigos.

D O combate 3 e!pansão comercialO rei aqui queria mostrar que tudo esta+a a ser controlado, querendo combater os abusos dopoder senorial, então criou5- As leis de desamorti2ca0ão )/*5 impediam os mosteiros e igre&as de alargar as suas

propriedades e de receber bens dos abitantes.- Con2rma0;es )/=-/*5 os senores tinam de "aer pro+a da posse das suas terras etítulos, tudo aquilo que não "osse pro+ado que era seu 2ca+a ao poder do rei? ascon2rma0;es incidiam também sobre a concessão de regalias contidas nas cartas de "oral.- Inquiri0;es5 destina+am-se a a+eriguar o estado dos bens da Coroa. Como descobrirammuitas usurpa0;es5 ordenou-se que as terras ocupadas +oltassem F propriedade da coroa eproibiram-se os prelados e 2dalgos de criarem no+os coutos e onras.A publica0ão do %enepl7cito (égio "oi uma medida de controlo do poder eclesi7stico.

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