O Festival de Bayreuth no Cinema - CCB · antuérpia; primeira metade do século x argumento...

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© BAYREUTHER FESTSPIELE O Festival de Bayreuth no Cinema Lohengrin

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© Bayreuther Festspiele

O Festival de Bayreuthno Cinemalohengrin

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parceiro media temporada 2018

apoio institucional

FICHA CCBCONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ELíSIO SuMMAvIELLE presidente / ISABEL CORDEIRO Vogal / LuíSA TAvEIRA Vogal / assessor do presidente JOÃO CARé / secretariado LuíSA INêS FERNANDES / RICARDO CERquEIRA

DIREÇÃO DE ARTES PERFORMATIvAS programação ANDRé CuNHA LEAL / FERNANDO LuíS SAMPAIO / DEPARTAMENTO DE OPERAÇõES / coordenadora PAuLA FONSECA / produção INêS CORREIA / PATRíCIA SILvA / HugO CORTEz / JOÃO LEMOS / vERA ROSA / direção de cena PEDRO RODRIguES / PATRíCIA COSTA / JOSé vALéRIO / TâNIA AFONSO / CATARINA SILvA / FRANCISCA RODRIguES / SOFIA SANTOS / secretariado do departamento de operações SOFIA MATOS / DEPARTAMENTO TéCNICO coordenador MáRIO CAETANO / cheFe técnico de palco RuI MARCELINO / adjunto da coordenação técnica PEDRO CAMPOS / técnicos principais LuíS SANTOS / RAuL SEguRO / técnicos executiVos F. CâNDIDO SANTOS / CéSAR NuNES / JOSé CARLOS ALvES / HugO CAMPOS / MáRIO SILvA / RICARDO MELO / RuI CROCA / HugO COCHAT / DANIEL ROSA / JOÃO MOREIRA / FáBIO RODRIguES / cheFe técnico de audioVisuais NuNO gRáCIO / cheFe de equipa de audioVisuais NuNO BIzARRO / técnicos de audioVisuais EDuARDO NASCIMENTO / PAuLO CACHEIRO / NuNO RAMOS / MIguEL NuNES / cheFe de manutenção PAuLO SANTANA / técnicos de manutenção LuíS TEIxEIRA / víTOR HORTA / secretariado do departamento técnico YOLANDA SEARA

25 julho 201817h grande auditório +12

O Festival de Bayreuthno Cinemalohengrintransmissão em direto do Festival de Bayreuthlegendas em português

um evento do ccB e do goethe-institut portugal, uma iniciativa do círculo richard Wagner portugal e uma produção do Festival de Bayreuth com o parceiro contratual BF medien gmbh.

Veranstalter und Vertragspartner: BF medien gmbh, Festspielhügel 3,

95445 Bayreuth i [email protected]

o círculo richard Wagner é uma associação sem fins lucrativos que tem como objetivos:

× promover iniciativas culturais destinadas a aprofundar e a difundir o conhecimento da obra de

richard Wagner e o seu impacto e influência até aos dias de hoje;

× apoiar o desenvolvimento de novos talentos em portugal;

× incentivar e promover a realização de outros eventos, abrangendo temas culturais da atualidade.

o círculo richard Wagner é membro da «richard-Wagner-Verband international e.V.».

as sociedades e Fundações richard Wagner reúnem mais de 37 mil associados em todo o mundo.

[email protected]

Ficha artística

direção musical Christian Thielemann encenação Yuval Sharon cenografia e Figurinos Neo Rauch, Rosa Loy direção do coro Eberhard Friedrich desenho de luzes Reinhard Traub

personagens e intérpretes

henrique i georg zeppenfeld lohengrin Piotr Beczala elsa de Brabante Anja Harteros Friedrich von telramund Tomasz Konieczny ortrud Waltraud Meier o arauto do rei Eglis Silins 1. nobre Michael gniffke 2. nobre Eric Laporte 3. nobre Raimund Nolte 4. nobre Timo Riihonen

Coro e Orquestra do Festival de Bayreuth

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lohengrin Ópera romântica em três atos de richard Wagner.estreia a 28 de agosto de 1850, no teatro da corte de Weimar, sob a direção de Franz liszt.

personagenshenrique i (heinrich der Vogler), rei da germânia baixolohengrin tenorelsa de Brabante sopranogottfried, duque de Brabante, irmão de elsa papel mudo Frederico de telramund, conde de Brabante barítono ortrud, sua mulher meio-soprano ou sopranoo arauto do rei baixoquatro nobres de Brabante tenores e baixosquatro pajens sopranos e contraltoscondes e nobres da saxónia e da turíngia, condes e nobres de Brabante, damas de honor, pajens, homens, mulheres e criados

lugar e tempoantuérpia; primeira metade do século x

argumentoprimeiro atoUm prado junto ao rio Escalda, perto de Antuérpia. O rio faz uma curva ao fundo da cena

o rei henrique, que veio a Brabante - parte integrante dos seus territórios - pedir à população que se armasse contra os invasores húngaros que ameaçavam a fronteira sudeste do reino, encontra o ducado sem líder e mergulhado em lutas de fações. o rei pergunta ao conde Frederico de telramund a que se deve tal discórdia. Frederico relata que, após a morte do duque de Brabante, a filha deste, elsa, para assumir o poder, havia feito desaparecer o seu irmão gottfried, herdeiro do título. Frederico, a quem a mão de elsa havia sido prometida pelo velho duque, afirma ainda que elsa o terá rejeitado por ter um amante secreto. explica ter assim preferido casar-se com ortrud, descendente da estirpe de príncipes pagãos radbod. coagido pela mulher e invocando a linhagem desta, Frederico de telramund reclama para si o ducado e acusa elsa de fratricídio.o rei chama elsa que não se defende, entra em transe e revela a visão de um cavaleiro enviado por deus, que a protegerá, provará a sua inocência e se transformará no seu marido e soberano. o rei decide que a contenda será resolvida, por julgamento divino, através de um combate.de início ninguém aparece ao lado de elsa mas, após o ressoar pela segunda vez das trompetas e perante as preces de elsa, chega, pelo rio, um cavaleiro, num pequeno barco conduzido por um cisne. quando desembarca, o cavaleiro apresenta-se para defender elsa e aceita enfrentar Frederico em duelo; proclama que provará a inocência de elsa e que casará com ela, com a condição de que elsa jamais lhe pergunte o nome, de onde vem ou as suas origens. elsa aceita sem hesitar. num rápido duelo, o cavaleiro derrota Frederico, poupando-lhe, contudo, a vida.o povo rejubila. elsa e o cavaleiro vitorioso retiram-se em triunfo.

segundo atoNo castelo de Antuérpia

À noite, decorrem no interior do palácio os festejos em honra do jovem par. Frederico e ortrud estão sentados nos degraus da entrada da catedral. Frederico acusa a mulher de ser a causa da sua ruína e de, com a ânsia do poder, o ter induzido a acusar elsa injustamente. ortrud responde que o estrangeiro ganhou o duelo por magia e acrescenta a certeza de que, se ele for obrigado a revelar o seu nome ou se for amputado de uma ínfima parte do seu corpo, perderá imediatamente os poderes mágicos. ortrud convence Frederico a engendrar com ela um plano de vingança.quando elsa aparece na varanda do palácio, ortrud ordena a Frederico que se esconda. dirige-se a elsa e consegue que esta tenha pena da sua situação. não sem antes ter invocado a ajuda dos deuses pagãos «profanados» (pelos cristãos) - Wodan e Freia - para que a sua vingança seja vitoriosa. elsa concede a ortrud entrada nos seus aposentos; ortrud, ardilosamente, vai incutindo na mente de elsa a dúvida, a suspeita sobre a identidade do cavaleiro enviado por deus: se ele veio até ela por poderes mágicos, irá certamente abandoná-la da mesma forma.amanhece. o arauto anuncia que o rei ordena o banimento de Frederico e que seja imediatamente realizado o casamento entre elsa e o cavaleiro, que nomeia de «protetor de Brabante». num momento de fúria, Frederico acusa o cavaleiro de bruxaria mas quatro nobres afastam-no da multidão.o cortejo nupcial dirige-se para a catedral. surge ortrud a impedir a entrada de elsa na igreja, acusando o cavaleiro de ser um mágico, razão pela qual o julgamento que o declarou vitorioso não fora mais do que uma farsa, e volta a questionar a nobreza das suas origens. chegam o rei e o cavaleiro. agora é Frederico que interrompe o cortejo, exigindo publicamente que o cavaleiro revele a sua identidade e acusando-o de feitiçaria. o cavaleiro diz que só responde perante elsa. a noiva encontra-se agora envolta em dúvidas e Frederico diz-lhe ao ouvido que estará perto dela nessa noite; quando elsa lhe fizer um sinal, cortará a ponta de um dedo do cavaleiro, com o que este perderá os poderes sobrenaturais, a sua identidade será revelada e nunca mais poderá deixar elsa. ainda que profundamente perturbada, elsa decide confiar no noivo e ambos entram na catedral.

terceiro atoA câmara nupcial; o campo nas margens do Escalda

após a marcha nupcial, os recém-casados são conduzidos ao palácio e deixados sozinhos. declaram mutuamente o seu amor. agora, enquanto elsa procura desvendar o mistério que envolve o marido, este faz tudo para impedir que ela faça a pergunta proibida. elsa entra em sobressalto. no momento em que elsa quebra a promessa, telramund irrompe no quarto para atacar o cavaleiro mas é morto por este. ciente de que perdeu elsa para sempre, o cavaleiro pede-lhe que o acompanhe para, em presença do rei, revelar publicamente o segredo da sua identidade.na manhã seguinte, nas margens do escalda, o rei recebe os brabantinos que irão partir para a guerra, sob o comando do novo «protetor de Brabante». o cavaleiro misterioso anuncia que matou Frederico e que foi traído por elsa. por esse motivo, revela agora o seu nome e a sua origem. é lohengrin, filho de parsifal, o rei do graal. enviado para combater o mal, estava protegido por poderes divinos, mas apenas enquanto não fosse desvendada a sua identidade. agora o graal impõe o seu retorno imediato. nem elsa, nem todos os presentes conseguem dissuadir lohengrin de partir. o cisne reaparece no rio para reconduzir lohengrin ao lugar de onde viera.ortrud revela que, por magia, havia transformado gottfried num cisne. lohengrin ajoelha-se para rezar. uma pomba desce até ao barco, o cisne desaparece nas águas do rio e reemerge como gottfried. enquanto lohengrin se afasta no barco, elsa desmaia nos braços do irmão.

© círculo richard Wagner

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LOhENGriN

Ópera em três atos de richard Wagner com texto e libreto

pelo compositor, baseada nas sagas e poemas épicos medievais

que referem o cavaleiro do cisne, parzival, o filho deste, lohengrin,

e os cavaleiros do graal.

ainda enraizada nos géneros da ópera francesa e italiana, a obra

– composta entre 1845 e 1848 – tem já evidentes as sementes

do género inteiramente novo que Wagner está prestes a introduzir.

em lohengrin encontramos árias, duetos, coros e grandes quadros,

mas a transição entre eles vai-se esfumando, com Wagner

a abandonar a estrutura tradicional em favor de «parágrafos

de composição contínua», aquilo a que chamaria mais tarde

a «arte da transição». e encontramos igualmente Wagner

a aproximar-se do seu ideal de drama musical, no sentido

em que toda a textura se desenvolve a partir da prosódia da língua

falada, que se vai intensificar na declamação dramática.

lohengrin estreou em Weimar a 28 de agosto de 1850 sob

a direção musical de Franz liszt. Wagner, então exilado na suíça

devido à sua participação na revolta de dresden em 1849,

só veria a sua ópera em 1861, em Viena.

lohengrin, que se mantém até hoje uma das obras das mais

populares do compositor, foi apresentado pela primeira vez

em Bayreuth em 1894. a encenação que agora se apresenta

– de yuval sharon – é a oitava dos tempos modernos (após

a 2.ª guerra mundial) do Festival de Bayreuth. a obra faz parte

do repertório de todas as grandes casas de ópera por todo o mundo.

BiOGraFias

richarD WaGNEr (1813-1883)nascido a 22 de maio de 1813, em leipzig, na alemanha, richard Wagner foi composi-tor, escritor, poeta, ensaísta, filósofo, maes-tro e encenador.

Figura incontornável e um dos vultos mais marcantes da história da arte, richard Wag-ner transportou a música ocidental para no-vos patamares, revolucionou a Ópera e o teatro e influenciou, de modo sem paralelo, músicos, pintores, escritores, realizadores, arquitetos, filósofos e cientistas, durante todo o séc. xx e até aos nossos dias.as suas inovações – o drama musical, a obra de arte total, uma nova arquitetura do teatro, o Festival de Bayreuth e, acima de tudo, as novas fronteiras que trouxe à composição musical – permanecem, até hoje, da maior relevância e atualidade, nos mais diversos domínios. Wagner decidiu, muito novo, que have-ria de ser em simultâneo poeta e compo-sitor; propunha-se fusionar Beethoven e shakespeare, levar a sua criação a novos horizontes. seria essa a sua grande missão. uma ideia totalmente revolucionária para a época.

Viria depois a desenvolver o conceito de obra de arte total: Wagner compôs exclu-sivamente para textos criados e escritos por si próprio; elaborou instruções de direção musical e de régie para todas as suas obras; concebeu o primeiro Festival de música, ba-seado nas festas de teatro da grécia antiga; erigiu o seu próprio teatro de ópera, dese-nhado para responder às exigências que o seu drama musical impunha.

mas Wagner fica na história, acima de tudo, pela sua música: inédita, vanguardista, transformadora irrevogável da linguagem musical do séc. xix.

o jovem Wagner começou por compor três óperas, entre 1833 e 1840, que ainda se podem considerar emulações de fórmu-las contemporâneas: as Fadas, a proibição do amor e rienzi, o primeiro sucesso e a obra que marca o início da sua notoriedade. seguir-se-iam três «óperas românticas»: o navio Fantasma (1843), tannhäuser (1845) e lohengrin que foi escrita entre 1845 e 1848 e representa um marco de transição no percurso do compositor a caminho dos dramas musicais tristão e isolda (1865), os mestres cantores de nuremberga (1868), a tetralogia o anel do nibelungo (o ouro do reno, a Valquíria, siegfried e o crepúsculo dos deuses), estreada como um todo com a inauguração do Festival de Bayreuth em 1876, e a derradeira obra, parsifal (1882). richard Wagner morreu a 13 de fevereiro de 1883, em Veneza, na itália.

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christiaN thiELEmaNNnascido em Berlim, christian thielemann vem de uma família de melómanos. inicia a sua carreira profissional em 1978, como pianista correpetidor na deutsche oper de Berlim, ocupando de seguida o mesmo lugar em gelsenkirchen, Karlsruhe e hannover. em 1985, junta-se à Ópera do reno em dussel-dorf. três anos depois, em nuremberga, tor-na-se o mais jovem diretor musical alemão. em 1997, regressa à deutsche oper de Ber-lim para o lugar de diretor musical, onde permanece durante sete anos. thielemann foi maestro titular e diretor musical da or-questra Filarmónica de munique de 2004 a 2011. desde o Verão de 2012, detém o cargo de maestro principal da staatskapelle dresden.

o reportório de christian thielemann é ex-tenso, indo de Bach a henze e gubaidulina. as suas interpretações da música romântica alemã, tanto na ópera como na sala de con-certos, são consideradas exemplares em todo o mundo. thielemann fez a sua estreia em Bayreuth em 2000 (die meistersinger von nürnberg). des-de então que as suas apresentações anuais estabelecem um novo paradigma na direção musical.

é desde 2010 consultor musical do Festival de Bayreuth e desde março de 2015 o seu diretor musical.

no Festival de salzburgo de 2011 dirigiu uma nova produção de die Frau ohne schatten de richard strauss. em 2013 christian thiele-mann assumiu o cargo de diretor artístico do Festival de páscoa de salzburgo em simul-tâneo com as suas funções na staatskapelle

de dresden que se tornou então a orquestra residente desse festival.

a sua longa discografia com a deutsch gram-mophon engloba numerosas óperas e obras sinfónicas. com a orquestra Filarmónica de Viena gravou o ciclo completo das sinfonias de Beethoven, que foi editado também em dVd no outono de 2010. até agora, as suas gravações com a staatskapelle incluem a 8.ª sinfonia de Bruckner, a missa solene de Bee-thoven, as gravações ao vivo dos concertos de ano novo da ZdF entre 2010 e 2013, o Faust, composições de Wagner e de liszt, o concerto para violino de Brahms com lisa Ba-tiashvili e os concertos para piano de Brahms com maurizio pollini.

em outubro de 2011, christian thielemann foi agraciado como sócio honorário da royal academy of music de londres e, no mesmo mês, recebeu o título de doutor honoris cau-sa da escola de música liszt de Weimar e da universidade católica de leuven (Bélgica).

YuvaL sharONdescrito pela revista norte-americana the Hollywood reporter como «o querido da ópera avant-garde de l.a.», o ence-nador yuval sharon tem vindo a criar um substantivo trabalho não convencional que procura expandir a forma operática. é o diretor artístico e o fundador de the industry, uma companhia de los angeles dedicada à ópera nova e experimental, le-vando-a para veículos em movimento, esta-ções de comboio em funcionamento e vá-rios «não-espaços», como armazéns, parques de estacionamento e escadas rolantes. yuval concebeu, dirigiu e produziu as estreias aclamadas de Hopscotch; invisible cities; e crescent city.

sharon também concebeu e dirigiu as duas instalações/performance da companhia in c no hammer museum e nimbus no Walt dis-ney concert hall.

as suas produções cénicas em espaços mais convencionais têm sido descritas como «en-genhosas» (new York times), «virtuosísticas» (opernwelt), «vertiginosamente espetacu-lares» (new York magazine), e «assombro-sas» (opera news). recebeu o prémio götz Friedrich na alemanha pela sua encenação de doctor atomic de john adams, produzida originalmente no staatstheater de Karlsruhe e apresentada depois no teatro de la maes-tranza em sevilha. sharon dirigiu também uma produção de referência de song books de john cage na san Francisco symphony e em carnegie hall com joan la Barbara, meredith monk e jessye norman. a sua pro-dução mais recente foi da ópera three sis-ters de peter eötvös na Wiener staatsoper, que levou a revista opernwelt a chamá-lo de «uma das chegadas mais interessantes à paisagem musical». a sua produção de a

raposinha matreira de janáček, criada para a cleveland orchestra em 2014, foi a primeira ópera completamente encenada apresenta-da na musikverein, a histórica sala de con-certos em Viena, em outubro de 2017. presentemente, sharon está numa residência artística com a los angeles philharmonic e os seus projetos incluem a encomenda de novas obras, instalações site-specific e espetáculos fora da sala de concertos, como foi o caso da encenação de a Guerra dos mundos (no outono de 2017). depois do lohengrin do Festival de Bayreuth, a sua próxima produ-ção operática será uma Flauta mágica para a Berlin staatsoper unter den linden (fevereiro de 2019).

yuval sharon recebeu uma subvenção em 2017 da Fundação para a arte contempo-rânea para o teatro. é membro da direção da opera america, do conselho artístico do hammer museum e «Fellow» do instituto de humanidades de los angeles.

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NEO rauch E rOsa LOYneo rauch (leipzig, 1960) e rosa loy (Zwickau, 1958) são dois pintores alemães, casados, que fazem parte da chamada nova escola de lei-pzig que engloba um grupo de pintores figu-rativos que vive e trabalha na cidade. todos estudaram na mesma escola, a hochschule für grafik und Buchkunst (escola de artes Visuais) de leipzig. além do uso de grandes telas, o grupo utiliza a figuração e a narrativa nos seus trabalhos. rauch é o mais conhecido de todos.

as pinturas de neo rauch caracterizam-se pela combinação distinta de um imaginário figurativo e de uma abstração surrealista. as suas composições enigmáticas empregam uma iconografia excêntrica com personagens humanas, animais, e híbridos dentro de ce-nários familiares mas imaginários. cada obra pode ser iniciada sem uma ideia preconcebida para um resultado final mas há sempre uma coerência visual distintamente reconhecível na sua obra global. as suas pinturas mostram muitas vezes paletes de cores fortes, comple-mentares, e nelas são temas recorrentes a integração perfeita de elementos orgânicos e não-orgânicos, bem como referências ao pro-cesso criativo, à música e ao trabalho manual. o seu tratamento da escala é deliberadamen-te arbitrário, com ausência de perspetiva, pa-recendo muitas vezes aludir a diferentes fusos horários ou planos de existência.

em 2010 rauch teve a sua primeira grande retrospetiva num grande museu, numa ex-posição coproduzida pelo museum der Bil-denden Künste leipzig e pela pinakothek der moderne, munich, no ano seguinte também apresentada em Varsóvia na galeria nacio-nal de arte Zacheta. alguns dos museus e galerias que receberam exposições a solo de rauch na última década incluem as cidades de chemnitz, Baden-Baden, Klosterneuburg

(Áustria), nova iorque, praga, montreal, Wolfsburg, málaga, Viena e maastricht. em 2013, realizou a sua primeira exposição a solo na Bélgica, no BoZar - centre for Fine arts, em Bruxelas, chamada neo rauch: a obsessão do demiurgo, trabalhos seleciona-dos 1993-2012. alguns dos grandes museus mundiais têm no seu acervo obras suas.

em 2016 a sua atividade artística foi objeto de um documentário de nicola graef, neo rauch – Gefährten und begleiter.

rosa loy é uma das pintoras alemãs que trata o mistério da mulher, a feminilidade e o novo romantismo que tem uma grande tradição na saxónia. loy leva com coragem para as suas pinturas figurativas a feminilidade e a beleza, oferecendo várias camadas de interpretação do seu trabalho. tem um interesse particular no conhecimento tradicional das mulheres, na feminilidade e na chamada «nova escola de mistérios». trabalha normalmente sobre tela ou papel e com diferentes técnicas gráficas.além de várias exposições coletivas, tem vin-do a expor a solo desde 2002 fora de leipzig, em cidades como londres, Frankfurt am main, nova yorque, Berlim, augsburg, los angeles, stuttgart, marbelha, amesterdão e seul.

rauch e loy formam uma parceria artística de sucesso na cena internacional criando uma obra independente que é, por um lado, ali-mentada pela variedade e, por outro lado, pe-las semelhanças entre os dois artistas. quando trabalham como casal, eles dão conta de que maneira as forças masculinas e femininas se podem entrelaçar com êxito. Formam um par de artistas que cooperam sabendo manter cada um a soberania do seu caráter. trabalham ambos no antigo moinho de algodão, leipziger Baumwollspinnerei, sobre o qual rauch diz ser um local de concentração e inspiração. «aqui é onde me chegam as melhores ideias».

DESCONTOS Só aplicados a bilhetes superiores a 12€ para espetáculos com Produção CCB∙ 30% Desconto Cartão Amigo CCB (Individual, Sénior, Jovem e Família) ∙ 30% para bilhetes de última hora, a partir de 30 minutos antes do início do espetáculo (apenas para bilhetes adquiridos na bilheteira do CCB)∙ 20% para menores de 25 anos e maiores de 65 ( exceto 1ª Plateia no Grande Auditório)∙ 10% para titulares do cartão FNAC (apenas para bilhetes adquiridos nos postos de atendimento) ∙ 25% para clientes da CP (apenas para bilhetes adquiridos nos postos de atendimento)∙ 50% para desempregados (contra apresentação de comprovativo do IEFP; apenas para bilhetes adquiridos nos postos de atendimento) ∙ Quota limitada de bilhetes a 5€ para estudantes e profissionais de espetáculo. Desconto válido exclusivamente para o 2.º balcão do Grande Auditório e para Laterais no Pequeno Auditório (apenas para bilhetes adquiridos na bilheteira CCB)

I N D I v I D u A L

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F E s t I V A l E M A s t E R C l A s s E s

Filipe Pinto-Ribeiro direção artística e pedagógica

a quarta edição do Festival Verão clássico incluirá concertos diários, com a participação de músicos de grande reputação internacional, e cerca de uma dezena de masterclasses de instrumentos – piano, cordas e sopros – e de música de câmara, destinadas a jovens músicos e orientadas por professores oriundos de algumas das mais prestigiadas instituições de ensino e orquestras mundiais. para o Festival Verão clássico 2018, estão já confirmados músicos e professores de excelência, como são os casos do violoncelista norte-americano gary Hoffman, do trompista checo Radek Baborák, da pianista britânica Imogen Cooper, do pianista sérvio Aleksandar Madžar, do violinista canadiano Corey Cerovsek, do violinista britânico Jack Liebeck, da violista alemã Isabel Charisius, do violoncelista britânico Adrian Brendel, do contrabaixista finlandês Janne Saksala, da flautista portuguesa Adriana Ferreira e do clarinetista francês Pascal Moraguès.

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