O filho do imigrante e a mulher ideal 15

17

description

O primeiro amor nem sempre será o amor ideal, mas só que nos deixa lembranças, que levamos enquanto estivermos vivos. Mesmo se, depois, tivermos muitos outros amores, muitas lembranças se vão com o tempo, mas tudo o que aconteceu no primeiro amor permanece em nossa memória. Algumas vezes, passamos por florestas, campos e vales à procura da mais bela flor e, no fim, descobrimos que ela está no jardim em frente da nossa casa — aquela ou aquele que será o amor ideal, que tanto procuramos.

Transcript of O filho do imigrante e a mulher ideal 15

Page 1: O filho do imigrante e a mulher ideal 15
Page 2: O filho do imigrante e a mulher ideal 15
Page 3: O filho do imigrante e a mulher ideal 15

O filho do imigrante

e a mulher ideal

Page 4: O filho do imigrante e a mulher ideal 15
Page 5: O filho do imigrante e a mulher ideal 15

São Paulo – 2015

O filho do imigrante

e a mulher idealOsvaldo da Anunciação Teles

Kelly Teles

Page 6: O filho do imigrante e a mulher ideal 15

Copyright © 2015 by Editora Baraúna SE Ltda.

Capa Camila C. Morais

Diagramação Camila C. Morais

Revisão Débora Bononi

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

________________________________________________________________T272f

Teles, Osvaldo da Anunciação O filho do imigrante e a mulher ideal/Osvaldo da Anunciação Teles, Kelly Teles. - 1. ed. - São Paulo:Baraúna, 2015.

ISBN 978-85-437-0339-8

1. Ficção brasileira. 2. Homens - Brasil - Biografia. I. Teles, Kelly. II. Título.

15-22200 CDD: 869.93 CDU: 821.134.3(81)-3________________________________________________________________28/04/2015 05/05/2015

Impresso no BrasilPrinted in Brazil

DIREITOS CEDIDOS PARA ESTAEDIÇÃO À EDITORA BARAÚNA www.EditoraBarauna.com.br

Rua da Quitanda, 139 – 3º andarCEP 01012-010 – Centro – São Paulo – SPTel.: 11 3167.4261www.EditoraBarauna.com.br

Todos os direitos reservados.Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem a expressa autorização da Editora e do autor. Caso deseje utilizar esta obra para outros fins, entre em contato com a Editora.

Page 7: O filho do imigrante e a mulher ideal 15

Amigo leitor, este livro é diferente dos outros que você está acostumado a ler, porque é um livro que, além de narrar a minha história romântica, você encontrará no meio da história muitos outros assuntos que eu acho importantes para o cotidiano de todos nós.

Page 8: O filho do imigrante e a mulher ideal 15
Page 9: O filho do imigrante e a mulher ideal 15

Osvaldo nasceu no estado da Bahia em 1952. Foi criado pelos avós, sempre de maneira simples. Teve mo-radia em várias cidades do interior. Ao alcançar a idade de 19 anos, percebeu que gostaria de ir em busca de seu pai biológico em São Paulo, onde construiu sua vida e sua família. Conseguiu vencer a carência de recursos da infância, estudou durante a juventude, trabalhou e con-quistou o que ele hoje deixa como herança: uma vida de batalhas, derrotas e vitórias.

Este é o segundo livro confeccionado pela parceria Kelly Dinho.

Desejo que essa parceria dure por muito tempo e que muitos outros livros, se o Autor da criação permitir, certamente hão de vir. Espero que todos que tiverem a oportunidade de ler o mesmo sintam-se bem.

Page 10: O filho do imigrante e a mulher ideal 15
Page 11: O filho do imigrante e a mulher ideal 15

Amado leitor. Desde já, agradeço de coração por se interessar em ler este livro, que narra alguns fatos que ocor-reram na minha vida e, principalmente, na vida romântica e outros assuntos que também poderá encontrar como: de-dicações, conselhos, experiência de vida, assunto relaciona-do à religião, minha opinião em relação a alguns assuntos, um grande amor pela natureza e muitas outras coisas, tudo diretamente ligado ao amor à vida e ao próximo.

Deixo claro que todo o conteúdo deste livro é de in-teira responsabilidade minha. A minha querida parceira apenas cuidou da parte técnica, e com minha permissão registra esse livro no nome da parceria.

Querido leitor. Espero que goste deste pequeno livro.

Page 12: O filho do imigrante e a mulher ideal 15

Desejo que o teu Criador esteja sempre te conduzin-do com passos firmes.

Não poderia deixar de fazer uma apresentação da

minha pessoa, da minha descendência, como meu pai, que nasceu no Japão, veio para o Brasil, conheceu a mi-nha mãe, que não tem nada a ver com japonês, e como começou o romance dos dois, que, mais tarde, veio a ge-rar o pequenino Dinho.

Algumas coisas que foram escritas no meu primei-ro livro (O filho do imigrante) foram escritas novamente neste livro com algumas modificações, porque eu achei por bem o querido leitor entender melhor algumas coisas que eu, particularmente, acho fundamentais no decorrer dos tempos, como, por exemplo: o grande amor à amada natureza e os cuidados que cada um deve ter com ela.

O título O filho do imigrante e a mulher ideal está relacionado a minha pessoa e à mulher que hoje é a mi-nha esposa. Para mim uma mulher ideal é aquela que preencha humanamente os requisitos de um homem, as qualidades que venham satisfazer ou preencher as suas expectativas, ou ainda aquilo que um homem espera de uma mulher que venha ser sua companheira enquanto os dois estiverem vivos.

Desejo que, ao ler este livro, sinta-se bem e que re-almente goste.

Desde já, desejo boa sorte no teu caminhar.

Page 13: O filho do imigrante e a mulher ideal 15

11

Capítulo 1Como tudo começou

(o romance dos pais do dinho)

Em um determinado tempo, vieram algumas fa-mílias do Japão para o Brasil e se dividiram em grupos no território brasileiro. Das que foram para o estado da Bahia, uma delas instalou-se na cidade de Conceição do Jacuipé, próxima da capital.

Essa família, ao chegar à cidade, iniciou a sua ativi-dade, que era a agricultura. E, com o passar do tempo, o serviço aumentou, e contrataram algumas pessoas para ajudar na lavoura.

Entre as pessoas contratadas, tinha um rapaz, cujo nome era Dino, e uma moça, que se chamava Narciza, e ambos eram irmãos.

Page 14: O filho do imigrante e a mulher ideal 15

12

O chefe da família de imigrantes, o senhor Katu, tinha seis filhos. Antes de contratar as pessoas, ele deu orientações a seus filhos, e uma delas não poderia ser de-sobedecida, de maneira nenhuma, que era não ter ne-nhuma amizade com os empregados além do necessário, para evitar confusão entre patrão e empregados, pois de-veria cada um ocupar seu lugar (patrão era patrão, e em-pregado era empregado).

Provavelmente, o senhor Katu pensou que, ao con-tratar brasileiros, com a convivência, poderia ter algum envolvimento mais sério entre alguém de sua família com os contratados.

Isso não quer dizer que eles detestavam os brasilei-ros, pelo contrário, eles os consideravam como um dos povos mais amáveis da terra, também não era por discri-minação, ou outra coisa parecida, mas era exclusivamente por tradição e mais nada.

Os japoneses, nos primeiros anos que estavam aqui no Brasil, eram um pouco rígidos em relação à aproxi-mação íntima com qualquer povo que não fosse japonês.

Eles se limitavam à comunicação necessária, como tudo que precisavam aprender em relação à cultura, aos costumes, à alimentação, ao idioma... E outras coisas ne-cessárias para a permanência deles na nova terra e país.

Teriam que se limitar só nesse sentido e mais nada, como, por exemplo, olhar para as mulheres ou rapazes brasileiros sem sentir atração ou algum tipo de desejo. Estava extremamente proibida uma aproximação além do normal, e principalmente íntima.

Page 15: O filho do imigrante e a mulher ideal 15

13

Mistura de sangue nem pensar, pois eles considera-vam seus hábitos, religião, cultura e tradições algo muito sério. Eles tinham e têm até hoje plena consciência de que o país é uma boa terra, o povo brasileiro é acolhe-dor, criativo, simpático e solidário, e outras coisas que, na época, encantavam os imigrantes que chegaram nesse maravilhoso país.

Narciza era uma jovem linda e atraente, que abalava os corações masculinos, e com essas qualidades tornou-se inevitável que um dos filhos do senhor Katu (o mais velho), por nome Iu, talvez sem querer, pudesse ter um encontro casual com aquela jovem. E aí ficaria quase im-possível não dar uma olhadinha nela.

Numa dessas caminhadas pela lavoura, ele se depara com aquela linda jovem, e pela primeira vez que a olhou, imediatamente o seu coração deu uma pontada como se fosse uma forte fisgada e inevitavelmente começou a pulsar mais forte o seu coração que estava desesperadamente à espera para jorrar ao exterior todo o amor que tinha para dar a alguém que por ventura correspondesse a esse amor.

Ele sabia que jamais poderia envolver-se com aquela jovem, porque para ele seria um fruto altamente proibi-do, e não poderia nem pensar em se aproximar dela com segundas intenções.

Uma que ela era uma empregada, e, outra que ela não tinha nada a ver com sua nacionalidade, hábitos, cul-tura, religião, costumes e tradição.

Mas sabe como que é, tem vezes que as coisas proibi-das sempre são tentadoras. E, se não levar ao pé da letra, qualquer descuido, há grandes possibilidades de envol-

Page 16: O filho do imigrante e a mulher ideal 15

14

ver-se. Sabe como que é, por menos curiosa que a pessoa possa ser, quando ela é instruída a não fazer tal coisa ou a não olhar para determinado lugar, objeto ou outra pes-soa, esse obstáculo normalmente com os humanos nem sempre se leva a sério, pois dá a impressão de que tem alguma coisa dentro da pessoa que incentiva a fazer ou a olhar, mesmo que seja proibido.

Com essa batalha interna, se não for realmente forte nas decisões, não dá para segurar, principalmente quando se trata de curiosidade e de paixão.

O jovem Iu, mesmo sabendo que não poderia en-volver-se com a moça, não teve o alto- controle, domí-nio necessário, e provavelmente dominado pela curiosi-dade, e a força do amor, o jovem lança seus olhos mais uma vez em direção àquela bonita jovem. E, quando ele olhou pela segunda vez, aumentou ainda mais a vontade de olhar mais vezes. Cada vez que olhava, aumentava a sua luta desesperadora, e, então, se via em um beco sem saída, pois não poderia fugir das tradições de seu povo, e também de sua família. Ele pretendia levar a sério o pedido que seu pai tinha feito para a família em relação ao envolvimento além do necessário com os empregados.

Normalmente, o coração, seja de qualquer naciona-lidade, não costuma obedecer na totalidade determina-da ordem; quando está em jogo paixão, pode ficar mais difícil, pois coisa que envolve sentimentos é muito difí-cil controlar, principalmente quando isso acontece com uma pessoa jovem que está com toda a força e ansiedade, em um período no qual as loucas paixões normalmente estão a todo vapor, às vezes levando a fugir do autocon-

Page 17: O filho do imigrante e a mulher ideal 15

15

trole, por mais rígidas que venham a ser as tradições ou outra coisa qualquer.

Vezes em que o amor não escolhe, nem se apega a preconceito ou barreira que possa aparecer no caminho, e simplesmente acontece, e não dá para fugir.

O jovem Iu percebe que, no seu interior, estava acon-tecendo alguma mudança, começa a sentir os efeitos provo-cados em um início de uma paixão, mesmo que proibida.

Com essa situação, ele sentia-se como se uma fle-cha de ponta afiada, desde a primeira vez que viu aquela jovem, estivesse cada vez mais invadindo o seu coração, e cada vez que ele olhava para aquela jovem, parecia que alguma coisa empurrava no seu peito. Se continuasse da-quele jeito, inevitavelmente a tal flecha poderia perfurar e invadir seu coração por completo.

Iu, com a idade que tinha naquela época, e como todo jovem, as emoções, a ansiedade, a vontade de novas aventuras, tudo que impulsiona o jovem às travessuras e muitas outras coisas, com o jovem Iu não poderia ser diferente, mas assim mesmo as tradições em que ele foi criado o forçam a uma decisão que, embora, no momen-to, fosse um sacrifício, ele põe em prática o seu plano, que era passar longe da encantadora brasileira. Conse-gue ficar afastado fisicamente por alguns dias, mas men-talmente estava sendo impossível, porque a imagem da linda e atraente jovem ele não conseguia apagar da sua mente, pois já tinha gravado, e, uma vez que acontece tal coisa, torna-se impossível apagar. Coisas do cotidiano, que só envolvem a parte externa; pode-se até encontrar soluções e livrar-se por algum tempo, mas, uma vez que