O Guia Completo do Amputado - Conforpés Ortopedia

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O Guia Completo do Amputado

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Olá! Seja bem-vindo(a)

Vamos supor que alguém descobriu recentemente um tumor na perna direita, e não há outra saída além da amputação. Ou então, sofreu um grave acidente e precisou amputar as duas pernas na altura do joelho.

Onde eles poderão se inteirar mais sobre a nova realidade, se quase não há informações específicas sobre próteses e amputações disponíveis na internet?

Vamos solucionar este problema através deste guia.

Após anos submersos no universo da protetização, pudemos conhecer de perto inúmeras histórias de superação de amputados, e entendemos que é um processo difícil de ser enfrentado sozinho, especialmente se as condições da nova realidade são desconhecidas.

A boa notícia é que após ler este material do começo ao fim, várias dúvidas comuns sobre este assunto terão sido respondidas.

Agradecemos o interesse em nosso ebook. Bom proveito!

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Objetivo do guia

Este guia foi idealizado para orientar de forma positiva e simples, todos os recém-amputados através de dicas, tutoriais e relatos. Queremos demonstrar que o caminho para adaptação é possível e que nossa capacidade de superação é ilimitada.

Tentamos ser o mais claro e objetivo possível, usando o mínimo de termos técnicos. Porém, caso não entenda alguma palavra ou ex-pressão, separamos um dicionário de termos ao final deste ebook, feito especialmente para esclarecer tudo o que se refere a este universo.

Aprender os cuidados gerais com o coto;As oscilações psicológicas que surgem durante o processo de fisio-terapia e adaptação;A responder dúvidas frequentes referentes à protetização;A explicar as facilidades e créditos que todo amputado tem direito.

A Conforpés e toda sua equipe profissional estará à disposição para solucionar qualquer dúvida que surgir durante a leitura deste material.

O guia se propõe a ajudar o amputado quanto:

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ÍndiceCausas da amputação..........................................................................................................................6 Tipos de amputação....................................................................................................................................8Dessensibilização................................................................................................................................10 Procedimentos para dessensibilização..........................................................................................11Pós-operatório: quanto tempo após a amputação poderá ser feito a protetização?..12Enfaixamento.......................................................................................................................................13 Passo a passo para enfaixamento de coto abaixo do joelho................................................14 Passo a passo para enfaixamento de coto acima do joelho..................................................14Higienização........................................................................................................................................15 Sudorese......................................................................................................................................................16 Banho............................................................................................................................................................17A importância da psicoterapia após amputação......................................................................18Entenda a Síndrome do Membro Fantasma...............................................................................20 Sensação fantasma...................................................................................................................................21 Dor fantasma.............................................................................................................................................21

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Prótese – visão geral.........................................................................................................................22 Tipos de prótese.......................................................................................................................................23 Componentes de prótese superior..................................................................................................27 Componentes de prótese inferior....................................................................................................28Quanto tempo leva a adaptação a próteses?............................................................................29 Características que influenciam na adaptação..........................................................................30Acompanhamento fisioterápico....................................................................................................31Vou poder continuar com minhas atividades anteriores?....................................................34Crédito acessibilidade......................................................................................................................35Compra de veículo com isenção de impostos............................................................................36Depoimentos.......................................................................................................................................37História da Conforpés, Nelson e Nelsinho.................................................................................39Dicionário com termos.....................................................................................................................40

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Causas da AmputaçãoDesde a época das guerras mundiais, a amputação é um dos procedimentos cirúrgicos mais frequentes da medici-na. Esse processo se faz necessário quando não há espe-rança de que o membro voltará a ser saudável.

A amputação pode ocorrer em três níveis:

Nível proximal

Nível médio

Nível distal

É através deles, que o profissional especializado conse-guirá definir a melhor prótese para cada caso, a fim de possibilitar um ajuste mais confortável, menos dolorido e evitando ao máximo possíveis complicações.

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As principais causas para que ocorra a amputação, são:

Malformação congênita: geralmente realizada em crianças ou adolescentes que nasceram com alguma parte do corpo malformada – por exemplo, pés ou braços mal desenvolvidos – que podem comprometer a qualidade de vida no futuro;

Problemas vasculares: frequentemente realizada em pessoas com mais de 50 anos, ocorre quando há um entupimento nas veias, causados ou pelo tabagismo, hipertensão arterial, diabetes, sedentarismo, obesidade ou estresse, impedindo a circulação sanguínea regular na área;

Gangrena: é a morte ou apodrecimento de extremida-des corporais, como: pés, pernas, dedos e mãos, causa-dos ou por problemas arteriais ou infecções bacteria-nas;

Infecções: menos frequente e sem uma faixa etária es-pecífica, geralmente é decorrente de algum problema de cicatrização originados após cirurgias, da meningite meningocócica ou necrose;

Traumatismo: uma das causas mais recorrentes, por ser comum após graves acidentes de trabalho, cho-ques de alta tensão, hemorragias, queimaduras, esma-gamentos ou acidentes de trânsito;

Tumores: provocada geralmente por algum tumor ma-ligno ósseo diagnosticado tardiamente, como osteo-melite ou osteíte, é mais comum nos membros inferio-res ou em adolescentes.

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Desarticulação de ombro

Amputação Transumeral

Desarticulação do cotovelo

Amputação transradial

Desarticulação do punho

Desarticulação parcial de mão

Tipos de Amputação Amputação Superior

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Desarticulação do joelho

Amputação transtibial

Amputação do pé

Hemipelvectomia

Desarticulação do quadril

Amputação transfemoral

Amputação Inferior

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DessensibilizaçãoLogo após o pós-operatório, é recomendado iniciar a rotina de exercícios de dessensibilização, ou seja, movimentos que irão evitar dores intensas e auxiliar o coto a reconhe-cer diversas sensações, como o frio ou calor.

Os materiais que auxiliam na dessensibilização, são:

Toalha

Cubo de gelo

Escova de dente

Algodão

Esponja de face fina ou grossa

Lixa fina ou grossa

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Procedimentos para dessensibilização:

Pequenos toques com a toalha: com uma toalha – de pre-ferência morna – comece tocando levemente as extremi-dades do coto, para que ele se acostume gradativamente com o toque. Depois, durante 3 minutos passe a toalha na parte de cima do coto; depois mais 3 minutos embaixo e por fim, mais 3 minutos na extremidade residual.

Massagem simples: durante 5 minutos, realize movimen-tos leves e circulares, ou de cima para baixo, na região do coto, aumentando a circulação, sensibilidade e resistência do membro.

Massagem Proprioceptiva: durante 5 minutos com um cubo de gelo, iniciar a massagem com movimentos circula-res ao redor da cicatrização, com a intenção de transpas-sar duas sensações: o frio e o liso. Depois, submergir uma esponja em água morna, e por mais 5 minutos continuar com o mesmo movimento inicial, para que ele sinta o calor e o áspero. Secar a região com uma toalha felpuda, pres-tando sempre atenção para não exercer muita pressão no local. Finalizar com uma massagem de 5 minutos feita com o auxílio de uma escova de dente.O objetivo dessa massagem é passar para o coto diversos tipos de sensações, aumentando sua propriocepção.

É de extrema importância que esses procedimentos sejam realizados diariamente ou em dias alternados, pois auxiliam no proces-so de cicatrização e diminuem o risco do paciente sofrer com dores intensas ou com a síndrome do membro fantasma.

Os materiais utilizados em cada processo podem ser alternados. Por exemplo, se na segunda feira foi realizada a massagem proprioceptiva com gelo, esponja grossa e escova de dente, na terça-feira ela poderá ser feita com algodão, lixa grossa e es-ponja fina.

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Pós-operatório: quanto tempo após a amputação poderá ser feito a protetização?Há inúmeros fatores que influenciam no processo de rea-bilitação, como: o aumento ou a diminuição do peso cor-poral; membro amputado; nível de amputação e o apoio de pessoas próximas.

Porém, apesar da influência externa, cabe ao amputado a maior parcela de esforço para completar totalmente a reabilitação. Este é um procedimento diferente de pes-soa para pessoa, já que devemos levar em consideração a idade, o estado emocional e a situação socioeconômica de cada um.

É comum em alguns casos, utilizar próteses com encaixe provisório 10 dias após a amputação. Com ela é possível apoiar parcialmente o peso do coto e dar início ao treina-mento de marcha. Entretanto, não espante caso o fisiote-

rapeuta não indique de antemão a protetização provisó-ria. Este procedimento não é adequado para todos.

Geralmente, o processo para o início do uso das pró-teses dura até 6 meses. Esse é o tempo recomendado para a ferida do membro residual finalizar a cicatrização. É neste período, que o amputado deve aproveitar para conversar com outras pessoas que já usam próteses, a fim de se familiarizar com a rotina diária de exercícios e dificuldades comuns do dia a dia.

A meta após a amputação, é preparar o paciente para a prótese, proporcionando mobilidade e independên-cia, para que ele volte com sua rotina habitual o quanto antes, sempre respeitando suas limitações físicas e psico-lógicas.

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EnfaixamentoApós obter boa cicatrização, todo amputado deve partir para o processo de enfaixamento do coto, através de uma atadura ou faixa elástica. Recomendados que o primeiro enfaixamento seja realizado com o acompanhamento de um profissional qualificado. Indicamos também trocá-lo 3 vezes durante o dia, e nunca permanecer por mais de 12 horas com o coto numa mesma posição.

O enfaixamento é importante, pois:

Estimula a circulação sanguínea e metabolismo;

Elimina possíveis edemas;

Prepara o coto para receber a prótese.

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Passo a passo para coto abaixo do joelho: Passo a passo para coto acima do joelho:

De trás para frente, comece passando a faixa acima da articulação do joelho;

Em formato de infinito ou 8, enrole todo o coto, exceto em cima do joelho (para não comprometer

a mobilidade do membro);

Finalize com uma fita branca ou atadura elástica.

Comece passando a faixa por detrás da coxa do paciente até a virilha;

Em formato de infinito, comece a dar as voltas, enrolando todo o coto;

Finalize com uma fita branca ou atadura elástica.

É importante que a pressão seja uniforme em toda faixa, para que o paciente não sinta dores em áreas específicas. Caso isso ocorra, o procedimento deve ser repetido até que o incômodo desapareça.

Outro hábito recomendado, é o de lavar as faixas elásticas ao menos uma vez por mês.

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HigienizaçãoPor se tratar de uma área que passou por um processo complexo, resultando em várias cica-trizes e perda significativa da sensibilidade, é imprescindível que o coto seja a região de maior cuidado diário. O Dr. Sancinetti afirma que, além dos exercícios e massagens que vimos ante-riormente, a higiene também é indispensável e suas etapas devem ser seguidas rigorosamente.

Se estiver sozinho, tenha sempre o hábito de observar o coto através de um espelho, procuran-do por manchas de origem desconhecidas, má cicatrização ou pequenas protuberâncias, que podem futuramente originar um edema.

Após a inspeção, se estiver tudo bem com o coto, siga para a higienização:

Além da higienização diária, tomar banho de sol é um ótimo hábito para fortalecer o osso e a pele, uma vez que a luz solar é rica em vitamina D.

Lave-o pelo menos uma vez por dia com água morna e sabonete neutro, sempre realizando movimentos leves e circulares com o sabão;

Quando estiver seco, massageie a região com um creme hidratante. É muito comum as áreas pós amputação ficarem ressecadas;

Seque-o com uma toalha macia ou felpuda, mas evitando o contato direto na cicatriz;

Se a pessoa já faz uso de próteses, caso a higie-nização seja realizada durante a manhã, certi-fique-se de que o coto está bem seco antes de vestir a prótese;

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Evitar sudorese e pele oleosa: Durante as primeiras 2 e 6 semanas de protetização, é possível um aumento da transpiração. Chamamos esse fenômeno de sudorese. Este efeito irá desaparecer gra-dualmente, porém, é bom ter em mente alguns cuidados básicos para diminuí-lo:

I. O paciente pode fazer uso de meia entre a pele e o liner, para absorver um pouco do suor da pele;

II. Para remover parte da gordura da pele, lave diariamente a superfície interna do silicone com deter-gente hipoalérgico e PH neutro;

III. Se possível, limpar as extremidades da prótese com uma quantidade pequena de álcool, em um pano macio e limpo.

Meia

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BanhoUm hábito que faz parte da rotina de todas as pessoas, seja qual for a idade, etnia ou cultura, é o banho. É comum surgir inúmeras dúvidas na cabeça do recém-amputado em relação a isso, principalmente se a amputação aconteceu em algum membro inferior.

O mais adequado, se possível, é que a pessoa conte com a ajuda de outro alguém para essa atividade, e que de preferência, o banheiro seja adaptado com barras de apoio nas paredes próximas ao chu-veiro e do vaso sanitário. Caso a residência não seja adaptada, fique tranquilo! Mais à frente iremos explicar sobre os principais créditos e facilidades para realizar esta reforma.

É bom ter em mente que não há uma prótese específica para o banho diário, apenas para quem deseja frequentar piscinas ou o mar, como a 3R80, por exemplo.

Se banhar com a prótese, seria a mesma atitude de tomar banho com um sapato: o pé continuaria sujo, da mesma forma que o coto não seria higienizado.

Ter uma cadeira de banho é o mais indicado nesses casos.

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A importância da psicoterapia após amputação Do ponto de vista psicológico, independente da origem da am-putação, o sentimento de dor e perda são tratados da mesma maneira, visto que após o procedimento cirúrgico, todos os pacientes se deparam com uma nova realidade.

Por exemplo, a maioria das pessoas tendem a acreditar que alguém que perdeu um dedo da mão ou do pé, se adapta melhor a nova rotina, do que aqueles que perderam uma perna ou um braço, mas isso não é verdade.

O sofrimento e capacidade de superação está muito mais atre-lado ao contexto social, histórico e cultural que o paciente está inserido, do que com a área amputada.

O receio diante da nova imagem não ser aceita pelos outros, até mesmo pela própria pessoa e as limitações do dia-a-dia, são fatores constantes que rondam a mente dos recém-amputados. São nessas circunstâncias que a psicoterapia se faz necessária, pois, é através dela que a pessoa irá enfrentar a situação e en-tender as fases que perder uma parte do corpo implica.

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O tratamento reflete diretamente em sua qualidade de vida e reabilitação física e mental, tornando-se capaz de concluir a adaptação de maneira adequada e saudável, evitando ou di-

minuindo as chances do paciente desenvolver psicopatologias relacionadas ao luto por perda de membro corporal, como a depressão, por exemplo.

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Entenda a Síndrome do Membro FantasmaAlém das oscilações psicológicas e dúvidas durante a fisioterapia, também é frequente a queixa sobre a síndrome do membro fantas-ma.

Leva este nome, pois trata-se de uma con-dição neurofisiológica, na qual a parte des-membra-se do corpo, porém, não do cérebro, ocasionando dores e impressões tão reais. De acordo com o Dr. Sancinetti, ela pode se manifestar de duas maneiras: Sensação Fan-tasma e Dor Fantasma.

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Tendo em mente a protetização, é importante manter uma rotina diária de cuidados básicos, higiene e exercícios, que explica-mos no início deste material, para manter uma boa desenvoltura muscular e articular. A atenção especial começa logo no pós--operatório e se estende por toda vida.

Sensação fantasma: trata-se de ainda sentir que o membro está lá, mesmo após a amputação. Por exemplo, é como se o cérebro fosse um computador e nossa perna uma impres-sora. Se cortássemos os fios que conectam as máquinas, o computador ainda reconheceria a conexão, mesmo que os fios estivessem danificados. É basicamente o que acontece: o cérebro continua achando que o corpo está intacto. Cerca de 66% dos amputados dizem senti-la ao longo da vida.

Dor fantasma: sem causa aparente, é uma ilusão que machuca de verdade. Os pacientes relatam sentir forte ardência, queimação e beliscões na área que anterior-mente pertencia ao membro amputado. Geralmente ela é intensa e pode se intensificar ao longo dos anos. Sua cau-sa, ainda é um mistério para a medicina moderna, porém, o pouco que se sabe, é que tende a se manifestar com maior frequência em pacientes que sofreram amputação traumática.

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Prótese - Visão GeralAo longo dos anos, a finalidade das próteses foi se modi-ficando. Se antigamente ela tinha acabamento cosmético, tentando apenas substituir esteticamente o membro des-membrado, hoje sua prioridade é ser funcional, possibi-litando que o amputado não dependa de outras pessoas para realizar atividades diárias simples.

Para que ela atenda todas as funções motoras do paciente, alguns componentes precisam ter um encaixe perfeito, o que torna o processo de protetização um pouco extenso e cansativo para muitas pessoas. As visitas ao centro de reabi-litação serão constantes até encontrar o tamanho perfeito de cada peça, o que diminui por completo possíveis descon-fortos e dores que são comuns nesse período.

Para cada nível de amputação, há uma prótese correspon-dente, que diferem em relação a fabricação e sua intenção inicial: de apenas substituir esteticamente o membro per-dido ou devolver suas funções motoras.

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Exoesqueléticas: feitas em resinas, PVC, fibra de carbono ou polipropileno, podendo ser ocas ou não;

Endoesqueléticas: também conhecidas como modulares, podem ser feitas em alumínio, aço, titânio ou fibra de carbono.

Dificilmente um amputado conseguirá decidir qual a mais indicada para ele, sem ao menos saber quais os tipos disponíveis no mercado. Conheça:

A fonte de energia é interna, sendo assim, é acionada pelo próprio paciente através de propulsão muscular;

Controlada por chave elétrica, é acionada pelo contato corporal;

Os materiais mais utilizados para fabricar as próteses são divididos em duas categorias:

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Prótese Mecânica Prótese Elétrica

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Controladas por dois tipos de com-ponentes: biônico e mecânico, o que a torna mais funcional. Recomendada para pacientes com amputação acima da articulação do cotovelo;

Mantém o aspecto semelhante aos demais membros corporais, porém, não é funcional, pois não proporciona funções ativas. Contudo, é utilizada eventualmente para apoiar objetos, como um copo por exemplo, mas sem a mobilidade do braço para pegá-lo.

A fonte de energia são eletrodos que captam as contrações musculares, acionando os movimentos. Um pré--requisito para utilizá-la, é a capaci-dade cognitiva do paciente em con-seguir distinguir os diferentes grupos musculares, além da habilidade de contraí-los, tornando-a menos popu-lar;

Prótese Biônica Prótese Híbrida Prótese Estética

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Independente do material utilizado e sua finalidade, um compo-nente que encontramos em todas as próteses, seja para amputa-ção superior ou inferior, é o encaixe. Ele é específico de acordo com o nível de amputação e é o responsável por englobar o coto com a prótese, controlando o movimento. É a partir dele que o processo de protetização é confeccionado, já que ele é a medida exata do coto.

Por isso é tão importante manter um coto saudável, seguindo diariamente os exercícios básicos e o enfaixamento adequado.

Atualmente há alguns métodos para medir o tamanho do coto. Pode ser a laser, através de imagens digitais ou de um molde de gesso, sendo este último o mais convencional. A partir des-te molde, o primeiro soquete é produzido e nele são montados todos os demais componentes protésicos complementares.

Encaixe

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Um outro elemento muito comum que compõe as próteses, é o liner, que nada mais é do que um revestimento em sili-cone, localizado entre o encaixe e o coto, que visa amenizar o atrito da pele com os componentes, protegendo as partes sensíveis.

O encaixe pode ser feito tanto com liner de silicone, quanto por sucção. A diferença entre eles, é que no método por sucção, há uma bomba que permite a saída de ar, ocasio-nando vácuo entre o coto e a prótese. Isso evita pistona-mentos, ou seja, garante que o coto não se se movimente dentro do encaixe, além de controlar o volume do membro residual e auxiliar a aumentar a circulação sanguínea na região.

Os componentes por sua vez, diferente do encaixe e do liner, são variáveis segundo o nível de amputação. Isso quer dizer que os elementos encontrados em uma prótese para amputação abaixo do joelho, não são necessariamente os mesmos que uma prótese para desarticulação de quadril, por exemplo.

Liner

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Componentes da prótese superior As próteses de braço podem, além de recriar os movimentos das mãos, garantir a imagem estética do corpo, através de peças cos-méticas ou mioelétricas, que costumam ter componentes específi-cos para cada uma delas.

A protetização via controle mioelétrico, permitem que o amputa-do feche e abra os dedos e as mãos, por exemplo, através da ação muscular. Cada contração do músculo resulta em uma tensão elé-trica medida pela pele, sendo estes os sinais utilizados para coorde-nar os componentes elétricos.

Este tipo de prótese exige muito do paciente, pois o processo de reabilitação é ainda mais intenso do que os demais, visto que mes-mo quem possui todos os membros corporais, não necessariamen-te tem um controle total de todos os músculos do corpo.

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Componentes da prótese inferior

Abaixo do joelho: Encaixe Rígido Liner Sistema tornozelo-pé Espuma cosmética Pilar de sustentação

Acima do joelho: Encaixe Encaixe flexível ou liner Desarticulação do joelho Sistema tornozelo-pé Pilar de sustentação Espuma cosmética

Desarticulação de quadril: Encaixe Articulação de quadril Componentes modulares Joelho Pé Espuma

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Quanto tempo leva a adaptação às próteses?Após ter passado por todos os estágios iniciais que ampu-tar uma parte do corpo implica, e ter decidido partir para a protetização, o paciente encontra-se na etapa de definir qual prótese irá escolher para substituir o membro perdi-do. É comum nessa fase surgirem várias dúvidas, como: “será que vou conseguir me adaptar?” ou “em quanto tem-po acontece o tratamento?”

De acordo com o Dr. Raphael Sancinetti, o tempo varia de caso para caso, já que fatores individuais, como o nível de amputação e características pessoais do paciente, devem ser levados em consideração.

Porém, é primordial ter sempre em mente a vontade de querer adaptar-se. Entender que esse processo será difícil e que irá levar algum tempo é importantíssimo. Indepen-dente da condição do recém-amputado, tentar manter uma atitude positiva faz toda diferença.

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Idade do paciente: pacientes com mais de 45 anos tendem a ter uma maior dificuldade para se adaptar a

protetização, uma vez que a quantidade de fibras muscula-res é menor do que o de alguém com 20 anos, por exemplo;

Nível de amputação: é a peça chave no tempo de adaptação, principalmente no que diz respeito ao ta-

manho do membro residual. Cotos maiores, tendem a fixar melhor a prótese, enquanto cotos menores têm um encaixe mais complicado, demandando maior tempo de ajuste a nova realidade;

A ordem dos fatores varia e não altera o resultado, segundo o Dr. Sancinetti, em condições favoráveis, o paciente levaria de 6 a 12 meses para um uso pleno do material.

As características pessoais que influenciam no tempo de adaptação, são:

Prótese: a qualidade de fabricação, peso e articulação da prótese são fatores importantes na hora de decidir

qual comprar. As mais baratas e simples, tendem a exigir um maior tempo de adaptação, por não proporcionarem 100% de qualidade em seu acabamento.

Sensibilidade: cotos bem cicatrizados e maduros auxi-liam numa rápida adaptação, diferente de um paciente

com o coto ainda sensível, comum em amputações recentes. O ideal é esperar alguns meses após a amputação, até partir de fato para a protetização.

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Acompanhamento fisioterápicoApós escolher a prótese mais indicada para o tipo e nível de amputação, começa uma das fases mais importantes na vida de todo amputado: a fisioterapia.

O objetivo principal deste acompanhamento, é assegurar a deambulação e incrementar os exercícios diários, semelhantes aos que vimos no início deste ebook, mas mais aprofundados e específicos para cada pessoa, respeitando sempre as limita-ções de cada um.

É através desta orientação, que o amputado irá realizar os primeiros movimentos com a prótese, visando melhorar seu equilíbrio e condicionamento físico, por exemplo:

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Seja através de aulas que reeducam o amputado a sentar, andar, subir e descer escadas ou de exercícios assistidos, como o kabat, é bom lembrar que essas atividades são recomendados com a presença de um profissional qualificado.

Dois exercícios, que os fisioterapeutas geralmente costumam recomendar para serem repetidos em casa, quando o paciente já atingiu certo grau de reabilitação, é a marcha lateral e o rolar a bola, veja:

Marcha lateral: acompanhado por outra pessoa, o amputado fica próximo à uma parede, com o umbigo voltado para ela, e tenta percorrer sua extensão caminhando lateralmente;

Rolar a bola: acompanhado por outra pessoa e o paciente em pé, rolar uma bola pequena e leve para direita, esquerda, fren-te, em círculos e para trás.

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Ambos os exercícios não devem ser realizados logo no início do processo de protetização, pois o equilíbrio é primordial para sua prática efetiva, de modo que não apresente riscos de que-da para o paciente.

Mas é sempre bom ter em mente, que a adaptação não ocorre do dia para a noite, e provavelmente é também uma das etapas mais difíceis que todo amputado enfrentará, mais até do que a própria amputação. É neste ponto que os limites serão testados, entretanto, a superação será diária.

O mais recomendado é aliar a fisioterapia com o acompanha-mento psicoterápico.

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“Vou poder continuar com minhas atividades anteriores?”Está é, sem dúvidas, umas das perguntas que os profissionais na área ouvem com maior frequência.

Sim, a rotina anterior poderá ser retomada. Porém, é importante le-var em consideração que o tempo para que isso aconteça, varia de caso para caso, e deve ser levado em consideração aspectos físicos, socioeconômicos e psicológicos para obter-se resultados positivos.

Por exemplo, a pessoa que sofreu amputação transtibial direita, faz uso da prótese e quer voltar a praticar caminhadas diariamente, mas vai à fisioterapia uma vez por semana, terá uma recuperação mais longa do que alguém que tem amputação transfemoral bilate-ral, também usa prótese, porém dispõe cinco vezes por semana do acompanhamento.

O papel do fisioterapeuta, do psicólogo, da assistente social e dos familiares neste período são primordiais, principalmente para uma adaptação qualificada e efetiva. A ajuda dessas pessoas tem poten-cial para conduzir o recém-amputado até a etapa final do processo de reabilitação social.

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Crédito Acessibilidade e outras facilidadesApós o tempo de adaptação física e psicológica, um problema recorrente que muitos amputados enfrentam, quando deci-dem adquirir uma prótese ou precisam trocar a atual por uma mais moderna, é a falta de dinheiro para tal investimento.

Visando diminuir esses obstáculos, o Governo Federal junto da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, possibilita desde 2012, o Crédito Acessibili-dade.

Mas como ele funciona?

Com ele é possível financiar, com uma linha de crédito com juros subsidiados, diversos bens e serviços específicos que possibilitam a acessibilidade, como: compra de próteses ou adaptações residenciais.

Para poder utilizar este financiamento, a pessoa precisa ter uma conta com crédito disponível no Banco do Brasil e ter uma renda máxima de até 10 salários mínimos. O valor do financiamento varia de R$ 70,00 à R$ 30.000,00 e o prazo de pagamento é de até 60 meses.

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Compra de veículos com isenção de impostosUma outra facilidade, é para aqueles que querem começar ou voltar a dirigir: isenção de impostos na compra de veículos adaptados, o que diminui o valor total do carro em até 30%. A pessoa poderá estar isenta de taxas como o IPI, IOF, ICMS, IPVA e inclusive, do rodízio municipal.

Para que a isenção seja validada, é necessário ter em mãos o laudo da Receita Federal, assinado por um médico credencia-do ao SUS, e o limite máximo do carro é de até R$ 70.000,00 (valor sem o desconto).

A isenção ocorre apenas uma vez por pessoa, mas a cada dois anos poderá ser renovada.

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Depoimentos

“Muitos sonhos que foram podados na hora da amputação, se realizaram e de um jeito muito maior do que eu imaginava”

Marinalva Almeida

“Prótese para o amputado, é qualidade de vida. Ela faz parte de mim”

Julia Weiss

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“Por um erro médico tive que amputar a minha perna, e achava que andar de pró-tese era mais fácil, mas com muita dedica-ção minha e da equipe, em alguns meses já estava andando, mas ainda não consegui perder a muleta, mas vou conseguir!”

Dona Isabel Kaida

“O primeiro passo é se aceitar. Se você não se aceitar, ninguém vai”, “meu maior sonho era cruzar os braços e com a prótese, isso foi possível”

Gabriela Rebeschini

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História da Conforpés, Nelson e Nelsinho NoléA Conforpés é uma empresa nacional, especialista em próteses e órteses, que visa a autonomia e boa qualidade de vida de seus clientes. Fundada há mais de 50 anos por Nelson Nolé, em Soro-caba-SP, já atendeu mais de 30.000 amputados desde sua criação. Além de utilizar tecnologia de ponta em seus produtos e doar 30% de toda sua produção, seu outro diferencial é o ambiente acolhe-dor e inclusivo que proporciona aos seus 65 funcionários: muitos deles são ex pacientes da instituição. Hoje, além da sede, a Confor-pés também atua nas cidades de Indaiatuba – SP e em Cuiabá – MT, administradas por Nelsinho, Diretor Geral e filho de Nolé.

“Toda apresentação da empresa, dos vídeos com os casos clínicos, dos produtos e da equipe, nós fazemos com os pacientes recém-chegados, para que eles vejam que a vida

não acaba quando se perde um membro” – Nelson.

Nelson Nolé Nelsinho Nolé

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Dicionário de termosAmputação Bilateral – é o termo para quando duas pernas, braços, pernas, mãos ou pés de uma mesma pessoa são amputadas;

Amputação Hemipelvectomia – amputação na altura da virilha;

Amputação Transtibial – amputação na altura da panturrilha;

Amputação Transfemoral – amputação na coxa, entre o joelho e o quadril;

Atadura – bandagem que auxilia na prevenção de lesões musculares;

Coto – é a parte restante do membro amputado, também conhecido como membro residual;

Deambulação – caminhar ou marchar;

Desarticulação – quando a amputação ocorre na altura da articulação, porém com manutenção do osso;

Desenvoltura muscular – capacidade de movimento dos músculos corporais;

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Diabetes – doença crônica provocada pelo acúmulo de açúcar no sangue, divididas em tipo 1, no qual pouca ou nenhuma produção de insulina, e ou tipo 2, quando o organismo não consegue utilizar de maneira adequada a insulina produzida;

Edema – acúmulo anormal de líquidos, abaixo da pele, que gera inchaço na área afetada;

Encaixe – é o componente que conecta a prótese ao coto;

Extremidade residual/membro residual – é a parte restante do membro amputado, popularmente conheci-do como coto;

Faixa elástica – bandagem que auxilia na reabilitação e previne lesões musculares;

Fisioterapia – Acompanhamento clínico que visa restaurar ou manter a função ideal e a qualidade de vida da pessoa, através de exercícios e técnicas, como a massagem;

Hipertensão Arterial – doença cardiovascular que aumenta consideravelmente a pressão arterial; popular-mente conhecida como pressão alta;

Kabat – Recurso fisioterapêutico, que através da sensibilidade aumenta a força, equilíbrio e coordenação da pessoa;

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Malformação congênita – transtorno do desenvolvimento fetal, o bebê pode nascer com parte ou sem o membro;

Membro – parte do corpo, como pé, mão, braço ou perna;

Meningite meningocócica – infecção bacteriana, que causa inflamação no sistema nervoso e infecção total do corpo;

Necrose – é a degeneração de um órgão, tecido ou grupo de células de um organismo vivo, que impede seu bom funcionamento, muitas vezes causada por infecções;

Obesidade – excesso de gordura corporal, que são prejudiciais à saúde;

Órteses – Aparelhos colocados junto ao corpo, para corrigir ou suprir alguma malformação do membro;

Osteíte – inflamação causada por bactérias que ocorre nos ossos;

Osteomelite – inflamação causada por bactérias, fungos ou vírus nos ossos;

Psicopatologias – estudo referente a doenças psicológicas;

Propriocepção – é a capacidade de reconhecer a posição, orientação e localização espacial corporal, conse-

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guindo distinguir diversas sensações, como o frio e o calor;Próteses – aparelhos que tem como objetivo compor as necessidades de um amputado;

Protuberância – pequenos caroços em uma superfície;

Sedentarismo – ausência ou baixa frequência da atividade física;

Sudorese – acúmulo de suor em determinada área corporal;

Tabagismo – hábito de fumar cigarro com tabaco;

Trauma – acidentes de qualquer natureza;

Tumor – crescimento de algum tecido corporal morto, podendo ser benigno ou maligno, popularmente co-nhecido como câncer.