O Homem Egoísta

8/18/2019 O Homem Egoísta

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O Homem Egoísta – Francis V da Luz


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O Homem Egoísta


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Dedico este livro a mim, pois mesmo se optassepor listar os meus melhores amigos, minha mãe,meu pai, tios, estaria fazendo o mesmo.Dedicando-o a mim.


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À José da Luz Faustino e Terezinha Rosa de Jesus


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Introdução

Toda ideia é uma solução imaginária que alguémtraduziu para o mundo físico. O avião, teoria darelatividade e qualquer outro invento antes deexistir foi somente pensamento. É fácil entender

que fomos nós que demos nomes a quaisquercoisas que criamos ou descobrimos. Na biologia,fungos, bactérias, germes, não se apresentam anós informando seu nome, habilidade ou sepossui qualquer conhecimento. Nomeamos ededuzimos as habilidades de qualquer organismo,sentimentos, ações. Tudo que sabemos sobrenosso comportamento é tão somente fruto denossa imaginação.


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Cada conceito existente é uma reação cerebralassimilada a qualquer informação gravada em

nosso subconsciente.

Um homem sente o cheiro de uma flor e podeassimilar esse cheiro a um local, a um prazer,estação do ano, a outra pessoa, etc...

Um sentimento é a assimilação de muitossentidos a um fato ou objeto; e que por isso setorna importante.

Um homem sente o cheiro de uma flor e pode se

lembrar da última vez que foi ao cemitério ou daúltima vez que amou uma mulher.


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1O ter defende o ser


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O homem egoísta é um ser composto por célulasúnicas e iguais, cada uma delas tem uma única

função, defesa. Legado instintivo.

Sendo este seu subconsciente e instinto é portanto infalível. O egoísmo é o primeiro e únicosentimento desde o nascimento até a sua morte,

pois o ter defende o ser.

Ele se defende atacando e recuando, se reproduzna forma natural, se reproduz intelectualmentecriando literatura, arte, religião, filosofia,

mitologia.Liberta-se de seu tempo através do vício, dá oque tem; o entregue. Perde o que tinha; o liberto.

Seu duvidar é o despeito do momento original do

invento ou da ação extraordinária. A certeza é overdadeiro limite do seu corpo e de sua mente.


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Em suas primeiras palavras o homem egoístaexterna seu instinto em carisma, em choro ou em

berros, "Dá, dá", em outras palavras, "é meu,mesmo que seja seu". Com seu crescimento eentendimento sobre a união (composta deunidades) onde vive outros conceitos lhe sãotradicionalizados como o amor, bem, mal, medo,

culpa, que lhe são apresentados comosentimentos.

O homem egoísta não tem necessidade deconhecimento intelectual, filosófico ou religioso,

mas sua falta o incomoda em determinadomomento da criação de seu caráter. Isso oestimula a conhecer e solucionar suas geraisnecessidades. Sua grande guerra vem da infância,onde se torna necessário reconhecer limites,

reconhecimento de “ser” durante a puberdade,imposições do sistema econômico, filosófico ecultural. Ele não entende o porquê de nada serconforme seu entendimento. Criou a diplomaciapara negociar suas próprias imposições.


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Ele conquista seus objetos, animais de estimaçãoe de uso alimentício, sua honra, futuro, exibe a

todos o seu passado, se frustra e se acomoda emseus impossíveis e ignorâncias. A todo tempo.

Não aprende a dominar seu semelhante, nãoaceita ser dominado em plenitude. O domínio é a

sua incansável busca.

O domínio também é uma prática de reprodução.

Ele domina por imposição utilizando influências,força bruta, estelionato, furto, sequestro, poder

público e militar, leis diversas, pleno poder.

Na tentativa de domínio por inspiração ele seencontra ligado às necessidades de seusdominados. Educa, acolhe, abriga, doa tempo,

condições financeiras. Ele o faz e a posterioriutiliza a confiança adquiria para a realização deum bem em comum onde ele se encontrará emposição de conforto igual graças a seusinvestimentos sociais. O altruísmo não pode ser

considerado o principal objetivo, por tanto não


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existe como descrito no livro de RichardDawkins, O Gene Egoísta.

Ele precisa ter suas necessidades físicas e mentaissupridas de forma equivalente para se sentir emequilíbrio.

Não existem os dominados, nem os acorrentadosou amordaçados se encontram nesta posição. Seneste caso houve força bruta para sua prisão ele éum completo livre em seu comportamentoaprisionado.

Os dominados por qualquer conforto seencontram em conforto.

O acomodado escolhe o que lhe aprisiona. Até osescravos de senzala eram acomodados em suas

posições.

Suas primeiras necessidades; condiçõesclimáticas, ar, conhecimento, comida, espaço, sãoinvoluntárias, naturais. Elas representam o coito

entre a mãe o pai do primeiro estágio da


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formação do caráter do homem egoísta. Somos oque precisamos ser.

Sua primeira necessidade de ação voluntáriarepresenta sua imortalidade, defesa, continuaçãode sua existência. A procriação que é estimuladapor seu organismo.

Ele é a representação idêntica do estado perfeitoentre tempo e espaço. Do nada. Ele é o defeitocriador e executor da perfeição. O nada em umestado tudo. Ele é a imagem e a semelhança.


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O amor


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Ele utiliza o conceito amor, "dar-se" a outro,prepara sua prole, perpetua seu nome, seusobrenome, tudo em nome dele e por ele, mesmoque seja por honra, por honestidade, pelo orgulhode seus progenitores.

"Ela", neste conceito, se entrega a outro, ao lar eo honra por ter conforto, ideologia, segurança,atenção. Em momentos de conflito, mesmo que

suporte conflitos e adversidades, mesmo que sejahumildemente, prova a quê veio. Quando protegesua cria, parte dela, sendo o único momento desua vida, o cordão umbilical, quando protege, fazpara provar a ela mesma que é responsável pelo

único motivo de sua razão, por não suportarviver sem ou perder o que lhe foi confiado, com ofim de seguir o curso natural de sua única vida eter proteção durante sua velhice.

Nomeou de amor a relação cômoda entre dois,onde há vontade mútua diferente da era pré-


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histórica onde se supõe que as relações surgiamatravés da força bruta, ocasionada pela falta de

comunicação, conhecimento e entendimento.

A identificação e criação de afinidades, também oencanto proporcionado pela beleza que é avontade instintiva de exibir um grande feito,

uma descendência perfeita.

A busca da beleza e perfeições é uma dascausadoras da desigualdade social, inteligência econtra cultura desde seus inícios. O mais belo é

mais visto e requisitado ao passo que odesprovido necessita equilibrar sua importânciacom contravenção ou exibição de talento ehabilidade.


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O altruísmo


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Ele utiliza o altruísmo, promove suabenevolência, bem-estar coletivo, conquista seuconvívio, doa, acolhe, abriga, luta por direitos,luta contra, a favor, não luta, é passivo, desdeque tudo conspire a favor de sua própria vontade

e seu conforto correspondente. Defesa.

Grandes homens fizeram grandes feitos porestarem em condições que lhes proporcionavamum grande desconforto que também atingia seus

próximos.A vontade de seguir uma causa é unicamentepelo meu conforto, o que me faz lutar ao lado deiguais, que buscam unicamente o que unicamentebusco. O mover coletivo só acontece através da

unidade ideológica.

Empresas contribuem para o meio ambiente,políticos beijam crianças, pessoas criam ONG’spor reconhecimento e agregação de valor as suas

causas.


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Jesus, Chico Xavier realizaram gratuitamentesuas curas para obter o reconhecimento de suas

crenças espirituais, pois não era promessa paraeles a ida para o inferno depois de tudo quefizessem.


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O Medo


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O homem egoísta é utilizado por seus medosinstintivos do escuro, desconhecido, morte, força

maior.

O medo é o sentimento contrário, indomado,instantâneo, controlador, sexual, criador dedeuses e diabos. Ele é o dominador imponente, é

a busca pelo espaço, é o motivador da guerra, adefesa dos seus, justificador de todos os motivos,criador de valentes, que por ele se fortalecempara combatê-lo.

O escravo, qualquer um deles, acima de tudopresa sua existência e saúde. Ainda carregaesperança. Conforme perde o medo da morte,protege sua liberdade, cria a descrença,indisciplina e sua guerra pessoal contra qualquer

acima dele. É “O homem revoltado” de AlbertCamus.

A culpa é o medo de perder a honra, cair emdescrédito, criar inimigos, perder convívios,progenitora do perdão, remição de pecados,religação, paz interior de o único ser. Oegocêntrico não a enxerga.


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O perdão é a reação do ofensor. Defesa própria,que o egocêntrico desconhece.

O medo da morte é a eterna angústia do ser quequer continuar sendo, que tem esperanças de queum dia passará em paz unicamente. No tempo.

Quando perde um próximo, quando sofre, é pelasua própria perda, perda de companhia, talentos,benefícios afetivos, sexuais, profissionais,ausência de novos momentos que lhe proporcioneo devido prazer.


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A humildade


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A humildade é o comportamento plebe, derivadoda falta de necessidades supridas, baixo

desenvolvimento de talento, autoestima,desconhecimento. É a defesa destes na distintaforma de engrandecimento do injustiçado. “Eusou humilde”, “Graças a minha humildade” equando não se declara se sente o humilde

supremo.

O humilde serve seus apoderados para serreconhecido através de elogios e homenagens.Deseja que todos os devam favores para

contraditoriamente ser lembrado como um bomhomem após sua morte.


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O egocentrismo


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O egocêntrico, em sua natureza, ignora oconhecimento e ciência de qualquer tipo de

partilha, a não ser o que lhe sobra, mesmo queseja muito, por mais o engrandecer.

O motivador de uma guerra nunca é uma nação esim a única decisão de seu governante. O

governo, seja qual for, é a condição confortávelde todo egocêntrico, humilde ou contra cultura.Mesmo que perca, mesmo que morram, haja oque houver e na maioria dos exemplos é sempre oprimeiro a ser assegurado.

O egocêntrico escraviza com o mínimo confortopara que todos o idolatrem. É o próximocomportamento do egoísta humilde casoprogrida.

É aquele que quer governar o que considerapovo.


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7O suicida


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Ele não se deprime ou se mata por não ser e simnão ter ou não conseguir ter o que seu

conhecimento lhe proporcionou como desejo efilosofia de vida. Ele também se mata paracumprir o seu chamado ou para manifestar o seuprotesto.


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8O artista


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Ele escreve ou divulga livro, música, peçateatral, filme para se tornar inteligente ou sábio,

faz para disseminar sua própria filosofia a fim teros benefícios de seu ofício sagrado.

O artista contra cultura é o ditador na condiçãode rejeitado pela maioria, por também renega-la.

Sempre a margem, por aceitar e se engrandecerdesta condição, sua proposta é oferecer a todosuma cultura diferente da que lhes é imposta. Eletem um chamado, se sente diferente. Oimportante desconhecido.

Em seus apoderados, o contra cultura secomporta e realmente age como um sábio,salvador, digno de ser seguido, escolhido eaclamado.


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9 Deus, o todo, um todo.


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Quando existe crença, acredita em algo que lhecorresponda, que lhe ensine a combater seus

medos e fracassos, que lhe dê boas condiçõesfuturas e uma melhor vida pós-morte de acordocom sua cultura aderida por conveniência ouimposição. De qualquer forma, essas são asrazões de sua devoção. Entrega-se, se prostra,

cogita a fidelidade e servidão num atodesesperado e flagelado de suprir seus anseios e sedefender do mal adquirido pela sua própriaconvicção. Completo ateu. Encontra-se emestado fantasioso de infelicidades enrustidas e

necessidades de intrigas por motivos de posses.

Quando incrédulo, persegue e difama o deuspregado, renega a existência de qualquer ser ouraça mais divina que a sua. Egocêntrico.

Diferente do crédulo, em sua profunda angústiapode rever seus conceitos e reivindicar ajuda


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externa e desconhecida, na tomada por injusta aausência de ajudas conhecidas e próximas. Neste

caso prevalece a dúvida que o torna um crédulo,revoltado por não se enquadrar.


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Nossa mente age em benefício próprio, assimcomo todos os seres. Se tirassem a nossa razão, só

buscaríamos o tempo todo por comida e nosreproduziríamos num benefício único que é acoletividade que nos defende de nossospredadores.

Discordo de Dawkins no livro O Gene Egoísta,por compreender que o altruísmo não existe emcircunstância alguma, o egoísmo não prevalece, éa única opção.

O ser se reproduz, cria semelhantes para suaúnica proteção.

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