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O IMORTAL JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA Diretor Responsável: Hugo Gonçalves Ano 58 Nº 682 Dezembro de 2010 R$ 1,50 “A vida é imortal, não existe a morte; não adianta morrer, nem descansar, porque ninguém descansa nem morre.” Marília Barbosa “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir continuamente, tal é a lei.” Allan Kardec Joanna de Ângelis Dedica uma das sete noites da se- mana ao Culto Evangélico no Lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa. Prepara a mesa, coloca água pura, abre o Evangelho, distende a mensagem da fé, enlaça a família e ora. Jesus virá em visita. Quando o Lar se converte em san- tuário, o crime se recolhe ao museu. Quando a família ora, Jesus se demora em casa. Quando os corações se unem nos liames da fé, o equilíbrio oferta bên- çãos de consolo e a saúde derrama vi- nho de paz para todos. Jesus no Lar é vida para o Lar. Não aguardes que o mundo te leve a certeza do bem invariável. Distende, da tua casa cristã, a luz do Evangelho para o mundo atormen- tado. Quando uma família ora em casa, reunida nas blandícias do Evangelho, toda a rua recebe o benefício da co- munhão com o Alto. Se alguém, num edifício de apartamentos, alça aos Jesus contigo Céus a prece da comunhão em famí- lia, todo o edifício se beneficia, qual lâmpada ignorada, acesa na ventania. Não te afastes da linha direcional do Evangelho entre os teus familia- res. Continua orando fiel, estudando com os teus filhos – e com aqueles a quem amas – as diretrizes do Mestre e, quanto possível, debate os proble- mas que te afligem à luz clara da men- sagem da Boa Nova e examina as di- ficuldades que te perturbam ante a ins- piração consoladora do Cristo. Não demandes a rua, nessa noite, senão para os inevitáveis deveres que não possas adiar. Demora-te no Lar para que o Divino Hóspede aí também se possa demorar. E quando as luzes se apagarem à hora do repouso, ora mais uma vez, comungando com Ele, como Ele pro- cura fazer, a fim de que, ligado a ti, possas, em casa, uma vez por semana em sete noites, ter Jesus contigo. Do cap. 59 do livro “Messe de Amor”, de Joanna de Ângelis, obra psicografada pelo médium Divaldo P. Franco. Jesus não é Deus, mas sim um messias divino Segundo Léon Denis, em “Cristianismo e Espiritismo”, pág. 79, Jesus (foto) ascendeu à eminência final da evolução e é o “governador espiritual” do nos- so planeta. Eis por que o reve- renciamos e, por isso, considera- mos um fato positivo a comemo- ração festiva do Natal, data que recorda sua vinda, na condição de criança, ao mundo em que vive- mos. Ensina Emmanuel (“A Cami- nho da Luz”, cap. 1): “Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenô- menos, do nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Su- premo do Universo, em cujas Lembrança do Natal Ante Jesus Amaral Ornelas Eis que passa no tempo a imensa caravana – A multidão revel que humilhada se agita – Reis, tiranos e heróis, rondando a turba aflita e fugindo à verdade augusta e soberana. Sobre carros triunfais, a Treva se engalana... E a mendaz ilusão freme, goza e palpita para rojar-se, após a miséria infinita, na cinza a que se acolhe a majestade humana. Mas Tu, Mestre da Paz, que a bondade ilumina, guardas, imorredoura, a grandeza divina, sem que o lodo abismal Te ofenda ou desconforte. Tudo passa, descendo à sombra do caminho, mas no sólio da cruz inda imperas sozinho, na vitória do amor que fulge além da morte. Do livro “Antologia Mediúnica do Natal”, psicografado por Francisco Cândido Xavier. Auta de Souza Natal!... Reina a Celeste Barcarola!... Enquanto te refazes na alegria, muita gente padece a noite fria ao rigor da aflição que desconsola. Desce à escura tristeza que te espia do cárcere de angústia em que se isola... E espalha o bem por sacrossanta esmola do teu farnel de luz e de harmonia! Abre teu coração!... Ajuda e abraça o sofrimento ou a sombra de quem passa em desespero rígido e infecundo!... E o Cristo, renascendo no teu peito, será, contigo, o amor puro e perfeito, tecendo a paz e a redenção do mundo. Do livro “Antologia Mediúnica do Natal”, psicografado por Francisco Cândido Xavier. Humildade celeste Emmanuel Ninguém mais humilde que Ele, o Divino Governador da Ter- ra. Podia eleger um palácio para a glória do nascimento, mas preferiu sem mágoa a manjedoura simples. Podia reclamar os princípios da cultura para o seu ministério de paz e redenção; contudo, pre- feriu pescadores singelos para instrumentos sublimes do seu ver- bo de luz. Podia articular defesa irresistível a fim de dominar a governança política; no entanto, preferiu render-se à autoridade, presente em sua época, ensinan- do que o homem deve entregar ao mundo o que ao mundo pertence, e a Deus o que é de Deus. Podia banir de pronto do colégio apos- tólico o amigo invigilante, mas preferiu que Judas conseguisse os seus fins lamentáveis e escusos, descerrando-lhe aos pés o cami- nho melhor. Podia erguer-se ao mãos se conservam as rédeas dire- toras da vida de todas as coletivi- dades planetárias. Essa Comunida- de de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos, ao que nos foi dado saber, apenas já se reuniu, nas proximi- dades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organiza- ção e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milê- nios conhecidos. A primeira ve- rificou-se quando o orbe terres- tre se desprendia da nebulosa so- lar, a fim de que se lançassem, no Tempo e no Espaço, as balizas do nosso sistema cosmogônico e os pródromos da vida na matéria em ignição, do planeta, e a segunda, quando se decidiu a vinda do Se- nhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição imortal do seu Evangelho de amor e reden- ção”. Em face destas informações, o leitor entenderá por que dedi- camos a página de abertura da presente edição a Jesus e ao Na- tal, data máxima da cristandade e de todos os que se dizem cris- tãos. Albino Teixeira .................... 13 Crônicas de Além-Mar ......... 12 De coração para coração ........ 4 Divaldo Franco em Curitiba . 8 e 9 Divaldo responde ................. 12 Editorial .................................. 2 Emmanuel .............................. 2 Entrevista: Alírio de Cerqueira Filho .................... 16 Espiritismo para as crianças . 14 Estudando a série André Luiz . 5 Festival de música espírita de Uberaba ................ 6 Frei Pedro de Alcântara ......... 7 Grandes vultos do Espiritismo .. 7 Histórias que nos ensinam ... 13 Jane Martins Vilela .............. 13 Joanna de Ângelis .................. 2 Jorge Hessen .......................... 3 José Soares Cardoso ............ 10 José Viana Gonçalves .......... 13 Juliana Demarchi ................. 15 Meimei ................................. 10 Seminários, palestras e outros eventos ................... 11 Ainda nesta edição Sol da plena vida eterna, sem voltar-se jamais ao convívio hu- milhante daqueles que o feriram nos tormentos da cruz; no entan- to, preferiu regressar para o mun- do, estendendo de novo as mãos alvas e puras aos ingratos da vés- pera. Podia constranger o espíri- to de Saulo a receber-lhe as or- dens, mas preferiu surgir-lhe qual companheiro anônimo, rogando- lhe acordar, meditar e servir, em favor de si mesmo. Em Cristo, fulge sempre a humildade celeste, pela qual aprendemos que, quanto mais poder, mais amplo o trilho augusto aberto às nossas almas para que nos façamos, não ape- nas humildes pelos padrões da Terra, mas humildes enfim pelos padrões de Deus. Do livro “Antologia Medi- única do Natal”, psicografado por Francisco Cândido Xavier.

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O IMORTALJORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA

Diretor Responsável: Hugo Gonçalves Ano 58 Nº 682 Dezembro de 2010 R$ 1,50

“A vida é imortal,não existe a morte;não adianta morrer,

nem descansar,porque

ninguém descansanem morre.”

Marília Barbosa

“Nascer,morrer,renascerainda e

progredircontinuamente,

tal é a lei.”Allan Kardec

Joanna de Ângelis

Dedica uma das sete noites da se-mana ao Culto Evangélico no Lar, afim de que Jesus possa pernoitar emtua casa. Prepara a mesa, coloca águapura, abre o Evangelho, distende amensagem da fé, enlaça a família e ora.Jesus virá em visita.

Quando o Lar se converte em san-tuário, o crime se recolhe ao museu.

Quando a família ora, Jesus sedemora em casa.

Quando os corações se unem nosliames da fé, o equilíbrio oferta bên-çãos de consolo e a saúde derrama vi-nho de paz para todos.

Jesus no Lar é vida para o Lar.Não aguardes que o mundo te leve

a certeza do bem invariável.Distende, da tua casa cristã, a luz

do Evangelho para o mundo atormen-tado.

Quando uma família ora em casa,reunida nas blandícias do Evangelho,toda a rua recebe o benefício da co-munhão com o Alto. Se alguém, numedifício de apartamentos, alça aos

Jesus contigoCéus a prece da comunhão em famí-lia, todo o edifício se beneficia, quallâmpada ignorada, acesa na ventania.

Não te afastes da linha direcionaldo Evangelho entre os teus familia-res. Continua orando fiel, estudandocom os teus filhos – e com aqueles aquem amas – as diretrizes do Mestree, quanto possível, debate os proble-mas que te afligem à luz clara da men-sagem da Boa Nova e examina as di-ficuldades que te perturbam ante a ins-piração consoladora do Cristo. Nãodemandes a rua, nessa noite, senãopara os inevitáveis deveres que nãopossas adiar. Demora-te no Lar paraque o Divino Hóspede aí também sepossa demorar.

E quando as luzes se apagarem àhora do repouso, ora mais uma vez,comungando com Ele, como Ele pro-cura fazer, a fim de que, ligado a ti,possas, em casa, uma vez por semanaem sete noites, ter Jesus contigo.

Do cap. 59 do livro “Messe deAmor”, de Joanna de Ângelis, obrapsicografada pelo médium DivaldoP. Franco.

Jesus não é Deus, mas simum messias divino

Segundo Léon Denis, em“Cristianismo e Espiritismo”,pág. 79, Jesus (foto) ascendeu àeminência final da evolução e éo “governador espiritual” do nos-so planeta. Eis por que o reve-renciamos e, por isso, considera-mos um fato positivo a comemo-ração festiva do Natal, data querecorda sua vinda, na condição decriança, ao mundo em que vive-mos.

Ensina Emmanuel (“A Cami-nho da Luz”, cap. 1): “Rezam astradições do mundo espiritualque na direção de todos os fenô-menos, do nosso sistema, existeuma Comunidade de EspíritosPuros e Eleitos pelo Senhor Su-premo do Universo, em cujas

Lembrançado Natal

Ante JesusAmaral Ornelas

Eis que passa no tempoa imensa caravana –A multidão revel quehumilhada se agita –Reis, tiranos e heróis,rondando a turba aflita

e fugindo à verdade augusta e soberana.

Sobre carros triunfais,a Treva se engalana...

E a mendaz ilusão freme, goza e palpitapara rojar-se, após a miséria infinita,

na cinza a que se acolhea majestade humana.

Mas Tu, Mestre da Paz,que a bondade ilumina,

guardas, imorredoura, a grandeza divina,sem que o lodo abismal

Te ofenda ou desconforte.

Tudo passa, descendoà sombra do caminho,mas no sólio da cruz

inda imperas sozinho,na vitória do amor quefulge além da morte.

Do livro “Antologia Mediúnica doNatal”, psicografado por Francisco

Cândido Xavier.

Auta de Souza

Natal!... Reina a CelesteBarcarola!...

Enquanto te refazes na alegria,muita gente padece a noite fria

ao rigor da aflição que desconsola.

Desce à escura tristeza que te espiado cárcere de angústia em que se

isola...E espalha o bem por sacrossanta

esmolado teu farnel de luz e de harmonia!

Abre teu coração!... Ajuda e abraçao sofrimento ou a sombra de quem

passaem desespero rígido e infecundo!...

E o Cristo, renascendo no teu peito,será, contigo, o amor puro e

perfeito,tecendo a paz e a redenção do

mundo.

Do livro “Antologia Mediúnicado Natal”, psicografado porFrancisco Cândido Xavier.

Humildade celesteEmmanuel

Ninguém mais humilde queEle, o Divino Governador da Ter-ra. Podia eleger um palácio para aglória do nascimento, mas preferiusem mágoa a manjedoura simples.

Podia reclamar os princípiosda cultura para o seu ministériode paz e redenção; contudo, pre-feriu pescadores singelos parainstrumentos sublimes do seu ver-bo de luz. Podia articular defesairresistível a fim de dominar agovernança política; no entanto,preferiu render-se à autoridade,presente em sua época, ensinan-do que o homem deve entregar aomundo o que ao mundo pertence,e a Deus o que é de Deus. Podiabanir de pronto do colégio apos-tólico o amigo invigilante, maspreferiu que Judas conseguisse osseus fins lamentáveis e escusos,descerrando-lhe aos pés o cami-nho melhor. Podia erguer-se ao

mãos se conservam as rédeas dire-toras da vida de todas as coletivi-dades planetárias. Essa Comunida-de de seres angélicos e perfeitos,da qual é Jesus um dos membrosdivinos, ao que nos foi dado saber,apenas já se reuniu, nas proximi-dades da Terra, para a solução deproblemas decisivos da organiza-ção e da direção do nosso planeta,por duas vezes no curso dos milê-

nios conhecidos. A primeira ve-rificou-se quando o orbe terres-tre se desprendia da nebulosa so-lar, a fim de que se lançassem, noTempo e no Espaço, as balizas donosso sistema cosmogônico e ospródromos da vida na matéria emignição, do planeta, e a segunda,quando se decidiu a vinda do Se-nhor à face da Terra, trazendo àfamília humana a lição imortal doseu Evangelho de amor e reden-ção”.

Em face destas informações,o leitor entenderá por que dedi-camos a página de abertura dapresente edição a Jesus e ao Na-tal, data máxima da cristandadee de todos os que se dizem cris-tãos.

Albino Teixeira .................... 13Crônicas de Além-Mar ......... 12De coração para coração ........ 4Divaldo Franco em Curitiba . 8 e 9Divaldo responde ................. 12Editorial .................................. 2Emmanuel .............................. 2Entrevista: Alírio deCerqueira Filho .................... 16Espiritismo para as crianças . 14Estudando a série André Luiz . 5Festival de músicaespírita de Uberaba ................ 6Frei Pedro de Alcântara ......... 7Grandes vultos do Espiritismo .. 7Histórias que nos ensinam ... 13Jane Martins Vilela .............. 13Joanna de Ângelis .................. 2Jorge Hessen .......................... 3José Soares Cardoso ............ 10José Viana Gonçalves .......... 13Juliana Demarchi ................. 15Meimei ................................. 10Seminários, palestrase outros eventos ................... 11

Aindanesta ediçãoSol da plena vida eterna, sem

voltar-se jamais ao convívio hu-milhante daqueles que o feriramnos tormentos da cruz; no entan-to, preferiu regressar para o mun-do, estendendo de novo as mãosalvas e puras aos ingratos da vés-pera. Podia constranger o espíri-to de Saulo a receber-lhe as or-dens, mas preferiu surgir-lhe qualcompanheiro anônimo, rogando-lhe acordar, meditar e servir, emfavor de si mesmo.

Em Cristo, fulge sempre ahumildade celeste, pela qualaprendemos que, quanto maispoder, mais amplo o trilhoaugusto aberto às nossas almaspara que nos façamos, não ape-nas humildes pelos padrões daTerra, mas humildes enfim pelospadrões de Deus.

Do livro “Antologia Medi-única do Natal”, psicografadopor Francisco Cândido Xavier.

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O IMORTALPÁGINA 2 DEZEMBRO/2010

EditorialEMMANUEL

Alguém pagou um alto preçopelo nosso resgate. A cristandadetem acreditado que o preço de nos-so resgate foi pago por Jesus atra-vés de sua morte na cruz.

Não é bem assim.A cruz é o derradeiro ensina-

mento de que, para salvar-se, é pre-ciso amar até o sacrifício. O altopreço pago por Jesus foi o seuimenso amor por todos nós. Foi porcausa de muito amar que Deus lheconfiou a humanidade inteira.

A cruz foi o ensinamento docaminho para a verdade e para avida. Ensinamento permitido pelamisericórdia divina para que apren-dêssemos o preço da redenção.

E o verbo encarnou-se. Humi-lhando-se, apagou o sem-númerode suas virtudes para que não noscegasse, e se fez simples criança,dependente dos cuidados de umamãe humana para que aprendessea andar, a soletrar e receber os pri-meiros ensinos sobre a justiça e abondade de Deus.

Pobre, muito pobre. Pobrezasantificada na manjedoura e imor-talizada pelos seus ensinos sobreo desprendimento dos bens mate-riais. E santificada pelo trabalho.Trabalho rude, de carpintaria.

Lenta, mas sistematicamente,vai-se arraigando na personalida-de do homem o hábito infeliz daqueixa e da reclamação.

Insubordinado, em razão dapredominância dos próprios instin-tos agressivos, o indivíduo sempreencontra motivos para apresentar-se insatisfeito. Saúde ou doença,trabalho ou desemprego, alegria outristeza, calor ou frio, servem-lhesempre de pretexto para queixar-se, para reclamar...

Não alegues a suposta ingratidão dosoutros para desertar da Seara do bem.

*Na engrenagem da vida, cada qual

de nós é peça importante com funçõesespecíficas.

*Considera o poder de auxiliar que

te foi concedido.*

Ninguém recebe o conhecimentosuperior tão-só para o proveito próprio.

*Saibamos dividir o tesouro da com-

preensão em parcelas de bondade.*

Recorda que te apoias no concursode muitos corações que te escoraram, umdia, no recinto doméstico, sem aguar-dar o brilho de qualquer premiação.

*Revisa as sendas trilhadas e redes-

cobrirás na base da tua riqueza de espíri-to um amigo anônimo encanecido entrea dificuldade e abnegação, ou a assistên-cia de um companheiro que muitas ve-zes te haverá desculpado as fraquezas eas incompreensões, a fim de que amadu-recesses no entendimento da vida.

*Reflete nisso e concluirás que Deus

jamais te falhou no instante preciso. Reco-nhecerás que essa mesma Divina Providên-cia, que te resguardou pelo devotamentode braços alheios, espera agora sejas a pro-teção dos nossos irmãos mais fracos.

*Não sonegarás benevolência onde

repontem agravos.*

JesusCrescendo nas disciplinas do talhe,honrando o pão com o suor do pró-prio rosto, ensinando que o traba-lho dignifica o homem.

Jesus preferiu a oficina paternaaos estudos do Templo. E chegou aostrinta anos em silêncio, preparando-se no anonimato para a tarefa gran-diosa de salvar a humanidade.

Escolheu homens simples paraseu empreendimento. Pescadores,pedreiros, soldados, agricultores emães, muitas mães. E pecadores, do-entes, enfermos do corpo e do espíri-to. Numa aldeota, num territóriodesprestigiado na periferia de um paíssingular sob a dominação de Roma.

Em três anos, sem escrevernada, sem apoio das autoridades,com onze discípulos incultos en-carregados da divulgação. E a mor-te na cruz, recebendo a maldiçãoda Lei, entre dois ladrões vulga-res. Mas, depois, a Ressurreição.A glória da imortalidade da alma.E a doação do Espírito Santo, doEspírito da Verdade.

Segundo o apóstolo Paulo, Je-sus tem um mandato. O fim dessemandato será quando todos os hu-manos forem evangelizados, quan-do tudo estiver submetido ao BomPastor. Então, o Mestre entregará

a todos nós ao cuidado direto deDeus, sem intermediário.

Até lá, continuará velando portodos nós, a quem ele conhece pelonome, e se liga a cada um de nóspor laços incompreensíveis, sópossíveis pela sua condição de Es-pírito puro.

Todo Natal traz esperanças depaz para a maioria dos cristãos.

“A paz vos deixo, a paz vosdou”, disse Jesus. Mas o que pou-cos compreendem é que a paz deJesus só é possível com o deverplenamente cumprido. E ele dei-xou claro que só existem dois de-veres a cumprir: o amor a Deus e oamor ao próximo. Portanto, so-mente através da renúncia podere-mos ser felizes. Renunciar aos pró-prios interesses, em favor dos in-teresses do próximo, renunciar àspaixões inferiores, renunciar aoorgulho, renunciar ao egoísmo, erenunciar à vaidade.

E disse, de forma não menosclara, que se alguém quer ser seudiscípulo deve negar a si mesmo,tomar a sua cruz, e segui-lo.

Não existe amor sem sacrifício.Mas o único sacrifício realmenteagradável a Deus é o sacrifício embenefício do próximo.

Um minuto com Joanna de ÂngelisInstala-se esse vício, fixando-se

no comportamento, que se tornaazedo e desagradável, ao tempo emque fomenta distonias íntimas, neu-roses, abrindo campo para que seoriginem diversas enfermidades.

O queixoso padece de hipertrofiada esperança e do otimismo. Atrai adesdita e sintoniza com amargura,passando a sofrer aquilo de que apa-renta desejar libertar-se. Para quemdeseja encontrar, nunca faltam mo-tivos de queixas e reclamações.

Na senda renovadoraLembrar-te-ás da Infinita Bondade

do Criador, que improvisa o oásis naaridez do deserto tanto quanto cultiva ojardim na amargura do pântano, e ama-rás sempre, aprendendo a distribuir ostalentos de tuas aquisições espirituais.

*Ninguém consegue adivinhar os

prodígios do amor que nascerão de umsimples gesto de bondade perante umcoração que as circunstâncias menosfelizes relegaram por muito tempo à se-cura, tanto quanto ninguém pode pre-ver a alegria dos frutos que virão de umasimples semente nobre, lançada ao solopor muito tempo largado à negligência.

*Seja qual for o contratempo que se

te erija em obstáculo na estrada a per-correr, age para o bem.

*Ambientando a fé no próprio ínti-

mo, alterou-se-te a paisagem no dia-a-dia. Faze dela instrumento de trabalhoe lâmpada acesa no caminho.

*Quando assinalaste a verdade que te

ilumina o espírito, tiveste o coração auto-maticamente induzido a integrar a legiãodos companheiros do Cristo, e diante doCristo nenhum de nós poderá esquecer-lhe a inesquecível convocação: “Amai-vosuns aos outros como eu vos amei.”

JOANNA DE ÂNGELIS,mentora espiritual de Divaldo P.Franco, é autora, entre outros li-vros, de Episódios Diários, doqual foi extraído o texto acima.

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EMMANUEL, que foi o mentor es-piritual de Francisco Cândido Xavier ecoordenador da obra mediúnica do sau-doso médium mineiro, é autor, entre ou-tros livros, de Mediunidade e Sintonia,do qual foi extraído o texto acima.

*Estabelece, no teu cotidiano, o

compromisso de solucionar dificul-dades, ao invés de gerá-las, oucomplicá-las quando se te apresen-tem. Silencia o queixoso, propon-do-lhe fazer o melhor que lhe este-ja ao alcance em detrimento do tem-po perdido em reclamações. O aze-dume responde pela ideia malsã detudo ver de forma negativa, engen-drando mecanismos de falsomartirológio. O queixoso, normal-mente, gosta da indolência e secompraz no pessimismo.

Põe sol e beleza nas tuas paisa-gens, passando de uma para outraárea de ação sem o fardo do mauhumor, efeito de algo desagradá-vel que por acaso tenha-te aconte-cido na anterior. Quem sabe con-fiar e trabalha, sempre alcança ameta que busca.

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O IMORTALDEZEMBRO/2010 PÁGINA 3

Confrades vez ou outra nos in-dagam por que viver na Terra é tãocomplicado e quase sempre tãoamarga é a vida? Digo-lhes queessa sensação eventualmente podeser uma aspiração à felicidade e àliberdade e que, algemado aoenvoltório físico que nos serve decárcere, aplicamo-nos a inúteis es-forços para dele sair. Contudo, al-guns se abatem no desencoraja-mento, e a todo o instante reverbe-ram suas lamentações. Mas é pre-ciso resistir energicamente a essassensações de desânimo e desespe-ranças, porque os sonhos para a fe-licidade de viver são intrínsecos atodos os homens, embora não adevamos sofregamente procurarsomente na experiência material etransitória da vida terrena.

Comentando sobre a melanco-lia, encontramos em O Evangelhosegundo o Espiritismo o EspíritoFrançois de Genève, ditando o se-guinte: “Precisamos cumprir, du-rante nossa prova terrena, tarefas ecompromissos que não suspeita-mos, seja no que tange à devoção àfamília, ou cumprindo diversos de-veres que Deus nos confiou. Se notranscurso dessa experiência, no de-sempenho das tarefas, observamosos cuidados, as inquietações, os des-gostos esmagarem nossos ânimosd’alma, sejamos fortes e corajosospara derrotá-los. Avancemos e en-caremos sem temor; pois que as afli-ções são de curta duração e devemnos conduzir para situações bemmelhores no futuro”.

Há, porém, muitas amargurasque podem ter suas origens na infi-delidade aos compromissos cristãos,daí a melancolia se instala no ser, doque poderá resultar um processoobsessivo. Mas o que é uma obses-são? Etimologicamente, o termo tem

JORGE [email protected]

De Brasília, DF

Obsessão espiritual, causa das grandes angústias humanas

E, óbvio, não descartando a pos-sibilidade da anomalia psicossomá-tica, a Doutrina Espírita faz-nos co-nhecer outras fontes das misérias hu-manas, mantidas pela fragilidademoral dos seres. Reconhecemos queo uso dos fármacos antidepressivosestabelece a harmonia química cere-bral, melhorando o humor do paci-ente, no entanto, agem simplesmentesobre os efeitos, uma vez que os me-dicamentos não curam a obsessão emsuas intrínsecas causas, apenas res-tabelecem o trânsito das mensagensneuroniais, corrigindo o funciona-mento neuroquímico do SNC (siste-ma nervoso central). Sócrates já afir-mava que “se os médicos sãomalsucedidos, tratando da maior partedas moléstias, é que tratam do corpo,sem tratarem da alma”.

Por insinceridade, em nosso tê-nue esforço para a reforma moral,obstamos as relações equilibradas eequilibrantes conosco e com o pró-ximo. Toda a nossa desarmonia levaa desenvolver sintonias viciosas comoutras mentes doentias, seja de de-sencarnados ou encarnados, o queaguça sobremaneira nosso própriodesarranjo interior, resultando daí asingentes dificuldades para nos liber-tarmos das algemas em que nos agui-lhoamos ante as garras do mal.

Na intimidade do lar, da famíliaou do Centro Espírita, do ambientede trabalho profissional, adversári-os ferrenhos do pretérito se reencon-tram. Convocados pelos Benfeitoresdo Além ao reajuste, raramente con-seguem superar a aversão de que seveem possuídos uns à frente dos ou-

tros, e (re)alimentam com paixão, noimo de si mesmos, os raios tóxicosda antipatia que, concentrados, setransformam em pontiagudos dardosmagnéticos, suscetíveis de provocara enfermidade e a própria morte.

A obsessão espiritual é sintonia outroca de vibrações afins. Kardec defi-ne obsessão como a ação persistenteque um Espírito inferior exerce sobreum indivíduo, apresentando caracteresvariados que vão desde a simples in-fluência moral, sem sinais exterioresperceptíveis, até a perturbação com-pleta do organismo e das faculdadesmentais. A obsessão é o encontro deforças inferiores retratando-se entre si.As múltiplas facetas da obsessão

Há quadros de obsessões explodin-do por todos os lados em todos os ní-veis, quais sejam de desencarnados so-bre encarnados e vice-versa; de encar-nados sobre encarnados, bem como dedesencarnados sobre desencarnados.

Nosso mundo mental rege a vidaque nos é peculiar em todas as suasdimensões, contudo, nos encontramosainda no início do entendimento dasimplicações da força mental, do signi-ficado e abrangência das construçõesmentais na vida. Os obsessores sãohábeis e inteligentes, perfeitos estra-tegistas que planejam cada passo eacompanham as presas por algum tem-po, observando suas tendências, seusrelacionamentos, seus ideais. Identifi-cam seus pontos vulneráveis (quasesempre ligados ao descaminhamentosexual) e os exploram pertinazes.

O pensamento exterioriza-se e pro-jeta-se, formando imagens e sugestõesque arremessa sobre os objetivos quese propõe atingir. Quando bom eedificante, ajusta-se às Leis que nos re-gem, criando harmonia e felicidade,todavia, quando desequilibrado e depri-mente, estabelece aflição e ruína. A quí-mica mental vive na base de todas astransformações, porque realmente evo-luímos em profunda comunhão telepá-tica com todos aqueles encarnados oudesencarnados que se afinam conosco.

sua origem no vocábulo obsessione,palavra latina que significa impertinên-cia, perseguição. Para alguns estudio-sos espíritas, a obsessão é percebidacomo um grande flagelo mundial. Essavisão se reveste de profunda gravida-de na sociedade, que atualmente estábem instrumentalizada tecnologica-mente, seja no campo das comunica-ções e da informática, seja nas outrasáreas do saber, ampliando eaprofundando as responsabilidades decada um em face da vida coletiva.

Obsessão é uma influênciamaléfica na mente

Aurélio Buarque define obsessãocomo sendo uma preocupação comdeterminada ideia, que domina doen-tiamente o espírito, resultante ou nãode sentimentos recalcados; ideia fixa;mania. Da mesma forma a termino-logia obsessão é usada, vulgarmente,para significar ideia fixa em algumacoisa, tique nervoso, gerador de ma-nias, atitudes estranhas etc. Entretan-to, sob o ponto de vista espírita, o ter-mo tem um significado e interpreta-ção mais amplos. Consubstancia-senuma influência maléfica relativa-mente persistente que desencarnadose/ou encarnados, tão ou mais atrasa-dos que nós mesmos, podem exercersobre a nossa vida mental.

Para a escola clássica da psiquia-tria, obsessão é um pensamento, ou umimpulso, persistente ou recorrente,indesejado e aflitivo, que vem à menteinvoluntariamente, a despeito de ten-tativa de ignorá-lo ou de suprimi-lo.Psiquiatras que não admitem nada forada matéria não podem entender umacausa oculta (espiritual), mas quandoa academia científica tiver saído darotina materialista, ela reconhecerá naação do mundo invisível que nos cer-ca e no meio do qual vivemos uma for-ça que reage sobre as coisas físicas,tanto quanto sobre as coisas morais.Esse será um novo caminho aberto aoprogresso e a chave de uma multidãode fenômenos mal compreendidos dopsiquismo humano.

Nosso universo mental é comoum céu, mas do firmamento descemraios de sol e chuvas benéficas para avida planetária, assim como, no ins-tante do atrito de elementos atmosfé-ricos, desse mesmo céu procedemfaíscas elétricas destruidoras. Da mes-ma forma funciona a mente humana.Dela se originam as forças equilibran-tes e restauradoras para os trilhões decélulas do organismo físico, mas,quando perturbada, emite raios mag-néticos de elevado teor destrutivo paraa nossa estrutura psíquica.

O mestre lionês redarguiu dosEspíritos, na questão 466 d’ O Livrodos Espíritos, por que permite Deusque os obsessores nos induzam aomal? Os Espíritos responderam: “Osseres imperfeitos são instrumentosdestinados a experimentar a fé e aconstância dos homens na prática dobem. Como Espírito, deveis progre-dir na ciência do infinito, razão porque passais pelas provas do mal, afim de chegardes ao bem. Nossa mis-são é a de colocar-vos no bom cami-nho e quando más influências agemsobre vós, é que as atraís, pelo dese-jo do mal. Os Espíritos inferioresvêm em vosso auxílio no mal, sem-pre que desejais cometê-lo; e só vospodem ajudar no mal quando quereiso mal. Então, se vos inclinardespara o assassínio, tereis uma nu-vem de Espíritos que vos alimen-tarão esse pendor. Entretanto, tereisoutros que procurarão influenciar-vos para o bem. Assim se restabe-lece o equilíbrio e ficais senhor devós mesmos”. (Continua na pág.15 desta edição.)

Para garantir-nos contra a sua influência urge fortalecer a fé pelarenovação mental e pela prática do bem nos moldes dos códigos evangélicos

Jorge Hessen

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O IMORTALPÁGINA 4 DEZEMBRO/2010

De coração para coração

O povo judeu aguardava ansiosa-mente o Messias anunciado pelos pro-fetas da Antiguidade, o qual, em che-gando ao mundo, certamente liberta-ria Israel do jugo de Roma, mas Jesusveio e não foi absolutamente entendi-do pelos israelitas. Os sacerdotes nãoesperavam que o Redentor procuras-se a hora mais escura da noite parasurgir na paisagem terrestre, pois, se-gundo sua concepção, o Cristo deve-ria chegar em um carro corresponden-te ao seus poderes celestes e conferira Israel a direção suprema dos povosque habitavam, então, o planeta.

Evidentemente, houve quem o re-conhecesse como o Cristo anunciadopelos profetas da Antiguidade, embo-ra tenha ele chegado humilde entre osanimais de uma manjedoura e comofilho de um simples carpinteiro. En-

tre os que o reconheceram devemosdestacar aqueles que mais tarde se tor-nariam seus discípulos, apóstolos eseguidores, os quais puderam ouvir desua própria voz, em diversas ocasiões,ser ele o Enviado do Pai, como mos-tram estes textos colhidos nos Evan-gelhos:

“Quem quer que me receba, re-cebe aquele que me enviou.” (Lucas,9:48.)

“Aquele que me despreza, despre-za aquele que me enviou.” (Lucas,10:16.)

“Aquele que me recebe não merecebe a mim, mas recebe aquele queme enviou.” (Marcos, 9:37.)

“Ainda estou convosco por umpouco de tempo e vou em seguida paraaquele que me enviou.” (João, 8:42.)

Está bem caracterizado nas cita-

ções transcritas que Jesus falava emnome do Pai e que foi por Ele envia-do, fato que mostra com clareza umadualidade de pessoas e exclui a igual-dade entre elas, visto que o enviado é,necessariamente, alguém subordinadoàquele que o envia. Este pormenormerece ser meditado por todosquantos pensam que Jesus e Deusconstituem uma única pessoa, ou quese situam em um mesmo nívelevolutivo, um equívoco igualmentecontestado pelas citações seguintes:

“Se me amásseis, rejubilaríeis,pois que vou para meu Pai, porquemeu Pai é maior do que eu.” (João,14:28.)

“Não tenho falado por mim mes-mo; meu Pai, que me enviou, foi quemme prescreveu, por mandamento seu,o que devo dizer e como devo falar; e

O advento de Jesus

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO - [email protected] Londrina

sei que o seu mandamento é a vidaeterna; o que, pois, eu digo é segundoo que meu Pai me ordenou que odiga.” (João, 12:49 e 50.)

Os apóstolos, evidentemente,acreditavam ser Jesus o Messiasaguardado, o que pode ser deduzidocom facilidade das seguintes citaçõesconstantes de Atos dos Apóstolos:

“Que, pois, toda a Casa da Israelsaiba, com absoluta certeza, que Deusfez Senhor e Cristo a esse Jesus quevós crucificastes.” (Atos, 2:33 a 36.)

“Moisés disse a nossos pais: OSenhor vosso Deus vos suscitará den-tre os vossos irmãos um profeta comoeu. Escutai-o em tudo o que ele dis-ser. Quem não escutar esse profetaserá exterminado do meio do povo.Foi por vós primeiramente que Deussuscitou seu Filho e vo-lo enviou paravos abençoar.” (Atos, 3:22, 23 e 26.)

“Foi a ele que Deus elevou pelasua destra, como sendo o príncipe e osalvador, para dar a Israel a graça dapenitência e a remissão dos pecados.”(Atos, 5:29 a 31.)

“Mas, estando Estêvão cheio doEspírito Santo e elevando os olhos aocéu, viu a glória de Deus e a Jesus queestava de pé à direita de Deus.” (Atos,7:55 a 58.)

*Não é difícil compreender que a

vinda de Jesus à crosta da Terra en-volveu intenso trabalho por parte detodos os Espíritos convocados a par-ticipar de sua gloriosa missão. Cadaqual recebeu uma tarefa específica, dedevotamento e amor, a fim de facili-tar a vinda do governador espiritualda Terra aos planos inferiores.

Antes disso, Jesus já havia envia-do às sociedades do globo o esforçode auxiliares valorosos nas figuras deÉsquilo, Eurípedes, Heródoto eTucídides e, por fim, a extraordináriapersonalidade de Sócrates, entre os

gregos. Na China encontraremos Fo-Hi, Lao-Tsé e Confúcio; no Tibet, apersonalidade de Buda; noPentateuco, Moisés; no Alcorão,Maomé, de modo que cada povo re-cebeu, em épocas diversas, os instru-tores enviados pelo Mestre.

A família romana, cujo esplendorconseguiu atravessar múltiplas eras,parecia atormentada pelos mais tena-zes inimigos ocultos que, aos poucos,minaram-lhe as bases mais sólidas,mergulhando-a na corrupção e no ex-termínio de si mesma. A vinda do Cris-to estava próxima e Roma, sede domundo, parecia não se dar conta dis-so. A aproximação e a presençaconsoladora do Divino Mestre nomundo era, no entanto, motivo sufici-ente para que todos os corações expe-rimentassem uma vida nova, ainda queignorassem a fonte divina daquelasvibrações confortadoras.

As entidades angélicas do sistema,nas proximidades da Terra, movimen-taram-se e várias providências de vas-ta e generosa importância foramadotadas. Foram escolhidos os instru-tores, os precursores imediatos, osauxiliares divinos. Uma atividade úni-ca registrou-se, então, nas esferas maispróximas do planeta e, quando reina-va Augusto na sede do governo roma-no, viu-se uma noite cheia de luzes ede estrelas maravilhosas, enquantoharmonias divinas cantavam um hinode sublimadas esperanças no coraçãodos homens e da natureza.

Cumpriam-se ali as profecias.Nascia Jesus e iniciava-se para o glo-bo terrestre uma nova era, cujo adven-to é recordado pelos homens todos osanos, por ocasião do Natal.

Relembrando tais fatos, deseja-mos a todos os que nos leem um FelizNatal e um ótimo Ano Novo pleno derealizações, com muita paz, saúde eharmonia.

Qual é o certo: “É nesses mo-mentos que precisamos ter calma”ou “São nesses momentos que pre-cisamos ter calma”?

No primeiro texto, que é o corre-to, aparece o expletivo “é que”, cujostermos estão separados pelos vocábu-los “nesses momentos”. A oração po-deria, então, ser redigida desta forma:“Nesses momentos é que precisamoster calma”.

Tanto faz, desse modo, que oexpletivo “é que” esteja ou não in-

Pílulas gramaticaistercalado por outros vocábulos.

Eis outros exemplos corretos deuso do expletivo:

- É de pessoas honestas que oBrasil necessita.

- Com o apoio da família é queos jovens têm melhores condiçõesde vencer.

- Os chineses é que têm domi-nado agora o mercado de confec-ções.

- No país do futebol, craques éque não faltam.

Um leitor nos pergunta: Em queobras podemos encontrar a orientaçãoespírita para o tratamento da obsessão?

O tratamento espírita da obses-são é objeto de inúmeras obras espí-ritas, como O Livro dos Médiuns eO Evangelho segundo o Espiritis-mo, ambas de Allan Kardec. Eviden-temente, no tocante ao tema obses-são e a muitos outros temas, não po-demos restringir-nos ao que Kardecensinou, mas todos os autores, en-carnados e desencarnados, que tra-taram até hoje do assunto confirmamo que o Codificador propôs, ou seja:1.) a necessidade do tratamento mag-nético; 2.) a importância da chama-da doutrinação do agente causadorda obsessão; 3.) a renovação de suasatitudes por parte do enfermo.

Muitas são as obras que pode-mos consultar a respeito disso. De-sobsessão, de André Luiz, e Obses-são/Desobsessão, de Suely CaldasSchubert, são duas delas. Há, ainda,os estudos de Hermínio C. Mirandae Manoel Philomeno de Miranda.Este último entende que o melhormédico, em se tratando do tratamen-

os médiuns, ou alguém que lhe quei-ra operar a cura. É preciso compre-ender que o tratamento da obsessãonão consiste na expulsão doobsessor: alcançado isso, se fossepossível, ele depois voltaria, comforças redobradas, à obra interrom-pida. A terapia tem em vista a recon-ciliação; trata-se de uma conversãoa ser feita, tarefa que requer doobsidiado uma ampla cooperação,grandes esforços e boa vontade.(Obra citada, segunda parte, cap. 2.)

3.) A renovação moral é, comojá foi dito, fator essencial ao trata-mento desobsessivo. Yvonne A. Pe-reira, em seu livro Recordações daMediunidade, é incisiva a tal respei-to: “O obsidiado, se não procurar re-novar-se diariamente, num trabalhoperseverante de autodomínio ouautoeducação, progredindo em mo-ral e edificação espiritual, jamaisdeixará de se sentir obsidiado, ain-da que o seu primitivo obsessor seregenere. Sua renovação moral, por-tanto, será a principal terapêutica,nos casos em que ele possa agir”.(Obra citada, segunda parte, cap. 2.)

O Espiritismo respondeto da obsessão, será sempre o enfer-mo, como Suely Caldas Schubert mos-tra em sua obra, acima citada, da qualextraímos os seguintes apontamentos:

1.) Esclarecer o paciente é fazê-losentir quanto é essencial sua participa-ção no tratamento; é orientá-lo, dan-do-lhe uma visão gradativa, cuidado-sa, do que representa em sua existên-cia aquele que é considerado oobsessor; é levantar-lhe as esperanças,se estiver deprimido; é transmitir-lhe acerteza de que existem dentro dele re-cursos imensos que precisam ser acio-nados pela vontade firme, para quevenham a eclodir, revelando-lhe facetasda própria personalidade até então des-conhecidas dele mesmo. É, enfim, iraos poucos conscientizando-o das res-ponsabilidades assumidas no passadoe que agora são cobradas através do ir-mão infeliz que se erigiu em juiz, co-brador ou vingador. (Obsessão/Deso-bsessão, segunda parte, cap. 9, p. 114.)

2.) O obsidiado só se libertaráquando ele mesmo se dispuser a pro-mover a autodesobsessão. O Espiritis-mo não pode fazer por ele o que elenão fizer por si mesmo. Muito menos

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O IMORTALDEZEMBRO/2010 PÁGINA 5

malévolos que lhe repetiam longasfrases de suas sessões mediúnicas.Eles, irônicos, lhe recomendavamserenidade, paciência e perdão eperguntavam por que ele não se des-garrava do mundo, estando já de-sencarnado. A revolta tomou contade sua alma e, mais tarde, quandojá estava recolhido em “Nosso Lar”,exigiu explicações para o seu esta-do, visto que não se considerava fra-cassado. Veneranda explicou-lhe acausa do seu fracasso: “Monteiro,meu amigo, a causa da sua derrotanão é complexa, nem difícil de ex-plicar. Entregou-se você excessiva-mente ao Espiritismo prático, juntodos homens, nossos irmãos, masnunca se interessou pela verdadeiraprática do Espiritismo junto de Je-sus, nosso Mestre”. (Obra citada,cap. 12, pp. 67 a 71.)

B. Muitos médicos fracassam?R.: Sim. Diz André que, no que

concerne à Medicina, os ex-médi-cos em bancarrota espiritual são inú-meros. Vicente relatou então o casode um amigo, exímio cirurgião, que,atraído pelas aquisições monetári-as, caiu desastradamente. Nos diasde grandes negócios financeiros, suamente se deslocava da tarefa médi-ca em busca dos interesses materi-ais. Não fosse a proteção espiritual,essa atitude teria comprometidooportunidades vitais de muita gen-te. A colaboração do médico torna-ra-se quase nula e muitos quedesencarnaram nas intervenções ci-rúrgicas, notando sua irresponsabi-lidade, atribuíram-lhe suas mortesfísicas, votando-lhe ódio terrível edois deles, mais ignorantes e mal-dosos, o esperaram no limiar do se-pulcro para atormentá-lo.(Os Men-sageiros, cap. 13, pp. 72 a 76.)

C. Que caminho o grupo deAniceto seguiu para ir de “Nos-so Lar” à Crosta?

R.: O grupo seguiu um trajeto di-

Continuamos a apresentar o tex-to condensado da obra “Os Mensa-geiros”, de André Luiz, psicogra-fada pelo médium Francisco Cân-dido Xavier e publicada pela edito-ra da Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminaresA. Que ocorreu na erratici-

dade a Monteiro e qual foi, se-gundo Veneranda, a causa do seufracasso?

R.: Monteiro também partiu de“Nosso Lar” em missão de enten-dimento espiritual, quase na mes-ma ocasião em que Belarmino vol-tou à carne. Monteiro tivera a pró-pria mãe como orientadora. Sob seucontrole, estavam alguns médiunsde efeitos físicos, de psicografia ede incorporação. Mas era tal o fas-cínio que o intercâmbio mediúnicoexercia sobre ele, que acabou sedistraindo por completo quanto àessência moral da doutrina. Era umdoutrinador implacável. Chegara aestudar longos trechos das Escritu-ras, para utilizá-los na conversa comex-sacerdotes católicos que compa-reciam às sessões mediúnicas emestado de ignorância e perturbação.Acendia luzes para os outros, pre-ferindo, porém, os caminhos escu-ros para si, esquecendo a si mesmo.Pregava a paciência dentro do gru-po, mas era impaciente lá fora. Con-citava os espíritos à serenidade, masrepreendia sem indulgência as se-nhoras humildes que não continhamo pranto de alguma criança enfer-ma presente à reunião. E no comér-cio era inflexível com seus devedo-res. Passava os dias no escritórioestudando a melhor forma de per-seguir os clientes em atraso, e ànoite ia ensinar o amor aos seme-lhantes, a paciência e a doçura, exal-tando o sofrimento e a luta comoestradas benditas de preparaçãopara Deus. Seu fracasso foi com-pleto e, devido a isso, voltou à vidaespiritual qual demente necessita-do de hospício. O raciocínio pediasocorro divino, mas o sentimentoagarrava-se a objetivos inferiores.Viu-se, assim, rodeado de Espíritos

ferente e, por isso, não utilizou a es-trada livre mantida por ordem supe-rior para as atividades normais dostrabalhos espirituais e trânsito dos ir-mãos esclarecidos, em vésperas dereencarnação. À medida que eles ca-minhavam, a atmosfera começava apesar muitíssimo, porque penetravama esfera de vibrações mais fortes damente humana. Estavam a grandedistância da Crosta, mas já podiamidentificar a influenciação mental daHumanidade encarnada, envolvidanos combates da 2ª Grande Guerra.Mergulhavam num clima estranho,onde predominavam o frio e a ausên-cia de luz solar. A topografia era umconjunto de paisagens misteriosas,lembrando filmes fantásticos do ci-nema terrestre. Picos muitos altos,vegetação esquisita, aves de aspectohorripilante... Rija ventania sopravaem todas as direções. Aniceto expli-cou que aquele mundo é continuaçãoda Terra, que os olhos humanos nãopodem ver, visto que a percepçãohumana não consegue apreender se-não determinado número de vibra-ções. No meio das sombras, algunsvultos pareciam fugir apressados,confundindo-se nas trevas das furnaspróximas. (Obra citada, cap. 14 e 15,pp. 80 a 86.)

Texto para leitura15. O caso Monteiro - Ele tam-

bém partira de “Nosso Lar”, em mis-são de entendimento espiritual, qua-se na mesma ocasião em queBelarmino voltou à carne. Monteirotivera a própria mãe comoorientadora. Sob seu controle, esta-vam alguns médiuns de efeitos físi-cos, de psicografia e de incorporação.Mas era tal o fascínio que o intercâm-bio mediúnico exercia sobre ele, queacabou se distraindo por completoquanto à essência moral da doutrina.Era um doutrinador implacável. Che-gara a estudar longos trechos das Es-crituras, para utilizá-los na conversa

com ex-sacerdotes católicos que com-pareciam às sessões mediúnicas emestado de ignorância e perturbação.Acendia luzes para os outros, prefe-rindo, porém, os caminhos escurospara si, esquecendo a si mesmo. Pre-gava a paciência dentro do grupo, masera impaciente lá fora. Concitava osespíritos à serenidade, mas repreen-dia sem indulgência as senhoras hu-mildes que não continham o prantode alguma criança enferma presenteà reunião. E no comércio era inflexí-vel com seus devedores. Passava osdias no escritório estudando a melhorforma de perseguir os clientes em atra-so, e à noite ia ensinar o amor aos se-melhantes, a paciência e a doçura,exaltando o sofrimento e a luta comoestradas benditas de preparação paraDeus. Na verdade, estava cego, es-quecido de que a existência terrestreé, por si só, uma sessão permanente.Quando a angina o levou à morte, en-contrava-se absolutamente distraídoda realidade essencial. Voltou à vidaespiritual qual demente necessitado dehospício. O raciocínio pedia socorrodivino, mas o sentimento agarrava-se a objetivos inferiores. Viu-se, as-sim, rodeado de Espíritos malévolosque lhe repetiam longas frases de suassessões mediúnicas. Eles, irônicos, lherecomendavam serenidade, paciênciae perdão e perguntavam por que elenão se desgarrava do mundo, estan-do já desencarnado. A revolta tomouconta de sua alma e, mais tarde, quan-do já estava recolhido em “NossoLar”, exigiu explicações para o seuestado, visto que não se consideravafracassado. Veneranda, um dia, foivisitá-lo em momento que reservaraa descanso. Monteiro crivou seus ou-vidos de lamentações e ela o ouviu,pacientemente, por duas horas. Quan-do o ex-doutrinador se calou, Vene-randa sorriu e disse: “Monteiro, meuamigo, a causa da sua derrota não écomplexa, nem difícil de explicar. En-

MARCELO BORELA DEOLIVEIRA

[email protected] Londrina

Estudando a série André Luiz

Os MensageirosAndré Luiz

(4ª Parte)tregou-se você excessivamente ao Es-piritismo prático, junto dos homens,nossos irmãos, mas nunca se interes-sou pela verdadeira prática do Espi-ritismo junto de Jesus, nosso Mestre”.Aquelas palavras, como um vulcão,mudaram por completo a atitudemental do ex-doutrinador fracassado.(Cap. 12, pp. 67 a 71)

16. Os médicos fracassados -Imensos jardins cercavam o Centrode Mensageiros. Roseirais enormesbalsamizavam a atmosfera leve elímpida. André Luiz estava perplexocom tantas novidades. Vicente rela-tou-lhe então que no Ministério doEsclarecimento há enormes pavilhõesdas escolas maternais, onde milharesde irmãs comentam as desventurasda maternidade fracassada, buscan-do reconstituir energias e caminhos.Há ainda ali os Centros de Prepara-ção à Paternidade, a EspecializaçãoMédica, o Instituto de Administrado-res... Em todos eles, os Espíritos fra-cassados procuram restaurar as pró-prias forças e corrigir os erros come-tidos na mordomia terrestre. No queconcerne à Medicina, os ex-médicosem bancarrota espiritual são inúme-ros. Vicente relatou então o caso deum amigo, exímio cirurgião, que,atraído pelas aquisições monetárias,caiu desastradamente. Nos dias degrandes negócios financeiros, suamente se deslocava da tarefa médicaem busca dos interesses materiais.Não fosse a proteção espiritual, essaatitude teria comprometido oportuni-dades vitais de muita gente. A cola-boração do médico tornara-se quasenula e muitos que desencarnaram nasintervenções cirúrgicas, notando a suairresponsabilidade, atribuíram-lhesuas mortes físicas, votando-lhe ódioterrível. Dois deles, mais ignorantese maldosos, o esperaram no limiar dosepulcro para atormentá-lo. (Cap. 13,pp. 72 a 76) (Continua na pág. 10desta edição.)

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O IMORTALPÁGINA 6 DEZEMBRO/2010

O IMORTAL na internetAlém de circular com seu formato impresso, o jornal O

Imortal pode ser visto também na internet, bastando para issoacessar o site www.oconsolador.com, em cuja página inicialhá um link que permite o acesso do leitor às últimas ediçõesdo jornal, sem custo algum.

Para contactar a Redação do jornal, o interessado deve uti-lizar este e-mail: [email protected].

A União da Mocidade Espíri-ta de Uberaba - UMEU promo-veu no dia 13 de novembro últi-mo, no Centro EspíritaUberabense, de Uberaba (MG),o IX FEMEU – Festival de Mú-sica Espírita de Uberaba, quecontou com a presença de umpúblico superior a 200 pessoas.

O FEMEU é um Festival decomposições inéditas voltadas àtemática espírita e tem como ob-jetivos: valorizar a arte produzi-da no movimento espírita; incen-tivar a participação e criação ar-tística das músicas espíritas; pro-porcionar a descoberta de novostalentos no movimento espírita;divulgar a música espírita, ele-vando o espírito; promover o in-tercâmbio artístico e cultural emtodo o território nacional e, esteano em especial, comemorar oCentenário de nascimento deFrancisco Cândido Xavier.

A partir de 2010, o eventopassou a ter âmbito nacional e,devido a isso, contou neste anocom a participação de cidades mi-neiras e paulistas, a saber:Nhandeara (SP), Ouro Branco(MG), Pedro Leopoldo (MG),Monte Carmelo (MG), Campinas(SP) e Uberaba. A cidade deIgarapava (SP), previamente ins-crita, acabou não enviando repre-sentante. Foram, no total, inscri-tas 13 músicas.

Os vencedores do IX FEMEUforam: 1º Lugar: A Estrela Cen-tenária (Uberaba), premiadacom um violão, um troféu e li-vros espíritas; 2º Lugar: NossaVerdade (Uberaba), laureada

Muita luz, alegria e paz no Festivalde Música Espírita de Uberaba

com um troféu e livros espíritas;3º Lugar: Mais ou Menos (Cam-pinas), que recebeu um troféu e li-vros espíritas. Melhor Arranjo:Nossa Verdade (Uberaba), premi-ada com um troféu e livros espíri-tas. Melhor Letra: A Estrela Cen-tenária (Uberaba-MG), que rece-beu um troféu e livros espíritas.Melhor Intérprete: A Estrela Cen-tenária (Uberaba-MG), e recebeu01 troféu e livros espíritas. A mú-sica vencedora, A Estrela Cente-nária (Uberaba-MG), foi eleitatambém como melhor música pelopúblico presente.

As demais músicas participan-tes do IX FEMEU foram tambémcontempladas, nas pessoas de seusmúsicos, com um kit de livros es-píritas. E os jurados, a equipe desom e a equipe de filmagem rece-beram também um livro espírita atítulo de gratidão pela cooperaçãoprestada ao evento.

O IX FEMEU foi realizadocom o apoio da AME – AliançaMunicipal Espírita de Uberaba, daUEM – União Espírita Mineira, daABRARTE – Associação Brasilei-ra de Arte Espírita, da FEB – Fe-deração Espírita Brasileira; daempresa TOP SOM; da LivrariaEspírita Emmanuel; do Centro Es-pírita Uberabense; dos artistasplásticos Rhaavi Dionísio(Uberaba) e Julio Cesar Chiovatto(Caldas Novas); das editoras espí-ritas CEC Uberaba, GEEM, IDE,

LEEPP, CANDEIA, CEU; deEduardo Saad (sonorização); deVision DVD (filmagem); da em-presa de publicidade SOLIS; daCâmara Municipal de Uberaba, edo jornal A Flama Espírita.

O I Festival de Música Espí-rita de Uberaba realizou-se em 24de janeiro de 1981, no Centro Es-pírita Batuíra. O II Festival, em23/1/1982, no Uberaba TênisClube; o III Festival, em 22/1/1983, também no Uberaba TênisClube; o IV Festival, em 28/1/1984, no Centro EspíritaUberabense; o V Festival, em 30/9/1990, no Centro EspíritaUberabense.

No dia 2/6/2007, dezesseteanos depois do VI Festival, reali-zou-se o VI Festival de MúsicaEspírita de Uberaba, no TeatroExperimental de Uberaba, sob aresponsabilidade da União daMocidade Espírita de Uberaba –UMEU. O VII Festival verificou-se em 27/9/2008, no Centro Es-pírita Uberabense, abrangendo aregião pertinente ao ConselhoRegional Espírita Sul – CRE-SUL. Em 24/10/2009, foi reali-zado o VIII Festival no CentroEspírita Uberabense, abrangendoo Triângulo Mineiro e o AltoParanaíba.

Para outras informações so-bre o Festival de Música Espí-rita de Uberaba, clique emhttp://femeu.blogspot.com

LUIZ CARLOS DESOUZA

[email protected] Uberaba, MG

Público presente noFestival de Música de Uberaba

A música comtempladacom o 1º Lugar

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O IMORTALDEZEMBRO/2010 PÁGINA 7

Grandes Vultos do EspiritismoMARINEI FERREIRA REZENDE - [email protected]

De Londrina

Canuto Abreu

Silvino Canuto Abreu (foto) nas-ceu em Taubaté, Estado de São Pau-lo, no dia 19 de janeiro de 1892.Formou-se em Farmácia aos 17 anosde idade pela Faculdade de Medici-na do Rio de Janeiro, na qual tam-bém concluiu, em 1923, o curso deMedicina. Bacharelou-se tambémem Direito pela antiga Escola de Ci-ências Jurídicas e Sociais, depoisFaculdade de Direito da Universida-de do Rio de Janeiro, no ano de 1916.

No campo jurídico, especializou-se em Direito Comercial, AssuntosBancários e Econômicos, advogandoe trabalhando no Banco do Brasil eoutros estabelecimentos até 1932. De-sempenhou depois vários encargos aserviço do Governo Federal. Esteveno Extremo Oriente cerca de um ano.No campo da Medicina, cuja ciênciasempre estudou e amou, escreveu inú-meros artigos publicados entre 1925e 1930, emitindo ideias com referên-cia à Medicina social. Foi fundador epresidente da Associação Paulista deHomeopatia. Foi membro de váriasentidades assistenciais e vicentinas,dedicou-se com afinco ao trabalho emprol da criança abandonada.

Fundou no Rio de Janeiro, comoutros beneméritos, alguns orfanatos.Tornou-se colaborador a partir de 1934,quando passou a residir em São Paulo,da Associação Feminina Beneficente eInstrutiva, uma das mais antigas insti-tuições de assistência à infância emnosso Estado (fundada em 1901 porAnália Franco). Juntamente com CleoDuarte, empreendeu reformas e cons-truções importantes, fazendo dos inter-natos Anália Franco, para meninos, eEleonora Cintra, para meninas, dois es-tabelecimentos únicos com capacida-de para mais de 300 crianças.

Dr. Canuto logo cedo se acostumouaos fenômenos mediúnicos, encarando-os como fatos normais em sua vida, já

que, segundo ele, toda a família era cons-tituída de médiuns. Entretanto, foi leva-do definitivamente ao Espiritismo pelosfenômenos provocados em sua própriacasa pelo Espírito de Afonso Moreira,com o concurso da médium MariaLeopoldina Barros, conhecida comoMariquita. Afonso Moreira fora antigoamigo de seu pai e manifestava-se asso-biando, conversando baixinho, provo-cando batidas nas portas e janelas, alémde aumentar ou diminuir a luz do lam-pião de gás de xisto betuminoso, comumnas casas daquela época. Tais fenôme-nos duraram aproximadamente cinco me-ses, após o que o Espírito despediu-se,informando que ia ser levado para umlugar que desconhecia. Entretanto, aindauma vez manifestou-se, abrindo a porteirado curral e libertando o gado que lá esta-va, em virtude de ter ficado bastante zan-gado com a irmã do Dr. Canuto que, ou-vindo-o bater na porta, não a abriu em-bora soubesse que se tratava dele.

Na esfera teológica, empolgado des-de os 18 anos pelos estudos bíblicos,empreendeu entre, outros trabalhos, aversão direta dos Evangelhos gregos, to-mando por base o mais antigo manuscri-to do Novo Testamento na época.Pesquisou nas Bibliotecas do Museu Bri-tânico, Biblioteca do Vaticano, Bibliote-ca Nacional de Paris. Profundo conhece-dor da História do Espiritismo no Brasile no mundo, escreveu em 1936, quandoainda circulava a revista “Metapsíquica”,órgão da Sociedade Metapsíquica de SãoPaulo, vários artigos abordando fatosocorridos no Brasil até o ano de 1895,detendo-se com profundeza de detalhesna atuação do Dr. Adolfo Bezerra deMenezes à frente do movimento espíritaem nosso país. No ano de 1953 deu iní-cio, pelas colunas do jornal “Unificação”,órgão da União das Sociedades Espíritasdo Estado de São Paulo, à publicação deuma série de artigos sob o título “O Li-vro dos Espíritos e sua Tradição Históri-ca e Lendária”, o que fez até junho de1954. Esses artigos, de suma importân-cia, foram depois publicados em livro.

Em abril de 1957, no evento dascomemorações do I Centenário de lan-çamento de “O Livro dos Espíritos”, de

Allan Kardec, o Dr. Canuto, que faziaparte da comissão organizadora das fes-tividades do centenário, fez publicar, emedição bilíngue, nos idiomas francês eportuguês, o “Primeiro Livro dos Espí-ritos de Allan Kardec”, reproduzindo-ona forma em que foi lançado pelo Codi-ficador no dia 18 de abril de 1857, tra-duzindo-o também para o vernáculo.

Como se sabe, aquela obra básica do Es-piritismo foi sensivelmente refundidapelo próprio autor, quando da publica-ção da segunda edição em 18 de marçode 1860, a qual se tornou definitiva.

Dr. Silvino Canuto Abreu desen-carnou na cidade de São Paulo no dia2 de maio de 1980, depois de haverpassado os últimos anos de vida entre

livros e documentos, sempre ativo einteressado em tudo. O Espiritismomuito lhe deve, pelo muito que fezem favor da divulgação dos seuspostulados e pelo incomparável es-forço em favor das pesquisas queformam parte da doutrina, no Brasile no mundo. (Fontes: “A Caminhoda Luz”, nº. 61, maio/ 81 e outros.)

ReflexõesFilhos, clareando consciências

alheias, defendamo-nos contra a do-

minação das trevas. — «Vem e se-gue-me!» — diz o Senhor ao Após-tolo. — «Levanta-te e anda!» — re-comenda Jesus ao paralítico.

Para justos e injustos, ignorantes esábios, o chamamento do Cristo é pes-soal e intransferível. O Evangelho é ser-viço redentor, mas não haverá salvaçãopara a Humanidade sem a salvação doHomem. No mundo, é imperioso refle-tir algumas vezes na morte para que aexistência não nos seja um ponto obs-curo dentro da vida, porque o Espíritodesce à escola terrena para educar-se,educando. Dia a dia, milhares de criatu-ras tornam à Pátria Espiritual. Esse caiusob o fio da espada, aquele tombou aotoque de balas mortíferas. Alguns expi-ram no conforto doméstico, muitos par-tem do leito rijo dos hospitais.

Todos imploram luz, mas, se nãofizeram claridade em si mesmos, pros-seguem à feição de caravaneiros ocul-tos na sombra. Não valem títulos do pas-sado, nem exterioridades do presente.Esse deixou o ouro amontoado com sa-crifício. Aquele renunciou ao consolo deafeições preciosas. Outro abandonou opoder que lhe não pertencia. Aquele ou-tro, ainda, foi arrancado à ilusão.

Quantas vezes examinais conoscoessas pobres consciências emdesequilíbrio que a ventania da reno-vação vergasta no seio da tempestademoral!... É por isso que, sob a invoca-ção do carinho e da confiança, roga-mos considereis a estrada percorrida.

Convosco brilha abençoada

Frei Pedro de Alcântara oportunidade. O Espiritismo é Jesusque volta ao convívio da dor humana.Não sufoqueis a esperança na corren-te das palavras. Emergi do grande marda perturbação para o reajuste indis-pensável! Não julgueis para nãoserdes julgados, porque se remos me-didos pelo padrão que aplicarmos àalheia conduta. Ninguém sabe queforças tenebrosas se congregaram so-bre as mãos do assassino. Ninguémconhece o conteúdo de fel da taça queenvenenou o coração arremessado aogrande infortúnio. O malfeitor de hojepode ser o nosso benfeitor de amanhã.

Desterrai de vossos lábios toda pa-lavra de conde nação ou de crítica!...Desalojai do raciocínio e do sentimentotoda névoa que possa empanar a lumi-nosa visão do caminho!... Somos chama-dos ao serviço de todos e a nossa inspi-ração procede do Senhor, que se conver-teu no escravo da Humanidade inteira.

Filhos, urge o tempo. Sem o roteiroda humildade, sem a lanterna da paciên-cia e sem a bênção do trabalho, não al-cançaremos a meta que nos propomosatingir... Quão fácil mandar, quão difícilobedecer! Quanta simplicidade na emis-são do ensinamento e quanto embaraçona disciplina aos próprios impulsos!...

Jesus ajudou... Duas grandes e ines-quecíveis palavras bastam para cessara revolta e congelar-nos qualquer ansi-edade me nos construtiva. Se Jesus aju-dou, por que haveremos de perturbar?Se Jesus serviu, com que privilégio exi-giremos o serviço dos outros? Reunimo-nos hoje em velhos compromissos.

Digne-se o Senhor alertar-nos nareconstituição de nossos destinos. Nãovos pedimos senão a dádiva do enten-

dimento fraterno, com aplicação aosprincípios que esposamos, reconhe-cendo a insignificância de nossas pró-prias almas. Somos simplesmente umamigo. Não dispomos de credenciaisque nos assegurem o direito de exigir,mas rogamos observeis os minutos quevoam. Desdobrar-se-ão os dias e a per-da de nossa oportunidade diante doCristo pode ser também para nós maisdistância, mais saudade, mais aflição...

Não aspiramos para nós outros se-não à felicidade de amar-vos, desejan-do-vos a beleza e a santidade da vida.Aceitemos nosso trabalho e nossa li-ção. Quem foge ao manancial do suor,costuma encontrar o rio das lágrimas.Aqueles que não aprendem a dar de simesmos não recolhem a celeste heran-ça que nos é reservada pelo Senhor.Filhos de nossa fé, urge o tempo! Issoequivale dizer que a cessação do ense-jo talvez não tarde. Façamos luz na sen-da que nos cabe percorrer. Retiremo-nos do nevoeiro. Olvidemos o passadoe convertamos o presente em gloriosodia de preparação do futuro!...

E que Jesus, em sua infinita bon-dade, nos aceite as súplicas, revigo-rando-nos o espírito no desempenhodos deveres com que fomos honrados,à frente de seu incomensurável amor.

Do cap. 11 do livro InstruçõesPsicofônicas, obra ditada por DiversosEspíritos por intermédio do médiumFrancisco Cândido Xavier. A mensa-gem acima foi transmitida na noite de20 de maio de 1954 pelo Espírito defrei Pedro de Alcântara, que foi con-temporâneo da grande mística espanho-la Teresa d’Ávila e, tanto quanto ela, évenerado na Igreja Católica.

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“Nós, os espíritas, somos os discípulos do Senhor, convocados para criar a era nova”

Divaldo Pereira Franco, confe-rencista de renome internacional,esteve no período de 26 a 28 de no-vembro de 2010, em mais uma ati-vidade doutrinária, na cidade deCuritiba, atendendo ao convite daFederação Espírita do Paraná (fotos).

Incansável, e demonstrandogrande vigor e entusiasmo, o no-bre conferencista baiano compare-ceu ao Recanto Lins de Vasconce-llos para desenvolver mais um en-contro com a Diretoria da FEP emais alguns convidados. O Recan-to Lins de Vasconcellos está loca-lizado na divisa de Campo Largocom Balsa Nova/PR, região metro-politana de Curitiba. Esta área de225 mil m² foi adquirida em de-zembro de 2008. Passados poucosmeses, a FEP incorporou ao Re-canto mais uma área de 85 mil m²,valorizando o patrimônio. A áreaserá destinada a abrigar um Cen-tro de Treinamentos - em constru-ção -, além de outras funções quejá estão sendo exploradas.

Nessa oportunidade, DivaldoFranco narrou um encontro espi-ritual seu com Jésus Gonçalves,uma exaltação à caridade.

Naquela época Divaldo Fran-co passava por momentos difíceis.Vivenciava dificuldades, experi-mentava tristezas e ansiava por al-cançar a paz, buscando Deus. Me-ditava. Eis que se lhe apresenta umEspírito portador de deformidades.Após um breve diálogo, o Espíri-to, que havia sido portador dehanseníase, pouco a pouco vai setransformando em um ser comluminosidade interior, desprovidodas chagas purulentas e das ampu-tações das extremidades.

Declinou seu nome: Jésus Gon-

çalves. Orientou Divaldo a visitar osleprosários. Surpreso com a orienta-ção, Divaldo permaneceu reticenteante o convite inusitado. Jésus Gon-çalves perguntou-lhe: - Divaldo, euestou pedindo que vás lá, a fim denão ires para lá! Preferes ir lá oupara lá? Desta forma, Divaldo deuinício, após longas tratativas paraagendar o trabalho, as suas visitas sis-temáticas aos leprosários.

Artur Lins de VasconcellosLopes, Espírito, pela mediunidadede Divaldo Franco, recordou a Ca-ravana da Fraternidade, encetada há60 anos. Fez uma análise dessa ati-vidade. Ao retornar à Pátria Espiri-tual, reencontrou seus companhei-ros da Caravana. Ampliada por ou-tros nobres e dedicados Espíritos,deram continuidade ao trabalho.Exortou para que se promovam Je-sus e Kardec, ao invés da autopro-moção. Que é necessário eliminaro personalismo e o egotismo visan-do à implantação na face da Terrado cristianismo puro, entre outrasassertivas do nobre Espírito.

Mohamed - o Justo e a mulherem andrajos condenada ao

apedrejamentoLins de Vasconcellos, segundo

nota de Divaldo Franco, é o atualpresidente da Caravana da Frater-nidade na Espiritualidade. Foi umfinal de tarde agradabilíssimo. Ocalendário registrava o dia 26 denovembro de 2010.

Na manhã do dia 27 de novem-bro, na sede da Federação Espíritado Paraná, e estando presentes mem-bros da Diretoria e do Conselho Fe-derativo Estadual, Divaldo Francodiscorreu sobre a justiça, o amor e acaridade. Estavam presentes, comoconvidados, entre outros, Suely Cal-das Schubert, de Juiz de Fora-MG;Esther Fregossi, representando a Fe-deração Espírita Catarinense; SandraDella Pola, de Porto Alegre-RS; e

Milciades Lescano, da FederaçãoEspírita do Paraguai.

Divaldo narrou uma históriade sabor oriental, cujo título éMohamed – O Justo. Era muçulma-no. Examinava todos os casos se-gundo a ótica do livro sagrado. Pos-suía um sentido apurado sobre jus-tiça, amor e caridade. Em determi-nada ocasião, seguiu contando Di-valdo, o monarca meditava, ao tem-po em que passeava em seus jardins,quando teve sua atenção desperta-da por uma balbúrdia.

Acercou-se e viu uma mulher emandrajos. Estava sentada sobre o chãoe chorava. Com ela havia algumasfrutas. Seu Grão-Vizir acusava-a.Ante o quadro, Mohamed – O Justoindagou seu ministro sobre os acon-tecimentos, sendo informado de queaquela mulher havia furtado frutos dopomar real, e isto era um crime.

Mohamed dirige-se à mulher epergunta-lhe sobre a acusação. Eladisse que tinha um filho muito do-ente em casa que estava faminto, àbeira da morte. Desesperada, saiu amendigar. Nada conseguiu. Haviaido à feira para, pelo menos, reco-lher as sobras, os descartes naturais.Inacreditavelmente, nesse dia, nadasobrou ou foi descartado.

Retornando ao lar, sem nada le-var, e ao passar pelo pomar real ob-servou inúmeras frutas no chão, quepor certo não seriam aproveitadas.Sabia ser proibido colher frutas na-quele pomar e que poderia ser pu-nida, mas sua angústia era demasi-ada. Pensava no filho à beira damorte. Recolheu algumas frutas nabarra de sua saia. Foi apanhada co-metendo o crime.

Inteirado de que a sentença era alapidação, propôs Mohamed – o Jus-to que passassem à execução ali mes-mo onde o crime havia acontecido.Seu Grão-Vizir disse-lhe que a crimi-nosa deveria ser apedrejada no tem-

plo, local sagradoonde estavam de-positadas as pedraspara tal mister eque ali onde se en-contravam não ha-via pedras.

Para atransformaçãomoral a opção

é seguir Kardec,vivenciando

JesusMohamed – o

Justo retirou seusanéis, apanhou aspedras preciosasque adornavamsuas vestes, suge-rindo aos demaisque fizessem omesmo. Começoua lançar suas joiascontra a criminosa.Fez o mesmo coma gema que ador-nava seu turbante.Os demais, relutantes, o acompanha-ram. A mulher estupefata não com-preendeu e, aturdida, ouviu seu So-berano dizer-lhe que recolhesse to-das as pedras e que as vendesse paradar de comer aos seus filhos, estan-do livre a partir daquele momento,pois a sentença havia sido cumpri-da. E que Alá a abençoasse.

O nobre conferencista informouque a humanidade, apesar de apre-goar o amor e a caridade, permiteque cerca de oitocentos milhões depessoas morram de fome nos pró-ximos dez anos, segundo estimati-vas da FAO (Food and AgricultureOrganization of the UnitedNations). Isso porque a Humanida-de, apegada aos bens materiais cujovalor atribuído é simbólico, esque-ce-se de repartir com senso de jus-tiça, de caridade e de amor.

Entre outros assuntos, Divaldo

PÁGINA 8 PÁGINA 9O IMORTAL DEZEMBRO/2010DEZEMBRO/2010

PAULO SALERNO [email protected]

De Porto Alegre, RS

trouxe para reflexão as questõesvivenciadas atualmente pelo Espi-ritismo, notadamente a repercussãopositiva na mídia, as dúvidas se osespíritas estão suficientemente pre-parados para atender a grande mas-sa que acorre aos Centros Espíritas,a necessidade de sermos a cada diamelhores e o grande significado domomento atual. A fase de transiçãoplanetária , experimentadahodiernamente – disse ele –, exigedos espíritas a grande tarefa de di-vulgar a Doutrina Espírita e, sobre-tudo, vivenciar Jesus pautando asatividades nesta Doutrina queespelha a justiça, a caridade e oamor.

Elucidando pontos relevantes, onobre orador continuou expondoideias sumamente importantes taiscomo: os Espíritos nobres estãoreencarnando e a nós cabe a tarefa

de preparar as bases para o grandi-oso trabalho de aperfeiçoamento daHumanidade; olvidamos de colocarem prática os ensinos contidos nasObras Básicas da Doutrina Espíritaque devem ser estudadas seriamen-te; e que a única opção de transfor-mação moral é seguir Kardec,vivenciando Jesus.

Encerrada a primeira parte dasatividades programadas, foram fei-tas várias perguntas, adrede prepa-radas, as quais foram judiciosamen-te respondidas. Elas versaram sobrea transição planetária e suas impli-cações políticas, econômicas e so-ciais; a responsabilidade dos espí-ritas nesta fase de transição; a uni-ficação do movimento espírita; atolerância às individualidades; omovimento espírita ante as inúme-ras mensagens assinadas por espí-ritos venerandos através de médiuns

munha. Respondendo aos juízes, orabino disse que aquele soldado nãotinha cometido os crimes que lheeram imputados, mas sim o mode-lo, a cultura, a filosofia que o sol-dado passou a adotar e a represen-tar. O rabino, como sempre fizera,cumprimentou o soldado alemão,este retribuiu-lhe o cumprimento,agradecendo-lhe. O soldado foi sen-tenciado à morte.

Noite do dia 27 de novembro.Às 20h no Paraná Clube estiveramreunidas mais de duas mil e quatro-centas pessoas para ouvir DivaldoFranco. Após breve introdução, nar-rando os fatos que envolveramGeorge Ivanovich Gurdjieff na re-volução bolchevique e seu discípu-lo Peter Ouspensky, Divaldo Fran-co, com seu verbo iluminado, dis-correu sobre os quatros níveis deconsciência do ser humano, segun-do Peter Ouspensky.

Ouspensky classificou a socie-dade em dois biótipos. Denominoude fisiológicoaquelas criaturas quese relacionam através das sensações.Ao outro biótipo chamou de psico-lógico – uma minoria da sociedade.Em seus estudos, Peter Ouspenskyclassificou o ser humano em quatroníveis de consciência.Consciênciade sono é o primeiro nível. Nesteestá a grande maioria, com rarasexceções. É o estágio primário naescala de evolução.

Ouspensky afirmou que pelas re-encarnações o indivíduo vai adqui-rindo conhecimento e despertando aconsciência. O segundo nível é o deconsciência desperta. A criatura hu-mana alcança o discernimento, dá-se conta que sua existência tem umsignificado psicológico. Elucidandoestes níveis de consciência, Divaldoexpôs o pensamento de Joanna deÂngelis que os desdobra um poucomais. Para tal, utilizou-se do Mito daCaverna, de Platão. Na questão 621

de O Livro dos Espíritos, lembraDivaldo Franco, Allan Kardec inda-gava sobre onde estava escrita a Leide Deus. Na consciência, foi a res-posta obtida.

O Espiritismo veio para nosrevelar Jesus Cristo e para quetenhamos vida em abundância

Consciência de si mesmo é o ter-ceiro nível estabelecido porOuspensky. Neste nível o autor apre-senta as funções da máquina – o serhumano. A primeira função é aintelectiva. A segunda é a emocio-nal. Na ordem estão as funções ins-tintiva, motora e sexual. A sexta fun-ção é a emotiva superior e aintelectiva superior é a sétima. Es-tas funções devem ser administradaspor essaconsciência de si mesmo.

Peter Ouspensky denominou oquarto nível como o de consciênciaobjetiva, que Allan Kardec chamoude consciência cósmica. Educaçãomoral, familiar, cultural, emocionale social, impõem-se como funda-mentais. Estamos caminhando paraos níveis de consciência cósmica.Divaldo Franco advertiu que estamosna alvorada de uma nova era. O cre-púsculo de uma era é o amanhecerde uma nova era. Vivemos em ummomento glorioso da ciência e datecnologia. O Espiritismo veio paraque tenhamos vida em abundância,veio para nos revelar Jesus Cristo.Mudemos de atitude mental, deixan-do o masoquismo, o egoísmo, parasermos felizes, na fraternidade, nacaridade, isto é, no exercício doamor, exortou o nobre conferencis-ta, que foi aplaudido calorosamente.

As atividades de Divaldo Fran-co, o Embaixador da Paz, tiveramseguimento em 28 de novembro de2010 na bela e acolhedora capitalparanaense, sob os auspícios da Fe-deração Espírita do Paraná. Jubilosoe radioso, tal a manhã que se faziaformosa, narrou uma história como-

vedora, ante a Diretoria e Conse-lho Federativo Estadual. Seu au-tor, o poeta indiano RabindranathTagore.

A história se desenrola entre oiluminado Upagupta, um ser aben-çoado por Deus, e uma bela jovemvendedora de ilusões, rica e dispu-tada entre os que, podendo pagar-lhe altas somas, anelavam desfru-tar momentos de prazer.

Upagupta rejeitou o convite daformosa jovem que, desejando co-memorar seu aniversário, elegeraaquela beleza angelical incomum,afirmando amá-lo. Insistiu paraque fosse à sua casa para iluminá-la. Upagupta disse-lhe que não po-deria, assim mesmo, aceitar o con-vite, mas que um dia voltaria. Doisanos se passaram. Upagupta a re-encontra. Dá-se um diálogo como-vedor. Upaguptaacolheu aquelacriatura, agora fétida, que adorme-ceu em seus braços para despertarna eternidade.A maior divulgação que fazemosdo Espiritismo é a nossa conduta,

são os nossos exemplosRabindranath Tagore, em ou-

tras palavras, disse Divaldo Fran-co, ensina-nos que a vida na Terratem um sentido – a busca da ilumi-nação interior. A iluminação interi-or é a presença de Deus nas paisa-gens íntimas do ser. O Espiritismo,por sua vez, afirma que a reencar-nação tem por meta essencial a bus-ca da iluminação interior.

Em continuidade à sua exce-lente exposição, Divaldo enalteceua possibilidade de a criatura huma-na deslumbrar-se vivenciando avirtude por excelência, a caridade,a mãe das virtudes teologais – a fée a esperança -, sendo a caridade amáxima das manifestações dopsiquismo divino para as necessi-dades humanas. (Continua na pág.12 desta edição.)

Público que assistiu à conferência

No final de novembro, Divaldo P. Franco voltou ao Paraná, onde falou no dia 27 de novembro na sede do Paraná Clube, em Curitiba, perante mais de 2.400 pessoasque têm surgidorecentemente; odestaque dadopela mídia ao Es-piritismo; oseducandários es-píritas com peda-gogia própria esobre a prece.

Ao ParanáClube mais de2.400 pessoascompareceram

para ouvirDivaldo Franco

Tecendo con-siderações finais,o notável oradornarrou uma histó-ria sobre a perse-verança. Os parti-cipantes habita-vam em Varsóvia,Polônia. Eramdois homens. Um,rabino ortodoxo, ooutro, um jovem

alemão que cultivava a terra, denome Müller. A insistência do rabi-no em cumprimentar o jovem ale-mão fez com que este, após algumtempo, também respondesse aoscumprimentos.

Tiveram oportunidade de se re-encontrar durante a II Guerra Mun-dial. O rabino, ao ser enviado a umcampo de concentração e o jovemMüller, um soldado da SS nazista,que selecionava quem sobreviveriaaos fornos crematórios. Na fila deseleção estava o rabino. Quando che-gou sua vez, o rabino cumprimen-tou o soldado alemão. Este levantouos olhos, cumprimentou-o também,mandando-o, com um gesto, para olado dos que sobreviveriam.

Mais tarde, terminada a guerra,um novo reencontro aconteceu. Erao ano de 1946. O soldado estavasendo julgado. O rabino era a teste-

Reunião do Conselho Federativo Estadual

Autógrafos em seguida à conferência Outro flagrante da reunião do Conselho Estadual

Divaldo Franco em Curitiba:

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O IMORTALPÁGINA 10 DEZEMBRO/2010

O professor contou, em aula,que no princípio da vida na Terra,quando os minerais, as plantas eos animais souberam que era ne-cessário santificar o nome de Deus,houve da parte de quase todos umgrande movimento de atenção.

Certas pedras começaram aproduzir diamantes e outras reve-laram ouro e gemas preciosas.

As árvores mais nobres come-çaram a dar frutos.

O algodoeiro inventou alvosfios para a vesti menta do homem.

A roseira cobriu-se de flores.A grama, como não conseguia

crescer, alastrou-se pelo chão, en-feitando a Terra.

A vaca passou a fornecer leite.A galinha, para a alegria de to-

dos, começou a oferecer ovos.O carneiro iniciou a criação de lã.

17. A oração - Aniceto transmi-tiu aos dois amigos uma visão intei-ramente nova acerca da oração. “Nãopodemos abusar da oração aqui, se-gundo antigas viciações do sentimen-to terrestre”, explicou Aniceto. Nocírculo carnal, costumamos utilizá-laem obediência a delituosos caprichos,suplicando facilidades que surgiriamem detrimento de nossa própria ilu-minação. Em “Nosso Lar”, porém, aoração é compromisso de testemu-nhos, esforço e dedicação aos supe-riores desígnios. Toda prece, ali, devesignificar, acima de tudo, fidelidadedo coração. “Quem ora, em nossacondição espiritual, sintoniza a men-te com as esferas mais altas e novasluzes lhe abrilhantam os caminhos”,acrescentou o orientador espiritual.(Cap. 14, pág. 78)

18. Espíritos de luz - Por reco-mendação de Aniceto, André Luiz eVicente recebem no Gabinete deAuxílio Magnético às percepções,anexo ao Centro de Mensageiros,determinadas aplicações espirituaisque, entre outras conseqüências, di-latariam sua visão espiritual. A prin-cípio, nada de extraordinário Andrénotou, embora sentisse dentro docoração nova coragem e alegria di-ferente. Depois, quando caminha-vam por uma região envolta em som-bras, raios de luz passaram a des-prender-se intensamente de seus cor-pos. Era a primeira vez que AndréLuiz se vestia de luz, luz que se ir-radiava de todas as células do seucorpo espiritual. André e Vicenteajoelharam-se, banhados em lágri-mas, enviando a Deus seus agrade-

Glorificando o santo nome

cimentos, em votos de júbilo fervoro-so, e Aniceto os contemplava, feliz.(Cap. 14, pág. 79; cap. 15, pág. 83)

19. Os caminhos para chegar àCrosta - Aniceto, André Luiz e Vicentepartem, sem bagagens, para uma via-gem de estudos e trabalhos na Crosta,que durariam uma semana. Seguem,porém, um trajeto diferente. Não utili-zam a estrada livre mantida por ordemsuperior para as atividades normais dostrabalhos espirituais e trânsito dos ir-mãos esclarecidos, em vésperas de re-encarnação. Aniceto explica que as re-giões inferiores entre “Nosso Lar” e aCrosta são tão grandes que exigem umaestrada ampla e bem cuidada, reque-rendo também conservação, como asrotas terrestres. Na Terra, obstáculosfísicos; ali, obstáculos espirituais. Asvias de comunicação normais desti-nam-se ao intercâmbio indispensável.Os que se encontram nas tarefas deauxílio espiritual e os que se dirigem àreencarnação devem seguir com a har-monia possível, sem contacto diretocom as expressões dos círculos maisbaixos. A absorção de elementos infe-riores determinaria sérios desequilíbri-os no renascimento deles. O pequenogrupo, porém, seguiria um caminhomenos fácil, porque o objetivo eraaprendizado e experiência. (Cap. 14,pág. 80)

20. Uma região estranha - O pe-queno grupo valeu-se, no início, davolitação. Após atravessar imensas dis-tâncias, surgiu uma região menos bela.Nuvens espessas cobriam o firmamentoe alguma coisa que André não podiacompreender impedia a volitação fácil.Compreendendo a dificuldade dos com-panheiros, Aniceto recomendou que fos-sem caminhando. A atmosfera começa-va a pesar muitíssimo, porque eles pe-netravam agora a esfera de vibraçõesmais fortes da mente humana. Estavam

Meimei

MARCELO BORELA DEOLIVEIRA

[email protected] Londrina

A abelha passou a fazer mel.E até o bicho-da-seda, que pa-

rece tão feio, para santificar onome de Deus fabricou fios lindos,com os quais possuímos um dosmais valiosos tecidos que o mun-do conhece.

Nesse ponto da lição, como oinstrutor fizera uma pausa,Pedrinho perguntou:

– Professor, e que fazem os ho-mens para isso?

ores. (Monteiro, cap. 12, pág. 70)37. A saúde humana é patrimô-

nio divino e o médico é sacerdotedela. Os que recebem o título pro-fissional, em nosso quadro de reali-zações, sem dele se utilizarem a bemdos semelhantes, pagam caro a indi-ferença. Os que dele abusam são, porsua vez, situados no campo do cri-me. (Vicente, cap. 13, pág. 74)

38. Jesus não foi somente o Mes-tre, foi Médico também. Deixou nomundo o padrão de cura para o Rei-no de Deus. Ele proporcionava so-corro ao corpo e ministrava fé àalma. Nós, porém, em muitos casosterrestres, nem sempre aliviamos ocorpo e quase sempre matamos a fé.(Vicente, cap. 13, pág. 74)

39. A noção do dever bem cum-prido, ainda que todos os homenspermaneçam contra nós, é uma luzfirme para o dia e abençoado traves-seiro para a noite. (Vicente, cap. 13,pág. 75)

40. Onde exista uma falta, podehaver muitas perturbações; ondeapagamos a luz, podemos cair emqualquer precipício. (André Luiz,cap. 13, pág. 76)

41. Aqui, toda a nossa bagagemé a do coração. Na Terra, malas, bol-sas, embrulhos; mas, agora, devemosconduzir propósitos, energias, co-nhecimentos e, acima de tudo, dis-posição sincera de servir. (Aniceto,cap. 14, pág. 79)

42. Agradeçamos a Deus os donsde amor, sabedoria e misericórdia.Saibamos manifestar ao Pai o nossoreconhecimento. Quem não sabeagradecer, não sabe receber e, mui-to menos, pedir. (Aniceto, cap. 15,pág. 83)

43. É da lei que não devemos versenão o que possamos observar comproveito. (Aniceto, cap. 15, pág. 85)

Estudando a série André Luiz

Os MensageirosAndré Luiz

(Conclusão do artigo publicado na pág. 5 desta edição)

Eloquênciado gesto

Um gesto de bondadee de ternura

Fala mais altoque uma conferência,

Porque esta sedirige à inteligênciaE o gesto ao coração

da criatura.

Quando o indivíduotoma consciência

Do poder do perdãoe da brandura,

Transforma a suahumana convivênciaEm fonte de alegria

e de ventura.

Se ruge em seucaminho a tempestade,

Ele a suportacom serenidade,Sorrindo em faceà dor e à aflição,

Porque seus gestossão como retratos

Da serena linguagemdos seus atos

Cheios de paz, deamor e compreensão.

O orientador da escola pensouum pouco e respondeu:

– Nem todos os homensaprendem rapidamente as liçõesda vida, mas aqueles que procu-ram a verdade sabem que a nos-sa inteligência deve glorificar aEterna Sabedoria, cultivando obem e fugindo ao mal. As pes-soas que se consagram às tare-fas da fraternidade, compreen-dendo os semelhantes e auxili-

ando a todos, são as almas acor-dadas para a luz e que louvamrealmente o nome de nosso PaiCeleste.

E, concluindo, afirmou:– O Senhor deseja a felicidade

de todos e, por isso, todos aquelesque colaboram pelo bem-estar dosoutros são os que santificam naTerra a sua Divina Bondade.

Do cap. 7 do livro Pai Nosso,de Meimei, obra psicografada pelomédium Francisco CândidoXavier.

José Soares Cardosoa grande distância da Crosta, mas jápodiam identificar a influenciação men-tal da Humanidade encarnada, envolvi-da nos combates da 2ª Grande Guerra.Daí a pouco chegaram ao cume de gran-de montanha, envolvida em sombrafumarenta. Trilhas diversas apareciamno solo; foi então que André Luiz viuseu corpo iluminar-se. As surpresas,porém, não cessavam. Mergulhavamnum clima estranho, onde predomina-vam o frio e a ausência de luz solar. Atopografia era um conjunto de paisagensmisteriosas, lembrando filmes fantásti-cos do cinema terrestre. Picos muitosaltos, vegetação esquisita, aves de as-pecto horripilante... Rija ventania sopra-va em todas as direções. Aniceto expli-cou que aquele mundo é continuação daTerra, que os olhos humanos não podemver, visto que a percepção humana nãoconsegue apreender senão determinadonúmero de vibrações. No meio das som-bras, alguns vultos pareciam fugir apres-sados, confundindo-se nas trevas dasfurnas próximas. (Cap. 15, pp. 82 a 86)

Frases e apontamentosimportantes

33. É muito difícil escapar à in-fluência do meio, quando em luta nacarne. (Monteiro, cap. 12, pág. 67)

34. A multiplicidade de fenômenose as singularidades mediúnicas reser-vam surpresas de vulto a qualquerdoutrinador que possua mais raciocí-nios na cabeça que sentimentos no co-ração. (...) o vício intelectual pode des-viar qualquer trabalhador mais entusi-asta que sincero, e foi o que me acon-teceu. (Monteiro, cap. 12, pág. 68)

35. A existência terrestre, por sisó, é uma sessão permanente.(Monteiro, cap. 12, pág. 69)

36. Como ensinar sem exemplo,dirigir sem amor? (...) Meu raciocíniopedia socorro divino, mas meu senti-mento agarrava-se a objetivos inferi-

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O IMORTALDEZEMBRO/2010 PÁGINA 11

Estado do ParanáCambé – Todas as quartas-feiras,às 20h30, o Centro Espírita AllanKardec promove em sua sede, naRua Pará, 292, um ciclo de pa-lestras. Eis as palestras programa-das para o mês de dezembro: dia1º, Valter Augusto Silva, de Lon-drina; dia 8, Marcelo Seneda, deLondrina; dia 15, Marcos Furta-do, de Londrina; dia 22, EloisaKulcheski, de Londrina; dia 29,Jane Martins Vilela, de Cambé.

Curitiba – A peça teatral inspira-da na obra “Paulo e Estêvão”, deEmmanuel, psicografada porChico Xavier, que tem como título“E se um dia... A História do con-vertido de Damasco”, com adap-tação de Fabiano Paul, direção deFabiano Paul e Marcus Azuma ecoordenação do setor de Artes daFEP, foi encenada no Teatro da FEP(Alameda Cabral, 300), todos ossábados (20h) e domingos (18h),ao longo de novembro. A entradafoi 1 kg de alimento não perecível.– Realizou-se nos dias 6 e 7 denovembro o I Encontro Estadualdo Atendimento Espiritual naCasa Espírita, promovido pelaFederação Espírita do Paraná.– No dia 13 de novembro, sob acoordenação da equipe da SG/CFN da FEB, realizou-se emCuritiba um Seminário para Pre-paração de Multiplicadores paraImplementação do “Orientaçãoaos Órgãos de Unificação”, emcomemoração dos 60 anos da“Caravana da Fraternidade”.– Realizou-se no dia 27 de novem-bro mais uma reunião do Conse-lho Federativo Estadual. A reuniãoocorreu na sede da FEP (Alame-da Cabral, 300) e contou com pre-sença de Divaldo Franco.– Carlos Augusto de S. José profe-re palestra sobre o tema “Os enig-mas do sofrimento” no dia 5 dedezembro, domingo, no Teatro daFEP (Alameda Cabral, 300), a par-tir das 10 horas. Entrada franca.

Palestras, seminários e outros eventos– Um seminário sobre o tema “De-pendência Química: Entendendo oOrgânico, o Mental e o Espiritu-al”, que será ministrado pelo mé-dico espírita Laércio Furlan, estáprogramado para o dia 4 de dezem-bro, no Teatro da FEP.– O orador espírita Raul Teixeiraprofere palestra em Curitiba no dia12 de dezembro, no Paraná Clube(Avenida Presidente Kennedy,2.377). Entrada franca.– Maria Helena Marcon, da Federa-ção Espírita do Paraná (FEP), profe-re uma palestra sobre o tema “Jesus,o amigo”, no Teatro da FEP (Alame-da Cabral, 300), no dia 19 de dezem-bro, a partir das 10h. Entrada franca.

Londrina – Realiza-se no dia 11de dezembro, sábado, às 19h, umaCantata de Natal no Centro Espíri-ta Nosso Lar (Rua Santa Catarina,429). Na ocasião haverá tambémum jantar de confraternização cujoconvite custará R$ 10. No cardá-pio será servido casullete com ar-roz branco e salada (refrigeranteincluso). Interessados podem ad-quirir o convite desde já na Livra-ria do Nosso Lar.– Está no ar mais um veículo decomunicação sobre o movimentoespírita em Londrina – o sitewww.espiritasdelondrina.com.br.Nele é possível encontrar endere-ços das casas espíritas de Londri-na, programação de atividades,horários de trabalhos, entre outros.– Foi ministrado no Centro EspíritaNosso Lar no dia 15 de novembro,das 14 às 18h, o seminário “Mediu-nidade – Como agir e entender estafaculdade”. Os palestrantes foramCesar Luiz Kloss (Curitiba) eDanilo Arruda da Luz (Maringá).

– Realiza-se no dia 5 de dezem-bro, às 17h, na residência deEunice de Oliveira Cazetta (RuaPará, 984), a última reunião do anodo Círculo de Leitura Anita Borelade Oliveira.– Colaboradora desta revista des-de a sua fundação, Eunice de Oli-veira Cazetta recebe no dia 11 dedezembro seus familiares residen-tes em Londrina e em diversas ci-dades do País que virão a Londri-na especialmente para a comemo-ração dos seus 70 anos de idade.Daqui, os nossos parabéns a elapela importante data.– O programa radiofônico Além daVida, produzido por confrades es-píritas da região e transmitido pelaRádio Londrina – AM 560 kHz aosdomingos, no horário de 8h30 às9h30, pode ser ouvido agora tam-bém pela internet, no endereçowww.radiolondrina.com.br.

Foz do Iguaçu – Realizou-se noperíodo de 2 a 7 de novembro maisuma Feira de Livros Espíritas, queesteve instalada na Praça do Mitre(região central da cidade), no ho-rário das 12 às 22 horas. A promo-ção da Feira foi do CEOM (Cen-tro Espírita Os Mensageiros), comapoio da 13ª URE/FEP.– Realizou-se no dia 14 de novem-bro, das 9 às 12h, no Hotel Foz doIguaçu, Av. Brasil, 97, o Seminá-rio “A arte da mudança: aprenden-do com as coisas negativas”, mi-nistrado pelo renomado oradorAlberto Almeida, médico homeo-pata, terapeuta em PsicologiaTranspessoal e em ProgramaçãoNeurolinguística. A promoção foida 13ª URE - União Regional Es-pírita - Federação Espírita doParaná (FEP).

Ibiporã – A Fraternidade Espíri-ta Mensageiros da Luz promovetodo mês palestras abertas ao pú-blico que se realizam sempre àsquartas-feiras, pontualmente às20h15.

Maringá – O confrade André Tri-gueiro, conhecido jornalista e apre-sentador do Jornal das Dez do ca-nal Globo News e comentarista naRádio CBN do programa “MundoSustentável”, ministra no dia 4 dedezembro o seminário “Espiritis-mo e Ecologia”, no auditório daAMEM - Associação Espírita deMaringá, na Rua Paiçandu, 1156 -Bairro Vila Operária. O evento éuma realização da URE - 7a. re-gião com o apoio da FEP - Federa-ção Espírita do Paraná.

Ribeirão do Pinhal – Realizou-seem novembro o Mês Espírita deRibeirão do Pinhal, com palestrasna sede do Centro Espírita “IrmãoJacó”, todas às 20 horas. Eis a pro-gramação do evento:05.11.2010 – Ieda Maria V.F dosReis (S.A.P). Tema: Nada aconte-ce por acaso12.11.2010 – Dorival da Silva(Bandeirantes). Tema: Doutrinados Espíritos19.11.2010 – Mércia M. Vascon-cellos (Jacarezinho). Tema: O sen-tido da vida.26.11.2010 - José Lázaro Boberg(Jacarezinho). Tema: O Evangelhode Tomé – o elo perdido.

Rolândia – Realizou-se em no-vembro o 20º Mês Espírita deRolândia, promoção da União dasSociedades Espíritas de Rolândia– USER. Foram ao todo quatropalestras aos sábados, com inícioàs 20h30. Eis a programação: dia6 – Dr. José Gonçalves (Cambé).Local: Centro Espírita Emmanuel,situado na Rua Rubi, 68 - Vila Oli-veira. Dia 13 – Astolfo O. de Oli-veira Filho (Londrina). Local: Cen-tro Espírita Maria de Nazaré, situ-ado na Rua Maria de Nazaré, 200 -Jardim Planalto. Dia 20 – JoséCanova (Maringá). Local: CasaEspírita União, situado na RuaAlfredo Moreira Filho, 252. Dia 27– Juliana Demarchi (Londrina).Local: Movimento Assistencial

Espírita – MÃE, situado na RuaWaldemiro Pedroso, 93.

Santa Terezinha do Itaipu – Re-alizou-se no período de 4 a 7 denovembro, das 10 às 22 horas,uma Feira de Livros Espíritas. AFeira foi instalada na Rua PadreBernardo, 1863 (Próximo à Rua1º de Maio, no centro da cidade),numa promoção do CEAK (Cen-tro Espírita Allan Kardec), comapoio da 13ª URE/FEP.

Outras regiões do BrasilBrasília – Acaba de ser criada aAssociação Jurídico-Espírita doBrasil, que tem como seu primei-ro presidente o promotor de Justi-ça Tiago Cintra Essado. Nascidacom o apoio da AJE-São Paulo eda AJE-Rio Grande do Sul, a AJE-Brasil é mais uma conquista paraos chamados operadores do Direi-to. A partir de agora, quem dese-jar implantar uma AJE local po-derá entrar em contato diretamen-te com a AJE-Brasil, através dapágina www.ajebrasil.org.br oudo correio eletrônico [email protected].

Campinas – Desde agosto de2010, a Web Rádio Espírita Cam-pinas, uma emissora da ADE -Associação de Divulgadores doEspiritismo de Campinas, contacom um novo local para a pro-dução e transmissão de sua pro-gramação. Mais moderno e cominstalações mais confortáveis, onovo estúdio é o resultado doapoio de diversas pessoas e ins-tituições que desde o início doano têm se mobilizado em cam-panhas. Como resultado imedia-to do novo estúdio, a partir destemês, a rádio ganhará três novosprogramas, todos produzidos eapresentados pela ADE Campi-nas, que pode ser ouvida pelainternet 24 horas por dia no en-dereço http://www.radioespirita.org.br/.

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Divaldo Franco em Curitiba:

A criatura humana reserva muitopouco tempo para a conquista da ilu-minação interior, ensinou o expositor.Dedica-se a trabalhar todas as facetasdo cotidiano, esquecendo-se do serimortal que precisa ser iluminado,insculpindo no coração esse passapor-te para a luz –a autoiluminação. Em-manuel, por intermédio apóstolo damediunidade, Chico Xavier, orientouque a maior caridade que fazemos aoEspiritismo é a sua divulgação. E amaior divulgação que fazemos do Es-piritismo é a nossa conduta.

Esse momento histórico para nósespíritas, esclareceu Divaldo, é o de re-alizar todas as metas propostas pela Dou-trina Espírita, mas também desenvolvera divina chama que dorme em nós. Quea proposta da autoiluminação permane-ça em nós. Mas se por acaso, em nossastentativas de colocarmos o combustíveldo amor, não lograrmos êxito, continuouo nobre divulgador da Doutrina Espíri-ta, lembremo-nos de Pitágoras que man-dou escrever na entrada do seu templo afrase monumental que foi insculpida napedra: A alma é uma chama velada.Quando lhe colocamos os santos óleosdo amor ela esplende exuberante equando descuidamos ela empalidece,deperece e morre.

Pitágoras deixou-nos esse gran-de legado da autoiluminação e Jesusse faz o maior exemplo de que a hu-manidade tem notícia. Todos nós queestamos laborando por um mundomelhor devemos manter atitudes que

não desmintam as nossas convicções.Que essa luz mirífica que vem de Deuspreencha o nosso vazio existencial, tãoresponsável pela solidão, pela soledade,pela angústia, pela desesperação. E aDoutrina do Senhor, que retorna à Terranas vozes dos seres imortais que a pro-clamam, possa encontrar guarida emtodas as almas, porque nós, filhos da luz,seremos facilmente identificados pelaluz que esparziremos em toda a parte.Desta forma o incansável Divaldo Pe-reira Franco, professor por excelência,concluiu sua magnífica aula, a todos en-volvendo com sua luz própria.

O Espiritismo veio paracombater o materialismo

onde quer que ele se homizieAto contínuo, o presidente da Fe-

deração Espírita do Paraná, FranciscoFerraz Batista, apresentou uma série deperguntas que foram respondidas judi-ciosamente por Divaldo Franco, lançan-do luzes sobre os questionamentos. Sin-teticamente as perguntas tiveram o se-guinte teor: 1) Alguns periódicos afir-mam que Allan Kardec foi o criador doEspiritismo; 2) O que os espíritas pre-cisam fazer pelo Espiritismo; 3) Comocombater as angústias da alma; e 4) Ante

rialismo. E o Espiritismo veio paracombater o materialismo onde quer queele se homizie. Ajudemo-nos, porqueos dois mundos se interpenetram.

Terminada a fase das perguntas erespostas, Divaldo Franco elencou osEspíritos que atuaram ativamente eoutros que participaram deste encon-tro na manhã de 28 de novembro.Destacamos, entre outros, semdemérito para os demais, a presençado Dr. Bezerra de Menezes, convi-dado pelos Benfeitores da FederaçãoEspírita do Paraná para dirigir as ati-vidades, sob a presidência de Jesus;os Benfeitores dos Centros Espíritase das Uniões Regionais Espíritas;Hugo Reis; Guaracy Paraná Vieira;João Ghignone e mais um númeroinfindável de entidades amigas, dan-do-nos sustentação para a grande horados testemunhos e das transições.Que não nos espantemos quando cha-mados ao testemunho. Confraterniza-vam todos. Felizes com a Caravanada Fraternidade, agora presidida peloDr. Lins de Vasconcellos.

As fotos que ilustram esta repor-tagem são de autoria de JorgeMoehlecke, de Novo Hamburgo-RS.

O IMORTALPÁGINA 12 DEZEMBRO/2010

ELSA [email protected]

De Londres (Reino Unido)

Quarta feira. Início de horário dorush. Os “commuters”, como são cha-mados os que utilizam os trens, parasuas viagens de idas e vindas ao tra-balho, aguardavam o momento devoltar para casa.

Muitas estações do metrô pararamnesse dia, entre as 4 horas e 6 horas datarde, causando seriíssimos problemas.Milhares de pessoas não tinham comose transportar e as esperas em algumaslinhas passavam de mais de uma hora,em meio ao sufoco de milhares de pes-soas no subsolo, dentro da terra. Nãofora a primeira vez que isso acontecia.E somente naquela tarde 3 suicídiosocorreram nas linhas do metrô.

A manchete nos jornais diziam:

“Polo playing friend of PrinceCharles throws himself in front ofTube train after business is hit byrecession”… Read more: http://www.dailymail.co.uk/news/article-1331308/Prince-Charless-friend-Pau l -Cas t l e -commi t s - su ic ide -business-hit-recession.html#ixzz16f7T43Gm

“Paul Castle, jogador de polo,amigo do Príncipe Charles, atira-seem frente ao metrô, depois de suaempresa ser atingida pela recessão”...

As dores dos filhos que ficam, ascenas de desespero que alguns detêmna memória ao ver alguém de seu ladopular na frente do veloz trem subter-râneo! Que desespero para se chegara uma situação dessas! Seja por ques-tões de saúde, seja por problemas fi-nanceiros, a dor é a mesma, todos sa-bemos. Mas o que a grande maioria

Crônicas de Além-Mar

As vidas que param os trens em Londres

ELSA ROSSI, escritora e pales-trante espírita brasileira radicada emLondres, é membro da Comissão Exe-cutiva do Conselho Espírita Interna-cional, diretora do Departamento deUnificação para os Países da Europa,organismo do Conselho Espírita Inter-nacional, e atual presidente da BritishUnion of Spiritist Societies (BUSS).

não, com linhas telefônicas abertaspara ajuda aos que estão em desespe-ro. Eis uma delas - HOPELineUK -0800 068 4141

Nas Casas Espíritas espalhadaspelo Reino Unido, as preces e irradia-ções em favor dos suicidas auxiliammuito. Sabemos a forca e eficácia daprece. Portanto, fica aqui um pedidoaos irmãos de todas as terras, aqui ealém-mar, para que invistam a atençãona prece em favor da VIDA, contra osuicídio, orando pela paz nos corações.

É excelente quando se informa aprofilaxia do suicídio nos Congressos,disseminando os postulados espíritas.No 6º Congresso Espírita Mundial,ocorrido em Valência, Espanha, tive-mos o tema “Somos Espíritos Imor-tais” e ainda repercutem em nossasmemórias as maravilhosas palestrasque lá desfrutamos.

Dentro da dor, momentos de feli-cidade. Conseguimos, enfim, finalizara preparação de um livro que poderáser uma gota homeopática eficaz nasaúde, uma gota no oceano, mas osoceanos são feitos de pequenas gotas...Em breve estaremos lançando o livroSUICIDE, ALL THAT YOU NEEDTO KOW (Causes & Consequences)de autoria de Richard Simonetti, tra-dução de Steve Mc Alohan, a ser pu-blicado pela Roundtable PublishingLtd, que esta já na sua quarta publica-ção em terras britânicas. (Ver a res-peito: www.roundtablepublishing-uk.com.)

Todos os esforços são validos parapreservar VIDAS.

Feliz Natal, meus irmãos e irmãs,queridas e queridos leitores de todasas terras de além-mar.

os deveres e as tarefas dos órgãos fede-rativos e dos Centros Espíritas, qual de-verá ser o nosso mandamento.

No intervalo que se estabeleceu noperíodo das perguntas e respostas, aFEP homenageou Divaldo Franco ofe-recendo-lhe o DVD da palestra profe-rida na noite anterior no Paraná Clube.O presidente da FEP enalteceu, alémde Divaldo Franco, a equipe de profis-sionais, que estava presente, destacan-do o trabalho abnegado e voluntárioque os ocupou até às 4 horas da ma-drugada do dia 28 de novembro. Atocontínuo, Divaldo Franco autografouuma cópia deste DVD que ficará noacervo da Federação. Os aplausos, emreconhecimento e gratidão, irromperamespontaneamente, demorados.

Em suas palavras finais o nobre ora-dor sentenciou: Nós, os espíritas, somosos discípulos do Senhor, convocados paracriar a era nova. Unamo-nos. Que as nos-sas diferenças não nos criem embaraços,porque os nossos pontos de identifica-ção são tantos e tão fortes que nos sus-tentam para as vicissitudes, ainda maisque nós iremos marchar na direção dasociedade, porque o maior inimigo do ho-mem, sociologicamente hoje, é o mate-

Divaldoresponde

– A questão ambiental temchamado a atenção dos governan-tes do mundo todo, revelando queestá havendo mudanças drásticasem todo o planeta e que o ser hu-mano será o primeiro a sofrer asconsequências. O que o Espiritis-mo diz sobre esses problemas?

Divaldo Franco: O ser huma-no tem o dever de preservar a natu-reza. É lamentável que o comporta-mento mental das criaturas aindavinculadas ao egoísmo perturbem agrande mãe Terra, envenenando asua atmosfera com os gases dano-sos, poluindo os rios, mares e lagos,as nascentes de águas, destruindo asflorestas, em decorrência da ganân-cia agrícola, pastoril ou imobiliária,sem nenhuma consideração pelavida. O Espiritismo trabalha comseriedade pelo ambientalismo, pelorespeito a tudo e a todos.

de europeus não sabe e não aceita é acontinuidade da vida após a morte.Levam com eles os sofrimentos queaqui tinham, acrescentados da doreterna (enquanto durar), até que sejamesclarecidos no Plano Espiritual. Isso,nós espíritas sabemos.... E como aju-dar? Como fazer algo para diminuirisso, num país que somente agora des-perta muito lentamente para o reco-nhecimento do espírito?

Pensando nisso, há já alguns anos,desde que me transferi à Europa pararesidir em Londres, fazemos atendi-mento fraternal a pessoas que já ten-taram o suicídio mais de uma vez eque estão sempre na berlinda, comose diz, e por elas as preces são inces-santes.

No Reino Unido, como em outrospaíses, existem muitos websites,charities, instituições religiosas ou

“Nós, os espíritas, somos os discípulos doSenhor, convocados para criar a era nova”

(Conclusão da reportagem publicada nas págs. 8 e 9 desta edição.)PAULO SALERNO

[email protected] Porto Alegre, RS

Extraído de entrevista publica-da em 7 de março de 2010 no jor-nal Folha de Londrina.

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O IMORTALDEZEMBRO/2010 PÁGINA 13

“Glória a Deus nas alturas.Paz na Terra! Boa vontade

entre os homens!”

Senhor Jesus, amado Mestre!Nesse mês de dezembro que che-ga, quando a Terra se engalana pelalembrança da sua vinda ao mundoe as vibrações energéticas ficamamenizadas pela rememoração doseu amor, uma vez mais lhe agra-decemos, e, na condição de Pastorque ama as ovelhas do rebanho,nós lhe imploramos, Senhor, quedissemine paz sobre a Terra, e lem-bre as suas ovelhas de suas orien-tações:

Que vosso coração não se tur-be. Crede em Deus, crede tambémem mim...

Bem-aventurados os que cho-ram, porque serão consolados.

Bem-aventurados os têm fome

e sede de justiça, porque serão sa-ciados.

Bem-aventurados os que so-frem perseguição pela justiça, por-que o Reino dos Céus é para eles...

Vinde a mim todos vós quesofreis e que estão sobrecarregados,e eu vos aliviarei. Tomai meu jugosobre vós e aprendei de mim quesou brando e humilde de coração,e encontrareis o repouso para vos-sas almas; porque meu jugo é sua-ve e meu fardo é leve.

Se vós me amais, guardai meusmandamentos, e eu pedirei a meuPai e ele vos enviará um outroconsolador, a fim de que permane-ça eternamente convosco: o Espí-rito da Verdade...

... se perdoardes aos homens asfaltas que eles fazem contra vós,vosso Pai celestial vos perdoarátambém vossos pecados...

... não julgueis, a fim de que nãosejais julgados...

... fazei aos homens tudo o quequereis que eles vos façam...

... tratai os homens da mesmaforma que quereríeis que eles vostratassem...

... amai-vos uns aos outroscomo eu vos tenho amado...

... permanecei em mim, que eupermanecerei em vós.

Senhor Jesus, tantos foram seusensinos, mas ajuda-nos a guardarna alma o mais importante de to-dos: o amor!

Que nessa época de Natal, oamor cresça na Terra, os homenspacifiquem o coração e que ondehouver uma lágrima surja uma mãoamiga a enxugá-la, uma palavra deconsolação a abrandar a dor, umgesto de carinho para mitigar a so-lidão, que a afetividade cresça en-tre os homens, e que os espíritas,que são aqueles que devem trazera casa assentada sobre a rocha, nãosendo esta derrubada por estaremcom o seu Consolador prometido,possam, nas atitudes e no pensa-mento, agradecidos, viver seus en-sinos, na intimidade do coração!

Ante o NatalJANE MARTINS VILELA

[email protected] Cambé

Histórias que nos ensinam

Há alguns anos, visitou nos-sa Casa Espírita, aqui na cidadede Cambé, um médium mineiroque recebia mensagens dos pa-rentes desencarnados com o pro-pósito de consolar os que fica-ram.

A pedido de Hugo Gonçalves,diretor deste jornal, nosso benfei-tor encarnado, hoje com 97 anos,ajudamos a coordenar o encon-tro.

Duas horas antes, uma fila demais de duzentas pessoas já seformara.

Quando o médium chegou,começou a ouvir um por um,aproximadamente vinte segundoscada, o suficiente para mínimasinformações.

Em determinado instante,uma senhora de Londrina, que eunão conhecia, antes de chegar suavez se apresentou a mim, dizen-do que havia perdido seu filho emacidente de moto havia menos deum ano.

JOSÉ ANTÔNIOV. DE PAULA

[email protected] Cambé

Grupo no grupoA família espírita, em cuja

intimidade cooperas na seara daVerdade e do Bem, aguarda sejaspara ela:

o concurso no trabalho e oalívio na provação;

o equilíbrio nos instantes ale-gres e a escora nos tempos difí-ceis;

a mensagem de estímulo, naobra em realização, e a palavrade bênção, na travessia dos obs-táculos;

o refúgio de paz e o apoio fra-terno;

a observação compreensiva ea amizade real.

Assim é, porque se um Gru-po Espírita é um templo aberto ànecessidade e à indagação de to-das as criaturas, o grupo de tra-balho que persevera dentro deleé diferente; essa equipe de cora-

ções, aos quais nos agregamospara servir, é comumente o gru-po de nossas afinidades, afetos edesafetos que trazemos de exis-tências passadas, que nem sem-pre estão associados a nós peloslaços consanguíneos, mas atéagora jungidos ao nosso espíritopor vínculos magnéticos.

É nesse grupo íntimo que en-contramos grandes alegrias egrandes dores, consolações e de-safios, facilidades e empeços, te-souros de amor e testes deburilamento moral, entre os quaisser-nos-á possível aproveitar otempo, com mais segurança, res-sarcindo erros e aprimorandoqualidades que nos facilitemacesso às vanguardas de luz.

Do cap. 9 do livroEducandário de Luz, por Espíri-tos Diversos, obra psicografadapelo médium Francisco CândidoXavier.

Albino Teixeira (Espírito)

O recebimento das mensagensdurou aproximadamente mais duashoras, no final das quais o médium,já consciente, leu umas seis men-sagens recheadas de informaçõesque bem comprovariam a fidedig-nidade destas. E, para minha sur-presa, aquela senhora recebera umacarta de seu filho.

No dia seguinte, eu me prepa-rava para viajar e fazer uma pales-tra em cidade próxima, quando otelefone tocou. Era aquela mulherque, muito emocionada queria nosconfidenciar algo. E começou acontar:

“Sabe, fui casada por mais devinte anos e tive dois filhos, o quepartiu e uma menina que hoje éminha companheira.

Há quatro anos, meu maridoque trabalhava viajando, venden-do roupas, desapareceu e nuncamais tivemos notícias dele.

Alguns me diziam que ele ti-nha arrumado outra, no Nordeste,outros, que fora assaltado e mortona Rodovia Castelo Branco, noEstado de São Paulo.

Eu sabia que ele jamais farianada errado porque era um homemmuito bom. Espírita convicto,

sempre que chegava, por maisdifícil que estivessem as coisas,demonstrava profundo otimis-mo.

Se presenciava alguma recla-mação em nosso lar, logo inter-rompia dizendo com firmeza:‘Tenham fé, tudo ocorre confor-me a vontade de Deus’.

Essa frase era a marca regis-trada dele.

Eu não disse nada disso parao médium, apenas falei de meufilho. Agora, ouça só o início dacarta que dele recebi: ‘Mamãe,qual não foi minha surpresaquando, ao acordar de um sonoprofundo, deparei-me com meupai que olhou-me com seusolhos lúcidos e confiantes, e medisse: ‘Filho, tenha fé! Tudoocorre conforme a vontade deDeus...’”

Aquela mulher, bastante feliz,agradeceu-me por tê-la ouvido edesligou.

De minha parte, saí para o tra-balho espírita muito mais forta-lecido na crença da imortalidadee da comunicação dos Espíritose, acima de tudo, no amor deDeus por nós.

25 de dezembro

É Natal! Mas estou tristeCom olhos lacrimejantes,Só de pensar por instantes

Que muitos não têm um pão.

E quantos com mesas fartas,Tantos “tesouros” guardados,

Corações enferrujadosAlimentando ilusão!

Papai Noel – esperança!Oh! Meu Deus, quanta utopia!

Embora leve alegriaAos puros na ingenuidade...

Deixemos que a Luz de DeusDissipe a treva real,

Porque Jesus é o NatalPor força da caridade.

Rompamos os preconceitos!Não somos todos irmãos?

Entrelacemos as mãos,Pois Natal é festa, é luz!

Abramos o coração,Façamos o Bem sem nome,E o Natal será sem fome,

Como deseja Jesus!

JOSÉ VIANA GONÇALVESDe Campos dos Goytacazes, RJ

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O IMORTALPÁGINA 14 DEZEMBRO/2010

A lição inesquecívelEduardo, ou Dudu, como todos

os chamavam, era um menino aquem nada faltava. Seu pai possuíaum bom emprego, moravam numabela casa e Dudu tinha tudo o quedesejava.

Sendo filho único, crescerapensando que o mundo girava emtorno dele e que todos tinham quefazer-lhe a vontade. Especialmen-te a mãe, que o idolatrava, e queprocurava realizar seus menoresdesejos assim que ele osexternasse.

Por isso, Dudu tornara-se umacriança egoísta, insensível, e quesó pensava em si mesma.

Alguns dias antes do Natal, ogaroto passara com seu pai numagrande loja, onde estavam expos-tos brinquedos numa vitrina.

Dudu ficou encantado com umbrinquedo. Era um carrinho eletrô-nico, desses que andam sozinhos efazem manobras.

Imediatamente ele começou agritar:

— Eu quero esse brinquedo!Eu quero! Eu quero!... — e jogou-se no chão, esperneando.

Seu pai, preocupado com aeducação do garoto, e procurandodesenvolver nele outro tipo de ati-tude, disse-lhe, firme:

— Agora não, meu filho. Quemsabe no Natal?

Pegou na mão do menino eafastou-o da linda vitrine lumino-

Estamos novamente nos apro-ximando do Natal, e todas as pes-soas se enchem de amor, paz ealegria.

A vinda de Jesus ao mundodeterminou umamudança radicalna sociedade.Com o passar dotempo e o ama-durecimento dasideias, as pesso-as estão se trans-formando à luzdo Evangelho deJesus.

Não é fácil,porque transfor-mação, como oMestre ensinou,significa agir deforma diferente, pensar mais nopróximo e menos em nós mes-mos, perdoar as ofensas, ser maishumilde, mais tolerante e maispacífico. Enfim, amar ao próxi-

Feliz natal !

sa, onde já começava a juntar gen-te, atraída pelos gritos do garoto.

Chegando a casa, o pai deDudu chamou-o para conversar,afirmando-lhe com carinho:

— Sabe, meu filho, não é as-sim que conseguimos as coisas quedesejamos neste mundo. Temosque pedir e saber esperar.

Ele fez uma pausa e continuou:— Peça para Jesus! Quem sabe

você conseguirá o que tanto dese-ja?

Enxugando as lágrimas, e mui-

to desapontado, Dudu foi dormir.Em sua cabecinha, Natal esta-

va muito ligado à presença de Je-sus, representando a comemoraçãodo seu nascimento. E seu pai sem-pre lhe afirmara que o presente eraJesus quem trazia.

Então, Dudu fez sua oraçãoantes de deitar, pedindo a Jesus quelhe trouxesse “aquele” presente noNatal.

E Dudu dormiu.Dormiu e sonhou.Sonhou que estava na frente da

mo como a nós mesmos.Apesar de desejarmos a paz,

ainda vivemos um clima de mui-ta violência na Terra. Tudo isso,porém, irá mudar.

Sabe como?Quando cadaum de nós mu-dar!

Assim, va-mos nos esfor-çar para viver-mos num mun-do melhor, emque não hajamais guerras,fome, violência,miséria, doen-ças, sofrimento.Só amor!

Muita felici-dade, alegria, saúde, paz e espe-rança, são os nossos votos paravocê e para sua família neste Na-tal.

FELIZ NATAL!

sua casa brincando, quando chegouuma criança toda suja e maltrapilha.

Os olhos do pequeno mendigose arregalaram quando viu os brin-quedos de Dudu. Maravilhado, eleestendeu a mão para tocar num dosbrinquedos. Era um cavalinho queDudu nem ligava mais; assim mes-mo, ele gritou com o menino,como sempre fazia:

— Tire as mãos sujas do meucavalinho. Vá embora! Ninguémtoca nos meus brinquedos. Sãomeus. Só meus!...

O pobre garoto recolheu a mão,assustado, balbuciando uma des-culpa:

— Eu só queria tocar. Não ialevar embora, não. Só queria verde perto. Ele é tão lindo!...

Porém Dudu, insensível e ego-ísta, não quis saber e continuougritando:

— Suma daqui. Os brinquedossão meus e ninguém vai por a mãoneles. Fora!

O garoto da rua abaixou a ca-beça, humilde, e, com os olhosúmidos, foi saindo triste e enver-gonhado.

Nisso, Dudu viu que se apro-ximava alguém, envolto em radio-sa luminosidade. Era um homemde cabelos castanhos, olhos muitomeigos e longas vestes.

Dudu reconheceu-o:— Jesus!... — exclamou ma-

ravilhado.A figura doce do Mestre apro-

ximou-se mais. Trazia nas mãosum pacote que Dudu reconheceuser a caixa daquele carrinho que eletanto desejara na loja.

Estendeu as mãos, feliz, parareceber o presente. Jesus atenderaseu pedido e lhe trouxera o brin-quedo!

De mãos estendidas, esperavao Mestre que se aproximava, masJesus, lançando-lhe um olhar tris-te, passou por ele sem parar.

Chegando junto ao garoto derua, Jesus entregou-lhe o presen-te, abraçando-o carinhosamente,com infinito amor.

O garoto, feliz, não sabia comoagradecer, fitando o Mestre, encan-

tado com a sua divina presença.Ainda junto do menino da rua,

Jesus olhou para Dudu e lhe disse:— Faça aos outros tudo o que

gostaria que os outros lhe fizessem— e afastou-se, desaparecendoentre névoas.

Dudu acordou em seu leito,envergonhado. Entendera a lição.Jesus estava triste com ele porqueera muito egoísta.

Naquele dia, para surpresa desua mãe, ele postou-se no jardim,junto com alguns brinquedos.

A primeira criança pobre quepassou e parou no portão para olhar,ele convidou para entrar. Ofereceuleite e biscoitos, e depois permitiuque brincasse com seus brinquedos.Percebendo que o garoto gostara deum aviãozinho, deu-lhe de presen-te, dizendo delicadamente:

— Tome. É seu. Eu tenho muitosbrinquedos e ele não me fará falta.

Sentiu-se recompensado ven-do a alegria da criança, que foiembora feliz.

Daí por diante, para surpresa deseus pais, agiu sempre assim, tra-tando bem a todos.

E, no dia de Natal, quando acor-dou, correu para a árvore e vendoo lindo pacote que lhe era dirigi-do, agradeceu, comovido:

— Obrigado, Jesus, pelo lindopresente... e pela lição que recebi.

TIA CÉLIA

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O IMORTALDEZEMBRO/2010 PÁGINA 15

O Bullying é a antítese do que Jesus nos ensina no Evangelho

Apesar de recebermos umaavalanche de más notícias todos osdias através dos meios de comunica-ção, temos visto que ultimamente boaparte das pessoas vem tentando res-gatar valores morais até então esque-cidos, em busca da qualidade nos re-lacionamentos e de uma melhor con-vivência em todos os âmbitos, seja nafamília, no trabalho, em sociedade e,principalmente, esta revisão de con-ceitos vem ocorrendo na escola.

A letargia moral que vinha envol-vendo a sociedade, que destaca mais overbo “ter” no lugar do “ser”, parecefinalmente ceder por ter chegado a umponto insuportável, infelizmente, cau-sando efeitos colaterais em nossas cri-anças e adolescentes. De forma maisimpactante neste ano, a imprensa trou-xe à tona a questão do Bullying, que édefinido como atos agressivos feitosde forma verbal ou física, repetidamen-te contra crianças e adolescentes, porparte de uma ou mais pessoas.

As vítimas são quase sempre obe-sas, tímidas, não afeitas à prática de es-portes, podendo portar deficiências vi-suais ou físicas, e na grande maioria doscasos não há motivo que justifique asagressões. O Bullying é a coação, a in-timidação, a manipulação e domínio domais forte sobre o mais fraco fisicamen-te ou aquele que não apresente resistên-cia. Os agressores são crianças e ado-lescentes que não receberam limites,que desde muito cedo apresentam umperfil dominador e agressivo, que emmuitos casos apenas espelham a convi-vência conturbada dentro de suas famí-lias, pois o aprendizado do ser humanoé dado também pelos exemplos que elesrecebem.

Os especialistas apontam oBullying com suas bases fincadas naintolerância e no desrespeito às dife-renças, e por isto podemos dizer queele é a antítese do que Jesus nos ensi-na no Evangelho, e que está na con-tramão do “amai-vos uns aos outros”.Numa das muitas reportagens que te-nho visto, ouvi uma jornalista fazer ocomentário interessante de que “esteproblema tem mostrado que a crian-ça não é tão inocente e imaculadacomo pensávamos”. O Espiritismotrata a questão elucidando-nos que acriança é um espírito que viveu mui-tas experiências em outras vidas, eque, apesar de estar vestindo hoje umcorpo infantil, essas experiências po-dem influenciar os atos do presente,ainda mais quando não recebe umaeducação adequada.

Allan Kardec, com todo o seucabedal de conhecimentos e, especi-almente, pelo fato de ter sido um adep-to dos métodos de educação dePestalozzi, nos deu orientações impor-

JULIANA [email protected]

De Cambé

Renovação moral como basepara a desobsessão espiritual

O venerável Codificador, em OLivro dos Médiuns, afirma que asimperfeições morais dão acesso aosobsessores e o meio mais seguro denos livrarmos deles é atrair os bonsEspíritos pela prática do bem. Aobsessão é impotente diante de Es-píritos redimidos! E o que é umEspírito redimido? É aquele que re-conhece as suas limitações e, comoenunciado pelo apóstolo Paulo, sen-te a alegria de saber-se “matricula-do na escola do bem”.

Esse desarranjo psicoespiritualdeverá ser eliminado da sociedadeno instante em que o lídimo exem-plo do amor for experimentado edisseminado em todas as direções,consoante Jesus consubstanciou evivenciou até as agruras da morte,prosseguindo desde tempos apos-tólicos até os dias atuais.

O Espiritismo, desvendando aintervenção dos Espíritos endurecidos

no mal em nossas vidas, lança luzessobre questões ainda desconsideradaspelas ciências materialistas como decausa psicopatológica.

Muitas vezes procurado pelosobsidiados, o Cristo penetrava psi-quicamente nas causas da sua inqui-etude e, usando de sua autoridademoral, libertava tanto os obsessoresquanto os obsidiados, permitindo-lhes o despertar para a vida animadarumo à recuperação e à pacificaçãoda própria consciência. Porém, émuito importante lembrar que Jesusnão libertou os obsidiados sem lhesimpor a intransferível necessidade derenovação íntima, nem expulsou osperseguidores inconscientes sem for-necer-lhes o endereço de Deus.

ConclusãoEm síntese, identificamos sem-

pre na obsessão (espiritual) o resul-tado da invigilância e dos desviosmorais. Para garantir-nos contra asua influência urge fortalecer a fépela renovação mental e pela práti-ca do bem nos moldes dos códigosevangélicos propostos por JesusCristo, não nos esquecendo dos di-vinos conselhos do Vigiai e Orai.

Bibliografia consultada: Kardec, Allan. O Evangelho se-

gundo o Espiritismo, Rio de Janeiro:Editora FEB, 2001, cap. V, item 25.

Dicionário Aurélio eletrônico;século XXI. Rio de Janeiro, NovaFronteira e Lexicon Informática,1999, CD-rom, versão 3.0.

Xavier, Francisco Cândido.Nos Domínios da Mediunidade,Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001,Cap. Dominação Telepática.

Kardec, Allan. O Livro dosEspíritos, GB., 2003, perg. 644.

Kardec, Allan. O Livro dos Mé-diuns, Rio de Janeiro: Editora FEB,19987- (Mateus 26:41; Marcos14:38; Lucas 21:36 e I Pedro 5:8).

Revista Espírita, fevereiro,março e junho de 1864. A jovemobsedada de Marmande.

Kardec, Allan. O Que é o Es-piritismo, Cap. II, Escolho dosMédiuns, Rio de Janeiro: EditoraFEB, 2003.

Kardec, Allan. O Evangelhosegundo o Espiritismo, Resumo dadoutrina de Sócrates e de Platão,item XIX, Rio de Janeiro: EditoraFEB, 2001.

Obsessão espiritual, causa dasgrandes angústias humanas

(Conclusão do artigo publicado na pág. 3 desta edição.)JORGE HESSEN

[email protected] Brasília, DF

tantíssimas quanto ao tratamento quedevemos dar a elas. No Livro dos Es-píritos, questão 383, ele pergunta quala utilidade de se passar pela infância,e a resposta dos Espíritos é clara:“encarnamos para nos aperfeiçoar,pois neste período estamos mais aces-síveis, no qual devem contribuir aque-les que são os encarregados da edu-cação das crianças”. A importância daeducação aplicada de forma mais am-pla visa não somente esta vida, mas aevolução espiritual dos seres.

Pais, avós e professores formameste grupo de encarregados. Principal-mente os pais, que não podem deixarestes Espíritos que vêm em forma defilhos entregues simplesmente às mãosde funcionários, ou sob a estranha tute-la da televisão e de jogos eletrônicos.Com a vida moderna muitas vezes otempo é material escasso, mas temos dedar qualidade ao tempo que se passajunto. Em tantos casos a família vivesob o mesmo teto, divide a mesma mesae o sobrenome, mas os seus membrosnão se conhecem, porque falta o funda-mental que é o diálogo, e somente elepode aproximar as pessoas e fazê-lascompartilhar sentimentos e idéias.

Os encarregados da educação des-ses Espíritos devem estar atentos àstendências que eles apresentam desdecedo. Incentivando os pontos positivose fazendo-os refletir sobre os pontosnegativos de sua personalidade, a fimde estarem convencidos da necessida-de de melhoramento. E o momentoadequado para essa reflexão é o Evan-gelho no Lar, em que a família se reú-ne para estudar as palavras do Cristo –que é o médico das almas. A criançaprecisa participar do Evangelho e ha-bituar-se à evangelização na Casa Es-pírita, pois assim terá acesso a valoresmorais e espirituais que serão semea-dos em seus corações para sempre.

Eurípedes Barsanulfo nos deu areceita de educarmos nossas criançasdando a elas a visão de que são Espí-ritos eternos, e que devem viverfocando em primeiro lugar as coisasespirituais. Espíritos que se utilizamde um corpo material temporariamen-te, mas que não se resumem a essecorpo. Se aprenderem isso, elas sabe-rão lidar com as diferenças e não re-ceberão o triste rótulo de autores deBullying. Se apresentarmos a elas Je-sus como o nosso melhor exemplo,não terão heróis da violência a seguir.Se apresentarmos Jesus de maneiraviva e atual, elas irão entender a leida semeadura e compreenderão a res-ponsabilidade que têm diante de seusatos, descobrindo seus direitos e tam-bém seus deveres, fazendo aos outroso que gostariam que fizessem a eles.

Esta é uma visão que leva a crian-ça a conhecer e exercitar os pontospositivos de sua personalidade, e, damesma forma, joga luz sobre as suasmás tendências, não as sufocando sim-

plesmente, porém trabalhando-as nachamada reforma íntima, que quantoantes iniciar será melhor para o espí-rito e para todos que convivem comele. Se ficarmos protelando e não tra-tarmos essas más tendências, na ado-lescência, que é uma fase de eclosãodos sentidos, nossas crianças serãocomo carros desgovernados em plenaladeira. Quando os pais ignoram asmás tendências dos filhos, eles pode-rão manter uma falsa aparência emcasa, mas quando estiverem longe po-derão dar vazão a elas com atitudesreprováveis como o Bullying.

Espíritos que se encontram na faseda infância estão totalmente recepti-vos, abertos ao aprendizado, e é nesseperíodo que o Evangelho deve serapresentado de forma lúdica, por meiode brincadeiras e exemplos do dia-a-dia. As crianças precisam ser estimu-ladas a sentir empatia, ou seja, a saí-rem do seu mundo particular e vislum-brarem as experiências das outras pes-soas, porque, quando se identificaremcom os seus semelhantes, aprenderãomais facilmente lições de respeito, fra-ternidade e amor.

O problema do Bullying ganhoucontornos altamente nocivos e tem in-comodado a pessoas no mundo todo. O

Bullying de forma alguma é brincadei-ra de criança. Os seus resultados po-dem ser em curto prazo a somatizaçãodos medos através de mal-estar físicocomo dor de cabeça, de estômago e di-arréia. A médio e longo prazo as víti-mas podem apresentar desinteresse pelaescola, depressão, pânico e fobia soci-al. Em casos mais graves podem ocor-rer suicídios e homicídios.

Parte das vítimas cresce e supera oBullying com o chamado “efeito elás-tico”, que é a capacidade de ser testadoao limite e não ter a sua constituiçãoemocional alterada, mas grande partedelas levarão traumas e insegurançaspara o resto de suas vidas. Assim comopensamos nas vítimas, devemos pen-sar nos agressores que chegarão à faseadulta dotados dessa carga de violên-cia e desrespeito, desprovidos de limi-tes e valores morais que são essenciaisà evolução como cidadãos e Espíritosque também o são.

Nos Estados Unidos, o presidenteBarack Obama chegou a fazer um pro-nunciamento em favor da campanha con-tra o Bullying, que vem suscitando a cri-ação de leis nos mais diversos países. NoBrasil, o Estado de Santa Catarina é atu-almente o único com lei específica paraisso, fazendo com que quem pratica essa

forma de violência seja punido. O Con-selho Nacional de Justiça lançou no fi-nal de outubro uma Cartilha de Comba-te ao Bullying, que já vem sendo distri-buída em todas as escolas da rede públi-ca e particular, além dos órgãos de pro-teção ao menor.

Apesar de todos os esclarecimentos,ainda há muita gente que considera umexagero o posicionamento da justiça eaté mesmo as campanhas, insistindo queo Bullying é inofensivo, mas antes dequalquer coisa é preciso perguntar comose sentem as crianças e adolescentes quesão alvo disso. Devemos lembrar que origor de algumas leis como a de comba-te ao racismo, a de proteção à mulher, e,especialmente, a que regulamenta o pa-gamento de pensão alimentícia no Bra-sil, ainda recebem críticas por apresen-tarem uma determinada rigidez, o que édevido à negligência cometida duranteanos por muitas pessoas.

Todas estas características sãoinerentes a um planeta de provas eexpiações, e o cenário dos relaciona-mentos somente mudará na proporçãoem que o homem mudar o seu cená-rio interno, o dia em que descobrir etrabalhar os seus sentimentos, passan-do a ter como objetivo principal a prá-tica do bem.

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O IMORTALPÁGINA 16

O IMORTALJORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITARUA PARÁ, 292, CAIXA POSTAL 63CEP 86.180-970TELEFONE: (043) 3254-3261 - CAMBÉ - PR

Alírio de Cerqueira Filho(foto) é médico e natural deCuiabá, capital do Estado deMato Grosso, onde reside. Espí-rita desde 1978 e vinculado à Fe-deração Espírita do Estado deMato Grosso, é autor de várioslivros e tem-se dedicado comafinco à disseminação da conhe-cida proposta da benfeitora espi-ritual Joanna de Ângelis, que,como se sabe, tem produzido con-tínuas obras que formam o que,em nosso meio, é conhecidocomo coleção ou série psicológi-ca. O Projeto Espiritizar nasceude semelhante proposta, queconstitui o tema central da pre-sente entrevista.

O Imortal: Como e quandosurgiu o Projeto Espiritizar? Oque ele propõe?

O Projeto Espiritizar é umprojeto criado pela Federação Es-pírita do Estado de Mato Grossohá 4 anos, cujo objetivo é desen-volver a tríade proposta pelamentora Joanna de Ângelis aomovimento espírita, pela mediu-nidade de Divaldo Franco, naqual ela solicita ao movimentoespírita trabalhar a tríade qualifi-car, humanizar e espiritizar.

O Imortal: Quais os desdo-bramentos da proposta em ter-mos de seu vínculo com o Evan-gelho e com o Espiritismo?

Refletimos, no âmbito da Fe-deração Espírita do Estado deMato Grosso, que a Joanna deÂngelis sugeriu essa tríade paraque nos aprofundemos em açõesque tornem o movimento espírita

ORSON PETERCARRARA

[email protected] De Matão, SP

DEZEMBRO/2010

“O processo de espiritização do nosso movimentopassa pela humanização do trabalhador espírita”

O Projeto Espiritizar tem por objetivo desenvolver a tríade proposta porJoanna de Ângelis: qualificar, humanizar e espiritizar o movimento espíritamais comprometido coma Doutrina Espírita, espe-cialmente com as baseskardequianas, e com oobjetivo maior do Espi-ritismo que é o de revivero Evangelho de Jesus emespírito e verdade.

O Imortal: Como omovimento espírita temabsorvido a propostaem termos nacionais?

O Movimento Espíri-ta a tem absorvido muitobem. Temos realizadoeventos presenciais, se-minários e palestras com os temaspropostos pelo projeto, em váriosEstados do País e também no ex-terior. Além disso, temos gravadocursos e seminários em DVDs evários Centros Espíritas do paístêm desenvolvido atividades a dis-tância com as diretrizes do ProjetoEspiritizar.

O Imortal: Divaldo tem dadoprosseguimento, em suas abor-dagens, à proposta apresentadapor Joanna de Ângelis?

Com certeza! Todas as ativi-dades que ele tem desenvolvidotêm como objetivo aproximar onosso movimento da DoutrinaEspírita.

O Imortal: Nas bases doutri-nárias do Espiritismo, onde po-demos encontrar os maioresindicativos do alcance da propos-ta?

Penso que o processo deespiritização do nosso movimen-to passa pela humanização do tra-balhador espírita e por uma mai-or conscientização do significa-do do Consolador prometido porJesus em nossas vidas, isto é, so-mos convidados a trazer os con-

teúdos desenvolvidos pela Dou-trina Espírita para a nossa intimi-dade, assumindo uma posturareal de aprendizes do Mestre Je-sus, para que, entusiasmados peloamor cristão, possamos exercitarcom afinco o autoconhecimentoe a autotransformação, emsintonia com a orientação deAllan Kardec em O Evangelhosegundo o Espiritismo, no capí-tulo XVII, item 4, em que o Co-dificador assevera: “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela suatransformação moral e pelos es-forços que emprega para domarsuas inclinações más”.

O Imortal: O Projeto temsido inspiração para seus livros,seminários e palestras?

Sim, temos buscado em todasas nossas atividades norteá-las peloProjeto Espiritizar, de forma a quepossamos contrapor, de algumamaneira, ao intenso trabalho daqui-lo que Manoel Philomeno deMiranda, em seu livro mais recen-te, Transtornos psiquiátricos e ob-sessivos (foto), chama de ações das“trevas organizadas” com o propó-sito de ridicularizar o Espiritismoe a mediunidade.

O Imortal: Que te-mas pertinentes às pre-ocupações do Projetotêm despertado maiorinteresse dos confra-des?

Um dos semináriosque mais tem sido soli-citado, tanto para ser mi-nistrado de formapresencial como a dis-tância, é o Obsessão eMovimento Espírita ,cujo objetivo é chamar aatenção para as nossasresponsabilidades juntoao Consolador.

O Imortal: De seus livros,qual é o que mais marcou suaexperiência de escritor?

O mais marcante, sem dúvi-da, é o primeiro livro publica-do, Psicoterapia à luz do Evan-gelho de Jesus, para o qual tive-mos a honra de receber o prefá-cio da mentora Joanna de Ânge-lis. Trata-se de um livro que re-sultou de uma pesquisa que fi-zemos durante vários anos sobrea coleção psicológica da própriamentora.

O Imortal: Comente, deforma resumida, seu livro Forada caridade não há salvação.

Trata-se de um livro cujoobjetivo é proporcionar refle-xões sobre o trabalho do Ser-viço de Assistência e Promo-ção Social Espírita, que a mai-or parte do Movimento Espí-rita ainda confunde com pro-postas assistencialistas. Fize-mos todo um trabalho focadono trabalhador espírita a partirde parábolas do Evangelho deJesus.

O Imortal: Suas palavrasfinais.

A nossa mensagem final é ade que busquemos com todoafinco uma real vinculação àDoutrina Espírita, desenvolven-do estudos sérios das obraskardequianas, e refletindo sobreo Evangelho de Jesus, em espíri-to e verdade, para que possamosrealmente nos transformar empessoas melhores, neste momen-to da Grande Transição de nossoplaneta para mundo de regene-ração.

Notas: 1.Informações sobre o Proje-

to Espiritizar podem ser encon-tradas no site http://www.espiritizar.org/

2.Obras de autoria do entre-vistado: Psicoterapia à luz doEvangelho de Jesus; Jesus eKardec; Saúde Espiritual; CuraEspiritual da depressão; Saú-de Existencial; Saúde das re-lações familiares; Saúde da re-lação pais e filhos; Parábolasterapêuticas; Fora da Caridadenão há salvação; Medite e vivamelhor I e II; Modelos de li-derança, trabalho e autotrans-formação.

Alírio de Cerqueira Filho:

Alírio de Cerqueira Filho