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O IMPACTO SOCIAL DO DIASTEMA MEDIANO SUPERIOR FILIPA PIMENTA MARQUES MONOGRAFIA DE INVESTIGAÇÃO MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA DENTÁRIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO Porto, 2019

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O IMPACTO SOCIAL DO DIASTEMA MEDIANO

SUPERIOR

FILIPA PIMENTA MARQUES

MONOGRAFIA DE INVESTIGAÇÃO

MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA DENTÁRIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO

Porto, 2019

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II

O IMPACTO SOCIAL DO DIASTEMA MEDIANO

SUPERIOR

MONOGRAFIA DE INVESTIGAÇÃO

MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA DENTÁRIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO

AUTOR:

Filipa Pimenta Marques

Aluna do 5º ano do Mestrado Integrado em Medicina Dentária da Faculdade de

Medicina Dentária da Universidade do Porto

ORIENTADORA:

Patrícia Micaela Teixeira Pires

Professora Auxiliar Convidada da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do

Porto

COORIENTADOR:

Álvaro Amadeu Ferreira de Azevedo

Professor Auxiliar Convidado da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do

Porto

Porto, 2019

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III

Agradecimentos

À minha família,

pelo amor, carinho, apoio e encorajamento para nunca desistir dos meus

sonhos e objetivos.

À minha orientadora, Professora Doutora Patrícia Pires,

pela experiência e saber, bem como pela sua disponibilidade e incentivo, que

foram fundamentais para a realização deste trabalho.

Ao meu coorientador, Professor Doutor Álvaro Azevedo,

pela paciência, disponibilidade e ajuda num dos momentos mais importantes

da realização deste trabalho.

À Adriana, minha binómia,

pelo apoio, pela partilha e por todos os momentos de aprendizagem.

Aos meus colegas de curso,

por todos os momentos partilhados e pelo companheirismo ao longo destes

anos.

A todos os participantes deste estudo,

pelo tempo dispensado e pela sua colaboração.

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IV

Resumo

Introdução: O diastema dentário é descrito como um espaço entre dois dentes

adjacentes, sendo frequente entre os incisivos centrais superiores, mas pode

estar presente em qualquer local na arcada maxilar ou mandibular. Atualmente,

o diastema mediano superior é considerado, por alguns, prejudicial do ponto de

vista social, uma vez que que este, é facilmente percebido e pode ser

esteticamente desagradável.

Objetivo: Este estudo procurou avaliar em que medida é que o diastema

mediano superior pode condicionar a vida diária do portador desta característica,

bem como perceber em que medida é que este fator o leva a procurar um

profissional da área médico-dentária.

Materiais e métodos: Para perceber o impacto social do diastema mediano

superior foram entregues questionários a 35 pessoas portadoras de diastema

mediano superior, residentes no destrito do Porto e com idade superior a 18

anos. Para a análise estatística foi utilizado o programa IBM SPSS Statistics.

Discussão: Os resultados obtidos revelam que pode existir um impacto social

pela presença do diastema mediano superior, podendo levar a complexos em

sorrir. Foram encontradas diferenças na perceção estética do diastema entre

sexos. Não foram encontradas diferenças estatísticamente significativas na

perceção estética do diastema em relação à idade. Questões financeiras foram

o motivo mais referido pelos participantes para o não encerraramento do

diastema.

Conclusão: Os diastemas podem influenciar negativamente a avaliação estética

de um sorriso. A presença deste pode levar ao surgimento de complexos em

sorrir. O sexo influencia a percepção da estética do sorriso, sendo as mulheres

mais críticas em relação ao diastema mediano do que os homens. Apesar de o

quererem fazer, a questão financeira parece ser um motivo importante pelo qual

as pessoas não encerram o diastema.

Palavras-Chave: Estética; Sorriso; Diastema; Diastema mediano; Sociologia do

diastema.

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V

Abstract

Introduction: The dental diastema is described as a space between two adjacent

teeth, being frequent between the maxillary central incisors, but may be present

anywhere in the maxillary or mandibular arch. Currently, the upper median

diastema is considered, for some to be harmful from the social point of view, since

it is easily perceived and can be aesthetically unpleasant.

Objective: This study aimed to evaluate the extent to which the upper median

diastema can condition the daily life of the person with this characteristic, as well

as to understand to what extent this factor takes him to search a professional in

the medical-dental area.

Materials and methods: In order to understand the social impact of the upper

median diastema, questionnaires were given to 35 people with upper median

diastema, living in the Porto district and aged over 18 years. For the statistical

analysis, the IBM SPSS Statistics program was used.

Discussion: The results show that there may be a social impact with the

presence of upper median diastema, which may lead to the complex in smile.

Differences were found in aesthetic perception of diastema between sexes. No

statistically significant differences were found in aesthetic perception of diastema

in relation to age. For financial reasons was the reason most mentioned by the

participants for which they have not yet closed the diastema.

Conclusion: Diastemas can influence negatively the aesthetic evaluation of a

smile. The presence of this can lead to the emergence of complexes in smiling.

Sex influences the perception of smile aesthetics, with women being more critical

of the median diastema than men. The financial issue seems to be an important

reason why people do not close the diastema despite wanting to do so.

Keywords: Aesthetics; Smile; Diastema; Median diastema; Sociology of

diastema.

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Índice Geral

1. Introdução ...................................................................................................... 1

2. Materiais e métodos ....................................................................................... 3

2.1. Caracterização do estudo ........................................................................ 3

2.2. Local ........................................................................................................ 3

2.3. Caracterização da amostra ...................................................................... 3

2.4. Critérios de Inclusão ................................................................................ 3

2.5. Critérios de Exclusão ............................................................................... 3

2.6. Colheita de dados .................................................................................... 3

2.7. Análise Estatística .................................................................................... 4

3. Resultados ..................................................................................................... 5

3.1 Caracterização da amostra ....................................................................... 5

3.2 Análise dos Resultados ............................................................................. 5

4. Discussão ..................................................................................................... 11

5. Conclusão .................................................................................................... 13

6. Referências .................................................................................................. 14

7. Anexos ......................................................................................................... 17

Índice de Figuras :

Figura 1 - Distribuição do sexo dos participantes. ................................................................ 5

Figura 2 - Distribuição da faixa etária dos participantes. ..................................................... 5

Figura 3 - Distribuição da apreciação dos diastemas nos grupos etários. ........................ 7

Figura 4 - Distribuição da apreciação dos diastemas nos sexos. ....................................... 8

Figura 5 - Distribuição da apreciação do próprio sorriso nos grupos etários. .................. 9

Índice de Tabelas : Tabela I - Distribuição das respostas e dos participantes em função dos diferentes

complexos.................................................................................................................................... 6

Tabela II - Distribuição das respostas e dos participantes em função da importância

atribuída face ao diastema. ....................................................................................................... 6

Tabela III - Distribuição das respostas e dos participantes em função da apreciação do

próprio sorriso. ............................................................................................................................ 8

Tabela IV - Distribuição das respostas da apreciação do próprio sorriso nos sexos. ..... 9

Tabela V - Distribuição das respostas e dos participantes em função da vontade de

encerrar o diastema. ................................................................................................................ 10

Tabela VI - Distribuição das respostas e dos participantes em função do(s) motivo(s)

pelo(s) qual(ais) ainda não encerram o diastema apesar da vontade de o fazer. ......... 10

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1. Introdução

Para o ser humano a estética é um conceito muito subjetivo, uma vez

que esta depende de fatores psicológicos, culturais e sociais, que se vão

modificando em função do tempo, da idade do indivíduo e dos seus valores (1,

2).

Um sorriso bonito desempenha um papel muito importante na beleza

facial. Perante a sociedade competitiva na qual nos encontramos, uma aparência

natural, jovem e bonita representa um elemento relevante para o sucesso, sendo

a vontade de se tornar mais atraente uma motivação para a procura de um

médico dentista (3, 4).

Atualmente, muitos pacientes procuram um sorriso bonito e este, é um

motivo importante para os pacientes que procuram tratamentos dentários

estéticos. Com os avanços da medicina dentária e a diminuição da prevalência

da cárie dentária, a procura de tratamentos estéticos aumentou (5-7).

Têm sido propostas várias definições e conceitos de beleza, bem como

proporções estéticas, principalmente para os dentes anteriores, uma vez que

estes possuem um papel crítico na estética do sorriso e são muitas vezes alvo

de atenção e julgamento por parte dos pacientes e médicos dentistas (8-10).

O diastema mediano representa uma condição na qual existe um espaço

interdentário entre os incisivos centrais (11). Este espaço pode ser transitório, na

dentição decídua e na mudança para a dentição permanente que geralmente

encerra após erupção dos incisivos laterais e caninos permanentes, ou pode

surgir por fatores de desenvolvimento, patológicos ou iatrogénicos. Têm sido

propostas diversas técnicas de tratamento para o seu encerramento tais como,

a frenectomia, a utilização de resinas compostas, restaurações indiretas e/ou

ordodontia (12-14).

Hoje em dia, o diastema mediano superior é considerado por alguns

prejudicial do ponto de vista social, uma vez que que este, é facilmente percebido

e pode ser esteticamente desagradável (12).

A baixa aceitabilidade do diastema talvez possa ser atribuída à

sensação de sorriso “quebrado” devido ao espaço existente. Um sorriso que cria

um senso de unidade é considerado mais atrativo. Talvez o princípio da unidade

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seja mais importante do que outros princípios estéticos, na determinação da

atratividade de um sorriso (15-17).

Em relação ao sorriso com diastema, é importante mencionar que, para

algumas pessoas, a presença desta característica não parece prejudicar a

atratividade do sorriso, o que significa que a eliminação de um diastema deve

ser sempre discutida com os pacientes. Porém, em geral, de acordo com a

bibliografia, a presença de um diastema parece, na sua grande maioria, reduzir

a estética de um sorriso (15, 18).

Devemos sempre ter em conta que, a percepção da estética muda de

pessoa para pessoa e é influenciada por experiências pessoais, pelo ambiente

social e que os princípios de beleza variam, de acordo com a cultura e etnia (2,

5, 19).

Existem inúmeros artigos que referem, que a presença do diastema

compromete esteticamente o sorriso e que a queixa estética por parte dos seus

portadores é um motivo frequente para a procura do médico dentista, mas é

importante referir que esta ideia não é transversal (14, 20).

Devido às tendências raciais e familiares em alguns casos, devemos

considerar a perceção do paciente e da sua família ao discutir um diastema e a

vontade e /ou necessidade de tratamento. Alguns podem não ver um diastema

como um problema (2). Para outros, a frustração por não ter condições

financeiras para proceder ao tratamento deve ser lidado com compaixão e

profissionalismo (14).

De forma a melhor se perceber o impacto social do diastema mediano

superior numa população do grande Porto, realizou-se um questionário que

procurou avaliar em que medida é que esta situação clínica pode condicionar a

vida diária do portador desta característica, bem como perceber em que medida

é que este fator o leva a procurar um profissional da área médico-dentária.

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2. Materiais e métodos

2.1. Caracterização do estudo

Este estudo carateriza-se como sendo um estudo transversal descritivo

e analítico, tendo-se recorrido à recolha de dados através de questionário.

2.2. Local

O estudo foi realizado no distrito do Porto.

2.3. Caracterização da amostra

Tendo como base indivíduos que satisfazem os critérios de inclusão foi

realizada uma investigação com o objetivo de avaliar o impacto social do

diastema mediano superior. A amostra consistiu num total de 35 indivíduos

portadores de diastema mediano superior residentes no distrito do Porto.

2.4. Critérios de Inclusão

• Portadores de diastema mediano superior;

• Idade superior a 18 anos;

• Residentes no distrito do Porto;

• Voluntários que aceitem o consentimento informado.

2.5. Critérios de Exclusão

• Indivíduos com alguma incapacidade física e/ou mental que os

impossibilite de responder ao questionário.

• Indivíduos com ausência de algum dente anterior.

2.6. Colheita de dados

Foram entregues a todos os participantes para além do questionário

(anexo I), uma explicação do estudo (anexo II) bem como uma declaração de

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consentimento informado (anexo III). O estudo foi aprovado pela Comissão de

Ética da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto.

Nos questionários aplicados constam dados sócio-demográficos como: a

idade, o sexo e estado civil. Este é constituído por 18 questões, às quais os

participantes responderam assinalando SIM ou NÃO. Da questão 1 à questão 13

procurou-se perceber em que medida o diastema interfere na vida social e

pessoal do indivíduo. A partir da questão 13.1 até à questão 13.2.6, apenas se

aplica a indivíduos que já pensaram em encerrar o diastema e ainda não o

fizeram, propondo-se diversos motivos pelo(s) qual/quais ainda não o

encerraram.

2.7. Análise Estatística

A análise estatística das respostas dadas ao questionário foi realizada no

programa SPSS Statistics, após criação de um banco de dados.

Inicialmente realizou-se uma análise exploratória, com a finalidade de

descrever a amostra e o comportamento das variáveis e posteriormente

procedeu-se à realização de testes de qui-quadrado e testes exatos de Fisher

para aferir a significância estatística. Para a realização da análise estatística, a

idade foi distribuída por duas classes, dado o número reduzido da amostra.

Para todos os testes o nível de significância adotado foi de 5% (p=0,05).

Os resultados serão apresentados sob a forma de frequências absolutas e

percentagens em gráficos e tabelas.

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3. Resultados

3.1 Caracterização da amostra

A caracterização da amostra por idade e sexo, pode ser observada nas

Figura 1 e Figura 2.

Figura 1 - Distribuição do sexo dos participantes.

Figura 2 - Distribuição da faixa etária dos participantes.

3.2 Análise dos Resultados

Na Tabela I, verifica-se que os complexos mais referidos pelos

participantes foram: sorrir para fotografias (41,2%) e sorrir para desconhecidos

(29,4%). Com efeito, 93,3% e 66,7% dos participantes admitiram ter complexos

em sorrir para fotografias e sorrir para desconhecidos, respetivamente.

60%

40%

Distribuição do sexo dos participantes

Feminino Masculino

19

5

11

0

5

10

15

20

18 - 35 36 - 50 50

Distribuição da faixa etária dos participantes

Número de participantes

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6

Tabela I - Distribuição das respostas e dos participantes em função dos diferentes complexos.

Respostas Percentagem de

Casos N Percentagem

Complexos Tem complexos em sorrir

para fotografias

14 41,2% 93,3%

Tem complexos em sorrir

para desconhecidas

10 29,4% 66,7%

Tem complexos em sorrir

para conhecidos

4 11,8% 26,7%

Tem complexos em sorrir

para amigos

4 11,8% 26,7%

Tem complexos em sorrir

para familiares

2 5,9% 13,3%

Total 34 100,0% 226,7%

42,9% dos participantes referiram pelo menos um tipo de complexo em sorrir.

Na Tabela II, verifica-se que a maioria dos participantes admitiram dar

importância aos comentários positivos e negativos acerca do seu diastema,

respetivamente, 85,2% e 70,4%.

Tabela II - Distribuição das respostas e dos participantes em função da importância atribuída face ao diastema.

Respostas Percentagem de

Casos N Percentagem

Importância Dá importância ao que os

outros possam pensar

acerca do seu diastema

13 20,0% 48,1%

Dá importância a

comentários positivos

23 35,4% 85,2%

Dá importância a

comentários negativos

19 29,2% 70,4%

Alguma vez sentiu que o seu

diastema interferiu na sua

vida profissional

4 6,2% 14,8%

Alguma vez sentiu que o seu

diastema interferiu na sua

vida amorosa

6 9,2% 22,2%

Total 65 100,0% 240,7%

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No que concerne, se gosta ou não de ver diastemas em outras pessoas,

tendo em conta a idade dos participantes, não foram encontradas diferenças

estatísticamente significativas (x2 = 3,157; p=0,076). Apesar de não existirem

diferenças estatísticamente significativas, atendendo à Figura 3, verifica-se que

existe uma maior percentagem de participantes acima dos 35 anos a não gostar

de ver diastemas nas outras pessoas (37,1%) em comparação com os

participantes com idade inferior a 35 anos (28,6%).

Figura 3 - Distribuição da apreciação dos diastemas nos grupos etários.

Não foram encontradas diferenças estatísticamente significativas (p=

0,721) relativamente à questão, se gosta ou não de ver diastemas em outras

pessoas tendo em conta o sexo dos participantes. Atendendo à Figura 4,

podemos observar que, 22,9% das mulheres gostam de ver diastemas em outras

pessoas e 37,1% não gosta. Relativamente aos homens, 11,4% admitem gostar

de ver diastemas em outros e 28,6% afirmam não gostar.

0

2

4

6

8

10

12

14

< =35 anos >35 anosClasses etárias

Influência da Idade na apreciação dos diastemas de terceiros

Gosta de ver diastemas nasoutras pessoas

Sim

Não

25,7%

37,1,%

p = 0,076 28,6%

8,6%

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Figura 4 - Distribuição da apreciação dos diastemas nos sexos.

Em relação à questão , gosta do seu sorriso, 60% dos participantes

responderam negativamente e 40% responderam positivamente, como podemos

observar na Tabela III.

Tabela III - Distribuição das respostas e dos participantes em função da apreciação do próprio sorriso.

Frequência Percentagem

Percentagem

Válida

Percentagem

Cumulativa

Sim 14 40,0 40,0 40,0

Não 21 60,0 60,0 100,0

Total 35 100,0 100,0

No que respeita às respostas relativas ao fato de, gostar do seu sorriso,

de acordo com a idade dos participantes, não foram encontradas diferenças

estatísticamente significativas (x2= 0,077 ; p=0,782), como se pode observar na

Figura 5. Verificámos que 22,9% dos participantes, abaixo dos 35 anos de idade,

gostam do seu sorriso enquanto que 31,4% não gostam. Acima dos 35 anos de

idade observamos que 17,1% dos participantes afirmam gostar do seu sorriso e

28,6% não gostam.

0

2

4

6

8

10

12

14

Feminino Masculino

Sexo

Influência do sexo na apreciação dos diastemas de terceiros

Gosta de ver diastemas nasoutras pessoas

Sim

Não

11,4%

37,1%

22,9%

28,6%p = 0,721

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Figura 5 - Distribuição da apreciação do próprio sorriso nos grupos etários.

Foram encontradas diferenças estatísticamente significativas entre os

sexos (x2 =5,734 ; p = 0,017), sendo que as mulheres tendem a não gostar do

seu sorriso (76,2%) enquanto que os homens tendem a gostar (64,3%), como

podemos observar na Tabela IV.

Tabela IV - Distribuição das respostas da apreciação do próprio sorriso nos sexos.

Gosta do seu sorriso

Total Sim Não

Sexo Feminino Nº de casos 5 16 21

Nº de casos esperados 8,4 12,6 21,0

Percentagem 23,8% 76,2% 100,0%

Resíduos ajustados -2,4 2,4

Masculino Nº de casos 9 5 14

Nº de casos esperados 5,6 8,4 14,0

Percentagem 64,3% 35,7% 100,0%

Resíduos ajustados 2,4 -2,4

Total Nº de casos 14 21 35

Nº de casos esperados 14,0 21,0 35,0

Percentagem 40,0% 60,0% 100,0%

0

2

4

6

8

10

12

< =35 anos >35 anos

Classes etárias

Influência da idade na apreciação do próprio sorriso

Gosta do seu sorriso

Sim

Não

p = 0,782 22,9%

31,4%

17,1%

28,6%

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Relativamente à Tabela V, observa-se que 62,9% dos indivíduos já pensou

em encerrar o seu diastema. O motivo mais referido pelos participantes para

ainda não o terem encerrado apesar da vontade de o fazer, foi a questão

financeira (45,5%) como podemos observar na Tabela VI.

Tabela V - Distribuição das respostas e dos participantes em função da vontade de encerrar o diastema.

Frequência Percentagem

Percentagem

Válida

Percentagem

Cumulativa

Sim 22 62,9 62,9 62,9

Não 13 37,1 37,1 100,0

Total 35 100,0 100,0

Tabela VI - Distribuição das respostas e dos participantes em função do(s) motivo(s) pelo(s) qual(ais)

ainda não encerram o diastema apesar da vontade de o fazer.

Respostas Percentagem de

casos N Percentagem

Motivos Por questões financeiras 10 33,3% 45,5%

Por falta de informação

acerca dos tratamentos

possíveis

7 23,3% 31,8%

Por medo do tratamento 3 10,0% 13,6%

Por ser uma característica

familiar

3 10,0% 13,6%

Por incentivo de outros para

não o fazer

7 23,3% 31,8%

Total 30 100,0% 136,4%

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4. Discussão

O impacto de uma desarmonia dentária na vida social de uma pessoa,

não pode ser precisamente calculado, uma vez que, a atratividade física e a sua

interação social se caracterizam por uma elevada complexidade. (21, 22).

Muitos trabalhos na literatura, demonstraram o comprometimento da

estética do sorriso devido à presença de diastemas (18, 23-25). Pelo que,

facilmente se compreende a importância dada a comentários positivos e/ou

negativos acerca dos diastemas dos seus portadores, bem como, os complexos

sentidos pelos mesmos, quando sorriem para fotografias ou para

desconhecidos. Um estudo realizado verificou que 24% de uma população de

adolescentes/adultos jovens referiu sentir-se envergonhada por sorrir, sendo a

presença de um diastema, um dos motivos apontados para esta vergonha (26).

Quanto à perceção da estética do diastema, verifica-se que não foram

encontradas diferenças estatísticamente significativas entre a idade e a

perceção estética do diastema nas outras pessoas, bem como, entre a idade e

a perceção estética do diastema pelo próprio. Embora o valor de p (p = 0,076),

no caso de gostar de ver diastemas nas outras pessoas, esteja muito próximo

da significância estatística. Existe de facto, um número muito superior de

indivíduos acima dos 35 anos que não gostam de ver diastema noutras pessoas

em comparação aos indivíduos abaixo desta idade que tendem a gostar. Outros

estudos também não encontraram influência da idade dos avaliadores ao

julgarem a atratividade dos sorrisos (27-30). Em outros estudos, realizados por

Rodrigues et al e Rosenstiel e Rashid, foram encontradas diferenças

estatísticamente significativas na perceção do diastema mediano em diferentes

grupos de idade , sendo a população jovem mais crítica (24, 30).

Relativamente à perceção estética do diastema em outras pessoas,

tendo em conta o sexo dos participantes, não foram encontradas diferenças

estatísticamente significativas entre os sexos. Estes resultados concordam com

outros autores que demonstraram que o sexo não influencia a perceção da

estética do sorriso (31, 32). Porém, as mulheres foram consideradas mais

críticas em relação ao diastema mediano do que os homens, num estudo de Abu

Alhaija et al. que também analisou o diastema mediano, bem como outras

anomalias (19).

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Quanto à perceção da estética do diastema pelo próprio indivíduo,

verifica-se que foram encontradas diferenças estatísticamente significativas

entre os sexos na auto-perceção estética do diastema. Observou-se que a

mulher tende a não gostar do seu sorriso, ao contrário do homem que tende a

gostar. Estes resultados corroboram vários outros estudos, que afirmam que a

mulher é mais crítica com a sua autoperceção bem como com o seu impacto na

estética, daí resulta a sua maior preocupação com a sua estética dentária (33-

36).

Posto isto , a alteração de posições dentárias é capaz de comprometer

não só a aparência estética dos indivíduos, mas também a sua estabilidade

emocional, uma vez que, uma estética do sorriso comprometida pode diminuir a

autoestima bem como a vida social (37-40).

Considero importante serem realizados mais estudos nesta área, com

uma amostra maior, para perceber o verdadeiro impacto social que o diastema

pode ter na vida dos seus portadores, para que haja uma crescente

sensibilização dos médicos dentistas para este assunto. De modo a que, a

abordagem a pacientes com diastema mediano superior seja o mais sensível e

personalizado possível tendo em conta as suas opiniões pessoais acerca desta

sua característica, uma vez que, estes podem considerar ou não o diastema

inestético, bem como querer ou não tratá-lo.

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5. Conclusão

De acordo com os resultados obtidos e apresentados neste estudo, pode

concluir-se que:

• Os diastemas podem influenciar negativamente a avaliação estética de

um sorriso.

• A presença de um diastema mediano superior pode levar ao surgimento

de complexos em sorrir.

• Não se reuniram provas estatísticas para concluir que idade possa

influenciar a avaliação do próprio sorriso, bem como a apreciação dos

diastemas em terceiros.

• O sexo influencia a percepção da estética do sorriso, sendo as mulheres

mais críticas em relação ao diastema mediano que os homens.

• A questão financeira parece ser um motivo importante pelo qual as

pessoas não encerram o diastema apesar de o quererem fazer.

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6. Referências

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Association with Malocclusion, Self-Image, and Oral Health–Related Issues. The Angle orthodontist. 2009;79(6):1188-93. 36. Rusanen J, Lahti S, Tolvanen M, Pirttiniemi P. Quality of life in patients with severe malocclusion before treatment. The European Journal of Orthodontics. 2009;32(1):43-8. 37. Jr DFP, Silva ÉT, Campos ACV, Nuñez MO, Leles CR. Effect of anterior teeth display during smiling on the self-perceived impacts of malocclusion in adolescents. The Angle orthodontist. 2011;81(3):540-5. 38. Tessarollo FR, Feldens CA, Closs LQ. The impact of malocclusion on adolescents' dissatisfaction with dental appearance and oral functions. The Angle orthodontist. 2012;82(3):403-9. 39. Gavric A, Mirceta D, Jakobovic M, Pavlic A, Zrinski MT, Spalj S. Craniodentofacial characteristics, dental esthetics-related quality of life, and self-esteem. American journal of orthodontics and dentofacial orthopedics : official publication of the American Association of Orthodontists, its constituent societies, and the American Board of Orthodontics. 2015;147(6):711-8. 40. Olsen JA, Inglehart MR. Malocclusions and perceptions of attractiveness, intelligence, and personality, and behavioral intentions. American journal of orthodontics and dentofacial orthopedics : official publication of the American Association of Orthodontists, its constituent societies, and the American Board of Orthodontics. 2011;140(5):669-79.

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7. Anexos

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Anexo I – Questionário

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Questionário

“O impacto social do diastema mediano superior”

No âmbito do Mestrado Integrado em Medicina Dentária da Faculdade de

Medicina Dentária da Universidade do Porto, pretende-se investigar a influência do

diastema mediano superior na vida social das pessoas.

Para tanto, serão recolhidos e analisados um conjunto de dados demográficos

(sexo, idade e estado civil), de qualidade de vida/efeitos psicológicos (relação com o

próprio e com os pares ao nível da auto-estima, auto-confiança e introversão) e

comportamentais, psicológicos ou volitivos com conexão com a investigação (impacto

do diastema na auto-estima, auto-confiança e introversão e forma de relacionamento

inter-pessoal).

Os dados recolhidos irão contribuir para a realização de uma tese de mestrado

intitulada “O impacto social do diastema mediano superior”, sendo exclusivamente

utilizados para esse mesmo contexto e destruídos no prazo de um ano após a respectiva

recolha.

A sua colaboração para este estudo é voluntária, porém, atentando ao facto de

os dados serem recolhidos de forma anónima, assim que o questionário for entregue

não será possível retirar o seu consentimento.

Para mais esclarecimentos, poderá contactar 913426447.

Em caso de dúvidas relacionadas com tratamento de dados pessoais poderá

contactar a Encarregada de Proteção de Dados da Universidade do Porto –

[email protected]

Muito obrigado pela sua participação

Filipa Pimenta Marques

Declaro que compreendi o intuito da minha participação nesta investigação, e que

permito à investigadora a análise dos dados que fornecer ao longo da mesma, nas

condições que me foram explicadas

SIM NÃO

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Questionário

“O impacto social do diastema mediano superior ”

Idade : 18 – 35 anos 36 – 50 anos mais de 50 anos

Sexo : Feminino Masculino

Estado Civil : Solteiro Casado Viúvo União de facto Divorciado

Responda às perguntas assinalando com um (X) no respetivo quadrado. SIM NÃO

1. Tem complexos em sorrir para fotografias?

2. Tem complexos em sorrir para pessoas desconhecidas?

3. Tem complexos em sorrir para conhecidos?

4. Tem complexos em sorrir para amigos?

5. Tem complexos em sorrir para familiares?

6. Dá importância ao que os outros possam pensar acerca do seu diastema?

7. Dá importância a comentários positivos acerca do seu diastema?

8. Dá importância a comentários negativos acerca do seu diastema?

9. Alguma vez sentiu que o seu diastema interferiu na sua vida profissional?

10. Alguma vez sentiu que o seu diastema interferiu na sua vida amorosa?

11. Gosta de ver diastemas em outras pessoas?

12. Gosta do seu sorriso?

13. Alguma vez pensou em fechar o seu diastema?

13.1. Se respondeu NÃO, termina aqui o questionário.

13.2. Se respondeu SIM, porque é que ainda não fechou?

13.2.1. Por questões financeiras?

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13.2.2. Por falta de informação acerca dos tratamentos possíveis?

13.2.3. Por medo do tratamento?

13.2.4. Por ser uma característica familiar?

13.2.5. Por incentivo de outros para não o fazer?

13.2.6. Por outros motivos.

Grata pela sua colaboração.

Data : __ / __ / __

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Anexo II – Explicação do estudo

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Explicação do Estudo

Por favor, leia com atenção a informação que se segue. Não hesite em solicitar

mais informações ou colocar as questões que julgar necessárias, se considerar que algo

está incorreto ou pouco claro.

Foi convidado(a) pela investigadora a participar no estudo “O impacto social do

diastema mediano superior”.

O diastema dentário é descrito como um espaço entre dois dentes adjacentes,

que pode ocorrer em qualquer lugar na arcada superior ou inferior, sendo

frequentemente observado entre os incisivos centrais superiores. O diastema mediano

superior é uma queixa estética comum dos pacientes.

O sorriso é um importante componente da estética facial e quando este não

agrada ao próprio, poderá conduzir a uma certa falta de auto-estima, auto-confiança e

introversão.

Através deste estudo pretende-se perceber a influência e o impacto do diastema

mediano superior na vida das pessoas, na forma como estas se relacionam com os

outros e consigo mesmas tendo em conta a presença desta característica. Pretende-se

ainda perceber qual a importância estética dada aos diastemas pelos seus portadores e

em que medida esta característica condiciona o comportamento social dos mesmos.

Ao aceitar participar neste estudo, a investigadora terá acesso às respostas do

seu questionário. A sua participação é voluntária e não haverá qualquer contrapartida

ou pagamento, bem como desconforto ou qualquer risco. Poderá interromper a sua

participação no estudo a qualquer momento, sem qualquer prejuízo.

Todos os dados recolhidos são confidenciais e serão utilizados exclusivamente

para fins científicos.

A sua participação é valorizada e desde já agradecida.

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A investigadora:

Tomei conhecimento de que, segundo as recomendações da Declaração de

Helsínquia, a informação que me foi proporcionada abordou os objetivos, os métodos,

os benefícios previstos, o eventual desconforto e os potenciais riscos. Também fui

informado(a) de que tenho a oportunidade de decidir livremente aceitar ou recusar a

todo o tempo a minha participação no estudo. Sei que posso desistir da minha

participação e que não terei qualquer penalização, nem quaisquer despesas pela

participação neste estudo.

Data __/__/__

Assinatura do participante:

_________________________________

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Anexo III – Declaração de

consentimento informado

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Declaração de consentimento informado

Eu,

compreendi a explicação que me foi fornecida por escrito e verbalmente, acerca da

investigação com o título “O impacto social do diastema mediano superior” conduzida

pela investigadora Filipa Pimenta Marques na Faculdade de Medicina Dentária da

Universidade do Porto. Foi-me dada oportunidade de fazer as perguntas que julguei

necessárias, e para todas obtive resposta satisfatória.

Tomei conhecimento de que, de acordo com as recomendações da Declaração de

Helsínquia, a informação que me foi prestada versou os objetivos, os métodos, os

benefícios previstos, os riscos potenciais e o eventual desconforto. Além disso, foi-

me afirmado que tenho o direito de decidir livremente aceitar ou recusar a todo o

tempo a sua participação no estudo. Sei que posso abandonar o estudo e que não

terei que suportar qualquer penalização, nem quaisquer despesas pela participação

neste estudo.

Foi-me dado todo o tempo de que necessitei para refletir sobre esta proposta de

participação.

Nestas circunstâncias, consinto participar neste projeto de investigação, tal como me

foi apresentado pela investigadora responsável sabendo que a confidencialidade dos

participantes e dos dados a eles referentes se encontra assegurada.

Mais autorizo que os dados deste estudo sejam utilizados para outros trabalhos

científicos, desde que irreversivelmente anonimizados.

Data : __ / __ / __

Assinatura do participante:

____________________________________

A Investigadora:

____________________________________

Dados de contacto: (913426447; [email protected])

A Orientadora:

____________________________________

Dados de contacto: (966283482; [email protected])

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Anexo IV - Declaração de autoria

do trabalho apresentado

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Anexo V - Parecer do orientador

para entrega definitiva do

trabalho apresentado

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Anexo VI - Parecer da Comissão

de Ética

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Anexo VII - Parecer da

Universidade do Porto para a

utilização de dados pessoais

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