O jornal dos alunos da Escola Balão Vermelho para você ... · Arte com a Natureza A meninada de 3...
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O jornal dos alunos da Escola Balão Vermelho para você Julho/2009
ECO BALÃO
Arte com a NaturezaA meninada de 3 e 4 anos, da professora Mariângela
Estanislau, desenvolve um projeto usando elementos da
natureza.
Os alunos pegaram cascas de árvores para pintá-las e
folhas secas para desenhar.
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Cuidados com o LixoA turma de um e dois anos, da professora Andréa
Salles, desenvolve um trabalho de conscientização
ambiental . A professora estimula os alunos a
praticarem pequenas atitudes que fazem a diferença no
dia-a-dia.
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Crianças do Mundo A professora, Katia Mendonça, da 3ª/9, faz um projeto
sobre crianças de outros países para ser exibido na feira
Eco Balão. A turma pretende fazer uma campanha de
arrecadação de lápis para doar àqueles que não podem
comprar material escolar. Página 07
As turmas de 5ª a 8ª séries visitaram o Assentamento
Pastorinhas, grupo de Assentados do MST (Movimento
dos Sem Terra) que fica em Brumadinho, para aprender
sobre agroecologia. A partir da visita, os alunos
aprenderam a fazer aquecedor solar com garrafas pet e
com embalagens de Tetra Pak. Página 09
Cartas à RedaçãoJB inaugura novo espaço, e escritores elogiam os
jornalistas-alunos da Escola Balão Vermelho. Eles falam
da beleza dos textos e principalmente da importância do
aluno botar a mão na massa. Autor acredita que
profissionais podem nascer dessa iniciativa do JB.
Página 03
A Escola Balão Vermelho promove a 9ª edição
da Eco Balão no dia 04 de julho deste ano. A
coordenadora da feira, Mara Andrade,
apresentará um levantamento do perfil da
Escola em relação ao trabalho ambiental. Mara
acredita que muita coisa melhorou e outras têm
que melhorar. Confira entrevista
Página 08
Alunos fazem aquecedor solar
O Circo Chegou !!!Este ano a escola Balão Vermelho tem uma novidade
divertida, as aulas de circo que acontecem nas turmas a
cada 15 dias. O professor Inimá Júnior, mais conhecido
como Juninho, tem formação de Palhaço pela Escola
Spasso de Circo, e faz oficinas com todo o ensino
fundamental. Os alunos aprovaram o Circo na escola.
EDITORIAL
Professoras responsáveis:Cláudia Siqueira e Rosvita Kolb.
Editoria de Artes: Marcelo de Oliveira e Fernanda Pimenta
Setor Gráfico : Marcelo de Oliveira
Direção Pedagógica:Iêda Maria Luz BritoMaria Elena Latalisa de SáMaria Elisabete Lobato
Expediente:Escola Balão Vermelho Av. Bandeirantes, 800 - [email protected] www.balaovermelho.com.br
Tel.: (31)3194.2400
Editora Chefe: Fernanda PimentaRJP: 12.400/MG
02Página
Editores: Alicia Veiga, Ana Katz, Artur Ferreira, Beatriz
Cinque, Bruna Camini, Camila Brunelli, Clara
Sepe ,Carlos Gabriel, Carolina Serelle, Daniela
Parizzi, Gabriel Quintão, Guilherme Souza,
Guilherme Levcovitz, Isabella Victória , Juliano
Alvarenga, Joana Dias, Leonardo Leonardi,
Letícia Fiúza, Luca Arroyo, Lucas Deotti, Luísa
Lombarde, Luiza Resende, Maria Eduarda Xavier,
Marina Di Ninno, Matheus Siqueira, Matheus
Marinho, Nilton Júnior, Paula Trajano, Paulo
Matias, Pedro Loures, Silvia Fortini, Sofia Pena,
Thomas Carrieri, Vitor Guimarães
Tiragem: 1.000
Edição: Julho de 2009
Coordenação do Jornal Iêda Maria Luz Brito
Falar sobre educação ambiental, atualmente, é uma tarefa
complexa e preocupante. Pois os conceitos, as ideias e as
soluções sugeridas e encontradas têm requerido uma
mudança drástica na forma de pensar e principalmente no
comportamento de TODAS as pessoas.
Quando alguns ensinamentos básicos são passados, como:
“Não jogue lixo na rua”, “Separe o lixo que puder ser
reciclável”, ou até mesmo quando mostramos que
determinado bicho “bonitinho” e cativante está em processo
de extinção, estamos superficializando o modo de pensar e
de cuidarmos de nós.
Faz parte do processo de educação ambiental discutir e
questionar, por exemplo, o porquê e como determinado
“bichinho bonitinho” sumiu e que ele é apenas mais uma das
vítimas dos danos causados em seu habitat. Mas é
importante deixar claro também, que a sua beleza, nesse
caso, foi explorada com a melhor das intenções, com o
objetivo de sensibilizar. Já que uma perereca que
provavelmente pode ter desaparecido, pelo mesmo
problema de moradia, não causaria o mesmo efeito e
impacto diante das pessoas. E ela é tão importante quanto
qualquer outro ser vivo, pois já está mais do que
comprovado, que cada um tem papel fundamental na
manutenção do equilíbrio da vida.
A problemática do lixo ou resíduo, cuja relevância é bem
maior do que se pensa hoje em dia, consegue proporcionar
momentos de reflexão, de extrema importância. O processo
de tomada de consciência que o modo de vida atual deve ser
não só repensado e sim mudado, o mais rápido possível, é o
grande “x” da questão. Já que ironicamente esse processo
de mudança na verdade é muito lento.
Não adianta, portanto, apenas enchermos a cabeça das
nossas crianças e jovens com problemas. É preciso
sensibilizá-los quanto à situação atual e futura, ajudando–os
a adquirir nossos hábitos. Isto é bem mais fácil e eficaz do
que, na fase adulta, cobrar-lhes mudanças no estilo de vida a
que já estão acostumados.
Como professora de Ciências desta escola, desde o ano
passado, admiro a forma com que toda a comunidade de
alunos, professores e familiares encaram, atuam e
colaboram com o nosso projeto de educação ambiental -
Ecobalão. Ela não é apenas uma feira que acontece uma vez
por ano e dura um dia. É um projeto pedagógico que serve de
ferramenta e auxilia no processo de formação dos nossos
alunos, durante todo o ano letivo.
Penso que nessa luta pela melhoria e qualidade de vida, vale
tudo! Como, por exemplo, destacar sempre o lado bom e as
ideias interessantes e inovadoras do governo, empresas e
diversas entidades que têm manisfetado algum movimento
a favor do meio ambiente. Claro que nem todos possuem
atitudes legitimamente puras, mas todo e qualquer tipo de
preocupação e informação é válido. Cabe a nós,
educadores (nessa incluo os familiares) não deixarmos a
esperança desaparecer do nosso futuro.
É com imenso prazer que deixo aqui o meu recado sobre um
assunto que é de importância vital. Afinal, foi ele que sempre
me inquietou e me guiou na escolha da minha profissão
como bióloga!!!
Um grande abraço a todos,
Marianne Garcia
Uma filosofia de vida
Ana Rosa 11 anos
REDAÇÃO 03Página
Rio, Maio de 2009Querida Sônia, tudo bem?
Há muito queria agradecer-lhe pelo envio do Jornal do
Balão, mas fiz mudança nas estantes (o Jornal migrou
para uma coleção de revistas de Arte), viajei demais e
acabei ficando em falta com você.
Mas sempre é tempo de dizer da belezura dos textos e,
principalmente, da importância do aluno botar a mão na
massa. Em cada página, o leitor sente a presença do
jornalista-aluno trabalhando e se sentindo feliz em
socializar seus escritos, em falar da alegria de participar
da pauta. Muitos profissionais podem nascer dessa
iniciativa.
Por isso a Giroletras é tão boa. O adulto coordena,
caminha com o aluno e lhe dá a mão. Mas é ele, o aluno, oprotagonista.
Parabéns, obrigada pelo Jornal e muito sucesso a todos.
Um abração da Neuza Sorrenti.
Caríssima Sônia,
Desculpe a demora em te agradecer o envio dos
exemplares do Jornal do Balão, sempre bem – vindos,
sempre uma leitura gostosa.
O de dezembro de 2008, com a resenha do meu livro A
História de Oe por Otávio Penna (3ª/9) me fez reviver a
inesquecível ida ao Balão Vermelho com o livro recém-
saído do forno. A turma tinha lido antes mas me fez contar
a história. E o nível das perguntas, e o carinho de alunos e
professoras, e a gentileza e a atenção da Iêda, e a ida à
biblioteca...
Mui grande abraço para você e para todos os que tocam
este trabalho maravilhoso. E até breve, se Deus quiser.
Luiz Raul Machado
A bibliotecária Sônia Patente sempre envia edições do Jornal do Balão para
escritores. Geralmente esses autores são muito lidos pelos alunos, ou vieram à
última edição da Giroletras. O resultado foi uma chuva de elogios para o nosso
Jornal, nada melhor para inaugurar “ Cartas à Redação”, o novo espaço do JB.
Entre e fique à vontade!
Cartas à Redação
Ricardo Sarkis 13 anos
Cara Sônia,
Acabo de receber os dois exemplares do "JB" que você
gentilmente me enviou - muito obrigada! Vocês mais uma vez
merecem parabéns por todas essas grandes iniciativas
ligadas à leitura que, afinal de contas, são responsáveis pela
formação global de seus alunos. Fiquei feliz também por ver
o meu "Tudo pode ser brinquedo" entre os livros comentados
nas últimas páginas.
Por favor, cumprimente a Ieda também, por tudo isso e pela
medalha recebida. E também às demais professoras, co-
responsáveis pelas "proezas" dessa meninada.
Um carinhoso abraço,
Ângela Leite de Souza
Oi, Sônia, boa tarde! Recebi o material que você me enviou e, como estava
viajando a trabalho, demorei um pouco em ler seu bilhete.
Fiquei encantada com o trabalho feito pelas crianças! Isso
só faz aumentar minha satisfação e minha
responsabilidade, o que é muito positivo.
Quanto à minha presença na Giroletras, em novembro,
não posso prometer nada, infelizmente. No dia 13 de
outubro vou completar 60 anos - com muita alegria, ânimo
e entusiasmo -- e pretendo comemorá-los na Espanha,
junto a amigos especialíssimos, com quem já comemorei
os 50 anos, inclusive.
Sendo assim, não estou assumindo nenhum
compromisso para os meses de outubro e novembro
deste ano.
Agradeço muito o convite e vou continuar torcendo
sempre por vocês!Um grande abraço,
Cristina Porto. Aproveito para deixar o endereço do meu blog,
"Serafinices"; se puder passá-lo para as crianças, vou
adorar!!!
www.serafinaporto.blogspot.com
INFANTIL04Página
A turma da Sarah Cozzi, de crianças de 02 e 03 anos,
desenvolve um projeto sobre as plantas e vegetais. Tudo
começou quando a professora observou que os alunos
jogavam areia nas plantas. Ela então teve a ideia da turma
plantar duas mudas de hortelã para ver o que acontecia.
Uma foi plantada com terra e outra com areia. A que estava
no vaso com terra cresceu e a com areia morreu.
A meninada aprendeu, então, que não pode jogar areia nas
plantas.
Como as crianças adoraram o projeto, resolveram fazer
uma horta. Fizeram com a ajuda de Penha, conhecida de
Leninha, que tem experiência com horta em pneus que não
são mais usados. Já plantaram couve, alface e sementes
de cenoura. Sarah ainda tentará arrecadar mais pneus usados para
plantar mais mudas.
Alicia Veiga, Camila Brunelli, Beatriz Cinque
4ª/8
A turma da Cláudia Rocha, a Claudinha, desenvolve um
projeto sobre Brinquedos e Animais de sucata.
A meninada de apenas um ano construiu junto com a
professora uma girafa e uma cortina de sucata com
tampinhas e canetinhas velhas. Agora eles constroem
uma zebra.
A turma a cada 15 dias, toda sexta-feira, faz vários
brinquedos como tambores, chocalhos, bolas e ioiôs com
a ajuda da atelierista Pretinha.
A professora destacou que o importante desse projeto é
que todo brinquedo feito pela sua meninada será de
sucata e materiais recicláveis como jornais, tampas,
embalagens e caixas de papelão. Esses materiais são
doados pelas famílias através de campanhas feitas no
Balãozinho.
“Vale destacar que as professoras do Infantil sempre estão
envolvidas nesta questão e fazem arrecadação de
materiais para serem reutilizados”, afirma Claudinha.
Luísa Lombarde e Daniela Parizzi 4ª/8
A meninada de 3 e 4 anos, da professora Mariângela
Estanislau, desenvolve um projeto usando elementos da
natureza.
A partir daí as crianças pesquisaram em casa e levaram
vários elementos para a sala de aula.
Os alunos pegaram cascas de árvores para pintá-las e folhas
secas para desenhar. Eles até foram a uma praça para pegar
galhos e folhas secas para o projeto.
Outro projeto da turma é o de construções de brinquedos
com materiais que podem ser reutilizados como papel, jornal
e revistas. “Amassamos jornais e revistas para fazermos io-
iôs e também produzimos carrinhos feitos à base de rolos...”,
comenta a professora.
Além de todos estes projetos a turma também pensa sobre
os problemas ambientais que enfrentamos no dia-a-dia.
“Trabalhamos questões aqui mesmo da escola, como o
desperdício e também o cuidado com os colegas”,
acrescenta Mariângela.
Carlos Gabriel, Maria Eduarda Xavier e Marina Di Ninno
4ª/8
A turma de um e dois anos, da professora Andréa Salles,
não desenvolve um projeto específico para Eco Balão,
mas sim um trabalho de conscientização ambiental feito
com a turma durante o semestre. A professora estimula
os alunos a praticarem pequenas atitudes que fazem a
diferença no dia-a-dia.
Para isso, a meninada constrói brinquedos a partir de
materiais que não são mais utilizados. Elas sempre se
lembram de apagar as luzes e desligar o ventilador depois
de sair da sala. Na hora de lavar às mãos ficam de olho no
desperdício de água. ”Também tentamos reutilizar o
máximo de coisas possíveis, por exemplo, quando vamos
levar livros para casa utilizamos uma sacola feita de capa
de discos de vinil e de retalhos de tecidos ”, comenta
Andréa.
A professora pretende mostrar estas atitudes na Eco Balão
através de textos e exposições dos brinquedos produzidos
na sala de aula.
Carlos Gabriel, Maria Eduarda Xavier e Marina Di
Ninno
Pequenas e Grandes Construções Arte com a Natureza
Horta na escola
Pequenas ações quefazem a diferença
Beatriz Pimenta 4 anos
Lucas Drumond 4 anos
Paulo Borja 5 anos
05Página
INFANTIL
Durante todo o semestre a meninada da Bárbara Coura, de
5 e 6 anos, trabalhou com o estudo sobre os cuidados com o
lixo.
As crianças pesquisaram sobre os prejuízos do óleo quando
jogado na pia ou no vaso sanitário.
Por isso, Mara de Andrade, coordenadora da Eco Balão,
esteve na sala e falou sobre o sabão artesanal feito pelo
Assentamento do MST “Pastorinhas” com óleo
reaproveitado. A turma escreveu um bilhete contando para
as pessoas sobre os prejuízos que o óleo causa nos rios.
Feito o bilhete, os alunos foram às turmas contar sobre o
que aprenderam e convidar as famílias para trazerem o óleo
As professoras do segundo período, Renata Vidal e
Bárbara Coura, desenvolvem em parceria um projeto que
estará na Eco Balão a respeito dos cuidados que devemos
ter com o lixo.
Para desenvolver o projeto, a professora Renata Vidal conta
que a turma fez uma oficina de costura e colagem de
brinquedos velhos com a ajuda da professora Eliane
Miranda. Eles também fizeram latas de lixos reciclados. Para
fazer essas latas, a turma pesquisou também as cores certas
dos containeres: na lata vermelha devem ser descartados
apenas materiais plásticos, na azul somente papel e na cinza
só lixo orgânico.
As turmas da Renata também trabalharam em uma
campanha com o “Papa Pilha”, recolhedor de pilhas e
baterias usadas, e ao longo da campanha descobriram que
alguns alunos estavam jogando lixo no local destinado
somente à coleta de pilhas.
Para ajudar nesse uso, as crianças distribuíram panfletos
dentro e fora da escola contando sobre o que sabiam do
assunto.
Para os alunos entenderem melhor para onde vai o lixo
comum que sai das casas, estiveram no Centro Mineiro de
Resíduo Sólido e também no Aterro Sanitário da cidade.
Segundo as professoras, as visitas foram muito proveitosas.
Grupo: Clara Sepe, Matheus Marinho, Guilherme Souza
4ª/8
A turma da Nicole Salgueiro de 3 e 4 anos desenvolve o
“Projeto Animais Terrestres”. A meninada constroi
animais terrestres feitos com materiais reciclados.
Os animais terão tamanhos diferentes, e para a ECO
BALÃO eles fazem um elefante de caixas com tamanhos
variados, grandes para o corpo, espichados para as
patas e a cabeça de jornal.
A professora conta que a meninada escolheu fazer um
elefante porque ele é o animal preferido deles.
O aluno Eduardo Belezia, de 3 anos, conta que gosta
muito deste projeto. “Nós já fizemos uma arara e o animal
que eu mais gosto é o hipopótamo porque ele é grande.”
Ele ainda descobriu através do projeto que a girafa tem
um jeito diferente dos outros animais ao beber água. “Ela
tem que ficar de perna aberta e precisa que outra girafa
vigie, para que os outros animais, como o leão não lhe
dêem uma mordida”, conta.
Daniela Parizzi e Luísa Lombardi4ª/8
Animais Terrestres
Turma da Bárbara distribui Sabão Artesanal
Cuidados com o Lixo
usado de casa para ser transformado em sabão. A meninada
também entregou uma amostra do sabão feito pelo
Assentamento. A ideia é que todo óleo arrecadado na escola
seja doado para o “Pastorinhas” para ser transformado em
sabão.
No dia 18 de maio a turma foi dividida em grupos para
panfletar na porta da escola. As crianças abordaram as
pessoas que passaram e contaram sobre o conteúdo dos
panfletos, e os convidaram a colocar o óleo usado em casa no
coletor do Balão Vermelho.
Luiza Resende,Carolina Serelle4ª/8
Meninada estuda decomposição de sacos plásticos
A turma da Ana Paula de 4 e 5 anos desenvolve um Projeto
sobre lixo. A meninada pesquisa sobre os sacos plásticos e a
quantidade de anos que eles levam para se decompor.
A professora destaca que uma das descobertas do projeto é
que os sacos plásticos prejudicam o planeta, provocam
enchentes e até matam animais que os encontram e comem
como se fosse alimento.
Além disso, a meninada faz brinquedos, artes e colagens de
jornal. Ana Paula conta que o objetivo é fazer diversas coisas
reutilizando materiais. Ela afirma ainda que os alunos
aprenderam que é muito importante não jogar lixo nas ruas e
que podem reutilizar essas coisas que iriam para o lixo.
A turma também fez panfletos sobre o assunto e distribuiu
para toda a meninada do Balãozinho.
Alicia Veiga, Camila Brunelli, Beatriz Cinque
4ª/8
Carolina Ribeiro 5 anos
Luísa Pimenta 6 anos
Ana Luíza Vilela 8 anos
PROJETOS 06Página
As crianças da 1ª/9, da professoraTeresa Pena,
apresentam na Eco Balão o projeto “Árvores da nossa
cidade”. Para isso, eles já estudaram diversas árvores
como a quaresmeira, paineiras, bouganvilles, patas de
vacas e sapucaias.
Desde o ano passado a turma tem feito excursões pela
cidade para conhecerem melhor as árvores e suas flores.
Teresa conta que o público da Eco Balão poderá conferir
os desenhos e as pinturas das árvores feitas pela turma.
Alicia Veiga, Camila Brunelli, Beatriz Cinque
4ª/8
A turma da professora Juliana Leite, da 1ª/9, trabalha com um
projeto para estudar culturas diferentes além da brasileira.
As crianças estudam junto com a professora sobre a cultura
dos esquimós e a dos africanos. Juliana conta que eles estão
achando o projeto bem interessante, pois as culturas são
opostas.
O projeto começou quando a professora colocou vários tipos
diferentes de sapatos na sala (De salto, chinelos e até um
sapato de palhaço) e deixou seus alunos discutirem o projeto
que iriam realizar.
A professora da 1ª/9, Patrícia Bagno, conta que sua turma
prepara um projeto para mostrar como crianças de 6 anos
conseguem contribuir com o meio ambiente para ajudar o
mundo. Esta ideia surgiu quando as crianças trabalharam o
Projeto Memórias e se deram conta que já estavam na
primeira série do ensino Fundamental e mais “crescidas”.
A professora conta que a partir daí as crianças refletiram
sobre as suas experiências vividas no Balãozinho em
Meninada da Tê estuda árvores de BH
relação à preservação do meio ambiente.
Na sala da Eco Balão a turma mostra essas conquistas e
que já dão conta de fazer muita coisa por conta própria.
Clara Sepe, Guilherme Levcovitz, Matheus Marinho
4ª/8.
Crianças de 6 anos já contribuem com o meio Ambiente
Turma da Ju Leite estuda culturas diferentes
Ana Rosa 11 anos
Igor Maia 12 anos
A turma da 4ª/9, do professor Olavo Malta, prepara para a
feira ECO Balão, um projeto para combater a epidemia de
dengue e a proliferação do mosquito Aedes Aegypti
(mosquito da dengue). A importância deste projeto é grande,
pois ajuda a conscientizar pessoas de que esta doença é
perigosa e que já matou várias pessoas no Brasil.
Os alunos contam com a ajuda de moradores próximos da
escola. “Adotamos quatro quarteirões em volta do Balão
Vermelho, fizemos visitas para retirar possíveis focos de
dengue e fizemos campanhas educativas com os
moradores. Além disso, estamos também cuidando do Balão
para que ele não tenha nenhum foco de proliferação do
mosquito”, comenta o professor Olavo.
É importante lembrar que a escola Balão Vermelho
sempre contribuiu para o combate contra a Dengue e por
isso espera grandes resultados com esta campanha.
Muitos alunos de outras turmas participam ativamente em
casa e também na escola. Letícia Fiuza, Isabella Victória e Vitor Guimarães.
4ª/8.
Cai fora Dengue
Eles pretendem apresentar essas descobertas na Eco Balão
através de uma exposição.
Carlos Gabriel, Maria Eduarda Xavier e Marina Di Ninno.
4ª série/8. Clarissa Aguiar
14 anos
Paula Assis 14 anos
Pedro Loures 10 anos
PROJETOS 07Página
As professoras Juliana dos Anjos, Virgínia Peret da 2ª/ 9,
e Teresa Pena, da 1ª/9 apresentam na Eco Balão o
“Projeto Borboletas”.
As turmas estudaram sobre lagartas e borboletas durante
o semestre. Tudo começou quando Virgínia, professora
da manhã, ganhou três casulos da tia dela e colocou em
uma garrafa Pet no mural da sala para as crianças
observarem o que estava acontecendo com os casulos.
A professora Juliana destaca que a turma participou com
muita empolgação do projeto. “Ficamos curiosos e
resolvemos pesquisar muito sobre o assunto, assistimos
vídeos, fizemos desenhos e tivemos várias conversas”,
conta a professora.
Juliano Alvarenga, Nilton Junior e Pedro Loures
4ª/ 8.
A turma da Virgínia Peret, da
2ª/9, desenvolveu gráficos
contendo respos tas das
cr ianças sobre questões
relativas ao meio ambiente,
cuidados com o lixo e com o
nosso planeta no dia-a-dia.
E s t e q u e s t i o n á r i o f o i
desenvolvido pela organizadora
do projeto Eco Balão, Mara
Andrade. O objetivo era o de
A professora Katia Mendonça da 3ª/9 faz um projeto sobre
crianças de outros países, para ser exibido na feira Eco
Balão. A turma pretende fazer uma campanha de
arrecadação de lápis para doar àqueles que não podem
comprar material escolar.
Katia conta que a partir do projeto a turma tem a
oportunidade de conhecer um pouco da cultura de
crianças do Brasil e do mundo. “Estamos estudando
sobre as crianças do mundo e também do Brasil, o que
nos faz conhecer um pouco da cultura e sobre a escola de
outras crianças”, afirma a professora.
Ela conta ainda que a turma fez uma visita ao Serviço
Assistencial Salão do Encontro, que é uma organização
privada e sem fins lucrativos que promove a cidadania por
meio da arte para pessoas de baixa renda. O Salão do
Encontro se localiza em Betim e os alunos do Balão
A professora da 3º/9, Daniela Caravalho, faz um projeto
para que a turma aprenda como conservar o material
escolar.
Eles juntam todos os materiais do “Achados e perdidos”,
e que já estão lá há mais de um mês, para doação.
Daniela conta que a turma aprendeu com o projeto várias
coisas que ainda não sabiam e ficaram surpresos com as
novas descobertas. “A turma ficou um pouco confusa ao
saber que o grafite do lápis é feito do mesmo material que
o diamante, que é o minério mais duro do mundo,
enquanto o grafite é tão molinho”, declara a professora.
Juliano Alvarenga, Nilton Júnior e Pedro Loures
4ª/ 8.
conheceram o trabalho que é feito com as crianças de lá.
A professora Katia conta que o projeto não para por aí. “As
crianças da Katia também fizeram uma campanha de
arrecadação de lápis no Balão Vermelho para serem
doados”, afirma.
* para saber mais sobre o Salão do Encontro, entre no site:
Isabella Victória, Vitor Guimarães e Leticia Fiúza4ª/8
www.salaodoencontro.org.br
traçar o perfil da comunidade Balão Vermelho em relação ao
trabalho ambiental através de gráficos e apresentações em
Power Point.
As crianças descobriram para que servem os gráficos e
também os diferentes jeitos em que eles aparecem. Elas
julgam agora estar mais fácil de entender e de ler as
quantidades exibidas nos vários gráficos que descobriram. A
professora Vírginia contou que fez diversas pesquisas com
os alunos para que eles levantassem quais as comidas
preferidas das crianças, os jogos mais procurados de vídeo-
game, qual o time do coração e os animais prediletos. “A
partir dessas informações coletadas aprendemos a fazer
vários tipos de gráficos, e as crianças descobriram que os
mais simples de visualizar são os de barras, linear e em
forma de pizza”, conta.
Leticia Fiuza, Isabella Victória e Vitor Guimarães.
4ª/8
Projeto Borboletas seráapresentado na Eco Balão
Crianças do Mundo
Aprendendo a conservar o Material Escolar Aprendendo a fazer
gráficos com a Eco
Lucas Pimenta 10 anos
Clara de Paula 7 anos
Pedro Aliaga 8 anos
Nilton 11 anos
ENTREVISTA08Página
JB: Nestes oito anos de Eco Balão qual é o
levantamento que você faz da feira, se é que
devemos chamar de feira?
Mara: A Eco Balão não é só a feira, é tudo o que
acontece antes e o que a gente vai fazendo depois,
o que se aprende e as mudanças que vão
ocorrendo. Pelo diagnóstico que a gente tem feito,
percebemos que muita gente não sabia o que fazer
com o lixo e passou a fazer coleta seletiva, tanto
funcionário, como aluno e professor. As pessoas da
escola passaram a se preocupar mais com as
questões ambientais depois da Eco, passaram a se
preocupar mais com alimentação saudável.
Tudo o que foi feito, aprendido ou que foi dificuldade
para o adulto é também percebido pela criança.
Como por exemplo, a questão da Carona Solidária;
achávamos que tinha pouca gente fazendo, mas
quando chegou o diagnóstico vimos que tem muita
gente praticando. Vários pais se organizaram entre
si a partir da iniciativa da escola e isso ficou claro a
partir dos diagnósticos das famílias.
A feira faz parte do Projeto Institucional do Balão;
temos a feira porque é um momento de
compartilhar com as famílias, com as turmas e com
os parceiros o que está sendo feito na escola..
JB: Os questionários tiveram o objetivo de traçar o
perfil da comunidade Balão Vermelho em relação ao
trabalho ambiental? Quais as diretrizes do trabalho
para esse ano? E Para os próximos?
Mara: Vamos apresentar na Eco (feira) uma sala com
o resultado de todos os diagnósticos, dos
funcionários, pais e alunos. De todas as perguntas
fe i tas surg i ram grá f icos que ava l iam o
comportamento ambiental da comunidade Balão
Vermelho. Além das dúvidas e sugestões
apresentadas que serão devolvidas na Feira.
Para os alunos estamos devolvendo gradativamente
através de apresentações em power point e
discussão em sala de aula.
Mas é importante destacar que a Eco Balão vem da
Agenda 21 que é um documento que surgiu da Eco-
92, Conferência das Nações Unidas para o Meio
Ambiente e o Desenvolvimento, que aconteceu em
1992, no Rio de Janeiro onde representantes do
mundo todo buscavam meios de conciliar o
desenvolvimento dos países com a conservação e
proteção dos ecossistemas da Terra. Para facilitar o
entendimento do documento eu fiz uma reescrita,
trazendo a experiência do Balão Vermelho como
relato e forma de incentivar outras escolas. O livro
está disponível na biblioteca da escola.
Trabalhamos na Eco Balão usando o princípio da
Agenda 21, e a metodologia do documento sugere
que de tempos em tempos se faça uma avaliação
por parte de quem a produz. Então o diagnóstico
que a gente fez segue o que a Agenda 21 manda.
JB: No diagnóstico foi possível verificar as falhas e
os avanços do projeto Eco Balão, quais são eles?
Mara: O diagnóstico foi mais para ver em que o
Balão podia melhorar. E deu para ver que há pontos
dentro da escola que podem melhorar. A Coleta
Seletiva é uma delas, já foram instalados pontos de
Coleta de óleo, porque vimos que tem muita gente
aqui da escola que ainda joga óleo na pia, então a
gente colocou dois coletores com banner na porta
da escola.
A lâmpada fluorescente é outro problema, vamos
passar a recolher na porta da escola em galão
também, para ser destinado de forma correta.
Já recolhemos pilhas e doamos para o Banco Real
que faz o descarte apropriado.
Percebemos também que tem muita coisa que
melhorou e muita coisa que tem que melhorar.
Entrevista realizada pela aluna Bruna Camini, 6ª série
Sob orientação da Editora Chefe Fernanda Pimenta.
A coordenadora da Eco Balão, Mara Andrade, desenvolveu questionários com
o objetivo de traçar o perfil da comunidade Balão Vermelho em relação ao
trabalho ambiental. Ela apresentará esse levantamento completo na Feira, mas
em exclusiva para o Jornal do Balão ela antecipou um pouco para a gente.
Confira!
Sofia CunhaIsabela Amaral
Beatriz Chaimowicz 9 anos
Clarissa Aguiar 14 anos
NOTÍCIAS 09Página
A Rádio Balão Vermelho(RBV) já está com seu blog no ar...
Você fica sabendo novidades, sugestão de notícias,
músicas e pode até comentar a programação.
Além disso, é um canal aberto para os pais que quiserem
participar e enviar sugestões de jingles e de trilhas.
O coordenador da RBV, Marco Flávio Alvarenga, deixa um
convite para as famílias que quiserem participar da Rádio
ao vivo. Ela funciona todas às terças e quartas-feiras, de
10h às 11h, no turno da manhã.
Ele ainda conta que a quarta série do turno da tarde já se
prepara para assumir a Rádio, que funcionará às quarta-
feiras de 15h às 16h.
Acesse: radiobv.blogspott.come-mail: [email protected]
Os professores da Recreação desenvolvem desde o 2º
semestre do ano passado o “Projeto Peteca”. Os
recreacionistas organizaram um torneio de peteca entre os
alunos de 1ª/9 à 4ª série.
Eles contam que esse esporte fez tanto sucesso entre os
alunos, que os professores decidiram trabalhar novamente
com a peteca este ano. Além das aulas sobre a teoria do
Esporte, ensinam aos alunos a construírem petecas. Elas
são feitas de palha de bananeiras e penas.
A ideia de fazer petecas surgiu da recreacionista Nilva que
durante a infância fazia muitos brinquedos. “Eu morava no
interior e lá era muito comum a gente fazer nossos próprios
brinquedos, então achei interessante ensinar aos alunos a
construir a “peteca ecológica”, afirma a recreacionista.
Nilva ainda conta que o projeto não para por aí, pois pretende
ensinar também aos alunos a fazer bonecas de sabugo de
milho.
Carlos Gabriel, Maria Eduarda Xavier e Marina Di Ninno.
4ª/ 8.
Os alunos de 5ª e 7ª séries estarão no laboratório de
Informática durante a feira Eco Balão, orientando os
visitantes a fazerem o que eles chamam de “Pegada
Ecológica da família”, através do site do WWF.
A pegada ecológica funciona para medir o rastro do que se
consome a partir dos hábitos do dia-dia das pessoas.
Marianne Garcia, professora de Ciências do terceiro e
quarto ciclos, conta que o que cada indivíduo consome,
deixa um impacto desse consumo no planeta. “Se você
anda de carro, emite uma poluição, mas, se anda de
ônibus divide a poluição com os outros passageiros”,
explica.
A professora conta que a turma assistiu, nas aulas de
Ciências, o programa “Cidades e Soluções”, que é
transmitido pelo canal Futura e Globo News.
A partir dos vídeos que mostravam como construir uma
casa e carros ecologicamente corretos, a sexta série criou
produtos e projetos que podem contribuir para a
sustentabilidade do planeta.
A professora Marianne conta que surgiram projetos
inusitados que serão mostrados durante a feira. “Um grupo
criou um vaso sanitário ecológico. Criaram também um
sistema para reutilizar a água de uma casa, e outro de
reaproveitamento de energia”, comemora ela.
Cláudia de Paula, tutora de quinta e sexta séries, conta
também que as turmas viram vários vídeos sobre o
Aquecimento Global, e promoveram debates muito
bacanas. Após assistirem a vários vídeos, os alunos
levantaram muitas questões sobre o lixo, e sugeriram a
mudança do descarte do lixo de papel na Escola Balão
Vermelho. “Ao invés de usarmos latas de lixo, poderíamos
usar uma caixa grande em cada turma, pois chegamos à
conclusão, de que a reciclagem de papel só irá funcionar
se rasgarmos todo o material e não amassarmos como
estávamos fazendo”, afirma Cláudia.
Ana Katz, Joana Dias e Mateus Siqueira
4ª/8
As turmas de 5ª a 8ª séries visitaram o Assentamento das
Pastorinhas, grupo de Assentados do MST (Movimento
dos Sem Terra) que fica em Brumadinho ,para aprender
sobre agroecologia. A partir da visita, os alunos
aprenderam a fazer aquecedor solar com garrafas pet e
com embalagens de Tetra Pak.
A visita ao Assentamento aconteceu nos dias 14 e 21 de
maio. O projeto surgiu porque Valdivino Rodrigues, um dos
moradores do Assentamento Pastorinhas, cursa
Biomedicina na faculdade Izabela Hendrix. Valdivino
organizou um grupo de alunos para que vivenciassem
cada etapa da montagem de um aquecedor solar. A tutora,
Cláudia de Paula, conta como os alunos ficaram
envolvidos com o trabalho. “O aquecedor foi feito por
muitas mãos, um verdadeiro trabalho de equipe. Enquanto
uns pintavam as caixas, outros cortavam as garrafas,
serravam os canos e no final se dedicavam à montagem”,
diz a tutora.
Os alunos também conheceram as plantações da
comunidade e almoçaram no Assentamento. Cláudia de
Paula contou ainda que o almoço foi simples e muito
saboroso. Eles comeram arroz com feijão, frango e salada
regada por um molho de limão capeta que foi o sucesso do
almoço entre os alunos. “Experimentamos as verduras
que são plantadas e cultivadas de forma orgânica no
Assentamento e a comida estava muito boa, sem contar
que o alimento orgânico é melhor que o alimento que é
vendido em supermercados”, conta Sofia Sepe, aluna da
7ª série.
Com o aquecedor produzido no Assentamento
Pastorinhas, as turmas de sexta a oitava séries irão doar o
aquecedor para o Assentamento possibilitando o
aquecimento da água de lá também.
Além do aquecedor, os alunos aprenderam a fazer um filtro
com garrafas d'agua de 5 litros.
Para a Eco Balão os alunos pretendem oferecer uma
oficina para o público e ensinarão o que aprenderam no
Assentamento.
Leonardo Leonardi, Gabriel Quintão e
Luca Arroyo.
4ª/8
Blog da RBV
Alunos do Balão aprendem a fazer aquecedor solar
Visitantes poderão fazer “Pegada Ecológica”
Peteca EcológicaLeonardo Queiroz
9 anos
Henrique Hattler 10 anos
NOTÍCIAS 10Página
O 2º ciclo trabalha neste semestre o projeto Infância, Mídia
e Consumo. O projeto surgiu na turma 4ª/8, da Professora
Juliana Fenelon, a partir da discussão de uma matéria
publicada, no Jornal Folha de São Paulo, na Folhinha,
sobre o reaproveitamento de material escolar.
Também já era habitual na turma que os alunos levassem
para a sala notícias interessantes de jornais sobre
diversos temas.
A partir da discussão sobre consumo e mídia, a turma
passou a procurar mais notícias sobre essa temática.
Juliana Fenelon conta que uma das notícias discutidas foi
sobre a “Caça aos Brindes”, que relatava sobre
lanchonetes, que para atrair o público infantil, vendia
sanduíches com brindes.
As crianças assistiram ao filme “Criança, a alma do
negócio”, de Estela Renner (BRASIL-2008) que mostrava
como as crianças são atraídas pela mídia e sentem
necessidade de comprar produtos. O filme disparou a
discussão em torno do consumismo.
As turmas também fizeram um diário de consumo onde
escreveram tudo que consumiram no período de 15 dias e
a professora de matemática, Fabiana Ubriaco, fez um
tratamento dos dados coletados. O resultado será
mostrado em forma de gráficos e tabelas que ajudará na
interpretação dos hábitos de consumo dos alunos do
segundo ciclo.
Durante uma semana, as turmas da 4º/9 assistiram a
propagandas sobre o dia das mães,e levaram de recortes
de revistas,jornais, entre outros,para colocar no mural das
salas. A professora Cínthia de Paula conta que a proposta do
projeto é levar para a Eco Balão um espaço de reflexão
sobre a influência que a mídia exerce nas escolhas e
decisões das crianças na hora de adquirir produtos. Para
isso, a sala contará com jingles e propagandas, diversas
reflexões sobre a influência das propagandas e um mural
interativo sobre a preferência dos visitantes da Feira em
relação ao tempo livre; consumir ou passear?!
Silvia Fortini,Paula Trajano, Thomas Carrieri, Paulo
Matias, Artur Ferreira, Sofia Pena e Lucas Deotti,
4ª/8.
Este ano a escola Balão Vermelho tem uma novidade
divertida, as aulas de circo que acontecem nas turmas a
cada 15 dias. O professor Inimá Júnior, mais conhecido
como Juninho, tem formação de Palhaço pela Escola
Spasso de Circo, e faz oficinas com todo o ensino
fundamental.
O professor conta com a ajuda da professora de recreação
Pâmela Silva e também com o espaço da Quadra de Cima
que foi readaptada para ser utilizada nas aulas de circo.
Os alunos também aprovaram o circo na escola. “Acho muito
legal ter aulas de circo no Balão Vermelho, porque é uma
experiência nova e criativa. Meus colegas também gostam
muito e eu adoro o Juninho. Minha atividade favorita é o
pratinho e eu acho que deveríamos ter mais aulas de circo na
semana, seria sensacional!”, diz a aluna da 4ª/8, Isabel
Peixoto.
Juninho conta como é trabalhar com as crianças a questão
corporal e outras referências de eixo e de espaço físico. “Nas
minhas aulas os alunos aprendem além de ritmo e
movimento, a rolar com o corpo, e assim se tornam mais
desenvoltos, pois lidam melhor com as quedas com mais
tranqüilidade, e quando crescem, lidam com mais segurança
com os problemas que surgem e até melhoram com a
linguagem escrita”, declara. Juninho afirma que já viveu
experiências, em outras escolas, de crianças que a partir da
prática do Circo melhoraram até a letra.
Leticia Fiuza e Isabella Victória4ª/8
Projeto mostra como a Mídia forma pequenos
consumidores
O C oirco C !!!heg u
Isadora Trad 9 anos
Gabriela Mendonça 9 anos
11Página
PONTO DE VISTA
“Dirão - os economistas, as corporações transnacionais e
os detentores do poder - que o capitalismo vive de crises, e
que esta é mais uma crise cíclica. E tentarão nos empurrar
mais do mesmo, mais consumo, mais conflitos, mais
individualismo... Porém, a crise atual é terminal. O desafio
não é remediar o que não tem conserto, mas buscar novas
alternativas. O sistema atual, regido pelo capital e pelas
leis do mercado, que, em sua natureza, é voraz,
acumulador, depredador do meio ambiente, criador de
desigualdades e sem sentido de solidariedade, atesta a
sua própria falência. Um sistema onde a cada quatro
minutos uma pessoa perde a visão, em decorrência da
carência de vitamina A, declara o seu próprio fracasso. Um
sistema onde a cada cinco segundos uma criança com
menos de cinco anos morre de fome ou desnutrição atesta
a sua própria falência. Um sistema que criou desumanos
sofrimentos e gritantes desigualdades. O sistema vigente,
que tem como pilar um individualismo avassalador,
demonstrou-se incapaz de assegurar o bem-estar da
humanidade. Um individualismo que se revela na
linguagem cotidiana: O meu emprego, o meu salário, a
minha casa, o meu carro, a minha família... Um sistema
onde ninguém é levado a construir algo em comum, onde a
competição, o acúmulo e a ostentação predominam em
detrimento da solidariedade, da caridade e da compaixão.
Um sistema onde as crianças aprendem tão cedo a
conjugar o verbo comprar, mas que desconhecem o que
seja compartilhar. Um sistema que incentiva o
consumismo inconsequente e desenfreado, e que tanto
cultua os bens materiais. Uma cultura que dissemina
compulsão e consumismo, que associa o produto a um
conceito de felicidade. Um sistema que desconhece o
amor, a caridade e a compaixão, e que se fez cego e surdo
Confira um trecho da palestra “Diálogos com os movimentos de Juventude pelo Meio
Ambiente”, de Leonardo Boff, Teólogo Brasileiro, escritor e professor universitário realizada no
Fórum Social Mundial, Belém- PR, em janeiro de 2009.
Na ocasião Boff falou para jovens, estudantes e universitários, ativistas e sonhadores sobre a
Crise Financeira Mundial que assola o mundo. Leia e Reflita!
para o apelo do excluído, do necessitado. O oposto do amor
não é o ódio, mas a indiferença. Um sistema que por longas
décadas alega não possuir recursos para promover
a educação, a saúde e para aplacar a fome mundial, mas
que tanto gasta com guerras, conflitos e com a indústria
bélica,... e que se mostra capaz de mobilizar em poucas
horas três trilhões de dólares para socorrer bancos,
montadoras e corretoras, atesta seu próprio fracasso
terminal. Como foi que permitimos chegar a este ponto?
Quanto tempo ainda haverá de passar até que resgatemos
a nossa humanidade perdida? Um punhado de farinha e
água para enganar a fome, acrescido, nos dias de sorte, de
um pouco de sal. Além da crise financeira, nos deparamos
também com a crise ambiental. A falta de solidariedade que
impera nas nossas relações sociais. E a falta de
solidariedade para com a Natureza. A ânsia pelo
crescimento econômico, aliada ao consumismo
compulsivo, resultou na dilapidação sem
precedentes da Natureza. O atual modelo
econômico fracassou contra a própria
humanidade e contra o planeta. O bem-estar de
todos e a preservação da Terra são sacrificados
ao lucro de poucos. O consumo inconsequente
aumentou o desperdício, a produção de lixo, e
os impactos ambientais. E poluímos mares e
rios... O desenvolvimento técnico-científico, dissociado da
consciência ecológica, fez com que saqueássemos os
recursos naturais numa escala sem precedentes. E a
ruptura entre o trabalho e o cuidado fez com que o afã
desmedido de produção se revertesse na ânsia incontida de
dominação das forças da natureza. Os limites do
capitalismo são os limites da Terra. Já encostamos nestes
limites, tanto da Terra quanto do capitalismo. Já não mais
podemos prosseguir com a perversa lógica do capital,
baseada no acúmulo e no desperdício: “Quem não tem
quer; quem tem quer mais; quem tem mais diz que nunca é
suficiente.” A lógica do capital que tanto incentiva o
supérfluo, a ostentação e o desperdício...
Somente nos EUA, 426.000 aparelhos são jogados fora
diariamente, trocados por modelos mais novos. E
juntamente com os aparelhos vão-se embora também
carregadores, baterias, acessórios... Os atuais padrões de
extração, produção e consumo, mostraram-se
insustentáveis,... além da capacidade de reposição e
regeneração do planeta. A Terra está dando sinais
Letícia Fiúza 10 anos
Clarissa Aguiar 14 anos
Clarissa Aguiar 14 anos
inequívocos de que já não aguenta mais. Sinais como a
escassez de água potável, e o aquecimento global.
Qual o mundo que iremos deixar para as próximas
gerações? Eles também precisam satisfazer suas
necessidades, e habitar um planeta minimamente saudável.
Buscar novos valores. Alimentar novas esperanças. Novos
rumos, e novos paradigmas. Devemos lançar um novo olhar
sobre a realidade, adotar um novo paradigma de
relacionamento com todos os seres.
Promover a ecologia do cuidado, que zela pelos interesses
de toda a comunidade de vida. Coexistir com respeito,
cooperação e harmonia com os demais moradores deste
pequeno planeta; animais, vegetais, seres humanos. A
interculturalidade, o encontro com outras tradições, outras
culturas, enriquece a nossa visão do mundo e da vida. Ter
olhos para os que são diferentes. Ter ouvidos para a sua
voz, as suas melodias, canções, histórias... Habitamos
todos, uma Casa comum. Temos uma origem comum e,
certamente, um mesmo destino comum....
Devemos ter ouvidos para a voz que fala em nós, que nos
convoca para a prática do bem... e que diante de uma noite
estrelada nos pergunta: “Quem sustenta e se esconde atrás
daquelas estrelas?...” A voz que, quando diante de um
recém-nascido, com respeito e admiração pergunta: “Quem
foi que produziu esta vida?...” “Onde é que, no olhar da
criança, começa o céu e acaba a terra?”
Para saber mais acerca do tema, acesse:www.forumsocialmundial.org.br
www.leonardoboff.com.br
Lucca Salis 9 anos
LITERATURAPágina12
As professoras Juliana Franca e Fernanda, da 4ª/9, do turno da tarde, fizeram
uma proposta de escrita convidando seus alunos a produzirem um texto
imaginando terem se encontrado com um Extraterrestre que veio a Terra
conhecer o nosso planeta. A mesma proposta foi feita na sexta série e um dos textos foi publicado na
edição passada do JB.
Confira agora as ideias das 4ªs/9 e divirta-se.
Caraca, Ensinei a um E.T.
João Pedro9 anos
Um E.T. Ecológico
Em um dia comum, voltei da escola e já fui direto para o
meu quarto. Me deparei com uma estranha criatura ao lado
de minha cama, que falava uma língua estranha. De
repente, ele estendeu a mão e me deu um comprimido e
daí em diante comecei a entendê-lo e ele falava assim:
- Saudações, me chamo Zarolho, venho do
planeta Flazz em uma grande missão. Aprender como
vocês cuidam de seu planeta, você pode me ajudar?
- Bom, Zarolho, nosso planeta não está nas
melhores condições não, mas eu vou tentar, OK?
- OK!
Saímos e eu mostrei como nós precisamos de
melhorar e como cuidar do nosso planeta. Falei que não
podemos jogar lixo nos rios e que devemos reciclar tudo o
que for possível e muitas outras coisas.
No dia seguinte, Zarolho foi embora e contou aos
seus amigos o que eu lhe ensinei, e assim eles começaram
a cuidar melhor de Flazz.
Carolina Espí
4ª/9
Em um fim de semana, meus pais tinham viajado e minha
avó estava dormindo.
Eu estava acabando de montar um quebra-cabeças no
sótão com meu amigo César, quando de repente um E. T.
entrou lá.
César fugiu, mas eu fiquei.
- Olá E.T., falei. Ele parecia falar a nossa língua.
- Olá terráqueo, meu nome é Agrodox, venho do Planeta
Biocol.
- Então, Agrodox, o que quer? Perguntei cheio de
entusiasmo.
- Eu preciso aprender como plantar sementes.
- Claro, com muito prazer.
Então, ensinei ele a plantar, dei livros de biologia para ele
ler e dei sementes de milho e trigo, conforme ele pediu.
Quando acabou, eu não pude me conter e perguntei:
- Por que quer saber tudo isso, Agrodox?
- Bem... disse Agrodox.
Biocol inteira passa fome . Eu fui designado para levar
vegetais para lá, pois só comemos isso.
- Ora Agrodox, foi um prazer ajudá-lo.
- Adeus Terráqueo, nunca vou te esquecer.
- Adeus Agrodox.
E foi a primeira e última vez que o vi.
João Pedro Matoso. 4ª/9
O bicho!
Um dia eu estava voltando do Ballet quando abri a porta do
meu banheiro, e vi um bicho estranho mexendo com meu
peixe! Eu pensei, que bicho seria este? E não consegui
decifrar aquela espécie, fiquei curiosa. Então o bicho falou
“baleiês”, e já que eu tinha assistido ao filme Procurando
Nemo, entendi tudo. Ele disse:
- Ooláá teerráquea, eeeu goosteeei dee voocêêê, me
eensiinee allgumaa cooisa que vocêê goosteee.
Então eu pensei, pensei e ensinei o bicho a jogar DS(vídeo
game portátil) e ele A-M- O – U e comprou um DS só para
ele mostrar para o povo dele.
Ele foi embora e até hoje eu fico pensando se aquela coisa
que me aconteceu foi mesmo verdade ou foi um sonho!
Beatriz Pimenta4ª/9
Carolina Espí10 anos
Ana Rosa 11 anos