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O jornal dos alunos da Escola Balão Vermelho para você Julho/2009 ECO BALÃO Arte com a Natureza A meninada de 3 e 4 anos, da professora Mariângela Estanislau, desenvolve um projeto usando elementos da natureza. Os alunos pegaram cascas de árvores para pintá-las e folhas secas para desenhar. Página 04 Cuidados com o Lixo A turma de um e dois anos, da professora Andréa Salles, desenvolve um trabalho de conscientização ambiental . A professora estimula os alunos a praticarem pequenas atitudes que fazem a diferença no dia-a-dia. Página 04 Crianças do Mundo A professora, Katia Mendonça, da 3ª/9, faz um projeto sobre crianças de outros países para ser exibido na feira Eco Balão. A turma pretende fazer uma campanha de arrecadação de lápis para doar àqueles que não podem comprar material escolar. Página 07 As turmas de 5ª a 8ª séries visitaram o Assentamento Pastorinhas, grupo de Assentados do MST (Movimento dos Sem Terra) que fica em Brumadinho, para aprender sobre agroecologia. A partir da visita, os alunos aprenderam a fazer aquecedor solar com garrafas pet e com embalagens de Tetra Pak. Página 09 Cartas à Redação JB inaugura novo espaço, e escritores elogiam os jornalistas-alunos da Escola Balão Vermelho. Eles falam da beleza dos textos e principalmente da importância do aluno botar a mão na massa. Autor acredita que profissionais podem nascer dessa iniciativa do JB. Página 03 A Escola Balão Vermelho promove a 9ª edição da Eco Balão no dia 04 de julho deste ano. A coordenadora da feira, Mara Andrade, apresentará um levantamento do perfil da Escola em relação ao trabalho ambiental. Mara acredita que muita coisa melhorou e outras têm que melhorar. Confira entrevista Página 08 Alunos fazem aquecedor solar O Circo Chegou !!! Este ano a escola Balão Vermelho tem uma novidade divertida, as aulas de circo que acontecem nas turmas a cada 15 dias. O professor Inimá Júnior, mais conhecido como Juninho, tem formação de Palhaço pela Escola Spasso de Circo, e faz oficinas com todo o ensino fundamental. Os alunos aprovaram o Circo na escola.

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O jornal dos alunos da Escola Balão Vermelho para você Julho/2009

ECO BALÃO

Arte com a NaturezaA meninada de 3 e 4 anos, da professora Mariângela

Estanislau, desenvolve um projeto usando elementos da

natureza.

Os alunos pegaram cascas de árvores para pintá-las e

folhas secas para desenhar.

Página 04

Cuidados com o LixoA turma de um e dois anos, da professora Andréa

Salles, desenvolve um trabalho de conscientização

ambiental . A professora estimula os alunos a

praticarem pequenas atitudes que fazem a diferença no

dia-a-dia.

Página 04

Crianças do Mundo A professora, Katia Mendonça, da 3ª/9, faz um projeto

sobre crianças de outros países para ser exibido na feira

Eco Balão. A turma pretende fazer uma campanha de

arrecadação de lápis para doar àqueles que não podem

comprar material escolar. Página 07

As turmas de 5ª a 8ª séries visitaram o Assentamento

Pastorinhas, grupo de Assentados do MST (Movimento

dos Sem Terra) que fica em Brumadinho, para aprender

sobre agroecologia. A partir da visita, os alunos

aprenderam a fazer aquecedor solar com garrafas pet e

com embalagens de Tetra Pak. Página 09

Cartas à RedaçãoJB inaugura novo espaço, e escritores elogiam os

jornalistas-alunos da Escola Balão Vermelho. Eles falam

da beleza dos textos e principalmente da importância do

aluno botar a mão na massa. Autor acredita que

profissionais podem nascer dessa iniciativa do JB.

Página 03

A Escola Balão Vermelho promove a 9ª edição

da Eco Balão no dia 04 de julho deste ano. A

coordenadora da feira, Mara Andrade,

apresentará um levantamento do perfil da

Escola em relação ao trabalho ambiental. Mara

acredita que muita coisa melhorou e outras têm

que melhorar. Confira entrevista

Página 08

Alunos fazem aquecedor solar

O Circo Chegou !!!Este ano a escola Balão Vermelho tem uma novidade

divertida, as aulas de circo que acontecem nas turmas a

cada 15 dias. O professor Inimá Júnior, mais conhecido

como Juninho, tem formação de Palhaço pela Escola

Spasso de Circo, e faz oficinas com todo o ensino

fundamental. Os alunos aprovaram o Circo na escola.

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EDITORIAL

Professoras responsáveis:Cláudia Siqueira e Rosvita Kolb.

Editoria de Artes: Marcelo de Oliveira e Fernanda Pimenta

Setor Gráfico : Marcelo de Oliveira

Direção Pedagógica:Iêda Maria Luz BritoMaria Elena Latalisa de SáMaria Elisabete Lobato

Expediente:Escola Balão Vermelho Av. Bandeirantes, 800 - [email protected] www.balaovermelho.com.br

Tel.: (31)3194.2400

Editora Chefe: Fernanda PimentaRJP: 12.400/MG

02Página

Editores: Alicia Veiga, Ana Katz, Artur Ferreira, Beatriz

Cinque, Bruna Camini, Camila Brunelli, Clara

Sepe ,Carlos Gabriel, Carolina Serelle, Daniela

Parizzi, Gabriel Quintão, Guilherme Souza,

Guilherme Levcovitz, Isabella Victória , Juliano

Alvarenga, Joana Dias, Leonardo Leonardi,

Letícia Fiúza, Luca Arroyo, Lucas Deotti, Luísa

Lombarde, Luiza Resende, Maria Eduarda Xavier,

Marina Di Ninno, Matheus Siqueira, Matheus

Marinho, Nilton Júnior, Paula Trajano, Paulo

Matias, Pedro Loures, Silvia Fortini, Sofia Pena,

Thomas Carrieri, Vitor Guimarães

Tiragem: 1.000

Edição: Julho de 2009

Coordenação do Jornal Iêda Maria Luz Brito

Falar sobre educação ambiental, atualmente, é uma tarefa

complexa e preocupante. Pois os conceitos, as ideias e as

soluções sugeridas e encontradas têm requerido uma

mudança drástica na forma de pensar e principalmente no

comportamento de TODAS as pessoas.

Quando alguns ensinamentos básicos são passados, como:

“Não jogue lixo na rua”, “Separe o lixo que puder ser

reciclável”, ou até mesmo quando mostramos que

determinado bicho “bonitinho” e cativante está em processo

de extinção, estamos superficializando o modo de pensar e

de cuidarmos de nós.

Faz parte do processo de educação ambiental discutir e

questionar, por exemplo, o porquê e como determinado

“bichinho bonitinho” sumiu e que ele é apenas mais uma das

vítimas dos danos causados em seu habitat. Mas é

importante deixar claro também, que a sua beleza, nesse

caso, foi explorada com a melhor das intenções, com o

objetivo de sensibilizar. Já que uma perereca que

provavelmente pode ter desaparecido, pelo mesmo

problema de moradia, não causaria o mesmo efeito e

impacto diante das pessoas. E ela é tão importante quanto

qualquer outro ser vivo, pois já está mais do que

comprovado, que cada um tem papel fundamental na

manutenção do equilíbrio da vida.

A problemática do lixo ou resíduo, cuja relevância é bem

maior do que se pensa hoje em dia, consegue proporcionar

momentos de reflexão, de extrema importância. O processo

de tomada de consciência que o modo de vida atual deve ser

não só repensado e sim mudado, o mais rápido possível, é o

grande “x” da questão. Já que ironicamente esse processo

de mudança na verdade é muito lento.

Não adianta, portanto, apenas enchermos a cabeça das

nossas crianças e jovens com problemas. É preciso

sensibilizá-los quanto à situação atual e futura, ajudando–os

a adquirir nossos hábitos. Isto é bem mais fácil e eficaz do

que, na fase adulta, cobrar-lhes mudanças no estilo de vida a

que já estão acostumados.

Como professora de Ciências desta escola, desde o ano

passado, admiro a forma com que toda a comunidade de

alunos, professores e familiares encaram, atuam e

colaboram com o nosso projeto de educação ambiental -

Ecobalão. Ela não é apenas uma feira que acontece uma vez

por ano e dura um dia. É um projeto pedagógico que serve de

ferramenta e auxilia no processo de formação dos nossos

alunos, durante todo o ano letivo.

Penso que nessa luta pela melhoria e qualidade de vida, vale

tudo! Como, por exemplo, destacar sempre o lado bom e as

ideias interessantes e inovadoras do governo, empresas e

diversas entidades que têm manisfetado algum movimento

a favor do meio ambiente. Claro que nem todos possuem

atitudes legitimamente puras, mas todo e qualquer tipo de

preocupação e informação é válido. Cabe a nós,

educadores (nessa incluo os familiares) não deixarmos a

esperança desaparecer do nosso futuro.

É com imenso prazer que deixo aqui o meu recado sobre um

assunto que é de importância vital. Afinal, foi ele que sempre

me inquietou e me guiou na escolha da minha profissão

como bióloga!!!

Um grande abraço a todos,

Marianne Garcia

[email protected]

Uma filosofia de vida

Ana Rosa 11 anos

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REDAÇÃO 03Página

Rio, Maio de 2009Querida Sônia, tudo bem?

Há muito queria agradecer-lhe pelo envio do Jornal do

Balão, mas fiz mudança nas estantes (o Jornal migrou

para uma coleção de revistas de Arte), viajei demais e

acabei ficando em falta com você.

Mas sempre é tempo de dizer da belezura dos textos e,

principalmente, da importância do aluno botar a mão na

massa. Em cada página, o leitor sente a presença do

jornalista-aluno trabalhando e se sentindo feliz em

socializar seus escritos, em falar da alegria de participar

da pauta. Muitos profissionais podem nascer dessa

iniciativa.

Por isso a Giroletras é tão boa. O adulto coordena,

caminha com o aluno e lhe dá a mão. Mas é ele, o aluno, oprotagonista.

Parabéns, obrigada pelo Jornal e muito sucesso a todos.

Um abração da Neuza Sorrenti.

Caríssima Sônia,

Desculpe a demora em te agradecer o envio dos

exemplares do Jornal do Balão, sempre bem – vindos,

sempre uma leitura gostosa.

O de dezembro de 2008, com a resenha do meu livro A

História de Oe por Otávio Penna (3ª/9) me fez reviver a

inesquecível ida ao Balão Vermelho com o livro recém-

saído do forno. A turma tinha lido antes mas me fez contar

a história. E o nível das perguntas, e o carinho de alunos e

professoras, e a gentileza e a atenção da Iêda, e a ida à

biblioteca...

Mui grande abraço para você e para todos os que tocam

este trabalho maravilhoso. E até breve, se Deus quiser.

Luiz Raul Machado

A bibliotecária Sônia Patente sempre envia edições do Jornal do Balão para

escritores. Geralmente esses autores são muito lidos pelos alunos, ou vieram à

última edição da Giroletras. O resultado foi uma chuva de elogios para o nosso

Jornal, nada melhor para inaugurar “ Cartas à Redação”, o novo espaço do JB.

Entre e fique à vontade!

Cartas à Redação

Ricardo Sarkis 13 anos

Cara Sônia,

Acabo de receber os dois exemplares do "JB" que você

gentilmente me enviou - muito obrigada! Vocês mais uma vez

merecem parabéns por todas essas grandes iniciativas

ligadas à leitura que, afinal de contas, são responsáveis pela

formação global de seus alunos. Fiquei feliz também por ver

o meu "Tudo pode ser brinquedo" entre os livros comentados

nas últimas páginas.

Por favor, cumprimente a Ieda também, por tudo isso e pela

medalha recebida. E também às demais professoras, co-

responsáveis pelas "proezas" dessa meninada.

Um carinhoso abraço,

Ângela Leite de Souza

Oi, Sônia, boa tarde! Recebi o material que você me enviou e, como estava

viajando a trabalho, demorei um pouco em ler seu bilhete.

Fiquei encantada com o trabalho feito pelas crianças! Isso

só faz aumentar minha satisfação e minha

responsabilidade, o que é muito positivo.

Quanto à minha presença na Giroletras, em novembro,

não posso prometer nada, infelizmente. No dia 13 de

outubro vou completar 60 anos - com muita alegria, ânimo

e entusiasmo -- e pretendo comemorá-los na Espanha,

junto a amigos especialíssimos, com quem já comemorei

os 50 anos, inclusive.

Sendo assim, não estou assumindo nenhum

compromisso para os meses de outubro e novembro

deste ano.

Agradeço muito o convite e vou continuar torcendo

sempre por vocês!Um grande abraço,

Cristina Porto. Aproveito para deixar o endereço do meu blog,

"Serafinices"; se puder passá-lo para as crianças, vou

adorar!!!

www.serafinaporto.blogspot.com

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INFANTIL04Página

A turma da Sarah Cozzi, de crianças de 02 e 03 anos,

desenvolve um projeto sobre as plantas e vegetais. Tudo

começou quando a professora observou que os alunos

jogavam areia nas plantas. Ela então teve a ideia da turma

plantar duas mudas de hortelã para ver o que acontecia.

Uma foi plantada com terra e outra com areia. A que estava

no vaso com terra cresceu e a com areia morreu.

A meninada aprendeu, então, que não pode jogar areia nas

plantas.

Como as crianças adoraram o projeto, resolveram fazer

uma horta. Fizeram com a ajuda de Penha, conhecida de

Leninha, que tem experiência com horta em pneus que não

são mais usados. Já plantaram couve, alface e sementes

de cenoura. Sarah ainda tentará arrecadar mais pneus usados para

plantar mais mudas.

Alicia Veiga, Camila Brunelli, Beatriz Cinque

4ª/8

A turma da Cláudia Rocha, a Claudinha, desenvolve um

projeto sobre Brinquedos e Animais de sucata.

A meninada de apenas um ano construiu junto com a

professora uma girafa e uma cortina de sucata com

tampinhas e canetinhas velhas. Agora eles constroem

uma zebra.

A turma a cada 15 dias, toda sexta-feira, faz vários

brinquedos como tambores, chocalhos, bolas e ioiôs com

a ajuda da atelierista Pretinha.

A professora destacou que o importante desse projeto é

que todo brinquedo feito pela sua meninada será de

sucata e materiais recicláveis como jornais, tampas,

embalagens e caixas de papelão. Esses materiais são

doados pelas famílias através de campanhas feitas no

Balãozinho.

“Vale destacar que as professoras do Infantil sempre estão

envolvidas nesta questão e fazem arrecadação de

materiais para serem reutilizados”, afirma Claudinha.

Luísa Lombarde e Daniela Parizzi 4ª/8

A meninada de 3 e 4 anos, da professora Mariângela

Estanislau, desenvolve um projeto usando elementos da

natureza.

A partir daí as crianças pesquisaram em casa e levaram

vários elementos para a sala de aula.

Os alunos pegaram cascas de árvores para pintá-las e folhas

secas para desenhar. Eles até foram a uma praça para pegar

galhos e folhas secas para o projeto.

Outro projeto da turma é o de construções de brinquedos

com materiais que podem ser reutilizados como papel, jornal

e revistas. “Amassamos jornais e revistas para fazermos io-

iôs e também produzimos carrinhos feitos à base de rolos...”,

comenta a professora.

Além de todos estes projetos a turma também pensa sobre

os problemas ambientais que enfrentamos no dia-a-dia.

“Trabalhamos questões aqui mesmo da escola, como o

desperdício e também o cuidado com os colegas”,

acrescenta Mariângela.

Carlos Gabriel, Maria Eduarda Xavier e Marina Di Ninno

4ª/8

A turma de um e dois anos, da professora Andréa Salles,

não desenvolve um projeto específico para Eco Balão,

mas sim um trabalho de conscientização ambiental feito

com a turma durante o semestre. A professora estimula

os alunos a praticarem pequenas atitudes que fazem a

diferença no dia-a-dia.

Para isso, a meninada constrói brinquedos a partir de

materiais que não são mais utilizados. Elas sempre se

lembram de apagar as luzes e desligar o ventilador depois

de sair da sala. Na hora de lavar às mãos ficam de olho no

desperdício de água. ”Também tentamos reutilizar o

máximo de coisas possíveis, por exemplo, quando vamos

levar livros para casa utilizamos uma sacola feita de capa

de discos de vinil e de retalhos de tecidos ”, comenta

Andréa.

A professora pretende mostrar estas atitudes na Eco Balão

através de textos e exposições dos brinquedos produzidos

na sala de aula.

Carlos Gabriel, Maria Eduarda Xavier e Marina Di

Ninno

Pequenas e Grandes Construções Arte com a Natureza

Horta na escola

Pequenas ações quefazem a diferença

Beatriz Pimenta 4 anos

Lucas Drumond 4 anos

Paulo Borja 5 anos

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05Página

INFANTIL

Durante todo o semestre a meninada da Bárbara Coura, de

5 e 6 anos, trabalhou com o estudo sobre os cuidados com o

lixo.

As crianças pesquisaram sobre os prejuízos do óleo quando

jogado na pia ou no vaso sanitário.

Por isso, Mara de Andrade, coordenadora da Eco Balão,

esteve na sala e falou sobre o sabão artesanal feito pelo

Assentamento do MST “Pastorinhas” com óleo

reaproveitado. A turma escreveu um bilhete contando para

as pessoas sobre os prejuízos que o óleo causa nos rios.

Feito o bilhete, os alunos foram às turmas contar sobre o

que aprenderam e convidar as famílias para trazerem o óleo

As professoras do segundo período, Renata Vidal e

Bárbara Coura, desenvolvem em parceria um projeto que

estará na Eco Balão a respeito dos cuidados que devemos

ter com o lixo.

Para desenvolver o projeto, a professora Renata Vidal conta

que a turma fez uma oficina de costura e colagem de

brinquedos velhos com a ajuda da professora Eliane

Miranda. Eles também fizeram latas de lixos reciclados. Para

fazer essas latas, a turma pesquisou também as cores certas

dos containeres: na lata vermelha devem ser descartados

apenas materiais plásticos, na azul somente papel e na cinza

só lixo orgânico.

As turmas da Renata também trabalharam em uma

campanha com o “Papa Pilha”, recolhedor de pilhas e

baterias usadas, e ao longo da campanha descobriram que

alguns alunos estavam jogando lixo no local destinado

somente à coleta de pilhas.

Para ajudar nesse uso, as crianças distribuíram panfletos

dentro e fora da escola contando sobre o que sabiam do

assunto.

Para os alunos entenderem melhor para onde vai o lixo

comum que sai das casas, estiveram no Centro Mineiro de

Resíduo Sólido e também no Aterro Sanitário da cidade.

Segundo as professoras, as visitas foram muito proveitosas.

Grupo: Clara Sepe, Matheus Marinho, Guilherme Souza

4ª/8

A turma da Nicole Salgueiro de 3 e 4 anos desenvolve o

“Projeto Animais Terrestres”. A meninada constroi

animais terrestres feitos com materiais reciclados.

Os animais terão tamanhos diferentes, e para a ECO

BALÃO eles fazem um elefante de caixas com tamanhos

variados, grandes para o corpo, espichados para as

patas e a cabeça de jornal.

A professora conta que a meninada escolheu fazer um

elefante porque ele é o animal preferido deles.

O aluno Eduardo Belezia, de 3 anos, conta que gosta

muito deste projeto. “Nós já fizemos uma arara e o animal

que eu mais gosto é o hipopótamo porque ele é grande.”

Ele ainda descobriu através do projeto que a girafa tem

um jeito diferente dos outros animais ao beber água. “Ela

tem que ficar de perna aberta e precisa que outra girafa

vigie, para que os outros animais, como o leão não lhe

dêem uma mordida”, conta.

Daniela Parizzi e Luísa Lombardi4ª/8

Animais Terrestres

Turma da Bárbara distribui Sabão Artesanal

Cuidados com o Lixo

usado de casa para ser transformado em sabão. A meninada

também entregou uma amostra do sabão feito pelo

Assentamento. A ideia é que todo óleo arrecadado na escola

seja doado para o “Pastorinhas” para ser transformado em

sabão.

No dia 18 de maio a turma foi dividida em grupos para

panfletar na porta da escola. As crianças abordaram as

pessoas que passaram e contaram sobre o conteúdo dos

panfletos, e os convidaram a colocar o óleo usado em casa no

coletor do Balão Vermelho.

Luiza Resende,Carolina Serelle4ª/8

Meninada estuda decomposição de sacos plásticos

A turma da Ana Paula de 4 e 5 anos desenvolve um Projeto

sobre lixo. A meninada pesquisa sobre os sacos plásticos e a

quantidade de anos que eles levam para se decompor.

A professora destaca que uma das descobertas do projeto é

que os sacos plásticos prejudicam o planeta, provocam

enchentes e até matam animais que os encontram e comem

como se fosse alimento.

Além disso, a meninada faz brinquedos, artes e colagens de

jornal. Ana Paula conta que o objetivo é fazer diversas coisas

reutilizando materiais. Ela afirma ainda que os alunos

aprenderam que é muito importante não jogar lixo nas ruas e

que podem reutilizar essas coisas que iriam para o lixo.

A turma também fez panfletos sobre o assunto e distribuiu

para toda a meninada do Balãozinho.

Alicia Veiga, Camila Brunelli, Beatriz Cinque

4ª/8

Carolina Ribeiro 5 anos

Luísa Pimenta 6 anos

Ana Luíza Vilela 8 anos

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PROJETOS 06Página

As crianças da 1ª/9, da professoraTeresa Pena,

apresentam na Eco Balão o projeto “Árvores da nossa

cidade”. Para isso, eles já estudaram diversas árvores

como a quaresmeira, paineiras, bouganvilles, patas de

vacas e sapucaias.

Desde o ano passado a turma tem feito excursões pela

cidade para conhecerem melhor as árvores e suas flores.

Teresa conta que o público da Eco Balão poderá conferir

os desenhos e as pinturas das árvores feitas pela turma.

Alicia Veiga, Camila Brunelli, Beatriz Cinque

4ª/8

A turma da professora Juliana Leite, da 1ª/9, trabalha com um

projeto para estudar culturas diferentes além da brasileira.

As crianças estudam junto com a professora sobre a cultura

dos esquimós e a dos africanos. Juliana conta que eles estão

achando o projeto bem interessante, pois as culturas são

opostas.

O projeto começou quando a professora colocou vários tipos

diferentes de sapatos na sala (De salto, chinelos e até um

sapato de palhaço) e deixou seus alunos discutirem o projeto

que iriam realizar.

A professora da 1ª/9, Patrícia Bagno, conta que sua turma

prepara um projeto para mostrar como crianças de 6 anos

conseguem contribuir com o meio ambiente para ajudar o

mundo. Esta ideia surgiu quando as crianças trabalharam o

Projeto Memórias e se deram conta que já estavam na

primeira série do ensino Fundamental e mais “crescidas”.

A professora conta que a partir daí as crianças refletiram

sobre as suas experiências vividas no Balãozinho em

Meninada da Tê estuda árvores de BH

relação à preservação do meio ambiente.

Na sala da Eco Balão a turma mostra essas conquistas e

que já dão conta de fazer muita coisa por conta própria.

Clara Sepe, Guilherme Levcovitz, Matheus Marinho

4ª/8.

Crianças de 6 anos já contribuem com o meio Ambiente

Turma da Ju Leite estuda culturas diferentes

Ana Rosa 11 anos

Igor Maia 12 anos

A turma da 4ª/9, do professor Olavo Malta, prepara para a

feira ECO Balão, um projeto para combater a epidemia de

dengue e a proliferação do mosquito Aedes Aegypti

(mosquito da dengue). A importância deste projeto é grande,

pois ajuda a conscientizar pessoas de que esta doença é

perigosa e que já matou várias pessoas no Brasil.

Os alunos contam com a ajuda de moradores próximos da

escola. “Adotamos quatro quarteirões em volta do Balão

Vermelho, fizemos visitas para retirar possíveis focos de

dengue e fizemos campanhas educativas com os

moradores. Além disso, estamos também cuidando do Balão

para que ele não tenha nenhum foco de proliferação do

mosquito”, comenta o professor Olavo.

É importante lembrar que a escola Balão Vermelho

sempre contribuiu para o combate contra a Dengue e por

isso espera grandes resultados com esta campanha.

Muitos alunos de outras turmas participam ativamente em

casa e também na escola. Letícia Fiuza, Isabella Victória e Vitor Guimarães.

4ª/8.

Cai fora Dengue

Eles pretendem apresentar essas descobertas na Eco Balão

através de uma exposição.

Carlos Gabriel, Maria Eduarda Xavier e Marina Di Ninno.

4ª série/8. Clarissa Aguiar

14 anos

Paula Assis 14 anos

Pedro Loures 10 anos

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PROJETOS 07Página

As professoras Juliana dos Anjos, Virgínia Peret da 2ª/ 9,

e Teresa Pena, da 1ª/9 apresentam na Eco Balão o

“Projeto Borboletas”.

As turmas estudaram sobre lagartas e borboletas durante

o semestre. Tudo começou quando Virgínia, professora

da manhã, ganhou três casulos da tia dela e colocou em

uma garrafa Pet no mural da sala para as crianças

observarem o que estava acontecendo com os casulos.

A professora Juliana destaca que a turma participou com

muita empolgação do projeto. “Ficamos curiosos e

resolvemos pesquisar muito sobre o assunto, assistimos

vídeos, fizemos desenhos e tivemos várias conversas”,

conta a professora.

Juliano Alvarenga, Nilton Junior e Pedro Loures

4ª/ 8.

A turma da Virgínia Peret, da

2ª/9, desenvolveu gráficos

contendo respos tas das

cr ianças sobre questões

relativas ao meio ambiente,

cuidados com o lixo e com o

nosso planeta no dia-a-dia.

E s t e q u e s t i o n á r i o f o i

desenvolvido pela organizadora

do projeto Eco Balão, Mara

Andrade. O objetivo era o de

A professora Katia Mendonça da 3ª/9 faz um projeto sobre

crianças de outros países, para ser exibido na feira Eco

Balão. A turma pretende fazer uma campanha de

arrecadação de lápis para doar àqueles que não podem

comprar material escolar.

Katia conta que a partir do projeto a turma tem a

oportunidade de conhecer um pouco da cultura de

crianças do Brasil e do mundo. “Estamos estudando

sobre as crianças do mundo e também do Brasil, o que

nos faz conhecer um pouco da cultura e sobre a escola de

outras crianças”, afirma a professora.

Ela conta ainda que a turma fez uma visita ao Serviço

Assistencial Salão do Encontro, que é uma organização

privada e sem fins lucrativos que promove a cidadania por

meio da arte para pessoas de baixa renda. O Salão do

Encontro se localiza em Betim e os alunos do Balão

A professora da 3º/9, Daniela Caravalho, faz um projeto

para que a turma aprenda como conservar o material

escolar.

Eles juntam todos os materiais do “Achados e perdidos”,

e que já estão lá há mais de um mês, para doação.

Daniela conta que a turma aprendeu com o projeto várias

coisas que ainda não sabiam e ficaram surpresos com as

novas descobertas. “A turma ficou um pouco confusa ao

saber que o grafite do lápis é feito do mesmo material que

o diamante, que é o minério mais duro do mundo,

enquanto o grafite é tão molinho”, declara a professora.

Juliano Alvarenga, Nilton Júnior e Pedro Loures

4ª/ 8.

conheceram o trabalho que é feito com as crianças de lá.

A professora Katia conta que o projeto não para por aí. “As

crianças da Katia também fizeram uma campanha de

arrecadação de lápis no Balão Vermelho para serem

doados”, afirma.

* para saber mais sobre o Salão do Encontro, entre no site:

Isabella Victória, Vitor Guimarães e Leticia Fiúza4ª/8

www.salaodoencontro.org.br

traçar o perfil da comunidade Balão Vermelho em relação ao

trabalho ambiental através de gráficos e apresentações em

Power Point.

As crianças descobriram para que servem os gráficos e

também os diferentes jeitos em que eles aparecem. Elas

julgam agora estar mais fácil de entender e de ler as

quantidades exibidas nos vários gráficos que descobriram. A

professora Vírginia contou que fez diversas pesquisas com

os alunos para que eles levantassem quais as comidas

preferidas das crianças, os jogos mais procurados de vídeo-

game, qual o time do coração e os animais prediletos. “A

partir dessas informações coletadas aprendemos a fazer

vários tipos de gráficos, e as crianças descobriram que os

mais simples de visualizar são os de barras, linear e em

forma de pizza”, conta.

Leticia Fiuza, Isabella Victória e Vitor Guimarães.

4ª/8

Projeto Borboletas seráapresentado na Eco Balão

Crianças do Mundo

Aprendendo a conservar o Material Escolar Aprendendo a fazer

gráficos com a Eco

Lucas Pimenta 10 anos

Clara de Paula 7 anos

Pedro Aliaga 8 anos

Nilton 11 anos

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ENTREVISTA08Página

JB: Nestes oito anos de Eco Balão qual é o

levantamento que você faz da feira, se é que

devemos chamar de feira?

Mara: A Eco Balão não é só a feira, é tudo o que

acontece antes e o que a gente vai fazendo depois,

o que se aprende e as mudanças que vão

ocorrendo. Pelo diagnóstico que a gente tem feito,

percebemos que muita gente não sabia o que fazer

com o lixo e passou a fazer coleta seletiva, tanto

funcionário, como aluno e professor. As pessoas da

escola passaram a se preocupar mais com as

questões ambientais depois da Eco, passaram a se

preocupar mais com alimentação saudável.

Tudo o que foi feito, aprendido ou que foi dificuldade

para o adulto é também percebido pela criança.

Como por exemplo, a questão da Carona Solidária;

achávamos que tinha pouca gente fazendo, mas

quando chegou o diagnóstico vimos que tem muita

gente praticando. Vários pais se organizaram entre

si a partir da iniciativa da escola e isso ficou claro a

partir dos diagnósticos das famílias.

A feira faz parte do Projeto Institucional do Balão;

temos a feira porque é um momento de

compartilhar com as famílias, com as turmas e com

os parceiros o que está sendo feito na escola..

JB: Os questionários tiveram o objetivo de traçar o

perfil da comunidade Balão Vermelho em relação ao

trabalho ambiental? Quais as diretrizes do trabalho

para esse ano? E Para os próximos?

Mara: Vamos apresentar na Eco (feira) uma sala com

o resultado de todos os diagnósticos, dos

funcionários, pais e alunos. De todas as perguntas

fe i tas surg i ram grá f icos que ava l iam o

comportamento ambiental da comunidade Balão

Vermelho. Além das dúvidas e sugestões

apresentadas que serão devolvidas na Feira.

Para os alunos estamos devolvendo gradativamente

através de apresentações em power point e

discussão em sala de aula.

Mas é importante destacar que a Eco Balão vem da

Agenda 21 que é um documento que surgiu da Eco-

92, Conferência das Nações Unidas para o Meio

Ambiente e o Desenvolvimento, que aconteceu em

1992, no Rio de Janeiro onde representantes do

mundo todo buscavam meios de conciliar o

desenvolvimento dos países com a conservação e

proteção dos ecossistemas da Terra. Para facilitar o

entendimento do documento eu fiz uma reescrita,

trazendo a experiência do Balão Vermelho como

relato e forma de incentivar outras escolas. O livro

está disponível na biblioteca da escola.

Trabalhamos na Eco Balão usando o princípio da

Agenda 21, e a metodologia do documento sugere

que de tempos em tempos se faça uma avaliação

por parte de quem a produz. Então o diagnóstico

que a gente fez segue o que a Agenda 21 manda.

JB: No diagnóstico foi possível verificar as falhas e

os avanços do projeto Eco Balão, quais são eles?

Mara: O diagnóstico foi mais para ver em que o

Balão podia melhorar. E deu para ver que há pontos

dentro da escola que podem melhorar. A Coleta

Seletiva é uma delas, já foram instalados pontos de

Coleta de óleo, porque vimos que tem muita gente

aqui da escola que ainda joga óleo na pia, então a

gente colocou dois coletores com banner na porta

da escola.

A lâmpada fluorescente é outro problema, vamos

passar a recolher na porta da escola em galão

também, para ser destinado de forma correta.

Já recolhemos pilhas e doamos para o Banco Real

que faz o descarte apropriado.

Percebemos também que tem muita coisa que

melhorou e muita coisa que tem que melhorar.

Entrevista realizada pela aluna Bruna Camini, 6ª série

Sob orientação da Editora Chefe Fernanda Pimenta.

A coordenadora da Eco Balão, Mara Andrade, desenvolveu questionários com

o objetivo de traçar o perfil da comunidade Balão Vermelho em relação ao

trabalho ambiental. Ela apresentará esse levantamento completo na Feira, mas

em exclusiva para o Jornal do Balão ela antecipou um pouco para a gente.

Confira!

Sofia CunhaIsabela Amaral

Beatriz Chaimowicz 9 anos

Clarissa Aguiar 14 anos

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NOTÍCIAS 09Página

A Rádio Balão Vermelho(RBV) já está com seu blog no ar...

Você fica sabendo novidades, sugestão de notícias,

músicas e pode até comentar a programação.

Além disso, é um canal aberto para os pais que quiserem

participar e enviar sugestões de jingles e de trilhas.

O coordenador da RBV, Marco Flávio Alvarenga, deixa um

convite para as famílias que quiserem participar da Rádio

ao vivo. Ela funciona todas às terças e quartas-feiras, de

10h às 11h, no turno da manhã.

Ele ainda conta que a quarta série do turno da tarde já se

prepara para assumir a Rádio, que funcionará às quarta-

feiras de 15h às 16h.

Acesse: radiobv.blogspott.come-mail: [email protected]

Os professores da Recreação desenvolvem desde o 2º

semestre do ano passado o “Projeto Peteca”. Os

recreacionistas organizaram um torneio de peteca entre os

alunos de 1ª/9 à 4ª série.

Eles contam que esse esporte fez tanto sucesso entre os

alunos, que os professores decidiram trabalhar novamente

com a peteca este ano. Além das aulas sobre a teoria do

Esporte, ensinam aos alunos a construírem petecas. Elas

são feitas de palha de bananeiras e penas.

A ideia de fazer petecas surgiu da recreacionista Nilva que

durante a infância fazia muitos brinquedos. “Eu morava no

interior e lá era muito comum a gente fazer nossos próprios

brinquedos, então achei interessante ensinar aos alunos a

construir a “peteca ecológica”, afirma a recreacionista.

Nilva ainda conta que o projeto não para por aí, pois pretende

ensinar também aos alunos a fazer bonecas de sabugo de

milho.

Carlos Gabriel, Maria Eduarda Xavier e Marina Di Ninno.

4ª/ 8.

Os alunos de 5ª e 7ª séries estarão no laboratório de

Informática durante a feira Eco Balão, orientando os

visitantes a fazerem o que eles chamam de “Pegada

Ecológica da família”, através do site do WWF.

A pegada ecológica funciona para medir o rastro do que se

consome a partir dos hábitos do dia-dia das pessoas.

Marianne Garcia, professora de Ciências do terceiro e

quarto ciclos, conta que o que cada indivíduo consome,

deixa um impacto desse consumo no planeta. “Se você

anda de carro, emite uma poluição, mas, se anda de

ônibus divide a poluição com os outros passageiros”,

explica.

A professora conta que a turma assistiu, nas aulas de

Ciências, o programa “Cidades e Soluções”, que é

transmitido pelo canal Futura e Globo News.

A partir dos vídeos que mostravam como construir uma

casa e carros ecologicamente corretos, a sexta série criou

produtos e projetos que podem contribuir para a

sustentabilidade do planeta.

A professora Marianne conta que surgiram projetos

inusitados que serão mostrados durante a feira. “Um grupo

criou um vaso sanitário ecológico. Criaram também um

sistema para reutilizar a água de uma casa, e outro de

reaproveitamento de energia”, comemora ela.

Cláudia de Paula, tutora de quinta e sexta séries, conta

também que as turmas viram vários vídeos sobre o

Aquecimento Global, e promoveram debates muito

bacanas. Após assistirem a vários vídeos, os alunos

levantaram muitas questões sobre o lixo, e sugeriram a

mudança do descarte do lixo de papel na Escola Balão

Vermelho. “Ao invés de usarmos latas de lixo, poderíamos

usar uma caixa grande em cada turma, pois chegamos à

conclusão, de que a reciclagem de papel só irá funcionar

se rasgarmos todo o material e não amassarmos como

estávamos fazendo”, afirma Cláudia.

Ana Katz, Joana Dias e Mateus Siqueira

4ª/8

As turmas de 5ª a 8ª séries visitaram o Assentamento das

Pastorinhas, grupo de Assentados do MST (Movimento

dos Sem Terra) que fica em Brumadinho ,para aprender

sobre agroecologia. A partir da visita, os alunos

aprenderam a fazer aquecedor solar com garrafas pet e

com embalagens de Tetra Pak.

A visita ao Assentamento aconteceu nos dias 14 e 21 de

maio. O projeto surgiu porque Valdivino Rodrigues, um dos

moradores do Assentamento Pastorinhas, cursa

Biomedicina na faculdade Izabela Hendrix. Valdivino

organizou um grupo de alunos para que vivenciassem

cada etapa da montagem de um aquecedor solar. A tutora,

Cláudia de Paula, conta como os alunos ficaram

envolvidos com o trabalho. “O aquecedor foi feito por

muitas mãos, um verdadeiro trabalho de equipe. Enquanto

uns pintavam as caixas, outros cortavam as garrafas,

serravam os canos e no final se dedicavam à montagem”,

diz a tutora.

Os alunos também conheceram as plantações da

comunidade e almoçaram no Assentamento. Cláudia de

Paula contou ainda que o almoço foi simples e muito

saboroso. Eles comeram arroz com feijão, frango e salada

regada por um molho de limão capeta que foi o sucesso do

almoço entre os alunos. “Experimentamos as verduras

que são plantadas e cultivadas de forma orgânica no

Assentamento e a comida estava muito boa, sem contar

que o alimento orgânico é melhor que o alimento que é

vendido em supermercados”, conta Sofia Sepe, aluna da

7ª série.

Com o aquecedor produzido no Assentamento

Pastorinhas, as turmas de sexta a oitava séries irão doar o

aquecedor para o Assentamento possibilitando o

aquecimento da água de lá também.

Além do aquecedor, os alunos aprenderam a fazer um filtro

com garrafas d'agua de 5 litros.

Para a Eco Balão os alunos pretendem oferecer uma

oficina para o público e ensinarão o que aprenderam no

Assentamento.

Leonardo Leonardi, Gabriel Quintão e

Luca Arroyo.

4ª/8

Blog da RBV

Alunos do Balão aprendem a fazer aquecedor solar

Visitantes poderão fazer “Pegada Ecológica”

Peteca EcológicaLeonardo Queiroz

9 anos

Henrique Hattler 10 anos

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NOTÍCIAS 10Página

O 2º ciclo trabalha neste semestre o projeto Infância, Mídia

e Consumo. O projeto surgiu na turma 4ª/8, da Professora

Juliana Fenelon, a partir da discussão de uma matéria

publicada, no Jornal Folha de São Paulo, na Folhinha,

sobre o reaproveitamento de material escolar.

Também já era habitual na turma que os alunos levassem

para a sala notícias interessantes de jornais sobre

diversos temas.

A partir da discussão sobre consumo e mídia, a turma

passou a procurar mais notícias sobre essa temática.

Juliana Fenelon conta que uma das notícias discutidas foi

sobre a “Caça aos Brindes”, que relatava sobre

lanchonetes, que para atrair o público infantil, vendia

sanduíches com brindes.

As crianças assistiram ao filme “Criança, a alma do

negócio”, de Estela Renner (BRASIL-2008) que mostrava

como as crianças são atraídas pela mídia e sentem

necessidade de comprar produtos. O filme disparou a

discussão em torno do consumismo.

As turmas também fizeram um diário de consumo onde

escreveram tudo que consumiram no período de 15 dias e

a professora de matemática, Fabiana Ubriaco, fez um

tratamento dos dados coletados. O resultado será

mostrado em forma de gráficos e tabelas que ajudará na

interpretação dos hábitos de consumo dos alunos do

segundo ciclo.

Durante uma semana, as turmas da 4º/9 assistiram a

propagandas sobre o dia das mães,e levaram de recortes

de revistas,jornais, entre outros,para colocar no mural das

salas. A professora Cínthia de Paula conta que a proposta do

projeto é levar para a Eco Balão um espaço de reflexão

sobre a influência que a mídia exerce nas escolhas e

decisões das crianças na hora de adquirir produtos. Para

isso, a sala contará com jingles e propagandas, diversas

reflexões sobre a influência das propagandas e um mural

interativo sobre a preferência dos visitantes da Feira em

relação ao tempo livre; consumir ou passear?!

Silvia Fortini,Paula Trajano, Thomas Carrieri, Paulo

Matias, Artur Ferreira, Sofia Pena e Lucas Deotti,

4ª/8.

Este ano a escola Balão Vermelho tem uma novidade

divertida, as aulas de circo que acontecem nas turmas a

cada 15 dias. O professor Inimá Júnior, mais conhecido

como Juninho, tem formação de Palhaço pela Escola

Spasso de Circo, e faz oficinas com todo o ensino

fundamental.

O professor conta com a ajuda da professora de recreação

Pâmela Silva e também com o espaço da Quadra de Cima

que foi readaptada para ser utilizada nas aulas de circo.

Os alunos também aprovaram o circo na escola. “Acho muito

legal ter aulas de circo no Balão Vermelho, porque é uma

experiência nova e criativa. Meus colegas também gostam

muito e eu adoro o Juninho. Minha atividade favorita é o

pratinho e eu acho que deveríamos ter mais aulas de circo na

semana, seria sensacional!”, diz a aluna da 4ª/8, Isabel

Peixoto.

Juninho conta como é trabalhar com as crianças a questão

corporal e outras referências de eixo e de espaço físico. “Nas

minhas aulas os alunos aprendem além de ritmo e

movimento, a rolar com o corpo, e assim se tornam mais

desenvoltos, pois lidam melhor com as quedas com mais

tranqüilidade, e quando crescem, lidam com mais segurança

com os problemas que surgem e até melhoram com a

linguagem escrita”, declara. Juninho afirma que já viveu

experiências, em outras escolas, de crianças que a partir da

prática do Circo melhoraram até a letra.

Leticia Fiuza e Isabella Victória4ª/8

Projeto mostra como a Mídia forma pequenos

consumidores

O C oirco C !!!heg u

Isadora Trad 9 anos

Gabriela Mendonça 9 anos

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PONTO DE VISTA

“Dirão - os economistas, as corporações transnacionais e

os detentores do poder - que o capitalismo vive de crises, e

que esta é mais uma crise cíclica. E tentarão nos empurrar

mais do mesmo, mais consumo, mais conflitos, mais

individualismo... Porém, a crise atual é terminal. O desafio

não é remediar o que não tem conserto, mas buscar novas

alternativas. O sistema atual, regido pelo capital e pelas

leis do mercado, que, em sua natureza, é voraz,

acumulador, depredador do meio ambiente, criador de

desigualdades e sem sentido de solidariedade, atesta a

sua própria falência. Um sistema onde a cada quatro

minutos uma pessoa perde a visão, em decorrência da

carência de vitamina A, declara o seu próprio fracasso. Um

sistema onde a cada cinco segundos uma criança com

menos de cinco anos morre de fome ou desnutrição atesta

a sua própria falência. Um sistema que criou desumanos

sofrimentos e gritantes desigualdades. O sistema vigente,

que tem como pilar um individualismo avassalador,

demonstrou-se incapaz de assegurar o bem-estar da

humanidade. Um individualismo que se revela na

linguagem cotidiana: O meu emprego, o meu salário, a

minha casa, o meu carro, a minha família... Um sistema

onde ninguém é levado a construir algo em comum, onde a

competição, o acúmulo e a ostentação predominam em

detrimento da solidariedade, da caridade e da compaixão.

Um sistema onde as crianças aprendem tão cedo a

conjugar o verbo comprar, mas que desconhecem o que

seja compartilhar. Um sistema que incentiva o

consumismo inconsequente e desenfreado, e que tanto

cultua os bens materiais. Uma cultura que dissemina

compulsão e consumismo, que associa o produto a um

conceito de felicidade. Um sistema que desconhece o

amor, a caridade e a compaixão, e que se fez cego e surdo

Confira um trecho da palestra “Diálogos com os movimentos de Juventude pelo Meio

Ambiente”, de Leonardo Boff, Teólogo Brasileiro, escritor e professor universitário realizada no

Fórum Social Mundial, Belém- PR, em janeiro de 2009.

Na ocasião Boff falou para jovens, estudantes e universitários, ativistas e sonhadores sobre a

Crise Financeira Mundial que assola o mundo. Leia e Reflita!

para o apelo do excluído, do necessitado. O oposto do amor

não é o ódio, mas a indiferença. Um sistema que por longas

décadas alega não possuir recursos para promover

a educação, a saúde e para aplacar a fome mundial, mas

que tanto gasta com guerras, conflitos e com a indústria

bélica,... e que se mostra capaz de mobilizar em poucas

horas três trilhões de dólares para socorrer bancos,

montadoras e corretoras, atesta seu próprio fracasso

terminal. Como foi que permitimos chegar a este ponto?

Quanto tempo ainda haverá de passar até que resgatemos

a nossa humanidade perdida? Um punhado de farinha e

água para enganar a fome, acrescido, nos dias de sorte, de

um pouco de sal. Além da crise financeira, nos deparamos

também com a crise ambiental. A falta de solidariedade que

impera nas nossas relações sociais. E a falta de

solidariedade para com a Natureza. A ânsia pelo

crescimento econômico, aliada ao consumismo

compulsivo, resultou na dilapidação sem

precedentes da Natureza. O atual modelo

econômico fracassou contra a própria

humanidade e contra o planeta. O bem-estar de

todos e a preservação da Terra são sacrificados

ao lucro de poucos. O consumo inconsequente

aumentou o desperdício, a produção de lixo, e

os impactos ambientais. E poluímos mares e

rios... O desenvolvimento técnico-científico, dissociado da

consciência ecológica, fez com que saqueássemos os

recursos naturais numa escala sem precedentes. E a

ruptura entre o trabalho e o cuidado fez com que o afã

desmedido de produção se revertesse na ânsia incontida de

dominação das forças da natureza. Os limites do

capitalismo são os limites da Terra. Já encostamos nestes

limites, tanto da Terra quanto do capitalismo. Já não mais

podemos prosseguir com a perversa lógica do capital,

baseada no acúmulo e no desperdício: “Quem não tem

quer; quem tem quer mais; quem tem mais diz que nunca é

suficiente.” A lógica do capital que tanto incentiva o

supérfluo, a ostentação e o desperdício...

Somente nos EUA, 426.000 aparelhos são jogados fora

diariamente, trocados por modelos mais novos. E

juntamente com os aparelhos vão-se embora também

carregadores, baterias, acessórios... Os atuais padrões de

extração, produção e consumo, mostraram-se

insustentáveis,... além da capacidade de reposição e

regeneração do planeta. A Terra está dando sinais

Letícia Fiúza 10 anos

Clarissa Aguiar 14 anos

Clarissa Aguiar 14 anos

inequívocos de que já não aguenta mais. Sinais como a

escassez de água potável, e o aquecimento global.

Qual o mundo que iremos deixar para as próximas

gerações? Eles também precisam satisfazer suas

necessidades, e habitar um planeta minimamente saudável.

Buscar novos valores. Alimentar novas esperanças. Novos

rumos, e novos paradigmas. Devemos lançar um novo olhar

sobre a realidade, adotar um novo paradigma de

relacionamento com todos os seres.

Promover a ecologia do cuidado, que zela pelos interesses

de toda a comunidade de vida. Coexistir com respeito,

cooperação e harmonia com os demais moradores deste

pequeno planeta; animais, vegetais, seres humanos. A

interculturalidade, o encontro com outras tradições, outras

culturas, enriquece a nossa visão do mundo e da vida. Ter

olhos para os que são diferentes. Ter ouvidos para a sua

voz, as suas melodias, canções, histórias... Habitamos

todos, uma Casa comum. Temos uma origem comum e,

certamente, um mesmo destino comum....

Devemos ter ouvidos para a voz que fala em nós, que nos

convoca para a prática do bem... e que diante de uma noite

estrelada nos pergunta: “Quem sustenta e se esconde atrás

daquelas estrelas?...” A voz que, quando diante de um

recém-nascido, com respeito e admiração pergunta: “Quem

foi que produziu esta vida?...” “Onde é que, no olhar da

criança, começa o céu e acaba a terra?”

Para saber mais acerca do tema, acesse:www.forumsocialmundial.org.br

www.leonardoboff.com.br

Lucca Salis 9 anos

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LITERATURAPágina12

As professoras Juliana Franca e Fernanda, da 4ª/9, do turno da tarde, fizeram

uma proposta de escrita convidando seus alunos a produzirem um texto

imaginando terem se encontrado com um Extraterrestre que veio a Terra

conhecer o nosso planeta. A mesma proposta foi feita na sexta série e um dos textos foi publicado na

edição passada do JB.

Confira agora as ideias das 4ªs/9 e divirta-se.

Caraca, Ensinei a um E.T.

João Pedro9 anos

Um E.T. Ecológico

Em um dia comum, voltei da escola e já fui direto para o

meu quarto. Me deparei com uma estranha criatura ao lado

de minha cama, que falava uma língua estranha. De

repente, ele estendeu a mão e me deu um comprimido e

daí em diante comecei a entendê-lo e ele falava assim:

- Saudações, me chamo Zarolho, venho do

planeta Flazz em uma grande missão. Aprender como

vocês cuidam de seu planeta, você pode me ajudar?

- Bom, Zarolho, nosso planeta não está nas

melhores condições não, mas eu vou tentar, OK?

- OK!

Saímos e eu mostrei como nós precisamos de

melhorar e como cuidar do nosso planeta. Falei que não

podemos jogar lixo nos rios e que devemos reciclar tudo o

que for possível e muitas outras coisas.

No dia seguinte, Zarolho foi embora e contou aos

seus amigos o que eu lhe ensinei, e assim eles começaram

a cuidar melhor de Flazz.

Carolina Espí

4ª/9

Em um fim de semana, meus pais tinham viajado e minha

avó estava dormindo.

Eu estava acabando de montar um quebra-cabeças no

sótão com meu amigo César, quando de repente um E. T.

entrou lá.

César fugiu, mas eu fiquei.

- Olá E.T., falei. Ele parecia falar a nossa língua.

- Olá terráqueo, meu nome é Agrodox, venho do Planeta

Biocol.

- Então, Agrodox, o que quer? Perguntei cheio de

entusiasmo.

- Eu preciso aprender como plantar sementes.

- Claro, com muito prazer.

Então, ensinei ele a plantar, dei livros de biologia para ele

ler e dei sementes de milho e trigo, conforme ele pediu.

Quando acabou, eu não pude me conter e perguntei:

- Por que quer saber tudo isso, Agrodox?

- Bem... disse Agrodox.

Biocol inteira passa fome . Eu fui designado para levar

vegetais para lá, pois só comemos isso.

- Ora Agrodox, foi um prazer ajudá-lo.

- Adeus Terráqueo, nunca vou te esquecer.

- Adeus Agrodox.

E foi a primeira e última vez que o vi.

João Pedro Matoso. 4ª/9

O bicho!

Um dia eu estava voltando do Ballet quando abri a porta do

meu banheiro, e vi um bicho estranho mexendo com meu

peixe! Eu pensei, que bicho seria este? E não consegui

decifrar aquela espécie, fiquei curiosa. Então o bicho falou

“baleiês”, e já que eu tinha assistido ao filme Procurando

Nemo, entendi tudo. Ele disse:

- Ooláá teerráquea, eeeu goosteeei dee voocêêê, me

eensiinee allgumaa cooisa que vocêê goosteee.

Então eu pensei, pensei e ensinei o bicho a jogar DS(vídeo

game portátil) e ele A-M- O – U e comprou um DS só para

ele mostrar para o povo dele.

Ele foi embora e até hoje eu fico pensando se aquela coisa

que me aconteceu foi mesmo verdade ou foi um sonho!

Beatriz Pimenta4ª/9

Carolina Espí10 anos

Ana Rosa 11 anos