O Livro Que Queria Ser Brinquedo

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VENDA PROIBIDA

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Pela complexidade do tema “diversidade”, os brinquedos foram escolhidos para retratar a relevância das diferenças e de cada um fazer a sua parte. A importância da amizade, do trabalho em equipe e da soma pelas diferenças é um tema que pode ser trabalhado a partir desta história, recheada de elementos de comédia e aventura. Ao fim, você pode conferir algumas atividades. Autor: Sandra Aymone Ilustração: Pierre Trabbold e Luiz Rodrigues

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Sobre a Fundação Educar DPaschoalCriada em 1989 para a promoção da educação cidadã como estratégia de transformação social, desenvolveu inicialmente a “Academia Educar”, que promove a formação de núcleos de lideranças juvenis em escolas públicas, criando oportunidades para que o jovem descubra seu potencial, tornando-se capaz de transformar sua realidade, a de sua escola e da comunidade.Em 1999, criou o “Prêmio Trote da Cidadania”, que estimula o empreendedorismo universitário como forma de propagar práticas sustentáveis e a participação cidadã no ambiente acadêmico.Em 2000, iniciou o projeto "Leia Comigo!", que produz e distribui gratuitamente livros infanto-juvenis que incentivam o gosto pela leitura, facilitam o aprendizado na escola e o pleno desenvolvimento da criança e do jovem. São histórias que contribuem para a construção de cidadãos e uma visão mais humanista.A DPaschoal acredita que incentivar a leitura e o debate crítico é o melhor caminho em direção ao verdadeiro desenvolvimento do país e da sociedade.

AutoraSandra AymoneCoordenação editorial

Sílnia N. Martins Prado

IlustraçãoPierre TrabboldLuiz Rodrigues

Revisão de texto

DiagramaçãoLinea Creativa

RealizaçãoFundação Educar DPaschoal

www.educardpaschoal.org.brF: (19) 3728-8085

Esta obra foi impressa na Gráfica Santa Edwiges Artes Gráficas em papel cartão (capa) e papel couché (miolo).

Esta é a 4ª edição, 2ª reimpressão, datada de 2014, com tiragem de 12.000 exemplares.

Katia Rossini

Juliana Furlanetti

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O Caminhãozinho de Madeira e o Coelhinho de Pelúcia estavam conversando pertinho da entrada do País dos Brinquedos, quando ouviram um �psiu�. Foram olhar e encontraram um Livro de Capa Azul que estava com a cara mais triste do mundo.

� Por acaso vocês sabem como eu faço para encontrar a Fada dos Brinquedos? � perguntou o Livro, enxugando uma lágrima � Eu sei que as crianças gostam muito de vocês e queria que gostassem de mim do mesmo jeito. Será que a Fada concorda em me transformar num brinquedo?

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A Bola vinha chegando e, ao ouvir o que o Livro tinha dito, contestou:

± U é! Mas você é um brinquedo tanto quanto nós! As crianças adoram ler suas histórias!

Mas o Livro não se convenceu:

± Você diz isso só pra me consolar! Ah, quem me dera ser um trenzinho, ou uma boneca!... E então? Vocês sabem onde posso encontrar a Fada?

± E la mora láááááá longe ± ex plicou o Coelhinho, apontando para um morro coberto de árvores. ± Nós nunca vamos até sua casa, porque é muito difícil atravessar a fl oresta.

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± D esista dessa ideia, Livro! ± a conselhou o Caminhãozinho. ± Fique morando aqui com a gente!

Mas o livro fi cou olhando na direção da fl oresta, como se estivesse pensando numa maneira de chegar ao outro lado.

Naquele instante, a Corda de Pular e a Boia Infl ável chegaram contando as novidades:

± A Pipa acaba de avisar que vai chegar de viagem hoje. Desta vez ela voou até um deserto muito, muito quente, e está trazendo um amigo de lá!

± D isse que esse amigo é uma planta chamada Cacto! ± c ompletou a Boia.

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Os brinquedos, que não sabiam o que era um cacto, fi caram curiosos e a conversa fi cou animada. Cada um dava a ideia mais maluca sobre o tamanho, a forma e a cor daquele novo amigo da Pipa.

A Bola virou-se para onde estava o Livro e perguntou:

± E você, Livro? Sabe o que é um ca... Ué! Cadê o Livro?

O Livro tinha sumido! O Coelhinho logo adivinhou:

± Tenho certeza de que ele foi atravessar a fl oresta para encontrar a Fada dos Brinquedos! Ficamos tão distraídos que nem percebemos quando ele saiu. A estas horas, deve estar perdido!

± Precisamos ir atrás dele! ± dis se a Corda de Pular.

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Todos concordaram e foram chamar mais brinquedos para ir junto.

Logo, todos caminhavam em direção à fl oresta. Na frente, ia o Caminhãozinho, que, apesar de andar aos solavancos por ter uma rodinha rachada, ainda era quem melhor conhecia os caminhos.

A mata foi fi cando fechada e as difi culdades eram muitas, mas ninguém queria desistir.

Depois de andarem bastante, encontraram o Livro, que estava todo enrolado num cipó e não conseguia se soltar. O Serrote de Plástico, num instante, resolveu o problema.

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O Livro fi cou muito agradecido e reconheceu que tinha feito bobagem:

– Desculpem, amigos. Eu que conheço tantas histórias, como “Chapeuzinho Vermelho” e “João e Maria”, devia ter lembrado que é perigoso entrar sozinho na fl oresta...

Naquele instante, porém, o Coelhinho parou e levantou as orelhas, como se ouvisse algo. Disse:

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– Vocês estão ouvindo isso? O Tamborzinho está tocando! Ele não pôde vir, porque fi cou cuidando da Corneta, que está com tosse. Deve ter acontecido alguma coisa!

Nenhum dos outros conseguia ouvir nada, porque não tinham aquelas orelhonas, mas acreditaram no Coelhinho. Para tentar enxergar mais longe, os Cubos de Madeira subiram uns sobre os outros até formar uma pilha bem alta.

O que fi cou mais em cima olhou na direção da cidade e gritou:

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– Estou vendo! Caramba! Carambola! Nossa! Cruzes!

– Conte logo o que é! – gritaram todos, na maior afl ição.

– É a Pipa! Ela está no ar, parada bem em cima da lagoa dos Barquinhos de Papel! Tem alguém com ela... uma coisa verde... deve ser o Cacto! Ele perdeu o equilíbrio e caiu, mas conseguiu se agarrar na pontinha da corda da Pipa. Acho que não sabe nadar, porque está com muito medo de cair na água!

– Coitado! – exclamaram todos.

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± Precisamos fazer alguma coisa! ± disse o Caminhãozinho, já correndo na direção da cidade.

± Vamos com você! ± dis seram a Boia, o Livro e o Ioiô, pulando em sua carroceria. Mas o peso foi demais e a rodinha rachada quebrou de vez...

± Vou assim mesmo! Eles precisam de ajuda! ± fa lou o Caminhãozinho, rodando com muito esforço e difi culdade.

± E spere que dou um jeito ± p ropôs o Ioiô, colocando-se no lugar da roda quebrada.

Redondinho como era, fi cou quase perfeito, e o Caminhãozinho arrancou bem depressa. Os outros brinquedos correram atrás.

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Quando chegaram à beira da lagoa, ouviram o Cacto gritar:

± Socorro! Acudam! Sou do deserto, tenho medo de água!

Os frágeis Barquinhos de Papel olhavam para o alto. Apesar de assustados, tentavam acalmar o Cacto, dizendo a ele que o socorro já estava chegando.

Num instante o Caminhãozinho chegou à beira da lagoa. A Boia pulou na água para segurar o Cacto quando ele caísse. Mas o Livro deu um grito:

± Não faça isso! Aqui nas minhas páginas diz que os cactos são plantas que têm muitos espinhos! Você vai furar e acabar afundando com ele...

Todos os brinquedos pararam e fi caram olhando uns para os outros. Ninguém tinha coragem de ir segurar alguém que era cheio de espinhos...

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± E u vou! ± decidiu , corajosamente, o Livro, enquanto se ajeitava sobre a Boia ± M inha capa é dura, não vou me ferir.

Os outros brinquedos fi caram na maior afl ição. Sabiam que, se ele se molhasse... era uma vez um Livro!

A Boia nadou depressa. Naquele minuto, o Cacto perdeu as forças e se soltou da corda da Pipa. Veio caindo, caindo, caiu! Bem em cima do Livro!

Todos os brinquedos que estavam na margem gritaram, pularam e aplaudiram.

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Com cuidado, ela voltou com o Livro e o Cacto para terra fi rme. A Pipa desceu do céu e agradeceu, muito emocionada, a todos que tinham ajudado no salvamento.

Para comemorar o salvamento do Cacto, a Pipa deu uma grande festa. Todos os brinquedos foram convidados.

Depois que já tinham se divertido bastante, a Pipa pediu silêncio e disse:

– Tenho certeza de que o susto que eu e o Cacto passamos ajudou todos a perceber que cada um de nós tem um talento especial. É muito bom que existam coelhinhos de grandes orelhas, capazes de ouvir o que ninguém

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± C aminhões cuja coragem compense até a falta de uma rodinha ± a crescentou o Cacto. ± I oiôs tão inteligentes que possam encontrar soluções em momentos difíceis. Barquinhos de papel sempre prontos a dizer uma palavra amiga. Boias que fl utuam como ninguém...

± Porém ± co ntinuou a Pipa ±, que remos fazer um agradecimento especial a alguém que é, sem dúvida, o mais sabido de todos nós. Se não fossem seus conhecimentos, tudo teria acabado em desastre... E aposto que todos sabem quem é ele...

± É o Livro! É o Livro! É o Livro! ± g ritaram os brinquedos na maior animação.

mais ouve. Cubos que possam se elevar tão alto a ponto de enxergar quem precisa de ajuda...

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O Livro nunca tinha se sentido tão feliz! A Pipa ainda disse:

± O que s eria de nós sem esse mundo de conhecimentos que os livros trazem dentro deles? Se ele não soubesse tudo sobre plantas do deserto, a uma hora dessas, a Boia e o Cacto estariam no fundo do lago... Ele, mais que todos, merece nosso carinho e o amor das crianças!

A Boia, comovida, deu um beijo no Livro, dizendo:

± Você é o brinquedo mais bacana que uma criança pode ter!

De repente, vinda de não se sabe onde, uma voz retumbante falou:

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± E u sou a Fada dos Brinquedos e vim aqui para satisfazer o seu desejo! A partir de agora, o Livro vai virar um trenzinho!

O Livro levou um susto e gritou:

± Não! Mudei de ideia! Quero continuar sendo o que sou!

O Tamborzinho pensou:

± C onheço essa voz! ± E falou: ± C alma gente! É só a Cornetinha que sarou da tosse e está pregando uma peça em vocês!

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Na mesma hora, a Cornetinha pulou no meio da festa, toda sapeca, e saiu galopando montada no Cavalinho de Pau. O Livro correu atrás dela, dando muitas risadas, e a farra durou até o sol raiar...

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CANTINHODIVERTIDO

Na história, cada um mostrou seus talentos. O coelhinho usou as orelhas para escutar melhor, os cubos se empilharam para enxergar mais longe, o caminhão e o ioiô trabalharam em parceria, a boia fl utuou na água.

Agora, diga o que cada um dos brinquedos a seguir pode fazer de especial, em uma nova história...

1 TALENTOS

CORNETA SERROTE SAPO

BICICLETAPIÃOSUBMARINO

LÁPIS DE COR MASSINHA DE MODELAR PAZINHA

SUBMARINO

CORNETA SERROTE

CORDA DE PULAR

PAZINHA

A criação do material a seguir foi uma construção coletiva, de autores, ilustradores, educadores e parceiros, que contribuíram com suas experiências e emoções.

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2 DITOS POPULARES

Leia os ditos populares abaixo e trace um círculo em volta daqueles que falam de HARMONIA entre as pessoas...

A pior solidão é não ter verdadeiras amizades.

Barriga vazia não dá alegria.

Acabe com seus inimigos: faça deles seus amigos.

Dois bicudos não se beijam.

Faça o bem sem olhar a quem.

Vivemos todos sob o mesmo céu, mas não temos todos o mesmo horizonte.

A mentira tem pernas curtas.

O riso é a distância mais curta entre duas pessoas.

Quando um não quer, dois não brigam.

Quem semeia vento, colhe tempestade.

Um amigo na hora da necessidade é um amigo de verdade.

Tempo é dinheiro.

Uma mão lava a outra e as duas lavam o rosto.

A pressa é inimiga da perfeição.

A BOIA gosta de viver na água, mas o LIVRO não quer nem pensar em se molhar! Cada pessoa tem sua própria ideia do que é SER FELIZ. Nem sempre todos gostam de viver da mesma maneira. Muitas pessoas pensam de forma diferente de nós, e isso precisa ser RESPEITADO.

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3 AGRADECIMENTO ESPECIAL

Os verdadeiros amigos estão sempre ao nosso lado, nas horas boas e ruins. Na história deste livro, a Pipa e o Cacto fi zeram um agradecimento especial a todos que os ajudaram. Você se lembra de alguma vez em que um amigo o ajudou a resolver um problema ou a se sentir mais feliz?

Escreva um agradecimento especial,

lembrando o fato e contando como

o gesto do amigo foi importante

para você. Depois, entregue o que

escreveu ao seu amigo.

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4 STOP VEGETAL

Cacto é um nome de planta. Você já pensou em quantos nomes de plantas conhece?

Parece que não, mas com certeza são muitos... Dá até pra fazer uma brincadeira.

Chame seus colegas e combine fazer assim:

Preparando o jogoTodos os jogadores devem ter lápis e papel. Cada papel será dividido em 4 colunas.A primeira será de NOMES DE ÁRVORES (é fácil! Pense nas árvores frutíferas!); a segunda terá NOMES DE FRUTAS; a terceira terá NOMES DE FLORES; e a quarta terá NOMES DE LEGUMES E VERDURAS.

ÁRVORES FRUTAS FLORES LEGUMES e VERDURAS

M

0

5

10

JogandoSorteia-se uma letra entre os jogadores e inicia-se uma rodada. Todos devem preencher cada coluna com um nome começado pela letra sorteada. Aquele que completar todos os nomes primeiro diz "Stop!". Todos os outros jogadores devem parar de responder neste exato momento. A validade da resposta para cada tema é conferida, atribuindo-se 0 pontos para uma resposta inválida ou sem ter sido preenchida, 5 para uma resposta válida repetida que outro amigo também tenha escrito, e 10 para uma resposta válida única que só uma pessoa usou. O processo se repete até que se chegue ao número de rodadas combinado.

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