O Lobão -...
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Março / 2014
Boletim nº 09
Ano 44
O Lobão Rotary de Divinópolis Leste – Distrito 4560 – Divinópolis -
MG
Presidente do Rotary de Divinópolis Leste
José Dimas Batista Bechelaine e esposa
Celma
Dólar Rotário - Março: R$ 2,40
Atividades do ano Rotário
ATIVIDADE DISTRITAIS DATA
SEMINÁRIO DE
TREINAMENTO DE
PRESIDENTES ELEITOS - PETS
- ITAÚNA - MG
29 /03/ 2014
43ª ASSEMBLEIA DISTRITAL -
LAVRAS - MG 26 /04/ 2014
43ª CONFERÊNCIA DISTRITAL
- HOTEL GUANABARA - SÃO
LOURENÇO -MG
16 A 18/05/2014
CONVENÇÃO DO ROTARY
INTERNATIONAL - SIDNEY -
AUSTRÁLIA
01 A 04/06/2014
POSSE GOVERNADORIA 2014-
15 - ITAÚNA -MG 29 /06/ 2014
Nesta Edição:
Ética na Medicina 2
Mensagem do Presidente RI 3
Minibibliotecas incentiva... 4
Egressos da Miséria 5
Agenda do Presidente 6
Visita do Prefeito Municipal... 7
Mestrado em Rotary 8
Notícias do Leste 8
Depois das Cinzas 9
José Dimas B.Bechelaine
Meus queridos companheiros
e companheiras,
O mês de março, dá-nos a
oportunidade de refletir
sobre as realizações do
Rotary, é a época em que
comemoramos a Semana
Mundial do Rotaract, o Dia
Internacional da Mulher, o
Dia Mundial da Água e o
Mês da Alfabetização – datas
que nos lembram o bem que
rotarianos têm feito no
mundo.
O analfabetismo é a raiz da
pobreza, uns dos maiores
obstáculos para a autossufi-
ciência econômica. Calcula-
se que 900.000 milhões de
pessoas, cerca de um quarto
da população mundial, não
sabe ler nem possuem os
conhecimentos aritméticos
necessários para manter um
emprego ou conseguir outro
melhor. Alfabetizar essas
pessoas para que se tornem
independentes é uma das
armas essenciais na luta
contra a pobreza.
Março é o Mês da
Alfabetização no Rotary,
momento de analisar o que
os clubes podem fazer para
aumentara taxa de alfabe-
tização local e internacional-
mente.
A grande maioria de analfa-
betos é formada por mu-
lheres e meninas, as quais,
por sua vez, deixam de
ensinar os seus filhos a ler e
escrever perpetuando, assim,
este ciclo infame. Mesmo
nos países ricos podemos
encontrar escolas que não
estão conseguindo ensinar o
básico para os alunos, e há
muitos adultos cujas habili-
dades de escrita e leitura não
Mensagem do Presidente
Lui
são suficientes para contri-
buir positivamente na
sociedade.
Sabendo que alfabetização
abre as portas de empre-
gos e dá segurança econô-
mica, usemos os recursos
da Fundação Rotária para
proporcionar algo tão
essencial, que é a
alfabetização.
Ninguém mais cuidadosa
do que uma mulher para
alfabetizar e neste mês
também a elas dedicado
fica a mensagem de que
sempre Bem aventurada é
a mulher que cuida do
próprio perfil interior e
exterior, porque a harmo-
nia da pessoa faz mais
bela a convivência huma-
na. Bem aventurada é a
mulher que, ao lado do
homem, exercita a própria
insubstituível responsabi-
lidade na família, na soci-
edade, na história e no
universo inteiro. Bem
aventurada é a mulher
chamada a transmitir e a
guardar a vida de maneira
humilde e grande. Bem
aventurada é quando nela
e ao redor dela acolhe faz
crescer e protege a vida.
Bem aventurada é a mu-
lher que põe a inteligên-
cia, a sensibilidade e a
cultura a serviço dela,
onde ela venha a ser dimi-
nuída ou deturpada. Bem
aventurada é a mulher que
se empenha em promover
um mundo mais justo e
mais humano. Bem aven-
turada é a mulher que, em
seu caminho, encontra
Cristo: escuta-O, acolhe-
O, segue-O, como tantas
mulheres do evangelho, e
se deixa iluminar por Ele na
opção de vida. Bem aventu-
rada é a mulher que, dia após
dia, com pequenos gestos,
com palavras e atenções que
nascem do coração, traça
sendas de esperança para a
humanidade. A todas as mu-
lheres do Rotary de
Divinópolis Leste o nosso
abraço.
Não poderia deixar também
de registrar que o Brasil, País
que detém aproximadamente
12% da água doce do plane-
ta, celebra o Dia Mundial da
Água, 22 de março, com o
desafio de pensar a gestão
dos recursos hídricos em
seus mais diversos usos,
garantindo o acesso a água e
promovendo seu uso susten-
tável para as atuais e futuras
gerações. E pensemos que
neste mês de marco as águas
não chegaram como era
esperado.
Parabenizamos também o
Rotaract! A nobre missão de
servir à comunidade, a
missão da compreensão
internacional, o indispen-
sável desenvolvimento
profissional e o inevitável
companheirismo, fazem
desta organização, indepen-
dente dos diferentes tipos de
pessoas, culturas, raças que
existem no Rotaract, um
motivo de orgulho para todos
nós rotarianos.
Uma feliz iniciativa foi ter
conseguido realizar uma
interclubes em Divinópolis e
foi excelente. Três clubes
irmãos se reunindo e se con-
fraternizando. Muito bom!
Motivos não nos faltou para
celebrar neste mês de Março
Obrigado.
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O depoimento da médica cubana
Lourdes Richarson Mann
atuando no programa “Mais
Médicos”, em Cristal, no RGS,
em entrevista publicada no G1,
traçou, em poucas palavras, uma
ligeira comparação entre a
medicina do Brasil e a de Cuba.
Mostrou que um poço profundo
separa os dois países. Não se
trata aqui de fazer apologia ao
regime cubano, longe disso, pois
para mim, Cuba é uma ditadura
selvagem, aferrada ao poder há
sessenta anos, que fuzilou
10.000 pessoas no “Paredon”.
Também não comparo o
desenvolvimento tecnológico de
um ou de outro país, já que
nesse ponto estamos muitíssimo
mais adiantados. Tampouco
comparo a formação dos
médicos, a qualidade do ensino.
Nem quero falar do aspecto
profissional, da dedicação, do
cumprimento do dever, do
respeito ao juramento de
Hipócrates.
O que eu quero comparar é o
sistema, numa carreira em que o
humanismo fala mais alto que o
dinheiro, numa profissão em
que a maior recompensa é a
prática do bem, do ato de curar,
cujo objetivo é a saúde, ou o
completo bem estar do cidadão.
Das palavras da médica cubana,
se depreende que, o que faz toda
essa diferença é uma palavrinha:
AMOR!
FALTA AMOR NO BRASIL,
DISSE A MÉDICA CUBANA:
Conheço muito pouco sobre a
educação daqui. Sei muitas
coisas sobre o lado da saúde.
Alguns dias atrás, por exemplo,
atendi uma criança com suspeita
de apendicite, algo grave,
portanto. Me orientaram a ligar
para o hospital mais próxi-
mo para saber se eles tinham
vaga para internar aquela
criança. Em Cuba, casos como
esse não precisam de formalida-
des, de pedidos, para internação
de urgência. Encaminhamos ao
hospital e o atendimento é feito
na hora, porque ela não pode
esperar. Corre riscos... Pedir
permissão para internar em
casos de urgência? Isso não
existe por lá. Fiquei sabendo
que pessoas entram na Justiça
para conseguir um leito aqui. É
um absurdo. O Brasil vive um
problema de falta de caridade
humana. É isso que falta para as
pessoas. Falta amor ao próximo.
Falta amor no trato com os seres
humanos, frequentemente
Ética na Medicina Alberto Bittencourt
tratados como algo indefinido,
chamado “paciente”.
Foi preciso que uma mulher,
vinda de seu país para trabalhar
no Brasil, em regime de
semiescravidão, ganhando 10%
do que o governo paga aos
outros médicos, sendo que os
90% restantes vão para... Deus
sabe onde. Pois bem, essa
médica simples, vinda de um
lugar pequeno, para trabalhar no
interior, em locais de poucos
recursos, nos ensinou a maior
lição: "O Brasil vive um
problema de falta de caridade
humana"! – o que é a mais pura
realidade, pois a medicina
hospitalar no Brasil, como em
outros países, é em geral,
inumana.
No Brasil, o paciente é obrigado
a esperar numa fila, de
madrugada, ainda escuro, para
poder ser atendido, já que há
mais doentes do que médicos
ativos. E, muitas vezes, após
horas de espera, ouve que as
consultas estão encerradas, que
acabou o expediente. E o pobre
homem precisará voltar no dia
seguinte, mais cedo ainda, na
esperança de ser atendido.
Falta amor, quando o hospital se
recusa a atender um paciente
que está enfartado, teve parada
cardíaca, ou precisa de um
marca passo, porque o plano de
saúde não autorizou o
procedimento de emergência, só
o fazendo após liminar da
justiça.
Falta amor, quando se sabe que
plano de saúde, no Brasil, só
funciona, em muitos casos com
mandato de segurança. Todo
mundo, de tão habituado, não
consegue mais enxergar isso
como peja, como aberração, já
até considera normal ter que
acionar a justiça para ser
atendido.
Outro dia, um motorista de taxi
contou-me que encostou a
cabeça em algum lugar e
contraiu um parasita que
provocou uma queda de cabelo
localizada, em forma de roda.
Resolveu procurar uma clínica
popular. Pagou adiantado, R$
50,00 pela consulta ao
dermatologista.
Ao ser atendido, o médico,
sentado estava, sentado conti-
nuou. Sem levantar os olhos,
perguntou: Qual o seu proble-
ma? O taxista respondeu:
Doutor, tô com uma coisa na
cabeça que fez cair o cabelo
nesta roda aqui, ó. O médico
não se mexeu do lugar. Pegou o
bloco de receitas e disse: Vou
prescrever um medicamento
para você tomar. Escreveu o
nome do remédio, entregou-lhe
a receita: Passe bem!
A consulta não durou 5 minutos.
O taxista saiu da sala, chegou na
recepção e, pediu à recepcio-
nista a devolução da quantia
paga. Como? perguntou, perple-
xa a atendente. Quero meus
cinquenta reais de volta, insistiu
o homem. Ao que ela retrucou:
Mas o senhor foi atendido, não
podemos devolver o dinheiro.
Então, ele, muito aborrecido,
respondeu: Não fui atendido
coisa nenhuma, o médico nem
me examinou! Mas o senhor não
está com a receita que o Doutor
lhe deu, em mãos? – Com a
receita, estou, mas isso que ele
escreveu não tem valor, pois ele
nem me examinou, quero meu
dinheiro de volta. Furioso e já
levantando a voz: É melhor me
devolverem, eu não vou pagar
por uma coisa que não recebi, se
não me devolverem o dinheiro,
vou à polícia e vou fazer um
escândalo, vou aos jornais e
publico tudo o que se passou.
Ante a insistência do taxista,
chamaram o médico que achou
melhor devolver o dinheiro.
O taxista saiu dali e se enca-
minhou a outra clínica. Dessa
vez pagou R$ 60,00. O médico
veio com uma lupa, sob um foco
de luz, examinou com cuidado e
detalhe a lesão, fez perguntas.
Disse: O sr. contraiu um fungo.
Vou receitar um antibiótico. E
prescreveu o medicamento.
Satisfeito, o taxista saiu, com-
prou o remédio e o está toman-
do.
O fato é verídico e me foi
contado pelo próprio paciente, o
motorista de táxi. É triste, mas
não é só falta de profissiona-
lismo, é falta de amor, princi-
palmente, amor ao próximo.
Essas clínicas populares existem
e são um bom negócio para os
empreendedores, porque é
melhor receber o preço da
consulta na hora, do próprio
paciente, do que ter que esperar
5 ou 6 meses para receber um
valor aviltado, do SUS.
Outro dia, acompanhei a visita
de uma ONG suíça chamada
Association Enfants du Brésil -
Associação Crianças do Brasil -
a um conjunto habitacional do
Projeto “Minha casa, minha
vida”. Eles vêm todos os anos
ao Brasil, trazem ajuda para
creches e instituições que
cuidam de crianças. Visitam
sempre as casas onde habitam as
ao Brasil, trazem ajuda para
creches e instituições que
cuidam de crianças. Visitam
sempre as casas onde habitam as
famílias, na favela do Bode, no
Pina, construídas sobre palafitas
na maré. Como muitas haviam
sido removidas, fomos ver como
estavam nos novos aparta-
mentos, recebidos do governo.
São apartamentos pequenos, de
dois quartos, mas dignos, em
blocos de 4 pavimentos cada,
com água encanada, esgoto, luz
elétrica, higiênicos e bem
construídos.
Entramos num dos apartamentos.
A moradora Eliane e seus 3
filhos, sem marido, reclamou,
pois agora tem que pagar o
condomínio, luz, água e esgoto,
além de uma pequena prestação
mensal. A nova vida ficou mais
cara, dignidade também tem
preço. Com um braço na tipóia,
perguntamos o que havia
acontecido. Fraturei o braço
numa queda. Fui à UPA. Tiraram
uma radiografia, aqui está.
Marcaram minha volta para
daqui a 60 dias. Mostrou a
radiografia. Quando eu a olhei,
fiquei abismado! Estava lá, tudo
bem claro - os dois ossos do
antebraço, fraturados, desalinha-
dos, fora da posição, com um
afastamento de quase dois centí-
metros entre as extremidades.
Como pode? – pensei - dentro de
dois meses estará tudo calcifi-
cado. Aí então, precisarão fazer
uma cirurgia, quebrar o calo
ósseo, fixar com parafusos, para
então, engessar o braço, imo-
bilizando-o.
Reparem, não foi preciso
nenhum médico para ver isso.
Eu fiquei indignado e a mulher,
coitada, resignada, fazia os
serviços domésticos como podia,
sem a ajuda de ninguém.
Absurdo dos absurdos! Quanta
desconsideração com um ser
humano, tratado pior que bicho.
Imaginem, dois meses com um
braço quebrado, sem a menor
assistência. Que falta de consci-
ência, de amor ao próximo, de
zelo pela vida humana. Segundo
a médica cubana, tal não aconte-
ceria em Cuba!
Continua na página 3
O Lobão Página 3 de 10
Precisamos mudar esse quadro.
Precisamos gritar, cobrar, pres-
sionar.
Infelizmente a Medicina Pública
no Brasil se tornou inumana. Os
doentes são negligenciados em
macas nos corredores, nos leitos
dos hospitais, ou até no chão,
humilhados, inúmeras vezes
maltratados.
É deplorável a falta de pessoal
especializado, em todas as áreas.
Pouquíssimos são os hospitais e
postos que contam com o
trabalho de psicólogos e
especialistas no seu funci-
onamento diário. Não podemos
nos esquecer de que o ato de
curar passa por pequenas
atenções, gestos de carinho e
cuidados, uma palavra amiga,
um sorriso.
As reclamações, pelo péssimo
atendimento, são comuns, tão
comuns que se tornaram rotina e,
da rotina passou a ser a norma, a
atitude usual. A desumanização
é rotina nos hospitais, em que
uma pessoa fragilizada, em
estado de extrema vulne-
rabilidade, só recebe indiferença.
O que nos espera, a todos nós,
quando o trabalho de médicos e
enfermeiras perde a dimensão
humana?
Ética na Medicina Continuação pág 2
Nascido e criado aqui nos
Estados Unidos, no Estado de
Oklahoma, eu achava que
todo mundo era como eu e
sabia ler. Na minha escola,
não apenas tínhamos que estar
lendo bem aos sete ou oito
anos de idade, como os
professores nos faziam ler
com o livro virado de cabeça
para baixo. Cada um de nós
tinha sua vez de ler em voz
alta para toda a sala, e não era
nada fácil ler algo de ponta
cabeça e mostrar os desenhos
nos livros. Mas depois de
tanto ler desta forma, chegou
um momento em que não
importava mais a forma como
segurávamos o livro.
Naquela época eu não dava
importância a esta habilidade
que desenvolvi na escola, até
que alguns meses atrás,
durante uma visita a um
projeto rotário no Estado do
Alabama, me pediram para ler
um livro para uma turma de
Mensagem do Presidente de RI
Ron D. Burton
Presidente do Rotary International em 2013-14
Hospitais insuficientes, desapa-
relhados, sem manutenção, sem
pessoal em quantidade
necessária para a atender a um
número cada vez maior de
doentes, fingindo que curam
para o governo fingir que faz
uma saúde minimamente decente
é o quadro com que nos
deparamos todos os dias.
Segundo a psicóloga francesa
Marie de Hennezel, autora de
dois best sellers - "La Mort
Intime" (Robert Laffont, 2001) e
"Le Soucis de l'autre", obras que
se tornaram referência para os
pacientes hospitalares, uma
medicina humana tem que se
preocupar com o doente, antes
de se preocupar com a doença.
Ou se tratam dos pacientes como
gente, diz ela, ou os governos
vão gastar cada vez mais com
pessoas estressadas pelo
atendimento, pela demora, pelo
desgaste com os sintomas das
doenças, a cada dia mais
debilitados. Os mais vulneráveis
são os idosos, as pessoas
gravemente enfermas, as
crianças, as parturientes nas
urgências médicas.
E assim, essas estórias se
repetem. É preciso levar em
conta não só a doença, mas,
principalmente o doente e
acreditar em sua capacidade de
se superar, de enfrentar a
enfermidade, de curar-se. Com
um estímulo, uma injeção de
ânimo, a melhora de sua auto
estima, ele pode se tornar capaz
de mobilizar sua força interior.
Precisamos ter consciência de
que entre o médico e o paciente
existe uma relação de
reciprocidade.
Os hospitais são desumanos
porque a especialização médica
esquece que os seres
humanos são complexos e nosso
organismo é por si só, uma rede
interligada, ultraperfeita, em que,
a cada ação corresponde uma
reação. Sem a ação do estímulo,
nunca haverá reação na luta
contra o mal.
Os médicos fazem o que lhes
ensinaram. Suas competências
são técnicas, científicas. Falta
porém, em sua formação, a
inclusão da visão holística, que
considera o ser humano no seu
conjunto: físico, mental,
emocional e espiritual. Para ser
um profissional da área de saúde,
não basta ter uma boa formação
técnica, mas é preciso priorizar o
lado humano do atendimento, o
cuidar com amor, com atenção,
daquele ser humano que está em
suas mãos.
Olhe-o nos olhos, trate-o com
doçura, isso fará toda a
diferença.
30 alunos com idade média
de seis anos. Eu me sentei e
comecei a ler com o livro de
ponta cabeça.
Eu repeti a rotina exatamente
como fazia quando tinha a
idade daquelas crianças. Mas
como adulto, especialmente
com a mente de rotariano,
passei a ver isto de uma
forma diferente. Eu estava
lendo para um grupo de
crianças de uma escola, onde
os rotarianos vinham
semanalmente ler para
aquelas crianças que
precisavam de reforço na
leitura. Não havia nenhuma
dúvida de que todos ali
naquela sala aprenderiam a
ler e escrever bem. Mas,
certamente, aqueles alunos
não entendiam a dádiva de
estar na escola, de contar
com adultos que liam para
eles, mesmo que fosse para
mostrar as imagens de um
livro virado de ponta cabeça.
Infelizmente, esta não é a
realidade de todo o mundo.
Milhões de crianças não têm
a mesma sorte. É por isso
que fizemos da educação
básica e alfabetização uma
área de enfoque do Rotary.
Conforme celebramos o Mês
da Alfabetização no Rotary,
lembremo-nos de que
estamos dando um presente
muito valioso às crianças
quando contribuímos para
que elas aprendam a ler e
escrever, estejam elas perto
de nós ou em um país
distante.
atendimento, o cuidar com amor,
com atenção, daquele ser humano
que está em suas mãos.
Olhe-o nos olhos, trate-o com
doçura, isso fará toda a diferença.
Emergência do Hospital Salgado
Filho - Paciente no chão
Foto de OGlobo.Globo.com
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Em julho de 2013, quando os
editores da revista Reader's
Digest (Seleções, no Brasil)
publicaram uma lista com as 50
razões pelas quais eles amavam a
América, os cantores Bruce
Springsteen e Bon Jovi ficaram
em 50º lugar, Bill Gates em 25º e
em 11º lugar, surpreenden-
temente, a Little Free Library
(Pequena Biblioteca Grátis), uma
iniciativa criada pelo rotariano
Todd Bol, de Wisconsin (EUA),
que acabou se tornando
fenômeno internacional.
No ano de 2009, em homenagem
à sua mãe, que era professora e
adorava ler, Todd montou uma
pequena casinha de madeira,
encheu-a de livros e abriu sua
primeira "minibiblioteca". Hoje,
mais de 16.000 miniaturas do
tipo foram criadas em 55 países,
ganhando exposição em jornais,
revistas e redes sociais de vários
países.
O conceito é simples: monte uma
casinha de madeira em frente à
sua casa, local de trabalho ou
escola, encha-a de livros e espere
as pessoas passarem para pegar
ou deixar um livro.
Cerca de três quartos dos donos
das bibliotecas em miniatura
constroem suas próprias
casinhas, cujas especificações
podem ser encontradas no site da
organização, www.littlefreelibrar
y.org. O restante compra
MINIBIBLIOTECAS INCENTIVAM A LEITURA
David McKinley (à esquerda) construiu esta
biblioteca para sua irmã Hilary Gray (à direita) e
sua família. Foto: Photos courtesy of Little Free Library
Família de Milwaukee (EUA) mostra livros da Little Free Library. A organização Peace Project (Nicarágua), apoiada pelo
Rotary Club de Keyser (EUA),
instalou a biblioteca em parceria com a organização
sem fins lucrativos Wishful
Thinking, sediada em Los Angeles.
Foto: Photos courtesy of Little
Free Library
modelos já fabricados a partir
de US$175. O lucro com as
vendas cobre os gastos com
funcionários, website e
campanhas educacionais,
assim como programas da
Little Free Library para
construir mais bibliotecas em
comunidades carentes.
Quando as pequenas
bibliotecas começaram a
ganhar popularidade, Todd e
seu sócio Rick Brooks, que é
especialista em
desenvolvimento
comunitário, definiram a
meta de criar 2.510 unidades
- uma a mais do que o
filantropo Andrew Carnegie,
que usou sua fortuna para
montar bibliotecas em todo o
mundo. Eles chegaram ao
marco em agosto de 2012,
um ano e meio antes do que
esperavam. Atualmente os
sócios estão buscando
maneiras de aproveitar o
entusiasmo mundial pela
ideia para transformá-la em
um movimento de dimensão
ainda maior.
A Little Free Library também
lançou programas com foco
na África (alguns rotarianos
já começaram a montar
bibliotecas em Gana) e nas
11.000 cidadezinhas
americanas que não possuem
bibliotecas públicas. "Não
consigo pensar em pessoas
mais apropriadas para este
trabalho do que os
rotarianos. Vocês
conseguiriam construir uma
biblioteca em cada cidade
em cerca de dois meses", diz
Todd.
O Rotary Club de Fort
Wayne, em Indiana (EUA),
está trabalhando para instalar
100 minibibliotecas em
comemoração ao seu
aniversário de 100 anos, em
junho de 2015. Depois que
um jornal local publicou um
artigo sobre a primeira que
montaram, o clube recebeu
seis ligações de pessoas
interessadas em participar.
"Todos querem uma
biblioteca em suas
comunidades", conta
Candace Schuler, uma das
associadas do Rotary Club.
Você sabia que há uma
biblioteca dessas no Brasil?
Conheça um pouco
da BiblioteCasinha Livre, em
São Paulo.
Por Diana Schoberg
Adaptação do artigo
publicado na edição de
março de 2014 da The
Rotarian
24-MAR-2014
O Lobão Página 5 de 10
DE TODOS OS DIAS EGRESSOS DA MISÉRIA
Li, no Face de
minha amiga Maria Inês
Guarda Tafarello, uma
colocação, sem a autoria, que
me inspirou este texto:
“ Ouvi de uma mãe usuária
de crack, grávida, que teve
seus filhos acolhidos numa
instituição: "sabe, sei que eu
deveria cuidar deles, mas
não consegui. Eu queria
muito ter sido cuidada, não
tive uma mãe, não sei o que
é isso, mas quero aprender..."
Pensei muito nela hoje. E
naquelas que sofreram e
sofrem: abuso e maus-tratos
na infância, violência de seus
companheiros... Pensei nos
seus frutos: crianças e
adolescentes em titubeio. E
tudo isso ainda é tão comum,
cotidiano e crescente. A moça do texto
é egressa da miséria e o
termo miséria não identifica
somente os que não possuem
bens materiais, mas também
os que foram privados de
amor, de cuidados e
proteção, de valores morais,
de educação, de assistência
médica, de esperança, de
paz... Identifica os que,
massacrados pelo
preconceito, se sentiram
reduzidos em sua dignidade
de ser humano. Identifica
aqueles que não foram
ensinados a ver. Neste ano, em que a
Campanha da Fraternidade
tem como tema
“Fraternidade e Tráfico
Humano” e como lema “É
para a liberdade que Cristo
nos libertou”, reflito,
também, sobre as egressas e
os egressos do tráfico
humano para a exploração do
comércio do sexo,
transformados em bagaço.
Conhecemos algumas delas e
alguns deles ao longo do
trabalho da Pastoral da
Mulher – Santa Maria
Madalena/ Magdala.
Portadores de doenças
Egressos da Miséria Maria Cristina Castilho de Andrade
físicas, emocionais e
mentais, dependentes de
álcool e drogas,
desacreditando de si
mesmos, considerando-se
indignos de ouvir a Palavra
de Deus, sem saber do céu,
porque a vida, desde a
infância, foi um inferno. Nota-se que o
regime de escravidão não
terminou no Brasil. Um
anúncio, publicado no jornal
“A Lei”, São Paulo, em 1º de
março de 1853: “Vende-se
uma boa escrava crioula de
quinze anos de idade, sem
vícios, moléstia ou defeito;
muito bonita e bem preta, a
qual está grávida de quatro
meses. Quem quiser comprá-
la dirija-se à Rua Tabatinga,
na casa que fica em frente à
Rua Boa Morte”. Hoje, os
anúncios dizem da
comercialização de corpos,
com propostas de delírios,
para afagar instintos dos
detentores de cifrões. Ao não
servirem mais, pela falta de
novidade ou pelas marcas do
tempo, devolvem-nos ao
mundo, sem estrutura
alguma para sobrevivência.
Uma dessas mulheres, que
passou pela Pastoral, depois
de anos, foi jogada fora do
bordel com quatro pacotes de
macarrão Miojo. Sua
herança. Escrevo sobre as
meninas e os meninos pobres
que se deixam adquirir pela
venda de ilusões dos
aliciadores de seres
humanos. Escravos da
atualidade. Não denunciam
por medo de represálias, pela
falta de consciência da
exploração, por vergonha de
expor o que passaram. Muitos e muitas dos egressos
do tráfico humano,
desesperançados,
atualmente, residem em
diminutos cômodos de
porão, em barracos invadidos
ou na rua e, macilentos,
vagam pelas calçadas à
espera de um trocado que
lhes embriague a lucidez.
Outras se tornam “aviões” do
tráfico, carregando droga,
dentro do corpo, para
presídios. E alguns incluídos,
da pequenez de seu
discernimento, ao vê-los,
falam que é preciso “limpar” a
cidade, como se os excluídos
fossem descartáveis. A
sociedade que os gera, usa e
abusa, depois os quer em um
aterro sanitário. Enquanto não
houver um combate efetivo à
pobreza, à desigualdade
econômica e cultural, uma
mudança de perspectiva, eles
continuarão existindo. Gostei demais da
colocação do Papa Francisco
para a CNBB, sobre a
Campanha da Fraternidade
2014: “Não é possível ficar
impassível, sabendo que
existem seres humanos
tratados como mercadoria. (...)
Eu só ofendo a dignidade
humana do outro, porque antes
vendi a minha. A troco de
quê? De poder, de fama, de
bens materiais. (...) E a base
mais eficaz para restabelecer a
dignidade humana é anunciar o
Evangelho de Cristo nos
campos e nas cidades, pois
Jesus quer derramar por todo o
lado vida em abundância”. É isso!
Maria Cristina Castilho de
Andrade
O Lobão Página 6 de 10
Abril é o mês da revista rotária.
Todo rotariano deve ser as-
sinante da revista oficial (The
Rotarian) ou da revista regional
no nosso caso a Brasil Rotário.
Mais da metade dos rotarianos
de todo o mundo recebe uma
das 30 revistas regionais, pro-
duzidas independentemente em
24 idiomas pelos próprios rota-
rianos e distribuídas em mais de
130 países. Ao todo, a circula-
ção de revistas rotárias é de
Agosto Mês da Revista Rotária
780.000 exemplares. Cada uma
veicula matérias de interesse
local, mas também artigos e Fo-
tografias de interesse internaci-
onal extraídas da The Rotarian.
Apesar da Internet estar ga-
nhando cada vez mais popula-
ridade como veículo de comuni-
cação, a maioria dos rotarianos
ainda prefere a mídia impressa.
A Brasil Rotário foi publicada
pela primeira vez em 1924.
Briga de Bar
Aquele baixinho franzino
entra num bar lotado, sobe
num pequeno palco onde
uma moça cantava, arrebata-
lhe o microfone e pergunta
para a plateia.
- Tem algum cabra valente
aqui que goste de uma boa
briga?
No mesmo instante levanta-
se um homem forte de 2
metros de altura, sobe no
palco e, quando chega
próximo do baixinho, este
fala:
- Muito Bem! Já arranjamos
um! Tem algum outro cabra
valente que queira brigar
com esse aqui?
Namorado cético
A garota chega para mãe
reclamando do ceticismo no
namorado.
- Mãe, o Mário diz que não
acredita em Inferno!
- Case-se com ele, minha
filha, e deixe comigo que eu
o farei acreditar.
Lenhador Eficiente
No interior do pais havia um
lenhador extraordinário:
Só rindo… baixinho, miudinho,
magrinho, mas diziam,
conseguia derrubar cem
árvores em cem minutos. A
fama, como era de se
esperar, espalhou-se pelo
mundo afora. Uma equipe de
TV resolveu entrevistá-lo:
- Quer dizer que você
derruba cem árvores em cem
minutos?
- As vezes mais.
- Mas como você aprendeu a
trabalhar assim? Qual foi o
seu primeiro emprego?
* Deserto do Saara!
- Mas... No Saara não tem
floresta alguma.
- Hoje!
Bola Decisiva
Tarde de domingo, Futebol
de bairro. A certa altura um
dos jogadores vai cobrar um
escanteio e o gandula, muito
sacana, coloca uma pedra no
lugar da bola. O cobrador do
escanteio toma distância,
corre e mete uma bicuda na
bola, ou melhor, na pedra.
Cai no chão, começa a
gemer, mas logo está dando
gargalhadas. O gandula –
indignado, pergunta:
- Você acabou de quebrar o
pé chutando a pedra, posso
saber do que você está
rindo?
- Tô rindo daquele imbecil
que fez o gol de cabeça!
Ônibus errado
O bêbado entra no ônibus,
lotado, se espreme daqui, se
espreme dali, vai se
esgueirando até mais a
frente. Na primeira freada
brusca, ele cai por cima de
uma beata que, irritada,
esbraveja:
- Talvez o senhor não saiba,
mas o senhor vai para o
inferno!
E o bêbado, puxando a
campainha
desesperadamente:
- Para, motorista! Para, que
eu peguei o ônibus errado!
Visite-nos em:
www.rotarydivinopolisleste.org/novo
- Mês da revista: Conduzir
programação do clube sobre
a The Rotarian ou revista
regional.
- Planejar e realizar reunião
do conselho diretor do clube.
- Promover participação na
conferência distrital.
- Enviar relatório mensal de
frequência ao governador ou
secretário distrital até 15 dias
após a última reunião do
mês.
- 30 de junho é o prazo final
para recebermos as
indicações à Menção
da Fundação Rotária por
Serviços Meritórios
- Monitorar metas e projetos
para o desenvolvimento do
quadro associativo
- 15 de abril é o prazo final
para que governadores
submetam as indicações à
Menção Presidencial.
Avisar ao governador se o
clube é elegível à
homenagem dentro do
prazo estabelecido pelo
primeiro.
Rotary Divinópolis Leste Expediente
Presidente RI- Ron Burton
Governador –Virgílio Augusto
Resende Bandeira
Conselho Diretor: Presidente: José Dimas Batista
Bechelaine Vice-Presidente: José Geraldo
Secundino
Presidente Eleito 2014/15: José
Geraldo Secundino
1º Secretário- Carlos Alberto Araujo
Peçanha
1º Tesoureiro: Antônio Claret Costa
1º Protocolo: José Messias Mendes
1º Orador: Élson Penha Silva
Presidente das Comissões:
Administração do Clube: José Vítor
Batista de Freitas
Desenvolvimento Quadro Social: Josselito Alves Perdigão
Fundação Rotária: José Geraldo
Secundino
Prestação de Serviços: José Ananias
da Silva
Relações Públicas: Gilberto Carlos
Costa
Serviços a Junventude – Jean Marc
Moura Maia
Oficial de Intercâmbio- Júnio Lopes
de Oliveira
CAESC – Paulo Roberto Ramos
Cadeira de Rodas – Ílio Milani
Social da Amizade – Celma Araildes
de Oliveira Bechelaine
Ex-Presidentes:
Luiz Cláudio Guimarães Andrade
Deusdete de Oliveira Campos
Josselito Alves Perdigão
Casa do Rotariano:
Paulo Roberto Ramos Junior
José Ananias da Silva
Conselho Fiscal:
Joaquim Alves Neto
Paulo Roberto Ramos
Geraldo Magela Pedra
“O Rotary é a porta para a
amizade. Vamos mantê-la
aberta para todos os
povos”. Paul Harris
Agenda do Presidente no mês de Abril
Responsável pelo Boletim:
Digitação e diagramação – Ana
Maria Henriques Horta Ribeiro
O Lobão Página 7 de 10
a longevidade das pessoas, ain-
da nos deparamos, afrontosa-
mente, com o desrespeito aos
mínimos direitos do ser huma-
no, com doentes esparramados
pelos corredores de hospitais
por esse Brasil afora, cujo
governo prefere construir está-
dios suntuosos para a copa do
mundo de futebol.
Na área da economia, respon-
sável pela composição de
recursos que poderiam ajudar a
mudar essa situação desolado-
ra, não têm sido raras as inter-
venções consideradas amado-
rísticas, como na contenção
artificial de preços e de tarifas,
com distorções na saúde das
empresas de utilidade pública,
como na Petrobrás e no próprio
setor elétrico; porém, em nível
mais grave ainda, com reper-
cussões danosas na atividade
industrial e na arrecadação das
prefeituras municipais, com
pior distribuição dos recursos
do Fundo de Participação dos
Municípios, onde os cidadãos
efetivamente moram.
Para vencer esses desafios é
preciso, por parte dos gover-
nos, além da competência
natural para a função, uma boa
dose de patriotismo e determi-
nação, pois muitas vezes o
remédio amargo, ainda que
impopular, se torna imprescin-
dível para redefinição de
prioridades. A reengenharia da
organização dos serviços
públicos, por exemplo, não
pode ser mais postergada, não
somente para conter despesas e
enxugar a máquina adminis-
trativa, mas, sobretudo por uma
simples e lógica questão de
natureza ética. Os serviços
prestados não podem ser piores
do que aqueles que o cidadão
está pagando através de seus
impostos. Como os impostos
brasileiros estão entre os
maiores do mundo, esses
serviços têm que estar,
também, entre os melhores do
mundo. O aumento das receitas
dos municípios, através da
atração de empreendimentos de
alto valor agregado, é também
um caminho a ser
A Visita do Prefeito Vladimir ao Rotary de Divinópolis Leste Elson Penha
Alberto Bittencourt
O Rotary, por sua represen-
tatividade e capilaridade, pode
ser considerado como uma
verdadeira caixa de ressonân-
cia dos problemas e anseios da
comunidade onde atua. Assim,
a visita de nosso prefeito
Vladimir, vem ao encontro de
nossas aspirações para poder-
mos ouvir, de sua própria voz,
o encaminhamento e as solu-
ções para as diversas deman-
das de nosso município.
Sabemos que administrar uma
cidade do porte de Divinópolis
não é nada fácil, sobretudo,
pelo elevado passivo legado
por um crescimento urbano
vertiginoso, sem o necessário
planejamento, que deveria ter
ocorrido em tempos passados.
Por isto, essa sua contínua
disposição para o diálogo, para
assimilar as sugestões e pleitos
da sociedade, mostra que o
nosso prefeito escolheu a
ferramenta fundamental para
que as melhores alternativas
sejam sempre encontradas.
São difíceis os momentos
atravessados pelo Brasil em
diversos setores, com impactos
acentuados na qualidade de
vida dos seus cidadãos, que
deveria ser sempre o grande
objetivo de qualquer adminis-
tração. A permanente sensação
de insegurança, por exemplo,
nos acompanha onde quer que
estejamos, no campo, nas
pequenas e grandes cidades,
nas ruas, nas escolas, e em
nossos lares, causando, além
dos riscos dos assaltos e da
violência, um estresse que se
manifesta em uma espécie de
prisão voluntária que se
consubstancia nas mudanças
de hábitos, nas grades, nos
alarmes, nas trancas e na
vigilância redobrada. Por outro
lado, os acidentes de trânsito
têm tomado proporções insus-
tentáveis com a perda de mi-
lhares de vidas anualmente, em
absoluto contraste com relação
à finalidade para a qual os
veículos foram criados.
Em pleno século XXI, ao lado
de primorosas descobertas da
área tecnológica para melhorar
a longevidade das pessoas,
ainda nos deparamos,
afrontosamente, com o
vigorosamente incentivado.
A nossa cidade de
Divinópolis, conquanto seja
ainda uma das melhores
cidades de Minas Gerais para
se viver, também sofre os
reflexos desses males, mas
nossas esperanças se reno-
vam pela coragem que o
nosso prefeito tem assumido
para enfrenta-los. De família
tradicional divinopolitana,
ele é profundo conhecedor
de nossas demandas, respon-
sável e batalhador pelas
causas de nossa gente.
Divinópolis, que começou
muito bem com a ferrovia,
através de suas lideranças
visionárias e de sua gente
empreendedora, conquistou
musculatura ao longo dos
tempos e pode continuar,
assim, a dar exemplos para o
Brasil. Nessa visão, nossa
expectativa se fortalece para
que, até o final de seu
mandato, tenhamos despoluí-
dos os nossos rios, afluentes
e nascentes no município;
que o nosso sistema de saúde
esteja de acordo com os
preceitos de qualidade e em
boa conformidade com a
demanda local e regional;
que o nosso parque tecno-
lógico, de terceira geração,
esteja em plena operação;
que a nossa universidade
federal esteja em plena
expansão nos terrenos da
parceria com o município;
que a nossa infraestrutura
logística esteja em condições
confortáveis e seguras para
nossa mobilidade; que a
nossa central de resíduos
esteja em pleno funciona-
mento; que as nossas
periferias estejam completa-
mente contempladas pelo
saneamento básico, pavi-
mentação, educação e saúde
de qualidade; que o desen-
volvimento econômico seja
uma rotina virtuosa e que o
nosso perfil cultural e
intelectual esteja em plena
ascendência. Andando nes-
ses percursos, chegaremos
certamente ao dia em que
exemplos de cidadania
estarão arraigados no
comportamento de todos que
aqui vivem.
Meus companheiros, amigos,
meu caro prefeito Vladimir,
os desafios são muitos, mas
como dizia Guimarães Rosa,
em seu livro “Grande Sertão:
Veredas”, “O correr da vida
embrulha tudo. A vida é
assim. Esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa, quieta e
depois desassossega. O que
ela quer da gente é
coragem”.
Seja muito bem vindo,
ilustre prefeito Vladimir!
Rotary Divinópolis Leste, 26
de março de 2014.
Elson Penha Silva.
Casa Cheia onde tivemos o
privilégio de saber do Prefeito
Municipal o que anda aconte-
cendo no município.
Companheiros Alfredo e Nelson
entregam certificado ao prefeito
Vladimir.
O Lobão Página 8 de 10
É muito comum e compreen-
sível a todos, de imediato,
quando se fala que alguém
está fazendo um curso de Pós
Graduação a nível de Mestra-
do. Associa-se logo à Acade-
mia. Que se trata de um
Graduado de uma Faculdade
depois de subme-ter-se ao
vestibular ou mesmo em uma
Universidade, cumprindo ao
longo de quatro, cinco ou
mais anos, todos os requisitos
e pré-requisitos disciplinares
e de dedicação específica aos
estudos, quando isto é pos-
sível, sem ter que trabalhar
simultaneamente para se
manter.
O Mestrado em Rotary que
titula esta reflexão é similar
ao Mestrado da Academia.
Para se ingressar em Rotary,
o cidadão ou cidadã também
se submete a um vestibular,
que é a análise de sua vida
pregressa. Para ser aprovado,
o cômputo geral das notas
atribuídas pela Comissão de
Admissão do Rotary Club
resulta na identificação de
reputação ilibada do cândida-
to, representante de uma ati-
vidade profissional ou de ne-
gócio. Agora, como associa-
do de um Rotary Club, para
O Rotary de
Divinópolis Leste
realizou no mês de
Março uma Inter-
clubes com o clube
Padrinho, Rotary
Club Divinópolis e
com o club coirmão
Rotary Divinópolis
Oeste.
O Momento de
companheirismo
vivido foi muito
gratificante, além de
podermos assistir a
uma palestra da
Médica Dra. Marília
Coelho sobre
Acupuntura.
Após todos se
deliciaram com uma
costela assada no
bafo. O que tornou
possível ainda aos
Notícias do Leste
do Rotary International, seja no
âmbito de seu Distrito, ou no seu
País ou além fronteira. Esta
Escola de Vida que é o Rotary,
que nos ensina e nos recomenda
a prática da cidadania, da ética,
do companheirismo, da amizade
e de tantos outros fundamentos,
que enobrecem e dignificam o
homem, não pode deixar que este
título se constitua em fim de
carreira rotária.
Anualmente são mais de 500 que
alcançam esta condição no mun-
do rotário. Uns por vontade pró-
pria e vaidade como que aposen-
tam, depois de terem realizado o
sonho efêmero de ser Governa-
dor de Distrito. Outros, entre-
tanto redescobrem Rotary na sua
verdadeira grandeza, dimensão e
capacidade de servir, sem limites,
como nenhuma outra organiz-
ação de voluntários do bem, pela
sua internacionalidade, universa-
lidade e credibilidade. Cabe ao
Rotary International a nobre mis-
são de promover o aproveitamen-
to de seus Mestres seja atribu-
indo lhes novas tarefas, seja
possibilitando a continuidade dos
estudos para o nível de Doutor
em Rotary. Em quaisquer dos
casos, o mundo em que vivemos
carece dos dois para fortalecer
comunidades, unir continentes e
para promoção da Paz Através do
Servir.
ser seu Presidente há o requi-
sito de ter sido Secretário do
mesmo. Para ser Governador
de Distrito, há que ter sido
Presidente de um Rotary
Club e ter pelo menos sete
anos de atividades rotárias, e
há pelo menos três anos no
Rotary Club que o apresenta
como candidato a Governa-
dor, entre outros requisitos.
Ao longo destes anos o rota-
riano comprometido com a
causa rotária, voluntaria-
mente está sempre estudando
o saber teórico associado ao
saber prático, através dos
sucessivos eventos de treina-
mento, obrigatórios ou não,
sempre recomendados e às
vezes patrocinados pelo
Rotary International. Como
se sabe, o Rotary Internatio-
nal é a entidade que mais
proporciona treinamento
específico a seus membros,
no mundo inteiro nos seus
534 Distritos e mais de
34.000 Rotary Clubs.
Após a titulação de Mestre na
Academia, o titulado vai
exercer sua Profissão, buscar
sua realização profissional e
econômica, seja na própria
academia como Professor ou
Pesquisador, ou como Profis-
sional privado especializado.
No Rotary este título corres-
ponde a Governador de Distri-
to, que sem nenhuma remune-
ração pessoal, a não ser a
cobertura das despesas pes-
soais, assumidas integralmente
pelo Rotary International, vai
levar durante o exercício de
um ano de Governadoria, moti-
vação aos Rotary Clubs.
É nesta Unidade Administrati-
va do Rotary International, que
é o Distrito Rotário, que o
rotariano inicia e conclui o seu
Mestrado em Rotary. Ele está
pronto para divulgar o objetivo
do Rotary e mostrar a cada
rotariano a profundidade do
lema oficial da organização:
“dar de si antes de pensar em
si”. São dois anos de treina-
mento específico, inicialmente
como Governador Indicado,
depois como Governador Elei-
to e o terceiro ano como
Governador do Distrito.
Como Mestre em Rotary, a
exemplo do Mestre da Acade-
mia, o Governador de Distrito
após o exercício de sua Gover-
nadoria deveria continuar suas
atividades motivadoras, com-
partilhando seus conhecimen-
tos, sua experiência nas mais
diferentes frentes de trabalho
do Rotary International, seja
no âmbito de seu Distrito, ou
no seu País ou além fronteira.
Esta Escola de Vida que é o
Rotary, que nos ensina e nos
recomenda a prática da
cidadania, da ética, do
companheirismo, da amizade e
de tantos outros fundamentos,
que enobrecem e dignificam o
homem, não pode deixar que
este título se constitua em fim
de carreira rotária.
Anualmente são mais de
500 que alcançam esta
condição no mundo rotário.
Uns por vontade própria e
vaidade como que aposentam,
depois de terem realizado o
sonho efêmero de ser
Governador de Distrito.
Outros, entretanto redescobrem
Rotary na sua verdadeira
grandeza, dimensão e
capacidade de servir, sem
limites, como nenhuma outra
organização de voluntários do
bem, pela sua
internacionalidade,
Atleticanos aprecia-
rem o jogo pela TV.
Ótimo momento
vivido com todos os
companheiros rotá-
rios.
Na ultima reunião
do Mês de março
tivemos a presença
do Sr. Prefeito
Municipal Vladimir
Azevedo que nos
falou sobre todos os
trabalhos em anda-
mento na prefeitura.
Com muita proprie-
dade, o prefeito
Vladimir nos falou
sobre a saúde em
Divinópolis, o que
está acontecendo, e
o que ainda tem que
médio e curto
prazo.
O Médico Marco
Aurélio Lobão
Coura, coordenador
do Pronto Socorro
Central, filho de
nosso saudoso com-
panheiro Pedro
Coura, falou sobre
as mudanças no
Pronto Socorro e a
criação da Upa Pe
Roberto em
Divinópolis.
Queremos parabe-
nizar esta admi-
nistração pelas
iniciativas na área
de saúde em
Divinópolis.
Estaremos nos
mantendo informa-
dos das atividades
administrativas.
Mestrado em Rotary Governador 2010/11 Serafim Carvalho Melo
O Lobão Página 9 de 10
Depois das Cinzas Alberto Bittencourt
Natacha e Viviane eram
inseparáveis. Desde peque-
nas andavam sempre jun-
tas. Em casa, nas brincadei-
ras, na escola, nos estudos,
nas festas, estavam sempre
em dupla. Não era uma, nem
outra, mas ambas. Não se via
uma sem a outra, não se
falava de uma, sem se falar
da outra. Elas comungavam
dos mesmos gostos, das
mesmas esperanças, das
mesmas manias, dos mês-
mos pensamentos. No cole-
gio, sentavam lado a lado.
Como estudavam juntas, era
comum, nas provas, os
professores pensarem terem
filado. Precisavam de muitos
argumentos para os conven-
cerem do contrário. Nas
traquinagens, desde a infân-
cia apoiavam-se mutuamen-
te. Tacha e Vivi, como eram
chamadas, confiavam uma
na outra, jamais uma faltara
à outra, principalmente nos
momentos de precisão.
Nesse sábado de carnaval,
perambulavam de mãos da-
das pelo centro do Recife.
Nas ruas apinhadas do Galo
da Madrugada, o maior blo-
co de rua do mundo, era uma
mistura de suor, cerveja,
samba e frevo. No frenesi
dos trios elétricos, pulavam,
dançavam, rebolavam,
cantavam, gritavam, sem que
nada as perturbasse. A vida
restara para trás. Ir em casa,
só para dormir e se
recompor.
O domingo as encontrou nas
ladeiras de Olinda, nos
maracatus, blocos de rua,
Elefantes, Pitombeira,
Homem da Meia Noite.
Tacha e Vivi, no esplendor
de seus 16 anos a se
descobrir e a descobrir um
novo mundo de ilusão, de
sonho, de fantasias, para elas
real, feito de alegria, de
felicidade. Depois no Recife
antigo, Marco Zero, de palco
em palco, de show em show,
multidão arrastada pelo
frevo, a ferver nas ruas, nas
praças, até o sol raiar. Pouco
comiam, pouco dormiam,
Topo: Shai Tamari, Bolsista Rotary pela Paz em 2006-08, em um acampamento de refugiados palestinos na Jordânia. Foto cedida por Shai Tamari. Abaixo: Bolsistas Rotary pela Paz da University of California, Berkeley. Foto cedida por Alejandra Rueda Zarate.
aproveitar o quanto podiam.
Sabiam que um dia, tudo
acabaria.
As duas jovens tipificavam o
padrão da mulher brasileira,
anônima, estudando ou
trabalhando, na busca de se
encontrar, de se superar.
Tacha, um pouco mais
rechonchuda, morena de sol,
cabelos castanhos, compri-
dos e lisos, espírito alegre,
brincalhão. Vivi mais clara e
mais magra, pouco mais alta,
olhar vivo, inquieto, curioso,
a querer descobrir o lado
oculto das aparências. As
famílias tinham ido para a
praia e as deixaram soltas.
Pareciam pouco se importar.
As duas não quiseram
acompanhá-las.
Tacha e Vivi eram
privilegiadas. Nada lhes
faltava. Desde crianças
tinham tudo. Do mais
requintado celular ao compu-
tador de última geração, tudo
do melhor, não tinham do
quê reclamar. A não ser,
aquele vazio imenso, aquela
vontade de ser querida,
vontade de se sentir gente.
Não encontrando em casa,
procuravam nas ruas, nas
festas, nas baladas.
Embora fossem bastante
assediadas pela rapaziada,
não curtiam namorados. Elas
se bastavam.
Os dias de carnaval passaram
rápidos. Quarta-feira de
cinzas. De volta ao vazio de
sempre, à rotina entediante, à
escola, às cobranças.
De repente fotos íntimas das
duas vazaram na internet.
Humilhadas, não sabiam o
que fazer. A pecha estava
lançada. Só queriam fugir, se
esconder. Sentiam vergonha
das famílias e dos amigos.
De mãos dadas, subiram ao
terraço do prédio, no 19º
andar. Um pacto silencioso,
mortal, se estabelecera:
continuar no mundo dos
sonhos, sem deveres nem
cobranças, nem obrigações,
nem reprimendas. Continuar
no mundo da liberdade,
poder voar como um
passarinho, livre para
sempre, enfim.
De mãos dadas, pularam.
Para as duas famílias o
choque foi tremendo. Jamais
se recuperaram. Duas jovens,
bonitas, na flor da vida,
tendo tudo o que queriam,
expostas desse jeito, para
quê? Nas sacolas, deixadas
no terraço, encontraram
bilhetes com pedidos de
perdão e declarações de
amor aos pais. E um pedido.
Pediam para serem
cremadas, as cinzas
misturadas e depois lançadas
por aí.
E, quando as pessoas
sentissem o afago do vento
nos cabelos, o beijo da brisa
no rosto, seriam elas,
Natacha e Viviane, a lhes dar
o carinho, o amor que nunca
receberam.
Mensagem do Companheiro José Gomes Pimenta à Mulher
Você ... Mulher ...
para mim: esposa/mãe/filha/irmã/amiga ...
presente ou ausente ... longe ou perto ...
real ou virtual ... ontem/hoje/sempre ...
no seu dia ... muito já se disse/escreveu/pensou/sentiu ...
mas no momento em que me vejo diante de
você ...
no seu dia ... querendo cumprimentá-la ...
sobram sentimentos ... faltam palavras ... eu digo apenas: UM GRANDE ABRAÇO ...
QUE VOCÊ SEJA
SEMPRE/E/MUITO FELIZ ...
e que MARIA, a Mulher, a abençoe ...
PARABÉNS !!!
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Fotos que falam do Rotary de Divinópolis Leste
* Durante o mês de março, dois momentos
foram marcantes em nossas reuniões.
* A visita do prefeito Vladimir em nossa
reunião ordinária e a reunião dos três clubes de
Divinópolis – Interclubes.
* Companheiros presidentes: 2013/14 José
Dimas e 2014/15 Jota ao lado do prefeito
Vladimir
*Casa cheia ouvindo a saudação do
companheiro Elson Penha ao Prefeito
Vladimir.
*Três clubes reunidos em uma Interclubs
presenciam a palestra da Dra. Marília Coelho
sobre Acupuntura que também é agraciada com
um certificado.
* Presidente Willian presenteia galantemente
os outros dois presidentes Rômulo e José
Dimas.
* Nada mais bonito do que um momento de
civismo onde todos irmanados cantam o Hino
Nacional Brasileiro.
* Parabéns aos três presidentes por este
momento de companheirismo agradável , além
é claro de posteriormente saborearmos um
gostoso jantar com costela assada no bafo.