O macro-domínio amazônico e o processo civilizatório Profa. Dra. Rita de Cássia Ariza da Cruz...
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O macro-domínio amazônico e o “processo
civilizatório”
Profa. Dra. Rita de Cássia Ariza da Cruz
Geografia Regional IV - Amazônia
Domínios morfo-climáticos
O domínio morfo-climático da Amazônia
Domínio das terras baixas florestadas Disposto em anfiteatro Enclausurado entre terras cisandinas e as
bordas dos planaltos Brasileiro e Guianense
Fortíssima entrada de energia solar (Ab’Saber, 2003)
Relevo brasileiro
Continuação...
Abastecimento permanente de ar úmido Baixa amplitude térmica anual “clima úmido e cálido, com temperaturas altas porém
suportáveis, chuvas rápidas e concentradas, muitos períodos desprovidos de precipitações e raros dias de chuvas consecutivas”
SUL: domínio das chuvas entre jan-mar Norte: maior precipitação entre maio-julho Média: 1600 a 3600 mm/ano (Ab’Saber,2003)
A rede hidrográfica
O rio mais extenso do mundo
De acordo com estudo feito pelo INPE, o Amazonas tem 6.992,06 quilômetros, contra 6.852,15 do Nilo.
O Amazonas, segundo esse mesmo estudo, tem origem na nascente do rio Apurímac, localizada no alto da parte ocidental da cordilheira dos Andes, no sul do Peru. De lá até a foz, no oceano Atlântico, são 6.992,06 km.
Igarapés e índios
Os igarapés foram fundamentais para a ocupação indígena da Amazônia
Invenção da canoa: salto cultural que permitiu a organização de muitos grupos indígenas na Amazônia
Diferença básica entre igarapé e rio: luminosidade; o primeiro corre, na grande parte das vezes, sob as sombras do dossel da floresta (Ab’Saber, 2003)
O “vazio demográfico”
“...estima-se que na Amazônia viviam entre 5 milhões e 5,5 milhões de pessoas, afirma o arqueólogo Eduardo Góis Neves, do Museu de Arqueologia da Universidade de São Paulo (USP). Havia aldeias com mais de 10 mil pessoas no Rio Amazonas, confirma o antropólogo Beto Ricardo, do Instituto Sócio-Ambiental (ISA). “Tinha mais gente na Amazônia no século 16 do que no começo do século 20”, observa Neves.” (Fonte: www.estadao.com.br/amazonia/indios_teorias_em_queda.htm)
As evidências...
evidências de que, até a chegada dos colonizadores, os indígenas da Amazônia mantinham intensa troca de informações com populações do altiplano andino;
uma evidência: ancestrais dos incas gravaram inscrições reproduzindo as imagens da mandioca e do jacaré-açu – e no altiplano não havia nem mandioca nem jacaré-açu.
Templo druída no Amapá Tal como no caso das pirâmides do Egito, dos monolitos de Stonehenge, dos totens da Ilha da Páscoa, das construções de Machu Pichu e outros
monumentos de pedra antigos, não se descobriu como as enormes rochas foram transportadas e montadas naquele local.
Templo druida do Amapá tem 127 blocos de granito esculpidos, com até três metros de altura. Fonte: serqueira.com.br/mapas/eldorado.htm
O Tratado de Tordesilhas
Fortificações e colônias militares
O (des)envolvimento da Amazônia
Ingleses, franceses, holandeses, espanhóis e...portugueses
Portugueses: apropriação cartográfica Associação à igreja católica (Belém é fundada em 1616,
com o nome de “Forte do Presépio”) Estratégias espaciais: fortes + aldeamentos de missões
religiosas Índios ou negros (?) “Drogas do sertão” (GONÇALVES, Carlos Walter P. ,
2001)
A “era” pombalina
Intensificação do caráter mercantil de exploração da Amazônia (Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão)
Conflito e expulsão dos jesuítas (índios subordinados à sanha mercantil)
Medidas de “modernização” da região
Doação de terras (sesmarias) a colonos e soldados que se comprometessem a cultivá-las;
Introdução do trabalho escravo (1756), visando reforçar a agricultura (cacau, café, algodão, cana-de-açúcar, fumo, anil e arroz;
Estímulo à implantação da pecuária nos campos de Rio Branco (atual Roraima), baixo Amazonas e região das ilhas, incluindo-se Marajó.
(GONÇALVES, 2001)
O “regatão”
Fonte: portalamazonia.locaweb.com.br/sites/amazonshop/noticia.php?idN=7910
O regatão
Faz a ligação entre as populações, que estão dispersas pelas calhas dos rios, e as vilas e povoados → escambo e aviamento
Expansão do domínio territorial português
(GONÇALVES, 2001)
A Revolução Industrial e a Amazônia
1839: descoberta do processo de vulcanização Uso para maquinaria e pneumáticos Contrariedade da oligarquia latifundiária tradicional Impacto sobre o abastecimento de cidades Deslocamento das áreas geográficas de importância
econômica para o alto curso de rios como Tapajós, Xingu, Juruá e Purus
Mais importante fluxo de povoamento para a Amazônia(Gonçalves, 2001)
Onde Amazônia e Nordeste se encontram
Acredita-se que entre 300 mil e 500 mil nordestinos migraram para a Amazônia entre 1860 e 1912 (auge do chamado “ciclo da borracha”)
A escravidão subliminar “o inferno verde” (Alberto Rangel)
Ainda é dia de índio?