O Magazine da Câmara The Magazine of the Swiss-Brazilian ... · no Brasil estão fazendo para...

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foco Alimentos Hora de mudar a visão sobre o setor. focus Food Time to change your view on this sector. jurídico Pirataria: o que as autoridades no Brasil estão fazendo para combater este crime. legal Piracy: what Brazilian authorities are doing to fight this crime. notícias da SWISSCAM Presidents’ Club com Stephen Kanitz. chamber news Presidents’ Club featuring Stephen Kanitz. 2008 R$ 10,00 swisscam O Magazine da Câmara de Comércio Suíço-Brasileira The Magazine of the Swiss-Brazilian Chamber of Commerce BRASIL 55

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e d i t o r i a lF

ood is a basic need of human beings. Some-times we have the impression that access to decent food has not improved but when we see how many people research, study

and work in this industry, there is great hope for improvement.

Read in this edition, how some companies in Brazil do implement unique packaging and distribution strategies to guarantee supply of quality food to lower income people.

Some important steps have been taken, when it comes to growing vegetables: in the last 10 years, 40% more vegetables have been grown on 5% less surface.

Maybe we should think twice next time we buy a piece of meat and keep in mind that in the same area where we grow cattle we can produce 160 times more corn for example.

When it comes to appreciating a nice glass of wine, we see that Brazil and Switzerland have a common difficulty: both countries are not yet world wide renown for their wine production, but not for the same reason though.

When it comes to travel, there is also food involved: The kind we eat while travelling and the kind we eat when arriving at our destination.

In order to improve cultural and culinary understand-ing teachers, staff, students and parents of students enrolled at the Swiss Brazilian School in São Paulo have joined forces to share their dearest Swiss and Brazilian recipes in a multicultural cookbook.

Also in this edition: An outlook on the economic partnership between Brazil and Switzerland, news on Piracy combat in Brazil, the 1st “Brazilians around the world” conference and the Success Story of associate Diamond.

This is our last edition for 2008. For 2009 we plan to make some changes to the magazine. We’re looking forward to having you read our next edition focused on “Transport and Logistics”. Wishing you all the best for 2009, sincerely yours.

Stephan Buser , diretor

executivo da SWISSCAM.

Stephan Buser ,

executive director of

SWISSCAM.

Comida é uma necessidade básica para os seres humanos. Às vezes, temos a impressão de que o aces-so a uma alimentação decente não melhorou, mas quando vemos quantas pessoas pesquisam, es-

tudam e trabalham nesse campo, temos uma grande esperança de melhora.

Leia nesta edição como algumas empresas no Brasil implementam estratégias de embalagem e distribuição exclusivas para garantir o forne-cimento de alimentos de qualidade para famílias de baixa renda.

No cultivo de vegetais, algumas medidas impor-tantes foram tomadas: nos últimos 10 anos, uma quantidade 40% maior de vegetais foi cultivada usando uma área 5% menor.

Talvez devêssemos pensar duas vezes antes de comprar uma peça de carne, tendo em mente que na mesma área onde criamos gado podemos produzir 160 vezes mais milho, por exemplo.

Quando se trata de saborear uma boa taça de vinho, vemos que Brasil e Suíça têm uma difi-culdade em comum: nenhum dos dois é ainda reconhecido mundialmente por sua produção de vinho, mas não pelos mesmos motivos.

Quando se trata de viagens, a comida também está envolvida: o tipo que comemos durante a viagem e o tipo que comemos no destino.

A fim de melhorar a compreensão cultural e culi-nária, professores, funcionários, alunos e pais de alunos matriculados na Escola Suíço-Brasileira de São Paulo juntaram forças para compartilhar suas receitas preferidas suíças e brasileiras em um livro de culinária multicultural.

Também nesta edição: uma visão geral da parce-ria econômica entre Brasil e Suíça, notícias sobre o combate à pirataria no Brasil, 1a Conferência “Brasileiros pelo Mundo Todo” e a história de sucesso do associado Diamond.

Esta é a última edição de 2008. Para 2009, planejamos algumas modificações na revista. Esperamos que você leia nossa próxima edição com destaque para “Transporte e Logística.” Desejamos a todos um excelente 2009.

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e c o n o m i a s u í ç o - b r a s i l e i r a

S w i s s - B r a z i l i a n e c o n o m y

18 Philippe Nell comenta as relações bilaterais Brasil-Suíça. Philippe Nell comments on bilateral Brazil-Switzerland relations.

i n t e r n a c i o n a l i n t e r n a t i o n a l

30 Conferência discute situação dos brasileiros no mundo. Conference addresses Brazilians living abroad.

j u r í d i c o l e g a l

32 “A pirataria é o crime do século 21”. “Piracy is the crime of the 21st century”.

f o c o : a l i m e n t o sf o c u s : f o o d

4 Faça uma viagem pela gastronomia suíça. Take a trip through Swiss gastronomy.

8 Estudo revela os impactos ambientais do uso de animais para alimentação. Study points out environmental impacts from use of animals as food.

10 Vinhos brasileiros também valem um brinde! Brazilian wines also deserve a toast!

12 Alimentos a bordo. Como funciona o catering aéreo. Food on board: how does the catering work?

14 O cultivo de hortaliças faz bem para a economia do país e para a saúde da população. Growing vegetables is good for the economy of the country and for the health of the population.

17 Escola Suíço-Brasileira lança livro de receitas. Swiss-Brazilian School releases recipes book.

22 Os suíços estão entre os mais entusiasmados amantes de vinho em todo o mundo. Swiss are among the most enthusiastic wine lovers in the world.

26 Há uma classe de consumidores inexplorada, sobretudo para o setor de alimentos. There is an untapped consume class, especially for the food sector.

O Magazine da Câmara de Comércio Suíço-Brasileira

The Magazine of the Swiss- Brazilian Chamber

of Commerce

Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication Director

Christian Hanssen

Coordenação EditorialEditorial Coordination

Stephan Buser

Anúncios - Advertisements Denise Ortega

Projeto Gráfico, Direção de Arte Editorial Design, Art Direction

Markus Steiger

Revisão e TraduçãoProofreading and Translation

C.I.I. Idiomas, Global Translations.BR Denise Ortega, Hanna Weisskopf

Maria Augusta Chaves, Stephan Buser

Jornalista responsávelJournalist in charge

Maria Alice Amoroso Nunes, MTB 11.239

Produção Gráfica - PrintingPaula Medeiros

A reprodução das notícias é permitida, contanto que seja mencionada a fonte. As

opiniões contidas nos artigos não refletem necessariamente a posição da SWISSCAM.

The reproduction of items is permitted as long as the source is mentioned. The opinions

contained in the articles do not necessarily reflect the position of SWISSCAM.

Câmara de Comércio Suíço-BrasileiraSwiss-Brazilian Chamber of Commerce

Schweizerisch-Brasilianische HandelskammerChambre de Commerce Suisse-Brésilienne

Avenida das Nações Unidas, 18.001 - 6° andar04795-900 São Paulo (SP) Brasil

Tel +55 (11) 5683 7447Fax +55 (11) 5641 3306

[email protected]

Presidente - PresidentChr is t ian Hanssen

Vice-presidentes - Vice-PresidentsCar los Roberto Hohl

Antonio Car los Guimarães

A Câmara de Comércio Suíço-Brasileira, constituída em 1945, é filiada à União das

Câmaras de Comércio Suíças no Exterior e à Câmara de Comércio Internacional.

The Swiss Brazilian Chamber of Commerce, founded in 1945, is affiliated to the Swiss

Foreign Trade Chambers and the International Chamber of Commerce.

www.swisscam.com.br

Colheita de uva em Calamin/Epesses na região de Lavaux,

parte do Patrimônio Mundial da UNESCO, no lago de Genebra.

Grape harvest in Calamin / Epesses in the Lavaux region,

part of the UNESCO World Heritage, on Lake Geneva. Fo

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n o t í c i a s d a S W I S S C A M c h a m b e r n e w s

21 Visita de Philippe Nell ao Brasil. Philippe Nell’s visit to Brazil. 25 Presidents’ Club com Stephen Kanitz. Presidents’ Club featuring Stephen Kanitz. 29 Seminário sobre investimentos na Suíça. Seminar concerning investments in Switzerland.

s u c e s s s t o r y

35 Diamond comemora 20 anos no Brasil. Diamond commemorates 20 years in Brazil.

d i r e t ó r i o d i r e c t o r y

36 Comunidade suíça no Brasil. Swiss community in Brazil.

Foto Capa: swiss-image

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f o c o : a l i m e n t o s A Suíça atrai todos os anos milhares de viajantes apaixonados por culinária e apreciadores da autêntica gastrono-mia do país, que procuram em suas viagens não somente a haute cuisine,

mas também a típica cozinha local e regional, com suas especialidades suíças e experiências gastronômicas.

Surpreendentes por sua diversidade, os vinhos suíços são reflexo da topografia diversificada do país - os vales do Reno, os bancos lacustres, em particular o de Genebra, a região dos Três Lagos (Neuchâtel, Morat e Bienne), Zurique e Lugano, e seus espetaculares vinhedos obliquamente desenhados. Estendidos sobre 15.000 hectares em sua totalidade, os principais vinhedos do país localizam-se na região francesa da Suíça, sendo Valais e Vaud os dois principais cantões produtores de vinho.

As riquezas e belezas naturais de Lavaux, seus vinhedos, terraços e vilas ao longo do Lago de Genebra permitiram seu reconhecimento como Patrimônio Mundial da UNESCO em 2007. Lavaux é uma região rica em caráter: sua diversidade culinária rica em sabores e a hospitalidade re-lacionada ao vinho, o fruto de suas colinas, são realmente apaixonantes.

Você sabia que a Suíça produz mais de 450 tipos de queijo? Na primavera, as vaquinhas desfilam graciosamente nos pastos verdes dos vales suíços e alimentam-se de flores alpinas, que compõem o ingrediente secreto da fabricação do queijo. Cada cenário possui seu próprio queijo,

Suíça: paixão pela gastronomia

Há assuntos que despertam interesses, sentimentos e paixões de muitos. Comer e beber são alguns deles, assim como sair de férias e viajar. Por que, então, não unir o que há de melhor nisso?

por Gisele Sarbach

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Em 1819, François-Louis Cailler inaugurou uma das primeiras produções mecanizadas de chocolate em Corsier-sur-Vevey, estabelecendo a mais antiga marca de chocolate suíço existente até hoje.

e a lista de variedades é impressionante: o leve e cremoso Vacherin, o picante Appenzeller, o condimentado Sbrinz, o saboroso Emmentaler (o queijo dos “buracos”), o mundialmente fa-moso Gruyère, o delicado Tête de Moine... todos utilizados na preparação de fondues, raclettes, tábuas de queijos e outros pratos.

Uma visita imperdível são as regiões de Grimentz (Valais), Flumserberg, Moléson e L’Etivaz, onde uma vez por semana os produtores locais convi-dam os turistas a conhecer a produção artesanal de seus queijos, mostrando como a história e a tradição continuam vivas nestas localidades.

E o que dizer do famoso chocolate suíço? A técnica do primeiro “chocolate que derrete na boca” foi um árduo processo que marcou para sempre o sucesso da indústria de chocolates suíços ao redor do mundo: foram os suíços os pioneiros no desenvolvimento do chocolate ao leite com o puro sabor do leite alpino.

Em 1819, François-Louis Cailler inaugurou uma das primeiras produções mecanizadas de cho-colate em Corsier-sur-Vevey, estabelecendo a mais antiga marca de chocolate suíço existente até hoje. Os anos entre 1890 e 1920 viram um verdadeiro florescer da indústria de chocolate, coincidindo com a época dourada do turismo suíço. Membros da alta sociedade mundial em férias no país apreciavam o chocolate e levavam sua fama para casa com eles. Assim, a pequena notável Suíça se transformava aos poucos em potência mundial do chocolate.

Atualmente, uma das atrações culinárias mais visitadas na Suíça é o Trem do Chocolate, que parte de Montreux em direção a Broc, onde a fábrica de chocolates Cailler-Nestlé está si-tuada. Na excursão, os turistas descobrem os segredos da fabricação do “ouro negro” e se esbaldam na degustação de chocolates. Desde os anos 70, mais de um milhão de pessoas já fizeram o passeio.

É claro que estas são apenas as mais conhecidas facetas da culinária suíça; porém, existem alguns segredos aos poucos sendo descobertos pelos amantes de gastronomia, como os 350 tipos de salsicha suíça, a produção de açafrão em

Mund e o autêntico brandy de frutas de Morand (Valais), a destilação do lendário absinto em Val-de-Travers e a produção do puro mel alpino em Boudevilliers (Jura), as trilhas da castanha em Arosio e do azeite de oliva em Lugano (Ticino), a saborosa carne seca artesanal de Parpan (Grisões), a degustação de águas minerais em Gonten (Appenzell), a mais antiga cervejaria su-íça Schützengarten em St. Gallen, o tradicional suco de maçãs de Arbon (Turgóvia)...

Embarque nesta deliciosa aventura gastronômica e bom apetite!

Especialidades regionais são mais gostosas em

ambientes rústicos: vinho, pão, salame, queijo

e castanhas compõem uma deliciosa refeição.

Regional specialities taste best in rustic

surroundings: wine, bread, salami, cheese and

chestnuts make up a delicious meal.

Típico restaurante (Grotto) de Ticino

com vista para o lago de Lugano, Ticino.

Typical Grotto of the Ticino with view

on Lake Lugano, Figino, Ticino.

Colheita de açafrão em Mund (1407 m)

no cantão de Valais.

Harvesting saffron in Mund (1407 m)

in the canton of Valais.

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Every year, Switzerland attracts thousands of food loving visitors that appreciate its authentic cuisine and travel to the coun-try not only for its haute cuisine, but also for its typical local and regional culinary

dishes, combining different Swiss specialties and gourmet experiences.

Surprisingly diversified, Swiss wines are the result of the country’s distinct topography - the Rhein river valleys, the lake shores, particularly those surround-ing the Geneva Lake, the Three Lakes (Neuchâtel, Morat and Bienne), the Zurich and Lugano lakes, and their spectacular vineyards diagonally designed. Spread over 15,000 hectares, the country’s main vineyards are located in Switzerland’s French-speaking region, or more precisely in the main wine-producing cantons, Valais and Vaud.

f o c u s : f o o d

Switzerland: Passion for gastronomy Some things in life invoke people’s interest, feelings, and love. Eating and drinking, vacations and travel are people’s favorites. So, why not combining and fully enjoying them?

b y Gisele Sarbach

Bar em estação de esqui em Corviglia

(2486 m) acima de St. Moritz (1822 m),

cantão dos grisões. Vista panorâmica dos

Alpes Oberengadin com Piz Corvatsch à direita.

Ski bar on the Corviglia ski slopes (2486 m)

above St. Moritz (1822 m), Canton

Graubuenden. Panoramic view of the Upper

Engadine Alps with Piz Corvatsch to the right.

Raclette, uma

especialidade

suíça.

Raclette, a Swiss

cheese specialty.

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Marked by an abundance of natural beauty, vine-yards, typical balconies and villages, the town of Lavaux has been included in the UNESCO’s list of World Heritage sites in 2007. Lavaux features a unique character which captivates visitors for its diversified and flavor-rich cuisine and the towns-folk’s hospitality, celebrated with wine, a fruit of the town’s hills.

Did you know that Switzerland produces over 450 different types of cheese? In spring, Swiss cows can be seen graciously moving about the green pastures of the valleys, feeding on Alpine flowers, which are the secret ingredient used for making cheese. Each small region makes its own cheese, resulting in a large variety of products, including the light and creamy Vacherin, the hot Appenzeller, the spicy Sbrinz, the delicious Emmentaler (the cheese with ‘holes’), the world famous Gruyere, the delicate Tête de Moine… all of which are used to prepare fondues, raclettes, cheese plates, and other dishes.

In 1819, François-Louis Cailler set up in Corsier-sur-Vevey one of the world’s first mechanized chocolate production lines, giving birth to Switzerland’s oldest chocolate brand.

Gisele Sarbach é

Gerente de Marketing do

Switzerland Tourism Brazil.

Gisele Sarbach is

Marketing Manager of

Switzerland Tourism Brazil.

Visitors should not miss the Grimentz (Valais), Flumserberg, Moléston and L’Etivaz regions, where once a week local producers invite tourists to visit their handmade cheese production facilities, show-ing them how history and tradition are very much alive there.

And what about the world-famous Swiss chocolate? The traditional method used in Switzerland to make the “chocolate that melts in the mouth” made the Swiss chocolate industry recognized all over the world: the Swiss were the first to make milk-based chocolate using pure Alpine milk, conferring the product its typical taste.

Em 1819, François-Louis Cailler set up in Corsier-sur-Vevey one of the world’s first mechanized chocolate production lines, giving birth to Switzer-land’s oldest chocolate brand. Between 1890 and 1920, the chocolate industry flourished, along with the Swiss tourism golden age. Wealthy vacationers

coming from all over the world sang the praises of Swiss chocolate back home. So, the remarkable little country slowly became a world chocolate power.

Today one of the most popular tourist attractions in Switzerland is the Chocolate Train, going from Montreaux to Broc, where Cailler-Nestlé chocolate production plant is located. During the train ride, tourists learn about how the “black gold” is pro-duced and enjoy a chocolate-tasting session. Over one million people have taken the tour, which was offered for the first time in the 1970s.

These are only some of Switzerland’s culinary spe-cialties. Food lovers, however, have been gradually learning more about other not so obvious food at-tractions, such as the 350 different types of Swiss frankfurters, the saffron produced in Mund, the authentic fruit brandy from Morand (Valais), the legendary absinthe distilled in Val-de-Travers, the pure Alpine honey from Boudevilliers (Jura), the walnuts from Arosio, the olive oil from Lugano (Ticino), the handmade corned beef produced in Parpan (Grisons), mineral water tasting in Gonten (Appenzell), Schützengarten, the oldest Swiss brewery, in St. Gallen, the traditional apple juice from Arbon (Turgau)…

Come on board for this delicious culinary adventure and enjoy your meal!

Thun em Oberland Bernês. Café

na Untere Schleusenbruecke. Igreja

St. Mauritius com sua torre octagonal

do Século 14 ao fundo.

Thun in the Bernese Oberland. Street

cafe at the Untere Schleusenbruecke.

The St. Mauritius town church with its

octagonal tower from the 14th century

in the back.

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Environmental impacts from the use of animals for food This guide presents the main factors which generate environmental degradation caused by business operations involving animal breeding for slaughter and human consumption.

The booklet released by the en-vironmental department of the Sociedade Vegetariana Brasile-ira - SVB (Brazilian Vegetarian Society), whose sources include CETESB (Company of Environmen-tal Sanitation Technology), IBGE (Brazilian Institute of Geography

and Statistics), FAO/UN, Worldwatch Institute and the BBC depicts problems caused by the consumption of meat from an environmental point of view. See some of them listed below.

WaterBrazil is the largest world potential in terms of fresh water volume - 12% of the entire world supply can be found in our rivers and subterranean reservoirs.

However, nearly 70% of this precious commodity is used for agriculture, especially for irrigation. Irrigation for the farming of plants for human food, right? Wrong - much more than half of all this water is used to irrigate food for the industrial production of animal feed, here and abroad. In other words, it is turned into feed for cattle, pigs, poultry and even fish, which can be later found on our dining tables. To further aggravate the situation, no one pays for the use of all this water or for the pollution that the effluents from meat production cause, namely, blood, fat, offal, vomit and feces, not to mention the hormones, antibiotics, insecticides, fertilizers and agricultural pesticides, that have also contaminated our water reservoirs and fresh water sources.

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O caderno lançado pelo departamento de meio ambiente da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), cujas fontes de pesquisa incluem a Ce-tesb, IBGE, FAO/ONU, Worldwatch

Institute e BBC, aponta os problemas causados pelo consumo de carne do ponto de vista am-biental. Veja alguns deles abaixo.

ÁguaO Brasil é a maior potência mundial em volume de água doce: 12% de todo o estoque global está em nossos rios e reservatórios subterrâneos. Contudo, cerca de 70% dessa preciosidade vai

Impactos sobre o meio ambiente do uso de animais para alimentaçãoGuia apresenta os principais fatores que geram degradação ambiental entre as atividades econômicas que envolvem criação de animais para abate e posterior alimentação humana.

para a agricultura - em especial a irrigação. Irri-gação do cultivo de hortaliças para alimentação humana, certo? Negativo: bem mais da metade de tudo que é cultivado no Brasil destina-se à produção industrial de ração animal, aqui e no exterior. Ou seja, vira alimento de bois, porcos, aves e até peixes, que depois vão parar no prato das pessoas. Para piorar a situação, ninguém paga pelo consumo dessa água toda, nem pela poluição que os efluentes da produção de carne - sangue, gorduras, vísceras, vômitos e fezes, mais os hormônios, antibióticos, inseticidas, fertilizantes e defensivos agrícolas - causam aos reservatórios e aqüíferos.

f o c o : a l i m e n t o s

In the United States, cattle breeding is responsible for 50% of the use of all water consumed for any purposes. In this country, the amount of animal ex-crement without benefit of treatment, nearly always dumped on the land and in the water, totals 1.4 bil-lion tons per year, or 104,000 kilos per second.

Soil In Brazil, animal herds number 200 million head and cattle farming covers more than 250 million hectares of land, nearly one-third of Brazilian ter-ritory! Forests and savannahs have been devastated to make way for pastures and single grain crops, later used to produce animal feed.

According to Instituto CEPA, in Brazil one steer needs four hectares of land and produces 210 kilos of beef on the average, over a period of four to five years. While the same amount of land can be used to pro-duce the following items on the average:

8 tons of beans 19 tons of rice 22 tons of apples 23 tons of wheat 32 tons of soybeans 34 tons of corn 35 tons of carrots 44 tons of potatoes 56 tons of tomatoes

Cattle continually trample and compact the soil. This makes the absorption of water more difficult and turns it more likely for the surface matter to be carried away by wind and rain, resulting in a process of erosion.

AirAn alarming report published by the FAO in 2006, shows that “stocks of live animals” maintained for human consumption are more responsible for climatic changes than all the motor vehicles in the world together. In all, not less than 18% of all gas emissions that cause global warming are generated by the meat industry alone.

The two billion head of cattle on the planet, thanks to the volatility of their burps and intestinal gas, account for 12% of the methane gas emitted in the atmosphere throughout the world. Methane gas falls just behind carbon dioxide as one of the main contributors to the depletion of the ozone layer and remains in the atmosphere less time than CO2, but is 20 times more potent as a cause of the greenhouse effect and global warming.

This publication can be read in its entirety at the site: www.svb.org.br.

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Nos Estados Unidos, a criação de gado é res-ponsável pelo uso de metade de toda a água consumida no país para todos os fins. Já a quantidade de excrementos de animais, quase sempre lançada sem tratamento na terra e na água, nesse país é de 1,4 bilhão de toneladas por ano, ou 104 mil kg por segundo.

SoloNo Brasil, os rebanhos já contabilizam 200 milhões de cabeças e a pecuária ocupa mais de 250 milhões de hectares, quase um terço do território nacional! Florestas e cerrados são devastados para formar pastos e grandes mo-noculturas de grãos, posteriormente destinados a virar ração.

No Brasil, segundo o Instituto CEPA, um boi pre-cisa de um a quatro hectares de terra e produz, em média, 210 kg de carne, no período de qua-tro a cinco anos. No mesmo tempo e na mesma quantidade de terra, produz-se, em média:

8 ton de feijão 19 ton de arroz 22 ton de maçã 23 ton de trigo 32 ton de soja 34 ton de milho 35 ton de cenoura 44 ton de batata 56 ton de tomate

O gado pisoteia e compacta o solo o tempo todo. Isso dificulta a absorção de água e facilita o ar-rasto de material superficial pelo vento e pela água, resultando em processos erosivos.

ArUm relatório alarmante da FAO, publicado em 2006, indica que os “estoques de animais vi-vos” mantidos para alimentação humana têm mais responsabilidade pelas mudanças climá-ticas do que todos os veículos automotores do mundo somados! No total, nada menos de 18% da emissão de todos os gases causadores do aquecimento global são gerados apenas pelas indústrias da carne.

Os dois bilhões de bovinos do planeta emitem, graças à volatilização dos seus arrotos e gases intestinais, 12% do metano lançado globalmente na atmosfera. O metano, que vem logo atrás do dióxido de carbono como principal fator de de-gradação da camada de ozônio, permanece na atmosfera menos tempo do que o CO2, mas é pelo menos 20 vezes mais potente como gerador de efeito estufa e do aquecimento global.

A publicação pode ser lida na íntegra pelo site www.svb.org.br.

Daniela Zandonadi é sommelière

e membro diretivo da Aregala Brasil.

[email protected]

Sommelière Daniela Zandonadi

is a director at Aregala Brasil.

[email protected]

(...) many often don’t have a glass of national wine because of prejudice and prices.

Brazil is over 500 years old, but wine drinking is still a recent habit, brought to the country by the Por-tuguese, who already had the habit of drinking wine during their sea journeys. In 1532, aristocrat Brás Cubas, founder of Santos, intro-

duced the first grapevines to be planted on Brazilian soil, though with repetitive failing attempts.

The climate in Brazil always complicated the coun-try’s efforts to develop wine production as good wines require quality raw material, and soil and climate conditions are essential in maintaining the organoleptic characteristics of wine. Despite these relevant factors, Brazil has stood out in renowned international wine contests in different countries, including France, particularly for our sparkling wine, which, in the land of Champagne, has received vari-ous awards and increasing recognition.

Concerns over the terroir is a reality for Brazilian producers interested in developing superior wines, which requires state-of-the-art technology and qualified professionals. And as people say: “Enolo-gists that sleep during the harvest will not sleep during the year”.

It is worth mentioning that despite Brazil’s great sparkling wine production potential, the red and white wines produced in Rio Grande do Sul and Santa Catarina have achieved very high scores in blind wine tasting events. Obviously there are exceptions. However wine’s final prices still affect sales results when compared to imported wine. This situation reflects the low consumption of national wines: many often don’t have a glass of national wine because of prejudice and prices. But still, I would like to make a toast to Brazil!

I urge you all: “Come, come brothers for I am drink-ing stars! (Dom Perignon).

And who would say the stars would shine for Brazil!

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Brazilian Wines: Discovery of Brazil’s Fascinating StarsLand ahead! “Terra de Vera Cruz!” That is how the country was first called by the Portuguese, who settled in our land, bringing along their customs, including their wine culture.

b y Daniela Zandonadi

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São mais de 500 anos de história do Brasil, mas o vinho ainda é uma cultura nova, iniciada a partir das navegações dos portugueses que durante suas expedições tomavam o vinho já como um hábito. Em

1532, o fidalgo Brás Cubas, fundador de San-tos, trouxe consigo as primeiras parreiras para serem plantadas em solos brasileiros, mas os insucessos eram uma constante.

O clima do Brasil sempre foi um fator dificul-tador da história de nossa viticultura, pois um grande vinho depende de uma matéria-prima de qualidade, e as condições de solo e clima são fundamentais para não comprometer as características organolépticas do vinho. Ape-sar destes fatores relevantes, o Brasil está se

Ressalto ainda que apesar de nosso grande po-tencial para a produção dos espumantes, nossos vinhos tintos e brancos tanto do Rio Grande do Sul como de Santa Catarina, em degustações às cegas atingem pontuações exemplares. É evidente que temos as exceções. Porém, o preço final ainda é um fantasma que assombra o resul-tado de vendas se comparado aos importados, pois esta situação reflete na falta do consumo regionalizado, que muitas vezes por preconcei-to e preço se deixa de apreciar um bom vinho nacional. Mas vale um brinde ao Brasil!

Convoco a todos : “Irmãos venham, venham, que estou tomando estrelas!” (Dom Perignon)

E quem diria que estas estrelas brilhariam para o Brasil!

por Daniela Zandonadi

Vinhos Brasileiros:A descoberta de fascinantes estrelas do Brasil!

f o c o : a l i m e n t o s

Terra à vista! “Terra de Vera Cruz!” assim nos batizaram quando os portugueses avistaram nossas terras, nos colonizaram e trouxeram suas infl uências, inclusive a cultura do vinho.

destacando em concursos internacionais de prestígio, inclusive na França, e esta honra se deve principalmente aos nossos espumantes, que no país do Champagne, as premiações e reconhecimentos vêm se multiplicando.

(...) muitas vezes por preconceito e preço se deixa de apreciar um bom vinho nacional.

A preocupação com terroir é uma realidade nacional para os produtores com a missão de produzir o melhor, e isto implica em tecnologias de ponta e profissionais qualificados. É como se diz: “o enólogo que dorme durante a safra, não dorme durante o ano”.

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What’s cooking with airline catering?In the early years of the airline industry, around the 1920s, onboard meals were not a big issue. Most flights were short-range and there were plenty of opportunities to serve food on the ground while aircraft were being refueled and maintained.

b y Stephan Buser

kitchen utensils, amenities, toys, forms, pillows & blankets, newspapers & magazines, ice cubes, and all the drawers, bags, containers and trolleys for storage.

Things become more complicated when aircraft are switched due to a delayed flight or maintenance is-sues. For example, a morning flight from São Paulo Congonhas to Rio de Janeiro scheduled to be flown by an Airbus with registration PR-MBQ may have to use an Airbus PR-MNH. All catering items have to be unloaded from one plane and reloaded on the other because PR-MBQ might now be flying to Re-cife where a different type of meal was planned, or more importantly, a different number of passengers were booked.

Os primeiros prestadores de serviço de catering entregavam os ali-mentos no avião ainda crus e, na realidade, as refeições eram pre-paradas a bordo. No entanto, isso

logo mudou e os prestadores começaram a usar cozinhas industriais, normalmente localizadas próximas dos aeroportos. As refeições a bordo começaram a ganhar cada vez mais atenção conforme os tempos de vôo foram aumentando. Estes serviços constituem uma parte importante do entretenimento de bordo. Oferecer alimentos e bebidas mantém os passageiros ocupados, re-duzindo a ansiedade e fazendo com que o tempo a bordo passe mais rapidamente.

Porém, o catering das linhas aéreas também se tornou uma vantagem competitiva. A concepção de alimentos ganhou aclamação internacional; as refeições passaram a ser preparadas por chefs

Como é cozinhar a 10.000 m

de altitude?

Nos primeiros anos de operação das companhias

aéreas, em torno da década de 1920, as refeições a bordo

não representavam um grande problema. A maioria dos vôos era de curta distância e havia

muitas oportunidades para servir as refeições em solo,

enquanto a aeronave era reabastecida e revisada.

f o c o : a l i m e n t o s

por Stephan Buser

Early caterers had raw food materials delivered to the aircraft door, and in-flight meals were actually prepared onboard. But this soon

changed and they started to use kitchen facilities, usually located near airports. Food on board increas-ingly gained attention as flight-times lengthened. Meal service comprise an important part of in-flight entertainment. Serving foods and beverages keeps passengers busy and they are less anxious, so their time in the cabin goes by quicker.

But in-flight catering has also become a competi-tive advantage. Food concepts gain international acclaim; meals are prepared by world famous chefs. Airlines compete to offer the more refined onboard menu or the most luxurious items. Airlines invest in new food concepts, and cabin services feature top brands.

Many airlines no longer run their own catering structure. In-flight meals services are often out-sourced and two major players have become the established world leaders: LSG Skychefs, now the largest airline catering company worldwide but still owned by Lufthansa, and Gate Gourmet, the largest independent airline caterer, formerly owned by the Swissair Group, with a market share of ap-proximately 30%.

The top airline caterers have evolved from simply running kitchens to become state-of-the-art provid-ers of logistics services. Price pressure from airlines has driven them to adopt the most cost-efficient production processes. The quantity of meals loaded onto an aircraft must be as near as possible to the actual number of passengers traveling, allowing for last-minute bookings and no-shows. Portion sizes are standardized.

At an international airline’s home-base airport, there could be for example 120 daily departures, both short- and long-haul flights. Catering compa-nies have to deal with the complexity of this airline business.

The caterer prepares a range of different types of meal depending on flying times, times of day and cabin classes.

Many airlines now allow passengers to order spe-cial meals to meet their dietary needs, particularly kosher, Muslim, children and babies, vegetarian, or vegan food; to name only a few.

Apart from food, much additional equipment is carried on a flight: beverages, spare dishes,

Many movies show scenes onboard an airplane in which a friendly flight attendant is pushing a food trolley along the aisle and asking each passenger: “Chicken or Beef?” Why has airline food gotten such a bad reputation?

Actually it has nothing to do with quality. Catering companies only purchase high quality food items and all handling, storage and delivery follows very strict standards.

What is the challenge in serving a decent meal onboard an aircraft?The process of preparing fresh food preparation must take no longer than 24h from first interven-tion through scheduled onboard meal time. All fresh food has to be kept in the cold chain. Food to be stored onboard is packed in airline containers and trolleys with shelves or trays that are often no more than 6 cm apart.

Food items to be served hot onboard are usually precooked in the caterer’s kitchen, quickly chilled and then kept cool until they are reheated onboard. There are no electric or gas cookers to finish cooking your meal - just a convection heater, so many items are not suitable for onboard meals.

People boarding airplanes today are of diverse origin. Meals must not be too salty or too spicy, since they might not be to the liking of many pas-sengers.

These and some other factors influence food prepa-ration for onboard service.

So it’s up to you: chicken or beef? - Have a nice flight.

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Leitura adicional - Additional reading

Airline - identity, design and culture” de Kei-th Lovegrove (ISBN 1856692051) - capítulo sobre “comida” - chapter on “food”.

Flight Catering” de Peter Jones, ITCA (ISBN 0750662166).

Stephan Buser , diretor

executivo da SWISSCAM.

Trabalhou mais de 6 anos

na Gate Gourmet.

Stephan Buser ,

executive director of

SWISSCAM. He has worked

at Gate Gourmet for more

than 6 years.

Oferecer alimentos e bebidas mantém os passageiros ocupados, reduzindo a ansiedade e fazendo com que o tempo a bordo passe mais rapidamente.

carrinho de comida pelo corredor e pergunta para cada um dos passageiros: “Frango ou carne?” Por que será que a comida das companhias aé-reas ganhou uma reputação tão ruim?

Na verdade, não tem nada a ver com a qualida-de. As empresas de catering só compram itens de alta qualidade e todos os procedimentos de manuseio, armazenagem e entrega seguem padrões muito exigentes.

Qual é o desafio de servir uma refeição decente a bordo de uma aeronave?O processo de preparação de comida fresca não pode levar mais que 24 horas do momento da primeira intervenção até o horário programado para a refeição a bordo. Todos os alimentos frescos devem ser mantidos refrigerados. Os alimentos armazenados a bordo são embalados em contêineres e carrinhos da companhia aérea, com prateleiras ou bandejas que geralmente têm menos de 6 cm entre si.

As refeições servidas quentes são geralmente pré-cozidas na cozinha do prestador de catering, rapidamente resfriadas e mantidas refrigeradas até serem reaquecidas para serem servidas a bordo. Não há fogões elétricos ou a gás para terminar de cozinhar a refeição, mas somen-te fornos de convecção. Por isso há diversos itens que não são adequados para refeições de bordo.

Atualmente, as pessoas que embarcam em aviões têm diversas origens. As refeições não podem parecer muito salgadas ou temperadas, pois podem não atender o gosto de muitos passageiros.

Esses e outros fatores influenciam a preparação de refeições para o serviço de bordo.

Então, a decisão é sua: frango ou carne? - Boa viagem.

internacionalmente famosos. As companhias aéreas passaram a competir entre si para ofe-recer menus de bordo mais refinados ou os itens mais luxuosos, investiram em novos conceitos de refeição e os serviços de bordo passaram a apresentar marcas de primeira linha.

Muitas companhias não operam mais suas próprias estruturas de catering. Os serviços de refeições de bordo são freqüentemente terceirizados e dois competidores se tornaram líderes mundiais: A LSG Skychefs, hoje a maior empresa de catering aéreo do mundo, mas ainda de propriedade da Lufthansa, e a Gate Gourmet, a maior provedora de catering independente, antes de propriedade do Grupo Swissair, com uma participação de 30% no mercado.

Um aeroporto base de uma companhia aérea internacional pode ter por exemplo 120 decola-gens diárias de vôos de curta e longa distância. As empresas de catering têm que lidar com a complexidade do negócio das linhas aéreas.

O fornecedor de catering prepara uma gama de tipos diferentes de refeições, dependendo do tempo de vôo, hora do dia e classe.

Hoje em dia, muitas companhias aéreas permi-tem que os passageiros peçam refeições espe-ciais para atender suas necessidades de dieta, especialmente alimentos kosher, muçulmanos, para crianças e bebês, vegetarianos ou vegan; para citar apenas alguns.

Além dos alimentos, muitos equipamentos adi-cionais são transportados em um vôo: bebidas, pratos reserva, utensílios de cozinha, ameni-dades, brinquedos, formulários, travesseiros, cobertores, jornais, revistas, gelo e todos os gaveteiros, sacolas, contêineres e carrinhos de armazenagem.

As coisas ficam ainda mais complicadas quan-do há troca de aeronaves em conseqüência de atrasos ou por problemas de manutenção. Por exemplo, um vôo matinal de Congonhas em São Paulo para o Rio de Janeiro, programado para o Airbus com a matrícula PR-MBQ pode ter que ser feito no Airbus PR-MNH. Todos os itens de catering teriam que ser descarregados de um avião e transferidos para o outro, pois agora o PR-MBQ poderia ter que voar para Recife, com outro tipo de refeição programada para o vôo ou, mais importante ainda, pode estar reservado para um número diferente de passageiros.

Muitos filmes mostram cenas a bordo de aviões, nas quais uma cordial comissária empurra um

Os maiores provedores de serviços de catering evoluíram da simples operação de cozinhas para se tornarem os mais modernos prestadores de serviços de logística. A pressão para redução de preços exercida pelas companhias aéreas motivou a adoção de processos de produção com o melhor custo-benefício. O número de refeições entregue em uma aeronave deve ser o mais próximo possível do número real de passageiros, mas acomodando embarques de última hora e no-shows. O tamanho das porções é padronizado.

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Estimates indicate that in Brazil an area covering 700 to 800 thousand hectares is planted with vegetables (including potato and garlic crops) in-volving approximately 700 thousand farmers that generate approximately 3 million direct jobs. This labor-inten-

sity activity can be compared with the large-crop segment, once the vegetables sector requires about 4 to 6 people per hectare against 0.4 people per hectare in large crops, such as soybean and corn. “The Fruit, Vegetable and Ornamental Crop agribusi-ness comprises basically family businesses, and family agriculture is so important to the country that this year the Federal Government has released part of the funds provided by the Plano Safra (http://www.mda.gov.br/saf/arquivos/0834517738.pdf) to the sector”, says Francisco Sallit, chairman of Abcsem (Brazilian Seed and Seedling Trade Association).

Brazilians consume three times less fruit and vegetables comparing to the 400g individual daily intake recommended by the WHO (World Health Organization).

Francisco Sal l i t é engenheiro agrônomo, atual presidente da ABCSEM, Gerente

Comercial Vegetais na Syngenta Seeds Ltda e trabalha na empresa há 11 anos.

[email protected]

Agronomist Francisco Sal l i t is chairman of ABCSEM and manager of the Vegetable

Business Division at Syngenta Seeds Ltda, where he has been working for 11 years.

[email protected]

key point regarding market supply. In this regard the seed industry can also greatly contribute by introducing pest and illness-resistant and tolerant products. These new varieties can also effectively help producers to offer safe horticultural products to consumers.

In the next few years, Brazilian consumers will most likely feel the need to change their diet, reducing the ingestion of caloric products and increasing the intake of fibers, vitamins, mineral salts and low-calorie, low-fat foods. Vegetable production com-panies have prioritized their genetic improvement programs to make a direct contribution by offering higher nutritional variables. This will be a key fac-tor in preserving consumers’ health and fostering longevity. A balanced and healthy diet also helps prevent the chronic illnesses associated to modern life. “By ingesting 5 servings of fruit and vegetables per day, one can keep illnesses at bay”.

In order to achieve this, a big campaign stressing the need to increase intake of fruits and vegetables is planned to be launched involving different seg-ments of society, such as Producer Associations, Seed Producers and Traders, Fruit and Vegetable Sector Chambers, the Department of Agriculture, the Department of Health, the Department of Education, Supermarket Associations, and Supply Agencies, among others.

We must develop this national collective effort tar-geting the Brazilian population that is consuming three times less fruit and vegetables than the 400g individual daily intake recommended by the WHO

(World Health Organization). This is one of the points Abcsem is working to raise public awareness about, hoping the benefits will be translated into life quality and longevity for the Brazilian population.

Abcsem is also planning to intensify its actions aimed at pressing the competent authorities to amend and create new legislation benefiting the fruit, vegetable and ornamental crop sector, and to promote qualification courses and strengthen its alliances with partner institutions. Sallit also points out to the sector’s role in promoting a healthy diet among Brazilians, whose weight-gain statistics increase every day.

Another issue to be discussed is the significant contribution of the seed industry to the whole value chain. In 10 years, productivity in the vegetable production segment grew approximately 40%, while the planted surface decreased by about 5%. This increase in productivity is largely due to the devel-opment of new varieties, resulting from the higher investment in nutrition levels, modern handling techniques and healthier plants.

In the last decade, the seed industry has developed and launched new types of products, which are highly perceived and valued in the other segments of the production chain for their quality values, in-cluding flavor, nutritional value, post-crop life and other features, such as color and freshness of the fruit, vegetables and leafies.

Retailers increasingly demand more sophisticated products in terms of quality, convenience and practicality. Furthermore, food safety becomes a

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The Vegetables Sector and its Importance within the Production and Economic and Social Development Context Current estimates indicate the sector generates between R$15 to 20 billion per year in a highly diversified market with over 80 species and large segmentation due to different product typologies.

b y Francisco Sallit

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As estimativas indicam uma área plantada de 700 a 800 mil hec-tares de hortaliças (excluindo cultivos de batata e alho) com envolvimento de cerca de 700 mil produtores, que acabam por gerar cerca de 3 milhões

de empregos diretos. Essa intensidade de mão-de-obra pode ser contrastada com o segmento de grandes culturas, pois o setor de hortaliças demanda cerca de 4 a 6 pessoas por hectare, contra 0.4 pessoa por hectare das grandes cul-turas, como soja e milho. “O agronegócio HFO é

O Setor de Hortaliças e sua Importância no Contexto da Produção e Desenvolvimento Econômico e Social

Atualmente, estima-se que o setor movimente R$15 a 20 bilhões, através de um mercado muito diversifi cado, com mais de 80 espécies e uma grande segmentação, devido a diferentes tipologias de produtos.

f o c o : a l i m e n t o s

por Francisco Sallit

O brasileiro consome 3 vezes menos ‘hortfrutis’ ao dia do que a OMS recomenda, que é 400g por pessoa ao dia.

constituído basicamente por agricultores familia-res e a agricultura familiar tem tanta relevância para o País que este ano o Governo Federal destinou parte da verba do Plano Safra ao setor (www.mda.gov.br/saf/arquivos/0834517738.pdf)”, observa Francisco Sallit, presidente da Abcsem (Associação Brasileira de Comércio de Sementes e Mudas).

Outro ponto a ser abordado refere-se à colabo-ração expressiva que a indústria de sementes oferece a toda a cadeia de valor: em um perí-odo de 10 anos o incremento da produtividade do segmento de hortaliças alcançou cerca de 40%, enquanto a superfície plantada teve uma redução de aproximadamente 5%. Grande parte desse aumento de produtividade está associa-da à geração de novas variedades, que tem altas respostas aos níveis de investimento em nutrição, modernas técnicas de manejo e alta sanidade de plantas, que resultam no aumento expressivo dos níveis de produtividade.

A indústria de semente lançou na última década e continua gerando novas tipologias de produ-tos, altamente percebidas e valorizadas pelos

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Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas Av. Papa Pio XII, 847 sala 22 Jd. Chapadão 13070-091 Campinas - SPTel/Fax (19) 3243 [email protected]

Syngenta Seeds Ltda. Av. Nações Unidas, 18.001 4º andar - Vila Almeida04795-900 São Paulo - SPTel (11) 5643 6779www.syngenta.com.br

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Swiss-Brazilian School publishes cookbookEvery November the Swiss-Brazilian School in Sao Paulo organizes its traditional bazaar. The event gathers the Swiss-German community and friends and is attended by numerous visitors.

b y Lizana M. Biasibetti Finelli de Moraes

Every year, the event is organized around a theme. Suggestions for the themes come from visitors during the event and from teachers and students during the school term. The best suggestion is chosen

through vote. For 2008, the winning theme was The Brazilian and Swiss Cuisines. Many activities have been planned to fully explore such a rich topic,

demais elos da cadeia produtiva, em razão de variáveis relacionadas a qualidade, como sabor, valor nutricional, durabilidade pós colheita e outros atrativos como cor e frescor das frutas, legumes e folhosas.

O varejo tem demandado produtos mais sofis-ticados no ponto de vista de qualidade, conve-niência, praticidade e, além disso, a questão da segurança alimentar torna-se um ponto chave no que diz respeito ao abastecimento dos mercados. Nesse ponto também a indústria de sementes tem uma participação efetiva, pois é constante a geração de novos produtos que apresentam resistência e tolerância a determinadas pragas e doenças. Essas novas variedades também colaboram efetivamente com a oferta segura de produtos hortícolas para os consumidores.

O consumidor brasileiro deverá estar passando nos próximos anos por uma reorganização de sua dieta alimentar, reduzindo a ingestão de produtos calóricos para uma dieta mais rica em fibras, vitaminas, sais minerais e baixo índice de calorias e de gordura. As empresas do setor de hortaliças têm priorizado os seus programas de melhoramento genético, de forma a contribuir diretamente com variáveis nutricionais. Esse será um fator chave para preservação da saúde e da perspectiva do aumento da longevidade do consumidor, através de uma alimentação equilibrada e saudável, que tenha uma função preventiva de doenças crônicas de uma socie-dade moderna. “O consumo de 5 porções ao dia de frutas e hortaliças deixará o homem distante de uma farmácia”.

Para isso grande campanha com ênfase em uma dieta rica em frutas e hortaliças deve-rá ser desencadeada, envolvendo diferentes setores da sociedade, como as Associações de Produtores, Indústrias e Comerciantes de Sementes, Câmaras Setoriais de Hortaliças e Frutas, Ministério da Agricultura, Ministério da Saúde, Ministério da Educação, Associações de Supermercados, Secretarias de Abastecimento entre outros setores.

Teremos que desenvolver esse mutirão nacional, pois atualmente o brasileiro consome 3 vezes menos ‘hortfrutis’ ao dia do que a OMS recomen-da, que é 400g por pessoa ao dia. Essa é uma das bandeiras que a Abcsem estará levando para a sociedade, cujo benefício esperamos que seja traduzido na qualidade e longevidade de vida da população brasileira.

A Abcsem planeja também intensificar a atuação na promoção de alterações e criação de legisla-ções que beneficiem as HFO, junto aos órgãos competentes, além de promover e organizar cursos de capacitação e fortalecer alianças com instituições parceiras. Sallit salienta ainda a im-portância do setor para a alimentação saudável da população, cujas estatísticas sobre obesidade aumentam a cada dia.

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A cada ano, esse evento é orga-nizado em torno de um tema atraente. As sugestões são coletadas entre os próprios visitantes durante a festa em curso e entre os alunos e pro-fessores, durante o ano escolar.

As várias sugestões são levadas à votação na Escola. Neste ano de 2008, o tema escolhido foi a culinária brasileira e suíça. Muitas atividades foram concebidas para explorar assunto tão rico em oportunidades criativas. Dentre elas, não poderia faltar a edição de um Livro de Receitas que representasse as inclinações culinárias das famílias ligadas à Escola.

Escola Suíço-Brasileira lança livro de receitas

A Escola Suíço-Brasileira de São Paulo promove, todos os anos, no mês de novembro, um grande Bazar. É uma festa tradicional da comunidade suíço-alemã e seus amigos, muito aguardada e freqüentada por numerosos visitantes.

Lizana M. Biasibett i

Finel l i de Moraes

é coordenadora do Bazar

da Escola Suíço-Brasileira

de São Paulo.

Lizana M. Biasibett i

Finel l i de Moraes is

coordinator of the Bazaar

of the Swiss Brazilian

School in Sao Paulo.

por Lizana M. Biasibetti Finelli de Moraes

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O livro pode ser adquirido na Recepção da Escola Suíço-Brasileira de São Paulo. The book is sold at the reception of the Swiss-Brazilian School in Sao Paulo. Preço - Price: R$ 15,00www.esbsp.com.br / Tel (11) 5682 2140

which offers endless possibilities. Among them, the idea to publish a cookbook seemed obvious, par-ticularly a book representing the culinary talents of the students and school staff’s families.

As a starting point, students, parents, teachers and staff were asked to share with us family recipes of typical dishes representing one of the cuisines be-ing focused. Around seventy-five recipes, including sweet and salted dishes, written in Portuguese and German, were collected. Many hours were required to collect, organize, read and edit the recipes. The task was carried out by the dedicated school office staff, the Portuguese and German teachers, who revised the texts, the students’ mothers, who typed the recipes following the pre-defined layout, and the kindergarten students and teachers, who created the cute drawings illustrating in the book.

During production of the book, all people involved could realize how hard it is to publish a book and how much responsibility is embedded in each of its pages.

Finally, after a lot of hard work and dedication, we are proud to release our Cook Book, available at the Swiss-Brazilian School in Sao Paulo from November 8, when our bazaar will take place, exhibiting the typical cuisine of the countries represented by our institution’s name.

Foi solicitado a alunos, pais, professores e fun-cionários que contribuíssem com receitas que acaso possuíssem e guardassem por serem iguarias características de uma ou outra das culinárias em foco. Como resultado, obtivemos aproximadamente setenta receitas de doces e pratos salgados em português e alemão. Recebê-las, organizá-las, revisá-las e editá-las exigiu muito trabalho. A tarefa contou com a colaboração dedicada da Secretaria da Escola, de professores das duas línguas que revisaram, das mães de alunos que gentilmente digitaram em formato padrão as receitas, e das crianças e mestres da Pré-Escola que, com grande mo-tivação, criaram os desenhos graciosos para a ilustração das páginas do livro.

Durante o processo de confecção, ficou claro para todos o quão trabalhoso pode ser editar um livro e quanta responsabilidade se exige e é depositada em suas folhas. Eis que, após tanto empenho e dedicação, estamos apresentando com grande orgulho nosso Livro de Receitas, o qual poderá ser encontrado na Escola Suíço-Brasileira de São Paulo a partir do dia oito de novembro, data de nossa grande festa, no presente ano, explorando o mundo da culinária destes países que se associam em sua própria denominação.

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1 In Latin America, Switzerland has a BIT with Argentina, Bolivia, Chile, Colombia (under ratification), Ecuador, Paraguay, Peru, Uruguay, Venezuela; Mexico; Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicaragua, Panama; Barbados, Cuba, Jamaica and Dominican Republic (under ratification).

2 In Latin America, Switzerland has a DTA with Argentina (provisory application), Colombia (to be ratified), Ecuador, Venezuela; Mexico; Costa Rica (to be signed), Jamaica, and, Trinidad and Tobago.

3 In Latin America, Switzerland has concluded free trade agreements with Mexico, Chile, Colombia (to be signed) and Peru (to be signed).

S w i s s - B r a z i l i a n e c o n o m y

Switzerland - Brazil: Toward a Strengthening of Economic RelationsBrazil is Switzerland’s major economic partner in Latin America. In 2007, both Swiss exports (CHF 1.9 billion) and Swiss imports (CHF 1 billion) to and from Brazil reached all-time highs growing above 25%. On the investment side, Swiss companies employ more than 92,000 people in Brazil with total investments of CHF 10 billion mostly in manufacturing and banking

b y Philippe G. Nell

As an emerging country, Brazil is one of the economies with the greatest growth potential in the world. The country is part of the exclusive BRIC group, made up of Brazil, Russia, India and China. Among the BRICs, Brazil

receives by far the largest amount of Swiss foreign direct investment (see figure 1), benefiting from a strong and long-lasting presence of Swiss firms in the country. On the trade side, however, since 2000, Swiss exports to the other BRICs have grown much faster than to Brazil, which ranks last (see figure 2) in terms of import volumes.

Recognizing the growing role of the BRICs in the world economy and their untapped business oppor-tunities, the Swiss government adopted in 2006 an overall economic strategy for each BRIC. The strat-egy for Brazil pursues the objective to increase trade and investment with Switzerland. This aim should be achieved through improving the framework condi-tions, eliminating trade barriers, and advancing local horizontal issues and bilateral cooperation.

In order to implement this strategy, the Swiss Federal Counsellor D. Leuthard and Brazilian For-eign Minister C. Amorim signed a Memorandum of Understanding establishing a Swiss-Brazilian Joint

Among the BRIC countries, Brazil receives by far the largest amount of Swiss foreign direct investment, benefiting from a strong and long-lasting presence of Swiss firms in the country.

Commission on Trade and Economic Relations (JC) on February 8, 2007. Both Ministers met again in October 2007 in Bern to launch the first meeting of the JC with business representatives. The JC will examine the possibility to enter into economic

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Participação do BRIC no total das exportações suíçasBRICs` share in total Swiss exports

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Fig. 2 Exportações suíças a países membros do BRIC entre 1995 e 2007 Swiss exports to the BRICs, 1995-2007

Brasil

Rússia

Índia

China

Fig. 1 Investimentos diretos da Suíça para países do BRIC entre 1994 e 2006 Swiss Foreign Direct Investment in the BRICs, 1994-2006

confidence-building as well as a flexible problem-and solution-oriented instrument.

The challenges to reinforce Swiss-Brazilian rela-tions are significant. On the institutional side, we have neither an agreement to promote and protect investments (Bilateral Investment Treaty - BIT)1 nor an agreement on avoiding double taxation (Double Taxation Agreement - DTA)2. A BIT was signed in 1994 but, as many other treaties, it was never ratified by the Brazilian Congress. Presently, there are no perspectives for resuming talks, the core problem being the state-investor dispute settlement regime whereby a firm can bring a State to Court, in particular, for appropriate compensation in nation-alisation cases. Regarding the DTA, negotiations could resume in 2009; DTAs aim at easing the tax burden on foreign investors. The State receiving the investments would forego some or all taxes, such as taxes levied on dividends, interests and licences.

agreements, identify means to increase bilateral trade and investment flows, and develop economic, trade, technological and scientific cooperation. The JC offers an effective platform for each government to address any economic issue at any time. It is a

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Como país em desenvolvimento, o Brasil é uma das economias com o maior potencial de cres-cimento do mundo. O país é membro do seleto grupo BRIC, formado pelo Brasil, Rússia, Índia e China. Entre os países

membros do BRIC, o Brasil é o que recebe a maior parte dos investimentos suíços diretos feitos em países estrangeiros (veja fig.1 / pág. 22), tirando proveito da presença de longa data de empresas suíças no país. Em termos de investimentos, no entanto, desde 2000, as ex-portações suíças para outros países membros do BRIC têm crescido mais rapidamente do que as exportações para o Brasil, que aparece em último da lista em termos de volumes importados (veja fig. 2 / pág. 22).

Suíça - Brasil: A caminho do fortalecimento das relações econômicas

O Brasil é o maior parceiro econômico da Suíça na América Latina. Em 2007, tanto as exportações (CHF 1.9 bilhão) quanto as importações suíças (CHF 1 bilhão) para o Brasil e do Brasil alcançaram a maior alta de todos os tempos, crescendo mais de 25%. Em termos de investimento, as empresas suíças empregam mais de 92.000 pessoas no Brasil, com investimentos totais de CHF 10 bilhões, prin-cipalmente na área industrial e bancária.

Phil ippe G. Nel l , Diretor da Secretaria de

Economia da Suíça para as Américas, participou

de reuniões em São Paulo e Brasília, entre 1 e 5

de setembro de 2008.

Phil ippe G. Nel l , Head of Swiss State Secretariat

for Economic Affairs - Americas held meetings in

Sao Paulo and Brasilia from September 1 to 5, 2008.

por Philippe G. Nell

Switzerland and Brazil are also reviewing their 1968 Scientific and Technological Cooperation Agreement. The new Swiss scientific foreign policy has selected Brazil to develop joint research programs. In addi-tion, Switzerland has submitted a draft agreement to Brazil proposing that every year 50 trainees aged 18-35 be allowed to spend 12 months in one of the partner countries. Discussions must also be held to define a Mutual Recognition Agreement establishing analysis requirements for imported wines in order to facilitate trade.

Also, progress should be made towards decreasing trade barriers, in particular Brazilian customs du-ties. This could either be dealt with under the Doha Round or a free trade agreement with Mercosur3. Presently, both options look problematic consider-ing the countries’ failure in July 2008 to agree on modalities for world trade liberalisation under the Doha Round and the difficulty of the European Union to conclude the free trade part of its partnership agreement with Mercosur. Switzerland and its EFTA partners would be confronted with the same issues as the European Union. Other topics of interest for Swiss businesses include the multiple taxation sys-tem, customs procedures linked with new drawback provisions, import licences and pro forma invoices, temporary work visas, and participation in projects sponsored by the USD 250 billion Growth Accelera-tion Program. Moreover, several questions linked to patents, registration of medicines, protection of test data and government purchase price affect the pharmaceutical industry. Brazil, on the other hand, has a significant interest in the Swiss policy regarding biofuels and food imports.

Switzerland and Brazil have a comprehensive eco-nomic agenda. In order to keep pace with the other BRICs, major efforts will have to be undertaken in the coming years to improve the economic framework conditions and increase Brazil’s attractiveness for new Swiss investors.

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relação à ciência escolheu o Brasil para desen-volver programas de pesquisa em parceria. Além disso, a Suíça entregou ao Brasil o esboço de um acordo propondo que 50 trainees de 18 a 35 anos de idade possam passar 12 meses em um dos dois países. Ainda deve ser discutida a definição de um Acordo de Reconhecimento Mútuo para estabelecer requisitos de análise para vinhos importados com o objetivo de faci-litar o comércio.

Entre os países do grupo BRIC, o Brasil é o país que recebe a maior parte dos investimentos suíços diretos feitos em países estrangeiros, tirando proveito da presença de longa data de empresas suíças no país.

1 Na América Latina, a Suíça tem um BIT com Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia (sob ratificação), Equador, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela; México; Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá; Barbados, Cuba, Jamaica e República Dominicana (sob ratificação).

2 Na América Latina, a Suíça tem um DTA com Argentina (aplicação provisória), Colômbia (a ser ratificado), Equador, Venezuela; México; Costa Rica (a ser assinado), Jamaica e Trinidad e Tobago.

3 Na América Latina, a Suíça concluiu acordos de livre comércio com México, Chile, Colômbia (a ser assinado) e Peru (a ser assinado).

Reconhecendo a crescente importância dos paí-ses do BRIC para a economia e as oportunidades de negócios ainda inexploradas, o governo suíço adotou, em 2006, uma estratégia econômica completa para cada membro do BRIC. A estra-tégia para o Brasil busca aumentar o comércio e os investimentos com a Suíça. Esse objetivo deve ser atingido com a melhoria das condições estruturais, a eliminação das barreiras comer-ciais e a promoção de assuntos horizontais locais e da cooperação bilateral.

Para implantar essa estratégia, a Conselheira Federal da Suíça, Doris Leuthard, e o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, assinaram, em 8 de fevereiro de 2007, um Memorando de Entendimento que estabeleceu a Comissão Mista para Relações Comerciais e Econômicas (CM). Os ministros se encontraram novamente em outubro de 2007 em Berna para a primeira reunião da CM com representantes das empresas. A CM analisará a possibilidade de realizar acordos econômicos, identificar for-mas de aumentar o comércio bilateral e o fluxo de investimentos e desenvolver a cooperação econômica, comercial, tecnológica e científica. A CM oferece uma plataforma eficiente para que cada governo trate de qualquer questão econômica a qualquer momento. A comissão promove a construção de uma relação de con-fiança, sendo também um instrumento flexível para a resolução de problemas.

Os desafios para fortalecer a relação entre a Suíça e o Brasil são grandes. Em termos insti-tucionais, não temos um acordo para promover e proteger investimentos (Tratado Bilateral de Investimento - BIT)1, tampouco um acordo para evitar a dupla tributação (Acordo sobre Dupla Tributação - DTA)2. Os dois países assinaram um BIT em 1994, que, como muitos outros tratados, nunca foi ratificado pelo congresso brasileiro. No momento, não há perspectivas em retomar as conversas. O principal problema é o regime de resolução de conflitos entre o governo e investidores, no qual uma empresa pode levar um governo à justiça, especialmente para exigir compensação adequada em casos de estatização. Em relação ao DTA, as negociações poderiam ser retomadas em 2009; o objetivo dos DTAs é abrandar a carga tributária sobre investidores estrangeiros. O país beneficiado pelos investimentos abriria mão de alguns ou todos os impostos, como aqueles que incidem sobre dividendos, lucros e licenças. A Suíça e o Brasil também estão revendo o Acordo de Cooperação Tecnológica e Científica firmado em 1968. A nova política estrangeira Suíça em

Agora é sua vez: Participe e escreva sua Carta do Leitor

Envie suas sugestões, críticas ou comentários para enriquecer a revista e sintonizá-la com seu público. Aguardamos sua contribuição em [email protected].

We invite you to participate and write your reader’s letter.Send your suggestions, feedback or comments to [email protected] and help us improve our maganize and meet our readers’ needs.

Deve-se também avançar as ações voltadas à redução das barreiras comerciais, principal-mente as tarifas alfandegárias. Isso poderia ser tratado por meio da Rodada de Doha ou por um acordo de livre comércio com o Mercosul3. No momento, as duas opções parecem problemáti-cas, considerando-se que os países não conse-guiram chegar a um acordo quanto à maneira de promover o livre comércio mundial por meio da Rodada Doha e a dificuldade da União Européia em finalizar a parte que tratava da liberação do comércio em seu acordo com o Mercosul. A Suíça e seus parceiros do EFTA confrontariam os mesmos problemas que a União Européia. Entre os assuntos de interesse de empresas suíças estão o sistema de taxação múltipla, a relação entre procedimentos alfandegários com as novas provisões de drawback, licenças de importação e faturas pró-forma, vistos tempo-rários de trabalho e a participação em projetos patrocinados pelos US$ 250 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento. Além disso, várias questões relacionadas a patentes, registros de medicamentos, proteção de dados de testes e preços de compra do governo afetam a indús-tria farmacêutica. O Brasil, por outro lado, tem interesse na política suíça de biocombustíveis e importação de alimentos.

A Suíça e o Brasil têm uma agenda econômica abrangente. Para acompanhar os outros paí-ses membros do BRIC, o país deve dedicar os seus esforços, nos próximos anos, à melhoria das estruturas econômicas e ao aumento da atratividade do Brasil para novos investidores suíços.

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A visita do Sr. Philippe Nell, Ministro Chefe da Unidade Américas - Secretaria de Estado para Assuntos Econô-micos de Berna, em setembro passado, teve por objetivo a preparação do próximo encontro da Comissão Mista

para Relações Comerciais e Econômicas, que se realizará no início de 2009 em Brasília.

Em São Paulo, o Sr. Philippe Nell apresentou a palestra “Swiss Foreign Economic Strategy Toward Brazil - Issues and Perspectives” aos associados da SWISSCAM, discutindo assuntos como bi-tributação, proteção de Investimentos, propriedade Intelectual, entre outros.

Além disso, visitou os nossos associados Nestlé: a fábrica de chocolate em Caçapava e Bobst: indústria de máquinas para embalagens em Itatiba.

n o t í c i a s d a s w i s s c a m

Visita de Philippe Nell ao Brasilc h a m b e r n e w s

Philippe Nell’s visit to Brazil

Mr. Philippe Nell, Minister and Head of Americas Unit - State Secretary for Economic Affairs, in Berne, visited Brazil last September for the purpose of preparing the next

meeting of the Mixed Commission for Trade and Economic Relations which will be held early in 2009 in Brasilia.

Mr. Philippe Nell gave a presentation in Sao Paulo, entitled “Swiss Foreign Economic Strategy Toward Brazil - Issues and Perspectives” to the members of the SWISSCAM and discussed matters such as double taxation, investment protection and intel-lectual property, to name a few.

Additionally, he visited our members Nestlé and its chocolate plant located in Caçapava and Bobst, a packing machinery industry in the town of Itatiba.

Visita à fábrica de máquinas para embalagens

da Bobst. Visit at Bobst’s plant of packing

machinery.

Programa Nutrir da Nestlé para crianças

e adolescentes de comunidades carentes.

Nestlé’s “Programa Nutrir”: an initiative to

promote healthy habits, food safety, and food

combination to children of poor comunities.

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A palestra foi realizada na casa do Cônsul

Geral da Suíça. The lecture was held at the

General Council of Switzerland’s house.

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A resposta pode se resumir a uma palavra: paixão. O consumidor suíço encon-tra-se entre os mais en-tusiasmados amantes do vinho em todo o mundo, com um consumo anual por habitante superior a 40 litros de tal maneira que a

modesta produção nacional não atende a toda a demanda. A importação é a fonte da maior parte do vinho consumido no país, correspondendo a mais de 60% do consumo total. Se, entre os paí-ses produtores, os vinhedos suíços representam menos de 0,5% da extensão total, no ranking dos consumidores a Suíça encontra-se sempre entre os dez mais importantes.

Essa enorme força de atração é a principal res-ponsável por não se encontrar facilmente seus vinhos fora das fronteiras da Confederação. Aí temos, portanto, o que se poderia chamar de O Paradoxo Suíço.

A Suíça caminha rapidamente para ser reconhecida em todo o mundo também pela qualidade de seus vinhos. Mas, por que um país que tem uma tradição secular de plantação de uvas e elaboração de vinhos de diversos tipos não marcou ainda em definitivo sua presença no panorama vitivinícola internacional?

por José Augusto Saraiva

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O mercado internacional: uma nova safra para os vinhos da Suíça

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Enquanto a área cultivada em vinhedos praticamente permaneceu inalterada, ao longo dos últimos vinte anos a produção reduziu-se em quase 25%.

tradicionais. Isso os obrigou a rever os antigos métodos, reduzir o rendimento dos vinhedos, privilegiarem os vinhos de qualidade superior em detrimento do vinho mais vulgar. Enquanto a área cultivada em vinhedos praticamente permaneceu inalterada, ao longo dos últimos vinte anos a produção reduziu-se em quase 25%. Igualmente, na frente mercadológica, im-plicou em desenvolver e promover a marca dos vinhos suíços em consonância com a imagem de alta qualidade construída e desfrutada por outros ícones da presença helvética no exterior: a tecnologia, o sistema bancário, a hotelaria, os produtos gastronômicos.

Outro componente importante da estratégia de promoção da qualidade dos vinhos suíços se expressa na política de preservação e recupe-ração das castas autóctones e exclusivas do País. Desde a década de 1990 iniciou-se um programa de salvaguarda que tem por objetivo cobrir a região do Valais com uvas típicas em um quarto de seus vinhedos.

Também como decorrência dessa estratégia, passa a ser mais freqüente a presença de vinhos suíços nos principais concursos internacionais, aonde vão à busca do reconhecimento da qua-lidade que alcançaram após os esforços quali-tativos. E os resultados chegam sob a forma de muitas premiações e elogiosas referências da crítica especializada. Enólogos suíços passam a ser referência para seus colegas em outros paí-ses e nomes como Madeleine Gay, Luc Sermier, Marie-Thérèse Chappaz, Paz Espejo e Nicolas Zufferrey têm seus vinhos desejados por apre-ciadores no mundo inteiro.

Esse movimento em busca do mercado interna-cional é ainda nascente, mas apóia-se na base sólida representada pelo fantástico patrimônio genético de variedades de uvas autóctones e apenas existentes na Suíça. Vinhos que surpre-endem mesmo aos aficionados e especialistas, muitos dos quais pouco conhecem além da onipresente Chasselas e da delicada mescla entre Pinot Noir e Gamay na Dôle. E que se

José Augusto Saraiva

é Diretor da Importadora

Vitis Vinifera.

José Augusto Saraiva

é Diretor da Importadora

Vitis Vinifera.

Mas esta realidade está em forte câmbio. E não apenas em números se expressa uma intensa atividade no País; os últimos anos vêm mostran-do uma busca permanente pela melhoria da qua-lidade no vinho produzido. Reflexo de uma con-

corrência cada vez maior à qual os produtores de todo o mundo vêm sendo expostos, também na Suíça os elaboradores de vinhos tomaram providências para atender a um consumidor sempre mais alcançável por vinhos oriundos de toda parte, inclusive de regiões produtoras não

encantam com a complexidade e elegância dos vinhos brancos Petite Arvine, com a rús-tica amabilidade dos tintos Humagne Rouge, e mais ainda em reconhecer um novo estilo para a Syrah, especialmente do Valais. Os distintos terroirs do Vaud, Ticino, Genève, Neuchâtel-Trois Lacs, Zurich-Grisons aportam individualidade às uvas locais.

Os primeiros resultados são entusiasmantes e abrem caminho para que produtores meno-res sigam os passos das grandes empresas cooperativas, normalmente os pioneiros nesta empreitada. Uma pequena fração dos vinhos su-íços já pode ser encontrada na Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Alemanha, EUA, alguns países da Ásia, incluindo a China e também no Brasil.

O consumidor suíço

encontra-se entre os mais

entusiasmados amantes

do vinho em todo o mundo,

com um consumo anual por

habitante superior a 40 litros.

Swiss consumers are

among the most enthusiast

wine lovers in the world

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consumption of 40 liters.

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A new age for Swiss wines in the international marketSwitzerland is on the way to be recognized worldwide as a quality wine producer. One could wonder why a country with a century-old grape production and winemaking tradition has not yet established itself as a major international winemaking player.

b y José Augusto Saraiva

The answer can be summed up in one word: passion. Swiss consumers are among the most

enthusiast wine lovers in the world with an annual per-capita consumption of 40 liters, a demand that cannot be met by domestic production alone. Imported wines account for 60% of the wine con-sumed in the country. While Swiss vineyards rep-resent only 0.5% of the world’s total planted area, in terms of consumption by the Swiss, they rank among the top ten.

This strong domestic demand is the reason why Swiss wines are not widely available abroad. And this is what we call the Swiss Paradox.

However, things are changing in Switzerland. In addition to the positive production figures, which reflect the sector’s growth, the country has been constantly seeking to improve the quality of its wine. The fiercer competition faced by producers all over the world is also forcing Swiss winemakers to adopt effective measures that will enable them to meet the needs of wine consumers, who are eager to buy wine produced in different regions, includ-ing non-traditional winemaking regions. Therefore, producers are updating their production methods,

reducing production yields, and abandoning produc-tion of cheaper wines to focus on superior quality wines. While the planted area has remained the same, the last twenty years saw production levels falling by 25%. Likewise, on the market side, the country has been developing and promoting a Swiss wine brand whose image is linked with the same quality recognized abroad in a number of other Hel-vetian icons: the technology, the banking system, the hotels, and the food.

genetic characteristics of Switzerland’s native and exclusive grapevines. These wines are a surprise even for wine lovers and specialists, many of whom know very little about the Swiss varieties other than the omnipresent Chasselas and the delicate blend of Pinot Noir and Gamay na Dôle grapes. The Pe-tite Arvine, a complex and elegant white wine, the

Humagne Rouge, a rustic and gentle red, and the modified Syrah from the Valais also delight these wine experts. The distinct terroirs from Vaud, Ticino, Neuchâtel-Trois Lacs, Zurich-Grisons show the uniqueness of the local grapes.

The first results are encouraging, stimulating smaller producers to follow on the footsteps of the large co-operative outfits, many of which have pioneered the movement. Today a small number of Swiss wines are available in Belgium, the Netherlands, Luxemburg, Germany, the United States, a few Asian countries, including China, and Brazil.

Lavaux, a região de vitivinicultura no lago de

Genebra, pertence ao Patrimônio Mundial da

UNESCO. Colheita de uva próximo a St-Saphorin.

Lavaux, the wine-growing region on Lake

Geneva, is part of the UNESCO World Heritage.

Grape harvest near St-Saphorin.

Another important component of the Swiss strategy to promote the quality of its wines is the country’s policy to preserve and recover its native and exclu-sive grape varieties. In 1990, Switzerland started a program to protect such varieties through planting one quarter of the country’s vineyards with native grapevines.

Also as a result of this strategy, more and more Swiss wines are present in major international wine contests, seeking recognition for the high-quality achieved thanks to producers’ qualitative efforts. And this recognition comes in the form of numerous awards and praises from specialized wine critics. Swiss enologists are now mentioned as reference among their peers and the wines produced in vine-yards supervised by Madeleine Gay, Luc Sermier, Marie-Thérèze Chappaz, Paz Espejo and Nicolas Zufferrey are sought after by connoisseurs from all over the world.

The strategy to reach the global market is new, but it relies on a solid basis represented by the fantastic

While the planted area has remained the same, the last twenty years saw production levels falling by 25%.

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Cave Bovy em Chexbres na

região de vitivinicultura de

Lavaux no Lago de Genebra.

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the wine-growing region of

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Presidents’ Club com Stephen Kanitz

Em meio à crise financeira mundial, Stephen Kanitz mostrou aos es-pectadores do Presidents’ Club um ponto de vista otimista para o Brasil, país com grande biocapacidade e um dos maiores em disponibilidade

em terras aráveis.

Consultor e administrador, Kanitz ressalta que a situação do Brasil é diferente da dos Estados Unidos, por ter um setor imobiliário pequeno e juros reais sempre positivos. A “contaminação” só ocorreu no Brasil em função da especulação de empresas que procuraram maximizar os lucros no mercado financeiro, aumentando os níveis de risco assumido. Kanitz defende que o que houve, apesar da crise mundial, foi uma grande contaminação psicológica.

Outro destaque é o crescimento no número de matrículas no ensino superior e na formação de administradores, o que faz com que o Brasil seja um país cada vez mais bem administrado. Boa notícia também para as empresas!

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Presidents’ Club featuring Stephen Kanitz

In the midst of the world financial crisis, Stephen Kanitz presented the audience at the Presidents’

Club an optimistic outlook for Brazil, a country that has enormous biofuel capacity and one of the largest available arable land tracts in the world.

Kanitz, a consultant and business executive, re-marked that the situation in Brazil is different from that of the United States, because it has a small real estate sector and positive real interest rates at all times. The “contamination” only took place in Brazil because of corporate speculation in an effort to maximize profits on the financial market, thus increasing the risk involved. Kanitz defended what happened as an enormous psychological con-tamination, despite the world crisis.

Another highlight is the growth in the number of those enrolled in higher education and in the number of graduates in business administration, which makes Brazil a country that has become increasingly better managed. Good news also for companies!

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Christian Hanssen e Stephen Kanitz.

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Eles não são ricos e nem se enquadram na definição de classe média, mas também não são os mais pobres entre os pobres. Juntos, eles formam o segmento de consumo mais inexplorado do mundo, representando 55% da população mundial.

Juntos eles somam 4 bilhões de pessoas, um número que pode ser traduzido em um poder de compra de mais de US$ 1 trilhão por ano. Eles são os consumidores emergentes da base da pirâmide (BdP).

Atualmente, a maioria das empresas ainda compete para ganhar a atenção de uma minoria de consumidores em potencial e ignoram esse importante e adormecido mercado. Esses con-sumidores não têm, de fato, acesso às oportu-nidades de criação de riqueza, não sendo alvo dos produtos e serviços oferecidos pelo mercado.

Só se consegue construir um mercado de consumo na base da pirâmide quando se supera a “lógica dominante” das cadeias tradicionais de valores e as crenças dos líderes empresariais por meio da compreensão profunda dos consumidores.

Classe baixa, alto lucro?Fatores de sucesso na baseda pirâmide

Fazer negócios com os pobres em mercados emergentes requer um entendimento profundo da realidade global e uma mudança radical no modo de fazer negócios das empresas. É necessário ir além da sabedoria convencional e quebrar paradigmas já enraizados. Hoje, as empresas são vistas como parceiros importantes e provedores de soluções no contexto desse de-safio, que difere claramente de mera filantropia ou caridade e que enfoca exclusivamente novos negócios e mercados que combinam a geração de lucros e empreendimentos auto-sustentáveis com as necessidades da sociedade.

No Brasil, as classes C, D e E compõem o mer-cado BdP, que representa 87% das famílias, sendo responsável por 53% da renda nacional. Suas rendas crescem mais rápido do que a economia. Esses consumidores emergentes, predominantemente jovens, usam regularmente xampus e detergentes de marca, gastam cada vez mais com produtos de beleza e possuem modernos telefones celulares ou aparelhos de DVD. Os gastos com alimentação têm prioridade entre as despesas mensais e, na média, 58% do orçamento familiar é gasto com alimentos. Em termos de comida, o foco principal é garantir a sobrevivência, comendo o máximo possível. E quando sobra algum dinheiro, a mãe ainda compra um lanchinho para o filho.

Durante um estágio de dois meses na Swiss-cam em São Paulo, trabalhando na elaboração de um manual de procedimentos descrevendo

por Marco Adriano Carrino

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leite em pó é vendido geralmente em latas de metal, como muitos outros produtos da Nestlé. A nova embalagem reduz a vida do produto, mas, por outro lado, permite que a empresa reduza o preço, tornando-o mais acessível para famílias de baixa renda.

A pesquisa mostrou que para muitas empresas a adoção de canais de distribuição inclusivos ajuda a aumentar a penetração de seus produtos. A Nestlé vende alguns de seus produtos a micro-distribuidores divididos por área geográfica na cidade de São Paulo. Esses micro-distribuidores preparam kits de produtos com um foco temá-tico: café da manhã, lanche escolar, cestas de alimentos e outros. Além de preparar os kits, eles contratam vendedoras locais para vendas de porta a porta. Essas mulheres usam carrinhos de empurrar. No primeiro contato, os novos clientes são cadastrados e, quando fazem a primeira compra, eles ganham 20 dias para pagar por seus produtos. Como as vendedoras moram no mesmo bairro que os clientes, a inadimplência é baixa e elas não ficam expostas a crimes, como roubos e assaltos.

Recentemente, algumas vozes têm se levan-tado contra as empresas, dizendo que elas estão “vendendo para os pobres” em vez de implantar soluções de inclusão social. Ao invés de apenas vender um produto existente usando uma abordagem de cima para baixo, reduzindo o tamanho da embalagem e o preço, algumas empresas vão além. Para ter sucesso, a cadeia tradicional de valor precisa enfrentar o desafio de redesenhar seus produtos, empregar pessoas das comunidades locais para trabalhar como vendedores de porta a porta, ou usar sistemas alternativos de avaliação de crédito para clientes sem renda formal. Com o objetivo de realinhar a hipótese BdP, o professor Stuart Hart (2007) desenvolveu a estratégia “BdP 2.0” (segunda geração da BdP), que vai além do mero conhe-cimento, chamando para um diálogo profundo, colaborando com as partes interessadas, como colegas, e construindo confiança com uma rede local de parceiros globais.

Concluindo, não há uma maneira simples de garantir o sucesso de empreendimentos na base da pirâmide econômica. A tese combina e apre-senta fatores de sucesso internos e externos, que vão da colaboração intrínseca dos consu-

midores até a quebra dos paradigmas existentes em estruturas lógicas presumivelmente fixas no topo das empresas, promovendo a criação de estratégias de ponta para a co-geração de negócios, resultando numa situação onde todos saem ganhando.

Marco Adriano Carrino trabalhou como estagiário na

Swisscam e escreveu sua tese de graduação sobre consumidores

de baixa renda no Brasil ([email protected]).

Marco Adriano Carrino has worked as an intern at Swisscam

and has written his recent diploma thesis on low-income

consumers in Brazil ([email protected]).

Leitura adicional - Further reading

Capitalism at the Crossroads; Stuart L. Hart (2007), Wharton School Publishing

BoP information platform: http://www.nextbillion.net

No Brasil, as classes C, D e E compõem o mercado BdP, que representa 87% das famílias, sendo responsável por 53% da renda nacional.

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Profitable Poor? Success factors at the base of the pyramidMarkets at the base of the pyramid need to be built by overcoming the “dominant logic” of traditional value chains and management beliefs through a profound consumer insight.

p o r Marco Adriano Carrino

They neither are affluent nor qualified as middle class, but they are not the poorest among the poor either. Together they represent the largest untapped consumer segment in the world, accounting for almost 55% of the world’s population. Together

they make up 4 billion people, a number that can be translated into a spending power of over US$ 1 trillion per year. They are the emerging consumers at the base of the pyramid (BoP).

Today most businesses are still competing over a minority of potential customers, ignoring this sig-nificant, dormant market. In fact, these consumers are often deprived of access to wealth creation opportunities and underserved by the products and services that the market provides. Doing business with the poor in emerging markets calls for a deeper understanding of global issues and a significant shift in the management’s way of doing business. It is necessary to go beyond conventional wisdom and

as tarefas e responsabilidades de cada função na Câmara, e com o objetivo de escrever minha tese de graduação, entrevistei várias empresas nacionais e multinacionais que trabalham prin-cipalmente nos setores de bens de consumo e financeiro, procurando saber mais sobre suas atividades voltadas ao mercado BdP. O objetivo de minha tese era identificar e comparar os principais fatores de sucesso das empresas

que se dão bem fazendo o bem; empresas que entendem que não conseguiriam sobreviver em uma sociedade fracassada. Empreendimentos de sucesso na base da pirâmide têm em comum uma compreensão profunda das necessidades e aspirações dos consumidores dentro de um ambiente sócio-econômico único, marcado pela informalidade e pela fraca infra-estrutura.

O primeiro produto redesenhado para a Nestlé Brasil foi o leite em pó “Ideal”, fortificado com ferro, cálcio e vitaminas A e D, oferecendo um produto nutritivo por um preço acessível a famí-lias de baixa renda. Além de ser elaborado com uma fórmula exclusiva, o leite em pó “Ideal” vem em uma nova embalagem plástica de 200g. O

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break established paradigms. Today, businesses are accepted as important partners and solution-providers in this endeavor, which is clearly distinct from philanthropy and charity, and focuses strictly on new businesses and markets that align profit-making and self-sustaining ventures with the needs of the society.

In Brazil the income classes C, D and E have been identified as the BoP market that represents 87% of all households, accounting for 53% of the national income. Their incomes are growing faster than the economy. These predominately young emerging consumers use branded shampoos and detergents on a regular basis, increasingly indulge in beauty products and own modern cell phones or DVD play-ers. Food is a priority among the monthly expenses and in average 58% of the household budget is spent on food. When it comes to food, the primary focus is to guarantee basic survival, filling up the stomach by eating as much as possible. If there is a little money left, mothers buy their kids a snack.

During a two month internship at Swisscam in São Paulo, working on an internal procedure manual describing the tasks and responsibilities of each role at the Chamber, and with the aim to write my diploma thesis, I interviewed national and multina-tional companies working mainly in the Brazilian consumer goods and financial industry to learn about their activities targeting the BoP market. The thesis aims to identify and compare key success factors of companies that do well by doing good; companies that understand that no company can exist in a disrupted society. Successful ventures at the base of the pyramid are marked by a profound understanding of consumer preferences and aspira-tions within a distinct socio-economic environment where illicit employment relationships and a weak infrastructure are still dominant.

The first product redesigned for Nestlé Brazil was “Ideal”, a milk powder product to which iron, cal-cium and vitamins A and D have been added to provide a nutritious product for an affordable price to lower income families. Beside its exclusive for-mula, “Ideal” is offered in a smaller 200g newly designed plastic bag. Traditionally, milk powder has mainly been sold in metal cans as many other Nestlé products. The new packaging shortens the product shelf life, but on the other hand, it allows the company to reduce its price and make it more affordable for lower income consumers.

The research showed that for many companies in-clusive distribution channels increase the reach of their products. Nestlé sells some of its products to micro-distributors acting in predefined geographi-cal areas in the city of São Paulo. These micro-distributors prepare product kits with a thematic focus e.g. breakfast, school lunch, food baskets and others. Besides preparing the product kits, they hire local female sales representatives for door to door sales. These women use a small hand pushed cart. At first contact new costumers are registered as clients and, when placing their first order, they get a 20-day grace period before having to pay for the products . As the sales representatives live in the same neighborhood as their customers, payment default is low and they are not exposed to criminal violence such as robberies or hold-ups.

Lately, many have been arguing that most compa-nies are just “selling to the poor” instead of imple-menting more inclusive business solutions. Instead of just selling an existing product using a top down approach, by reducing package size and price, some companies are going a step further. To be successful, the traditional value chain is challenged to promote a thorough product redesign, employing staff out of the local community to work as distributors selling door-to-door or using alternative credit evalua-tion procedures for customers with no regular or formal income. With the objective of bringing the BoP hypothesis back on track, Professor Stuart Hart (2007) has designed the “BoP 2.0” strategy

No dia 30 de outubro de 2008, na sede da FIESP, em São Paulo, foi realizado o seminário “Suíça - Sua Plataforma no Coração da Europa”, organizado

pela Agência Suíça de Promoção de Negócios e Investimentos (Switzerland Trade and Investment Promotion), da Embaixada da Suíça no Brasil e da Federação das Indústrias do Estado do São Paulo - FIESP, com o apoio da SWISSCAM.

O objetivo do evento foi promover as principais vantagens que a Suíça oferece às empresas bra-sileiras que desejam expandir seus negócios no mercado europeu. Especialistas em investimen-to, tributos e negócios mostraram por que este país é uma excelente plataforma de exportação e investimentos na Europa.

De acordo com estudos elaborados pela consul-toria PricewaterhouseCoopers, a Suíça tem sido o destino preferido de empresas estrangeiras que buscam a inserção de seus serviços e pro-dutos no continente europeu. Este fato se deve, principalmente, à qualidade da infra-estrutura, à elevada capacitação da mão-de-obra e, se comparado com outras nações européias, à reduzida carga tributária deste país.

O evento também aconteceu em Porto Alegre, na sede da FIERGS - Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul no dia 28 de outubro.

Um novo evento está previsto para outubro de 2009. Quem se interessar em investir na Suíça e não quiser esperar até lá, entre em contato conosco: [email protected] ou +55 11 5683 7447.

Seminário sobre investimentos na Suíça

n o t í c i a s d a s w i s s c a m

c h a m b e r n e w s

Seminar concerning investments in Switzerland

The “Switzerland - Your Platform in the Heart of Europe” seminar was held on October 30, 2008, at FIESP headquarters in São Paulo,

organized by the Switzerland Trade and Investment Promotion Agency, of the Swiss Embassy in Brazil and the Federação das Indústrias do Estado do São Paulo - FIESP (The São Paulo State Federal of Indus-tries) and with the support of SWISSCAM.

The objective of the event was to promote the most distinctive advantages Switzerland can offer Brazilian companies that would like to expand their businesses in the European market. Specialists in investments, taxes and business demonstrated why this country is such an excellent export and invest-ment platform in Europe.

According to studies prepared by the consulting firm PricewaterhouseCoopers, Switzerland has been the preferred location for foreign companies looking to market their products and services on the European continent. This fact is owed especially to the high quality infrastructure, labor capacity and the lower tax burden there in comparison to other European nations.

The event was also held in the city of Porto Alegre at the FIERGS (Federation of Rio Grande do Sul In-dustries) headquarters on October 28.

The event has been scheduled to be held again in October 2009. If you are interested in investing in Switzerland and do not wish to wait until then please contact us at: [email protected] or +55 11 5683 7447.

(second generation BoP), going beyond just plain knowledge, calling all stakeholders for a dialogue by engaging them as colleagues and building trust among a local network of global partners.

Finally, there is no single way to guarantee suc-cess in ventures at the bottom of the economic pyramid. The thesis bundles and presents internal and external success factors ranging from deep consumer insight to breaking paradigms on pre-sumably unchangeable logical frameworks within management towards next generation strategies for business co-creation, leading to a real win-win situation.

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i n t e r n a t i o n a l

Conference addresses Brazilians living abroadIn July, an unprecedent milestone marked the history of Brazilian emigration. Brazil was finally recognized as a permanent source of immigrants, and an event was organized adressing Brazilians living abroad.

p o r Irene Zwetsch

The 1st Conference on Brazilian Communities Abroad - ‘Brazil-ians Around the World’, which took place on July 17-18 in Rio de Janeiro and gathered 400 participants, was sponsored by the General Office for the Brazil-ian Communities Abroad (SGEB) and the Ministry of Foreign Af-

faris (MRE), with support from Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG). In addition to representatives from different countries, several governmental and parliamentary officials, subject-matter experts and students also attended the event.

The Brazilian Council in Switzerland was repre-sented by Maria Rolim Janotta, Carminha Pereira and Theodora Leite. This issue of the Swisscam Magazine brings their views on the conference and an article about how the country plans to deal with emigration in the future.

The event was the first step taken by the Brazilian government to address the situation of the 3 or 4 million Brazilians living in all corners of the world, and it was organized in a way to allow participation of Brazilians living abroad as well as others living in the country. The MRE and FUNAG supported the event’s logistics, making it easier for the participants to attend. Several information booths, organized by geographic region, were set up in the gardens of the Itamaraty Palace, where the conference took place, providing visitors with information about the work developed by the different groups involved in the project. Additional space was also made available for specific groups to hold meetings during the event. One such group was the Network of Brazilian Men and Women Abroad, created last year in Brus-sels and having as member the Brazilian Council in Switzerland.

Some aspects of the organization, however, raised strong criticism, including the selection of the guests that had their tickets, accommodation and food expenses paid by FUNAG, in a way that was considered by many as “undemocratic”. In addition, lack of proper promotion restricted the participation of others interested in attending the event, therefore, some were unable to make it to Rio de Janeiro in time. Moreover, the event facilities were not large enough for the number of participants, forcing many to watch the conference on screens set up next to the main conference area.

This topic should be at the top of the agenda for the next conference.

In line with the idea to create this communication channel, the participants endorsed ratification of a Constitutional Amendment proposed by Senator Cristovam Buarque (www.cristovan.org.br) granting Brazilians living abroad the right to elect congress representatives and senators. This would be a first step to assure the voices of those residing outside Brazil will be heard by the federal government with-out the need to set up special agencies. This idea was also brought to the event by the Council (see the proposals at www.conselho-brasileiro.ch).

Also during the meeting, a motion was approved to reject the polemic European Directive forcing illegal emigrants to return to their countries.

All documents generated during the meeting and the video footage of the 1st Conference on Brazilian Communities Abroad are available at http://funag.evento.tv.br and http://www.abe.mre.gov.br (click on the logo “Brazilians Around the World” on the left). The page of the Brazilian Council in Switzer-land also contains links to these and to other pages mentioning the Conference.

Another factor causing frustration was that the emigrants were not involved neither in the organi-zation of the conference nor in the selection of the topics, besides not being allowed to ask questions or make comments during the roundtables. “Dur-ing the meeting in Europe, for instance, a number of proposals was put forward without giving emi-grants the opportunity to discuss the ideas, align them and build a basis for a common and coherent document”, notes Mônica Pereira, from Belgium. Also the time allotted for the emigrants to speak was much shorter than that allowed for the diplomats. According to Theodora Leite “They [the diplomats] wanted to dominate the talks, and so they did. But I think they did not listen a lot (unfortunately). I believe the Brazilians, who wanted to express their minds, were disappointed”.

Maria Janotta notes the absence of representatives from other countries, such as Austria and African countries, but, even so, she believes the results of this 1st Conference were positive. She says it was an enriching experience, especially for the opportunity to see “how diverse and organized the Brazilian community abroad is, with many people, groups and associations fighting for rights that we, in Switzerland, have already been granted”.

Carminha Pereira agrees with Janotta and adds that during the Rio de Janeiro meeting, it became obvious that the “Brazilians living abroad represent the same diversity of those residing in Brazil, and living abroad does not mean they all think the same way. The different groups have different interests, sometimes, contradictory ones.”

As a result of the Conference, another meeting was scheduled to take place in 2009 under the sponsor-ship of the Brazilian government in partnership with representatives of emigrant groups. A highlight of the event was the discussion around emigrants’ status. All participants agreed that the communities living abroad must have a direct channel to com-municate with the Brazilian government, but how this channel would be created is yet to be defined.

Irene Zwetsch é

membro do Conselho

Brasileiro na Suíça.

Irene Zwetsch is a

member of the Brazilian

Council in Switzerland.

Representantes do Conselho Brasileiro na

Suíça: Sandra (ABEC), Theodora, Carminha e

Maria. Representatives of the Brazilian Council

in Switzerland: Sandra (ABEC), Theodora,

Carminha e Maria.

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O mês de julho marcou um momento inédito na história da emigração brasileira. Finalmente reconheceu-se o Brasil como país de emigração e foi realizado um evento voltado para a população brasileira residente fora do país.

A I Conferência sobre as Comunidades Brasileiras no Exterior - “Brasileiros no Mundo”, aconteceu nos dias 17 e 18 de julho de 2008 no Rio de Janeiro, sob organização da Sub-

secretaria-Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior (SGEB), do Ministério das Relações Exteriores (MRE), com o apoio da Fundação Ale-xandre de Gusmão (FUNAG) e reuniu mais de 400 participantes. Além dos representantes vindos de vários países estiveram presentes autoridades governamentais, parlamentares, estudiosos do assunto e estudantes.

O Conselho Brasileiro na Suíça também se fez representar, por meio de Maria Rolim Janotta, Carminha Pereira e Theodora Leite. Nesta edi-ção trazemos um resumo das impressões que as três tiveram no evento e um relato de como a questão dos emigrantes será encaminhada daqui para a frente.

Primeiro passo concreto do Governo Brasileiro em direção aos 3 ou 4 milhões de brasileiros espalhados mundo afora, o evento foi organizado de forma a permitir uma ampla participação dos brasileiros residentes no exterior e dos demais interessados vivendo no Brasil. Também houve muito apoio por parte dos colaboradores do MRE e FUNAG na parte logística, o que facilitou a vida dos participantes. Vários estandes informativos por zonas geográficas, montados nos jardins do Palácio Itamaraty, onde foi realizado o encontro, garantiam a divulgação e acesso à informação sobre o trabalho dos vários grupos presentes. Foi importante também a disponibilização de espaço físico para a realização de reuniões paralelas de grupos específicos, como foi o caso da Rede Brasileiras e Brasileiros no Exterior, criada no ano passado em Bruxelas e da qual o Conselho Brasileiro na Suíça participa.

Alguns aspectos da organização porém deixaram a desejar. Um deles foi a escolha dos convidados que foram agraciados pela FUNAG (passagens, estadia e alimentação pagas), não considerada “democrática” em vários países. Além disso,

Conferência discute situação dos brasileiros no mundo

i n t e r n a c i o n a l

falhas na divulgação prévia da Conferência acabaram limitando a participação de outras pessoas interessadas, que não tiveram tempo hábil para organizarem sua ida ao Rio de Ja-neiro. Por outro lado, a falta de um espaço que comportasse todos os participantes fez com que muitos tivessem de assistir à conferência em telões, ao lado da sala de debates.

O pouco envolvimento dos emigrantes na pre-paração da conferência, na escolha dos temas em debate e em sua organização prática gera-ram frustração, principalmente porque durante os debates não eram permitidas perguntas ou comentários daqueles que não faziam parte da mesa. “Na reunião da Europa, por exemplo, assistiu-se a uma enumeração de propostas sem que se tivesse a oportunidade de discuti-las, harmonizá-las e construir uma base para um documento comum coerente”, observa Mônica Pereira, da Bélgica. Ficou clara a desproporção do espaço concedido aos emigrantes e aos di-plomatas. Como resume Theodora: “eles queriam falar, e muito - e falaram. Ouvir, acho que muito pouco foi ouvido (infelizmente); os brasileiros que foram para falar ficaram decepcionados ao meu ver”.

Maria Janotta, por sua vez, sentiu falta de repre-sentantes de outros países, como da Áustria e do continente africano, mas acredita que para uma I Conferência, os resultados foram positivos. Ela considerou a experiência muito enriquecedora, especialmente pela oportunidade de ver “a di-versidade de como nossa comunidade brasileira está organizada, com muitas pessoas, grupos ou associações lutando por pequenas reivindica-ções, que nós aqui na Suíça já conquistamos”.

Carminha Pereira reforça as palavras de Maria e acrescenta que no encontro do Rio foi possível confirmar que “os brasileiros no exterior repre-sentam a mesma diversidade dos brasileiros residentes no Brasil e o fato de se estar morando no exterior não faz com que todos sejam iguais. Os interesses são bem diferentes e chegando a ser até contraditórios”.

Como resultado da Conferência foi assumido o compromisso para a realização de um novo encontro em 2009, organizado pelo governo brasileiro em parceria com representantes de emigrantes. A discussão sobre o tema do Estado do Emigrante foi um dos pontos altos do evento, suscitando muito debate. Todos os participantes concordaram que a população emigrante precisa ter um canal direto de contato com o Governo Brasileiro, mas a forma que esse canal deve as-sumir ainda não está clara e deve ser o principal tema de discussão do próximo encontro.

No caminho para essa linha de contato, foi aprovado o apoio dos participantes à proposta de Emenda Constitucional da autoria do senador Cristovam Buarque (www.cristovam.org.br), con-cedendo ao brasileiro residente no estrangeiro o direito de eleger deputados e senadores. Esse seria um começo para garantir que a voz dos bra-sileiros no Exterior seja ouvida no Planalto, sem a necessidade de criar mais estruturas. Essa idéia também constava das propostas levadas pelo Conselho ao evento (confira todas as propostas no site www.conselho-brasileiro.ch).

Foi aprovada no encontro ainda uma moção de repúdio contra a Diretiva Européia acerca do “Retorno” dos migrantes em situação irregular, que tem causado muita polêmica.

Todos os documentos do encontro, assim como os vídeos da I Conferência das Comunidades Brasileiras no Exterior podem ser acessados nos sites: http://funag.evento.tv.br e http://www.abe.mre.gov.br (clique na Logo “Brasileiros no Mundo” , à esquerda).

Na página do Conselho Brasileiro na Suíça tam-bém estão incluídos os links para essas e outras páginas que tratam da Conferência.

por Irene Zwetsch

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A Pirataria e as Medidas Judiciais

no Brasil

por Alexandre Fragoso Machado

“A pirataria é o crime do século 21”, já afirmou o Sr. Luiz Paulo Barreto, presidente do CNCP (Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual) e secretário-executivo do Ministério da Justiça. De acordo com a Interpol, a falsificação de produtos movimenta

em todo o mundo cerca de US$ 520 bilhões por ano.

j u r í d i c o

Nesse mês de dezembro de 2008, mês do Dia Nacional de Combate à Pirataria, o CNCP, de acordo com o seu site na Inter-

net (www.mj.gov.br/combatepirataria), lança nova etapa na estratégia brasileira contra a fabricação e venda de produtos falsos. Entre os projetos está a assinatura entre o CNPC e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de um acordo para fechar o cerco aos bandidos que comercializam medicamentos ilegais.

Apesar dos números negativos, a ação contra a pirataria no país tem rendido bons resultados, mostrando que o Brasil merece destaque inter-nacional, principalmente em virtude das suas dimensões continentais.

Pelo menos até novembro de 2008, a Polícia Ro-doviária Federal (PRF) mostra que 1.618 pessoas foram presas por contrabando e descaminho. No mesmo período, a PRF apreendeu 6,4 milhões de cds e dvds, 1,45 milhão de pacotes de cigarros, além de mais de 478 mil unidades de remédios, 97 mil litros de bebidas, 200 mil unidades de produtos eletrônicos e outras 72 mil de equipa-mentos de informática - todas as mercadorias eram pirateadas. Já a Polícia Federal realizou 541 operações entre 2006 e 2008, com a prisão de 1.517 pessoas.

Auxiliando o alcance do resultado acima, o sistema jurídico brasileiro, tendo adotado o da Common Law, estabelece legislativamente a defesa da propriedade industrial e nesse dia-

pasão, encontram-se estabelecidas na Lei nº 9.279/96, a Lei da Propriedade Industrial em vigor (doravante LPI), as ações que antecedem a colocação de produtos contrafeitos no mercado, como a busca e apreensão de bens falsificados no estabelecimento do contrafator, e a destruição das marcas contrafeitas nos produtos, eviden-temente preservando atividades lícitas desen-volvidas em paralelo às ilícitas, respondendo o agente (civil e criminalmente) por eventuais excessos cometidos durante a efetivação das medidas judiciais cabíveis.

Na esfera criminal, a LPI, nos artigos 196 s 206, discorre, entre outras coisas, sobre a medida de busca e apreensão facultativa garantida ao lesado ou à autoridade que é a mais utilizada pelos titulares de marcas falsificadas. Trata-se de medida indispensável para o combate à infração dos direitos de propriedade intelectual em geral, usada quando há necessidade de uma ação rápida por parte da autoridade e daquele que tem o direito lesado.

Para conter o fluxo de produtos falsificados antes de chegarem ao mercado, também é medida de importância cada vez mais presente em nosso sistema prevista nos artigos 51 a 58 do TRIPs (Decreto nº 1355/94), anexo do Acordo Interna-cional que gerou a OMC, refletida no artigo 198 da LPI, qual seja: a possibilidade de apreensão, de ofício ou a requerimento do interessado, pelas autoridades alfandegárias no ato de conferência

nos portos, aeroportos e fronteiras em geral, dos produtos assinalados com marcas falsificadas, alteradas ou imitadas ou que apresentem falsa indicação de procedência.

A medida pode se revestir de dois principais resultados: (a) a apreensão total dos produtos ditos contrafeitos, objetivando a cessação ime-diata da distribuição e comercialização indevida dos produtos piratas; ou (b) a apreensão de um número suficiente de produtos a instruir perícia a ser conduzida pelo Poder Judiciário priorizan-do a identificação de falsificação nos produtos apreendidos.

Na esfera cível, os processos judiciais concen-tram-se nos planos das tutelas de urgência e das tutelas de cunho ordinário. De fato, a ação mais comumente ajuizada é a ordinária comi-natória de cessação de uso do bem intelectual falsificado, geralmente cumulada com pedido indenizatório. Tal qual ocorre nas medidas de busca e apreensão de cunho criminal, a mesma medida pode ser encampada em ações judiciais que visam à cessação do uso desautorizado de bens intelectuais de cunho cível.

Em que pese essa possibilidade, as medidas cí-veis intentam a cessação imediata e final do uso desautorizado de bens intelectuais e em muitas vezes, essa tutela é obtida de forma antecipada em ações cautelares, através de medidas limi-nares ou tutelas antecipadas.

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O pedido de cessação do uso indevido e bens in-telectuais é cumulado com pedido indenizatório pelos danos causados pela infração.

De acordo com a LPI, os danos (lucros cessantes) podem ser determinados pela forma mais favo-rável à parte lesada, obedecendo aos seguintes critérios: (a) os benefícios que o prejudicado teria auferido se a violação não tivesse acontecido; (b) os benefícios que foram auferidos pelo autor da violação do direito; ou (c) a remuneração que o autor da violação teria pago ao titular do direito violado pela concessão de uma licença que lhe permitisse legalmente explorar o bem.

Em vista disto, mesmo na hipótese do infrator não disponibilizar os documentos contábeis que demonstrem a quantidade de produtos fabrica-dos e/ou comercializados que infrinjam a paten-te, é possível determinar os danos usando outros critérios pré-determinados em Lei.

Alexandre Fragoso Machado é advogado e agente da

propriedade industrial integrante de Momsen, Leonardos & Cia. - SP,

pós-graduado em Direito da Propriedade Intelectual pela PUC-Rio

e em Direito das Novas Tecnologias pelo CEU-SP.

Alexandre Fragoso Machado is a lawyer and intellectual

property agent and member of the law firm, Momsen, Leonardos &

Cia. - SP, with post graduate specialization in Intellectual Property

from the Pontifícia Universidade Católica of Rio de Janeiro as well

and In New Legal Techniques from CEU-SP.

l e g a l

Piracy and Legal Measures in Brazil “Piracy is the crime of the 21st century,” according to Mr. Luiz Paulo Barreto, president of the CNCP (Brazilian Piracy and Crimes against Intellectual Property Combat Council) and executive secretary of the Justice Ministry. According to Interpol, product counterfeiting moves roughly US$ 520 billion per year throughout the world.

b y Alexandre Fragoso Machado

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This month, December 2008, National Piracy Combat Month, the CNCP, according to its In-ternet site (www.mj.gov.br/combatepirataria)

has launched a new phase in Brazilian strategy against the manufacture and sale of counterfeit products. Among the projects scheduled is the signing by CNPC and the National Sanitary Vigilance Agency (ANVISA) of an agreement to close the circuit around the criminals who sell illegal medications.

Despite the negative numbers, the drive against piracy in the country has turned in good results, demonstrating that Brazil merits international dis-tinction, especially owed to its continental size.

The Federal Highway Police (PRF) at least until November 2008 reported that 1,618 people had been arrested for smuggling and embezzlement.

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During the same period the PRF apprehended 6.4 million CDs and DVDs, 1.45 million packs of ciga-rettes in addition to 478,000 units of medications, 97,000 liters of beverages, 200,000 units of electri-cal products and another 72,000 pieces of computer equipment; all goods had been pirated. The Federal Police also conducted 541 operations from 2006 to 2008 resulting in the arrest of 1,517 people.

Assisting in the achievement of the above results, the Brazilian legal system has adopted the Common Law system which establishes within the legislative sphere an industrial property defense and on this scale actions which prevent the placement of coun-terfeit products on the market established in Law 9279/96 and the Industrial Property law in effect (referred to in Portuguese as the LPI) as well as mea-sures related to search and seizures of counterfeit goods at the counterfeiters establishment and the destruction of counterfeit trademarks on products, while obviously endeavoring to preserve legal activi-ties conducted in parallel to the illegal ones and the agent responding (in civil and criminal proceedings) for any excesses committed during performance of the appropriate legal measures.

In the criminal sphere, the LPI in articles 196 and 206, rests on, among other things, the optional search and seizure measure guaranteed to the injured party or to the authority and is most often used by the proprietors of the infringed trademarks. This is an indispensable measure in the combat against the violation of intellectual property rights in general used when necessary to achieve quick

action on the part of the authorities and the one whose rights have been infringed.

The measure also carries a great deal of weight toward staunching the flow of counterfeit products before they hit the market and has gained growing importance in our system provided for in articles 51 to 58 of TRIPs (Decree 1355/94), attached to the International Agreement which led to the OMC, reflected in article 198 of the LPI, which is: the possibility of an official seizure or one performed at the request of the interested party, by the customs authorities at the time of inspection of the ports, airports and borders in general of products which bear counterfeit trademarks or ones that have been altered, imitate or present a false indication of origin.

The measure can produce two main results: (a) total seizure of the alleged counterfeit products for the purpose of immediate cessation of the undue distribution and sale of the pirated products or (b) seizure of a sufficient number of products to enable an expert inspection to be conducted by the Judicial Branch and prioritize identification of counterfeiting of the products seized.

In the civil sphere, legal proceedings concentrate on those urgent protection plans and those of an ordinary nature. Indeed, the most common action filed is an ordinary comminatory action to cease use of the counterfeited intellectual property, normally culminating in petitions for indemnity. The same thing occurs in the search and seizure measures

of a criminal nature; the same measure can be expropriated in legal actions of a civil nature that seek to halt the unauthorized use of items of intel-lectual property.

This possibility is important in the civil measures are intended to immediately and finally halt the unauthorized us of the intellectual property and oftentimes this protective measure is secured as a preventative measure in precautionary measures based on restraining orders or early preventative measures.

The petition to cease inappropriate use of intellec-tual property is coupled with a petition for indemnity for damages caused by the infringement.

According to the LPI, damages (loss of profits) can be determined more favorable to the injured party, based on the following criteria: (a) the benefits that the injured party would have enjoyed if the viola-tion had not occurred (b) the benefits which were earned by the perpetrator of the infringement of the law; or (c) compensation that the perpetrator of the infringement would pay to the proprietor of the rights infringed based on the assignment of a license that would permit this person to legally exploit the good.

In view of the foregoing, even if the perpetrator is unable to provide accounting documents that demonstrate the number of products manufactured and/or sold that infringe the patent, it is possible to determine the damages using other criteria already established in law.

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A empresa suíça Diamond, líder mun-dial na área de conectividade óptica, tem estado presente em importantes eventos no Brasil, como o Grande Prêmio de Fórmula 1 em São Paulo,

na transmissão do Carnaval com os cabos de telecomunicação para as estações de TV, nos estádios de futebol, como o Maracanã no Rio de Janeiro, com produtos de fibra óptica. Mas tam-bém está presente em aeroportos, com soluções de vigilância e comunicação, e até em áreas de floresta tropical e plataformas de petróleo.

Fundada em 1958 na cidade de Losone, Suíça, a empresa especializou-se inicialmente em usina-gem e polimento de materiais de extrema dureza e fabricação de agulhas para equipamentos de som. Com o aumento das demandas por soluções ópticas voltados para aplicações em telecomuni-cações, a Diamond incorporou essa experiência nas linhas de produção de componentes ópticos e posicionou-se um passo à frente no dinâmico universo das tecnologias de ponta.

Atualmente opera com nove fábricas e com re-presentações em mais de 50 países. A Diamond escolheu o Brasil para coordenar as operações no Chile, Peru, Argentina, Venezuela e até na An-gola. A instituição conquistou o reconhecimento do seu sistema de gestão da qualidade com a certificação ISO 9001 em nível mundial. Como parte de suas práticas usuais, a identificação, priorização e gerenciamento de processos fa-bris que prezam pela manutenção contínua da integridade do meio ambiente, a Diamond foi certificada na ISO 14001 pelo seu sistema de gestão ambiental.

Diamond do Brasil: 20 anos de sucesso

Mike Lütolf é Diretor

da Diamond do Brasil.

Mike Lütolf is the

Director of Diamond do

Brasil.

Eduardo Meirel les é

Gerente Novos Negócios

da Diamond do Brasil.

Eduardo Meirel les is

the New Business Manager

for Diamond do Brasil.

s u c c e s s s t o r y

Diamond do Brasil: 20 years of success b y Mike Lütolf a n d Eduardo Meirelles

The Swiss company Diamond, the world leader in optic connectivity, has been present at all

important events in Brazil, such as the Formula 1 Grand Premier in São Paulo, Carnival transmissions using telecommunications cables for TV stations, at soccer stadiums such as Maracanã in Rio de Janeiro, using fiber optics products and is present at airports in such areas as security and commu-nications and can even be found in tropical forest

areas and oil platforms.

The company, founded in 1958 in the city of Lo-sone, Switzerland, in the beginning specialized in tooling and polishing extremely durable materials as well as in the manufacture of needles for sound equipment. As the demand for optic solutions for applications in telecommunications increased, Diamond incorporated this experience in production lines for the manufacture of optic components has kept one step ahead in the dynamic state of the art technology universe.

Currently, Diamond operates nine plants and has representatives in 50 countries. The company chose Brazil to coordinate operations in Chile, Peru, Argen-tina, Venezuela and even in Angola. The entity has won recognition for its quality management system

s u c c e s s s t o r y

por Mike Lütolf e Eduardo Meirelles

A Diamond Brasil, fundada em 1988, possui es-trutura fabril de 3.500 m² localizada no Rio de Janeiro e conta com Centros de Vendas e Ser-viços nos Estados de São Paulo e Minas Gerais, permitindo o atendimento a clientes em todo o território nacional. Comemorando 20 anos no Brasil, a empresa possui produtos homologados pela Anatel excedendo as classes e categorias normativas mais rígidas, mais uma vez atestando de forma documental a sua posição de liderança na área de conectividade óptica.

Na Diamond o futuro está evoluindo constan-temente.

www.diamond-brasil.com.br

and earned ISO 9001 certification on a global scale. Identification, prioritization and manufacturing pro-cess management are all part of its normal practices to assure continual maintenance the integrity of the environment earning Diamond ISO 14001 certifica-tion for their environmental management system.

Diamond Brasil, founded in 1988, has a 3,500 m² manufacturing plant located in Rio de Janeiro as well as Sales and Service centers in the states of São Paulo and Minas Gerais, to enable it to provide customer service throughout domestic territory. Commemorating 20 years in Brazil, the company offers products that have been approved by Anatel and exceeds the strictest regulatory classes and categories, once again substantiating its leadership position in the area of optic connectivity.

At Diamond the future is continually evolving.

www.diamond-brasil.com.br

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Embaixada da Suíça Embaixador: Wilhelm Meier, SES

Avenida das Nações, quadra 811 - lote 41, 70448-900 Brasília - DF

Tel (61) 3443 5500, Fax (61) 3443 5711, [email protected]

Consulados

Consulado Geral da Suíça em São Paulo Cônsul Geral: Hans Hauser

Avenida Paulista, 1754 - 4° andar, 01310-920 São Paulo - SP

Tel (11) 3372 8200, Fax (11) 3253 5716, [email protected]

Consulado Geral da Suíça no Rio de Janeiro Cônsul Geral: Roland

Fischer, Consulesa: Claudia Fontana Tobiassen, Rua Cândido Mendes, 157

11° andar, 20241-220 Rio de Janeiro - RJ, Tel (21) 2221 1867

Fax (21) 2252 3991, [email protected]

Consulado da Suíça em Belo Horizonte Cônsul Honorário:

Dieter Max Pfeiffer, Rua Paraiba 476 / sala 1002 - Funcionários,

30130-140 Belo Horizonte - MG, Tel (31) 3261 7732, Fax (31) 3262 1163

[email protected]

Consulado da Suíça em Curitiba Cônsul Honorário: André Larsen

Rua Ladislau Gembaroski, 115, Tomaz Coelho, 83707-090 Araucária - PR

Tel (41) 3643 1395, Fax (41) 3643 2357, [email protected]

Consulado da Suíça em Fortaleza – vago – (para assuntos consulares,

por favor dirijam-se ao Consulado Geral da Suíça no Rio de Janeiro)

Consulado da Suíça em Joinville Cônsul Honorário: Alberto

Holderegger, Rua Albert Einstein, 119 - Bairro América, 89204-310

Joinville - SC, Tel/Fax (47) 3433 1957, [email protected]

Consulado da Suíça em Manaus Cônsul Honorário: Duno Gerber

Rua Monsenhor Coutinho, 688 - Centro, 69010-110 Manaus - AM

Tel (92) 3233 4422, Fax (92) 3233 4412 , [email protected]

Consulado da Suíça em Porto Alegre Cônsul Honorário: Gernot

Haeberlin, Av. Viena, 374 - São Geraldo, 90240-020 Porto Alegre - RS

Tel (51) 3222 2025, Fax (51) 3222 2463, [email protected]

Consulado da Suíça em Recife Cônsul Honorário: Rudolf Fehr Júnior

Av. Presidente Kennedy, 694A, Peixinhos, 53230-630 Olinda - PE

Tel/Fax (81) 3493 7050, [email protected]

Consulado da Suíça em Salvador Cônsul Honorário: Adriano Vaz Neeser

Av. Tancredo Neves, 3.343 - Ed. Cempre Torre B - sala 506, 41820-021

Salvador - BA, Tel (71) 3341 5827, Fax (71) 3341 0014 ramal 7

[email protected]

Entidades

Armbrustschützen, São Paulo Presidente: Carlos Luiz Marien

Neto, Rua Américo de Moura, 90, 13076-628 Campinas - SP

Tel (19) 3384 6303, [email protected], www.armbrust.com.br

Associação Filantrópica “Criança Feliz” Presidente:

Dr. Paul Gottfried Ledergerber, Rua Urbano Mendes da Silva, 48, Caucaia

do Alto, 06725-115 Cotia - SP, Tel (11) 4611 1129, Fax (11) 4611 1805

[email protected], www.criancafeliz.org.br

Associação Filantrópica Suíça do Rio de Janeiro

Presidente: Urs Bucher, Rua Cândido Mendes, 157 - térreo,

20241-220 Rio de Janeiro - RJ, Tel (21) 2242 6922 (terça-feira

das 9:00 às 12:00h), [email protected]

Associação Luzerner Hinterland - Interior Rio de Janeiro

Presidente: Alberto L. Abib Wermelinger Monnerat, Sede Social: Duas

Barras (RJ), Praça Getúlio Vargas, 176/208, 28610-175 Nova Friburgo - RJ

Tel (22) 2523 6426, Fax (22) 2523 6426, Cel (22) 8116 8771

[email protected]

Associação Suíça de Beneficência Helvetia, São Paulo

Presidente: Konrad Robert Keller, Tel (11) 5561 6606, Vice-Presidente:

Doris Janssen, Tel (11) 5667 4459, Av. Indianópolis, 3145

04063-006 São Paulo - SP, [email protected]

[email protected], www.beneficencia-suica.com.br

Associação Suíço-Brasileira de Ajuda à Criança BRASCRI, São Paulo Presidente: Prof. João Antonio Martins

Rua Dr. Armando da Silva Prado, 271, Santo Amaro, 04672-040

São Paulo - SP, Tel (11) 5548 1646, Fax (11) 5548 1853

[email protected], www.brascri.org.br

ARCO - Associação Beneficente (atende crianças e

adolescentes), Presidente: Roberto Dimas de Palma, Rua Licínio Felini, 97

Chácara Flórida, 04949-170 São Paulo - SP, Endereço para

correspondência: Caixa Postal 28.707, 04905-991 São Paulo - SP, Tel/Fax

(11) 5517 3440 [email protected], www.arcobrasil.org.br

Associação Valesana do Brasil Presidente: Lineo Chemello

Rua General Lima e Silva, 1.382, 90050-102 Porto Alegre - RS

Tel (51) 3221 8740, [email protected]

CAS (Clube dos Amigos da Suíça), Rio de Janeiro

Presidente: André Stuker, Rua Barão de Ipanema, 56, Sala 501

Copacabana, 22050-030 Rio de Janeiro - RJ, Tel (21) 2256 5657

Fax (21) 2256 5868, [email protected], www.bitourism.com/cas

Casa Suíça Presidente: Jacques E. Delisle, Rua Agnelo Brito, 31

Federação, 40170-100 Salvador - BA, Tel (71) 3245 3233

[email protected], www.ssbb.ch

Clube Esportivo Helvetia, São Paulo Presidente:

Odair Mentone, Presidente do Conselho Deliberativo: Carlos Edson

Strasburg, Av. Indianópolis, 3145, 04063-006 São Paulo - SP

Tel (11) 5072 4515, Fax (11) 2275 6738, [email protected]

Colégio Suíço-Brasileiro de Curitiba Diretor Executivo:

Bernhard Beutler, Rua Wanda dos Santos Mallmann, 537, 83323-400

Pinhais - PR, Tel/Fax (41) 3667 3321, [email protected], www.chpr.com.br

Colônia Helvetia (Sociedade Escolar São Nicolau de Flüe) Presidente: José Carlos Bannwart, Al. Antonio Ambiel, 895, 13330-000

Indaiatuba - SP , Tel (19) 3875 7436, [email protected]

www.helvetia.org.br

Commune Valaisanne, Curitiba Associação dos Descendentes

Valaisanos do Paraná, Diretor: Dr. José Celso de Almeida, Rua Major

França Gomes, 401, 80310-000 Curitiba - PR, Tel (41) 3274 4095,

[email protected]

Escola de Panificação Suíça de Joinville Prof. Arnoldo Nehls

Presidente: Alodir Alves de Cristo, Rua XV de Novembro, 1383, Cidadela

Antártica - Bairro América, 89201-602 Joinville - SC, Tel (47) 3423 1565

Fax (47) 3436 0033, [email protected]

Escola SENAI “Suíço-Brasileira” Diretor: Osvaldo Lahoz Maia

Rua Bento Branco de Andrade Filho, 379, 04757-000 São Paulo - SP

Tel (11) 5641 4072, Fax (11) 5641 4072 - Ramal 230, senaisuico@

sp.senai.br, www.sp.senai.br

Escola Suíço-Brasileira de São Paulo Diretor Executivo:

Matthias Meier, Diretor Geral: Bernhard Beutler, Presidente do Conselho de

Administração: André Jakob Larsen, Rua Visconde de Porto Seguro, 391

04642-000 São Paulo - SP, Tel (11) 5682 2140, Fax (11) 5682 2141

[email protected], www.esbsp.com.br

Escola Suíço-Brasileira Rio de Janeiro Diretora Geral:

Luiza Bokelmann, Presidente: Walter Paulo Zoss, Rua Correa de Araújo, 81

22611-060 Barra da Tijuca - RJ, Tel/Fax (21) 2493 0300

[email protected], www.esb-rj.com.br

Fundação Crescer Criança Presidente: Laurette Verena Nüssli

Álvares, Travessa Nüssli, 150 - Vila Ferriello, 18500-000 Boituva - SP

Tel (15) 3263 3731, [email protected], www.crescercrianca.org.br

Grupo Suíço de Beneficência, Rolândia Presidente:

Annelise Furrer Rühmann, Rua São Francisco de Assis, 234, apto. 703

86020-420 Londrina - PR, Tel/Fax (43) 3323 0534 Instituto ProA Presidente: Christine Moeri, Rua Jerônimo de Veiga, 164

12° andar - Itaim Bibi, 04536-000 São Paulo - SP

Tel (11) 3078 1410, Fax (11) 3168 0273, [email protected]

www.institutoproa.org.br

Instituto Pró-Memória Suíça de Joinville

Presidente: Alberto Holderegger, Rua Albert Einstein, 119 - Bairro América

89204-315 Joinville - SC, Tel/Fax (47) 3433 1957, [email protected]

Igreja Evangélica Suíça São Paulo Pastor: Valdeci dos Santos

Presidente: Theodor Schüepp, Rua Gabriele d’Annunzio, 952, Campo Belo

04619-003 São Paulo - SP, Tel (11) 5044 5802, Fax (11) 5044 6530

www.igrejasuica.com.br

Retiro Suíço Caixa Postal 52, 13230-970 Campo Limpo Paulista - SP

Rua dos Coqueiros, s/n - Figueira Branca, 13233-512 Campo Limpo

Paulista - SP, Tel (11) 4038 7033, [email protected]

www.beneficencia-suica.com.br

Sociedade Filantrópica “Lar Feliz” São Paulo

Presidente: Udo Valter Fast, Rua Jerusalém, 488 - Alto Boqueirão

81770-250 Curitiba - PR, Tel (41) 3258 8133, [email protected]

www.larfeliz.com.br

Sociedade Filantrópica do Estado do Rio Grande do Sul Presidente: João Alfredo Striebel, Rua Joaquim Caetano da Silva, 55

Esq. Santo Inácio, 90570-130 Porto Alegre - RS, Tel/Fax (51) 3222 2069

[email protected]

d i r e t ó r i o d i r e c t o r y

Comunidade suíça no Brasil Swiss community in Brazil

Destaque

A ARCO Associação Beneficente, em seu 19º ano de atuação, continua promovendo ações de melhoria da qualidade de vida de crianças e adolescentes da peri-feria paupérrima da Chácara Flórida, atrás do Jardim Aracati/Jd. Ângela, zona sul de São Paulo. Além dos três programas básicos de atendimento - Creche/Pré-escola, Centro de criança e adolescente-CCA e Casa Lar - a Arco oferece desde 2005 mais três programas: Agente Jovem, Preparação para o trabalho e “Lendo, Escre-vendo e Calculando com Qualidade”. São mais de 400 os atendidos, nas idades de 1 a 21 anos. É desta forma que a Arco cumpre sua missão de preparar crianças para um futuro digno. A Arco convida os leitores deste Magazine da Swisscam a se afiliar a Arco Associação Beneficente (www.arcobrasil.org.br), apoiando com seu interesse este trabalho que tem um grande impacto na vida das crianças e jovens assistidos.

Arco, a charity association celebrating its 19th anni-versary, is dedicated to promoting actions aiming at improving the life quality of children, teenagers and young people living in Chácara Flórida, a poor stricken borough in the southern outskirts of São Paulo. Besides its three traditional programs - the Casa Lar Orphanage, the Day Care Center, the Kindergarten, and the Center for Children and Adolescents - CCA - (education for young people) - Arco started offering, in 2005, three new programs targeting teenagers and young people: the Young Agent, the Preparation for Work Life, and the Quality Reading, Writing and Mathematics programs. The institution currently offers its services to over 400 people, ranging from 1 to 21 years old. This way, Arco is fulfilling its mission to prepare children for a future with dignity. Arco invites our readers to become a sponsoring member of the association (www.arcobrasil.org.br) and support its work, which has a very positive impact on the life of the children and young people it assists.

Fo to : D i vu l gação

Sociedade Helvetia de Curitiba Presidente: Jost Oscar Sigel

Rua Ubaldino do Amaral, 1191, 80060-190 Curitiba - PR, Tel (41) 3262 7383

Sociedade Suíça de Beneficência em Pernambuco

Presidente: Rodolfo Fehr Júnior, Av. Presidente Kennedy, 694 - Vila Popular

53230-630 Olinda - PE, Tel (81) 3493 7050

Sociedade Suíça de Beneficência da Bahia Presidente:

Jacques E. Delisle, Av. Tancredo Neves, 3.343 sala 507B, 41820-021

Salvador - BA, Tel (71) 3341 5827, Fax (71) 3341 5826, [email protected],

www.ssbb.ch

Sociedade Tiro ao Alvo Helvetia Presidente: Pedro L. Wolf

Oliveira, Al. Antonio Ambiel, 820, Colônia Helvetia, 13330-000 Indaiatuba -

SP, Tel (19) 3875 8689, [email protected], www.helvetia.org.br

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