O medo nunca_conquistou_direitos

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O medo nunca conquistou direitos! Carta aberta aos Trabalhadores/as Técnico-Administrativos em Educação do IFMG Companheiros e Companheiras, Caminhamos para nossa quinta semana de greve, que foi deflagrada no dia 27 de abril, seguindo as deliberações da Plenária Nacional da FASUBRA e da Assembleia de Base do SINDIFES no IFMG, que deliberaram pela greve por tempo indeterminado. Matemo-nos firmes na luta por nossos direitos e nos dirigimos a todos e todas para expor, mais uma vez, o sentido de nossas reivindicações. Mas, quais as RAZÕES para a greve? A Razão principal de nossa greve, o motivo de sua deflagração, é a pauta nacional, que atinge toda categoria. Em 2012 saímos da greve com um acordo entre FASUBRA e Governo, chegado 2014, parte desse acordo não foi cumprido pelo Governo então a categoria se viu diante de um novo enfrentamento para forçar o cumprimento integral do acordo. É nesse cenário que nasce nossa greve. O não cumprimento do acordo por parte do Governo envolve a resolutividade para as pautas dos Grupos de Trabalho (Democratização, Racionalização, Dimensionamento, Reposicionamento dos Aposentados e Terceirização) do acordo, o reconhecimento dos certificados de capacitação que os aposentados já possuíam quando da constituição da carreira e providências com relação aos casos de perseguição e criminalização da luta.

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O medo nunca conquistou direitos!Carta aberta aos Trabalhadores/as Técnico-Administrativos em Educação do IFMG

Companheiros e Companheiras,

Caminhamos para nossa quinta semana de greve, que foi deflagrada no dia 27 de

abril, seguindo as deliberações da Plenária Nacional da FASUBRA e da Assembleia de Base do

SINDIFES no IFMG, que deliberaram pela greve por tempo indeterminado. Matemo-nos firmes

na luta por nossos direitos e nos dirigimos a todos e todas para expor, mais uma vez, o sentido

de nossas reivindicações.

Mas, quais as RAZÕES para a greve?

A Razão principal de nossa greve, o motivo de sua deflagração, é a pauta nacional,

que atinge toda categoria.

Em 2012 saímos da greve com um acordo entre FASUBRA e Governo, chegado 2014,

parte desse acordo não foi cumprido pelo Governo então a categoria se viu diante de um novo

enfrentamento para forçar o cumprimento integral do acordo. É nesse cenário que nasce

nossa greve.

O não cumprimento do acordo por parte do Governo envolve a resolutividade para

as pautas dos Grupos de Trabalho (Democratização, Racionalização, Dimensionamento,

Reposicionamento dos Aposentados e Terceirização) do acordo, o reconhecimento dos

certificados de capacitação que os aposentados já possuíam quando da constituição da

carreira e providências com relação aos casos de perseguição e criminalização da luta.

Os pontos da pauta nacional têm impacto direto sobre o cotidiano do trabalho da

imensa maioria da categoria, não é diferente com relação ao IFMG.

Outro ponto que não pode ser negligenciado é a questão local, desde 2011, quando

iniciamos nossa organização na base do SINDIFES/FASUBRA, existe a construção e diálogo de

uma pauta local. Na greve de 2012 essa pauta foi amplamente divulgada à categoria e também

comunicada à direção do IFMG.

Como não poderia ser diferente, em 2014, essa pauta volta a ocupar espaço as

questões referentes à Capacitação, Estágio Probatório, nosso modelo de Concurso Público,

acessibilidade às informações internas, necessidade da regulamentação das Remoções e

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Redistribuições e Flexibilização da Jornada de Trabalho (30 horas). Esses são temas prementes

à categoria.

Essas são as RAZÕES que nos move nesta greve, nossa luta é para o cumprimento

integral do acordo de greve, o que vai beneficiar toda a categoria, possibilitando melhor de

trabalho para uma categoria que convive com o menor piso salarial de todo funcionalismo

público federal.

A luta tem sido dura até o momento, mas a insensibilidade por parte do Reitor do

IFMG tem dificultado a diálogo, mesmo com todo nosso esforço. Todos os nossos gestos no

sentido de dialogar, com envio de documentos solicitando o diálogo e expondo a pauta, a

resposta do Reitor foi com assédio moral, cortando o ponto dos/das Grevista, demonstrando

o déficit civilizatório no trato com essas questões.

Mantemos nossas luta, por sua justeza e porque é nosso direito. Com relação ao

corte de ponto, o IFMG mostra estar na vanguarda do atraso, pertencendo ao seleto grupo do

retrocesso e repressão, junto com a UFVJM. O SINDIFES já tem tomado todas as providências,

políticas e judiciais, o ponto dos/das Grevista será pago pelo Fundo de Greve e uma ação já foi

ajuizada para rever o destempero por parte do Reitor.

Então, companheiros e companheiras, só existe um motivo para não ser sensível à

greve, é discordar de toda defesa que fazemos nesse momento, é discordar da busca por

melhor condições de trabalho.

Em anexo encaminhamos uma agenda de toda a greve e também um “Ponto a

Ponto” com esclarecimentos e nos colocamos a disposição para dialogar com aqueles e

aquelas que tem disposição para lutar por melhores condições de trabalho, porquê o medo

nunca conquistou direitos!

Saudações a quem tem coragem!

Comando Local de GreveIFMG

SINDIFES

#NegociaCaio #GreveÉDireito #ALutaContinua

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ANEXOS

Galera a ideia é ter dois anexos:

1 – Agenda de Greve (aqui colocar ponto a ponto o que já fizemos, as datas da

assembleias, da entrega de todos os documentos – e ponto e fazer um resumo – 2 linhas – do

que rolou)

2 – Greve ponto a ponto (aqui fazer um ping-pong, respondendo a todas as

perguntas que nos tem sido feitas.

Pra esse dois pontos, a segunda parte o texto que fizeram é um bom ponta pé, só

não podemos ser muito longos no texto, é direto ao ponto, mostrar que cumprimos os ritos

jurídicos e que a intransigência tem por parte da Reitoria. No meu texto ainda vou incluir um

parágrafo sobre o corte de ponto (pra bater)

Depois disso é lance e divulgar isso por e-mail, fazer circular mesmo e tentar

panfletar, mas a prioridade é fecharmos o texto.

Vou modificar esse texto amanhã, depois que sair da aula, hoje to muito, mas vamos

aplicar nossas energias nesse texto pra sair da defensiva. Modem fazer as modificações que

acharem necessárias no que escrevi, sintam-se a vontade.

Abraços,

Agenda de Greve:

DIA XX/XX – Fasubra Aprova Indicativo de Greve;

Dia XX/XX – Fasubra Notifica o Governo;

Dia XX/XX – SINDIFES notifica Reitor do IFMG;

Dia XX/XX – Assembléia de Greve delibera pela deflaração da Greve

Dia XX/XX – Comando Local informa pauta local e convida reitor para negociar

É mais ou menos isso que temos que fazer, pra deixar bem claro

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Greve Ping Pong

A greve é legal?

Ai respondemos a questão

O Governos foi notificado da Greve

Ai respondemos a pergunta

O Reitor foi informado da greve?

Ai respondemos a pergunta

As pautas foram informadas ao Reitor?

Ai respondemos a pergunta

E assim vamos respondendo a tudo.

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Para esclarecimentos das frequentes indagações da categoria a respeito do

movimento paredista dos TAEs do IFMG, importante informar e afirmar que a deflagração da

greve não iniciou sem que houvesse a comunicação à direção do IFMG sobre a deliberação da

plenária nacional da FASUBRA que apontou pela deflagração da greve no dia 17/03. Veja o

arquivo [Anexo I] que faz o comunicado a direção do IFMG. Foram cumpridas todas as

formalidades jurídicas para a deflagração da greve nacional, este processo envolve

comunicação à direção das instituições regulamentadoras de nossa carreira e direções das

unidades filiadas, além da veiculação em mídias de grande circulação.

Ainda, informamos aos TAEs do IFMG que em acordo com deliberação em

assembleia do dia 09 de abril foi encaminhado o ofício negocial para o Reitor do IFMG,

solicitando a formalização da negociação de pauta conforme o arquivo [Anexo II]. Contudo,

não obtivemos respostas por parte do interlocutor da direção, pró-reitor de Administração

Edmar Geraldo de Oliveira.

Reiteramos que o comando de greve sempre esteve aberto ao diálogo e, aguardamos

a resposta da direção do IFMG sobre o oficio negocial já encaminhado e demais outros ofícios

solicitando negociação desde o ano de 2012, frequentemente encaminhados à direção.

O Comando de Greve ainda orienta a mobilização de todos os setores para

participarem do movimento paredista, pois, somente com a luta conseguimos construir nossa

carreira. O medo nunca conquistou nada!

Histórico do Movimento

A construção da pauta interna iniciou-se desde a greve de 2011 onde não houve

adesão da reitoria, mas, percebemos que naquele momento tínhamos muitas dificuldades,

preocupações e distorções na nossa carreira. Filiamos a uma força sindical democraticamente

escolhida em assembleia pelos TAEs, definindo o Sindifes (segunda maior base da FASUBRA)

compondo o grupo das mineiras UFMG, CEFET-MG e UFVJM. Neste momento já tentávamos

diálogo e contato com a direção que em momento eleitoral fez promessas de abertura e apoio

a nossa categoria, mas, nunca cumpriu com a proposta de campanha. Em 2012 participamos

da greve e figuramos dentro da FASUBRA com expressão apesar de sermos pequenos. Essa

greve nos trouxe conquistas e melhorias financeiras na carreira e firmou um acordo de

reestruturação que não foi cumprido, ocasionando a greve deste ano.

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Vivemos um relacionamento, por parte da direção do IFMG, truculento e

intransigente. Trabalhadores sofrendo perseguições, assédio e ameaças e, mesmo assim,

grande parte deste grupo aderiu fortemente a greve de 2012. Por isso, motivamos por meio

deste o entendimento de nossas lutas e reivindicações, pois, os ganhos são para todos e não

há resultado de impacto individual. Mesmo aqueles que em princípio não aderiram ao

movimento receberam os benefícios conquistados pela luta.