O modelo ateniense uma cultura aberta à cidade

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O modelo ateniense

Uma cultura aberta à cidade

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A cultura na Grécia AntigaFator de integração social que

promovia a educação do cidadão para o desempenho de um papel

ativo na vida adulta

EducaçãoManifestações

cívico-religiosas

oráculos festividades teatro jogos

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Manifestações cívico-religiosas - 1 Os oráculos

Demonstram a forte religiosidade dos gregos e a sua grande ligação aos deuses

Constituíam as respostas dos deuses dadas através dos sacerdotes que as transmitiam de forma ambígua, permitindo várias interpretações

Os oráculos eram consultados frequentemente quando existia a necessidade de tomar decisões importantes

Os mais famosos eram os do Templo de Delfos, onde se dirigiam políticos e militares de toda a Grécia

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As festividades Panateneias

Em honra da deusa Atena (protetora da cidade), eram anuais e incluíam atividades musicais, poéticas e desportivas.

As Grande Panateneias (quadrienais) culminavam com uma procissão ao templo da deusa, na Acrópole, onde lhe era oferecido um manto bordado pelas raparigas das melhores famílias da cidade.

Dionísias Em honra do deus Dionísio (deus do vinho), eram anuais,

ocorrendo no mês de março, estando relacionadas com a celebração da primavera.

As cerimónias envolviam sacrifícios, exposição de tributos das cidades aliadas de Atenas e representações teatrais

Manifestações cívico-religiosas - 2

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O teatro É uma importante manifestação cívica de carácter religioso. Tem origem nas festividades das Grandes Dionísias. Representava-se ao ar livre, em construções edificadas para

o efeito. Divide-se em dois géneros:

tragédia – em que se representavam dramas da vida dos deuses e dos heróis e que refletiam a submissão dos homens ao destino determinado pelos deuses. Os principais autores foram Ésquilo, Sófocles e Eurípides.

comédia – em que se ridicularizavam cenas do dia a dia e episódios da política. O principal autor foi Aristófanes

Manifestações cívico-religiosas - 3

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O Teatro (enquanto edificação)

Teatro de Dionísio - Atenas Planta geral de um teatro grego

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Os jogos Organizados para homenagear os deuses, durante a sua

realização faziam-se tréguas para permitir a participação de todos os gregos nos jogos. Constituíam um elemento de união entre todos os gregos. Eram um importante fator de desenvolvimento das manifestações

culturais. Realizavam-se em várias cidades, contudo os mais importantes

eram os de Olímpia (Jogos Olímpicos) e os de Delfos (Jogos Píticos).

O esforço dos atletas era considerado uma forma de homenagear os deuses.

Manifestações cívico-religiosas - 4

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Os Jogos Olímpicos Realizavam-se de quatro em quatro anos em honra de Zeus e do herói

Hércules, seu criador. A sua importância foi tão grande que os gregos datavam os

acontecimentos da sua história a partir de 776 a.C. – data dos primeiros Jogos Olímpicos.

Neles tinham lugar várias modalidades: corridas de carros e cavalos; corridas a pé; luta; pugilato; pancrácio (luta e pugilato) e o pentatlo (conjunto de cinco provas – corrida; lançamento do dardo; lançamento do disco; salto em comprimento e luta). De todas as provas o pentatlo era a mais importante sendo o seu vencedor

considerado um herói. O prémio atribuído aos vencedores era uma coroa de ramos de oliveira.

Obtinham Também o reconhecimento por parte dos seus concidadãos e passavam a ser protegidos pela sua cidade.

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Provas desportivas – alguns exemplos

Corrida de carros - quadriga Pancrácio

Lançamento do disco

Corrida

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Educação - 1 Tinha como objetivo proporcionar uma formação

global aos jovens. As crianças eram criadas pelas mães até, aos 7 anos,

no Gineceu. A partir dos 7 anos as raparigas continuavam no

Gineceu, enquanto os rapazes passavam a frequentar a escola, até aos 14 anos, sendo acompanhados por: Um pedagogo – escravo culto que controlava a educação Um gramático – ensinava leitura, escrita e cálculo. Um pedótriba – responsável pela educação física e preparação do

corpo. Um citarista – encarregue do canto, música e poesia.

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A partir dos 14 anos os rapazes passavam a frequentar o ginásio, onde se dedicavam a uma forte preparação física, aprendiam matemática e filosofia.

O desenvolvimento da democracia e da participação na política levou ao aparecimento dos sofistas – indivíduos que se faziam pagar para transmitirem conhecimentos de gramática, retórica e dialética.

A educação completava-se com a participação na vida cívica da cidade.

Educação - 2

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A arte - arquitetura O racionalismo e humanismo gregos refletiram-se na

arquitetura através da procura do equilíbrio, da harmonia e da proporção.

A arquitetura incluiu a construção de templos (as construções mais importantes); estádios; teatros e pórticos. O templo grego

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Arquitetura – ordens arquitetónicas

Dórica Jónica Coríntia

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Dórica – colunas com arestas vivas, que assentavam diretamente no estilóbato, sem base. O capitel era simples; o friso era dividido em métopas e tríglifos. Os templos tinham um aspeto robusto.

Jónica – colunas de arestas vivas que assentavam numa base. O capitel tinha volutas; o friso era contínuo. Os templos eram elegantes e graciosos.

Coríntia – era uma variante da jónica. Tinha um capitel decorado com folhas de acanto. As colunas podiam ser substituídas por figuras femininas (cariátides) ou masculinas (atlas)

Arquitetura – ordens arquitetónicas - características

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O Pártenon – expoente da arquitetura

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Apresenta o humanismo e o ideal de beleza e perfeição. Os escultores gregos procuravam a beleza física ideal,

valorizando o corpo humano e procurando a perfeição (idealismo)

Representa deuses, heróis ou atletas, tendo sempre como temática a figura humana.

Respeita o cânone (regras de proporcionalidade), que surge com o Dorífero, de Policleto.

Por sua vez o Discóbolo, de Míron, consegue captar o movimento do lançador do disco, através do relevo dos músculos.

No final do séc. IV a.C. surge o naturalismo (representação real do corpo, com perfeições e defeitos, alegrias e tristezas.

A arte - escultura

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Dois marcos na escultura:

Policleto, O Dorífero c.450 a.C. Míron, O Discóbolo c. 450 a.C.