O mundo!
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O mundo!
Profº Cristóvão Gomes
Primeiros questionamentos:
Quem somos?
De onde viemos?
Pra onde vamos?
Como surgiu tudo: O universo, a vida, o ser humano?
De que se constituem as coisas: matéria, energia, espírito ou algo mais?
Explicações de mundo:
Mitos e sistemas religiosos.
Astrofísica.
Biologia.
Ciências.
Cada uma dessas concepções levantou uma nova questão, um problema do mundo ou da realidade.
Metafísica: a busca da realidade essencial.
Investigar o mundo em que vivemos é uma experiência humana básica e necessária para nossa adaptação à realidade, à vida, à existência.
Ex: um bebê em seu berço.
A filosofia e a ciência tem o papel de manter essa dinâmica de questionamentos e descobertas, indagando de maneira metódica e racional o que é esse mundo que nos envolve.
Na filosofia as investigações mais radicais sobre o mundo e a realidade pertencem a metafísica.
O que é metafísica?
Trata-se de uma investigação que tem mais especificamente o ser por objeto de estudo.
A metafísica é a busca da realidade fundamental das coisas ou de tudo, ou seja, sua essência. É a tentativa de saber como as coisas são de verdade, livres das aparências. É a ciência do ser enquanto ser.
O que é o ser:
Ser é um termo genérico usado para se referir a qualquer coisa que é, qualquer coisa que existe.
Ex: um homem, uma mulher, um pássaro, uma pedra.
Nesse caso o termo mais adequado e específico seria ente(possuem características próprias e distintas), ou seja, elas tem algo que é inerente, intrínseco, essencial, que as constitui e determina.
O ser pode ser definido como aquilo que uma coisa (um ser ou ente) é ou tem, que lhe é próprio e que não depende de outros seres ou de quaisquer circunstâncias para ser. A coisa em si!
O ser enquanto ser é o estudo daquilo que existe em seus termos mais essenciais e absolutos.
Problemas da realidade:
Distintas intuições do mundo levaram a distintas reflexões sobre a natureza fundamental da realidade. Os filósofos procuraram encontrar a essência da realidade (ou do ser), suas causas e propriedades fundamentais.
Os filósofos gregos antigos foram os primeiros a procurar descobrir não apenas a origem de cada ser ou de tudo o que existe, mas também seu propósito, sua finalidade.
Sobre a constituição de cada coisa e se havia uma relação, uma ordem ou uma hierarquia entre tudo o que existe. outros observaram os processos na realidade como: crescimento e envelhecimento, vinculados com o passar do tempo.
Substância:
A palavra substancia vem do latim substantia, que significa o que está ou percebe sob, por debaixo, isto é, suporte, sustentáculo.
É aquilo que é intrínseco, fundamental, essencial nas coisas, é sua característica própria.
Não se trata da substância como a entendemos hoje, ou seja, uma entidade material qualquer. Ex: leite, cal. Que pode ser concebido física ou quimicamente. Ex: cálcio ou óxido de cálcio.
Na metafísica, especula-se a respeito da substancia de qualquer coisa: dos corpos, dos pensamentos, das palavras ou mesmo de Deus.
É o substrato ou suporte fundamental de um ser, aquilo sem o qual ele não é. Nesse sentido, substancia equivale a essência.
A substância de um ser é a realidade necessária e constante desse ser.
Acidente:
O conceito de substancia opõe-se ao de acidente, pois este se refere àquilo que faz parte de um ser, mas sem o qual o ser continua sendo, não descaracteriza-se o ser por sua falta.
Ex: o tamanho grande de um triangulo é um acidente, pois o triangulo não precisa ser grande para ser triângulo.
Devir ou vir a ser:
Todo ser deve ter uma substância, uma realidade necessária constante, uma permanência nas coisas, aquilo que não varia. Ex: os três lados de um triangulo, a brancura do leite...
Alguns filósofos primeiramente Heráclito, focaram sua atenção na mudança, nesse caso, em vez de realizar uma reflexão sobre o ser, desenvolveram uma sobre o vir a ser.
Vir a ser ou devir são termos sinônimos que se referem ao processo de transformação dos seres e das coisas, ao conjunto de mudanças que se manifestam a medida que o tempo evolui. Nesse caso a essência da realidade seria a impermanência.
Causa e causalidade:
Quando olhamos o mundo e seus fenômenos para procurar entende-los, também tendemos a perguntar o por quê?, e estamos investigando as causas, ou em metafísica as causas primeiras, fundamentais.
ARISTÓTELES... “ Não acreditamos conhecer nada antes de ter apreendido cada vez o seu por quê (isto é, apreendido a primeira causa)”
Aristóteles distinguia quatro tipos de causa:
A causa material (aquilo do qual é feita alguma coisa, a argila, por exemplo);
A causa formal (a coisa em si, como um vaso de argila);
A causa eficiente (aquilo que dá origem ao processo em que a coisa surge, como as mãos de quem trabalha a argila);
A causa final (aquilo para o qual a coisa é feita, cite-se portar arranjos para enfeitar um ambiente).
Causa e efeito seriam, portanto, fenômenos ou acontecimentos que estão vinculados por uma relação de causalidade, isto é de influência da primeira (a causa) sobre o segundo (o efeito).
O princípio de causalidade sustenta que todo fenômeno ou acontecimento tem uma causa.
O princípio de causalidade acabou tornando-se um dos princípios fundamentais do pensamento moderno e contemporâneo, especialmente nas ciências.
Fim e finalismo:
Podemos dizer que nos perguntamos o para quê das coisas quando buscamos o fim das mesmas. Qual o objetivo dos acontecimentos, das ações de cada um.
O finalismo é uma doutrina filosófica em que se busca o fim ultimo da existência humana, dos acontecimentos, das coisas ou do universo, funciona como um princípio explicativo para a existência, a organização, e as transformações dos seres.
As concepções finalistas e teleológicas são muito comuns nas religiões e praticamente ignoradas nas ciências. Já na filosofia ganha destaque em questões ligadas à ética e ao ser humano e sua existência.