O Mundo de Rep – Gilberto...

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1 PROJETO DE LEITURA Autor: Gilberto Dimenstein Título: O Mundo de Rep Ilustrador: Marcello Araujo Formato: 13,5 x 20,5 cm N o de páginas: 32 Elaboração: Shirley Bragança Ficha Gênero: ficção infantil Palavras-chave: respeito mútuo, escola, construção do saber no coletivo Temas transversais: pluralidade cultural, ética Interdisciplinaridade: História, Matemática e Artes Quadro sinóptico P P PR R RO O OJ J JE E ET T T O O O D D DE E E L L LE E EI I IT T TU U UR R RA A A Gilberto Dimenstein, jornalista e escritor com- prometido com a edu- cação, atua em dife- rentes áreas: é colunista e membro do Conse- lho Editorial da Folha de S.Paulo , comentarista da TV Futura e da rádio CBN, e diretor pe- dagógico da Cidade Escola Aprendiz . Este último é um portal criado por ele, em que é possível encontrar notícias, agenda, guia de profissões, lista de links divididos por carreiras, indicação de sites úteis na pesquisa escolar, revistas, colu- nas, testes, simulados e, entre outras in- formações, um guia de empregos. Algumas de suas reportagens sobre violência contra crianças alcançaram repercussão internacional e lhe conferi- ram vários prêmios de jornalismo: dois prêmios Esso, dois Líbero Badaró de Imprensa e o prêmio Criança e Paz, do Unicef. Dimenstein publicou vários li- vros pela Editora Ática, entre os quais se destacam: Cidadão de Papel (Prêmio Jabuti, 1993), Aprendiz do Futuro, Me- ninas da Noite e, mais recentemente, a Coleção Cidadão-Aprendiz, em parce- ria com Heloísa Prieto. O autor Renato Paulo (Rep) é uma criança cria- tiva, comunicativa, que gosta de misturar coisas e que apresenta dificuldades para se adaptar ao projeto pedagógico da escola, pois não valoriza certos saberes. Suas notas estão sempre abaixo da média e, por mais que ele se esforce, não acompanha o pa- drão exigido pela instituição. Seus pais são chamados pela direção da escola para so- lucionar o problema. Rep fica na expecta- tiva de ter de mudar de escola por causa do seu desempenho nas disciplinas. Essa situação causa desconforto na família e no garoto, que vive uma grande frustração. Os amigos de Rep, vendo seu sofrimen- to, tentam animá-lo e convidam-no para um programa diferente. Ele é, então, apresentado ao Sr. José Carlos, proprie- tário de uma “oficina da imaginação”, onde várias coisas se transformam. Lá é permitido inventar de tudo, com qual- quer material. Brincando de ser cientista, todos se divertem e participam dos in- ventos propostos por eles mesmos. Nesse ambiente – e por causa dele –, Rep desenvolve uma nova percepção das coisas e das pessoas que o cercam, esta- belecendo relações entre elas. Ele faz, as- sim, uma nova leitura de si e dos outros, a qual interfere positivamente em seu de- sempenho escolar. >> Resenha >> O Mundo de Rep – Gilberto Dimenstein 10 anos INDICAÇÃO: leitor fluente: ensino fundamental a partir de

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PRO

JETO

DE

LEIT

URA

Autor: Gilberto Dimenstein

Título: O Mundo de Rep

Ilustrador: Marcello Araujo

Formato: 13,5 x 20,5 cm

No de páginas: 32

Elaboração: Shirley Bragança

Ficha

Gênero: fi cção infantil

Palavras-chave: respeito mútuo, escola, construção do saber no coletivo

Temas transversais: pluralidade cultural, ética

Interdisciplinaridade: História, Matemática e Artes

Quadro sinóptico

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Gilberto Dimenstein, jornalista e escritor com-prometido com a edu-cação, atua em dife-rentes áreas: é colunista e membro do Conse-lho Editorial da Folha de S.Paulo, comentarista da TV Futura e da rádio CBN, e diretor pe-dagógico da Cidade Escola Aprendiz. Este último é um portal criado por ele, em que é possível encontrar notícias, agenda, guia de profi ssões, lista de links divididos por carreiras, indicação de sites úteis na pesquisa escolar, revistas, colu-nas, testes, simulados e, entre outras in-formações, um guia de empregos.Algumas de suas reportagens sobre violência contra crianças alcançaram repercussão internacional e lhe conferi-ram vários prêmios de jornalismo: dois prêmios Esso, dois Líbero Badaró de Imprensa e o prêmio Criança e Paz, do Unicef. Dimenstein publicou vários li-vros pela Editora Ática, entre os quais se destacam: Cidadão de Papel (Prêmio Jabuti, 1993), Aprendiz do Futuro, Me-ninas da Noite e, mais recentemente, a Coleção Cidadão-Aprendiz, em parce-ria com Heloísa Prieto.

O autorRenato Paulo (Rep) é uma criança cria-

tiva, comunicativa, que gosta de misturar coisas e que apresenta difi culdades para se adaptar ao projeto pedagógico da escola, pois não valoriza certos saberes. Suas notas estão sempre abaixo da média e, por mais que ele se esforce, não acompanha o pa-drão exigido pela instituição. Seus pais são chamados pela direção da escola para so-lucionar o problema. Rep fi ca na expecta-tiva de ter de mudar de escola por causa do seu desempenho nas disciplinas. Essa situação causa desconforto na família e no garoto, que vive uma grande frustração.

Os amigos de Rep, vendo seu sofrimen-to, tentam animá-lo e convidam-no para um programa diferente. Ele é, então, apresentado ao Sr. José Carlos, proprie-tário de uma “ofi cina da imaginação”, onde várias coisas se transformam. Lá é permitido inventar de tudo, com qual-quer material. Brincando de ser cientista, todos se divertem e participam dos in-ventos propostos por eles mesmos.

Nesse ambiente – e por causa dele –, Rep desenvolve uma nova percepção das coisas e das pessoas que o cercam, esta-belecendo relações entre elas. Ele faz, as-sim, uma nova leitura de si e dos outros, a qual interfere positivamente em seu de-sempenho escolar. >>

Resenha

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O Mundo de Rep – Gilberto Dimenstein

10anos

INDICAÇÃO:

leitor fl uente:

ensinofundamental

a partir de

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Essa percepção nova do personagem é incentivada por uma professora nor-destina, recém-contratada, que traba-lha os conteúdos de forma interdisci-plinar, ou seja, promovendo conexão entre os saberes, valorizando e poten-cializando o que cada aluno é capaz de fazer. Por meio dessa proposta de trabalho, Rep descobre suas raízes. Ele desenvolve uma pesquisa sobre a sua família e antepassados, o que lhe per-mite o entrecruzamento de vários con-teúdos: formação do povo brasileiro, cultura, sincretismo religioso etc. Rep fi ca encantado com a nova professora e, juntos, transformam a escola.

Gilberto Dimenstein propõe, nesta obra, uma discussão sobre temas sérios referentes ao espaço escolar; e faz isso empregando uma linguagem fl uente e dialógica, que permite ao leitor um envol-vimento maior com o livro.

Um dos temas abordados, por exem-plo, é a prática de leituras realizadas nas escolas. Com base na pedagogia tradi-cional, essas leituras excluem a parti-cipação dos alunos nas decisões sobre processo, método, tempo e ritmo; para eles, resta apenas o cumprimento de etapas e tarefas predeterminadas pelos gestores e professores.

A obra questiona esse tipo de trabalho por acreditar que ele contribui, em grande parte, para a reprodução da desigualdade, pois o saber é fragmentado e os alunos são classifi cados em “capazes” e “incapa-zes”, segundo o domínio que apresentam ou não das disciplinas ministradas. Essa refl exão leva o leitor a valorizar a escola, pois ela ainda é uma instituição democrá-tica, em que as crianças adquirem voz; um espaço de oportunidades (aproxima do leitor os bens culturais por meio de pas-seios em feiras de livro, idas ao cinema, visitas a museus e outras atividades afi ns); uma instituição de credibilidade, porque, mesmo de maneira tímida, mostra resul-tados que transformam pessoas.

Por ter essa importante representação na sociedade, torna-se necessário o for-

Conversa com o professortalecimento dessa instituição perante a co-munidade, o que pode ser feito por meio de debates sobre uma obra literária.

É sob essa perspectiva que O Mundo de Rep nos leva a refl etir sobre um dos nossos maiores desafi os: educar contra a barbárie. É preciso mostrar à comuni-dade que somos feitos de pluralidade, que somos constituídos na diferença e que um trabalho efi ciente se faz com a contribuição de todos. Para tanto, faz--se necessário construir uma escola sob a perspectiva de humanização, de res-gate de experiências, de conquista da capacidade de ler o mundo, que quei-ra escrever uma história coletiva, apro-priando-se das diferentes formas de produção da cultura.

Precisamos de escolas e espaços de educação capazes de fazer diferença; precisamos mostrar na mídia outros modelos de educação e outros mo-dos de ser criança que também exis-tem. Espaços onde o velho sentido de eliminação do outro combinou-se de modo perverso com as novas técnicas de propaganda, persuasão e consumo. Retomemos e aprofundemos a dimen-são cidadã da ação educativa e cultural (KRAMER, 2000).

Resenha

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A obra de Gilberto Dimenstein con-duz o leitor a questionamentos sobre assuntos que necessitam ser discutidos pela comunidade escolar e instituições afi ns, com aprofundamento crescente, na perspectiva da construção da socie-dade que queremos ter. Essas refl exões são realizadas com o diálogo que o texto estabelece com outros textos e contex-tos. “Um texto sempre se relaciona com outros produzidos antes ou depois dele: não há como ler fora de uma perspecti-va interdiscursiva” (KRISTEVA).

O interdiscurso na obra se dá através de links, feitos por conexão temática, por meio do personagem-narrador Re-nato Paulo, que critica as estratégias de leitura adotadas pela escola e o modelo de leitor ditado por ela. Renato Paulo, então, não se conforma com essas nor-mas e cria sua própria trilha, fazendo com que as leituras tenham sentido para ele, ampliando, assim, o seu universo e o seu crescimento como pessoa.

Esse autoconhecimento é construído e potencializado com a colaboração dos amigos, por meio da partilha de expe-riências vividas. Dessa forma, os amigos identifi cam e valorizam os saberes de Renato Paulo, incentivando-o na sua habilidade em misturar coisas, acres-centando essa criatividade às brincadei-ras realizadas pela turma.

A sua mania de mesclar coisas invade,

Comentários sobre a obratambém, o mundo das palavras, que se torna um dos passatempos preferidos de Renato. Seu prazer está em misturá-las, transformá-las, gerando expectativas e novos signifi cados para quem lê. Foi o que fez com o seu nome e o de seus ami-gos: Renato Paulo virou Rep; o cachorro vira-lata, Rali; a sua amiga Suely Shimada Rodrigues, Sushi; o amigo Cláudio Inácio Correa, Clic; a professora recém-contra-tada Noêmia Camargo, Noca.

Analisando os apelidos das persona-gens, percebemos ligações externas e podemos fazer inferências. Rep, por exemplo, nos permite fazer uma alusão ao gênero musical Rap, que é marcado pelo protesto e pela luta contra as injus-tiças sociais por meio de letras de músi-ca que criticam a sociedade. Esse gêne-ro tem uma batida rápida e acelerada, e a letra vem em forma de discurso, com muita informação e pouca melodia. A aproximação por meio de trocadilho, feita pelo leitor, aumenta a carga sig-nifi cativa do termo, levando o leitor a refl etir sobre a maneira de ser de Rep. Ele era um aluno inconformado, que se sentia desconfortável no ambiente es-colar por não se sentir parte daquela co-munidade. “Eu até me esforçava, mas não conseguia prestar atenção nas au-las. Minha cabeça voava. Depois, tudo ia se complicando. Como não entendia as coisas do início, as aulas fi cavam cada

vez mais difíceis. Aí eu perdia o ânimo de vez. Me achava meio burro, sem ca-pacidade de aprender” (p. 3).

Essa discussão é ampliada dentro do texto, à medida que são inseridos os personagens Sushi, descendente de orientais, e Clic, um garoto negro. Am-bos representam a diversidade cultural existente na escola, que é, muitas vezes, desconsiderada por ela. O apelido dado a Suely é muito sugestivo; o leitor ime-diatamente faz um link com a cultura japonesa, pois o termo faz referência a uma das iguarias gastronômicas dessa cultura. O amigo Clic ganhou esse apeli-do porque passa horas na frente do com-putador, fazendo o que ele mais gosta: inventar jogos para a internet. O apelido Clic é onomatopeico e tem estreita re-lação com o ato de apertar o botão do mouse, por exemplo: “Clique no menu”. O garoto é muito tímido e, assim como Rep, também se sente diferente na esco-la, porque ela é um espaço “onde quase todos os alunos são brancos” (p. 9). “Os meninos sempre implicaram com ele. Eu o defendia, mas, como sou meio fraco, também levava uns empurrões” (p. 9).

Ao longo da narrativa, outros temas são abordados, o que possibilita uma rica dis-cussão em sala de aula sobre eles, visan-do à construção de uma sociedade que valorize o outro, a coletividade e a plura-lidade cultural.

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AAASSS • Amplie a capa do livro de forma que

todos os seus detalhes possam ser identifi cados pelos alunos. Não mos-tre, por enquanto, o título do livro.

• Peça aos alunos que observem os detalhes. Em seguida, peça a eles que descrevam o que veem. Quem são essas pessoas? Qual a idade que elas aparentam ter? O que os alunos acham das roupas que eles usam? Extravagantes? Modernas? O que a garota está usando na ca-beça? Qual o animal que está retra-tado? Qual a leitura de relaciona-mento que podemos fazer em rela-ção a essas pessoas?

• Do que se trata, afi nal? De um livro? Quais os elementos que caracterizam esse objeto como um livro?

• Apresente o título do livro. O que ele sugere?

• Faça um breve comentário sobre o autor.

Preparando a leitura• Chame a atenção dos alunos para as

características do avô José Carlos. O que ele apresenta de diferente dos avós que você conhece?

• Compare a avó D. Benta (persona-gem do Sítio do Pica-Pau Amarelo, de Monteiro Lobato) com o avô José Carlos. O que os dois têm em co-mum? Quais as diferenças?

• Proponha uma leitura compartilhada em sala de aula de um capítulo qual-quer, com a participação de vários alunos.

• Compare os tipos de discurso apre-sentados no capítulo “Ofi cina da ima-ginação”.

• Explore a ilustração da página 3. Debata com os alunos as possíveis leituras que podem ser feitas daque-las imagens. Em seguida, peça que eles leiam a página 3 e, junto com as crianças, estabeleça as relações entre texto e imagem.

Trabalhando a leitura

Tema: ESCOLA EM ALERTASendo a escola a mais importante insti-

tuição na introdução do aluno nas práti-cas de leitura e escrita, a discussão sobre ela torna-se um tema importante, pois, de acordo com os Parâmetros Curricu-lares Nacionais (PCNs), ela tem a função de desenvolver um projeto de educação comprometida com o desenvolvimento de capacidades que permitam intervir na realidade, a fi m de transformá-la.

Nesse sentido, propomos uma ativida-de que abrirá espaço para vários ques-tionamentos e refl exões sobre a institui-ção. A intenção é fortalecer laços entre os profi ssionais de educação e a comu-nidade escolar, visando a corroborar a sua credibilidade na sociedade.sua credibilidade na sociedade.

Primeiro momento• Pergunte aos alunos do que eles gos-

tam e do que eles não gostam na escola. Elabore uma lista com duas colunas (gosto/não gosto) e anote a resposta dos alunos. Deixe a lista exposta num lugar visível na sala de aula.

• Com base nesse material, promova a semana da “Escola em Alerta”. Nes-sa atividade, serão apresentadas as opiniões dos alunos sobre a escola. Por meio de um boletim de notícias ou de um blog, os seguintes gêneros deverão ser abordados: notícia, arti-go de opinião e comentários, como também uma seção de passatempo.

TOME NOTA:Blog – vem da abreviação de web-

log: web (tecido, teia, também usada para designar o ambiente de inter-net) e log (diário de bordo). >>

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Explorando a leitura

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GRUPO 1: notícias – O grupo fi cará res-ponsável pela elaboração dos textos, infor-mando o tipo de trabalho que foi proposto, o livro lido, os profi ssionais envolvidos, a re-alização das atividades e seus resultados.A produção de texto deverá seguir os ele-mentos constitutivos de um texto noticioso, ou seja: predominância da função referen-cial da linguagem (a preocupação é infor-mar); linguagem concisa, objetiva (o redator precisa se preocupar em informar o leitor sobre o que está acontecendo e limitar suas emoções e opiniões); relato em 3.a pessoa; as frases devem ser curtas, de estrutura ca-nônica (sujeito-verbo-complemento).

GRUPO 2: artigo de opinião – Produção de texto sobre um dos pontos (positivo/ne-gativo) levantados anteriormente.

GRUPO 3: seção “Desabafo” – Nesta seção, serão publicadas frases de impacto, criativas, divertidas e/ou irônicas sobre os aspectos da escola. Lembre-se de identifi car o autor da frase, a série e a turma em que está.

GRUPO 4: blogs (caso a escola tenha com-putador) – Baseando-se no levantamento feito, promova a produção de texto para ser veiculado na internet.

GRUPO 5: rap – Elaboração de letra de música para o gênero proposto.

GRUPO 6: passatempos – Elaboração e/ou adaptação de jogos e brincadeiras (cruzadi-nhas, jogo dos 7 erros, adivinhas, quebra--cabeças etc.). Seguem sugestões no fi nal do suplemento.

Impressão e diagramação – De posse do material, o professor providenciará a dia-gramação, a formatação e as cópias em xe-rox do boletim informativo, que deverá ser distribuído à comunidade escolar. >>

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Notícia é a informação exata e opor-tuna dos acontecimentos, opiniões e assuntos de todas as categorias que interessa aos leitores. A notícia se afi r-ma como verdadeira: não argumenta, não sustenta hipóteses, não conclui (FARIA: 2000).

Artigo de opinião: texto jornalístico interpretativo e opinativo mais ou me-nos extenso que desenvolve uma ideia ou comenta um assunto com base em determinada fundamentação. Geral-mente assinado (RABAÇA: 2001).

• Informe aos alunos as características do(s) suporte(s) textual(is) – boletim informativo e blog – em que serão veiculadas as notícias e os artigos de opinião elaborados pelos alunos.

Segundo momento• Divida a turma em grupos com as seguintes funções:

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Charadinhas cruzadasResponda às perguntas das charadi-nhas abaixo e preencha as cruzadi-nhas. Divirta-se!1. Qual a fl or que mais se alimenta?2. Qual a pedra que boia na água? 3. O que desce o poço cantando e sobe chorando? 4. Qual a parte do corpo humano que dá fruta? 5. Como um chato precisa ser para não molhar os pés? 6. Qual o maior verso que há? 7. O que é que nasce grande e morre pequeno? 8. Qual é a primeira coisa que o boi faz quando sai ao sol? >>

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1. Providencie um espaço que comporte os convidados de maneira confortável: ca-deiras espalhadas de acordo com o nú-mero de pessoas convidadas; mesas para exposição de cada etapa do trabalho; um computador para exibição do blog (caso a escola possua); painel de fotos regis-trando vários momentos do trabalho.

2. Divida a sala em ambientes, exibindo cada etapa do trabalho. Na entrada do local, coloque o nome do evento em destaque e um aluno-recepcionista. Lembre-se da música ambiente (que deve ser agradável).Ambiente 1: exposição da capa do livro ampliada, seguida de breves comentá-rios; biografi a do autor e uma apresen-tação sucinta da proposta de trabalho desenvolvida pela turma. Ambiente 2: painel com fotografi a re-gistrando os momentos de cada etapa do trabalho. Alunos lendo o livro e fa-zendo anotações, a discussão em gru-po, as crianças colhendo informações para a redação das notícias, a escolha do formato do boletim etc.

Ambiente 3: exposição das etapas de elaboração de cada seção do boletim, desde a produção dos vários textos noticiosos, passando pelas frases e os passatempos, até a seleção do material escolhido para a publicação. O modelo do formato e da diagramação do bo-letim. Por último, um boletim em pro-porções bem maiores para destacar o resultado fi nal.

3. Faça convites e distribua-os, com ante-cedência, informando data e local do evento.

4. Realização: os convidados deverão cir-cular pelos ambientes montados, que deverão ter sempre um aluno de plan-tão para esclarecer eventuais dúvidas. No momento adequado, o professor chamará a atenção do público e infor-mará, com alguns detalhes, a proposta da atividade, o envolvimento dos alunos e, no encerramento, agradecerá a cola-boração de todos.

Terceiro momento• Promova o dia do lançamento do boletim informativo, organizando-o da seguinte forma:

PASSATEMPOS – Veja, a seguir, algumas sugestões de brincadeiras, que poderão ser usadas na seção passatempos.

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RESPOSTAS1. Copo de leite2. Pedra de gelo3. Balde4. Maçã do rosto

5. Chato de galocha6. Universo7. Vela8. Sombra

1- C P D E E

H

2- P D A D E O

R

3- B A E

D

4- A A D O S O

S

-

5- C A D E G A A

R

6- U E R

Z

7- V A

D

A

8- S M R

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Caça ao mosquito da dengueA escola é o lugar onde apren-

demos várias coisas. Uma delas é combater o mosquito transmis-sor da dengue, mas isso você já sabe. Agora, neste jogo é dife-rente. Para exterminá-los, você deverá separar cada um deles usando apenas quatro retas.

g-é -á -ê s

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QUER SABER MAIS?Leia também outras obras do autor: Mano Descobre a Ecologia (São Paulo: Ática, 2002) e Mano Descobre a Dife-rença (São Paulo: Ática, 2001).

Site: www.aprendiz.uol.com.br

Vídeos:Escola em Discussão (para professores) – Série de sete programas que enfoca o espaço e o tempo na escola, com des-taque para o planejamento do dia a dia do professor e o aproveitamento dos momentos extracurriculares como opor-tunidades de aprendizagem. Realização: TV Escola/MEC, Brasil, 1997.

Minha Escola (para crianças) – Série de vinte e seis programas que retrata o co-tidiano escolar de crianças de vários paí-ses. Realização: Marathon Production – La Cinquième-Canal J, França, 1997.

Nós na Escola (para professores) – Série de quinze programas que discute ques-tões instigantes para a prática do profes-sor, como a necessidade de trabalhar com a diversidade étnica e cultural, o desafi o de criar um ambiente de ordem sem cair no autoritarismo e a tarefa de possibilitar que as crianças construam suas próprias visões de mundo. Realização: Fundação Roquette Pinto, Brasil, 1989.

Olhar interdisciplinar

ÁREAS DO CONHECIMENTO

Artes – Rep gostava de mistu-rar objetos e palavras. Incenti-ve os alunos a ilustrar algumas páginas do livro, utilizando di-ferentes técnicas e materiais (pequenos retalhos de tecido, areia, ponta de lápis etc.). Em seguida, faça uma exposição.

Matemática – Aproveite a brinca-deira “Caça ao mosquito da den-gue” para explorar conceitos de geometria: ponto, reta e curva.

História – Quem são os meus ances-trais? Por meio dessa pergunta, esti-mule os alunos a pesquisar sua heran-ça cultural e genealógica, assim como Rep fez.

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AN

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TTEEÓÓ

RRIICCOO

Metodologia da InterpretaçãoVivemos em uma sociedade grafocêntrica, embora se saiba que essa posição conferida à palavra escrita não signifi ca exclusividade; não só porque há culturas que dela prescindem, mas também porque, na atualidade, confere-se à imagem uma nova dimensão. Mas isso não impede que nos aproximemos da escrita informativa ou poética – com certo respeito.Com o objetivo de possibilitar a construção da compreensão de diferentes textos, que abordam dos fatos mais simples aos mais complexos, dos mais concretos aos mais abstratos, valemo-nos da metodologia dos três olhares – Metodologia da Interpreta-ção – para auxiliar o ato da leitura. Essa metodologia tem sido vista como uma uni-dade tripartida em compreensão, interpre-tação e aplicação.

Assim, o primeiro momento, o da compre-ensão, quando se faz o primeiro contato com o texto e a apreensão dos seus refe-renciais, corresponderia ao nosso nível de leitura literal, no qual o aluno deverá reco-nhecer os elementos da superfície do texto, como personagens, espaço, tempo. Para isso, faz-se necessário, evidentemente, ter domínio do código da língua portuguesa.

O segundo momento, o da interpretação, quando o aluno, pelo exercício da herme-nêutica, dialoga com o texto, dá-se pela concretização de uma leitura mais apura-da, tendo por base o horizonte de expec-tativa da primeira leitura. Esse momento corresponde, para nós, ao nível da leitura

contextualizada, no qual o aluno deverá interpretar o texto narrativo.

O terceiro momento, o da aplicação, for-mado pelos dois precedentes, é o da re-cepção efetiva do texto, quando há forma-ção de julgamento estético e, com ele, a atualização do texto. Esse momento abar-ca dois níveis de leitura: o nível da leitura crítica, no qual o aluno deverá apreender o discurso temático e ampliar o seu hori-zonte de expectativa, dialogando com ou-tros textos, formadores de sua história de leituras e que abordem o mesmo tema, e o nível da metaleitura, no qual o aluno de-verá ter o domínio do conhecimento, pela apropriação do discurso metalinguístico.

Conceitos e teoria dessa metodologia po-dem ser aplicados à leitura do texto verbal e não verbal, uma vez que ela admite a inter-textualidade e a interdisciplinaridade; enfi m, o dialogismo entre textos de áreas diferen-tes, mas de conteúdos complementares.

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MOMENTOS DO OLHAR

1o MOMENTOOlhar receptivo

2o MOMENTOOlhar mediador

3o MOMENTOOlhar ativo

O que acontece Encontro do leitor com um mundo que não conhece

Encontro do leitor com o mundo signifi cativo

Encontro do leitor com o mundo

novo que agora conhece

O que faz

Uma leitura que apanha os elementos signifi cativos,

sinais, referentes

Uma leitura de diálogo com o texto, por meio

da pergunta e da resposta

Uma leitura de cruzamento do ver e do sentir, do exterior e do interior, ou seja,

cruzar experiências

Como faz Olha e vê Olha, vê, interroga e busca

Olha, encontra, associa, reúne,

interioriza, vê e lê

O que importa

Reconhecer os elementos signifi cativos,

sinais, referentes

O exame da realidade

representada, por meio do

questionamento da busca dos porquês, causas e motivos

A integração do novo que se vê e do antigo que é a experiência

do já visto, fusão de horizontes, ampliação de conhecimento

O que resultaCompreensão

VER-POR--CONHECER

InterpretaçãoVER-E-PENSAR

AplicaçãoVER-PENSAR-LER

Bibliografi a: g

JAUSS, H. R. A História da Literatura como Provocação à Teoria Literária. São Paulo: Ática, 1994.LONTRA, Hilda Orquídea Hartmann (org.). Leitura e Literatura Infantil – Questão do ser, do fazer e do sentir. Ofi cina Editorial do Instituto de Letras da UnB: FINATEC, 2000.ZILBERMAN, Regina (org.). Leitura – Pers-pectivas interdisciplinares. São Paulo: Ática, 1988.

Método dos três olhares à luz da estética da recepção apresentado no quadro a seguir:

Este projeto de leitura está com a Nova Ortografi a conforme o Acordo Ortográfi co da Língua Portuguesa.

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Charadinhas cruzadasResponda às perguntas das charadinhas abaixo e preencha as cruzadinhas. Divirta-se!

1. Qual a fl or que mais se alimenta?

2. Qual a pedra que boia na água?

3. O que desce o poço cantando e sobe chorando?

4. Qual a parte do corpo humano que dá fruta?

5. Como um chato precisa ser para não molhar os pés?

6. Qual o maior verso que há?

7. O que é que nasce grande e morre pequeno?

8. Qual é a primeira coisa que o boi faz quando sai ao sol?

dPassatempo

Nome _________________________________

No ____ Série ________

O Mundo de Rep – Gilberto Dimenstein – Suplemento do aluno

1- C P D E E

H

2- P D A D E O

R

3- B A E

D

4- A A D O S O

S

-

5- C A D E G A A

R

6- U E R

Z

7- V A

D

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Page 13: O Mundo de Rep – Gilberto Dimensteineditoramelhoramentos.com.br/v2/wp-content/themes/melhoramentos/... · Gênero: fi cção infantil Palavras-chave: respeito mútuo, escola, construção

Caça ao mosquito da dengueA escola é o lugar onde aprendemos várias coisas. Uma delas é combater o mosquito transmissor da dengue, mas isso você já sabe. Agora, neste jogo é diferente. Para exterminá-los, você deverá separar cada um deles usando apenas quatro retas.

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O Mundo de Rep – Gilberto Dimenstein – Suplemento do aluno