o Mundo Do Trabalho
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O MUNDO DO TRABALHO
Populao ativa e populao no ativa
Para ter acesso a bens e servios, as pessoas precisam de meios econmicos. Sendo assim, a maioria dos adultos como menos de 65 anos exerce uma profisso de forma a obter um salrio.
Populao ativa: populao que exerce uma atividade remunerada, ou que est temporariamente desempregada (que no exerce uma atividade econmica mas que est em condies de o fazer).
Por outo lado, jovens, idosos e muitas mulheres donas de casa no recebem qualquer salrio pelas suas atividades.
Populao no ativa: populao que no exerce qualquer atividade paga.
Setores de atividade
Como existe uma grande variedade de atividades econmicas, convencionou-se agrup-las em trs setores:
Setor primrio: atividades que obtm ou extraem produtos da Natureza (matrias-prima)
Setor secundrio: atividades que transformam as matrias-primas em novos produtos
Setor tercirio: atividades que prestam servios (apoiam os outros setores e a populao)
Durante sculos a maioria da populao dedicou-se ao setor primrio. Entretanto, a mecanizao e modernizao da agricultura contribuiu para a reduo de mo-de-obra, o que fez diminuir o nmero de pessoas a trabalhar no setor primrio. Atualmente, mais de metade da populao ativa portuguesa trabalha no setor tercirio.
AS PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONMICAS
Setor primrio
As atividades do setor primrio produzem bens que podem ser consumidos. Por isso so designadas atividades produtoras.
AgriculturaA agricultura a atividade mais importante do setor primrio. Em Portugal, a produo fraca e os rendimentos obtidos so poucos, o que tem provocado a diminuio de pessoas a trabalhar nesta atividade.
Como est diretamente relacionada com as condies naturais do clima, do relevo e do solo, apresenta caractersticas e produtos diferentes, consoante a regio do pas onde praticada. Em Portugal foram definidas nove regies agrrias:
Entre-Douro e Minho: produtos hortcolas, batata, centeio, vinho, batata
Trs-os-Montes: azeite, vinho, centeio
Beira Litoral: produtos hortcolas, batata, centeio, arroz
Beira Interior: azeite, batata
Ribatejo e Oeste: produtos hortcolas, tomate, arroz, vinho
Alentejo: tomate, girassol, azeite, centeio, vinho
Algarve: produtos hortcolas, batata, fruta
Aores: vinho, batata, milho, centeio, fruta
Madeira: vinho, batata, milho, centeio, fruta
PecuriaA pecuria criao de animais tem vindo a desenvolver devido ao aumento de consumo de carne e de outros produtos de origem animal (leite, manteiga, queijo, ovos, etc) por parte da populao.
Continua muito ligada agricultura e, como ela, depende das condies naturais. A distribuio das espcies de gado varia conforme a natureza das pastagens:
Litoral Norte: gado bovino
Sul e montanhas do Norte e Centro: gado ovino e caprino
Ribatejo: gado suno
Madeira e Aores: gado bovino
SilviculturaDa silvicultura manuteno, explorao e recuperao da floresta resulta a produo de madeira, cortia, resina e outros produtos que so utilizados como matrias-primas por indstrias como a do mobilirio e a do papel.
PescaDada a situao geogrfica de Portugal, a pesca sempre foi uma das principais atividades dos portugueses. No entanto, atualmente, esta atividade enfrenta graves problemas devido diminuio de reservas de peixe, frota constituda essencialmente por pequenos barcos e antiquados e rendimentos obtidos baixos.
O espao martimo encontra-se repartido pelos diferentes pases. zona reservada a cada uma das naes chama-se Zona Econmica Exclusiva ZEE.
As espcies mais pescadas nas guas portuguesas so a sardinha, o carapau, o polvo, o peixe-espada preto, o atum, a cavala e a faneca.
Setor secundrio
As atividades do setor secundrio consistem na transformao de matrias-primas noutros produtos, sendo por isso tambm designadas de atividades produtoras.
Indstria transformadoraA indstria transformadora a atividade mais importante do setor secundrio. Dela resultam produtos variadssimos, tais como mveis, roupa, calado, produtos alimentares, etc
Existem algumas indstrias que se localizam junto das reas de produo das matrias-primas, como o caso das indstrias de laticnios, madeira, cortia e cimento. No entanto, a maioria das indstrias tarnsformadoras localizam-se no Litoral, sobretudo nas zonas da Grande Lisboa e Grande Porto, pois dispem de muita mo-de-obra e possuem portos martimos que facilitam a chegada de matrias-primas e permitem um rpido escoamento dos produtos para o mercado internacional.
Atualmente, o governo e as autarquias incentivam a instalao de indstrias no interior do pas com o objetivo de criar postos de trabalho em zonas com menor densidade populacional, a fim de evitar o seu despovoamento. Apesar destes apoios, muitas das empresas tm vindo a fechar devido a dificuldades financerias, dificuldade em concorrer com empresas estrangeiras e tambm devido deslocao de empresas para pases onde a mo-de-obra mais barata.
Setor tercirio
As atividades do setor tercirio surgem como apoio aos outros setores e prestam servios populao. Como no tm a finalidade de produzir bens materiais, so designadas de atividades no produtoras.
ComrcioO comrcio a atividade do setor tercirio que emprega o maior nmero de trabalhadores. Consiste na troca de bens entre pessoas, regies e pases e preponderante para a economia de um pas.
No meio rural os espaos de comrcio so pequenos e geralmente cada loja apresenta uma grande variedade de produtos. No meio urbano existem lojas especializadas num tipo de produto e grandes centros comerciais e hipermercados onde se pode encontrar qualquer tipo de produto.
Alm da venda de produtos em espaos prprios, tem vindo a aumentar o comrcio de produtos pela internet, atravs de lojas online, por catlogo, por telefone ou mesmo ao domcilio.
Podemos distinguir dois tipos de comrcio:
Comrcio interno: troca de bens realizado dentro de um pas
Comrcio externo: troca de bens realizado entre pases
Apesar do crescimento das exportaes (venda de produtos ao estrangeiro), Portugal continua a ter um nmero superior de importaes (compra de produtos ao estrangeiro).
SadeEm Portugal todos tm direito proteo de sade atravs de um Servio Nacional de Sade.
Alm de hospitais e outros centros clnicos pblicos (pertencentes ao Estado), existem tambm equipamentos de sade privados, geralmente s acessveis a pessoas com alguns recursos econmicos.
EducaoA Educao tambm um dos servios fundamentais para o desenvolvimento de um pas. As melhorias nesta rea contribuiram para a diminuio do analfabetismo e para o aumento de instruo da populao.
Tal como no caso da Sade, existem centros escolares pblicos e privados.
TransportesNos ltimos anos tem sido feito um enorme investimento no alargamento e na melhoria da qualidade da rede rodoviria e ferroviria, devido sua importncia na deslocao de pessoas e mercardorias. Tambm o transporte areo assume uma grande importncia porque permite a ligao de Portugal Continental s regies autnomas e ao estrangeiro .
Outros serviosO setor tercirio tem vindo a crescer significativamente devido criao de empresas de servios tradicionais, como bancos, seguros, etc, e devido ao surgimento de novas atividades, sobretudo ligadas s telecomunicaes. Este crescimento tem influncia na produo de riqueza de um pas e na oferta de emprego
O LAZER
A ocupao dos tempos livres
Nos momentos em que as pessoas no trabalham tm direito a um tempo de lazer, ou seja, tempo livre que as pessoas ocupam da maneira que mais lhe agrada.
Estes momentos de lazer podem ser aproveitados para praticar atividades desportivas, culturais ou sociais, e dependem da existncia de equipamentos (recintos desportivos, piscinas, teatros, cinemas, museus, etc.) e de instituies (clubes desportivos e associaes culturais) que desenvolvam essas atividades.
Estes equipamentos existem em maior nmero e com maior oferta de atividades no meio urbano, havendo por isso diferenas na ocupao dos tempos livres entre as pessoas do campo e as da cidade. Como no meio rural o acesso a esses equipamentos mais escasso, a maior parte dos tempos livres so ocupados pelo convvio com os amigos, idas ao caf, jogos em grupo, atividades ao ar livre como a caa, participao em grupos corais, ranchos, etc. Neste meio d-se tambm muita importncia s festas tradicionais: feiras, romarias ou arraiais.
Turismo
Nas frias as pessoas tm mais tempo livre e muitas aproveitam para fazer turismo, ou seja, conhecer espaos diferentes atravs de viagens ou passeios. O turismo pode ser feito dentro do prprio pas ou para o estangeiro.
Devido s suas condies geogrficas e climticas, Portugal um pas que atrai muitos turistas estrangeiros.
Em Portugal, os principais tipos de turismo so:
Balnear: muitas pessoas so atradas pelas inmeras praias existentes ao longo da costa portuguesa, sobretudo no vero, poca de ms seco (cuja precipitao igual ou menor que o dobro da temperatura nesse ms)
Cultural: mais frequente nos centros urbanos, relaciona-se com a visita a monumentos, museus ou centros histricos
De montanha: nas regies de maior altitude possvel fazer caminhadas pela Natureza e praticar desportos radicais no inverno
Rural: para quem procura um maior contato com a natureza, ar puro e sossego
Termal: existem nascentes de gua que atraem milhares de turistas devido s suas propiedades curativas
Religioso: muitas pessoas deslocam-se ao nosso pas para visitar santurios ou outros locais de culto
O nmero de chegada de turistas estrangeiros tem vindo a aumentar em Portugal, provocando a entrada de dinheiro estrangeiro, o desenvolvimento de muitas regies e o aumento de emprego. Sendo assim, o turismo uma das atividades mais importantes do setor tercirio pelo desenvolvimento que provoca e pela entrada de receitas. No entanto, a construo de unidades hoteleiras, restaurantes, cafs, bares, estradas, tem tido um impacto negativo no ambiente, com a alterao da paisagem e aumento da poluio em reas que tinham pouca interveo humana.
IMPORTNCIA DAS REAS DE PROTEO DA NATUREZA
Preservao da natureza
O aumento da poulao e do turismo tem provocado a humanizao da paisagem, ou seja, modificao da paisagem atravs da interveno do Homem, atravs da ocupao excessiva de territrios para construo, do abate de rvores, da pesca e caa sem controlo, colocando assim muitas vezes espcies animais e vegetais em risco de extino.
Sendo assim, tornou-se necessrio tomar medidas para proteger certas zonas do pas a fim de preservar a natureza, a sua fauna e a sua flora. Foram criadas, portanto, reas protegidas pelo Estado em que qualquer alterao do meio carece de autorizao. As reas protegidas so constitudas pelos parques naturais e reservas naturais.
OS TRANSPORTES E AS COMUNICAES
Acessibilidade de pessoas, bens e ideias
Hoje, os transportes e comunicaes atingiram um tal desenvolvimento que tudo se tornou mais fcil e rpido. Pases e populaes encontram-se cada vez mais prximos, assim como Portugal est mais prximo da Europa e do resto do mundo.
TransportesAtualmente, a comunicao de pessoas e mercadorias pode fazer-se atravs de vrios meios de transporte:
Terrestres:
Rodovirios: circulam pelas estradas
Ferrovirios: circulam pelos caminhos-de-ferro
Aquticos:
Martimos: circulam pelo mar
Fluviais: circulam pelos rios
Areos: circulam pelo ar
Na escolha do meio de transporte mais adequado, deve-se ter em conta alguns aspetos importantes. No caso da deslocao de pessoas, deve-se ter em conta sobretudo o custo e tempo da viagem e o conforto que lhes proporcionado. Em relao ao transporte de mercadorias, deve-se ter em conta aspetos como o tipo de carga, tempo, custo e distncia.
Transportes rodovirios: podem transportar cargas pequenas e mdias, o custo mdio e tem a vantagem de chegar a quase todos os locais
Transportes ferrovirios: podem transportar cargas maiores, o custo baixo, mas servem apenas alguns locais
Transportes martimos: podem transportas cragas grandes e volumosas a grandes distncias e a custo baixo, mas so lentos
Transportes areos: so muito rpidos, percorrem todas as distncias, mas no transportam cargas grandes e o custo muito elevado
ComunicaesTambm hoje a informao tem maior facilidade de circulao e faz-se atravs de vrios meios de comunicao:
Escrita:
Livros, jornais, revistas, etc
distncia:
Telgrafo, telefone, rdio,televiso, telefax, internet, etc
Outros:
Cinema, vdeo, etc
Hoje, possvel comunicar facilmente com uma pessoa que esteja em qualquer parte do mundo, atravs de aparelhos de telecomunicao, ou seja, meios que permitem, atravs de processos eltricos, a comunicao distncia.
A troca de ideias e conhecimentos maior entre os vrios pases, fazendo com que as fronteiras faam cada vez menos sentido, dado que as vrias partes do mundo esto em permanente comunicao.
ESPAOS EM QUE PORTUGAL SE INTEGRA
Unio Europeia
Em 1957, seis pases europeus formaram a Comunidade Econmica Europeia. Mais tarde, outros pases aderiram esta comunidade, que passou a chamar-se Unio Europeia, pois os seus objetivos deixaram de ser apenas econmicos mas tambm polticos, culturais, sociais e ambientais.
Os principais objetivos da Unio Europeia so:
Livre circulao de pessoas e mercadorias
Circulao de uma moeda nica o Euro
Criao de polticas comuns
Ajuda aos pases em dificuldades
Programas de intercmbio de estudantes
Defesa da liberdade
Portugal aderiu a esta comunidade em 1986.
Organizao das Naes Unidas (ONU)
Portugal faz parte ainda da Organizao das Naes Unidas, fundada em junho de 1945, aps a Segunda Guerra Mundial.
Os principais objetivos da Organizao das Naes Unidas so:
Procurar resolver pacificamente os conflitos internacionais, de forma a manter a paz no mundo
Desenvolvera cooperao internacional a nvel econmico, social, cultural e humanitrio
Promover o respeito pelos diretos humanos
Comunidade dos Pases de Lngua Portuguesa (CPLP)
Em 1996, criou-se a Comunidade dos Pases de Lngua Portuguesa de forma a reforar a cooperao entre os pases onde se fala portugus. Todos os membros desta comunidade j foram colnias portuguesas e agora so naes independentes.