“O Nordeste é Aqui”: a cultura Nordestina em São...

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Ano XIII - Nº 163 Março de 2018 Rosangela Lopes Rua Dom José de Barros, 99 - Centro Esquina com a Barão de Itapetininga aloby.com.br O melhor em comida vegetariana no Centro (11) 3256-7909 Em DEZEMBRO, aberto nos domingos 03, 10 e 17. Exposição “Tom Zé 80 Anos”, na Caixa Cultural SP Pág. 11 Ulisses Dumas “O Nordeste é Aqui”: a cultura Nordestina em São Paulo. O evento é realização de ‘Os Juazeiros Eventos’ e Centro Cultural Olido, com apoio da Geopark Cariri, Centro Social Padre Cícero Romão e Centro de Tradições Nordestinas. Pág 3

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Ano XIII - Nº 163Março de 2018

Rosangela Lopes

Rua Dom José de Barros, 99 - CentroEsquina com a Barão de Itapetininga

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O melhor em comida vegetariana no Centro

(11) 3256-7909Em DEZEMBRO, aberto nos domingos 03, 10 e 17.

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Exposição “Tom Zé

80 Anos”, na Caixa

Cultural SP

Pág. 11

Ulisses Dumas

“O Nordeste é Aqui”: a cultura Nordestina em São Paulo.

O evento é realização de ‘Os Juazeiros Eventos’ e Centro Cultural Olido, com apoio da Geopark Cariri, Centro Social Padre Cícero Romão e Centro

de Tradições Nordestinas. Pág 3

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2 SP - Março de 2018

Vd. Nove de Julho, 160 - 5º , Cj. 57 - CEP 01050-060 - Tels.: (11) 3255-1568 / www.jornalcentroemfoco.com.br e-mail: [email protected] - Edição: Carlos Moura - DTR/MS 006 - Colaboração: Cecília Queiroz - Edição de Arte: Binho Moreira

Tiragem: 20 mil exemplares - Distribuição Gratuita. O Centro em Foco é publicado pela CM Edições Jornalísticas - ME

As matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade dos autores, não expressando necessariamente o pensamento do jornal.

Expediente

Terminado o carnaval, pode-se dizer que houve relativo sucesso no cha-

mado por respeito e paz orga-nizado por ativistas do centro de São Paulo. A Praça Roose-velt, conhecida área de cultura e lazer que no carnaval funcio-na também como espaço para dispersão, foi poupada das bombas e gases que nos últi-mos anos eram jogados sobre a indefesa população. A exceção parece ter sido no último dia, quando exatamente à meia--noite, aparentemente sem motivo, a polícia brindou os poucos jovens que permane-ciam por ali com um espetácu-lo de agressões desnecessárias, felizmente sem deixar feridos com maior gravidade.

Esse tipo de ação militar é estimulada por pequena facção radical de “cidadãos de bem” que, em articulação com jorna-listas e políticos, deseja impor regras draconianas sobre o es-paço público. É de se lamentar. Ao invés de diálogo para busca de entendimentos, abundam acusações, agressões e incita-ção à repressão oficial. São vân-dalos da democracia. O triste é que esses pequenos grupelhos encontram ressonância numa sociedade amedrontada e com pouco hábito de participação política.

No caso específico da Roo-sevelt, alguns assinalam que o estímulo à violência policial reflete preconceitos de uma so-

Carnaval sem bombas?

ciedade escravista: muitos dos jovens que frequentam a pra-ça vêm das periferias. Outros ponderam que há interesses do mercado imobiliário: espaços de acesso e uso restritos ficam como jardins privados dos no-vos prédios que vêm sendo erguidos pela região. As imobili-árias, que financiam campanhas políticas, jornais e algumas associações de bairro, benefi-ciam-se da localização central, do transporte público, dos equi-pamentos culturais, e procuram fazer das forças policiais feito-res de suas fazendinhas.

Destaco ponto trágico, mas nenhuma novidade em nossa história: os policiais vêm das classes sociais que reprimem. O pobre batendo no pobre a mando do rico. É triste, mas é assim que o Brasil foi construí-do. Permitam-me a comparação com certos paneleiros que ber-ravam por aí emprestando seu apoio a um golpe que atacou seus próprios direitos e tem re-colocado o país em posição ser-vil e colonial. Um gol contra, uma desinteligência completa, algo impensável em sociedades mais maduras e equilibradas.

Enfim, carnavalizando no-vamente o texto, cá estamos sob as trevas do Vampiro da Sapucaí. Pessoal, precisamos de eleições, democracia, liber-dade, empatia com o povo, de-sejos de um futuro coletivo me-lhor. O cenário é grave. Vejam só vocês, já alertei nesse es-paço que, tal qual em 1964, o que era para ser uma ilegalida-de precisa e rápida - o impeach-ment - vai se aprofundando, dia após dia, passo a passo, numa espiral de mentiras, improvisos e autoritarismo.

Ora, nós que celebrávamos a possibilidade de um carnaval sem bombas, e eis que de re-pente, passada a quarta-feira de cinzas, os militares voltam à ribalta na política. Pergunto a

você, leitor: essas intervenções no Rio de Janeiro alguma vez já deram certo? Alguém real-mente acha que conseguirão enfrentar “inimigos” que nasce-ram e cresceram no seio daque-las comunidades pobres? São jovens: o Exército vai aniquilá--los? Isso vale para criminosos do colarinho branco também? Ora, alguém tem dúvida de que nossos problemas são muito mais graves e complexos?

Parece-me claro que se trata de desviar a atenção, criar ambiente de medo, manipulan-do emoções para facilitar assim os planos eleitorais de algumas das tristes figuras que desgraça-damente comandam a política nacional. A população assusta-da, carente de respostas para a insegurança, infelizmente apoia esse tipo de medida, mas lamento, não vai resolver nada e abre as portas para pretensas soluções ainda piores.

As serpentes a rastejar: o golpe, ilegalidades e seletivida-de do Poder Judiciário, perse-guição a advogados e adversá-rios políticos, regras eleitorais que dificultam a renovação... Vão mesmo prender o Lula enquanto seus oponentes, sob acusações mais graves, seguem soltos e ativos? Como expli-car isso para a população? Por que não cancelam de uma vez as eleições e entregam o país para uma junta de financistas e militares? Alguém realmen-te acredita que essa escalada autoritária, num país pobre e desigual como Brasil, pode aca-bar bem?

“A única coisa da qual de-vemos ter medo é do próprio medo”

(Franklin D. Roosevelt, Pre-sidente dos Estados Unidos en-tre 1933 e 1945)

Antonio FreitasDiplomata e gestor da Tapera Taperá

Antonio Freitas

“Queremos uma festa popular, democrática e livre...”manifesto “A Roosevelt pede paz”

Direito e Justiça

Helena Amazonas

Financiamento de casa própria inclui seguro

Ao comprar um imóvel financiado pela Caixa Econômica Federal ou

Programa Minha Casa Minha Vida, automaticamente se ad-quire uma espécie de seguro - é o Fundo Garantidor da Ha-bitação Popular.

Este Fundo Garantidor da Habitação Popular assume as despesas relativas ao valor necessário para a recuperação de danos físicos no imóvel decorrente de incêndio ou explosão, inundação e ala-gamento, desmoronamento parcial ou total de paredes, vigas ou outra parte estrutu-ral, desde que causado por forças ou agentes externos e até mesmo reposição de te-lhados em caso de prejuízos

causados por ventos fortes e granizos.

Os danos no imóvel não serão cobertos quando decorre-rem do uso diário e do desgaste por ação do decurso de tempo, não incluindo, portanto, os re-vestimentos, instalações elé-tricas, instalações hidráulicas, pintura, esquadrias, vidros, fer-ragens e pisos, que se desgas-tam naturalmente com o uso e com o decorrer do tempo.

No entanto, se os danos ocorrerem, como dito acima, em razão de forças da natu-reza, tais como chuvas, inun-dações, ventos fortes etc, a cobertura está assegurada. Este Fundo Garantidor da Ha-bitação Popular também prevê cobertura parcial ou total do saldo devedor do financia-mento nos casos de morte e invalidez permanente. Se o financiamento for individual, a quitação é total nestes casos.

Quando o financiamento for realizado por mais de uma pessoa, inclusive marido e mu-lher, esta garantia será propor-cional à responsabilidade de cada um, conforme descrito no contrato de compra e ven-da. Por exemplo, se o marido responde com 65% do financia-

mento e sua esposa com os 35% restantes, e este vier a falecer ou for beneficiário da aposentadoria por invalidez permanente, devidamente atestada pelo INSS, há que ser feita a readequação das prestações a serem pagas. Fica quitada a dívida em 65%, devendo ser recalculadas as prestações restantes.

Acontece, entretanto, em muitos casos, que o banco que fez o financiamento ou a própria Caixa Econômica não fazem a quitação ou a reade-quação do saldo devedor e das prestações devidas, dei-xando aqueles que perderam seu ente querido em situação de desespero e insegurança.

Muitas vezes é necessá-ria a intervenção da Justiça, através de uma ação judicial, para determinar a quitação total ou parcial e, em alguns casos, condenar em indeniza-ção por danos morais.

Helena Amazonas Advogada cível e trabalhistaRua Dom José de Barros,17, conj.24Tel.: 3258-0409

LINHAS CENTRAIS

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“O Nordeste é Aqui” é um evento três em um, que acontece nes-

te mês de março reunindo três datas muito importan-tes para a cultura nordesti-na: dias 4, 24 e 31. O dia 4 marca o centenário de morte do primeiro corde-lista brasileiro - são os 100 anos de saudades do poeta paraibano, Leandro Gomes de Barros; dia 24 é quando será comemorado o 174º aniversário de nascimen-to do Padre Cícero Romão Batista (“Padim Ciço”); e dia 31 é o Dia da Integra-ção Nacional, tão almejada pelos nordestinos e bra-sileiros. E da integração nacional surge o tema, a motivação das exposições em realização na cidade de São Paulo.

“O Nordeste é Aqui”, porque estimativas apontam que na capital paulista vivem mais de 1 milhão e setecen-tos mil nordestinos - fora os filhos e descendentes. Aqui, em São Paulo, que os nordes-tinos também fazem história, contribuindo para o desen-volvimento do país, seja no trabalho diário - com muito suor -, por meio da culiná-ria, da dança, da literatura e de outras expressões já inte-gradas à cultura paulistana. Os saraus, que promovem a cultura popular e de raiz, são uma delas - dos cerca de 150 saraus existentes em São Paulo, muitos deles dedicam espaço a cordelistas e repen-tistas e cantadores.

A Cultura Nordestina em Foco, no Centro.

Padre Cícero 174 anos

“Uma grande viagem no tempo... começamos no barro, na pré-história e chegamos aos dias de hoje: o nordeste das belezas na-turais, dos patrimônios da humanidade, culturais e religiosos, de uma maneira pouco conhecida. ‘O Nor-deste é Aqui’ apresenta também relíquias de Padre Cícero Romão Bastista, o “Padim Ciço”, como é ca-rinhosamente conhecido, tendo seu aniversário de 174 anos celebrado no dia 24 de março. Padre Cícero é um dos lideres mais res-peitados de todo o nordes-te brasileiro e, sem dúvida, um de seus maiores expo-entes - foi ecologista e de-senvolvimentista.

O acervo é composto

A religiosidade, a Cultu-ra, em geral, mas, especial-mente o artesanato susten-

tável, a cultura oral, através do forró, do repente, das emboladas e a Literatura de

Cordel, são temas compe-tentemente focados em “O Nordeste é Aqui”. A abertu-ra do evento, que segue até o dia 29 de março, aconte-ceu no dia 1º, com soleni-dade realizada no teatro do Centro Cultural Olido, cuja programação integrou o “Sa-rau Nordestino”, contando com a participação de cura-dores e integrantes de dez saraus que fazem cultura po-pular na cidade.

A composição de “O Nordeste é Aqui”, envolve as exposições: PADRE CÍCE-

RO - 174 ANOS (Cultura, Religiosidade e Meio Am-biente), BRASIL, A REPÚ-BLICA DO CORDEL e AR-TESANATO SUSTENTÁVEL - Dia Mundial do Artesão, que estão abertas à visitação, até o dia 29, em diferentes espaços do Centro Cultural Olido: respectivamente,

Galeria Olido - 2º pavi-mento, “Vitrine da Arte” e “Espaço Urbano”, sempre no horário das 10 às 20h.

O Sarau Nordestino que, oficialmente, abriu o evento teve a apresentação

de Cristina Abreu, fundado-ra do CTN (Centro de Tradi-ções Nordestinas), ao lado do jornalista Marcelo Fraga, curador de “O Nordeste é Aqui”. Foi, realmente, um grande encontro de saraus, com a participação de ex-pressivo número de artistas de origem nordestina e de paulistanos; além de um momento de homenagem a autoridades, empresários, editoras e veículos de co-municação que apoiam a integração social do nordes-tino em São Paulo.

Sobre as Exposições, fala sua Curadoria.

de móveis, objetos e docu-mentos pessoais do “Padim Ciço”.

Trata-se do maior acer-vo particular de relíquias do religioso. A exposição também conta um pouco da história e do dia a dia dos nordestinos e dispõe de espaço para exibição de fil-

mes, apresentações musicais, contação de histórias, além de funcionar como stand fotográfico, de onde o visitante poderá levar uma lembrança per-sonalizada da vivência temática.

A exposição é montada com Parti-cipação do Geopark do Cariri Cearense, o primeiro Geopark Mundial UNESCO das Américas e o úni-co no Brasil. É hoje

um dos mais importantes Programas de Desenvolvi-mento Regional Sustentá-vel. É um território Vivo resultante da interação en-tre o homem a natureza e o tempo, e constitui uma inovadora proposta de terri-tório que promove valores e

identidades de seus atores, em diferentes cenários de significativo valor geológico, paleontológico e arqueológi-co, além de ser uma valiosa herança cultural de significa-tivo potencial para práticas do exercício verde.Brasil, A República

do Cordel! Misto de exposição e

feira instalada na “Vitrine da Arte”, apresenta a cultu-ra popular nordestina, em “barracas” onde são expos-tos Cordéis, CDs e DVDs de diversos grupos de tradição nordestina. Também expõe xilogravuras do acervo “Lira Nordestina”, vindas do Ce-ará, com apoio do Geopark Cariri, além de parte do acervo da Editora Luzeiros - uma das maiores editoras da Literatura de Cordel. No es-paço, aos finais de semana,

estão programados saraus, lançamentos de Cordéis, bem como apresentação de novos trabalhos em oficinas ilustradas - envolvendo alu-nos e professores das redes municipal, estadual e par-ticular de ensino, também universidades.

Artesanato sustentável

Além de peças produ-zidas em São Paulo, como bolsas de couro, sandálias, coletes, utensílios para casa e decoração temática, com-põem a exposição produtos de rendas e confecções. Pe-ças exclusivas do artesana-to da região do Cariri (CE) chegaram em São Paulo, para a mostra, com o apoio do Geopak/UNESCO. Ao longo do evento haverá ofi-cinas de artesanato ecológi-co e sustentável”.

Fotos: Rosangela Lopes

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4 SP - Março de 2018EMPREENDIMENTOS CENTRAIS

O número 119 da Av. Paulista é o endere-ço da nova unidade

do Sesc, que a instituição inaugurará no domingo, dia 29 de abril. A unidade “Ave-nida Paulista” ocupa 17 an-dares e dois subsolos, com uma área construída de 12 mil metros quadrados, de-pois da remodelação do edi-fício, que no passado abri-gou a administração central do Sesc em São Paulo.

A direção da entidade tem a expectativa de que a unidade possa receber cer-ca de 18 mil pessoas por semana, pois ela nasce com “vocação para atividades de corpo, arte e tecnologia, dispondo de salas de espe-táculos e oficinas culturais, espaço de exposição e para

Sesc inaugura unidade na Paulista

Um rapaz no farol vende balas, pen-durando os saqui-

nhos no retrovisor dos automóveis imobilizados. “Bom dia, campeão”, ele dispara, sempre jovial, com mãos ágeis e pés ligeiros. Retorna correndo para o começo da fila e volta re-colhendo a mercadoria. “Obrigado, obrigado”, ele prossegue, sempre veloz, sem desanimar com o mau humor dos motoristas. Se

práticas físico-esportivas, clí-nica odontológica, espaço de brincar, biblioteca, comedo-ria e outros equipamentos, exceto ginásio e piscina”. Conta, também, com cafe-teria em sua cobertura e um mirante, com vista panorâ-mica para a cidade.

O Sesc - Serviço Social do Comércio é uma institui-ção criada em 1946, sendo mantida, desde então, pelo empresariado do comércio, serviços e turismo. E ao longo

de sete décadas tem se con-solidado por introduzir novos modelos de ação cultural e su-blinhou, na década de 1980, a educação como pressuposto para a transformação social.

A concretização desse propósito se deu por uma intensa atuação no campo da cultura e suas diferentes manifestações, destinadas a todos os públicos, em diver-sas faixas etárias e estratos sociais.

O Sesc conta com uma

rede de 42 unidades (43, com mais essa nova unida-de), no estado de São Pau-lo - em sua maioria centros culturais e desportivos. Também oferece atividades de turismo social, progra-mas de saúde e de educação ambiental, inclusão digital e programas especiais para crianças e terceira idade.

Ficha Técnica:Sesc Avenida PaulistaAv.Paulista, 119Área do terreno: 1.195 metros quadradosÁrea construída: 12 mil metros quadradosCapacidade de atendimento: 18 mil pessoas por semana Site: www.sescsp.org.br/avenidapaulista

José Ignácio C. Mendes

Crônica do José Ignácio

Outros faróisganha pouco dinheiro, ganha sempre o troféu da perse-verança. O farol abre e ele ziguezagueia entre os carros que se movimentam impa-cientes.

Um malabarista faz uma bola de vidro escorregar pe-los seus braços como se ela tivesse vida própria. Cada re-flexo que a bola emite forma gotas de beleza palpável. Por um momento, os automobi-listas se esquecem que estão trancados nos seus veículos, investindo em varizes. Mais que uma moeda, o que o malabarista deseja é um sor-riso, um aplauso, um aceno. O que o faz continuar é a es-perança de que, na próxima esquina, algum motorista se lembre da bola de vidro des-lizando suavemente e acele-re com menos fúria.

Nos dias de frio, é a vez

do engolidor de fogo, que faz jorrar chamas na noite e baba querosene no tórax reluzente. De todos que batalham nos faróis, talvez seja o que menos espan-ta. Qualquer um que vive na cidade engole sapo, espada, vidro, raiva, gile-te, frustração. Nem todos cospem fogo, mas mui-tos saem por aí cuspindo palavrões e buzinadas na cabeça dos outros. Quem procura lhes oferecer uma chance de empatia, na for-ma de bala, bola de vidro ou labareda, para aliviar a tensão do cotidiano, co-mete um ato de amor e de coragem.

José Ignácio C. [email protected]

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Você já se pegou pressionando os dentes?E ao perceber, parou de pressioná-

-lo e sentiu que o ombro relaxou e uma “ponta” de calma pronunciou-se?

Estas sensações agem negativamente em efeito dominó em nosso corpo, como, sensibilidade nos músculos da face, dores de cabeça, zumbido no ouvido, tensão no pescoço irradiando para ombros, braços e mãos, enxaqueca, ansiedade, medo, má digestão, cansaço, fadiga entre outros, porque cada organismo retém a tensão a seu modo, dependendo da sua história, personalidade e estilo de vida escolhido ou adaptado.

A região da mandíbula e maxilar é co-nhecida como Articulação Tempôro Man-dibular. É uma peça importante na sua postura, porque sua desarmonia atinge o alinhamento, ou melhor a integração exis-tente entre cabeça, ombros, quadris, joe-lhos e pés. Como está na parte superior do corpo atrapalha seu equilíbrio e racio-

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bilitando visualizar o individuo como um todo, onde um movimento é continuação

cínio.Atento a isso em 1991 o

inglês Philip Rafferty da esco-la australiana de Cinesiologia Aplicada, criou o RESET. É um conjunto de toques su-aves no contorno do rosto, levando a um relaxar imedia-to, não invasivo e com apli-cações semanais e continuas observa-se a suavização de marcas de expressão, que po-dem estar ligadas a retenção emocional e má absorção de liquido pelo corpo.

Toda esta explanação so-bre esta articulação tempôro mandibular, foi possível por-que a técnica em questão é a fusão da fisioterapia com os fundamentos da Medicina Tradicional Chinesa, possi-

do outro e uma emoção é continuação da outra, sejam negativas ou positivas.

PoesiaMúsica: vocal e instrumental

Contação de causosCordel

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6 SP - Março de 2018COMUNIDADEEMPREENDIMENTO CENTRAIS6 SP - Março de 2018

O pensamento acima norteia o caminho a seguir em ‘tempos

de febre amarela’. É tempo de investir na busca do equi-líbrio, aumentando a imuni-dade e preservando a ener-gia vital, com um modo de vida mais simples, voltado à natureza e a um conceito amplo de saúde física e espi-ritual.

A prática constante de Tai Chi Pai Lin (uma das prá-ticas baluartes da Medicina Tradicional Chinesa, trazida ao Brasil pelo Sábio e Ge-neroso Mestre Liu Pai Lin) sob o mote Longevidade e Saúde, tem um caráter pre-

ventivo, equilibrando física e energeticamente, fortale-cendo os órgãos e mantendo tranquilo o estado mental.

No treino Miao-Miao (cinco formas de energiza-ção), sob o mote “movimen-to e serenidade”, os braços

Tai Chi Pai Lin & Imunidade...”conheça os limites e não haverá risco. Assim passarás a vida em tranquilidade, sem risco. Lao Tse Tung

como pendulo conduzem, esvaziam e impulsionam energia e sangue para as extremidades, levando a um estado de serenidade. Os balanços aprimoram o eixo físico, com movimentos len-tos e suaves massageando e

fortalecendo os órgãos inter-nos.

As palmadas suaves na região do baixo ventre, como um mergulho no pró-prio feto, ativam a energia limpando os rins de toxinas, sedimentando a energia vi-tal e cultivando a saúde. O resultado é o pleno fortale-cimento dos órgãos como uma armadura energética ao redor do corpo.

O abraço do Tai Chi*, porta de entrada para todas as práticas, promove intenso treinamento da energia, com a intenção voltada no baixo ventre e respiração serena como a de bebê. O olhar in-

terno e a respiração natural, na posição de ‘não fazer’, re-laxa a musculatura e serena e fortalece o sistema nervoso.

O equilíbrio energéti-co obtido elimina tensões, aumenta a imunidade com êxito das funções psíquica e emocionais. Síndromes (doenças) são também cria-das pela forma como nos conduzimos na relação que temos com a diversidade de energias que circulam entre o homem e a natureza.

O caminho é blindar nosso corpo com práticas de longevidade, evitando brechas que possam enfra-quecer nossa frequência

interna.Convidamos você

leitor(a) para praticar Tai Chi Pai Lin às 4as feiras, às 7h30, na Praça Roosevelt e às 10h, na Rua Major Quedi-nho, nº 43, 1º andar.

*abraço do Tai Chi - mãos ao redor do umbigo, olhar recolhido, treino bási-co para união energia e espí-rito, correspondente ao céu, terra e homem dentro do corpo.Caderno 1 - Longevi-dade e Saúde, Lang, Jerusha; Leal Lucio,1994.

Lenny Blue de OliveiraMonitora de Tai Chi Pai [email protected]

A Secretaria Municipal de Saúde apresentou sua a prestação de

contas referente ao último trimestre, no Conselho e na Câmara Municipal. O Movi-mento Popular de Saúde do Centro (MPSC) acompanhou e registra suas observações a respeito

Na página 12 do relató-rio apresentado ao Conselho Municipal, no item das re-ceitas, aparece um repasse do Estado muito baixo, bem como um aumento na arre-cadação de multas e juros de mais de 509%, onde e como foram gastos? Constatamos que foram executados ape-nas 42% dos investimentos de R$ 509 milhões do orça-mento proposto.

O desmembramento da Coordenadoria Centro--Oeste e a criação da Unida-de Orçamentária do Centro, em agosto de 2017, come-çou sofrendo cortes - execu-tou-se somente 53%, mes-

FECHADA

mo se tratando da região central, onde se estrutura-va uma Coordenadoria. Aí encontra-se um agravante: o restante do orçamento para a região também não foi para a Oeste, que também sofreu redução.

Interessante também são as seguintes constatações:

- A Vigilância Sanitária (onde se trabalha a questão da febre amarela) teve 60% da sua parte no orçamento executados, mas o Gabinete do Secretário executou 95% do proposto para ele.

- As despesas farmacêu-ticas tiveram um aumento de 145%, mesmo receben-

do “doações”, e continuam faltando medicamentos e insumos.

Na audiência da Câma-ra, o chefe de gabinete do secretário falou sobre a rees-truturação do PSF (Programa de Saúde da Família), com a ampliação do número de equipes nas atuais unidades. Como vem sendo feitas as coisas, poderá haver aumen-to na “lotação” das unidades que já não conseguem aten-der adequadamente.

A proposta do App (apli-cativo) “agenda fácil”, se não forem criadas condições de acesso aos mais pobres, ser-virá somente privilégio aos

setores médios da popula-ção, que conseguem acessar com maior facilidade. Ou seja, resultará em atendi-mento desigual.

Questionado pela ve-readora Juliana Cardoso, disponibilizou a apresen-tação somente para os vereadores(as), poderia co-locar no site e dar acesso aos munícipes. (QUEM E O QUÊ FOI DISPONIBILIZA-DO? - ESTAS INFOS, PELO CHEFE DE GABINETE?)

Em nossa regiãoSobre a UBS República,

o assessor do secretário dis-se, na audiência da Câma-ra, que não há prazo nem dinheiro e que serão feitas somente pequenas reformas (em 11 de setembro do ano passado, o secretário disse que reinauguraria em, no máximo 180 dias e que ha-via dinheiro para tanto). Os conselhos da unidade e da Coordenadoria de Saúde do Centro constituíram uma co-

missão de acompanhamento do projeto, orçamentos e proposta de calendário para a reforma e retorno da Uni-dade para o território.

O Serviço de Especia-lidades em Reabilitação e o Centro de Referência da Saúde do Idoso do centro es-tão ameaçados, mas a organi-zação e a luta dos IDOSOS conseguiu manter o CRECI, na Rua Formosa, sob o via-duto do Chá, nos mostrando o caminho a ser seguido.

O programa consul-tório de rua que atua na “cracolândia” também está sendo desmontado. Desde dezembro sabíamos que o programa passaria para o Organização Social IABAS, que tem o contrato de ges-tão na área de Saúde. Já fo-ram transferidos mais de 80 funcionários para outras re-giões onde atua a Organiza-ção Social Associação Saúde da Família. Estão fazendo o possível para alocar o maior

número de funcionários. Desde a semana passada ini-ciaram as transferências de enfermeiras, auxiliares, psi-cólogos, assistentes sociais e agentes comunitários de saúde. No início deste mês de março será intensificada essa operação. Ao que pa-rece, com a desativação do programa na nossa região.

A nosso ver, reestrutura-ção não pode ser sinônimo de DESMONTE.

No sábado, 24 de fe-vereiro, aconteceram as plenárias de indicação dos próximos conselheiros mu-nicipais de Saúde. Em nossa área, a indicada como titular foi Nila (SOBRENOME? No jornal colocamos nome e so-brenome, ou nada).

O MPSC (Movimento Popular de Saúde do Cen-tro) se reúne toda primeira segunda-feira do mês, às 17h, na Rua Nioc, 55 - Sé, próximo ao estacionamento do AMA Sé.

INFORME DO MPSC

Saúde Municipal presta contas, mas...

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7SP - Março de 2018 ARTES E CULTURA

Com esta matéria o Centro em Foco passa a dedicar espaço men-

sal em uma de suas páginas à “Literatura de Cordel”

Escrita em forma rima-da a Literatura de Cordel, ou “Poesia de Cordel”, foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda no século XVIII, sendo que na segunda metade do século XIX já era produzida com características próprias, que evoluíram rapi-damente tirando-lhe a forma de folhetos (geralmente duas grandes folhas dobradas em quatro), que eram pendura-dos em barbantes, para pro-duzi-la em livretes, que con-tinuaram a ser pendurados. Quanto aos temas, inicial-mente, não mudaram muito: quase sempre versavam sobre fatos do cotidiano, episódios históricos, lendas e assuntos religiosos - comumente, com alguns poemas ilustrados em xilogravuras, no mesmo estilo de gravura usado nas capas.

Hoje, nacionalmente considerada gênero literário, a “Poesia de Cordel” possui academia própria - a Acade-mia Brasileira de Literatura de Cordel, com 40 cadeiras -, é tema de estudo em reno-madas universidades, como a Sorbonne (da França) e a UCLA (Califórnia USA), é pesquisada e debatida em ci-clos literários, tem presença quase diária em alguns gran-des veículos de comunicação do país, porém continua, para a maior parte da população brasileira, uma arte produ-zida e exercida no nordeste, como continuasse regionali-zada - não sendo mais assim, por pelo menos duas décadas: embora tipicamente daquela região, em especial dos esta-dos de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, tem presença forte no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas

Gerais. Para ocupar o pata-mar de que é digna, ao lado dos demais gêneros literários, falta-lhe, tão somente, visibili-dade na mídia nacional.

A história da “Literatura de Cordel” dispõe de um grande número de poetas, que são chamados “cordelistas”. Entre os mais famosos estão: Apolô-nio Alves dos Santos, Firmino Teixeira do Amaral, João Fer-reira de Lima, João Martins de Athayde, Leandro Gomes de Barros e Manoel Monteiro. Nascido em 1865 e falecido em março de 1918, o parai-bano Leandro Gomes de Car-valho é considerado o “poeta maior” do Cordel - ele deixou aos cultores e demais autores do gênero, um legado de cerca de mil folhetos escritos. Arie-valdo Viana Lima , outro poeta conhecido no cenário nacional, nasceu em 1967, em Quixera-mobim (CE), começou a publi-car seus folhetos em 1989, aos 22 anos, mas hoje é membro da Academia Brasileira de Lite-ratura de Cordel, onde ocupa a cadeira nº 40, tendo sido cria-dor do projeto Acorda Cordel na Sala de Aula, realizado em escolas de diferentes municí-pios do Ceará, com o fim de alfabetizar crianças e adultos.

Costa Senna, um “Cordelista show”,

comemora 27 anos de São Paulo

Próximo de completar 30 anos de militância artística em São Paulo, o poeta, com-

positor e can-tor cearense Costa Senna é um dos, ainda pouquíssimos, cordelistas que vivem do seu trabalho lite-rário. Trabalho esse que in-clui a música, pelo fato de muitas de suas

composições cordelianas ga-nharem versões musicais, ins-pirando a concepção de belas melodias. Com 14 livros e, aproxidamente, 100 cordéis publicados, 6 CDs gravados e com elogiadas atuações no teatro, em peças como “A Noi-te Seca”, de Geraldo Markan; “Barrela”, de Plínio Marcos; “Deus lhe Pague”, de Juracy Camargo, e “O Caldeirão”, de Oswald Barroso, e no cinema: “Educar para Transformar”, documentário sobre Paulo Freire, da cineasta Tânia Qua-resma; “Nísia, Paulo e Josué - Oficina de Memória”, docu-mentário (longa), também de Tânia Quaresma, e “As Aven-turas de Raul Seixas na Cida-de de Thoth, ficção do cineas-ta Jairo Ferreira.

Curador do Sarau Bode-ga do Brasil, que criou, em 2009, ao lado de Luiz Wilson (Rádio Imprensa FM), Júbilo Jacobino, Cacá Lopes, Orne-la Jacobino, Daniela Almeida e Fatel Barbosa, o cordelista Senna foi pioneiro em várias situações e momentos no exercício dessa expressão cul-tural que é o Cordel. Entre eles, é um dos pioneiros na popularização da “Poesia de Cordel”: são até o presente mais de mil atuações em esco-las, registrando parcerias com os poetas Moreira de Aco-piara e Cacá Lopes, em parte delas.

Para Expedito Duarte, o conhecidíssimo “Mano

Novo”, da du-pla de apre-s e n t a d o r e s “Mano Véio, Mano Novo” (do “Forró da Nativa”), Costa Senna é quem sistematizou, em São Paulo, essa atividade de declama-ção da poesia de Cordel em praças públi-cas e escolas. “Tivemos a fe-licidade de ter a participação de Costa Senna em diversos eventos do ‘Mano Véio, Mano novo’, quando atuáva-mos na Band AM. O projeto nas quebradas do sertão, nos anos 1983/84, começou em praça pública fazendo muito sucesso, então acabou indo para o Rádio. Na época, não encontrávamos ninguém declamando cordel em São Paulo. No final dos anos 1980 conhecemos o Costa Senna declamando sua poesia nos espaços públicos, com muita competência - dentro da téc-nica - e com grande expres-sividade, envolvendo todo o público que o assistia. Então, levamos ele para se apresen-tar no Teatro das Nações, Memorial da América Latina, além de o indicar para apre-sentações em muitos outros lugares”.

“No início dos anos 80 co-nheci Costa Senna cantarolan-do as ânsias e frustrações do povo cearense em escolas, pa-lanques e teatros. E algo que sempre chamou a atenção dos trabalhadores da cultura em Fortaleza (CE) foi a sua pre-ocupação com a Pedagogia. Pois embora, na condição de artista, experimentasse o aqui e agora, ele acreditava que poderia fortalecer laços nas bases docentes, discentes e

familiares. Desde 1981 acom-panho a sua trajetória, marca-da pela declamação de seus cordéis, que educam e trans-formam”, diz a educadora Bel Lopes (Isabel Cristina Lopes).

Sobre o poeta e jornalista Vanda José (ex-coordenadora de saraus da Sociedade dos Poetas Vivos, do Círculo dos Trabalhadores Cristãos de Vila Prudente), conta: Costa Senna é um cordelista de pri-meira, além de ator, cantor e compositor. Chegou em Sam-pa com cara e coragem para enaltecer esta cidade com seus cordéis altamente inspi-rados. Apaixonou-se pela ci-dade desde que nela chegou e então, incansavelmente, pas-sou a cantá-la, através de cor-déis descritivos e educativos, com a exatidão nas rimas”.

“Eu organizava a Sema-na de Cultura Hip Hop em São Paulo e na programação quisemos mostrar as origens nordestinas do RAP (Ritmo e Poesia, na tradução do inglês). Assim, reunimos dois grandes nomes, o cordelista Costa Senna e o rapper Gaspar do grupo Záfrica Brasil - juntos eles formaram o RAPente. Desde então, o RAP, nascido nos anos setenta nos bairros negros e pobres de Nova Ior-que, nos EUA, ganhou tam-bém uma gênese brasileira

e nordestina. Tenho grande admiração pelo Senna e tive o prazer de ter sido um dos responsáveis por levá-lo, em 2013, para a maior feira lite-rária da América Latina, em Buenos Aires, na Argentina” Ruivo Lopes, poeta e progra-mador cultural”.

Para esta matéria, que inaugura o espaço conquis-tado pelos cordelistas, além dos registros nela contidos, o Centro em Foco colheu de-poimentos de diversos outros profissionais da Educação, Cultura e Jornalismo: Ana Fonseca Sarau Perifatividade, Angela Dizzioli, Antonio Car-los Fonseca Barbosa, Antonio Eleilson Leite, Carlos Bigode, Daniela Bontempi Escobar Franelas, Gilberto Lobato, Léo Ramos, Lika Rosa, Luana Oli-veira, Maria Célia Munarin, Nicanor Jacinto, Pompeu So-ares Sobrinho e Sílvio Passos, que acompanharam ou acom-panham a trajetória de Costa Senna, por alguma relação com EMEFs (Escola Munici-pal de Ensino Fundamental), unidades de EIJA (Educação de Jovens e Adultos), CEUS, Teatros, Parques, Centros Culturais, SESC e UBE (União Brasileira de Escritores) e que, por isso, fazem coro com aqueles que o batizaram “Cor-delista show”.

Cordel: Arte, ofício e show.Eli HayasakaJosué Gonçalves

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8 SP - Março de 2018COMUNIDADE

Caminhos Cruzados Um capítulo esquecido da História

O livro Caminhos Cru-zados - a vitoriosa saga dos Judeus do

Recife, da Espanha à funda-ção de Nova York, lançado em 2015 pelo jornalista e escritor Paulo Carneiro, ins-pirou a carnavalesca Rosa Magalhães, que após fazer sua leitura o adotou para subsidiar o enredo da Porte-la - escola de samba carioca -, levando-o ao Sambódromo do Rio com o título “De re-pente de lá pra cá; dirrepen-te de cá pra lá”.

De acordo com o au-tor, ouvido pelo Centro em Foco durante a Caminhada Noturna pelo Centro, em 15/02, “pela primeira vez, as cortinas do passado foram abertas para resgatar o lega-do da comunidade formada no Nordeste durante o perí-odo holandês, entre 1630 e 1654. A carnavalesca Rosa Magalhães lançou um apelo à irmandade entre os povos, trazendo a Estátua da Liber-dade como símbolo da hospi-talidade, em contraste com a xenofobia”.

“Também pela primeira vez, a invasão holandesa é observada do ponto de vista judaico. Não sem motivos, o foco sempre recai sobre o conde Maurício de Nassau e sua corte de artistas, com Franz Post, Albert Eckhout e Willem Piso à frente. Não obstante, o Recife chegou a ter até 5 mil judeus, para uma população total de 9 mil habitantes”, completa Carneiro.

Esses milhares de judeus eram imigrantes em busca de oportunidades e da liber-dade religiosa. Sob o gover-no batavo, eles dominaram o comércio, principalmente nos seguimentos do açú-

car e tabaco, dedicando-se ainda à coleta de impostos. Dentre eles ganharam des-taque o médico e boticário Abraão de Mercado, que além de clinicar, produzia e vendia medicamentos, e Manuel Nunes, que ficou conhecido após salvar deze-nas de vidas no navio que o trouxe ao Brasil.

Os judeus construíram no Recife a primeira sinago-ga das Américas, a Zur Isra-el, assim como o primeiro cemitério israelita. Para cá vieram dois dos mais promis-sores rabinos de Amsterdã, Isaac Aboab da Fonseca e Ra-phael D’Aguiar.

Em 1654, os portugue-ses retomaram o poder no Brasil, então, ameaçados pela Inquisição, os judeus tiveram de sair do país às pressas. Muitos seguiram para as Antilhas, outros para a Europa. Foi assim que 23 refugiados desembarcaram na colônia de Nova Amster-dã (hoje Nova York), dias depois celebraram o primei-ro Rosh Hashaná da história norte-americana e, mais tar-de, com sotaque português, fundaram a segunda maior comunidade judaica do mun-do, fora de Israel. Esse relato encontramos em Caminhos Cruzados.

JCF - O livro que im-

pressionou a carnavalesca e inspirou o enredo da Portela deste ano, tem como narra-tiva a vida de uma pequena comunidade judaica, que, praticamente, não aparece na história do Brasil, é isso mesmo, não?

PC - Em Caminhos Cru-zados, meu tema é a traje-tória dos judeus expulsos da Espanha em 1492, uma das páginas mais tristes da his-tória. Centenas de famílias ficaram sem abrigo de uma hora para outra. Na reali-dade, era gente de diversas profissões, como engenhei-ros, mecânicos, boticários, astrônomos, médicos e pro-fessores, homens e mulhe-res de boa formação.

A maioria seguiu para Portugal em busca de um lar tranquilo, mas não foi o que ocorreu. Logo na chegada, o rei D. João II deportou 2 mil crianças judias para coloni-zar a desértica ilha de São

Tomé, na África, levando os pais ao desespero. A situ-ação piorou quando D. Ma-nuel I, sucessor de D. João, decretou a conversão força-da ao cristianismo, criando a categoria dos cristãos-novos, para diferenciar dos cristãos tradicionais.

JCF - Como falamos, a comunidade judaica da sua narrativa não ganhou visibi-

lidade na história do nosso país, mas o país entrou na vida dela, acabando por mu-dá-la... foi assim mesmo?

PC - Os judeus vieram para Pernambuco com os holandeses em 1630. Eram especialistas no ramo do açúcar, na ourivesaria, na indústria gráfica e outras ha-bilidades, com a vantagem de falar português. Em um quarto de século, construí-ram uma rica comunidade, mas foram expulsos quando os portugueses reconquista-ram o poder em 1654. Na fuga, 23 refugiados desem-barcaram em Nova Amster-dã, atual Nova York, em 7 de setembro de 1654. Fun-daram a comunidade judaica americana, hoje a segunda maior do mundo depois de Israel.

JCF - Não há uma bi-bliografia brasileira que refere a história dessa co-munidade, portanto houve necessidade de árduo tra-balho para conceber seu texto. Conte-nos como isso aconteceu e fale um pouco do lançamento da obra.

PC - Passei cerca de dois anos mergulhado na pesquisa e elaboração do livro. Entre as dezenas de fontes consultadas, desta-co os historiadores Charles Boxer, Meyer Kayserling e

Anita Novinski. Na parte referente aos Estados Uni-dos, meu principal consul-tor foi o professor Howard Rock. Depois de concluídos, mandei os originais para diversas editoras. Recebia sempre a resposta pronta de que o livro era bom, mas não havia espaço na progra-mação. Fiz o lançamento em 2015, por uma pequena editora carioca, a Autogra-fia, na sinagoga Beit Yaccov, em Higienópolis.

Em 2016, a obra foi se-lecionada para publicação pela Companhia Editora de

Pernambuco (CEPE), ligada à imprensa oficial do Estado. Era tudo o que eu queria. Mas ainda não há data para a publicação. Nesse intervalo, o livro foi escolhido para ins-pirar o enredo da Portela. Fiz uma nova edição, agora pela Haikai, de São Paulo.

Com o livro fora do cir-cuito do mercado formal, modesto e generoso, Paulo Carneiro atribui o sucesso do livro ao apoio de empre-sários e amigos, como Jairo, da livraria Sêfer, em São Paulo, Jacob, da Imperatriz, no Recife, e Carlos Beutel, proprietário do restaurante vegetariano Apfel e organiza-dor da Caminhada Noturna pelo Centro. Ele conta que a divulgação boca a boca tem sido eficiente: “A cada dia crescem os pedidos de exemplares e os votos de apoio. Dedico essa obra aos meus antepassados e ao oceano Atlântico, que teste-munhou todas as etapas da história”.

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Fotos: Eli Hayasaka

O escritor Paulo Carneiro apresenta seu livro durante Caminhada Noturna pelo Centro

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9SP - Março de 2018 MULHERES

Igualdade de gênero e novas perspectivas de correntes feministas,

com inclusão de pessoas trans estarão em debate

De 8 a 11 de março, a Caixa Cultural desenvolve programação especial em comemoração ao Dia In-ternacional da Mulher. Ao longo de quatro dias serão promovidos debates sobre igualdade de gênero e a re-presentação da mulher nas artes e na mídia, além de seminário sobre novas pers-pectivas do feminismo, com a inclusão de pessoas trans. Serão oferecidas, também, oficinas de dança-teatro e artes visuais, com inscrições gratuitas.

A curadora do seminá-rio “Transfeminismos: No-vas Perspectivas dos Femi-nismos”

Viviane Vergueiro res-salta a importância de se debater a desconstrução de normas de identidade de gênero que atravessam várias esferas sociais. “O seminário é um importan-

Caixa Cultural e a Semana da Mulher

8 de março (quinta-feira)Mesa - O corpo feminino

na ArteHora: 14h

Duração: 1h45Capacidade: 50 participantes.Ingressos: Gratuitos. Senhas

serão distribuídas às 13h.

Ressignificações - Oficina de dança com a diretora teatral Nathalia Mello

Hora: 16h30Duração: 3h

Capacidade: 25 participantesInscrições: Pelo telefone

(11) 3321-4400

9 de março (sexta-feira)Mesa - O corpo feminino

te espaço para diálogos em torno dos transfeminismos em um contexto no qual a visibilidade crescente das pessoas trans e travestis co-existem com a ocorrência constante de violências con-tra elas”, declara.

Serviço:Semana da MulherDe 8 a 11/03Caixa Cultural SP Praça da Sé, 111 - CentroMais informações: (11) 3321-4400/ 3549-6001 www.facebook.com/CaixaCulturalSaoPauloEntrada francaAcesso para pessoas com deficiência

Mesa - Políticas Transfeministas

Sobre direitos para as populações trans e travestis, a mobilização pela internet e o diálogo com os grandes

meios de comunicaçãoHora: 13h

Duração: 2hCapacidade: 50 participantes

Inscrições: Pela página no Facebook: facebook.com/seminariotransfeminismos

Mesa - Transfeminismos e

TransmasculinidadesSobre questões ligadas ao

universo dos homens trans, além de diálogo com os

transfeminismos

na mídia contemporânea: do cinema à web

Hora: 14hDuração: 1h45Capacidade: 50 participantes.

Ingressos: Gratuitos. Senhas serão distribuídas às 13h.

Fábricas de Si: produção de presenças impuras – Oficina

de dança com a diretora teatral Nathalia Mello

Hora: 16h30Duração: 3h

Capacidade: 25 participantesInscrições: Pelo telefone

(11) 3321-4400

10 de março (sábado)

Confira a programação:Hora: 16h

Duração: 2hCapacidade: 50 participantes

Inscrições: Pela página no Facebook: facebook.com/seminariotransfeminismos 11 de março (domingo)

Pessoas Trans e o CisTema educacional

Sobre os processos de resistência e de assujeitamento de

pessoas trans no âmbito educacional.

Hora: 16hDuração: 2h

Capacidade: 50 participantesInscrições: Pela página

no Facebook: facebook.com/seminariotransfeminismos

Pesquisa da Rede Nossa São Paulo e do Ibope Inteligência aponta

condições de preconceito e discriminação contra a mu-lher no trabalho, assédio e cuidado com os filhos na ci-dade de São Paulo

No mês de março, em comemoração ao Dia Inter-nacional da Mulher, a Rede Nossa São Paulo promoverá reflexões sobre o papel da mulher na sociedade, mais especificamente na cidade de São Paulo. Será realizado um debate sobre preconcei-to e discriminação contra a

mulher no trabalho, assédio e cuidado com os filhos no dia 8 de março, às 11h30, no SESC Parque Dom Pedro.

A discussão será apoiada na apresentação dos dados da pesquisa “Viver em São Paulo: Mulher”, que será lançada no mesmo dia.

A pesquisa - Desde 2008, a Rede Nossa São Pau-lo tem divulgado resultados de pesquisas de percepção dos paulistanos. As pesqui-sas são realizadas pelo Ibope Inteligência e ao longo deste ano serão apresentadas por temas, mensalmente, nas

unidades do SESC.O debate - O debate en-

volve especialistas de cada tema que discutem a pesqui-sa a partir das suas áreas de atuação. As convidadas estão sendo contatadas. São elas: Esther Solano, doutora em Ciências Sociais, professora e pesquisadora da UNIFESP; Sâmia Bomfim, vereadora de São Paulo pelo PSOL; Eloísa Arruda, secretária municipal de Direitos Humanos e Cida-dania (aguardando confirma-ção); Joice Berth, arquiteta e urbanista colunista do Justi-ficando.

Qual a percepção das paulistanas sobre a qualidade de vida das mulheres?

Data: 08 de marçoHorário: 11h30 às 14h30

Local: Sesc Parque Dom Pedro II

Endereço: Praça São Vito s/n – Centro

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10 SP - Março de 2018ARTES E CULTURA

A banda Stanka, oriun-da de Osasco, come-mora sua boa fase

com uma turnê agendada para o Rio Grande do Sul. Os quatro rapazes, juntos desde 2013, irão percorrer alguns muitos quilômetros em cinco cidades pelo sul do pais.

O grupo vem fazendo um bom “barulho” na capi-tal paulista, tocando seu som cheio de fúria e resistência. Guitarra, baixo, voz e bateria, nesses 5 anos de existência do grupo, promovendo uma catarse por onde passa.

Tivemos uma conversa rápida com a banda - confira abaixo.

As principais influências da banda são: Rage Against The Machine, Black Sabba-th, Red Hot Chili Peppers, muito rap nacional, princi-

A cantora e instru-mentista carioca apresenta, na nova

unidade, show em que celebra a força feminina, tendo Paula Lima como convidada

Em 8 de março (Dia Internacional da Mu-lher), o Sesc 24 de Maio recebe o show “Gente Que Nunca Viu Vai Ver A Pretíssima Coroação”, com a cantora e composi-tora Karla da Silva e par-ticipação de Paula Lima. Serão duas apresenta-ções: uma às 14h e outra às 21h.

O show de Karla - apontada por críticos como um dos expoentes da nova cena musical bra-sileira - é uma celebração à força feminina. Conce-bido para homenagear as

Stanka é Rock do bom, é Boa Música.

palmente Racionais Mc’s, e muitas outras bandas. O leque de influências de uma banda é sempre gigantesco.

Um dos principais sho-ws da banda foi abrindo

para o Capital Inicial - “Foi espetacular, conta Stephan Natal, o batera da Stanka. E ele lembra: “A conquista do troféu no festival em Osas-co foi bacana também”.

Sobre as dificuldades de uma banda na cena do rock do Brasil, Stephan responde:

“É uma luta constante, mas fazer o que se ama - es-tar no palco -, levando infor-

mação pra galera é demais, não tem coisa melhor”.

A Stanka está fazendo releituras de Rage Against The Machine. O baixista Raoni Natal responde assim, sobre o cover de Rage: “Há anos estamos nesse rolê... como admiramos muito essa banda, é natural fazermos esse tributo”.

Quisemos saber um pouco mais sobre a turnê no Rio Grande do Sul e ou-vimos dos integrantes prati-camente a mesma fala, reve-lando idêntico sentimento. A atuação no estado dos gaúchos promete ser espe-tacular, envolvendo perfor-mances em cinco cidades, durante 20 dias. É quase uma loucura, pois envolve uma grande quilometragem, poucas horas de sono entre uma cidade e outra, muito

cansaço, mas não para es-ses militantes convictos do rock, que seguem muito fe-lizes para a empreitada.

E o que mais projeta a Stanka, para o ano 2018? A resposta é: “Lançar um novo disco, com músicas inéditas, com ‘clipe’ e tudo mais”.

Como você percebe, o Stanka é uma banda em busca de espaço no cená-rio nacional, que embora já tenha feito algumas turnês pelo país, mantém-se circu-lando Brasil afora com mui-ta atitude e som poderoso.

Propomos ao leitor acompanhar a revolução, por meio da música, que bandas como a Stanka se coloca a fazer. O cenário musical vive dias difíceis, com boa parte da música que se toca no país apresen-tar baixa qualidade.

Karla da Silva, no Sesc 24 de Maio.mulheres pelo seu dia e ins-pirado na relação da artista com a cidade de São Paulo, os arranjos do repertório selecionado passeiam por ritmos diversos, do afrobeat ao samba, dub, hip-hop, to-ques afro-brasileiros e jazz, numa junção de synths, pro-gramações, metais, sopros e batidas. Em conjunto, com-põem uma sonoridade mais híbrida que faz o público experimentar uma perspec-tiva dançante e solar.

Um pouco sobre Karla da Silva

Nasceu em 1983 e foi criada em Pilares, su-búrbio carioca, ganhou projeção nacional e inter-nacional em 2012, quando se classificou como semi-finalista do The Voice Bra-sil, mas sua relação com o universo musical vem,

praticamente, do berço. Iniciou-se na música ain-da menina, nas rodas de violão do quintal de seus avós, quando também já participava dos ensaios da Escola de Samba do bairro, a Caprichosos de Pilares. Em 2002, ingressou na Escola de Música Villa-Lo-bos, onde estudou violino.

Estudou Canto com a pianista e cantora Vera Gama. Em 2013, lançou seu primeiro CD solo, “Quintal”; depois, vieram o DVD “Quintal ao Vivo” (2015) e o CD “Gente que Nunca Viu Vai Ver a Pretís-sima Coroação” (2016). Em sua trajetória, já dividiu o palco com grandes nomes da MPB, como Gal Costa, Milton Nascimento, Emici-da, Tulipa Ruiz, Chico Cé-sar e Marcelo Jeneci.

Serviço: Show de Karla da Silva8/3 (quinta-feira), às 14h e às 21hDuração: 90 minutosClassificação:12 anosSESC 24 DE MAIORua 24 de Maio, 109Teatro - 1º subsolo (216 lugares)Ingressos: R$ 30, R$ 15 e R$ 9.Ingressos à venda a partir de 27/02, às 18h, no portal sescsp.org.br e 28/01, às 17h30, nas bilheterias das unidades da rede Sesc SP. Venda limitada a 4 ingressos por pessoa.Mais informações:Facebook: facebook.com/sesc24demaioPortal: sescsp.org.br/24demaioFone: (11) 3350-6300

Flavio Nascimento

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11SP - Março de 2018 ARTES E CULTURA

De 13 de março a 20 de maio, a Caixa Cultural SP apresen-

ta a exposição “Tom Zé 80 Anos”, que celebra as oito décadas de vida do cantor e compositor tropicalista e sua obra. A mostra reúne obras gráficas, digitais e interativas que reavivam a trajetória do baiano, natural de Irará.

Músicas, fotos, textos e depoimentos são traduzidos em instalações concebidas especialmente para a expo-sição. Assim como o home-nageado, elas também se valem da multiplicidade de meios e linguagens na con-cepção artística. Entre as obras, uma linha do tempo detalhada perpassa os anos de vida de Tom Zé.

O trabalho gráfico-visual é assinado pelo designer, produtor de mídia interativa e curador da exposição, An-dré Vallias.

A história do artista: a vida no interior da Bahia, o começo de carreira, a Tro-picália, o reconhecimento internacional, os prêmios e homenagens recebidas ao longo dos anos, tudo é apre-sentado aos visitantes por fotos de acervo, textos com inclusões em braile e vídeos extraídos de diversos docu-mentários.

“O fato dessa exposição começar na Bahia e depois vir a São Paulo é muito sig-nificativo para mim, e muito acertado por conta dos dois laços fortes que mantenho. Tenho muitas amizades pro-fundas aqui em São Paulo que espero rever nesse gran-de encontro que será essa ex-posição”, comemora Tom Zé ao falar sobre a homenagem.

De “Tom Zé - Grande Liquidação”, primeiro disco autoral lançado em 1968, até “Canções Eróticas de Ninar”, lançado no ano pas-sado, a discografia comple-

Exposição “Tom Zé 80 Anos”, na Caixa Cultural SP

ta de Tom Zé, reunindo 28 trabalhos completos, estará disponível na exposição, evi-denciando a efervescência musical do artista.

“É uma celebração dos 80 anos de Tom Zé, focando bastante em sua obra e em seu pensamento musical. Trabalhamos muito em cima das letras mais emblemáticas dele”, explica Vallias, que possui no currículo, entre outros trabalhos, a consagra-da exposição “Gil 70 anos”, que passou por Salvador em 2013.

A exposição, idealiza-da pela cantora, produtora cultural e amiga pessoal de Tom Zé, Bete Calligaris, da Eureka Ideias (RJ), traz ainda a contribuição textual do es-critor Antônio Risério, além de uma pequena mostra de um acervo pessoal com mais

de 10 instrumentos inventa-dos pelo artista, a partir de objetos e materiais inusita-dos, e utilizados em muitas de suas gravações e shows.

“Além de um tropicalista sem igual, sempre original, e um dos artistas mais van-guardistas que temos, Tom Zé é também um amigo há mais de 25 anos. Depois de ter dedicado homenagens a grandes nomes da MPB, me senti na necessidade de tam-bém prestar essa reverência a ele, que celebrou recen-temente 80 anos de vida. Quero proporcionar essa alegria a ele. Iniciamos essa exposição na Caixa Cultural Bahia, onde Tom Zé nasceu, e conseguimos trazê-la para São Paulo, cidade que ele es-colheu para viver”, resume Bete Calligaris sobre a idea-lização da exposição.

Ficha Técnica:Curadoria e direção de arte:

André ValliasProjeto expográfico: Nelci

FrangipaniProdução: Refazenda

Produção local: Joseph Motta

Fotos: André Conti e Ana Ottoni

Fotos da exposição: acervo Tom Zé

Cenografia: Gert SeewaldProjeto de iluminação: Sa-

muel Betts (BeLight)Programação para tablet:

Daniel MonteiroTexto catálogo: Antonio

RisérioVídeo de divulgação: Jorge

BrennandAssessoria de imprensa: Colateral Comunicação

Realização: Eureka Ideias (Bete Calligaris e Sônia Dantas)

Serviço:Exposição Tom Zé 80 anosCaixa Cultural SP (Praça da Sé, 111 - Centro)De 13 de março a 20 de maio (de terça a domingo)Horário: das 9h às 19h

Informações: (11) 3321-4400Classificação indicativa: livreEntrada francaAcesso para pessoas com deficiência.

Buzinório: invenção de Tom Zé

Fotos: André Conti

Divulgação

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22/03De Londres a São PauloImpressões do jornalista

André Rocha.

29/03Jules Martin

O Construtor do Viaduto do Chá e sua biografia,

com Laércio Cardoso de Carvalho.

01/03Oscar Niemeyer

Seus prédios e projetos no centro de São Paulo(Ed. Copan, Ed. Eiffel,

entre outros).

08/03Dia da Mulher

Imperatriz Leopoldina e o livro A História Não

Contada - A Mulher que Arquitetou a

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