O NOSSO COLÉGIO

32
MARÇO / ABRIL 2013 ANO VII * NÚMERO 26 Colégio de N.ª Sr.ª da Paz Irmãs Doroteias PORTO O NOSSO COLÉGIO DIAS & OUTROS DIAS OPINIÃO GEOGRAFIA CIÊNCIA ARTES E LETRAS PASSATEMPOS p.02 p.18 p.19 p.21 P.24 P.25 p.32 O NOSSO COLÉGIO JARDIM DE INFÂNCIA Os meninos da sala dos 3 anos têm recebido umas visitas muito especiais. p. 03 O NOSSO COLÉGIO 3.º CICLO Os alunos do 7.º ano redigiram os seus autorretratos. p. 12 OPINIÃO O envolvimento parental na realização dos trabalhos de casa p. 19 O NOSSO COLÉGIO SECUNDÁRIO A importância da Educação Física e do exercício físico . p. 17 OPINIÃO IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO A vacinação revela-se cada vez mais uma das maiores vitórias da medicina. p. 20 CIÊNCIA As plantas também bebem? - uma experiência nas aulas do 6.º ano. p. 08

Transcript of O NOSSO COLÉGIO

Page 1: O NOSSO COLÉGIO

MARÇO /

ABRIL 2013

ANO VII * NÚMERO 26

Colégio de N.ª Sr.ª da Paz

Irmãs Doroteias PORTO

O NOSSO COLÉGIO DIAS & OUTROS DIAS OPINIÃO GEOGRAFIA CIÊNCIA ARTES E LETRAS PASSATEMPOS

p.02 p.18 p.19 p.21 P.24 P.25 p.32

O NOSSO COLÉGIO JARDIM DE INFÂNCIA Os meninos da sala dos 3 anos têm recebido umas visitas muito especiais.

p. 03

O NOSSO COLÉGIO 3.º CICLO Os alunos do 7.º ano redigiram os seus autorretratos. p. 12

OPINIÃO O envolvimento parental na realização dos trabalhos de casa

p. 19

O NOSSO COLÉGIO

SECUNDÁRIO A importância da Educação Física e do

exercício físico . p. 17

OPINIÃO

IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO A vacinação revela-se cada vez mais uma das maiores

vitórias da medicina. p. 20

CIÊNCIA As plantas também bebem? -

uma experiência nas aulas do 6.º ano. p. 08

Page 2: O NOSSO COLÉGIO

2

Muitas coisas aconteceram desde o últi-mo número do nosso jornal. A época apelou à interioridade e à espi-ritualidade e os diversos momentos vivi-dos permitiram que cada um dos nossos alunos fortificasse os valores que o de-vem guiar e orientar no percurso como pessoas. Entretanto, começou a azáfama do últi-mo período: projetos para terminar, últimos testes, Provas Finais… Assim, algum nervosismo, muita ansiedade e variadíssimas questões têm sido uma constante no quotidiano do colégio. No entanto, esta agitação é positiva, por-que nos permite a todos permanecer atentos e focados na consecução dos nossos objetivos.

Até ao próximo número Ana Luísa Correia

Editorial

O NOSSO COLÉGIO

MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

IX FEIRA DAS PROFISSÕES No passado dia 15 de fevereiro de 2013, os alunos do 9.º ano e o Serviço de Psicologia organizaram a IX Feira das Profissões do Colégio Nossa Senhora da Paz. Para a nossa turma, a feira teve início por volta das 14 horas, com a receção dos profissionais na portaria e o seu encaminha-mento para o local de realização da atividade. Às 15 horas, já com os profissionais distribuídos pelos diferentes pisos do edifício C, deu-se início à IX Feira das Profissões. Depois de uma breve apresentação do projeto às turmas participantes (2.ºA, 2.ºB, 7.º, 8.º e Ensino Secundário), os alunos, individualmente ou em pe-quenos grupos, entrevistaram os vários convidados de acordo com os seus interesses. Estes profissionais concederam, assim, a todos os alunos interessados uma oportunidade de conhecer e compre-ender melhor a vida profissional, respondendo às suas questões e dúvidas. Esta feira, que tinha como objetivo alargar os horizontes dos alu-nos, elucidando e dando a conhecer novas profissões, proporcio-nou-nos uma visão global sobre o mercado de trabalho, tendo sido muito interessante e produtiva, e corrido de acordo com as expetativas criadas. Fica o nosso agradecimento a todos os profissionais presentes.

9.ºAno

Visita Pascal e Eucaristia de Páscoa Já há alguns anos que temos no Colégio a tradição cristã da visita pascal (ou compasso): a cruz de Jesus pas-sa em cada grupo / turma, celebrando a sua Ressurreição! Também decorreu no dia 4 a habitual eucaristia da Páscoa, com toda a comunidade educativa.

Semana de Santa Paula Na semana entre 3 e 11 de março, sentimos, mais do que nunca, que SANTA PAULA ESTAVA EM TODO O LADO no Colégio! Celebrámos, de muitas formas, o seu nascimento (3 de Março) e a sua canonização (11 de Março). Os mais pequenos assistiram a um teatro de sombras e realizaram um quadro sobre os dons de Santa Paula. Os alunos do 1.º ciclo desenharam e construíram as imagens de Santa Paula que… invadiram o Colégio! Os alunos do 2.º ciclo aprofundaram os DONS de Santa Paula nas suas manhãs de reflexão da Quaresma. E como as festas também se celebram à mesa, a já tradicional pizza italiana foi um almoço muito especial… e o bolo de anos juntou todos na portaria do Colégio!

Page 3: O NOSSO COLÉGIO

3

Jardim de Infância

Sala dos 3 Anos

O NOSSO COLÉGIO

MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

Já estamos no último período E ainda muito temos para aprender, Continuar o nosso projeto E o ambiente proteger. Agora as pesquisas estagnaram E a construção iniciámos, A savana e a floresta, Na nossa sala edificámos. Nas construções que fizemos, Utilizámos material reutilizável, Pois os animais e a natureza estão em perigo E tem que se ser responsável. Mas não ficamos só pelo projeto E a vida de Jesus aprofundámos, Foi na nossa caminhada de Quaresma Que os nossos maiores dons encontrámos.

As figuras geométricas Também já descobrimos, Mas, de quando em vez, O quadrado e o retângulo confundimos. A nossa sala tem estado mais cheia, Pois os nossos pais a têm visitado. Adoramos a sua presença E tudo se torna ainda mais engraçado. Já semearam uma horta E histórias nos contaram, Fizeram relvinhas E um elefante montaram. A primeira visita de estudo, Estamos ansiosos por fazer, Faltam-nos muitas coisas na sala, Mas a floresta, queremos conhecer.

Sala dos 4 Anos O projeto de sala “Os dinossauros e a história da Terra” encontra-se na fase de execução. Decidimos em gru-po, após revisão das aprendizagens realizadas e as questões respondidas, o que iríamos construir. Sendo as-sim, com a ajuda/participação dos pais, juntámos material reciclado para a construção dos dinossauros de cada período da Era Mesozoica, as maquetes dos diferentes períodos bem como cenários. A escolha dos dinossauros para construção teve em conta certas características, como a sua alimentação, locomoção, habitat e defesa. As maquetes respeitaram o clima, a vegetação, o ambiente de cada período. Os pais sentiram-se envolvidos no trabalho de sala, mostrando preocupação de pesquisa antecipada, juntamente com os filhos, para as construções que se responsabilizaram por realizar. Conseguimos juntar pais e estes trabalharam em equipa.

Page 4: O NOSSO COLÉGIO

O NOSSO COLÉGIO

4

Sala dos 5 Anos

Jardim de Infância

Sala dos 4 Anos

MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

O interesse nas experiências continua e agora a realização das mesmas mais autonomamente. Visitámos a exposição “Dinossauros e o mundo pré-histórico” na Alfândega do Porto. A exposição deu-nos a oportunidade de concluir todas as nossas aprendizagens numa visão um pouco mais realista e aproximada da Era Mesozoica. Os dinossauros aproximados da escala real, as suas características, os períodos retratados, as escavações como na nossa área da paleontologia e, por fim, o cinema 5D, levando-nos numa viagem fantásti-ca à Era Mesozoica. Ainda visitámos a exposição da Era Glaciar e a Evolução humana, ou o mundo pré-histórico. O nosso projeto de sala está na reta final… Em breve, estará aí a nossa divulgação do projeto…e, por isso, uma exposição e um teatro para organizar.

Beijinhos dos meninos dos 4 anos, da Carla, da Isabel e da Catarina.

Depois de aprendermos um pouco mais sobre os cientistas e as suas descobertas, quisemos nós próprios dar largas à imaginação e reconstruir algumas invenções dos cientistas, que se tornaram fundamentais para os dias de hoje. Conhecemos o Benjamin Franklin e fizemos algumas experiências de eletricidade; conhecemos o Alexander Fleming e fizemos observações de alimentos com bolor, no microscópio; conhecemos o Philo Taylor e cons-truímos a nossa própria televisão; conhecemos os irmãos Wright e o Santos Dumont e construímos o nosso avião; conhecemos o Alexander Bell e experimentámos a comunicação telefónica através de dois copos liga-dos por um fio; conhecemos o Karl Benz e já começámos a construir o nosso carro Mercedes Benz. Muitos cientistas, muitas descobertas e muito trabalho. Para complementar o nosso trabalho de investigação, continuamos a receber os pais na sala que nos têm trazido experiências fantásticas e nos têm ajudado a fazer algumas descobertas científicas. Têm sido sema-nas muito preenchidas com experiências inovadoras. Descobrimos também que na cozinha podemos ser cientistas! Fomos ao Visionarium, como chefes do labora-tório, e fizemos ciência com os alimentos. Percebemos que muitas coisas que comemos resultam de reações químicas que ocorrem entre os diferentes ingredientes. De uma forma divertida, utilizámos gobelés, uma matraz, conta-gotas e uma proveta, como utensílios para confecionar iguarias surpreendentes. Descobrimos o efeito que o Agar-agar e o açúcar Isomalte podem fazer na confecção de gomas e chupas, assim como podemos fazer um bolo em 3 minutos. No final, provámos as nossas experiências. Uma delícia!

Page 5: O NOSSO COLÉGIO

1.º Ciclo

O NOSSO COLÉGIO

5

1.º ANO A

1.º ANO B

MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

Olá, amigos! Estamos cada vez mais crescidos! Se olharem bem para nós vão reparar que os nossos dentes de leite já caíram quase todos… No colégio já aprendemos todas as letras do alfabeto, já sabemos fazer operações, conhecemos sólidos geométricos e as suas carac-terísticas e tantas, tantas outras matérias que aprendemos com gosto, ao longo destes meses! Também fizemos visitas de estudo! No dia 17 de abril, fomos parti-cipar nas atividades propostas pela Fundação de Serralves! Fomos Cientistas no Parque durante a tarde e estivemos a fazer muitas experiências para descobrir as características da água. A nossa guia foi a Paula e explicou-nos, ao longo do percurso na quinta, como

funciona o ciclo da água. No final, até fizemos uma peça de teatro sobre esse tema. Foi muito giro! A nossa parte favorita foi o passeio que fizemos pela quinta. Encontramos uma égua muito meiguinha que nos deixou fazer festas. Também vimos muitos patos no lago. Foi uma tarde muito bem passada!

Olá, amiguinhos do Colégio Nossa Senhora da Paz! Depois de umas merecidas férias da Páscoa, regressámos cheios de vontade de aprender coisas novas. Para este jornal, decidimos apresentar-vos a primeiras histórias, que escrevemos em conjunto. Foi uma expe-riência muito divertida!

O COELHINHO BRANCO Era uma vez um coelhinho branquinho, que andava a passear num jardim. Ao passar junto de um rebanho de ovelhas, viu uma que estava ferida. Tentou ajudá-la, mas não conseguiu. Então, foi a correr chamar a avó Cecília. A avozinha tratou da ovelha, pôs-lhe uma ligadura para não lhe doer mais a pata. Depois, foram para casa e viveram felizes no jardim da avozinha.

A ESTRELA E O B ZIO A Estrela foi passear na praia. Não havia nuvens no céu e o sol brilhava. Ela foi brincar na areia e encontrou um búzio. Pegou nele, pô-lo no ouvido e ficou sentada, junto ao mar, a ouvir o ruído da água.

Até ao próximo número!

Textos coletivos, 1.º ano B

Page 6: O NOSSO COLÉGIO

1.º Ciclo

O NOSSO COLÉGIO

6

2.º ANO

3º ANO A

MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

Durante a última semana do 2.º período, contámos com a presença de alguns pais, com os quais tivemos a oportunidade de conhecer e explorar com mais clareza as nossas futuras escolhas profissionais. Foi um contributo enriquecedor, sem dúvida! Muito obrigado a todos!

2. ano A e B

Os alunos do 3.º ano A estiveram a pintar, na sala da aula, os ovos da Páscoa. Aqui ficam algumas imagens.

Page 7: O NOSSO COLÉGIO

1.º Ciclo

O NOSSO COLÉGIO

7

3.º ANO B

4.º ANO A

MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

No passado dia 14 de abril começou a viagem no nosso projeto de turma. Aterrámos na Cordoaria, onde conhecemos o passado da nossa cidade, observámos os indí-cios de uma possível história e…fotografámos. Acompanhados por um fotógrafo profissional e pela sua máquina fotográfica, percorremos a cidade do Porto em busca da nossa história. Tivemos a oportunidade de visitar o Centro Português de Fotografia e ficamos fascinados com as máquinas fotográficas utilizadas pelos espiões.

Dentro em breve terão notícias do nosso projeto, que está sempre bem acompanhado por uma…boa história.

Após a leitura de um texto de António Mota, “A prova oral”, resolvemos fazer uma entrevista aos nossos avós sobre o mes-mo tema, uma vez que, também nós, vamos fazer exame de 4.º ano e, por isso, despertou ainda mais o nosso interesse. Aqui fica o exemplo da entrevista ao avô do David Ramos. Eu sou aluno do Colégio da Paz, do 4.º ano e gostava e lhe fazer uma entrevista, porque li o texto “A prova oral” de An-tónio Mota e fiquei curioso para saber como era a quarta-classe e o exame, antigamente.

David: Como se chama? Avô: José Alberto.

David: Que idade tem? Avô: Tenho 64 anos.

David: Onde nasceu? Avô: Nasci no Porto.

David: Quando era criança, andou na escola? Avô: Sim, andei na escola.

David: Até que ano (classe)? Avô: Na escola primária da 1.ª à 4.ª classe; no liceu, do 1.º até ao 7.º; na Faculdade de Ciências do 1.º ao 3.º ano e, por fim, na Faculdade de Engenharia do 4.º ao 6.º ano. Naquele tempo, o curso de engenharia tinha 6 anos.

David: Em que escola andou? Avô: Numa das duas escolas primárias de Ermesinde.

David: Ainda se lembra do nome do seu (sua) Professor(a)? Avô: Sim, lembro-me bem, tive um único professor da 1.ª até à 4.ª classe, chamava-se Celso da Cunha. Te-nho muito orgulho de ter sido seu aluno.

David: E do nome de algum colega? Avô: Lembro-me do nome de muitos, mas atualmente já só tenho relacionamento com um ou dois. O mais amigo desses colegas foi o Luís.

Page 8: O NOSSO COLÉGIO

8

1.º Ciclo

O NOSSO COLÉGIO

4.º ANO A

MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

David: Qual era o horário da escola? Avô: Exclusivamente de manhã. Entrávamos às 9horas e saíamos às 12h45m. Tínhamos um intervalo en-tre as 10h50m e as 11h.

David: Qual era a sua disciplina favorita? Avô: Matemática.

David: Fez exame da 4.ª classe? Avô: Sim.

David: Em que ano? Avô: No ano letivo de 1958/59.

David: Onde fez o exame? (vila, aldeia ou cidade) Avô: Na vila de Ermesinde, que hoje é cidade.

David: Lembra-se de que roupa usou no dia do exame? (É verdade que vestiam roupa especial nesse dia?) Avô: Usei um fato cinzento, camisa branca, gravata e sapatos pretos. Era uma roupa especial, porque no dia a dia não andávamos assim.

David: O exame era constituído por uma prova oral e outra escrita? Avô: Sim, a prova escrita era constituída por um ditado de cerca de 20 minutos e uma redação. A mate-mática tinha exercícios que envolviam unidades de medida, operações com números decimais, números frac-cionários, equivalência de unidades e problemas mais ou menos complexos. Tinha ainda uma prova de dese-nho à vista.

David: Os alunos conheciam os júris dos exames? Avô: Sim, embora em tempos mais atrasados isso não acontecesse visto que, segundo me contaram, os alunos iam fazer exames a outra escola.

David: Considerou o exame difícil? Avô: Todos os exames, porque são exames, são difíceis. Mas, depois de feitos, em geral pareciam fáceis.

David: É verdade que se dizia que quando se reprovava “se levava uma raposa para casa”? Sabe porquê? Avô: Sim, ainda hoje quando se reprova, os mais velhos utilizam essa expressão, embora seja mais cor-rente dizer-se “levar um chumbo para casa.” Mas não sei explicar porquê.

David: Lembra-se de alguma pergunta do seu exame? Avô: Lembro-me bem desta: “Uma torneira enche um tanque em 4 horas e outra enche-o em 2h. Abrindo ao mesmo tempo ambas as torneiras, quanto tempo demora o tanque a encher?”

David: Considerou mais difícil a prova escrita ou oral? Avô: A prova oral é mais temível, porque há um contato direto entre o professor e o aluno. Naquela altu-ra não havia os afetos e a proximidade que hoje existem entre professores e alunos.

David: Preparou-se muito para o exame? Avô: Sim, tal como hoje, os trabalhos de dia a dia facilitam-nos os trabalhos de última hora, habituais em véspera de exame.

David: Quanto tempo demorou o exame? Avô: O exame distribuía-se por dois dias, com cerca de duas horas em cada dia. A prova oral não ultrapassa-va os 15 minutos e consistia em leitura, história e geografia.

David: Sabiam logo o resultado? Avô: Não.

Page 9: O NOSSO COLÉGIO

1.º Ciclo

9

O NOSSO COLÉGIO

MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

David: Quando fez o exame, sentia-se muito nervoso? Avô: Sim, sim.

David: Como lhe correu o exame? Avô: Bem. Tanto quanto me lembro não havia uma nota quantitativa, havia apenas um “aprovado” ou “reprovado”, conforme os casos. A minha foi Aprovado.

David: Continuou os estudos depois da quarta classe? Avô: Conforme já disse, continuei por muito mais tempo. E desse tempo guardo boas recordações, é um tempo que deve ser aproveitado para preparar o futuro e viver com alegria o presente. Muito obrigada por responder às nossas perguntas.

4.º ANO A

4.º ANO B

O 4.º ano B ouviu ler uma bela história de Oscar Wilde, “O príncipe feliz”, que retrata valores muito impor-tantes como a solidariedade, partilha, amor… Aqui fica um resumo da história e alguns comentários dos alunos:

A história fala de um príncipe que era feliz, porque vivia num castelo onde era pro-tegido de todo o mal e onde não conhecia as lágrimas. Mas, quando morreu, fizeram uma estátua coberta de ouro fino em sua homenagem e colocaram-na no cimo de uma alta coluna. Dali, o Príncipe Feliz conseguia ver toda a tristeza e toda a miséria da cidade e, por isso, não parava de chorar. Por aquela cidade passou uma andorinha e, ao tentar abrigar-se debaixo da estátua do príncipe, deu-se conta de que ele chorava e, tentando saber o que se passava, a ave tentou ajudá-lo, desenrolando-se assim uma amizade muito especial.

A estátua pediu à andorinha para retirar as suas pedras preciosas e a sua camada de ouro e que os distribuís-se pelos mais necessitados. Mas, depois de algum tempo, a pequena andorinha, que já não aguentava o frio inverno, acabou por morrer, aos pés do Príncipe Feliz, declarando o seu amor. Vendo a sua amada morta, o coração de bronze da estátua partiu-se… Na manhã seguinte, o Presidente da Câmara passou por lá e, ao ver o estado deplorável em que a estátua se encontrava, mandou fundi-la. Mas não conseguiram fundir o coração e acabaram por deitá-lo fora, atirando-o para a mesma lixeira onde se encontrava o corpo da andorinha. Quando Deus pediu a um anjo para lhe levar as coisas mais valiosas do mundo, o anjo levou-lhe o coração de bronze e a andorinha morta.

Texto coletivo 4.ºB

A minha parte favorita foi quando a andorinha prometeu ficar ao lado do príncipe para o poder ajudar. [Maria Teixeira]

O meu momento preferido foi quando entregaram o coração da estátua e o corpo da andorinha a Deus. [Maria Teresa Ginoulhiac]

Não interessa o aspeto ou riqueza das pessoas, mas sim o que elas são por dentro. [Benedita Borges Pinto]

O momento de que mais gostei foi quando Deus pediu a um anjo que lhe levasse as coisas mais valiosas do mundo, e ele levou o coração partido da estátua e a andorinha morta. [Isabel Moutinho]

Quando mandaram fundir a estátua, o coração não fundiu devido ao amor que existia entre a andorinha e o príncipe feliz. [Tomás Pinto]

Page 10: O NOSSO COLÉGIO

10

2.º Ciclo

O NOSSO COLÉGIO

5.º ANO Nas últimas aulas de Formação Cristã do 2.º período, as turmas do 5.º ano estiveram a ensaiar e a represen-tar uma peça de teatro baseada no conto O Suave Milagre de Eça de Queiroz. Aqui fica a transcrição do mes-mo:

O SUAVE MILAGRE

Nesse tempo Jesus ainda se não afastara da Galileia e das doces, luminosas mar-gens do lago de Tiberíade—mas a nova dos seus milagres penetrara já até Enga-nim, cidade rica, de muralhas fortes, entre olivais e vinhedos, no país de Issacar. Uma tarde um homem de olhos ardentes e deslumbrados passou no fresco vale, e anunciou que um novo profeta, um rabi formosa, percorria os campos e as aldei-as da Galileia, predizendo a chegada do Reino de Deus, curando todos os males humanos. [...] Ora entre Enganim e Cesareia, num casebre desgarrado, sumido na prega de um cerro, vivia a esse tempo uma viúva, mais desgraçada mulher que todas as mu-lheres de Israel. O seu filhinho único, todo aleijado, passara do magro peito a que ela o criara para os farrapos da enxerga apodrecida, onde jazera, sete anos passados, mirrando e gemendo. Tão longe do povoado, nunca esmola de pão ou mel entrava o portal. [...] Um dia um mendigo entrou no casebre, repartiu do seu farnel com a mãe amar-gurada, e um momento sentado na pedra da lareira, coçando as feridas nas per-nas, contou dessa grande esperança dos tristes, esse rabi que aparecera na Gali-leia, e de um pão no mesmo cesto fazia sete, e amava todas as criancinhas, e enxugava todos os prantos, e prometia aos pobres um grande e luminoso reino, de abundância maior que a corte de Salomão. A mulher escutava, com olhos fa-mintos. E esse doce rabi, esperança dos tristes, onde se encontrava? O mendigo suspirou. Ah esse doce rabi! Quantos o desejavam, que se desesperançavam! [...] Obed, tão rico, mandara os seus servos por toda a Galileia para que procurassem Jesus, o chamassem com promessas a Enganim; Sétimo, tão soberano, destacara os seus soldados até à costa do mar, para que buscassem Jesus, o conduzissem, por seu mando, a Cesareia. [...] E todos voltavam como derrotados, com as san-

dálias rotas, sem ter descoberto em que mata ou cidade, em que toca ou palácio, se escondia Jesus. A tarde caía. O mendigo apanhou o seu bordão, desceu pelo duro trilho, entre a urze e a rocha. A mãe retomou o seu canto, a mãe mais verga-da, mais abandonada. E então o filhinho, num murmúrio mais débil que o roçar de uma asa, pediu à mãe que lhe trouxesse esse rabi que amava as criancinhas, ainda as mais pobres, sarava os males, ainda os mais antigos. A mãe apertou a cabeça esguedelhada: - Oh filho! E como queres que te deixe, e me meta aos caminhos à pro-cura do rabi da Galileia? [...]

A criança, com duas longas lágrimas na face magrinha, murmurou: - Oh mãe! Jesus ama todos os pequeninos. E eu ainda tão pequeno, e com um mal tão pesado, e que tanto queria sarar! E a mãe, em soluções: - Oh meu filho, como te posso deixar? Longas são as estradas da Galileia, e curta a piedade dos homens. Tão rota, tão trôpega, tão triste, até os cães me ladrariam da porta dos casais. Ninguém atenderia o meu recado, e me apontaria a morada do doce rabi. Oh filho! Talvez Jesus morresse… Nem mesmo os ricos e os fortes o encontram. O Céu o trouxe, o Céu o levou. E com ele para sempre morreu a esperança dos tristes.

MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

Page 11: O NOSSO COLÉGIO

11

O NOSSO COLÉGIO

2.º Ciclo

6.º ANO

NOVAS AVENTURAS DE ULISSES Ulisses encontrava-se triste e com saudades da sua mulher e do seu filho. Há sete anos que se encontrava prisioneiro na ilha de Ogígio. O seu desespero para dali sair era cada vez maior. Tinha que elaborar um plano para conseguir sair da ilha, uma vez que nenhum barco ali passava. Pensou que teria de encontrar forma de construir uma jangada às escondidas de Calipso. Começou a procurar uma maneira, até que um dia encontrou, num rochedo junto à água, a passagem para uma caverna, provavelmente causada por uma tempestade. Então, decidiu levar para ali madeira para construir a jangada. Com um machado, cortou troncos de árvo-

res para usar na base da jangada. Enquanto Calipso dormia, aos poucos Ulisses construiu a sua jangada. Após estar concluída, foi recolhendo alguns mantimentos para poder levar consigo na viagem. Depois de tudo pronto, Ulisses pôs-se a pensar como poderia fugir da ilha sem Calipso dar por isso. Algum tempo depois, teve uma ideia: no bosque colheu diferentes frutos, entre os quais um semelhante a ginja, pequenas bolinhas vermelhas que, depois de ingeridas, provocam muito sono. Então, preparou uma sobremesa em que disfarçadamente incluiu este fruto e serviu-a a Calipso, que rapida-mente adormeceu num sono muito pesado. Ulisses pegou na sua jangada e pôde finalmente fugir da ilha.

Albano Fonseca 6.º A

Ulisses estava muito triste, pois não sabia o que fazer para escapar de Ogígia. Já tinha pensado em fugir a nado, mas não tinha força suficiente. Um dia, estava a passear pela ilha quando, de repente, viu um mapa já muito antigo, amachucado, semien-terrado na areia. Este indicava o caminho para descobrir o Tesouro da ilha de Ogígia. Então, Ulisses resolveu seguir as pistas que se encontravam no mapa. Havia uma que dizia assim: “Se subires à árvore mais alta de Ogígia que fica na “Serra Alta” verás a ilha de Ogígia inteira; aí verás um caminho que te levará ao Tesouro”. Ulisses assim fez: subiu à árvore mais alta de Ogígia, na “Serra Alta”, e viu o tal caminho azul. Desceu da árvore e seguiu o caminho, no final do qual encontrou um grande barco à vela, com uma tabuleta que dizia: “Se estiveres perdido na ilha de Ogígia, leva este barco até à tua casa. Se não estiveres perdido, deixa o bar-co para quem se seguir.” O nosso herói ficou muito contente, pois deste modo já poderia regressar a casa.

Beatriz Amaral 6.º B

MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

De entre os negros trapos, erguendo as suas pobres mãozinhas que tremiam, a criança murmurou: - Mãe, eu queria ver Jesus… E logo, abrindo devagar a porta sorrindo, Jesus disse à criança: - Aqui estou.

Page 12: O NOSSO COLÉGIO

12

3.º Ciclo

O NOSSO COLÉGIO

7.º ANO AUTORRETRATOS

Chamo-me Ana Francisca. Sou uma rapariga de doze anos; alta e magra, mas não muito. Tenho óculos verdes e, atrás deles, estão os meus olhos castanhos, quase pretos, que fazem lembrar duas azeitonas. Acima destes estão as minhas espessas sobrancelhas, que, quando faço expressões negativas, surpreendidas ou desentendidas, se deslocam de um lado para o outro como umas bailarinas dançantes. Ainda mais acima, na minha testa, encontram-se inúmeras espinhas que parecem crateras vulcânicas. O meu nariz não é nem grande, nem pequeno e tenho a cana do nariz bem saliente, o que ajuda a suspender os óculos. Abaixo encontra-se a minha boca, média, com os lábios averme-lhados, cor de melancia, e dentes nivelados e esbranquiçados.

O meu cabelo é castanho-escuro, de tamanho médio e bipolar: tanto pode ser encaracolado como ondulado, tem dias… As orelhas são pequenas, mas ainda assim têm três furos, onde penduro os meus brincos: dois na direita e um na esquerda. O pescoço é médio e fino. De facto, todo o meu corpo é proporcional, com exceção dos meus pés que são anormalmente grandes… Sou uma rapariga que, vista por estranhos, parece tímida; mas, na verdade, assim era como as minhas amigas gostavam que eu fosse, pois, quando estou à vontade, sou muito brincalhona e tenho uma maluquice acima do normal… No entanto, quando estou a fazer algo de importante e sério, sou muito mais reservada, séria, empenhada e esforçada, por saber que no futuro esta tarefa pode revelar-se fundamental.

Ana Francisca Magalhães

Alto, forte e desengraçado são as minhas características evidentes. Nos últimos tempos os meus ossos resolveram acelerar e eu cresci abruptamente. Infelizmente não fiquei mais magro, e continuo com o que o meu pediatra chama “sobrepeso”. Lamentavel-mente, a minha motricidade continua tosca, como a de um macaco ou de um urso. É uma espécie de imagem de marca. Olhando mais de perto, vê-se que tenho uma cara redonda, bolachuda, e uns olhos cas-tanhos bastante expressivos. Infelizmente a idade não perdoa e a adolescência explodiu na minha cara. Quando olho ao espelho, só vejo espinhas, pontos negros e um bigode a crescer.

O meu temperamento não me deixa passar despercebido. Sou efusivo, divertido e um pouco irascível. Tam-bém me destaco pela cultura geral e inteligência, modéstia à parte. Tenho tendência para dar a minha opinião, se possível com humor, o que desagrada a algumas pessoas, que confundem o meu gosto pela ironia e jogos de palavras com querer ser o centro das atenções. Se calhar o meu tom de voz (bastante alto) ajuda nessa impressão. Às vezes, perco a cabeça quando as pessoas são injustas ou grosseiras. Nesses momentos não me controlo e desato aos berros. Definitivamente, tenho que aprender a dominar melhor as minhas emoções. Do que realmente mais gosto é de estar com amigos e falar de assuntos que me agradam, como futebol, mú-sica e política. Em poucas palavras, acho que tracei o meu retrato.

João Vasco Pereira Sou uma rapariga morena, não muito alta nem muito gorda. Possuo feições bem-feitas e, quando esboço um sorriso, geralmente duas belas covinhas dançam na extremidade dos meus lábios. De sorriso metálico, embo-ra este não vá durar muito, gosto de sorrir, principalmente quando me sinto verdadeiramente satisfeita ou orgulhosa, por mim ou pelos outros. Gosto de me vestir de simples maneiras e de alegres e suaves cores, como o branco ou o beje, e, acima de tudo, confortáveis; pois, por vezes, o conforto vence qualquer falta de formosura ou elegância no modo de vestir de uma pessoa.

MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

Page 13: O NOSSO COLÉGIO

13

O NOSSO COLÉGIO

8.º ANO BRUNO, O PROTECTOR

Era uma vez um rapaz chamado Bruno, era filho único e tinha uma boa vida. Ia para a escola, brincava com os amigos e tinha uma boa relação com os pais. Os seus pais eram ricos e, por isso, viviam numa casa muito grande, luxuosa e confortável. Graças à riqueza da família, os três viajavam muito e passavam as férias em locais como Londres, Nova York, Paris e outros lugares conhecidos. Também viajavam muito por causa do emprego do pai, que trabalhava nu-ma empresa que estava espalhada pelo globo, pelo que tinha que ir a várias das fábricas da empresa. Quando se preparavam para umas férias em Roma, o pai recebeu uma chamada do chefe a dizer-lhe para ir para a Alemanha, porque, por causa de uma greve, houve alguns estragos e ele era preciso para organizar as pessoas. Eles foram de comboio para a Alemanha, em 1ª classe. Quando estavam a descansar nos seus lugares, um assaltante entrou na carruagem e disse: - Dêem-me todo o vosso dinheiro e poupo-vos a vida. As pessoas ficaram aterrorizadas e começaram a entregar as suas carteiras. Mas, o pai de Bruno resistiu ao assaltante. Então, este pegou num telemóvel, saltou do comboio e, de repente, ouviu-se um telemóvel a to-car, seguido de uma explosão. Depois da explosão, Bruno acordou e, observando a área, descobriu que não havia mais ninguém. Sabendo que iria morrer por causa do sangue a escorrer-lhe por todo o corpo, procurou um papel e uma caneta e es-creveu o seguinte: “Nesta viagem de comboio estava eu e os meus pais. Apareceu um assaltante, que fez explodir o comboio e todos morreram; menos eu. Se encontrarem este papel procurem pelo meu corpo também.

Bruno”

Algum tempo se passou e Bruno estava desesperado, queria acabar com aquilo naquele momento, até que ouviu vozes que se aproximaram dele e então ele foi salvo. Uma ambulância levou-o para o hospital, onde os médicos conseguiram curar os ferimentos. Após sair do hospital, já recuperado, teve de ir para um orfanato. Lá, não era tratado como antes. Já não viajava, nem podia ficar num sofá confortável a ver televisão o tempo que quisesse. Cada dia para ele era uma tortura, porque alguns dos rapazes que lá estavam gozavam com ele. Ao completar 18 anos, deixaram-no sair do orfanato. Um dia, Bruno fez o que pensava que deveria ter feito no dia do assalto, terminar a sua vida. Então, foi para o local do assalto e... foi atropelado por um comboio.

No entanto, um indivíduo não é apenas constituído pela sua aparência física, modos, gostos e preferências face ao seu modo de vestir; mas também pelo seu lado psíquico e neurológico, aquilo que se encontra por baixo da “fria máscara que todos trazemos cons-tantemente vestida”: a nossa consciência, pensamentos, a nossa maneira de ser e estar em sociedade. Psicologicamente, caracterizam-me a humildade e a alegria. Considero-me inteligente, que é a virtude (da qual sou possuidora) que mais me agrada e a que realço como sendo, do meu ponto de vista, algo de muito bom. Sou determinada, corajosa e dedicada aos meus deveres e obrigações, embora também me divirta. Não sou orgulhosa ou presunço-

sa; ao realçar certas qualidades, como havia feito anteriormente, tinha como objetivo salientar o que mais me agrada na minha pessoa. Porém, também possuo alguns defeitos: sou perfecionista – outrora não o era, mas, com o tempo, este péssimo defeito foi-se desenvolvendo-, instável, influenciável, vulnerável, sensível, emocional (em demasia) e, por vezes, invejosa. Sendo estas as minhas duas “metades”, penso que o meu lado psicológico vai ao encontro do meu lado físico; pois preferindo as cores suaves e sendo sorridente, espero transparecer a sensibilidade e a busca da perfei-ção, e não a rigidez ou intransigência.

Matilde Gandra

3.º Ciclo

MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

Page 14: O NOSSO COLÉGIO

14

8.º ANO

Nesse momento, por alguma razão, o comboio explodiu e Bruno, transformado em fantasma, viu o caos que causou e por isso tentou compensar, protegendo todos os comboios que passavam naquela linha. A partir daí, sempre que passava um comboio, os passageiros ouviam: “Boa viagem, no caminho viverás!”.

João Pedro Campos

SONHO… OU TALVEZ N O Rodrigo era um rapaz de 16 anos. Vivia numa pequena casa à beira da praia, com os seus pais e irmãos. Era muito inteligente, no entanto, não utilizava esta qualidade para estudar ou tirar boas notas nos testes, mas sim para passar o dia a jogar no seu computador. Depois da escola, quando chegava a casa, dirigia-se para o seu quarto, ou mais precisamente, para a sua secretária e começava a jogar. No dia do seu aniversário, a mãe ofereceu-lhe um novo jogo, que Rodrigo andava a pedir já há muito tempo. Mal o abriu, gritou de emoção e foi experimentá-lo imediatamente. O jogo era exatamente como ele imagi-nara. Era o jogo que todos os rapazes gostariam de ter. E as horas foram passando e passando e Rodrigo não saía do quarto. Às oito da noite, o seu pai foi chamá-lo para o jantar, mas ele não tinha fome. Continuava a jogar…estava viciado! Não conseguia parar! De repente, enquanto passava mais um nível, ouviu uma voz estranha que parecia estar a chamá-lo. Mas o rapaz, que já estava a jogar há tantas horas, não ligou, pensando que seria por causa de já ser tão tarde e ele ainda estar acordado. Mas a voz continuava a chamá-lo e Rodrigo não sabia o que era. Começou a ficar assustado e decidiu ir deitar-se porque podia ser do cansaço, mas deixou o jogo ligado. Adormeceu rapidamente… de súbito, alguém começou a sair do ecrã do computador. Ele não deu por nada, visto que estava a dormir tão profundamente. Era uma das personagens do seu jogo que tinha vindo do mun-do virtual para o mundo real. Rodrigo acordou sobressaltado. Ao ver o que se passava ficou muito assustado, mesmo aterrorizado. Começou uma luta entre o rapaz e o personagem quase interminável. Agarravam-se, arranhavam-se, batiam um ao outro… isto porque Rodrigo o queria mandar de volta para o seu mundo virtual, mas o outro rapaz não queria. E a luta continuava. No quarto ao lado, Sofia, a irmã de Rodrigo, dormia des-cansada como se nada estivesse acontecer. Mas a verdade, é que aquele barulho todo não se ouvia no resto da casa. Era como se fosse tudo imaginação! Mas o adolescente sabia que não era e tentava mandá-lo de volta para o jogo. O outro personagem perdia partes do seu vestuário durante a luta, tal como o rapaz. Dei-xou cair um dos sapatos, o relógio e, enquanto os tentava apanhar, Rodrigo conseguiu colocá-lo de novo no ecrã do computador. Ficou de pé, em silêncio, sem querer acreditar no que tinha sucedido nas últimas horas. Arrumou o quarto. Fingiu que nada tinha acontecido. Deitou-se, cobriu-se com os três cobertores da cama e tentou dormir. Eram oito da manhã, quando o despertador tocou. Ele saltou da cama e tudo estava no seu lugar. Vestiu-se, lavou os dentes e foi tomar o pequeno-almoço. Durante a refeição, contou aos pais o que tinha acontecido, mas ninguém acreditou nele. “Isso é de jogares tantas vezes esses jogos!”- dizia o pai. “Foi só um sonho, Rodrigo.”- dizia a mãe. Ele acabou por esquecer o assunto e convenceu-se de que, se calhar, tinha sido mes-mo só um sonho…afinal, mais ninguém tinha ouvido nada e ele tinha ficado a jogar computador até tão tarde que era bem possível que não passasse disso. Ao meio-dia, a empregada de limpeza chegou. Não estava mais ninguém em casa. Dirigiu-se ao quarto de Rodrigo para fazer a cama e, ao levantar o colchão, reparou num relógio muito antigo debaixo da cama. Pe-gou nele e colocou-o na mesa-de-cabeceira. Sabia que não era de Rodrigo, mas podia ser de outra pessoa e ela não queria perdê-lo. Afinal, teria sido mesmo só um sonho?

Carolina Pinho

3.º Ciclo

O NOSSO COLÉGIO

MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

Page 15: O NOSSO COLÉGIO

15

3.º Ciclo

O NOSSO COLÉGIO

8.º ANO

O EX RCITO TEM UM C O Era castanho, tinha pelo liso, com algumas manchas, era jovem, grande e forte, de raça pura… este pastor alemão era o animal mais temido do exército. Tudo começou em pleno campo de batalha, numa guerra entre a América e o Iraque. O Iraque estava a ven-cer, as tropas americanas eram cada vez menos, e os sobreviventes estavam a ser encurralados, sem sítio por onde escapar, era o desespero! Os americanos estavam a dar tudo por perdido. Até que, avistaram um cão a correr por entre as trincheiras inimigas: -O que é que o bicho está ali a fazer? -pensaram os americanos. De seguida, ouviu-se um comunicado do sargento americano, que estava na base: -Daqui base, já enviei o reforço. - Disse o sargento. -Mas, não estamos a ver nada para além de um cão! - Exclamou o homem das transmissões. -Pois, o cão é o reforço! - Afirmou o sargento. Os soldados americanos só tiveram tempo de ver a base iraquiana a explodir, o inimigo estava em desvanta-gem numérica, e os americanos tinham que aproveitar. Havia sangue, armas e fardas de soldados espalhados por todo o terreno. A guerra tinha acabado, o último avião iraquiano estava a despenhar-se, e era o cão que saía de lá em paraquedas.

Rui Santos

UMA AVENTURA

Rodrigo é um rapaz de 15 anos, que vive com a sua mãe numa casa modesta e acanhada, com apenas 4 divi-sões. É um rapaz rebelde, desportivo, aventureiro e despreocupado. Certa noite, como era habitual, jogava no computador até às tantas da noite, sem se preocupar com o facto de, claro, ter aulas no dia seguinte. Mas, nessa noite, nem tudo aconteceu dentro da normalidade: após apagar as luzes do quarto, começou a ouvir vozes vindas do computador, pareciam vir de um homem jovem e forte. Acordou com um sobressalto e viu o PC a piscar com luzes ofuscantes. As vozes foram-se intensificando e acabaram por deixar uma mensagem muito clara: “Entra no jogo, tens três vidas, a começar AGORA!!!”. E, quando deu por si, estava dentro de uma luta com guerreiros pré-históricos, todos eles a tentarem atacá-lo. Como seria de esperar, acabou vencido, restando-lhe apenas duas vidas. Rodrigo, possuidor de tantas inquietações, viu-se transportado para uma estação de comboio, montado numa bicicleta. Continuou a andar passivamente, até que, de um momento para o outro, o jogo pregou-lhe uma partida e colocou-lhe um comboio mesmo na sua frente. Ele já estava tão cansado que acabou por desistir, deixando-se atropelar pelo comboio. Quando conseguiu abrir novamente os olhos, deparou-se com cães ameaçadores que o cercavam. Estava alge-mado, e a área parecia abandonada. Não tinha ninguém que o pudesse socorrer, e esta era a sua última vida. Quando começou a tentar fugir dos cães, lembrou-se que tinha uma tablete de chocolate na mochila que tinha às costas. Tirou-a e atirou-a aos cães. Entretanto, aparece um cão com um ar protetor, descendo o céu num balão de ar quente. O cão transportou-o para a sua cama e, no visor do computador, aparceram as seguintes palavras: “Parabéns, já podes dormir em paz!”

Maria Teresa Araújo

MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

Page 16: O NOSSO COLÉGIO

16

"SE PUDERES OLHAR, V . SE PUDERES VER, REPARA."

Saramago, contracapa de Ensaio sobre a cegueira

As injustiças sociais e a discriminação foram, durante anos, temas arredados do debate social, ético e político. No entanto, com algumas mu-danças de mentalidade, “solidariedade” e “integração” são palavras cada vez mais conhe-cidas por todos, de miúdos a graúdos, graças aos apelos lançados por todo o lado, quer nas esco-las, quer nos meios de comunicação social. São ainda temas que assumem particular importância para escritores e pensadores, entre eles o Nobel da Literatura José Saramago, que, numa poética citação nos destaca a importância do ver e do reparar, ponto de vista com o qual concordo particularmente.

Um dos fatores que trouxe algumas garantias de uma menor discriminação e de um maior respeito pela digni-dade humana foi a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), adotada pela ONU, a 10 de dezembro de 1948 e que tem, segundo a própria Assembleia Geral da ONU, o objetivo de se tornar “o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações”. Nesta carta estão delineados os direitos fundamentais do Homem e, desde a sua aprovação, milhares e milhares de pessoas de todo o mundo, a título de exemplo, adquiriram o direito à habitação que, antes da DUDH, lhes era incessantemente negado. Ainda, outro dos fatores que considero constituírem um pilar para esta alteração na maneira de olhar os ou-tros é o difícil momento em que vivemos. É verdade, estamos em crise, mas as pessoas não deixaram de aju-dar aqueles que mais precisam. Hipocrisia ou não, a maioria das pessoas diz que “ajuda porque tem consciência de que deve e porque, um dia em que precise, outros fá-lo-ão por si”. É por estas razões e talvez por mais algumas que não enumerei que o Banco Alimentar Contra a Fome, projeto criado em 1990 por iniciativa de José Vaz Pinto, regista desde 1992, com duas raras exceções nos anos de 2001 e 2008, um crescimento da tonelagem de produtos recebi-dos, sendo que em 2011 já registava mais de 30.200 toneladas. Para concluir, penso que o “ver”, enquanto sensibilização para as condições em que tantos milhares de “outros” vivem, é importante e faz com que dignifiquemos o nosso “eu”. Devemos, por isso, praticar o “ver” e o “reparar”, não tanto por considerarmos que um dia seremos nós a precisar de auxílio, mas mais para fi-carmos de consciência tranquila, de bem com a vida e com os outros.

Daniel Silva, 11.º ano

DEWEY, John (1859-1952), Filósofo americano, pedagogo e reformador social. John Dewey é um dos principais proponentes da corrente americana de pensamento conhe-cida como pragmatismo, uma perspectiva que rejeita a epistemologia dualista e a metafísi-ca da filosofia moderna em favor de uma abordagem naturalista que considera o conheci-mento como emergente de uma adaptação activa do organismo humano ao seu ambiente.

«A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida.»

Filo—Pensando

O NOSSO COLÉGIO

Secundário

MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

Imagem de http://projetoreligar.ning.com

Page 17: O NOSSO COLÉGIO

17

«"Conhece-te a ti mesmo!" Foi a partir da pedra-angular socrática que os alunos do 11.º ano iniciaram as suas reflexões para este Fórum! Fica o contributo do Daniel e o desafio para todos!»

CONHECEMO-NOS A N S PR PRIOS? A resposta a esta pergunta sempre fascinou todos aqueles que, de áreas que vão desde a psicologia à episte-mologia e à gnosiologia, se debruçaram sobre a mente humana e a noção que esta tem de si mesma. Para tentar encontrar a resposta a esta pergunta – algo que em absoluto dir-se-ia muito difícil ou talvez im-possível – podemos analisá-la tendo por base as perspetivas que surgiram em relação aos problemas do co-nhecimento, nomeadamente quanto à origem e à possibilidade do conhecimento. Temos então, de um lado, o racionalismo dogmático de Descartes, filósofo francês dos séculos XVI e XVII, e do outro, o ceticismo defendido por David Hume, pensador escocês que viveu durante o século XVIII. Sob o ponto de vista cartesiano, e após aplicarmos o seu método, iríamos de certeza concluir que todo o co-nhecimento que possuímos de nós próprios é oriundo da razão, é-nos inato e foi-nos colocado no intelecto por Deus, um ser perfeito. Portanto, ser-nos-ia possível conhecermo-nos a nós próprios, pois conseguíamos discernir-nos com clareza e evidência. Numa visão humeana da questão, e sendo David Hume um céptico – embora não tão céptico como Pírron de Elis – coloca em dúvida que exista alguma vez conhecimento real, uma vez que acredita que a mente e o intelecto humanos têm algumas limitações. Deste modo, Hume, que defende que todo o conhecimento que obtemos provém da experiência (daí ser em-pirista), concluiria certamente que nos é totalmente impossível o conhecimento da nossa própria mente, uma vez que é uma realidade metafísica que transcende o alcance do nosso entendimento. Na minha opinião, que vai “beber” um pouco de ambas as perspetivas acima referidas, diria que por um lado acredito que Descartes terá uma certa razão na medida em que afirma que nascemos com conhecimento, mas tomo igualmente como verdadeira um pouco da tese de Hume. Assim, para mim, o autoconhecimento é um processo contínuo, que se vai enriquecendo à medida que o tempo passa e que vamos acumulando vivên-cias e memórias.

Daniel Silva, 11.º ano

A IMPORT NCIA DA EDUCA O F SICA

Hoje em dia, há uma grande discussão acerca do pa-pel do exercício físico, nomeadamente a sua impor-tância ao nível escolar. As aulas de Educação Física são uma fonte essencial de preparação física, sendo por vezes o único garante de alguma atividade física para algumas crianças e jovens, numa sociedade em que o sedentarismo não para de aumentar. Para além disso, por ser uma disciplina cujas aulas têm um ambiente mais descontraído e desprovido da formalidade de uma sala de aula, a Educação Física pode também aliar “o melhor de dois mundos”: a prática de desporto, cujos benefícios para a saúde são tão conhecidos, com o convívio, que, em idade escolar, é um fator que se revela uma peça importan-

tíssima no caráter dos alunos. Por vezes, juntando estes dois polos de desenvolvimento escolar, podem surgir coisas bem divertidas. Vejam por vocês mesmos!

Daniel Silva e Catarina Cardoso, 11.º ano

MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

Secundário

O NOSSO COLÉGIO

Page 18: O NOSSO COLÉGIO

18

Mês de Maio: Efemérides

DIAS&OUTROS DIAS...

MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

7 de abril de 1921 - O Diário de Lisboa «apareceu precisamente numa época em que a imprensa, após um período de largas e fundas turbulências políticas e sociais, sentia a necessidade de reagir em sentido con-trário, a fim de que o País reconquistasse aquelas virtudes que constituíam o seu património moral». (Fonte: Diário de Lisboa n.º 10542, de 07-04-1952, p. 1) O Arquivo & Biblioteca da Fundação Mário Soares transferiu para suporte digital a coleção do Diário de Lis-boa, que se publicou entre 1921 e 1990. Podem ser consultadas as páginas dos 79 anos em que este periódico se publicou nas instalações do Arquivo & Biblioteca ou, online.

16 de abril de 1931 - Sob a direção de João de Castro Osório (1899-1970), escritor de ten-dência nacionalista, a revista Descobrimento publicou 7 números de 1931 até ao Verão de 1932. Entre inúmeros outros textos, a revista divulgou fragmentos do Livro do Desassossego e poemas assinados por Fernando Pessoa e pelo seu heterónimo Álvaro de Campos. Todos os números desta revista literária na Biblioteca Nacional de Portugal (Cota J. 2334 B). Na data da primeira publicação, o Diário de Lisboa informa os seus leitores de que se encon-tra à venda, nas livrarias portuguesas, o primeiro número da revista Descobrimento: «com 150 páginas e óptimo papel […] propõe versar problemas culturais, com espírito nitidamente

europeu». (Fonte: Diário de Lisboa n.º 3 060, de 16-04-1931, 11º ano de publicação, p. 1) 18 de Abril de 1842 - nascimento, em Ponta Delgada, do escritor e poeta português Antero Tarquínio de Quental. Teve um papel importante no movimento da Geração de 70. Os seus livros Odes Modernas e A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais, ambos de 1865, estiveram implicados na Questão Coimbrã.

23 de abril - «O Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de Abril, dia de São Jorge. Esta data foi escolhida para honrar a velha tradição catalã segundo a qual, neste dia, os cavaleiros oferecem às suas damas UMA ROSA VERMELHA DE SÃO JORGE (Saint Jordi) e recebem em troca, UM LIVRO. Em simultâneo, é prestada homenagem à obra de grandes escritores, como Shakespeare e Cervantes, falecidos em 1616, exatamente a 23 de Abril. Partilhar livros e flores, nesta prima-vera, é prolongar uma longa cadeia de alegria e cultura, de saber e paixão». (Fonte: texto retirado da página do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas)

7 de maio de 1857 - Nascimento do escritor português Fialho de Almeida, o escritor português de, entre outras obras, Os Gatos e O País das Uvas. Faleceu a 4 de Março de 1911. É dele o juízo tão atual e oportuno: "Instruir, salubrizar, enriquecer... Nenhuma obra de governo forte pode assentar sobre aquisições que não sejam as derivadas próximas destes postulados máximos e extremos."

12 de Maio de 1936 - Nascimento do poeta e político português Manuel Alegre de Melo Duarte. Nas últimas comemorações do 25 de abril, a sua composição “Trovas de vento que passa” (1963) abriu a sessão solene na Assembleia da República. O poema musicado foi cantado pelo grupo de fados de Coimbra “Capas Negras”.

“Pergunto ao vento que passa Notícias do meu país

E o vento cala a desgraça O vento nada me diz.(…)”

Professora Ana Marta Gomes Fonte de imagens e textos (adaptados): http://www.leme.pt/ e http://noticias.pt.msn.com/

Page 19: O NOSSO COLÉGIO

19

Pontas Soltas

O P I N I Ã O

Serviço de Psicologia ENVOLVIMENTO PARENTAL NO TPC A investigação revela efeitos positivos do TPC na aprendizagem dos alunos. Face aos problemas em torno do TPC (e.g. dificuldades, faltas de TPC ou realização incompleta), o envolvimento parental (EP) tem sido refe-renciado na literatura como fator importante na taxa de completamento e qualidade do TPC. No entanto, há formas de EP menos adequadas e que influenciam negativamente a tarefa e, consequentemente, a aprendi-zagem. Para além disso, esta tarefa pode ser fonte de conflitos entre pais e filhos. Neste sentido, este artigo foi pensado para ajudar os pais a melhorarem o seu envolvimento no TPC dos filhos. Antes de mais, EP no TPC não significa fazerem o TPC pelos filhos ou serem seus professores! Em vez disso, os pais podem providenciar o espaço e materiais necessários para a realização do TPC; comunicar com os profes-sores; supervisionar; monitorizar a atenção, motivação e emoções; ajudar a gerir o tempo; definir regras; responder a questões ou dúvidas sobre o TPC e elogiar o bom trabalho desenvolvido. De todas as formas de envolvimento, a monitorização é considerada a mais importante, uma vez que promove a autonomia da crian-ça na abordagem à sua aprendizagem que, por sua vez, está associada a maior taxa de completamento de TPC e a notas mais elevadas. Contudo, existem pais que se envolvem no TPC dos filhos, de modo inadequado. Há casos em que os pais optam por ensinar a matéria, podendo acontecer que as suas técnicas sejam diferen-tes das utilizadas pelos professores, levando à confusão na criança e interferência na sua aprendizagem; nou-tros casos os pais fornecem apoio excessivo, favorecendo a batota. Outros aspetos negativos referem-se às expressões de insatisfação/desaprovação com o nível de esforço ou realização da criança que é percebido como “pressão” e frequentemente leva ao “descompromisso” para com a tarefa. Por outro lado, pode acontecer que os pais não se sintam capazes de ajudar os seus filhos no TPC levando à sua frustração. Para além disso, as exigências do trabalho e da família podem tornar mais difícil o papel dos pais no apoio ao TPC dos filhos, originando stress e pressão familiar. Situação que se agrava e retira muita energia e tempo às famílias, quando as crianças são mais novas; têm muito TPC e/ou que não está relaciona-do com a matérias que deram na aula; ou em que o professor não forneceu explicações acerca da sua realiza-ção; ou quando a criança não tem a certeza de como o efetuar. Aqui torna-se imperativo que os pais tentem perceber junto da criança a razão pela qual a leva ter dificuldades no TPC. Será a quantidade de TPC que não está adequada ou será que alguns conteúdos não foram bem compreendidos? Assim, a comunicação com o professor é essencial, de modo a colmatar a origem dos problemas relacionados com o TPC. Concluindo, “tal como um banco de três pernas, o TPC exige um professor que o prescreva e forneça feed-back, um pai/mãe que o monitorize e um aluno que o realize”. Se uma das pernas fraqueja o banco pode partir-se. Para que isso não aconteça terminamos com algumas dicas para os pais à hora do TPC.

MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

Page 20: O NOSSO COLÉGIO

20

O P I N I Ã O

Espaço Saudável Paulo Mesquita,

Enfermeiro

A vacinação revela-se cada vez mais uma das maiores vitórias da medicina, sendo que previne, de forma efi-caz e massiva, determinadas doenças graves. “Em Portugal, administram-se vacinas desde o início do século XIX, designadamente a antivariólica, mas foi apenas a partir de 1965, com a criação do Programa Nacional de Vacinação (PNV) que os ganhos em saúde foram significativos. No final desse ano, iniciou-se a vacinação em massa contra a poliomielite, registando-se então 292 casos da doença; no ano seguinte registaram-se apenas 13 casos, o que traduz uma redução de 96%! Em 1966, efetuou-se a vacinação em massa das crianças contra a difteria e a tosse convulsa, registando-se nesse ano 1010 casos de difteria e 973 casos de tosse convulsa; no ano seguinte, após a vacinação, registaram-se apenas 479 casos da primeira doença e 493 da segunda, ou seja, uma redução de 50%!“ – www.vacinas.com.pt O PNV tem sido atualizado ao longo dos anos com a inclusão de mais vacinas, reconhecendo o inestimável benefício das mesmas. Atualmente, o PNV apresenta a seguinte configuração:

CONSULTA DO VIAJANTE

Sempre que pretender viajar para fora da Europa deve dirigir-se a uma consulta de saúde do viajante. Se viajar com a família, designadamente com crianças e idosos, tenha em atenção os cuidados especiais de que necessitam. As consultas de saúde do viajante são efetuadas por médicos especialistas em doenças infeciosas e em medicina tropical (componente viagens). Nestas consultas o viajante é aconselhado pelo médico relativamente a medidas preventivas a tomar antes, durante e após a viagem, nomea-damente a vacinação.

IMPORT NCIA DA VACINA O

MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

Page 21: O NOSSO COLÉGIO

21

Geografia

GEOGRAFIA

MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

RESPOSTAS AO DESAFIO V

LUGAR 1: Tsingy de Bemahara (Madagáscar) Pista: As suas arestas cortantes, de cerca de 30 metros de altura, resultam

da erosão da rocha calcária e transformam a região num labirinto quase im-penetrável. Na língua malgaxe significa “andar na ponta dos pés”. Em que parque natural foi tirada esta fotografia?

LUGAR 2: Deserto do Namibe Pista: Este deserto ocupa uma extensa área costeira no sudo-

este de África e é considerado o mais antigo do mundo. LUGAR 3: Monte Fuji

Pista: Maior pico (ponto grande branco) de um dos países mais desenvolvidos do mundo e um dos mais conhe-

cidos do planeta, é na realidade um vulcão, cuja última erupção aconteceu há três séculos. Mais exatamente em 16 de dezembro de 1707, quando lançou uma chuva de cinco centímetros de cinzas sobre a então capital do país.

RESPOSTAS AO DESAFIO VI

LUGAR 1: Festival das Luzes (Tailândia) Pista: O festival envolve muitas cidades da Tailândia. A festa acontece para

venerar vários deuses, come-morar o

final da temporada de chuvas e visa trazer boa sorte. Geralmente é em No-vembro, mas a data exata é na lua cheia do 12º mês do calendário lunar da Tai-lândia. Em 2013 será no dia 17 de no-vembro. Qual o nome do festival? LUGAR 2: Somália Pista: Localizado no Corno de África, é

um dos países mais pobres do mundo. Qual é?

As suas dunas de areia chegam a ultrapassar os 340 metros e são as mais altas que se conhecem! Em condições bastante adversas há, contudo, uma planta que marca a paisagem: a welvitchia mirabilis, cujas folhas absorvem a escassa humidade do ar e que chega a ul-trapassar os 100 anos de vida!

Na maior parte dos seus quase 650 mil quilómetros quadrados, impera uma secura mortal. Desde a anti-guidade que os seus habitantes mantêm uma compe-tição constante por água e pastagens. Segundo o etnógrafo I.M. Lewis, os ocupantes deste território (país) “formam um dos maiores blocos étnicos exis-tentes em África”. Por tradição, são pastores de cabras, camelos e vacas, partilhando a mesma fé islâmica e a mesma língua. Até à época colonial, em finais do século XIX, mantiveram sob ocupação gran-de parte do “Corno de África”, incluindo o que hoje é o Djibuti, o Nordeste do Quénia e a região oriental da Etiópia. Adaptado de National Geographic Portugal, Setem-

bro de 2009

Page 22: O NOSSO COLÉGIO

22

LUGAR 3: Costa dos Mosquitos Pista: É uma região (assinalada a vermelho) histórica do Caribe formada pela costa

atlântica das atuais Nicarágua e Honduras. Dominada por muito tempo pelo Reino da Grã-Bretanha, foi incorporada à Nicarágua em 1894 e, em 1960, a sua parte setentrional foi concedida à Honduras pelo Tribunal Internacional de Justiça. Qual o nome desta região?

RESPOSTAS AO DESAFIO VII

LUGAR 1: Calcutá Pista: Fundada em 1690 pela Companhia Inglesa das Índias Orientais, tendo sido

a capital da Índia britânica de 1833 a 1912, esta megacidade, com os seus cerca de 16 milhões de habitantes apresenta graves problemas urbanísticos como a pobreza, a poluição, o crime e tráfego. Que cidade é esta?

LUGAR 2: Corredor de Wakhan Pista: Estes longos vales correspondem a um corredor que faz fronteira com o Tajiquistão a norte, Paquistão

a sul e China a leste. Qual o nome deste corredor

LUGAR 3: Parque Nacional da Peneda - Gerês Pista: Único parque nacional português. Qual o seu nome?

Geografia

GEOGRAFIA

MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

Hoje é dia de mudança: todos os bens do khan são atados ao dorso de um iaque. Entre esses bens contam-se uma dúzia de bules, um fogão de ferro fundido, uma bateria de automóvel, dois painéis solares, uma iurta e 43 cobertores. Os nómadas são peritos em fazer mudanças. Os quirguizes do Afeganistão repetem-nas duas a quatro vezes ao ano, dependendo das condições climáticas e da disponibilidade de erva para os animais. Chamam à sua terra pátria Bam-e Dunya, que significa “teto do mundo”. Este ambiente em que vivem também representa o limi-te extremo da sobrevivência humana. A sua terra é composta por dois longos vales escavados por glaciares, os Pamir, profundamente entalados no meio das altas montanhas da Ásia Central. Grande parte do território situa-se a uma altitude superior a 4.250 metros. O vento sopra furio-samente e é quase impossível praticar a agricultura. A temperatura pode descer abaixo do pon-to de congelação 340 dias por ano. Muitos quirguizes nunca viram uma árvore. Esta zona fez parte da Rota da Seda que unia a China ao Oeste, servindo de caminho para exércitos, explora-dores e missionários. Marco Polo percorreu-a no fim do século XIII.

Page 23: O NOSSO COLÉGIO

23 MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

Geografia

GEOGRAFIA

RESPOSTAS AO DESAFIO VIII

LUGAR 1: Lago Inle (Myanmar) Pista: Remar com as pernas para deixar as mãos livres, pescadores graciosos

apelam aos turistas que querem ver uma terra intocada pela modernidade. Em que lago podemos encontrar estes pescadores?

LUGAR 2: Deserto de Atacama Pista: Estas rosas dão título a um

livro de Luís Sepúlveda. Onde as po-demos encontrar?

LUGAR 3: Península de Musandam Pista: É uma pequena península do leste da Arábia que, com os territórios

adjacentes, constitui um enclave omanita. O território é limitado a norte pelo Estreito de Ormuz, do outro lado do qual se estende a costa do Irão. Qual o seu nome?

RESPOSTAS AO DESAFIO IX

LUGAR 1: Manarola

Pista: É uma das localidades (vilas) que constituem as famosas Cinque Terre, um

dos percursos de maior atração turística da Riviera da Ligúria, no Norte de Itália. Qual o seu nome? LUGAR 2: Sesimbra Pista: Vila portuguesa. Qual é?

LUGAR 3: Arquipélago de Colombro (Ilhas Galápagos) Pista: Formam um grupo de 13 ilhas, das quais apenas quatro são habitadas, situ-

adas no Oceano Pacífico. O arquipélago apresenta uma biodiversidade elevada e é o habitat de uma fauna peculiar que inclui muitas espécies endémicas. Qual o seu nome?

"(...)Tinha chovido miúda e subtilmente, como em quase todos os dias 31 de Março (…). Quando me pus de pé, vi que o deserto estava vermelho, intensamente vermelho, coberto de pequenas flores cor de sangue. - Ali as tens. As rosas do deserto, (...) As plantas continuam ali, debaixo da terra sal-gada. Viram-nas os atacamenses, os incas, os conquistadores espanhóis, os soldados da guerra do Pacífico, os operários do salitre. Continuam lá e florescem uma vez por ano. Ao meio-dia já estarão calcinadas pelo sol".

" Aninhada no sopé da serra do Risco e banhada por um Atlântico que ali mantém as suas águas abso-lutamente serenas, é uma pitoresca vila cujas origens se perdem na bruma dos tempos. Desde sem-pre dedicada às artes da pesca, atividade que ainda hoje ali é significativa, viu-se de repente, a partir de meados do século XX, como destino turístico de eleição e isso deu novo fôlego à vila, no-meadamente no que diz respeito ao seu crescimento populacional. Quanto às praias que a banham, são das mais belas do país. A poente situa-se a praia do Ouro e do lado oposto a Califórnia. Ao cen-tro, como que a delimitá-las, está a Fortaleza de Santiago, construção do século XVII que marca, de forma imponente o areal, a baía e a vila.".

Page 24: O NOSSO COLÉGIO

24

CIÊNCIA

Ciência QUAIS OS PIGMENTOS EXISTENTES NOS CLOROPLASTOS?

Os cloroplastos são organelos característicos das células vegetais (fig.1), responsáveis pelo armazenamento dos pigmentos fotossintéticos essenciais para a fotossíntese. São delimitados por uma dupla membrana de constituição básica idêntica à da membrana celular. Internamente possui sáculos, os tilacoides, que formam estruturas empilhadas. É na membrana dos tilacoides que se localizam os pigmentos fotossintéticos. Recorrendo à técnica de cromatografia em papel (fig.3) foi possível separar os diferentes pigmentos fotossin-téticos presentes nos cloroplastos. Com esta atividade prática concluímos que existem vários pigmentos inseridos nos cloroplastos, pois ao fim de algum tempo conseguimos observar no papel de filtro, de baixo para cima, bandas de diferentes cores que correspondem aos diferentes pigmentos presentes nos cloroplastos. Identificamos clorofila a – verde intensa, clorofila b – verde-amarelada e carotenoides – amarela alaranjada.

Aula laboratorial de Biologia/Geologia Cíntia Macedo, 10.ºano

AS PLANTAS TAMB M BEBEM? Durante a aula prática de Ciências Naturais, os alunos do 6.º ano, depois de estudarem a Hipótese da Pressão Radicular, testaram o transporte da seiva bruta nas plantas. Esta hipótese postula que existe uma pressão formada na raiz (pressão radicular) que impele a seiva bruta para cima. A acumulação de água na raiz provoca então uma pressão radicular (pressão positiva da raiz) que força a água a subir. Dois fenómenos apoiam esta teoria/ Evidências: - Exsudação – subida contínua da água, mesmo cortando ou podando as suas extremidades. - Gutação – Liberação de água sob a forma de gotículas pelas folhas através de hidátodos ou estomas aquífe-ros. Este fenómeno ocorre geralmente de manhã, já que a maior absorção de água ocorre durante a noite. O transporte da seiva bruta ao longo do caule pode ser evidenciado após absorção de água corada que mani-festa a sua cor nas pétalas de uma flor branca.

MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

Page 25: O NOSSO COLÉGIO

25

ARTES&LETRAS

MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

Língua Inglesa

Página das Línguas

Page 26: O NOSSO COLÉGIO

26

ARTES&LETRAS

Página das Línguas

MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

Língua Espanhola PEREGRINACI N A SANTIAGO DE COMPOSTELA

El miércoles 13 de marzo, el tercer ciclo y secundaria hicieron, con sus profesores, una peregrinación a Santiago de Compostela. El viaje empezó sobre las 7:00 de la mañana. A las 9:30 paramos un poco para poder descansar del viaje y para comer la merienda de la mañana. Enseguida, partimos en dirección a Santiago. Sobre las 10:30, llegamos a nuestro destino y nos dirigimos desde luego a la Catedral de Santiago. Ahí, pudimos asistir a la misa, en la que participamos, rezamos por el nuevo Papa y nos sentimos benditos.

Después de la celebración, fuimos todos a almorzar cerca de la Catedral. Después de la comida, caminamos por las típicas calles de Santiago, comunicando con la gente y entrando en las tiendas, de modo a que cada uno pudiese traer su recuerdo de esta maravillosa ciudad. Por la tarde, volvimos a la Catedral y visitamos su interior. Subimos las escaleras y abrazamos a Santiago, pidiendo un deseo para nuestra vida. Finalmente, iniciamos el viaje de regreso al Colegio; nos quedamos un poco en Valença, donde merendamos; llegamos al colegio sobre las 19:30. Nos encantó la peregrinación, porque además de relajarnos un poco, pudimos todavía reflexionar sobre nues-tras vidas. ¡Y la gran sorpresa! Nunca nos olvidaremos de este día: ¡13 de marzo de 2013, el día en que fue elegido el Papa Francisco!

Pedro Magalhães y Rita Costa, 8.º curso

CUARESMA

Esta es la época, De mejorar nuestra calidad de vida,

De caminar hasta el cambio, Siempre con esperanza sentida.

Esta es la época,

De aumentar nuestra fe, De compartirla,

Sin nunca olvidarla.

Esta es la época, De la aventura por la fe,

De meditaciones y oraciones, Y de abrir nuestros corazones…

Beatriz Serpa Pinto, 9.º curso

Page 27: O NOSSO COLÉGIO

27

ARTES&LETRAS

MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

Página das Línguas

Língua Francesa Mon collège est grand, moderne et bien équipé. Il a une cour de récréation, un gymnase, un laboratoire, des salles de classe et une cantine. Mon emploi de temps est assez bon. Mes cours commencent à huit heures et demie. J’ai cinq matières par jour. Je n’ai pas cours le mercredi après-midi, le samedi et le dimanche. Dans ma classe, il y a vingt-trois élèves: quatorze filles et neuf garçons. Nous, les élèves, sommes sympathi-ques et gentils, mais, parfois, nous sommes un peu bavards. Ma matière préférée est l’Histoire. J’aime aussi la Mathématique, parce que c’est utile. Je n’aime pas l’Édu-cation Musicale, parce que c’est ennuyeuse. J’aime beaucoup Physique-Chimie. J’aime beaucoup mon collège!

Matilde Gandra, 7º Ano

Folha Pautada Deixo aos Pais, um estudo publicado no “ Journal of Neuroscience” sobre a importância da formação musical no desenvolvimento cerebral das crianças.

FORM O MUSICAL PRECOCE AUMENTA DESENVOLVIMENTO CEREBRAL

A aprendizagem de um instrumento musical antes dos sete anos de idade aumenta significativamente o desenvolvimento cerebral revela um estudo publicado “Journal of Neuroscience”. O estudo conduzido pelos investigadores da Concordia University, nos EUA, demonstrou que a aprendizagem de um instrumento, durante os seis e os sete anos de idade, tem efeitos benéficos ao desenvolvimento do cérebro e produz alterações duradouras nas capacidades motoras e na estrutura cerebral. “A aprendizagem de um instrumento requer a coordenação das mãos e de um estímulo visual ou auditivo. A prática de um ins-trumento antes dos sete anos aumenta, provavelmente, a normal maturação das ligações entre regiões moto-ras e sensoriais do cérebro”, revelou, em comunicado de imprensa, o líder do estudo, Virginia Penhune. De forma a chegar a estas conclusões, os investigadores submeteram 36 músicos a uma tarefa de movimento tendo posteriormente realizado ressonâncias magnéticas aos seus cérebros. Metade dos participantes tinham iniciado a sua formação antes dos sete anos, enquanto que a outra metade começou mais tarde. No entanto, todos os participantes tinham os mesmos anos de experiência. Estes dois grupos de músicos foram também comparados com indivíduos que tinham tido pouca ou nenhuma formação musical. Quando os investigadores compararam as capacidades motoras dos dois grupos de participação verificaram que os músicos que começaram a aprender mais cedo eram mais precisos. Relativamente à estrutura do cére-bro, o estudo apurou que os músicos que começaram a ter formação musical precoce apresentavam um au-mento numa zona específica da substância branca que é constituída por fibras nervosas que ligam as regiões motoras es querda e direita do cérebro. Quanto mais cedo a formação musical era iniciada maior era a liga-ção entre as duas regiões. As ressonâncias magnéticas mostraram que não havia diferenças entre os indivíduos que não tinham aprendi-do música e os que tinham iniciado a sua formação numa idade mais tardia. Estes resultados sugerem que o desenvolvimento cerebral ocorre precocemente ou então não ocorre de todo. “Este estudo é importante na medida em que demonstra que a aprendizagem de um instrumento musical é mais eficaz em idades precoces, porque existem determinados aspectos da anatomia do cérebro que são mais sensíveis a alterações nestas idades”, explicou o co-autor do estudo, Robert J. Zatorre. “Verificámos que os músicos que iniciam a formação precocemente apresentam algumas capacidades especí-ficas e alterações no cérebro. Contudo, isto não faz deles, necessariamente, melhores músicos. O desempe-nho musical é uma capacidade, mas também envolve comunicação, estilo e outras tantas coisas que não se medem. Assim, iniciar a aprendizagem musical precocemente pode ajudar a genialidade de um músico, mas não faz dele um génio”, conclui a investigadora.

Professora Manuela Costa

MON COLL GE

Page 28: O NOSSO COLÉGIO

28 MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

ARTES & LETRAS

Mas que Pinta! Prenda do dia do Pai—1.º A e 1.º B

Prenda do dia do Pai—2.º A e 2.º B

Prenda do dia do Pai—3.º A e 3.º B

Page 29: O NOSSO COLÉGIO

29 MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

ARTES & LETRAS

Mas que Pinta! Lembrança da Páscoa—3.º A e 3.º B

Lembrança da Páscoa—4.º A e 4.º B

Semana de Santa Paula—4.º A e 4.º B

Prenda do dia do Pai—5.º A, 5.º B e 5.º C

Page 30: O NOSSO COLÉGIO

30 MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

ARTES & LETRAS

Mas que Pinta!

Nuno Coutinho—5.º A Margarida Silva—5.º B

Inês Ferreira—5.º C Cristiana Ferreira 5.º A

Catarina Guimarães—5.º B

Diogo Soares—5.º C

Prenda Dia do Pai—6.º A e 6.º B

Prenda do dia do Pai—5.º A, 5.º B e 5.º C

Page 31: O NOSSO COLÉGIO

31 MAR./ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

ARTES & LETRAS

Mas que Pinta!

Tomás Monteiro e Duarte Araújo—6.º B Francisco Teixeira e Maria Santos—6.º B

Mariana Soares—7.º Rui Ramos—7.º ano Rui Santos—8.º ano Carolina Pinho—8.º

Marta Rodrigues—9.º Leonor Rocha—9.º

José Saraiva—9.º João Macedo—9.º

Page 32: O NOSSO COLÉGIO

PASSATEMPOS

32 MAR./ ABR. 2013 * Ano VII * N. 26

Matemática Divertida

SOLUÇÕES NO JORNAL ON-LINE

QUEM QUE CORRE? Quatro atletas, a Ana, o Filipe, a Carla e o Daniel (um nada, outro patina, outro esquia e outro corre) estão sentados à volta de uma mesa quadrada. A pessoa que nada está à esquerda da Ana. A pessoa que esquia está em frente ao Filipe. A Carla e o Daniel estão lado a lado. Uma rapariga está à esquerda da pessoa que patina. Quem é que corre?

SUDOKU 7 5 6 8 4 3

9 2 5 4 6

6 3 4 7 1 2 8

4 6

3 1 2

6 9 3 7 2 8 1

6 1

8 6 3

1 2 4

UM LABIRINTO DE TRI NGULOS Parte de C e volta a C passando uma só vez por todos os pontos de encontro dos vários segmentos.

OS CACIFOS Numa turma há 12 alunos com cacifos (numerados de 1 a 12). Todos os cacifos se encon-tram fechados. Chega o 1º aluno e abre todos os cacifos. O 2º aluno fecha todos os cacifos pares. O 3º aluno troca o “estado” de todos os cacifos múltiplos de 3 (se está aberto fecha-o, se está fechado abre-o). O 4º aluno troca o “estado” de todos os cacifos múltiplos de 4, e assim sucessivamente. Quantos cacifos ficarão abertos depois do 12º alunos mudar o “estado do 12º cacifo?