O Novo Comentário BÃblico Novo Testamento - Earl D. Radmacher Ronald B. Allen H

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  • ONovoC O M E N T R I O

    BBLICONOVO

    TESTAMENTOcom recursos adicionais

    A Palavra de Deus ao alcance de todos

    Editores

    Earl D. Radmacher Ronald B. Allen H. Wayne House

  • REIS BOOKS DIGITAL

  • ONovoC O M E N T R I O

    BBLICONOVO

    TESTAMENTOcom recursos adicionais

    A Palavra de Deus ao alcance de todos

    Earl D. R adm acher Doutor em Teologia / Editor Geral

    R onald B. A llen Doutor em Teologia

    H. W ayne H ouse Doutor em Teologia e Direito

  • Copyright 1999 por Thomas Nelson, Inc. Copyright 2009 por Editora Central Gospel

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)Ttulo original: New lllustraded Bible Commentary - Spreading the light of Gods Word into your lifeTtulo em portugus: O novo comentrio bblico NT, com recursos adicionais A Palavra de Deus ao alcance de todos.Editores: Earl Radmacher, Ronald B. Allen e H.Wayne House Rio de Janeiro: 2010 864 pginasISBN: 978-85-7689-142-01. Bblia - Comentrio bblico I. Ttulo II.

    Gerncia EditorialJefferson Magno Costa

    Coordenao do projetoPatrcia Nunan

    TraduoBruno Destefani Eduardo M. Oliveira Hivana Malafaia Nria Soares Patrcia Aguiar Roberto Alves Simone Campos Valria Lamim Delgado

    Capa, projeto grfico e diagramaoJoede Bezerra

    Cotejamento, pesquisa e revisoAndra Ribeiro Clia Nascimento Claudia Lins Joseane Cabral Josemar Pinto Judson Canto Mike Martinelli Nilda Nunes Patrcia Calhau Patrcia Nunan Reginaldo de Souza Rosa Maria Ferreira Rosana Brando Tatiane Souza

    Impresso e acabamentoProl Grfica

    I a edio: janeiro/2010

    Os textos bblicos utilizados neste comentrio foram os da Verso Almeida Revista e Corrigida (ARC). Eventualmente, foram comentados palavras e expresses da Almeida Revista e Atualizada (ARA), da Nova Verso Internacional (NVI), da New King James (NKJ) e outras verses assinaladas, sempre com o fim de ampliar o entendimento dos leitores a respeito de aspectos importantes dos textos originais da Palavra de Deus.E proibida a reproduo total ou parcial do texto deste livro por quaisquer meios (mecnicos, eletrnicos, xerogrficos, fotogrficos etc), a no ser em citaes breves, com indicao da fonte bibliogrfica.Este comentrio est de acordo com as mudanas propostas pelo novo Acordo Ortogrfico, que entrou em vigor a partir de janeiro de 2009.

    Editora Central Gospel Ltda Estrada do Guerengu, 1851 - Taquara - Rio de Janeiro - RJ

    Tel. (21) 2187-7000 www.editoracentralgospel.com

  • C o la b o r a d o r es

    Ronald B. A llen, Th. D.

    RayBakke, D. M in ., Th. D Calvin Beisner, Th. D.

    Barry J. Beitzel, Ph. D.Darrel Lane Bock, Ph. 0.

    James Borland, Th. D.

    D ickC hew n ing , Ph. D.

    R obertB . C h isholm Jr. Th. D.

    M ichael G. Cocoris , D.D.

    Ronald Dennis Cole, Th. D.Joseph Edward Co leson, Ph. D.

    W. R obertC ook, Th. D.

    SueC otten Barry C. Davis, Ph. D.Darry l DelHoussaye, D. M in.Gary Waine Derickson, Ph. D.

    Joseph C. D illow , Th. D.

    Duane A rth u r Dunham, Th. D.David J. Eckman, Ph. D.

    Stanley A. E llisen, Th. D.

    A rthu r L. Farstad, Th. D. (in m em oriam )

    D ie trich Gruen, M. Div.Pete Hamm ond, M. Div.

    W illiam Hendricks, M . A., M. S.H. Wayne House, Th. D., J. D.

    David M. Howard Jr., Ph. D.

    Tho m a s lce , Ph. D.

    S. Lewis Johnson J r Th. D.

    Sharon Johnson, D. B. A.W alter C. Kaiser Jr., Ph. D.

    Deborah Jane Kappas, Th. M.J. Cari Laney, Th. D.Donald H. Launsteln, Th. D.

    Asa Boyd Luter Jr., Ph. D.

    W alter C re ighton M arlowe, Ph. D.

    Eugene H. M e rrill, Ph. D.

    Bruce M. Metzger, Ph. D Thom as Kem Oberholtzer, Th. D.G regory W. Parsons, Th. D.

    Dorothy Kelley Patterson, D. M in., Th. D.

    Richard D. Patterson, Ph. D.Susan Perlman

    Earl D. Radmacher, Th. D.

    Neil Rendall, B. Div.M oishe RosenRay C. Stedm an, D. D (in m em oriam ) C lin ton S tockweli, Ph. D., Th. D.Stanley D. Toussaint, Th. D.W illem VanGemeren, Ph. D.

    Bruce K. Waltke, Ph. D., Th. D.

    John F. W alvoord, Th. D., D. D , L itt. D.

  • A b r e v ia t u r a s

    L iv r o s d a B b l i ;1 A n t ig o T e s ta m e n to N o vo T e s ta m e n to ^ ^ ^ ^ B t H H t I I I M I I ^ I H I

    Gn Gnesis Mt Mateus a.C. antes de CristoEx Exodo M c M arcos d.C, depois de CristoLv Levtico Lc Lucas c. [c irca ] Aproxim adam ente, por vo lta deNm Nmeros Jo Joo com p. com pararDt Deuteronm io At Atos dos A psto los cap. C ap tu lo (s )Js Josu Rm Romanos ed. editado, edio, ed ito rJz Juizes 1 Co 1 Corntios ex. exemploRt Rute 2 Co 2 Corntios gr. grego1 Sm 1 Samuel Gl Glatas hb. hebraico2 Sm 2 Samuel Et Efsios ibid. ib idem , no mesmo luqar1 Rs 1 Reis Fp F ilipenses i.e. id est, isto 2 Rs 2 Reis Cl Colossenses lit. L itera l, litera lm ente1 Cr 1 Crnicas 1 Ts 1 Tessalonicenses NT Novo Testamento2 Cr 2 Crnicas 2 Ts 2 Tessaionicenses AT A ntiqo TestamentoEd Esdras 1 Tm 1 Tim teo P- pqina, pqinasNe Neemias 2 Tm 2 Tim teo trad. traduo, tradutor, traduzidoEt Ester Tt Tito vol. volum eJ J Fm Filemom v. versculo, versculosSI Salm os Hb HebreusPv Provrbios Tg TiagoEc Eclesiastes 1 Pe 1 PedroCt Cantares 2 Pe 2 PedroIs Isaas 1 Jo 1 JooJr Jerem ias 2 Jo 2 JooLm Lam entaes 3 Jo 3 JooEz Ezequiel Jd JudasDn Daniel Ap Apoca lipseOs OsiasJl JoelAm AmsOb AbadiasJn JonasMq M iquiasNa ' NaumHc HabacuqueSt SofoniasAg AgeuZc ZacariasMl M alaquias

  • Um t ip o d ife r e n te de COMENTRIO BBLICO

    odas as pessoas que leem a Bblia tm o desejo saber mais sobre o que h nas Escrituras e entend-la melhor. Diversos tipos de materiais de apoio vm sendo desenvolvidos para atender a este propsito, embora a maior parte deles seja focada em categorias especficas de informao atlas, mapas para o estudo de rotas; dicionrios, para a perfeita compreenso das palavras; ou livros que tratam de temas especficos da Bblia. No entanto, para um entendimento global e o estudo geral da Bblia, a m elhor fonte de informao um comentrio bblico.

    Os comentrios podem ser de diversos tipos e so encontrados em uma grande variedade de formatos e tamanhos, desde aquele que foi publicado em apenas um volume at o que possui sessenta volumes. Infelizmente, eles tambm tm um estigma negativo, pelo menos para pessoas no muito esclarecidas. Basta citar a palavra comentrio para pessoas leigas, e ouvir algumas o classificarem de longo, spero, chato, ou confuso. Isto porque muitos comentrios so escritos e desenvolvidos para estudiosos e especialistas, e cumprem bem o seu objetivo de fornecer informaes especializadas, especficas e detalhadas para telogos e eruditos. Contudo, se voc no pertence a este grupo de

    elite, os comentrios podem deix-lo um tanto intimidado.

    O Novo Comentrio Bblico A T e N T com recursos adicionais diferente dos comentrios tradicionais. Isto porque, desde a concepo at a produo final, ele foi projetado e desenvolvido para o pblico em geral tanto para pessoas comuns que querem enriquecer seus conhecimentos acerca da Bblia e da cultura antiga, como para estudantes da Bblia, professores de escola dominical e lderes que trabalham com estudos bblicos. A linguagem clara, direta e acessvel, no deixando a desejar em relao a nenhuma outra obra do gnero.

    Mais de 50 renomados estudiosos contriburam para este estudo, que compacto e completo, com consideraes importantes sobre cada versculo bblico ou grupo de versculos, os personagens principais das narrativas bblicas, questes e temas que continuam atuais e relevantes at hoje. E um comentrio atraente e agradvel, com informaes extras e mapas, que tornam ainda mais fcil a compreenso dos fatos e das rotas seguidas por homens e mulheres de f, que foram guiados por Deus rumo ao propsito maior que Ele tinha para a vida de cada um.

    Ao longo dos comentrios, h vrios boxes com informaes extras sobre a cronologia de cada livro bblico, os principais assuntos abordados

  • U m t i p o d i f e r e n t e d e c o m e n t r i o b b l i c o

    em cada livro, a origem e o significado de pala- vras-chave nos versculos, e artigos classificados

    Alm de todos esses recursos, antes dos comentrios por captulo e versculo, h uma til introduo de cada livro da Bblia, informando sobre a autoria, a possvel data em que foi escrito e outros fatos relevantes. Tambm h mapas, que esto distribudos ao longo de toda a obra, e artigos essenciais, no incio desta obra, que oferecem uma rica viso do Antigo e do Novo Testamento, assim como esclarecimentos sobre os principais temas e doutrinas bblicas.

    Ao fim dos comentrios do Antigo Testamento, antes de serem iniciados os comentrios sobre o Novo Testamento, h um artigo especial que ajudar o leitor a entender melhor os 400 anos do

    de acordo com os tipos de assuntos abordados. Essas sees seguem a classificao a seguir:

    perodo intertestamentrio. E, no final da obra, existe um apndice, com duas sees com artigos relevantes sobre a arqueologia bblica e a histria da Igreja. Por fim, h uma extensa bibliografia, com outras excelentes fontes de consulta, para voc aprofundar seus estudos.

    Que O novo comentrio bblico A T e NT, com recursos adicionais, que nico no mercado, seja til na vida de cada estudante da Bblia, permitindo que a f esteja aliada verdade e razo, a fim de que a Palavra de Deus ilumine todo o seu caminho, produzindo vida, sade e crescimento em todos os sentidos!

    UNHA DO TEMPOEsclarece a c rono log ia de cada livro da B b lia , pe rm itin d o ao le ito r perceber cada um em seu contexto h is trico .

    ESBOOContem tp icos com os p rinc ip a is assuntos abordados em cada liv ro b b lico .

    EM FOCOContm estudos sobre a origem das pa lavras que ajudam o le ito r a com preender o que as expresses o rig ina is , em grego ou hebraico querem realm ente dizer.

    Contm in fo rm aes te is e re levantes a respeito de certos aspectos que esto sendo abordados no texto b b lico .

    APROFONDE-SEContm inform aes teo lg icas e h is tricas que a judam o le ito r a entender m e lhor as passagens b b licas.

    PLICAAOSo a rtigos que enfatizam a aplicao dos p rincp ios b b licos n a v id a d o leitor. Assim , este pode co loca r a Palavra de Deus em a o n a s u a v id a .

    ENTENDENDO MELHORSo a rtigos que descrevem com o os fa to - res cu ltu ra is tm re lao com a co n te c im entos b b licos. Este tipo de anlise dos tp icos perm ite ao le ito r entender um pouco mais sobre m undo b b lico .

    COMPARENesta seo, so apresentados quadros e tabelas para que o le ito r possa reconhecer a relao entre pessoas e eventos de form a rpida e fcil.

    So estudos da personalidade e do carter dos pro tagon is tas b b licos , a fim de que o le ito r possa pe rce b -lo s de fo rm a mais profunda.

  • S u m r io

    nd ice de a r t ig o s ................................................................... xindice dos m apas................................................................. xvi

    Um olhar sobre o Novo Testam ento..................................... x v ii

    Perodo Intertestam entrio 1

    Comentrio do Novo Testamento

    M a te u s ................................................................................... 9M a rc o s ................................................................................. 89L u c a s .................................................................................. 139J o o .................................................................................. 217Atos dos A p s to lo s ............................................................. 285R o m a n o s ............................................................................ 3571 C o r n t io s ......................................................................... 4071 C o r n t io s ......................................................................... 449G la ta s ............................................................................... 479E f s io s ............................................................................... 499F i l ip e n s e s ......................................................................... 517C o lo s s e n s e s ...................................................................... 539

    1 T e s s a lo n ic e n s e s ............................................................. 5551 T e s s a lo n ic e n s e s ..............................................................5711 T im te o ............................................................................ 5832 T im te o ............................................................................ 603T i to ..................................................................................... 619F i le m o m ............................................................................ 629H e b re u s ............................................................................ 635T ia g o .................................................................................. 6691 P e d ro ............................................................................... 6852 P e d ro ............................................................................... 707U o o ................................................................................ 7212 J o o ............................................................................... 7393 J o o ............................................................................... 743J u d a s .................................................................................. 747A p o c a lip s e ......................................................................... 755

    Apndices

    Descobertas arqueolgicas im portantes e a B b lia ............805H is trico da Igreja a t u a l ....................................................825B ib liog ra fia g e ra l................................................................ 831

  • wI n d ic e de a r t ig o s

    (Boxes de artigos que enfatizam a aplicao pr tica dos princ p ios b b licos)

    Como fica, ento, a lei do A ntigo T es ta m e n to ? ..................... 25No ju lg u e is ! .........................................................................30O poder do p e r d o ............................................................... 34Preparando outros l d e r e s ................................................... 38O que s ign ifica ser com o Je su s ............................................. 39Vivendo no l im ite ...................................................................53C o m p ro m is s o ......................................................................55Pagamento in ju s t o ? ............................................................ 58Como Jesus lidou com a f a m a ............................................. 60Um desafio a u to r id a d e ...................................................... 62O d z im o .............................................................................. 69A escolha de l d e r e s ............................................................ 80Todas as n a e s .................................................................. 87Falta-te uma c o is a .............................................................. 117Qualidade, no q u a n tid a d e ..................................................124Adorao, no d e s p e rd c io ..................................................127A pobreza e o Re ino.............................................................. 161M arta: ocupada co m o s e r v i o ? .........................................175Nem todos c r e r o ............................................................. 246Senhor acima de qualquer d v id a ......................................281C om partilhando todas as c o is a s ........................................ 300O perigo de m entir para D e u s ........................................... 302A educao de M o is s ....................................................... 309Superando b a r re ira s ...........................................................321A f e os d ire itos le g a is ....................................................... 348S a lv a o ............................................................................ 362Encarando a verdade a respeito do p e ca d o ......................... 364Boas-novas para os pecado res ........................................... 368A natureza perigosa do p e ca d o ........................................... 377Um escravo do p e c a d o ....................................................... 379Dois tipos de p e c a d o .......................................................... 380Transform ado pelo E sp rito .................................................383J u s t i a ............................................................................... 388Antdoto contra a doena da com parao............................3950 a rco -ris de D e u s ............................................................. 4010 c ris tian ism o uma muleta para os fra c o s ? ...................... 413De quem o c r d ito ? .......................................................... 415O perigo vem de dentro para fo ra ........................................ 419Livres da tiran ia das c o isa s .................................................420

    Cuidado com a te n ta o .................................................... 428Algum as ativ idades so m ais im p o r ta n te s ? ...................... 435Prestao de contas ao Corpo de C r is t o ............................ 456A im portnc ia da im agem .................................................... 458A uxlio para os p o b r e s ........................................................470A defesa de P au lo .................................................................472Fora na fraqueza.................................................................475D ire ito s ................................................................................ 491O que vou ganhar com is s o ? .............................................. 503De im produ tivo a o fe r ta n te .................................................. 511A perspectiva am pla de P a u lo ........................................... 522Pensando no fu tu ro ............................................................. 576Bons conse lhos para um n o v a to ........................................ 5960 desafio do c o n te n ta m e n to .............................................. 600O manual de trabalho de toda uma v id a ............................... 608Falso c r is t ia n is m o ..............................................................612Treinamento p e s s o a l.......................................................... 623A necessidade do ensino e aconselham entode m ulheres por m u lh e re s ................................................. 624Unidos para a o b r a ............................................................. 627Grandes lies desta pequena c a r t a .................................. 633Lies sobre lid e ra n a ....................................................... 647A superioridade de J e s u s .................................................... 652Um novo c o n c e r to ............................................................. 653F c re s c e n te ...................................................................... 659Tempo de fazer um exame g e r a l ........................................ 666O chamado cristo s a n tid a d e ........................................... 693Enfrentando d ificu ld a d e s .................................................... 695O negcio da ig re ja ............................................................. 705A Fonte do p o d e r ................................................................. 711Desejando ardentemente a e te rn id a d e ............................... 718L ibertando-se da c u lp a ....................................................... 724Transm itindo Cristo a outras p e s s o a s ............................... 726Adorao ou i r a ? ................................................................ 772

    PROFUNDE-SE(Boxes com a rtigos com inform aes

    teo lg icas e h ist ricas)

    0 nascim ento de J e s u s ...................................................... 14Jesus, o N a z a re n o ............................................................ 19O b a tis m o d e J e s u s ............................................................ 21

  • n d i c e d e a r t i g o s

    0 Sermo do M o n t e ............................................................ 27Verdades s o b re n a tu ra is ...................................................... 33Parbolas: mais do que h is t r ia s .......................................... 63Caifs, o sumo sacerdo te ...................................................... 77Judas Iscario tes, o t r a id o r ................................................... 790 s ign ificado de M e ss ia s ...................................................... 83S o lta -nos B arrabs............................................................. 133Uma oferta m a ra v i lh o s a .................................................... 136Boas-novas para os g e n t io s .............................................. 143D em nios............................................................................ 178Jerusalm solapada pelos g e n t io s ..................................... 204C ru c if ic a o ....................................................................... 211Deus no faz acepo de p e s s o a s ..................................... 234A lim entando c inco m il p e s s o a s ........................................ 243Jesus e o so frim ento hum ano.............................................. 256V ida para Lzaro, m orte para J e s u s .................................. 260As m ulheres na v ida de J e s u s ........................................... 279Pedro pe rdoado ................................................................ 283Um evangelho com abrangncia m und ia l............................ 289O Esprito da p ro fe c ia .......................................................... 295D iscpulos tra n s fo rm a d o s .................................................304Testemunho em S a m a r ia .................................................... 313Pr que Joo M arcos vo ltou para c a s a ? ............................ 329O evangelho em feso, um caso a ser e s tu d a d o ................ 341Subm isso A u to r id a d e .................................................... 396O que im porta a m ensagem , no o m e n sa g e iro ................ 412A corrida para obter a c o r o a .............................................. 427A nova a l ia n a ................................................................... 432Ofertas no Novo T e s ta m e n to .............................................. 468Quem foram os g la ta s ? ....................................................4850 conceito de s u b m iss o .................................................... 512Os cristos em F i l ip o s ....................................................... 521A cidade de C o lossos .......................................................... 542Falsos ensinos em C o lo s s o s ...............................................551Im oralidade s e x u a l............................................................. 565Descries do fim dos te m p o s ...........................................567Uma nova form a de adorao .............................................. 591Vivas na fa m l ia ................................................................ 597F e o b r a s ......................................................................... 675A perseguio em B it n ia ....................................................689Apocalipse com o literatura a p o c a lp t ic a ............................ 774Interpretando o A p o ca lip se ................................................. 793

    (Quadros e tabelas)

    As profecias sobre o nascim ento de J e s u s ........................... 15Os d o ze ................................................................................. 37As aparies de C risto re s s u s c ita d o .................................... 86O Batism o na B b lia ............................................................... 94Os deuses pagos citados no Novo T e s ta m e n to ................ 100Os m ilagres em M arcos ....................................................... 106

    Os eventos da Semana S a n ta ............................................... 121Que M a ria ? ..........................................................................134Da derrota v itria : Ado e Jesus enfrentaram a te n ta o . .154A presentando-se apenas em L u c a s ...................................174Jesus em Isaas....................................................................215Os sete sinais e seu s ign ificado ........................................... 220Jesus debate com os f a r is e u s ............................................ 251As sete declaraes de Jesus: Eu S o u ............................... 257Os ju lgam entos de J e s u s .................................................... 275Entendendo a morte de Jesus.............................................. 280O poderoso nome de J e s u s ................................................. 297Comparao entre os m in is t rios de Pedro e Paulo . . . .325A vida c r i s t ...................................................................... 393As condies fundam enta is da s a lv a o ............................ 397Dons esp iritua is versus responsabilidades e s p ir itu a is . . .434Fatos sobre a re s s u rre i o ................................................. 442O tribuna l de C r is to ............................................................. 463Um m in is tro f ie l................................................................... 466A graa i / e r e u s a le i .......................................................... 494A busca c r i s t ................................................................... 536A preem inncia de C r is to .................................................... 550D isc ip lina da Ig re ja ............................................................. 580Conselhos prticos para o m in is t r io .................................. 587Descries da vida c r is t .................................................... 609A majestade de C r is t o ....................................................... 643O im perativo da f ............................................................. 663Rico ou p ob re ...................................................................... 672Os lderes na ig re ja ............................................................. 704Uma vida de retido em um m undo m a u ............................ 714As sete igrejas em A p o c a lip s e ........................................... 767

    (Boxes de estudo das palavras)

    J e s u s (gr. lesous) .............................................................16T e n ta d o (gr. peirazo)......................................................... 22B e m -a v e n tu ra d o (gr. makaros)....................................... 23B e lzebu (gr. Beelzeboul)................................................... 38C r is to (gr. C h ris to s ) ......................................................... 40As chuvas e a c o lh e i ta ......................................................... 44O d e n r io .............................................................................. 59G a lin h a (gr. o r n is ) ............................................................. 71O R e in o d o s c u s (gr. he basileia o u ra n on ) .................. 74S in a g o g a [gr. sunagoge] .............................................. 105R abi [gr. ra b b i] ................................................................ 132Deus em c a r n e ................................................................... 222Cheios do E s p r ito Santo(gr. plth pneumatos hagiou) ..................................... 299Temente a Deus (gr. phobomenos tn th e n ) ............. 319A graa (g r.c /?a r/s) .......................................................... 3310 Esprito ( g r . p / je u m a ) .................................................... 333Os filso fos epicureus e esticos

    xii

  • - n d i c e d e a r t i g o s -

    (gr. Epikoureioi kai Stoikoi ph ilosopho i) ....................... 337Nazarenos (gr. nazoraios) ...............................................349Cristos (gr. c h is tia n o s ) ..................................................352Propiciao (gr. h ila s t rio n ) ............................................ 370Jus tificao (gr. d ik a i s is ) ............................................... 373Reconciliao (gr. kata llag )............................................... 374Unidos (gr. symphytos)..................................................... 376Lei (gr. n m o s ) ................................................................. 381Adoo (gr. huiothesa).....................................................384Predestinado (gr. proo rz )............................................... 385M istrio (gr. mystrion) ..................................................392Transform ar (gr. m etam orpho)......................................394Esperana (Gr. elps)........................................................... 402Comunho (gr. ko inon ia ) ...................................................411Vos (gr. mataios).............................................................. 416Templo (gr. n o s ) .............................................................. 421Liberdade (gr. exousia ) .....................................................425Ido la tria (gr. e ido lo la tre ia ) .............................................. 429Lnguas (Gr. glossa)...........................................................438Ressurreio (gr. anastasis).............................................. 443Esprito v iv ifican te (gr. pneuma zoopo ioun)................... 445Selado (gr. sphargizo) .................................................... 455Vasos de barro (gr. ostrakinos s k e u o s ) ......................... 460Jus tia de Deus (gr. dikaiosune theou) ......................... 464Generosidade (gr. haplotes) ........................................... 467Servio (gr. le ito u rg ia ) ..................................................... 471A psto lo (gr. a p o s to lo s ) ..................................................476Revelao de Jesus Cristo(gr. apokalupsis lesou C h ris to u ) .................................. 484A io ; y p a idagogos) ....................................................... 490Rudim entos (gr. s to ic h e io n ) ........................................... 492Carne (gr. s a r x ) ................................................................ 496Propsito (gr. prothesis) ................................................. 504Feitura (gr. poiem a).......................................................... 505D ispensao (Gr. okonomia)........................................... 506Novo homem (gr. kainos anthropos)................................510Socorro (gr. epichoregia)................................................. 524Combatendo juntam ente (gr. suna th leo ) ......................... 525Forma de Deus (gr. morphe theou).................................. 527M ovendo-se para b a i x o .................................................... 528V irtude (gr. a re te ) ............................................................. 535Jesus Cristo (gr. lesous Christos) .................................. 543Prim ogn ito (gr. p ro to tokos) ........................................... 544Plenitude da d iv indade (gr. pleroma tes theotetos) . . .547Paz (gr. e ire n e ) ................................................................ 552Perfeito (gr. teleios) .......................................................... 553Exemplos (gr. tupos).......................................................... 560V inda (gr. parousia).......................................................... 563Santificao (gr. hagiasm os)........................................... 564Esprito (Gr. pneuma) ....................................................... 569Epstola (gr. ep is to le ) ....................................................... 570Perdio (gr. o le th ro s ) .................................................... 575O inquo (gr. /jo a n o m o s ) ................................................. 577Redeno (gr. an tilu tro n ) ................................................. 590Bispo (gr. episkopos)....................................................... 594

    Clamores vos (Q.kenophnia) .............................................. 601Que m aneja bem (gr. o rtho tom e) .................................... 611Divinam ente inspirada (gr. theopneustos)....................... 614A pario (gr. epiphaneia).................................................. 614Livros (gr. / / Z o n ) ........................................................... 615Servo (gr. dou los) .............................................................. 622Deus, nosso Salvador (gr. soterhemon theos)................. 625Lavagem da regenerao (gr. loutron palingenesias) . .626Resplendor (gr. apaugasm a)............................................ 639Expressa imagem (gr. ch a ra k te r)......................................... 639Comandante (gr. archgos)................................................641M iseric rd ia (gr, eleos) ..................................................... 646Palavras (Gr. logion)........................................................... 648Feito sem elhante (gr. aphom o ioo ) ....................................651Conhecer (gr. ginoskol oida) .........................................654Redeno (gr. apo lu trs is ) ............................................... 656Concerto (gr. dia thk) ..................................................... 657Novo e v ivo cam inho(y .ho dosp rosph a to ska izsa ) ............................... 658M ediador (gr. m e s it s ) ..................................................... 664Boa ddiva (gr. dosis agath)............................................ 673Sem elhana de Deus (gr. homoisis th e o u ) .................... 678Senhor dos Exrcitos (gr. kurios Sabath)...................... 680Ungindo (gr. aleiph) ........................................................ 683Palavra (gr. logos) .............................................................. 692Exemplo (gr. hupogrammos) ........................................... 696C o-herde iros (gr. sunkleronomos) ...................................699A m or (g r.a g a p e ) .............................................................. 701Poder d iv ino (gr. theios d u n a m is ) ................................... 710Estrela da alva (gr. phospho ros)...................................... 713Conhecim ento (gr. g n o s is ) ............................................... 719Advogado (gr. p a ra k le to s ) ...............................................728Uno (gr. chrism a)...........................................................730Pecado (gr. hamartia)........................................................738Igreja (gr. ekkles ia ) ........................................................... 746Sensuais (gr. psuch ikos) ..................................................753O Dia do Senhor (gr. kuriakos hemera) ..........................760A rvore da v ida (gr. xulon tes z o e s ) ................................763Sete Espritos (gr. hepta pneum ata) ................................769Hades (gr. hades) .............................................................. 771O Todo-poderoso (gr. pantokrator)...................................786Arm agedom (gr. arm ageddon).........................................787Diabo (gr. diabolos)...........................................................795Nova Jerusalm (gr. lerousalem kaine) ......................... 7970 A lfa e o mega (gr. fo a te / ' o t o ) ................................798

    ENTENDENDO MELHOR(Boxes de a rtigos que descrevem com o os

    fatores cu ltu ra is que tm relao com acontecim entos b b licos)

    Uma fam lia pobre fica r ic a ................................................ 18Olho por o lh o ? .................................................................. 26

    xui

  • n d i c e d e a r t i g o s

    Orando ao nosso P a i ............................................................. 28Jesus, um pregador da c id a d e .............................................. 36Raa de v bo ras ...................................................................... 42Os partidos po lticos dos dias de J e s u s ............................... 500 s ign ificado de p e q u e n in o s ................................................. 57Os ptios do t e m p lo ..............................................................61Herodes, o grande cons tru to r................................................. 72A s in a g o g a ............................................................................ 960 am igo de J e s u s ...............................................................116Noivado................................................................................ 1450 sustento tirado das guas do mar da G a lil ia .................... 1570 excesso fa r is e u ................................................................. 164Que tipo de tem pestade era e s s a ? ...................................... 168Honrando o S b a d o ........................................................... 187Apenas um r e to r n o u ........................................................... 193P s c o a ................................................................................ 205gua em v in h o .................................................................... 229Os judeus no se com unicavam como s s a m a rita n o s .................................................................... 236Deus trabalha aos d o m in g o s ? ............................................ 240O Po da v id a ....................................................................... 245Interrom pem os este pronunc iam ento ................................... 248Jesus e os ju d e u s ..........................................................2520 poder com um p ro p s ito .................................................. 291Os judeus e os he len istas.....................................................305A s in a g o g a .......................................................................... 307Um evangelho para as c id a d e s ............................................ 3230 d iscurso de Paulo no A re p a g o ......................................3360 tum u lto em feso.............................................................. 342Paulo preso no te m p lo ........................................................345A c idadania romana de Paulo ............................................350De M alta a R o m a .................................................................355L e i ......................................................................................365A unidade do Corpo de C r is t o ............................................ 391o dom ingo um dia e s p e c ia l? ............................................400D iscern indo todas as c o is a s ............................................... 414As m ulheres e o traba lho no m undo a n t ig o ..........................424A juda para os cristos n e c e s s ita d o s .................................. 446A coleta de Paulo para Je rusa lm ........................................ 469Como fazer uso da a u to r id a d e ............................................477A c irc u n c is o .......................................................................487O poder da o r a o ..............................................................507Cristo, o Senhor do m u n d o ..................................................545Expectativas d o lo ro s a s ........................................................ 561Ajudando os n e c e s s ita d o s ................................................. 568O c u p a d o s e n q u a n to e s p e r a m o s .............................. 5 7 9O legado de Eva................................................................... 593Heris da f .......................................................................... 661Perfeio im acu lada?...........................................................732Sendo firm e em questes de f ............................................7350 d iscern im ento cristo n e c e s s r io ................................ 742O uso de fontes a p c rifa s ..................................................... 751Quadros s im b licos de con flitos ce le s tia is ..........................780A cidade pecam inosa e o a n tic r is to ......................................790O M il n io .............................................................................796

    UNHA DO TEMPO(C ronologia dos livros da Bblia)

    C ronologia em M a te u s .......................................................... 11C rono log ia em M a rc o s .......................................................... 91C rono log ia em L u c a s ........................................................... 141Cronologia em J o o ...........................................................219C ronologia em A tos ............................................................. 287C ronologia em R o m a n o s .................................................... 359C ronologia em 1 C o r n t io s ................................................. 409Crono log ia em 2 C o r n t io s ................................................. 452C ronologia em G la ta s ........................................................ 481C ronologia em E f s io s ........................................................ 501Crono log ia em F ilipenses.....................................................519Cronologia em C o lo s s e n s e s ............................................... 541C ronologia em 1 T e s s a lo n ic e n s e s ..................................... 557Crono log ia em 2 T e s s a lo n ic e n s e s ..................................... 572C rono log ia em 1 T im te o .................................................... 585Cronologia em 2 T im te o .................................................... 605Cronologia em T i to .............................................................. 621Cronologia em F i le m o m .................................................... 630Cronologia em Hebreus....................................................... 637Cronologia em T ia g o .......................................................... 670Cronologia em 1 P e d ro ....................................................... 688Cronologia em 2 P e d ro ....................................................... 709C ronologia em 1 J o o ....................................................... 723C ronologia em 2 J o o ....................................................... 740C ronologia em 3 J o o ....................................................... 744C ronologia em J u d a s ...........................................................748C ronologia em A p o c a lip s e ................................................. 757

    PERFIL(Boxes de descrio das grandes

    personalidades b b licas)

    Estvo, o prim eiro m rtir cristo Filipe e o m o rd o m o -m o r etope.0 trabalho m iss ionrio de Pedro Paulo, o apsto lo aos gentios .Dionsio e D m a r is ..................Agripa, o ju iz de P a u lo ............Abrao, homem de f ...............Febe, a ajudante de Paulo. . . .Am igos na f ...........................E v d ia e S n tiq u e .....................Legado de m e ........................Alexandre, o in im ig o ...............Onsimo, b is p o ? .....................A orao de Elias: um m odelo .O exemplo de S a r a ..................Gaio e a p r o s p e r id a d e ............Jezabel ....................................

    ,308.314.318.328.338.351.371.403.447.534.606.616.631.682.698.745

    xiv

  • n d i c e d e a r t i g o s

    (Boxes com in form aes te is)

    Que s ign ificado tem um no m e ? ............................................. 17Joo, o pregador das r u a s ................................................... 20A fam lia de P e d r o ............................................................... 32As c a rp id e ira s ..................................................................... 35O Filho do H o m e m ................................................................41A lealdade na fa m l ia ............................................................ 43Trs medidas de f a r in h a ...................................................... 45A chave da A n tigu idade ......................................................... 52As moedas ro m a n a s ............................................................ 66A le i romana t r a d ic io n a l ...................................................... 67Sepulcros c a ia d o s ............................................................... 700 a la b a s tro ........................................................................... 78A manh de dom ingo no s e p u lc r o ....................................... 85Os 12 a p s to lo s .................................................................. 99Os sinais no A ntigo T e s ta m e n to .........................................101Um M essias tra b a lh a d o r .................................................... 1070 d iv rc io na poca n e o te s ta m e n t ria ............................... 115Inform aes d iferentes nos E v a n g e lh o s ............................ 137Uma jornada d i f c i l ............................................................. 147Um fiel p a c ie n te ................................................................. 151Por que fazer uso das parbolas?........................................ 166

    M ais pobre que os p o b r e s ..................................................202Um erro fo r tu ito ....................................................................208Joo e os outros a p s to lo s .................................................. 221Um Deus em trs p e s s o a s ..................................................225O tem plo construdo com a ajuda de H e r o d e s ................... 230O filho do o fic ia l do r e i ........................................................238O para ltico de B e te sd a ........................................................ 239M ilagres no m a r ................................................................. 244Jesus cura um c e g o ...........................................................253O C o nso lado r.......................................................................266Temer a D e u s ....................................................................... 271O evangelho tom a novo ru m o .............................................. 334Olhando alm de R o m a ....................................................... 355D ivrcio e novo casam ento ..................................................423Usando a autoridade com s a b e d o r ia .................................. 444As igrejas da G a l c ia .......................................................... 483A m otivao de P au lo .......................................................... 532Obra, trabalho e p a c i n c ia ................................................. 559Term inando b e m ................................................................. 574O fator carter................................................................ 595O esprito de p o d e r ..............................................................607O plano de Deus tem trs fa s e s ............................................ 671Riqueza ilc ita ....................................................................... 681A prom essa da vida e te rn a .................................................. 731Babiln ia: um sm bolo do m a l ........................................... 784

    xv

  • I n d ic e do s M a pa s

    Roma con tro la a Palestina (63 a .C )......................................... 5A v is ita de Jesus a T iro , S idom eC esa r ia de F ilipe . . . . 48Priso, ju lgam ento e crucificao de Jesus........................... 76Ressurreio e ascenso de J e s u s ....................................... 84Cidades onde Jesus exerceu Seu m in is t rio na Galil ia . .110O evangelho numa regio remota do m u n d o ...................... 118O reino de Herodes na poca do nascim ento de J e s u s . . .1440 mar da G a lil ia ................................................................ 158Por que chove fo rte sobre a G a lil ia ? .................................. 167A ltim a jo rnada de Jesus a J e ru s a l m ............................... 196Joo Batista e a tentao de J e s u s ..................................... 226

    As naes do P e n te c o s te s ................................................. 293A cidade de D am asco.......................................................... 315As viagens m issionrias de P e d r o ..................................... 317A p rim e ira viagem m iss ionria de P a u lo ............................ 326A cidade de A n tioqu ia .......................................................... 327A c idade de A te n a s ............................................................. 335A segunda viagem m iss ionria de P a u lo ............................339Terceira viagem m issionria de P a u lo ...............................344A viagem de Paulo a R o m a ................................................. 354A cidade de C o rin to ............................................................. 453G a l c ia ............................................................................... 482

  • Um o lh a r sobre o Novo T estam en to

    ssim como o Antigo Testamento, o Novo Testamento possui diversas e notveis divises. Elas so: Evangelhos, Histria, Epstolas (Cartas) e Profecia (Apocalipse).

    0 que exatamente um evangelho?

    Os Evangelhos apresentam um tipo de literatura bastante diferente de outros escritos antigos e modernos. Eles no so uma biografia de Cristo; um relato minucioso que visa oferecer uma compreenso global da vida de Jesus, de Seus relacionamentos ou de Suas dimenses mentais e psicolgicas. Tampouco so histrias de feitos hericos ou colees de citaes famosas, apesar de algum contedo deste tipo ser encontrado em passagens dos Evangelhos.

    Os quatro Evangelhos aparentemente se apresentam como um novo gnero, distinto de todas as outras categorias. Neles, as passagens acerca da vida, das obras e das palavras de Jesus apontam para a essncia da pregao: a obra redentora de Deus por intermdio de Cristo. Assim, os Evangelhos so as boas notcias de

    Deus manifestas na vida, no ministrio, na morte, no sepultamento, na ressurreio e na ascenso de Jesus Cristo.

    0 crescimento do cristianismo aos olhos de Lucas

    O livro de Atos foi escrito por Lucas, que dando continuidade sua investigao acerca da vida e da obra de Jesus narrada no terceiro Evangelho, apresenta a Tefilo os resultados da obra dos apstolos de Cristo pelo poder do Esprito Santo.

    Em Atos exposto o crescimento do cristianismo em seis estgios: Atos1.1 6.7; A tos 6 .8 9.31; A tos 9.32 12.24; Atos 12.25 16.5; Atos 16.6 19.20; Atos 19.21 28.31.

    A natureza das epstolas do Novo Testamento

    As cartas escritas pelos apstolos e seus cooperadores so diferentes das cartas que a maior parte das pessoas escreveria hoje. Os instrumentos e m ateriais para a escrita no eram abundantes, assim os autores

  • A r t i g o s E s s e n c i a i s

    procuraram conservar espao quando escreviam. Alm disso, os cumprimentos e os pedidos [por bnos espirituais] nas cartas do Novo Testa- mento so diferentes daqueles contidos nas correspondncias que vemos nos dias de hoje. Entretanto, so similares s introdues e concluses encontradas em outros escritos de mesmo gnero do primeiro sculo. Os escritores do Novo Testamento redigiram suas cartas a fim de solucionar problemas na Igreja e/ou transmitir o evangelho de Jesus Cristo queles que precisavam ouvir sobre Ele.

    A revelao de Jesus Cristo

    O livro do Apocalipse singular entre todos os demais do Novo Testamento, embora represente um gnero de literatura familiar aos judeus: o apocalptico. O livro transmite, em termos claros e comoventes, o triunfo de Cristo sobre Seus inimigos em consonncia aos ensinamentos profticos acerca da vitria do Messias e dos discursos de Jesus em Mateus 24 e Marcos 13, que falam da segunda vinda dele.

    D iv is o C o n v e n c io n a l d o s L iv r o s

    d o Novo T e s t a m e n t o

    Tipo de Literatura Livro

    Evangelhos

    (as boas notcias sobre Jesus, o M essias)

    MateusM arcosLucasJoo

    H istria

    (h is t ria da d issem inao do c ris tian ism o pelo m undo)

    Atos dos A psto los

    Epstolas

    (as cartas pessoais dos apsto los e as deles cartas s igre jas crists

    Romanos1 Corn tios2 Corn tios Glatas Efsios F ilipenses

    Colossenses1 Tessalonicenses2 Tessalonicenses1 Tim teo2 Tim teo TitoFilemomHebreusTiago1 Pedro2 Pedro1 Joo2 Joo3 Joo Judas

    Apocalipse

    (a v it ria de C ris to e da Igreja sobre o pecado e o m undo)

    Apoca lipse

    xviii

  • U m o l h a r s o b r e o N o v o T e s t a m e n t o

    Tema Autor Data (aproxim ada)

    Deus anuncia Seu Rei Mateus, um ex-co le to r de im postos 50 ou 60 d.C.Deus apresenta Seu Servo Joo M arcos, p rim o de Barnab 60 d.C.Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem Lucas, m dico e cooperador de Paulo Incio de 60 d.C.Jesus a encarnao do Verbo d iv ino, o Emanuel

    Joo, o amado d iscpu lo de Jesus Final de 80 d.C. ou in c io de 90 d.C.

    Deus cria a Sua igreja Lucas, m dico e cooperador de Paulo Incio de 60 d.C.

    Deus defende Sua jus tia 0 apsto lo Paulo Prim avera de 57 d.C.Deus co rrige Sua Igreja 0 apsto lo Paulo Prim avera de 56 d.C.Deus defende Seu m in is t rio 0 apsto lo Paulo Outono de 56 d.C.Deus exp lica Seu evangelho 0 apsto lo Paulo 48 d.C.Deus revela Seu m istrio 0 apsto lo Paulo 60 d.C.Deus traz contentam ento por meio do esclarecim ento

    0 apsto lo Paulo 61 d.C.

    Deus exalta C risto com o o Senhor 0 apsto lo Paulo 60 d.C.Deus encora ja Sua Igreja 0 apsto lo Paulo 51 d.C.Deus ilum ina Sua Igreja 0 apsto lo Paulo 51 d.C.Deus aconselha Seu m in is tro 0 apsto lo Paulo Outono de 62 d.C.Deus recom pensa Seus servos 0 apsto lo Paulo Outono de 67 d.C.Deus recom enda o ensinam ento s lido 0 apsto lo Paulo 64 d.C.Deus va loriza a d ignidade humana 0 apsto lo Paulo 60 d.C.Deus ce rtifica a suprem acia de Cristo Desconhecido 64 d.C.Deus lo u v a a f e m a o Tiago, o irm o do Senhor Metade de 40 d.C.Deus com pensa a resistncia Pedro, o apsto lo 64 d.C.Deus mantm Suas prom essas Pedro, o apsto lo 65 d.C.Deus esclarece o verdadeiro amor Joo, o amado d iscpulo 90 d.C.Deus adverte acerca da perda Joo, o amado d iscpulo 90 d.C.Deus encoraja as boas aes Joo, o amado d iscpulo 90 d.C.Deus recom enda a lu ta contra o mal Judas, o irm o do Senhor Comeo de 60 d.C.

    Deus com ple ta Seu plano e recria todas as coisas

    Joo, o amado d iscpu lo de Jesus 96 d.C.

    xix

  • A r t i g o s E s s e n c i a i s

    L in h a d o T e m p o n o Novo T e s t a m e n t o

    ca 'O =3& 8 3Z t n

    a.C./d.C.

    ro ,5, b ra VS - H

    ^ J -D

    Pilatos afastado Nasce com o procurador Josefo

    1 a.C. /1 d.C. 36 371 1 1

    1 1l i i5 / 4 27 30

    Nasce Jesus Jesus inicia Jesus crucificado e Seu m inistrio elevado

    CT3 03 'O =s.52 OJ 31 eo

    d.C.

    co .,'Z CO 093 .2 -r CO 1 J3 T3

    C la u d iu s o Nero assassinaim perador H e ro d e sA g rip a ll H e rodesA gripa

    4 1 - 4 5 41 54 59 i l 11 1 1

    I I 1 14 7 /4 8 49 4 9 - 5 1 52 56

    P rim eira viagem Conclio de Segunda viagem Terceira viagem m issionria de Jerusalm m issionria de m issionria de

    Paulo Paulo Paulo

    ca d 3'O =.S2 g3= C/3

    d.C.

    co .2, Z co v'O i-w 2 S co Z- .O ro

    Roma em cham as; Revolta juda ica Destru ioCristos so acusados contra Roma de Jerusalm

    64 66 70 70 i i1 1 1

    1 11 1

    62 67 M artrio de Tiago, 0 segundo aprisionam ento

    irm o de Jesus; Paulo romano de Paulo; na priso romana execuo de Pedro

    ca **: ca S =32 Sn : oo

    d .C .

    co .5,u IO 09

    k * O )w ~

    : = co * A "O

    Queda de Destru io de Pom pia pela Perseguio deMassada erupo do Vesvio Dom iciano

    73 79 85 95 i i1 1 1

    1 17 0 90 84 85

    Joo reside Nasce M arcio A Didaqu em feso escrita

    ca ca ' O =,S2 g n = u i

    d .C .

    ca a j . r o , r a a?

    S -S2 ra- - = m

    ^ A - D

    Plnio, o Snodo de 0 papel Jovem Jm nia inventado na China

    97 100 105 i i i1 1 1

    1 1 190 90-110 98

    A prim eira carta Incio de M orre Joo de C lem ente Antioquia em

    escrita ao na Igre ja

    Todas as datas so aproxim adas.

    xx

  • P ero do I n t e r t e s t a m e n t r io

    ^ 1 Novo Testamento apresenta ummundo bem diferente do mundo de Malaquias. Novos grupos polticos e religiosos estavam no poder. Uma nova potncia mundial estava no controle agora. At as interpretaes dos judeus a respeito da Lei e do Messias prome- tido por Deus haviam mudado.

    No existe registro cannico algum do perodo de 400 anos entre o retorno da Babilnia e o nascimento de Jesus, mas conhecer os desdobramentos histrico'religiosos desse perodo crucial para entendermos o mundo do Novo Testamento. O ministrio de Jesus e o desenvolvimento da Igreja primitiva acontecem nesse novo contexto e so influenciados, pelo menos em parte, tanto por ocorrncias desse perodo

    histrico, como por acontecimento mais remotos, tais como o xodo de Israel do Egito, o estabelecimento do reino e o exlio babilnico.

    Um perodo, seis divises

    Se o livro de Malaquias foi conclu- do por volta de 450 a.C., ento o perodo em questo comea a e termina com o anncio do anjo acerca do nascimento de Joo Batista (Lc 1.11-17).

    Observam-se seis divises histricas nesse perodo: a era persa, que data, na verdade, de 536 a.C., mas coincide com o perodo intertestamentrio de 450 a.C. a 336 a.C.; a era grega (336 323 a.C .); a era egpcia

  • P e r o d o I n t e r t e s t a m e n t r i o

    (323 198 a.C.); a erasiraca (198 165 a.C.); a eramacabeia (165 63 a.C.); e a era romana (63 4 a.C .). Este estudo observar essas seis eras cronologicamente, atentando situao histrica e aos desdobramentos religiosos em cada segmento.

    A era persa (536 336 a.C.)

    Situao histrica

    Os persas eram o imprio dominante no Oriente Mdio desde 536 a.C. Deus usou os persas para libertar Israel do cativeiro da Babilnia (Dn 5.30,31).

    A postura persa era de tolerncia aos remanescentes judeus da Palestina, at que rivalidades internas pelo poderoso cargo poltico de sumo sacerdote resultaram na destruio parcial de Jerusalm pelo governante persa. De resto, o povo judeu encontrou paz nesse perodo.

    Desdobramentos religiosos

    O cativeiro babilnico foi usado por Deus para expiar a idolatria de Seu povo. O povo voltou para Jerusalm com um temor s Escrituras renovado, especialmente Lei de Moiss, e tambm decidiu firmar-se no monotesmo. Essas decises se prolongaram perodo intertestamentrio adentro.

    O surgimento da sinagoga como o centro de estudo atribudo a esse perodo. Os escribas se tornaram importantes por sua interpretao das Escrituras nos cultos na sinagoga. N a poca em que Jesus nasceu, a sinagoga tinha uma organizao bem elaborada e espalhava-se por todas as comunidades judaicas do mundo.

    Outra consequncia que afetou a disseminao do evangelho durante a era neotestamen- tria ocorreu durante o fim do domnio persa. Edificou-se um templo em Sam aria onde se estabeleceu uma forma de adorao que contrariava a do judasmo. Isso encorajou a separao scio-religiosa definitiva entre os judeus e os samaritanos.

    A era grega (336 323 a.C.)

    Situao histrica

    Alexandre, o Grande, foi a figura central deste breve perodo. Ele conquistou a Prsia, a Babilnia, a Palestina, a Sria, o Egito e a ndia Ocidental. Embora ele tenha morrido com 33 anos de idade, tendo reinado sobre a Grcia por apenas 13 anos, a sua influncia o sucedeu por longos anos.

    Desdobramentos religiosos

    A ardente ambio de Alexandre era fundar um imprio mundial unido por um idioma, costumes e uma civilizao em comum. Sob a sua influncia, o mundo comeou a falar e estudar a lngua grega. Esse processo, chamado de helenizao, incluiu a adoo da cultura e da religio gregas em todas as partes do mundo. O helenismo se tornou to popular que persistiu e era estimulado pelos romanos at mesmo em tempos neotestamentrios.

    Uma longa e amarga luta foi travada entre os judeus e a influncia helenstica pela cultura e pela religio. Embora o idioma grego estivesse suficientemente disseminado em 270 a.C., para dar ensejo a uma traduo grega do Antigo Testamento (a Septuaginta), os judeus fiis resistiam ferrenhamente ao politesmo.

    A era egpcia (323 198 a.C.)

    Situao histrica

    Com a morte de Alexandre em 323 a.C., o imprio grego foi dividido entre quatro generais: Ptolemeu, Lismaco, Cassandro e Seleuco. Estes eram os quatro reinos revelados a Daniel que tomaram o lugar do [reino simbolizado pelojgrane chifre (Dn 8.21,22).

    Ptolemeu Ster, o primeiro da dinastia ptole- maica, recebeu o Egito e logo dominou o vizinho, Israel. Inicialmente, ele tratou os judeus com severidade, mas no final de seu governo e no

    2

  • P e r o d o I n t e r t e s t a m e n t r i o

    incio do governo de Ptolemeu Filadelfo, o seu sucessor, os judeus foram tratados favoravelmente. Foi durante essa poca que a verso em grego das Escrituras, a Septuaginta, foi autorizada.

    Os judeus prosperaram quase at o final da dinastia ptolemaica, quando os conflitos entre Egito e Sria se agravaram. Mais uma vez, Israel ficou no meio. Quando os srios derrotaram o Egito na batalha de Panion, em 198 a.C., a Judia foi anexada Sria.

    Desdobramentos religiosos

    A poltica de tolerncia seguida pelos Ptole- meus pela qual o judasmo e o helenismo coexistiram pacificamente minou seriamente a f judaica. Causou o crescimento gradual da influncia grega e uma assimilao quase despercebida do modo de viver grego.

    A importncia que o helenismo dava beleza, forma e ao movimento encorajou os judeus a negligenciarem os ritos religiosos judaicos que no eram esteticamente atraentes. Assim, estimulou-se uma adorao mais ritual do que espiritual, um impacto duradouro no judasmo.

    Dois grupos, ento, surgiram: o dos pr-hele- nistas, que defendiam os srios, e o dos judeus ortodoxos, particularmente os hassdicos ou pios (predecessores dos fariseus). A luta por poder entre esses grupos resultou em uma polarizao dos judeus quanto a questes polticas, culturais e religiosas. Este mesmo conflito levou ao ataque de Antoco Epifnio em 168 a.C.

    A era siraca (198 165 a.C.)

    Situao histrica

    Sob o reinado de Antoco Magno, e seu sucessor, Seleuco Filopter, permitiu-se aos judeus, embora maltratados, manter um governo local pelo seu sumo sacerdote. Tudo correu bem at os pr-helenistas decidirem indicar o seu favorito, Jaso, para substituir Onias III, o sumo sacerdote preferido dos judeus ortodoxos e, para que isto

    acontecesse, subornaram o sucessor de Seleuco, Antoco Epifnio. Isto detonou um conflito poltico que, no fim das contas, trouxe o enraivecido exrcito de Antoco a Jerusalm.

    Em 168 a.C ., A ntoco comeou a destruir toda caracterstica marcante da f judaica. Ele vetou todo o tipo de sacrifcio, tornou ilegal o rito da circunciso e cancelou a observncia do Sbado e das outras festas religiosas. As Escrituras foram mutiladas ou destrudas. Os judeus foram obrigados a comer carne de porco e a oferecer sacrifcios a dolos. O ltimo sacrilgio de Antoco Epifnio, aquele que decretou a sua runa final, foi profanar o Santo dos santos, oferecendo ali no altar um porco em sacrifcio a Zeus. Alm disso, muitos judeus morreram nas perseguies subsequentes.

    Talvez seja necessrio lembrar, neste ponto, a forma como Deus age com o homem. Ele cria ou permite uma situao de desespero, e depois convoca um servo Seu especial e fiel. Mas muitas vezes o homem tenta salvar-se sozinho, chegando ao ponto de quase obter xito, antes de acabar em situao ainda pior que a anterior. Isso estava prestes a acontecer na vida do povo de Deus, os judeus. Deus simplesmente estava armando o cenrio para a vinda do verdadeiro Libertador.

    Desdobramentos religiosos

    A religio judaica ficou fortemente dividida quanto questo do helenismo. Estavam lanadas as bases para um grupo ortodoxo liderado pelos escribas posteriormente denominado fariseus, a faco mais pragmtica dos judeus, que ficou mais ou menos associada ao ofcio sumo sacerdotal. A forma de pensar deste ltimo grupo mais tarde cooperou para a ascenso dos saduceus.

    A era macabeia (165 63 a.C.)

    Situao histrica

    Um sacerdote ancio chamado Matatias, da casa de Hasmon, morava com seus cinco filhos

    3

  • P e r o d o I n t e r t e s t a m e n t r i o

    na vila de Modin, a noroeste de Jerusalm. Quan- do um oficial srio tentou decretar o sacrifcio pago em Modin, Matatias se revoltou, matou um judeu renegado que ofereceu sacrifcio, assassinou o oficial srio e fugiu para as montanhas com a famlia. Milhares de judeus fiis o seguiram, e a histria o registra como uma das demonstraes mais nobres pela honra de Deus.

    Aps a morte de M atatias, trs filhos seus continuaram a revolta, sucedendo-se: Judas, apelidado de Macabeu (166 160 a.C.), Jnatas (160 142 a.C.) e Simo (143 134 a.C.). Esses homens tinham tido tanto xito que, em 25 de dezembro de 165 a.C., haviam retomado Jerusa- lm, purificado o templo e restaurado a adorao. Este acontecimento comemorado hoje com a Festa da Chanuc (ou Dedicao).

    A luta continuou nas reas que circundavam a Judia, com diversas tentativas inteis da Sria de derrotar os macabeus. Por fim, sob a liderana de Simo, os judeus conquistaram a sua independncia (142 a.C .). Eles viveram independentes por quase setenta anos sob a dinastia hasmoneia, cujos lderes mais notveis foram Joo Hircano (134 104 a.C.) e Alexandre Janeu (102 76 a.C.).

    Desdobramentos religiosos

    A consequncia religiosa mais importante desse perodo resultou de uma forte diferena de opinio quanto ao posto de rei e sumo sacerdote da Judia. Por centenas de anos, o ofcio de sumo sacerdote havia ganhado bvias conotaes polticas. No se havia dado relevncia aos descendentes de Aro, mas sim fora poltica. Os judeus ortodoxos se ressentiram e resistiram a essa situao. Quando Joo Hircano se tornou governador e sumo sacerdote de Israel, conquistou a Transjordnia e a Idumia e destruiu o templo samaritano. Seu poderio e popularidade fizeram- no autodeclarar-se rei. Isso foi uma afronta aos judeus ortodoxos que, nessa poca, eram chamados de fariseus. Se no reconheciam reis fora da linhagem de Davi, como seriam os hasmoneus reconhecidos?

    Quem se opunha aos fariseus e apoiava os hasmoneus foi chamado de saduceu. Essas denominaes apareceram pela primeira vez durante o reinado de Joo Hircano, que se tomou tambm saduceu.

    A era romana (6 3 4 a.C.)

    Situao histrica

    A independncia dos judeus terminou em 63 a.C., quando Pompeu de Roma tomou a Sria e adentrou Israel. Aristbulo II, autonomeando-se rei de Israel, impediu a entrada de Pompeu em Jerusalm. O lder romano, enfurecido, tomou a cidade fora e reduziu o tamanho da Judia. Ao tentar libertar-se da opresso, Israel teve um sucesso temporrio, mas agora as esperanas pareciam liquidadas.

    Antpater, o idumeu, foi nomeado procurador da Judia por Jlio Csar, em 47 a.C. Herodes, o filho de Antpater, por fim, tornou-se o rei dos judeus por volta de 40 a.C.

    Apesar de Herodes, o Grande, ter planejado e realizado a construo do novo templo em Jerusalm, ele era um helenista devotado e odiava a famlia hasmoneia. Ele matou todos os descendentes hasmoneus, at mesmo a sua prpria esposa Mariane, neta de Joo Hircano. Ele assassinou tambm os dois filhos que teve com Mariane, Aristbulo e Alexandre. Herodes, o Grande, era quem estava no trono quando Jesus nasceu em Belm.

    Desdobramentos religiosos

    Alm dos fariseus e dos saduceus, dois outros grupos formavam o cenrio poltico dessa poca: os zdotes, que eram bem menos tolerantes a mudanas do que os fariseus e que fortaleceram ainda mais o esprito nacionalista da devoo farisaica Lei, e os herodianos, que foram alm de munir-se de polticas pragmticas, como os saduceus, apoiando abertamente o governo de Herodes e opondo-se a qualquer tipo de rebelio.

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  • P e r o d o I n t e r t e s t a m e n t r i o

    Um quinto grupo, os essnios, respondiam aos assuntos culturais e polticos sob um prisma monstico.

    Apesar de suas discrepncias, todos esses grupos tinham uma preocupao que lhes era CO' mum: o futuro dos judeus. E cada grupo tinha as suas prprias expectativas acerca da vinda do Messias h muito prometido.

    C oncluso

    Mais de 400 anos depois de Malaquias, o perodo intertestamentrio teve o seu fim quando Deus mandou Joo Batista anunciar a vinda de Seu Filho, o Servo fiel do Senhor, o Cristo a maior revelao da pessoa de Deus ao homem.

  • Novo Testamento

  • 0 E vange lho se g u n d o

    Mateus

    I nt ro du o

    sucesso ao trono geralmente traz muitas incertezas e conflitos. Absalo, filho de Davi, tentou usurpar o trono de seu pai (2 Sm 15.1; 18.18). Uma escolha errada feita pelo sucessor de Salomo, Roboo, ao trono fez com que este perdesse metade de seu reino para um traidor (1 Rs 12.20). Manam assassinou seu predecessor em Israel (2 Rs 15.14). Ser rei era um negcio muito perigoso.

    E no foi diferente nem mesmo para o Rei dos reis, Herdeiro legtimo ao trono de Deus. Se j houve alguma vez uma sucesso to conturbada, com certeza foi essa. Um homem [chamado Jesus] afirmou ser o Messias de Israel, e claro que toda a nao quis tirar isso a limpo. E, obviamente, Ele teve de apresentar Suas credenciais. Quem deseja ter em seu meio um impostor? Assim, o livro de Mateus aponta as

    credenciais de Jesus, apresentando-o como Rei, mas o Rei de um reino muito diferente o Reino dos cus.

    O Evangelho de Mateus tem muitas caractersticas judaicas. Por exemplo, o termo Reino dos cus aparece 31 vezes, e o termo Reino de Deus, cinco vezes. Nenhum outro Evangelho d tanta nfase ao Reino.

    A esperana da restaurao do glorioso reino de Davi era algo que ardia no corao dos judeus naqueles dias. E Mateus nos mostra claramente que essa esperana estava em jesus ao usar nove vezes em seu Evangelho o ttulo da realeza judaica Filho de Davi. Alm disso, Mateus chama Jerusalm de Cidade Santa (Mt 4-5; 27.53) e a cidade do grande Rei (Mt 5.35), duas formas exclusivamente judaicas de referir-se a ela. Os judeus do primeiro sculo davam muita importncia

  • M a t e u s

    justia, e Mateus usa as palavras justo e justia mais do que so usadas nos Evangelhos de Marcos, Lucas e Joo juntos.

    Mateus tambm trata de assuntos como a Lei, a pureza cerimonial, o Sbado, o templo, Davi, o Messias, o cumprimento das profecias do Antigo Testamento e Moiss tudo isso de um ponto de vista judaico. Ele faz mais de 53 citaes do Antigo Testamento e mais de 70 referncias s Escrituras hebraicas. Seu livro enfatiza 33 vezes que as obras de Jesus foram um cumprimento das profecias do Antigo Testamento.

    A genealogia no captulo 1 puramente judaica e descreve a descendncia de Jesus de Abrao, o patriarca do povo judeu, at Davi. Alm disso, Mateus menciona em seu Evangelho os governantes de Israel da poca (Mt 2.1,22; 14.1) e alguns costumes, como lavar as mos (Mt 15.2), sem explic-los, indicando que seus leitores eram, em sua maioria, judeus j familiarizados com essas prticas.

    O Evangelho de Mateus vai muito alm de apresentar uma mera biografia de Jesus. Um de seus objetivos provar ao povo judeu que Jesus o Messias, o Rei que havia sido prometido. A genealogia no captulo 1 aponta para Cristo como o herdeiro do Reino eterno que Deus prometeu a Davi.

    Ao citar um salmo messinico, em Mateus 22.41-44, Jesus demonstrou de modo bem claro aos judeus que Ele o Herdeiro do trono de Davi. Embora muitos judeus da poca de Jesus fossem cegos demais para reconhecer quem Ele realmente era, os gentios (como os trs sbios) reconheceram-no como o Rei prometido a Israel quando Ele era um beb. Enfim, a acusao pregada na cruz acima da cabea de Jesus destacava nitidamente Sua realeza: e s t e Je su s , o Rei d o s ju d e u s (Mt 27.37). No entanto, o mais importante no Evangelho de Mateus que este documento prova a legtima autoridade de Jesus ao destacar Seus ensinamentos e Sua vida de retido (Mt 7.28,29).

    Outro objetivo do Evangelho de Mateus descrever as caractersticas do Reino de Deus, tanto em relao a Israel quanto Igreja. Os judeus ortodoxos sempre zombavam de todos os que afirmavam que Jesus era o Messias e ainda mais dos que

    declaravam que Ele era o seu Rei. Eles diziam: Se Jesus Rei, onde est a restaurao do reino de Israel que foi prometida? Muitos judeus nos dias de Jesus o rejeitaram como Messias, embora tanto Ele como Joo Batista tenham pregado que o Reino dos cus estava prximo (Mt 3.2; 4.17; 10.7). A rejeio de Jesus pelos judeus o tema principal de Mateus (Mt 11.12-24; 12.28-45; 21.33; 22.14).Por causa dessa rejeio, Deus adiou o cumprimento de Suas promessas a Israel e, por conseguinte, estendeu Suas bnos aos gentios.

    M ateus o nico dos Evangelhos que fala especificamente da Igreja (Mt 16.18; 18.17), mostrando aos gentios como a Eclsia formada e descrevendo vrios episdios em que gentios demonstraram f em Jesus: os magos, o centurio e a mulher cananeia. Mateus deixou registradas a profecia de Jesus de que o evangelho seria pregado a todas as naes (Mt 24.14) e a Grande Comisso, segundo a qual os apstolos deveriam fazer discpulos em todas as naes (Mt 28.19). O ensinamento de Jesus mostrava que as bnos do Reino de Deus seriam estendidas aos gentios. No entanto, um dia, Israel seria restaurado e receberia todas as bnos prometidas (Rm 11.25-27; 15.8,9).

    O objetivo final de Mateus instruir a Igreja. Uma pista muito clara disso est na Grande C o misso, dada por Jesus: Ide, ensinai todas as naes, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Esprito Santo. Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu w s tenha mandado (Mt 28.19,20). O processo de discipulado implica aprender e aplicar os ensinamentos de Jesus, e o Evangelho de Mateus enfatiza os principais discursos do Mestre, entre os quais: o Sermo do Monte (Mt 5.1 7.28); o comissionamento dos 12 apstolos (Mt 10.511.1); a parbola do semeador, a do joio e do trigo, a do tesouro escondido e a da prola de grande valor (Mt 13.3-53); o maior no Reino dos cus, a importncia do perdo, ilustrada pela parbola do credor incompassivo (Mt 18.219.1); o sermo proftico sobre o fim dos tempos (Mt 24.4 26.1).

    Em vez de empreender uma narrativa sobre a vida de Jesus, como faz Marcos, Mateus usa os

    10

  • M a t e u s

    elementos da narrativa em seu Evangelho como pano de fundo dos sermes de Jesus.

    Este Evangelho no traz o nome de seu autor, mas deixa-nos pistas. Seu autor conhecia a geografia da Palestina muito bem (M t2.1; 8.5; 20.29;26.6). Ele estava familiarizado com a histria dos judeus, seus costumes, suas ideias e as classes sociais (Mt 1.18,19; 2.1; 14.1; 26.3; 27.2). Ele tambm conhecia muito bem o Antigo Testamento (Mt 1.2-16,22,23; 2.6; 4-14-16; 12.17-21; 13.35; 21.4; 27.9). E a terminologia do livro sugere que seu autor era um judeu da Palestina (Mt 2.20; 4.5; 5.35; 10.6; 15.24; 17.14-27; 18.17; 27.53).

    Os detalhes apontam de modo bem especfico M ateus, o discpulo de Jesus, como o escritor desse Evangelho. Por ser coletor de impostos, Mateus era culto e entendia muito bem de contabilidade. No surpresa alguma, portanto, que

    este Evangelho contenha mais referncias ao dinheiro do que todos os outros. Alm disso, a cidade natal de Mateus era Cafarnaum, a qual, quando citada, vem sempre acompanhada de alguma explicao, como: cidade martima, nos confins de Zebulom e Naftali (Mt 4.13); que te ergues at aos cus (Mt 11.23).

    Mateus escreveu seu Evangelho antes da destruio de Jerusalm em 70 d.C. Ele descreve Jerusalm em seu livro como a C idade Santa, pois ela ainda estava intacta (Mt 4.5; 27.53), e menciona os costumes judaicos que permaneciam at o dia de hoje (Mt 27.8; 28.15). Alm disso, a profecia de Jesus sobre a destruio de Jerusalm (descrita em Mateus 24.2) no traz indcio algum de que j tinha sido cumprida quando Mateus registrou as palavras de Jesus. A luz de tudo isso, podemos concluir que o livro foi escrito entre 50 e 60 d.C.

    UNH AD O TEMPOC r o n o l o g i a e m M a t e u s

    Ano 37 4 a.C. Herodes, o Grande, reina em Jerusalm

    Ano 31 a.C 14 d.C. Cesr A ugusto o im perador rom ano

    Ano 5 d.C. Jesus nasce em Belm

    Ano 4 39 d.C. Herodes Antipas reina na Galil ia e na Peria

    Ano 14 37 d.C. T ibrio Csar o im perador rom ano

    Ano 25 27 d.C. 0 m in is t rio de Joo Batista

    Ano 26 36 d.C. Pncio P ila tos o procurador da Judia

    Ano 27 d.C. Incio do m in is t rio de Jesus na Judia

    Ano 27 29 d.C. 0 m in is t rio de Jesus na Galil ia

    Ano 30 d.C. Fim do m in is t rio de Jesus na Judia

  • 1.1 M a t e u s

    I - 0 nascimento de Jesus e Sua preparao 1.1 4.11A - 0 nasc im ento de Jesus e Sua in fnc ia 1.1 2.23 B - A preparao de Jesus M ateus 3.1 4.11

    II - 0 anncio da doutrina de Je su s 4.12 7.29A - O inc io do m in is t rio de Jesus 4.12-25 B - A dou trina de Jesus: o Sermo do M onte 5.1 7.29

    1 -O a m b ie n te 5.1,22 - Os herdeiros do Reino dos cus - 5 . 3 - 1 63 - A e xp lica o do que a v e rd a d e ira ju s t i a

    5.17 7.124 - As advertncias de Jesus 7.13-275 - A resposta do povo 7.28,29

    III - A m an ifestao de Jesus: Seus m ilagres e Seu co m is s io -nam ento 8.1 11.1

    A - A dem onstrao do p o de r de Jesus: a lguns de Seus m ilagres 8.1 9.34

    B - A declarao da presena de Jesus: o com issionam ento dos d iscpu los 9 .35 11.1

    IV - A oposio a Jesus 11.2 13.53A - A prova da re je io a J e s u s 11.2 -30 B - Demonstraes de oposio a Je su s 12.1-50 C - A adaptao da mensagem de Jesus para Seus op o s ito

    res: parbolas do Reino 13.1-53V - A a titude de Jesus ante Seus opos ito res 13 .54 16.12VI - A apresentao o fic ia l e a rejeio do Rei 19.3) 25.46

    A - A co n tin u a o dos ens inam en tos aos d is c p u lo s 1 9 .3 - 2 0 .3 4

    B - A apresentao oficial do Rei: a entrada tr iu n fa l 21.1-7 C - A nao re je ita o Rei 21.18 22.46 D - 0 Rei re je ita a nao 23.1-39 E - P ro fecias do Rei re je itado : o d iscu rso no m onte das

    O live iras 24.1 25.46VII - A c ru c ifica o e a ressu rre io 26.1 28 .20

    ____________ C om e n t r io ____________

    1.1 A genealogia [n v i] o u o livro da gerao [a r c ] um registro das origens familiares da pessoa. As genealogias eram muito importantes para os judeus no primeiro sculo. Uma genealogia:(1) provava que a pessoa era realmente israelita,(2) identificava a tribo qual ela pertencia, e (3) qualificava certos judeus para os ofcios religiosos como levitas ou sacerdotes (Ed 2.61,62).

    A genealogia de Cristo essencial para a histria do cristianismo. Mateus descreve a descendncia de Cristo desde Abrao, Isaque e Jac, para mostrar que Jesus era judeu, mas no deixa de mencionar Davi, para informar aos seus leitores que Jesus tinha direito ao trono de Davi (2 Sm 7.12), algo que aconteceria no futuro (Mt 18.28).

    O fato de o Filho de Davi preceder o Filho de Abrao muito significativo. A ordem dos nomes est invertida, pois cronologicamente Abrao precedeu Davi mil anos. A razo de Mateus inverter a ordem se encontra na natureza da promessa que Deus fez a Abrao e a Davi. As promessas que Deus fez a Davi foram mais especficas do que

    as que Ele fez a Abrao. As promessas a Abrao foram de ordem pessoal, nacional e universal (Gn 12.1-3; 13; 14-17; 15.1-21; 17.1-21; 21.12,13;22.16-18); por outro lado, a aliana davdica previa bnos pessoais e o direito de sua descendncia ao trono (2 Sm 7.13-16; SI 89.1-4,19-37;132.11-18).

    Assim, no Evangelho de Mateus, enfatizado que o Senhor Jesus veio primeiro para Israel (Mt10.5,6) e depois para o mundo (Mt 28.19,20). Como a salvao pessoal depende da resposta de cada pessoa ao evangelho, a promessa da vinda do Reino messinico a esta terra est relacionada aceitao de Jesus por parte de Israel como seu Messias (At 3.19-21; Zc 12.10 14.21).

    Embora Jesus tenha sido rejeitado por Israel como seu Rei, Deus, por Sua graa, tambm enviou a mensagem do evangelho aos gentios (Rm11.11-24). O fato de Jesus ter vindo primeiro para os judeus e depois para os gentios a chave para entendermos os Evangelhos, Atos e, certamente, todo o Novo Testamento (Jo 1.11,12; At 13.45,46; 18.6; 28.26-28; Rm 11.7-36; 15.8,9).

    1.2-7 A citao de uma mulher na genealogia judaica algo muito raro. No entanto,

    12

  • M a t e u s 1.17

    alm de Maria, quatro mulheres so mencionadas na genealogia de Jesus. E o mais interessante o tipo de mulheres que Mateus cita aqui: Tamar, que se envolveu numa trama com Jud (G n38); Raabe, uma ex-prostituta cananeia que viveu em Jeric (Js 2); Rute, uma moabita que se casou com um israelita (Rt 1.4); e Bate-Seba, a mulher de Urias, que provavelmente era heteia e adulterou com Davi, acarretando terrveis consequncias (2 Sm 11.1 12.23). No comeo de seu Evangelho, Mateus nos mostra como a graa de Deus perdoa os pecados mais obscuros e alcana o mundo por meio da nao de Israel. M ostra-nos que Deus pode perdoar o pecado mais vil, resgatar o pecador e torn-lo parte da linhagem real.

    1 .8 '16 E Asa gerou a Josaf, e Josaf gerou a Joro, e Joro gerou a Uzias. H trs reis entre esses dois [Joro e Uzias] que Mateus omitiu nessa lista: Acazias, Jos e Amazias (assim como Jeoaquim, pai de Jeconias). Apesar de ter plena conscincia disso, Mateus relacionou 14 geraes em trs perodos, talvez por ser mais fcil de decorar (ver comentrio em Mt 1.17). Embora todas as geraes (Mt 1.17) de Abrao a Davi fossem 14, nem todas so relacionadas nos dois ltimos versculos deste trecho (Mt 1.15,16).

    Um a referncia especial tem de ser feita a Jeconias (v. 11), pois Jos mencionado como descendente desse rei de Jud. O problema que Jeconias (chamado de Joconias, em Jerem ias 22.24,28, e Joaquim, em 2 Reis 24-8, dependendo se a traduo do seu nome em portugus vem do hebraico ou do grego) trouxe m aldio descendncia de Davi. Em Jeremias 22.24-30, essa maldio mencionada. Ele no teria filhos e ningum da sua descendncia se sentaria no trono de Davi. O motivo dessa maldio se encontra em 2 Reis 24.9: E fez o que era mal aos olhos do S e n h o r .

    No h detalhes aqui de seu pecado ou pecados, mas eles foram to terrveis que Deus impediu sua descendncia de herdar o trono de Davi. E j que a descendncia humana de Jeconias foi proibida de assentar-se no trono de Davi, Jesus no poderia ser o Messias e, ao mesmo

    tempo, vir da descendncia desse rei por meio de Jos. N o entanto, Maria era da descendncia daN at, filho de Davi (1 Cr 3.5). Por essa razo, Jesus pde vir da descendncia de Davi por meio de Maria e legalmente ser filho de Davi por meio de Jos.

    1.16 Jos, marido de Maria. A genealogia de Jesus nos leva atf Jos, um legtimo herdeiro do trono de Davi. JMateus, entretanto, tem todo o cuidado de no citar Jesus como filho de Jos. O termo grego traduzido por da qual em jac gerou a Jos, marido de Maria, da qual nasceu Jesus um pronome relativo, no feminino, que s pode referir-se a Maria.

    Se o escritor do Evangelho quisesse incluir Jos como pai de Jesus, poderia usar o mesmo sistema que havia usado em sua genealogia antes (Mt 1.16a), na qual ele usa a palavra gerou. Ficaria assim ento: Jac gerou a Jos, e Jos gerou Jesus. Do mesmo modo, M ateus poderia ter usado um pronome no plural, em vez de um pronome no singular feminino, e assim incluiria ambos os pais [Jos e Maria]. Mateus, porm, sabiamente refuta qualquer ideia de que Jesus tenha nascido de algum mais, seno de Maria e do Esprito Santo.

    Tanto o termo Cristo quanto Messias significam o Ungido; o primeiro uma palavra grega, e o segundo, hebraica. No Antigo Testamento, a uno apontava para duas coisas: a escolha de Deus e Sua capacitao para uma obra. Tradicionalmente, as pessoas eram ungidas para exercer uma dessas trs funes: profeta, rei ou sacerdote.

    O Senhor Jesus foi ungido por Deus dessas trs formas: foi escolhido pelo Pai para ser o Salvador, recebendo uma capacitao sobrenatural (Lc 4.18-21; At 10.38) para exercer as funes de Profeta, Rei e Sacerdote por excelncia (embora Cristo seja Profeta, Rei e Sacerdote, a nfase no evangelho de Mateus recai sobre Sua realeza.)

    1.17 A genealogia se divide em trs listas de nomes que somam 14 geraes. Sem dvida, assim fica mais fcil decorar. No entanto, essa diviso tem um significado muito importante. O somatrio das letras do nome Davi 14; pois, no alfabeto hebraico, cada letra equivale a um nmero.

    13

  • 1.18 M a t e u s

    Isso significativo, j que o cabea da lista o Filho de Davi (Mt 1.1). Mateus pode estar cha- mando mais ateno para o significado davdico desse ttulo de Jesus. O destino do trono de Davi tambm aludido aqui.

    N as primeiras 14 geraes, o trono davdico estabelecido; nas 14 seguintes, fica destitudo, pois os israelitas so deportados para a Babilnia; nas ltimas 14 geraes, o trono confirmado com a vinda do Messias, descedente de Davi. Mais adiante, a promessa da aliana confirmada em cada uma dessas trs geraes: primeiro, na abramica (Mt 1.3-6); segundo, na davdica (Mt 1.6-11); e terceiro, na nova aliana (Mt 1.12-16).

    1.18 Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua me, desposada comjos, antes de se ajutarem, achou-se ter concebido do Esprito Santo. No mundo todo, o que geralmente oficializa um casamento a assinatura de um contrato (Ml 2.14).

    N a cultura judaica, essa aliana verbal era feita um ano antes da consumao do casamento e tinha o mesmo valor de um documento escrito. Foi nesse perodo de um ano em que Maria estava desposada comjos que ela achou-se ter concebido do Esprito Santo.

    E deixado bem claro nas Escrituras que Maria era virgem nesta poca. Isto reforado pelas palavras antes de se ajuntarem [Jos e Maria], e a

    Ningum sabe exatamente quando Jesus nasceu. At mesmo o ano de seu nascim ento no passa de uma suposio baseada em in form aes d isponve is . G regrio, o inventor do nosso calendrio , v iveu na Era M edieval e estabeleceu a data do nasc imento de Jesus em 1 d.C. Mas ele ca lcu lou errado.0 h is to ria d o r judeu F lvio Josefo data a m orte de Herodes, o Grande, em 4 d.C., e tan to M ateus (M t 2.1) com o lu c a s ( I c 1.5) presum em que este Herodes governava na poca do nasc im ento de Jesus. Mas a lgo que no est m u ito c la ro quanto tem po antes da m orte de Herodes, o G rande, Jesus nasceu. Sabem os que este se to rnou re i" dos judeus em 37 d.C. Contudo , no h nenhum reg is tro h is t rico , a no ser em M ateus (M t 2 .16), que m enciona o assass inato das crianas de Belm por decre to de Herodes.Josefo observou que Herodes ordenou o assassinato dos m em bros da p rpria fam lia para proteger seu trono. Dessa form a, no de estranhar que o assassinato de a lgum as crianas p lebeias de Belm passasse despercebido em meio s diversas a trocidades com etidas por este Herodes, de ixando-nos assim sem saber quando isso aconteceu. M as, tendo em v ista que o medo de Herodes [de que o M essias lhe tom asse o trono ] levou-o a decretar a m orte das crianas com menos de do is anos de idade para baixo, o nascim ento de Jesus deve ter acontecido um ou dois anos antes da m orte deste m onarca; provavelmente entre 5 ou 4 a.C.A data de 5 a.C. se encaixa m ais com a citao fe ita por Lucas de que A ugusto, que re inou de 27 a.C. a 14 d.C., era o im perador rom ano quando Jesus nasceu (Lc 2.1). Mas, ao c ita r C irnio (Lc 2 .2 ), Lucas cria um problem a. Aps a m orte de Herodes, o Grande, Roma d iv id iu seu te rr it rio entre os filhos deste que sobreviveram . A rquelau reinou na Judia (M t 2 .22), at que foi deposto pelos rom anos em 6 d.C. S ento C irnio fo i nomeado governador, depois de ter serv ido por mais de uma dcad