O NOVO MUNDO DA INDÚSTRIA Uma força de mudança que cria revoluções em um piscar de olhos”....

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Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul Ausente PARA USO DOS CORREIOS Falecido Recusado Mudou-se Outros Não existe número indicado Desconhecido Não procurado Informação escrita pelo carteito ou síndico Reintegrado no serviço postal em ___ /___ /___ ___ /___ /___ _____________________ Rubrica do carteiro Boletim Informativo do SIMECS | Ano XX III Nº 244 | Setembro de 2017 A INDÚSTRIA COMO PROTAGONISTA DA HISTÓRIA! AINDA NESTA EDIÇÃO SISTEMA DUAL UMA NOVA REALIDADE PARA AS EMPRESAS O NOVO MUNDO DA INDÚSTRIA SUA EMPRESA ESTÁ PREPARADA?

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Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul

Ausente

PARA USO DOS CORREIOS

Falecido

Recusado

Mudou-se

Outros

Não existe número indicado

Desconhecido

Não procurado

Informação escrita pelo carteito ou síndico

Reintegrado no serviço postal em ___ /___ /___

___ /___ /___ _____________________ Rubrica do carteiro

Boletim Informativo do SIMECS | Ano XX III Nº 244 | Setembro de 2017

A INDÚSTRIA COMO PROTAGONISTA

DA HISTÓRIA!

AINDA NESTA EDIÇÃOSISTEMA DUALUMA NOVA REALIDADE PARA AS EMPRESAS

O NOVO MUNDO DA INDÚSTRIASUA EMPRESA ESTÁ PREPARADA?

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PALAVRA DO DIRETOR

A nova indústria

Reomar SlavieroPresidente do SIMECS

PRESIDENTE: Reomar Angelo Slaviero DIRETOR EXECUTIVO: Odacir ConteEDITOR RESPONSÁVEL: Moacir Luiz Brehn - MTB 6945FOTOGRAFIA: Assessoria de Comunicação do SIMECS,Júlio Soares.

TIRAGEM: 2.600 exemplares PLANEJAMENTO GRÁFICO: BAG PublicaçõesIMPRESSÃO: Gráfica Editora Nordeste

O Informativo SIMECS é uma publicação mensal do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul.Rua Ítalo Victor Bersani, 1134 - Fone/Fax: (54) 3228.1855 - Bairro Jardim América - CEP 95050-520 - Caxias do Sul - RSwww.simecs.com.br - [email protected]

“A indústria nunca mais será a mesma.” A frase pode soar forte, mas reflete a mais pura realidade. Estamos, neste exato momento, testemunhando o advento da indústria 4.0, a chamada quarta revolução industrial. Impressão 3D, drones, análise de grande quantidade de dados (o famoso Big Data), realidade aumentada, monitoramento à distân-cia de equipamentos, carro autônomo. Essas são algumas das realidades que já fazem parte do dia a dia das fábricas; uma realidade onde a inovação acontece de forma abrup-ta e estonteante. Diante desse quadro, a pergunta mais do que oportuna: “E nossas empresas? Estão preparadas?”. Trata-se de uma questão impe-rativa: quem não estiver prepa-rado será literalmente barrado no baile 4.0. A competitividade já é, e será cada vez mais, re-sultado de uma postura digital, conectada e tecnológica. In-dependente do porte, setor de atuação e produto fabricado. O texto nos traz uma questão muito importante: a inserção na indústria 4.0 não precisa ser abrupta, ou seja, o empresário pode colocá-la em prática aos poucos, de acordo com suas reais necessidades e recursos disponíveis. Muitas pequenas empresas, por exemplo, já estão se valendo da “manufatu-ra aditiva” via impressão 3D. Uma ferramenta acessível, e que está se traduzindo em ganhos substanciais de tempo e diminuição considerável dos desperdícios. E este é só um exemplo do que as novas tecnologias podem fazer. A melhor utilização dos dados disponíveis é outro aspecto que pode aumentar a competitividade da empresa. Muitas

A informação,cada vez mais, é o

principal ativo que uma empresa pode ter.

vezes, informações valiosas sobre o mercado e suas ten-dências, sobre o comportamento dos clientes e suas ex-pectativas não atendidas, jazem adormecidas em meio ao manancial de dados que todos os dias entopem os sistemas de uma empresa. A implementação de ferramentas para coleta e gerenciamento desses dados, já está colocando muitas empresas locais em outros patamares competitivos. O Brasil, sabemos, ainda engatinha nesse novo mundo. Nossa densidade demográfica de robôs na indústria, por exemplo, é pífia, quando comparada a países como Japão e Alemanha. Algumas empresas brasileiras, no entanto, já

dão seus passos nessa nova rea-lidade. É essa estrada que deve ser trilhada pelas nossas empre-sas. Um primeiro passo, nesse sentido, é ter a consciência de que a indústria não é mais a mesma. Foi-se o tempo em que era o produto quem puxava as vendas; hoje, é o mercado quem

define o que compra, quando compra e como compra. Nes-se contexto, estratégias de customização, por exemplo, têm ajudado muitas empresas a ganhar o jogo. A quarta revolução industrial já chegou. Diante dela, a pri-meira atitude a ser posta em prática é a do conhecimento. Saber que mudanças estão por vir, para onde vai a indústria e como se inserir nessa transformação. A matéria especial desta edição do informativo pode servir como um primeiro norte, uma orientação para começar a navegar nesses no-vos tempos tecnológicos. A informação, cada vez mais, é o principal ativo que uma empresa pode ter. Boa leitura!

Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul

Atualize as suas informações no site do SIMECS e facilite a busca das empresas que usam o site para

encontrar fornecedores e parceiros.

A INDÚSTRIA COMO PROTAGONISTA

DA HISTÓRIA!Sistema DUALUma nova realidadepara as empresas

Cursos disponíveis noPrograma DUAL

O Diretor Regional do SENAI-RS, Carlos Trein, esteve no SIMECS para falar a respei-to do Sistema DUAL, criado na Alemanha, por volta do final do século 19 (a partir de 1870) e passa, desde então, por um proces-so de amadurecimento e desenvolvimento contínuo. Sinteticamente, a metodologia do ensino DUAL na Educação Profissional exerce a convergência entre a teoria e a prá-tica. Busca o alcance da autonomia e com-petências para o trabalho, ambientado em situações mutáveis e desafiadoras propor-cionadas pelo ambiente laboral da empresa, vinculando e praticando os conhecimentos, atitudes e comportamentos oriundos da Educação Profissional recebida nas Escolas

Mecânico de Usinagem Convencional

O Mecânico de Usinagem Convencional é o profissional que apre-senta as competências necessárias de usinagem de peças e compo-nentes mecânicos, respeitando procedimentos e normas técnicas, de qualidade, de saúde e segurança e de meio ambiente.

Mecânico de Usinagem CNC (Centro de Usinagem)

O Mecânico de Usinagem CNC é o profissional que apresenta as competências necessárias para usinar peças e componentes mecâ-nicos pela utilização de tornos a CNC e centros de usinagem a CNC, respeitando procedimentos e normas técnicas, de qualidade, de saúde e segurança e de meio ambiente.

Mecânico de Usinagem CNC (Torno)

O Mecânico de Usinagem CNC é o profissional que apresenta as competências necessárias para usinar peças e componentes mecâ-nicos pela utilização de tornos a CNC e centros de usinagem a CNC, respeitando procedimentos e normas técnicas, de qualidade, de saúde e segurança e de meio ambiente.

Elétrica Predial

O Eletricista Predial é o profissional que apresenta as competências necessárias para executar serviços de instalação, substituição e ma-

do SENAI. Essa metodologia de Ensino Pro-fissional é desenvolvida em parceria com a indústria, implementa de maneira gradual, contínua e com carga horária prática pro-gressiva na empresa e até o final do curso, a complementaridade das competências profissionais na formação dos seus apren-dizes. Durante os dois anos do programa, o aprendiz permanece assistido no ambiente da empresa em uma progressiva escala exe-cutiva de atividades práticas, mobilizando conhecimentos e competências técnicas adquiridas na escola do SENAI. Na meto-dologia de Ensino DUAL, a permanência do aprendiz na escola do SENAI é proporcional-mente inversa à da empresa.

nutenção de estruturas, componentes, acessórios e equipamentos elétricos residenciais e prediais de baixa tensão, respeitando as nor-mas técnicas e os procedimentos de qualidade, saúde e segurança e de meio ambiente.

Elétrica Industrial

O Eletricista Industrial é o profissional que apresenta as competên-cias necessárias para montar painéis elétricos e realizar a instalação e a manutenção de sistemas elétricos industriais de baixa tensão, respeitando as normas técnicas e os procedimentos de qualidade, saúde e segurança e de meio ambiente.

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Empresasesclarecem dúvidas sobre eSocial

Especialista aborda como ser líder num mundo exponencial

Evento no SIMECS mostrou como é possível transformar novas tecnologias em oportunidades

Evento sobre NRs

Contando com a participação de empresários, profissionais e re-presentantes de escritórios contábeis, o SIMECS lotou seu auditó-rio ao realizar o evento: “Entendendo o eSocial”. A apresentação esteve a cargo de Alexsandra Basso - Auditora Fiscal da Receita Federal do Brasil e Chefe da Divisão de Fiscalização. Também prestigiou o evento o Delegado da Receita Federal em Caxias do Sul, Nilson Sommavilla Primo. Conforme Alexsandra, o eSocial é um projeto integrante do Sistema de Escrituração Pública Digital (SPED), que pretende simplificar e unificar a entrega das obriga-ções trabalhistas, previdenciárias e fiscais em todo país. O seu iní-cio está previsto para janeiro de 2018. O documento irá substituir gradativamente a RAIS, a DIRF, o CAGED e a SEFIP e outras obri-gações que geram um trabalho intenso ao Departamento Pessoal, de RH e de Segurança no Trabalho de qualquer escritório ou em-presa. O eSocial foi instituído em 2014 com o intuito de consoli-dar os bancos de dados e processos do Ministério do Trabalho e Emprego, da Seguridade Social, da Caixa Econômica Federal e da Receita Federal. Ele também visa revolucionar a maneira que as empresas repassam as informações relacionadas ao vínculo traba-lhista e à vida laboral de seus funcionários, terceirizados e demais sujeitos em condições análogas. A rotina de entregas dessa obri-gação acessória será iniciada com o Evento Inicial o Arquivão. Ele

“Dizer que o mundo está mudando é um grande clichê. O momento pelo qual estamos passando vai muito além disso. Estamos viven-ciando a transição para uma nova era, que impacta absolutamente tudo o que nos cerca e nos leva a um caminho ainda incerto pois vivemos uma realidade de mudanças em velocidade exponencial. Uma força de mudança que cria revoluções em um piscar de olhos”. Foi o que afirmou o consultor e Administrador de Empresas, Alexan-dre Dal Pai Tessari, ao abrir o evento Como Transformar as Novas Tecnologias em Oportunidades, realizado no SIMECS. O objetivo do encontro que contou com a parceria da empresa Aliar, Integração de Negócios, foi mostrar as tendências tecnologias que irão afetar diretamente a produção industrial, como impressão 3D, inteligên-cia artificial, automatização e robótica, e como transformá-las em oportunidades, antes que elas se transformem em ameaças. Con-forme Gordon Moore teorizou na década de 60 ao identificar que os processadores dobravam de capacidade ano após ano, e reduziam de preço de forma inversamente proporcional, as novas Eras, que envolvem nanotecnologia, inteligência artificial, e biotecnologia, irão transformar novamente a sociedade, e consequentemente, nossas empresas. Tomando a Revolução Industrial como referencia, que teve seu inicio no final do século XVIII com a máquina a vapor e as ferrovias, até o advento da eletricidade e o marco da linha de montagem de Ford no inicio do século XX, possibilitando a produção em massa, levou cerca de 150 anos, e serviu de base para a outra grande revolução: a Digital, que teve seu inicio na década de 60, e ápice no inicio do século XXI. Cada nova revolução acaba servindo de suporte para a próxima, e acontecendo em um espaço de tempo mais curto que a anterior. Como se preparar para esta enxurrada de novas revoluções que não virão de maneira subsequente, mas sim,

O SIMECS, em parceria com a FIERGS e CNI, promoveu em seu auditório o evento: Como Lidar com as NRs que mais impactam a In-dústria. A iniciativa, que faz parte do Progra-ma de Desenvolvimento Associativo (PDA), é uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A apresentação esteve a cargo de Clayton Luiz Castro Schultz, sócio diretor técnico da Apollus EHS Solucions,

Com o objetivo de apresentar as competên-cias essenciais dos novos líderes num mundo cada vez mais competitivo, o SIMECS reali-zou evento eu seu auditório do qual participa-ram empresários e executivos das empresas dos segmentos automotivo, eletroeletrônico e metalmecânico de Caxias do Sul e região. A apresentação foi de Roberto Herrera Arbo, empresário, empreendedor digital, profes-sor universitário e consultor. Com especiali-zação em empreendedorismo, negociação, estratégia e marketing digital, Roberto Arbo abordou a atitude e motivação para liderar num mundo volátil, incerto, complexo e am-

Alexsandra Basso esclareceu principais dúvidas relacionadas ao eSocial durante evento realizado no auditório do SIMECS

Especialista Roberto Arbo apresentou o tema no auditório do SIMECS

Evento foi realizado no auditório do SIMECS

Alexandre Dal Pai Tessari abordou o assunto para as empresas metalmecânicas no auditório do SIMECS

A INDÚSTRIA COMO PROTAGONISTA

DA HISTÓRIA!

empresa de consultoria, auditoria e treina-mento nas áreas de segurança e higiene do trabalho, ergonomia, saúde ocupacional e emergências químicas, e membro do grupo de trabalho multidisciplinar e multissetorial de especialistas em Segurança e Saúde no Trabalho da CNI. Shultz também abordou os itens sobre o cumprimento das Normas Regulamentadoras referentes à segurança

bíguo. Conforme ele, ser líder é ser capaz de fazer um grupo heterogêneo de pessoas te-rem um objetivo comum, transformando-se num time, uma equipe, num corpo moven-do-se numa única direção. Como fazer isso sem destruir a individuali-dade de cada integrante da equipe? Isso só é possível se cada um construir um sistema onde fique claro para cada integrante que, ao dedicar-se com todas as suas forças ao objetivo da equipe, ao cumprir a sua parte, cada indivíduo, por consequência, alcançará seus objetivos pessoais. Quando sonhos pessoais são descartados

em nome da coletividade, o nome disso não é liderança. É manipulação. Num sistema próspero e promissor, o indivíduo é a peça mais importante. Tudo parte dele, de seus projetos e iniciativas. A construção da cole-tividade deve ser feita a partir dos anseios de cada indivíduo. Quando a coletividade é colocada em primeiro lugar, em detrimento de sonhos individuais, a decadência deste grupo é apenas uma questão de tempo, já que, sem a iniciativa em busca de sonhos in-dividuais, ficarão apenas altruísmo de curto prazo e falta de incentivo nos momentos de dificuldades.

de maneira convergente? Entender as forças e os sinais que cada uma destas tendências gera no presente é imprescindível, sejam elas refletidas em mudanças nos comportamentos de consumo, so-ciais, de trabalho, ou morais, apenas para citar algumas. Atentos a isso, e baseados em todas estas expectativas de futuro, é preciso aplicar o pensamento exponencial, e criar o presente agora. As orga-nizações que quiserem fazer parte desta nova era também deverão se reinventar: ecossistemas enxutos e ágeis, sem aversão ao erro, que estimulem a criatividade e a inovação, equipes heterogêneas e multidisciplinares com diferentes visões para um mesmo problema, são só alguns dos pré-requisitos dos novos tempos que estão por vir. Nós temos o privilegio de viver durante uma importante tran-sição de Era. Diante disso, nos resta apenas responder à seguinte pergunta: seremos meros observadores desta mudança, ou agentes cocriadores deste futuro?

irá conter todos os cadastros e as tabelas (horários, cargos e salários) de todos os trabalhadores ativos de cada empresa, preenchendo o banco montado pela Receita Federal do Brasil. Após esse primeiro en-vio, a rotina mensal será acrescida dos eventos tempestivos. Ou seja, aqueles que ocorrem com o andamento rotineiro da vida laboral dos trabalhadores e afins de cada empresa.

EVENTOS SIMECS

e saúde do trabalhador e, ainda, orientou sobre ações coletivas a partir do fortaleci-mento da representação empresarial. A ca-pacitação abordou ainda as principais NRs e mostrou questões de vivências práticas de implantação na indústria. Os participantes do evento também realizaram exercícios práticos que propiciaram a fixação do co-nhecimento e troca de ideias.

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O novo mundo da indústria sua empresa está preparada?

O novo chão de fábrica

A empresa 4.0

A indústria do futuro e suas ferramentas

O setor industrial vive uma revolução. De forma acentuada nos últimos dez anos, a incorporação de novas tecnologias vem transformando a indústria em todos os segmentos. Impressão 3D, internet das coisas, realidade aumentada, robótica, com-putação em nuvem, análise do BigData (enorme quantidade de dados): nomes que hoje estão presentes na realidade de mui-tas fábricas. Nomes, também, que assustam, por descortina-rem uma nova e inexorável realidade competitiva: a chamada quarta revolução industrial, palco da indústria 4.0. Diante des-se quadro, a pergunta que não quer calar: e nossas empresas,

A tendência mundial é de cada vez menos funcionários no chão de fábrica; por outro lado, cresce a demanda por profissionais ca-pacitados a lidar com sistemas complexos e equipamentos de última geração. No que tange às linhas de produção e ao pro-cesso industrial, as mudanças serão gigan-tescas. Na verdade, em empresas de ponta, máquinas e equipamentos conectados à in-ternet já realizam monitoramento preventi-vo, detectando a existência de um problema futuro, enquanto disparam um pedido de manutenção antecipada. Equipamentos de usinagem, solda e robôs, já são capazes de monitorar o próprio desempenho, avisando sobre a necessidade de reparos. Produtos serão também inteiramente con-cebidos virtualmente e postos em teste, bem antes de se iniciar a produção física. Esse processo de simulação do produto no mundo digital traz ganhos de tempo, qua-lidade e eficiência, e em consequência de custos. O aspecto do rastreamento também irá se tornar fonte de vantagem competiti-va. Sensores e chips instalados nos produtos avisarão sobre o próprio desempenho. Fa-bricantes de tratores, por exemplo, já ins-

O Brasil corre por fora em toda essa mara-tona. Para se ter uma ideia de nosso atra-so, precisaríamos instalar cerca de 165 mil robôs industriais para nos aproximarmos da densidade robótica atual da Alemanha (dados SEBRAE). E um estudo da Confe-deração Nacional da Indústria – CNI, mos-tra que pouco mais da metade (58%) de nossas empresas tem consciência dessa nova realidade. A boa notícia é que as empresas podem adotar essas novas tecnologias de forma gradual; não é imperativo que elas se tor-nem 4.0 do dia para a noite. A aplicação dessas ferramentas disruptivas pode se dar por etapas de produção, encaixando a mudança no Planejamento Estratégico e seu respectivo orçamento. Outra questão positiva diz respeito ao custo: nem toda tecnologia de ponta é fechada à pequena empresa. A impressão 3D, por exemplo, é o tipo de tecnologia bastante acessível, mesmo para uma empresa de pequeno porte. O que nossas empresas têm a fazer, dian-te desse quadro, é colocarem essa reali-dade na agenda estratégica. Esse é um primeiro e importante passo. O segundo, é, aos poucos, irem incorporando as novas tecnologias, de acordo com seus recursos e necessidades. Ao mesmo tempo, a pre-paração dos profissionais será indispensá-vel. Fábricas inteligentes demandam pes-soas aptas a lidar com elas. A partir disso, a estratégia é cada vez mais a empresa se digitalizar, automatizando processos, gerando decisões mais assertivas a partir dos dados de mercado, e antecipando até mesmo as tendências e mudanças no seg-mento onde atua. Agindo dessa maneira, ela diminuirá, em muito, o risco de ficar de fora desse novo mundo industrial.

A indústria jamais será a mesma. Da linha de produção ao pós-ven-da, tecnologias disruptivas estão

transformando o setor. Uma das caracte-rísticas dessa nova realidade é a avalanche informacional. Vivemos, hoje, sob uma quantidade descomunal de dados. Um estu-do realizado em 2012 mostrou que o mundo gerava, já naquela época, 2,8 zetabytes de dados (2,8 trilhões de gigabytes). O mesmo trabalho mostrou que, ao mesmo tempo, apenas 0,5% dessa massa descomunal de dados era analisada. Hoje, por certo, essa realidade é ainda mais crítica. Uma ferramenta imprescindível nesse con-

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DA HISTÓRIA!

texto é o conceito de Business Inteligence – BI (Inteligência de Negócio). Esta ferramen-ta, em síntese, envolve o método de coleta, organização, análise, compartilhamento e monitoramento de dados, com o objetivo de apoiar a gestão do negócio. O BI engloba ferramentas, infraestrutura e aplicações, to-das voltadas a auxiliar a empresa a lidar com inúmeras fontes de dados e informações de forma coesa e eficiente. No entanto, o BI por si só não consegue mais dar conta do recado. É aqui que entra o chamado Business Analytics – BA (Análi-se do Negócio). Essa ferramenta nada mais é do que uma evolução do BI, com o obje-

tivo de facilitar a análise de dados (daí seu nome). Se aplicam aqui métodos como o de Análise Preditiva (a empresa analisa ten-dências futuras a partir de dados históricos e estatísticos), Otimização (ferramenta que auxilia a empresa a otimizar o uso de seus recursos, como por exemplo, aumentar a produção sem ter incremento de mão-de-o-bra ou encontrar a melhor opção em termos de distribuição dos produtos) e Simulação (processo que simula possibilidades, como por exemplo, o comportamento da deman-da em função de um aumento de preço, ou a reação do clientes a uma mudança na em-balagem).

como estão nessa corrida?Na matéria de capa do informativo deste mês, o Assessor de Planejamento do SIMECS, professor Rogério Gava, analisa esses novos tempos para a indústria e o futuro do setor. Uma nova ordem está se instalando na indústria mundial, e quem não se inserir nela perderá muito em competitividade. Talvez até nem sobreviva. As questões que seguem explicam como as empresas podem fazer dessa realidade uma fonte de me-lhoria e crescimento, preparando-se para um futuro que já chegou.

talam ferramentas de rastreamento nos veículos vendidos. As empresas cada vez mais poderão conhecer como anda o es-tado de manutenção dos equipamentos vendidos, prestando uma manutenção e assistência técnica mais eficaz. O uso da impressão 3D (também cha-mada de manufatura aditiva) cada vez mais ganha espaço no processo produti-vo. No Brasil, montadoras como a FIAT já utilizam esse tipo de tecnologia para o fabrico de protótipos de peças e com-ponentes dos novos veículos. Nos EUA, a GE já está aplicando a impressão em três dimensões para fabricar peças de aviação, como turbinas a jato. A customização prévia do produto é outro avanço marcante dessa nova re-alidade industrial. O consumidor, nesse sentido, vira uma variável no processo produtivo, interferindo na construção de um produto cada vez mais personaliza-do. Por meio da modularização da linha de montagem, é possível criar milhares de variações a um produto a partir de um bloco básico. E o melhor de tudo: preser-vando-se o ponto ótimo de custo.

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A ocorrência de acidentes e sinistros revela possíveis fragilidades na segu-rança ou confiabilidade de sistemas, procedimentos adotados em nossas instalações industriais, máquinas, equi-pamentos, nos locais de lazer, nas vias públicas, em casa e, até mesmo, ações

de pessoas. Entretanto, a história ensina que a exemplo dos perío-dos pós-guerra, ocorre uma fase de recuperação, aperfeiçoamento e progresso, pela observação dos fatores desencadeantes da infortu-nística, pelo aprendizado da vivência com carências, restrições e pela necessidade de continuar vivendo, produzindo e buscando progredir para voltar ao patamar de con-forto, segurança e tranquilidade.Ao final não importa se esses fatores tive-ram origem em falhas recentes ou antigas, se foram de ordem institucional ou pesso-al, o fundamental é evitar novas ocorrên-cias, recuperar o tempo e o espaço perdi-dos, buscar aperfeiçoamento de sistemas de proteção, desenvolver procedimentos isentos de falhas que possam comprometer nosso desenvolvimento, cultivar práticas e ações que nos mantenham em permanente aler-ta para evitar o gradativo surgimento do nefasto hábito de conviver com condições impróprias, atos inseguros, riscos desnecessários ou descomprometimento, de baixa importância aparente, mas que na verdade podem tratar-se de elementos de alto potencial nocivo e destrutivo, inclusive com ameaça à saúde e integridade física das

pessoas. É evidente o desgaste de toda uma comunidade, quando da ocorrência de desastres e sinistros, estando ou não direta ou indire-tamente envolvidos. A consciência de responsabilidade, o espírito de empreendedorismo, a coragem de não se entregar ao cansaço e desanimo são as caracte-rísticas daqueles que levam a sociedade ao desenvolvimento. Se nesses momentos necessitamos trabalhar com mais dedicação e afinco, apresentar sugestões inovadoras, práticas, colaborar em tudo que é possível, também precisamos lembrar que esse ímpeto deve ser perene, devemos transformar as perdas em oportunidade

de nos desenvolvermos como membros de uma comunidade, esquecendo o egoísmo da individualidade. Serão tempos únicos para mostrarmos nossos valores e tal como uma colmeia nos dedicarmos à perpetu-ação do esteio que nos permite viver em harmonia, pois se nosso trabalho permite o atendimento às nossas necessidades de morar, ter conforto, segurança, enfim de viver, sua perda significa a morte de muitos sonhos. Mas jamais podemos esquecer de que a continuidade de tudo isso somente

é possível com dedicação incansável, rigorosa autodisciplina, com atendimento pleno de normas e procedimentos, colaboração cons-tante na correção de falhas, desenvolvimento de hábitos seguros e saudáveis. O que permite e norteia a continuidade de nossa socie-dade é mutualidade do respeito, a rigidez no cumprimento de leis, normas e procedimentos, o respeito à hierarquia e aos dispositivos que asseguram nossa saúde física, mental e nossa integridade física.

A INDÚSTRIA COMO PROTAGONISTA

DA HISTÓRIA!

OPINIÃO

Consciência eprofissionalismo

Arlindo Marçal dos SantosCoordenador Comissão de Segurança e Saúde Ocupacional SIMECS

O que permite e norteia a continuidade de nossa

sociedade é mutualidade do respeito, (...) e aos disposi-tivos que asseguram nossa saúde física, mental e nossa

integridade física.

A assessoria trabalhista do SIMECS pontuou os principais itens que sofrerão alterações com a Reforma Trabalhista, férias ficam mais flexíveis, veja o que muda.

COMO ERA E COMO FICA O PARCELAMENTO DAS FÉRIAS?Pela lei antiga, as férias deviam ser concedidas por 30 dias corridos, via de regra, mas podiam ser fracionadas em até duas vezes. Agora, o trabalhador poderá negociar diretamente com o empregador a possibilidade de dividir o período de descanso por até três vezes no ano.

QUAL O LIMITE DE DIAS PARA PARCELAR AS FÉRIAS EM 3 VEZES? Segundo a CLT, art. 134, § 1º, pelo menos uma das parce-las precisa ter, no mínimo, 14 dias. As outras duas não po-dem ser menores que cinco dias cada uma. Por exemplo, pode-se tirar 15 dias de férias, mais 10 dias e mais cinco. Contudo, não será permitido ao trabalhador tirar 10 dias de férias em cada um dos três períodos.

É O EMPREGADO QUEM DECIDE SE AS FÉRIAS SERÃO DIVIDIDAS EM 3 VEZES?Geralmente, as empresas concedem 30 dias corridos de descanso, mas o empregado poderá negociar o parcela-mento individualmente com o patrão.

O TRABALHADOR PODE PARCELAR AS FÉRIAS EM UM ANO E, NO ANO SEGUINTE, TIRAR 30 DIAS SEGUIDOS DE DESCANSO?Sim, isso poderá ser negociado diretamente entre o em-pregado e o empregador, ano a ano.

A NOVA LEI PROÍBE SAIR DE FÉRIAS EM DETERMINADOS DIAS?Sim. Conforme a CLT, art. 134, § 3º as férias do trabalha-dor não poderão mais começar nos dois dias que antece-dem um feriado ou nos dias de descanso semanal, geral-

mente aos sábados e domingos.

MAIORES DE 50 ANOS PODERÃO PARCELAR AS FÉRIAS?Sim. Pela CLT antiga, menores de 18 anos e maiores de 50 eram obrigados a tirar os 30 dias de férias. Na CLT, art. 134, § 2º (Revogado) permite ao trabalhador de qualquer idade parcelar as férias em até três vezes, com as mes-mas condições de qualquer trabalhador.

O TRABALHADOR PODE VENDER MENOS DE 10 DIAS DE FÉRIAS?O trabalhador pode optar pelo chamado abono pecuniá-rio por até 1 terço das férias. Ou seja, ele poderá vender no máximo 10 dias das suas férias ao empregador.

COMO SERÃO AS FÉRIAS NO REGIME DE TRABALHO INTERMITENTE?Elas serão proporcionais ao tempo trabalhado, se o tra-balhador foi convocado para trabalhar apenas dois meses em um ano, ele terá direito a 2/12 avos de férias propor-cionais.

QUANDO SERÁ O PAGAMENTO DAS FÉRIAS FRACIONADAS?O pagamento do adicional deverá ser feito pelo empre-gador ao menos dois dias antes do período das férias. Caso o empregador atrase o pagamento, ele será feito em dobro ao funcionário.

COMO SERÃO AS FÉRIAS PARA QUEM TRABALHA MEIO PERÍODO?No regime parcial de trabalho (com jornada de até 5 ho-ras diárias), os empregados tinham direito a apenas 18 dias de férias no ano. Agora quem trabalha em meio perí-odo terá os mesmos 30 dias de férias, acrescido de todos os direitos, como qualquer trabalhador. Também será possível vender até 10 dias das férias ao empregador.

Mais informações com a Assessoria Trabalhista SIMECS – (54) 3228.1855

COLUNA TRABALHISTA

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10 | Informativo SIMECS | Setembro 2017 Informativo SIMECS | Setembro 2017 | 11

No período de 16 a 18 de outubro, o SIMECS participará da Fena-tran 2017, em São Paulo, com um grupo de 20 empresários e exe-cutivos. Através de mais esta importante iniciativa da entidade para as empresas do seu segmento, será possível visitar esta feira que é a maior e mais completa vitrine de soluções integradas para a toda cadeia do Transporte Rodoviário de Carga da América Latina. Cer-ca de 350 marcas que integram toda a cadeia produtiva do setor de transporte rodoviário de cargas, entre elas as fabricantes DAF, Ford, MAN, Mercedes-Benz, Iveco, Peugeot, Scania e Volvo e empresas que fornecem soluções para diversos segmentos desse mercado es-

O presidente do SIMECS, Reomar Slavie-ro, esteve em São Paulo participando do 3° Congresso Brasileiro da Indústria de Má-quinas e Equipamentos, que teve o tema O Futuro da Indústria no Brasil. O evento foi realizado pela ABIMAQ – Associação Brasi-leira da Indústria de Máquinas e Equipamen-tos. O dirigente do SIMECS salientou que o SIMECS marcou presença neste importante evento, oportunidade em que os fabricantes nacionais de máquinas e equipamentos ne-cessitam estar constantemente atualizados

Com o objetivo de esclarecer as empresas do seu segmento sobre os principais itens da Reforma Trabalhista (Lei 13.467 de 2017) que entrará em vigor a partir de 13 de no-vembro desse ano, o SIMECS realizou no município de Garibaldi importante evento de interiorização. A apresentação esteve cargo da advogada Renata Ruaro De Mene-ghi Meneguzzi integrante da Comissão de Relações Trabalhistas do SIMECS. Segundo ela, a Reforma Trabalhista que foi aprovada recentemente pelo governo federal, tem o objetivo de modernizar as relações traba-lhistas no Brasil, por meio da valorização da negociação coletiva entre trabalhado-res e empregadores. A reforma altera mais de 100 pontos da legislação trabalhista, como divisão de férias e extensão da jorna-da, além de implantar novas modalidades, como o trabalho remoto, mas preserva os direitos fundamentais dos trabalhadores. A nova lei também pretende reduzir litígios trabalhistas, buscando garantir maior segu-rança jurídica para possibilitar que trabalha-dores e empresas se adaptem ao contexto atual do mercado de trabalho. Acordos entre trabalhadores e patrões têm força de lei, desde que respeitem os direitos as-segurados pela Constituição, como FGTS e décimo terceiro. A nova legislação permite também 12 horas de trabalho por 36 horas

Através de uma iniciativa do Arranjo Produ-tivo Local Metalmecânico e Automotivo da Serra Gaúcha e da Caixa Econômica Fede-ral, e contando com o apoio e participação do SIMECS e dos parceiros do APL MMeA, 27 empresas dos segmentos automotivo, metalmecânico, eletroeletrônico e plástico, estiveram expondo na 26ª edição da Feira Mercopar em Caxias do Sul, no período de 3 a 6 de outubro de 2017. Conforme projeto, a participação das indús-trias aconteceu com a montagem de um estande coletivo de 200m². O presidente do Arranjo Produtivo Local, Oscar de Azevedo,

3º Congresso da Indústria de Máquinas e Equipamentos

SIMECS formou grupo de 20 pessoas para visitar a feira emSão Paulo

APL Metalmecânico e Automotivo participou da feiracom 27 empresas

A INDÚSTRIA COMO PROTAGONISTA

DA HISTÓRIA!

FENATRAN 2017

MERCOPAR 2017

tão confirmadas na 21ª edição da FENATRAN – Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Cargas. O evento acontece em um mo-mento propício para novos negócios e a expectativa é que, entre os dias 16 a 20 de outubro no São Paulo Expo, mais de 60 mil visitantes vindos dos 27 estados e de outros países, principalmente da Améri-ca Latina, passem pela FENATRAN. Além de fabricantes de cami-nhões, as principais empresas de implementos rodoviários como Randon, Rossetti, Librelato e Truckvan, fabricantes de autopeças, componentes e equipamentos, entre elas KLL, Dhollandia, Hyva e Thermo King participarão do Salão.

Presidente do SIMECS participou de evento nacional em São Paulo

Empresas de Garibaldi recebem informações sobre a Reforma Trabalhista

Congresso de máquinas e equipamentos contou com a parti-cipação do SIMECS

Empresários e profissionais das empresas representadas pelo SIMECS estiveram reunidos em Garibaldi

de descanso. Férias podem ser divididas em até três períodos. A contribuição sindical, equivalente a um dia de salário do trabalhador, deixa de ser obrigatória. Intervalo de almoço pode ser reduzido para 30 minutos. Inclui a jornada intermitente, o trabalho em dias alternados ou por algumas horas, como o de traba-

lhadores de bares ou eventos. Todas essas mudanças na lei vão atingir todos os con-tratos de trabalho. Os acordos coletivos já fechados continuam valendo e aí poderão ser alterados ao fim do prazo do acordo com base nas novas regras. Mas, se as partes quiserem, podem renegociar as condições a qualquer tempo com base na nova lei.

informou que esta foi a terceira vez que o APL MMeA participou da Mercopar com um estande coletivo, proporcionando a um ex-pressivo número de empresas de pequeno porte uma vitrine para exposição e a con-cretização de negócios. “Sem dúvida que trata-se de um projeto arrojado, inovador e que foi importante para fomentar futuros negócios dos diversos segmentos represen-tados em pleno momento de crise e de difi-culdades econômicas do setor empresarial”, enfatizou Azevedo. A Mercopar, realizada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul – SEBRAE/

RS e pela Hannover Fairs Sulamerica, con-solidou-se como um dos mais importantes eventos da América Latina por apresentar as principais tendências nas áreas de auto-mação industrial, borracha, eletroeletrô-nico, energia e meio ambiente, metalme-cânico, movimentação e armazenagem de materiais, plástico e serviços industriais, proporcionando um ambiente de oportuni-dades para expositores e visitantes. Os apoiadores do projeto do estande coleti-vo do APL foram: SIMECS, SIMPLÁS, SIME, SEBRAE/RS e Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

sobre o cenário econômico que se vislumbra, bem como sobre as ferramentas disponíveis que possam contribuir para o desenvolvi-mento de suas empresas. “Participamos do debate acerca das perspectivas do futuro da indústria em relação à economia, produti-vidade, comércio global, sistema tributário e novas oportunidades de negócios e ferra-mentas disponíveis que possam contribuir para promover o desenvolvimento tecnoló-gico e a inovação nas empresas nacionais”, destacou Slaviero.

12 | Informativo SIMECS | Setembro 2017

GALERIA DE HONRA

Para a históriada indústriametalúrgica da região

A INDÚSTRIA COMO PROTAGONISTA

DA HISTÓRIA!

Max Indústria Metalúrgica

Fundada em 01/09/1978, a Max Indústria Meta-lúrgica, inicialmente, dedicava-se à fabricação de letreiros em latão e em aço inox, placas come-morativas em latão fundidos diversos em latão e alumínio. De cunho familiar, a história da Max Indústria Metalúrgica Ltda. e, principalmente, da marca TOMASI, começa bem antes disso, quan-do em 30 de janeiro de 1953 foi fundada a sua an-tecessora, denominada de Indústria Metalúrgica Tomasi Ltda., que era dirigida na época pelos empresários Waldemar Tomasi e Romeo Felippe Blum. Inicialmente, especializada em cutelaria e material bélico para o Exército, a empresa foi reconhecida pela produção de isqueiros. Foi em 1957 que a Indústria Metalúrgica Tomasi passou a fazer parte do seleto grupo de associados da primeira Associação Profissional das Indústrias Metalúrgicas de Caxias do Sul, o futuro SIMECS. Em 1986, a empresa foi adquirida por Roberto To-masi e Evandro Tomasi, momento em que incluiu em seu mix de produtos as churrasqueiras rotati-vas e espetos em aço inox. Amparada pela força que a tinha no mercado nacional, a empresa re-gistrou, naquele ano, a marca TOMASI e passou a utilizá-la como nome fantasia, aproveitando a tradição que a família Tomasi tinha no ramo metalúrgico, inclusive com a então revolucio-nária invenção das churrasqueiras rotativas por Waldemar Tomasi (pai do sócio Roberto Tomasi),

RODIZIO REVOLUTIONConhecida por fabricar produtos de qualidade, con-fiabilidade e durabilidade a Tomasi conseguiu, jun-to aos clientes e parceiros, espalhar o conceito do churrasco para que todos pudessem provar o sabor único de uma carne assada no espeto. Porém, o so-nho de levar o conceito do churrasco gaúcho, não só aos restaurantes e churrascarias, mas também às residências dos cidadãos dos Estados Unidos, levou a Tomasi a firmar parceria com a Carson Ro-dízio, empresa com sede em Memphis, Tennessee, EUA, para fabricar e distribuir, respectivamente, churrasqueiras rotativas portáteis para que os americanos pudessem fazer o churrasco nos seus quintais. A tarefa, no entanto, não foi fácil. Incluir um conceito cultural em outro país exigiu estudo, pesquisas de mercado, vários projetos e protótipos até que se chegasse a um produto que pudesse ser aceito e inserido na cultura dos cidadãos ame-ricanos. Definido o produto, foi hora de fazer o lançamento! Foi o momento em que as empresas optaram por lançar o Carson Kit by Tomasi no Ki-ckstarter, que é o maior site de financiamento cole-tivo do mundo. O sucesso foi imediato! Atualmen-te, o Carson Kit by Tomasi já é uma realidade nas famílias não só dos Estados Unidos, mas também no Canadá, Alemanha, Austrália e Nova Zelândia.

no início dos anos 70. Expandindo a sua linha e aproveitando a preocupação de muitos brasi-leiros em substituir o carvão, produto escasso e caro na época devido à intervenção pelo IBAMA, a Max Indústria Metalúrgica começou a produzir a churrasqueira comercial a gás para restauran-tes e churrascarias, produto de maior peso, valor e melhor acabamento. A aceitação do produto pelo mercado foi imediata, o que fez com que a empresa aumentasse seus investimentos para atender a demanda deste novo produto.Com o lançamento da churrasqueira comercial a gás, a empresa que até então fabricava seus produtos somente sob encomenda passou a pro-duzir também em série, modificando seu sistema de trabalho tornando-o mais ágil e moderno, me-

lhorando assim a qualidade dos produtos e a ima-gem da marca TOMASI no mercado nacional.Em meados de 1987, a Tomasi começou a atuar também no mercado internacional, exportando, inicialmente, para os Estados Unidos e logo em seguida ampliando os mercados para mais de 80 países, de todos os continentes, para os quais já ex-portou ou exporta regularmente.Em 1998, a empresa instalou-se em uma área de 6.200 m², com área construída de 2.800 m² e, em seguida, ampliada para 3.500m2, proporcionando aos seus clientes e colaboradores um melhor am-biente, atendimento e conformidade. Atualmente, a empresa também fabrica outros produtos desti-nados à preparação, transformação e conservação de alimentos, tais como fogões industriais, assado-res de frangos, fornos turbo, amassadeiras, buffets, geladeiras comerciais, balcões refrigerados entre outros. Hoje, com 72 colaboradores e com repre-sentantes em diversos pontos do país e do exterior, a Tomasi conta também com uma loja própria em São Paulo, SP.