O Obel sco - ALADI · Canuco na ALADI O cantor esteve na ALADI, no dia 18 de março, e atuou para...

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Canuco na ALADI

O cantor esteve na ALADI, no dia 18 de maro, e atuou para cerca de 80 utentes no auditrio da instituio Pg. 3

A ALADI visita duas exposi-es

Para desenvolver o interesse pela arte nos nossos utentes, um grupo de 14 clientes visitou duas exposies de pintura, no Porto. Pg. 4

CarnavalA ALADI dos Mares

A ALADI marcou presena no 13 Desfile de Carnaval da Freguesia com cerca de 20 fi-gurantes e 10 colaboradores.Pg. 5

ALADI participa em oficinas em Serralves

Duas vezes por ms e at ao fi-nal de julho, a ALADI vai parti-cipar nas oficinas de Serralves.Pg. 3

Celebrao dos Reis na Freguesia

Em janeiro, os nossos uten-tes levaram a tradio a di-versos locais da freguesia. Pg. 3

II Encontro de Atividades Aquticas Adaptadas da ALADI Pg. 2A ALADI organizou uma tarde de jogos ldicos, hidrobike e hidroginstica com 14 dos nossos utentes e mais 7 instituies convidadas.

O Obel sco

Boletim Informativo da ALADI n.17 janeiro 2016/ maro 2016

II Encontro de Atividades Aquticas Adaptadas da ALADI

Durante a tarde do dia 28 de janeiro, a Pisci-na Municipal de Pera-fita abriu portas para receber cerca de 52 utentes e 17 cola-boradores que participaram no II Encontro de Atividades Aquticas Adaptadas. ALA-DI juntaram-se 7 instituies que aceitaram o nosso desafio e vieram partilhar connosco uma tarde diferente: a APPA-CDM de Matosinhos, a APPA-CDM da Maia, a Santa Casa da Misericrdia de Vila de Con-de, a Touguinha, a MADI de Ferreir, a MADI de Azurara e a MAPADI. A piscina foi di-vidida em 5 estaes de exer-ccio, sendo que em cada es-tao os utentes podiam estar 15 minutos. Nessas estaes jogaram-se diversos jogos: aos 10 passos, s Argolas Aqu-ticas, s estafetas com pran-chas de surf , hidrobike e ao garon. Neste ltimo, os par-ticipantes tinham de levar um recipiente cheio de gua de uma margem para a outra da

piscina e l tinham de encher outro recipiente. Para facilitar os jogos, todos os convidados foram divididos em equipas, sendo que cada uma era com-posta por membros da ALA-DI e utentes das instituies convidadas. A tarde acabou ao ritmo de uma aula de hidrogi-nstica. Seguiu-se a entrega de algumas lembranas aos parti-cipantes, entre as quais flores, um diploma e uma maquete por instituio. Num ambien-te de muita brincadeira e des-contrao, a competio ficou para trs. Convvio, interao e desporto foram as palavras de ordem desta atividade que serviu como um momen-to de reunio entre colegas e amigos. Quem esteve pre-sente e assistiu destaca como o melhor da tarde os sorrisos dos intervenientes que real-am a boa disposio e con-vvio que o evento permitiu.

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Pelo segundo ano consecutivo, a ALADI organizou uma tarde de jogos ldicos, hidrobike e hidroginstica com 14 dos nossos utentes e mais 7 instituies convi-dadas.

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Celebrao dos Reis

De 19 a 21 de janeiro, 14 dos nossos utentes levaram a tradio do cantar as janei-ras a diversos locais da freguesia, sempre felizes e cantando e tocando instrumen-tos de percusso.

Vimos cantar as janei-ras, Somos mari-nheiros e Natal dos Simples foram as msicas aprendidas pelos nossos uten-tes. A preparao para esta atividade fez-se em 15 dias. Segundo o professor Filipe, Depois da festa de Natal, co-meamos a ensaiar, eu j tinha feito uma seleo prvia das msicas e depois tornou-se apenas necessrio criar o gru-po que iria cantar. A Junta de Freguesia de Lavra recebeu a ALADI no dia 19. Seguiu-se o Centro Social Padre Ramos, no dia 20. A 21 de janeiro, a ALADI recebeu, no seu audi-trio, a escola EB 2,3 Dr. Jos Domingues dos Santos. Um grupo de alunos do clube de msica cantou para os utentes e funcionrios da nossa insti-tuio e, como forma de agra-decimento, os nossos utentes presentearam os estudantes com algumas msicas e um lanche. A origem das janeiras perde-se na memria dos tem-

pos. Trata-se de uma tradio imbuda no esprito popular portugus, na qual um grupo de pessoas cantam enquanto percorrem as ruas, batendo s portas, com a pretenso de se-rem recebidos pelos morado-res e deles obter como oferta o que sobrava do Natal e do Ano Novo. Nos nossos dias, a tra-dio do cantar as janeiras tem sofrido algumas alteraes. O professor Filipe, respons-vel pela atividade, afirma que com a evoluo da socieda-de e do cantar das janeiras, as pessoas deixaram de oferecer restos de comida, agora j tm outras coisas para oferecer. Muitas vezes, os grupos vo angariar fundos e at recebem bens monetrios. Mas para a ALADI, de acordo com o pro-fessor, cantar as janeiras serve s mesmo para incutir esta tradio e para criarmos algu-ma dinmica entre os nossos utentes e, claro, tambm para proporcionar algumas sadas e para que eles possam co-

nhecer outras realidades. Ao contrrio dos tpicos restos de comida natalcia, os utentes receberam uma lembrana e um lanche. Por onde passa-ram, os nossos utentes no deixaram ningum indiferen-te. Os comentrios s atuaes foram bastante positivos. O professor Filipe refere, ainda, que as pessoas ficam muito contentes e acarinham muito estes jovens. A populao j est habituada e ficam muito contentes em receb-los! E de-pois tambm j os conhecem e se no vai este ou aquele per-guntam onde que est este ou aquele utente!. Passada a atividade, fica a vontade de a repetir para o ano. Eles que-rem mais, por eles cantavam as janeiras o ano todo, esto sempre a perguntar quando vamos aqui e ali e so capazes de estar ainda em fevereiro e j a perguntar quando vamos, acrescenta o professor Filipe.

Oficinas em Serralves

Duas vezes por ms, a ALADI est a participar nas oficinas de Serralves. At julho, a nossa instituio vai le-

var, entre 7 a 12 utentes, a participar nas oficinas dedicadas a participan-tes com necessidades especiais. As oficinas, distribudas por todos os

Centros de Atividades Ocupacionais, do a oportunidade aos nossos uten-

tes de verem e conhecerem novos espaos, terem contacto com outras instituies e de usufrurem da be-leza caracterstica de Serralves. Os

temas variam de oficina para oficina, envolvem a natureza e exploram os sentidos. As sadas ao exterior so

sempre um fator muito importante para a felicidade dos nossos utentes. Segundo Maria Francisca Gois, o que eles [os nossos utentes] dizem fica

escrito nos sorrisos com que chegam e fica dito na alegria de um hoje fui

passear.

Arte: ALADI visita exposies

No passado dia 25 de janeiro, um grupo de 14 utentes foram visitar a maior exposi-o de fotografia de patrimnio aban-donado, na Fundao Manuel Antnio da Mota. Ao contrrio do tpico belo, os nossos uten-tes puderam ver uma seleo de cem edifcios que marcaram a nossa histria, documentados por Gasto de Brito e Silva, mentor do projeto RuinArte. Desde palcios a igrejas e de instala-es militares a fbricas desativadas, os nossos utentes contactaram com uma beleza decaden-te e conheceram as histrias que eles tm para contar. Sempre atentos, reparavam na decadn-cia do que viam. Foi uma tarde bem passada que lhes mostrou o outro lado e uma arte diferente.

A arte fundamental. A atividade artstica, seja qual for, abrange a habilidade em usar o crebro para alterar, renovar ou fazer diferente. Implica sentir o mun-do de uma outra maneira e expressar as nossas vivncias, os nossos sonhos. Foi para desenvolver o interesse pela arte nos nossos utentes que um grupo de 14 vi-sitou duas exposies de pintura, no Porto.

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A Felicidade de Jlio Pomar foi a exposi-o visitada por um grupo de 14 uten-tes, no passado dia 27 de janeiro, na Biblioteca Almeida Garrett, no Porto. Na Gale-ria Municipal, os nossos utentes viram um con-junto de pinturas que tm o movimento como elemento estruturante. Os cavalos, as corridas, as entradas de touros e campinos e a Ponte Dom Lus, no Porto foram alguns dos retratos que puderam visualizar. Alm disto, puderam ver, ainda, algumas das pinturas mais icnicas de Jlio Pomar, entre as quais se encontram a imagem, no convencional, de Santo Antnio a Pregar aos Peixes, bem como quatro desenhos do mesmo tema. Durante a tarde, o grupo par-ticipou numa oficina cujo tema central era De que cor a felicidade?. A puderam desenhar e pintar, numa prancha, aquilo que para eles era a felicidade. Maravilhados com a exposio e com o espao em que estiveram, os nossos uten-tes ficaram com a vontade de voltar para uma visita guiada aos jardins do Palcio de Cristal.

Ruin`Arte

A Felicidade em Jlio Pomar

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A ALADI dos Mares

Como j habitual, a ALADI marcou presena no 13 Desfile de Carnaval da Freguesia com cerca de 20 figurantes e 10 colaboradores. semelhana do tema escolhido para a festa de Natal, Tsunami de Emoes, o carro alegrico da ALA-DI debruou-se tambm sobre o mar. A ALADI dos Mares pretendeu, mais uma vez, reforar a analogia existente entre as dificuldades de se trabalhar no mar e as dificuldades de se ser diferente numa sociedade onde ainda bastante difcil a tarefa de diminuir a diferena. Mas no foi s neste dia que o Carnaval na ALADI foi celebrado. No dia 5 de fevereiro, em ambiente de discoteca, os utentes vestiram-se a ri-gor para festejar a data. Durante a tarde, danaram no auditrio, seguindo-se um lanche convvio. O Carnaval uma das muitas atividades que a ALADI faz questo de comemorar todos os anos. Para alm desta festividade, a instituio promove, ao longo do ano, vrias atividades com o intuito de proporcionar situaes diversas que ajudem os utentes a melhorar o equilbrio, destreza e bem-estar fsico e emocional.

Na tarde de domingo, dia 7 de fevereiro, as ruas de Lavra e Angeiras encheram-se de cor e alegria para celebrar mais um Carnaval em comunidade. Apesar do frio que se fez sentir, cerca de 10 carros alegricos, subordinados a diversos temas, desfilaram durante mais de duas horas.

ALADI visita o Estdio do Drago

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Canuco Zumby na ALADI

Cerca de 80 utentes tiveram a oportunidade de, no dia 18 de maro, ver o Canuco. A vinda do cantor ALADI esteve in-serida nas comemoraes do Dia do Pai e realizou-se no auditrio da nossa instituio, pelas 14h00. Ao concerto, seguiu-se uma sesso de autgrafos e a oferta de cds aos nos-sos utentes. Com esta atividade, a ALADI pretendeu dar a oportunida-de aos nossos utentes de assistirem a um concerto e estarem em contacto com uma figura pblica. No fim do dia, o feedback foi bastante positivo. Maria Francisca Gois assegura que os utentes gostaram muito, canta-ram as msicas do Canuco e at pe-diram para repetir a experincia. J o msico considerou esta experincia muito positiva, uma vez que parte do seu trabalho como educador so-cial passa por atuar em causas de so-lidariedade social, para alm de se ter sentido muito acarinhado por todos os utentes, explica Maria Francisca.

Cerca de 80 utentes tiveram a oportunidade de, no dia 18 de maro, ver o Canu-co. A vinda do cantor ALADI esteve inserida nas comemoraes do Dia do Pai e realizou-se no auditrio da nossa instituio, pelas 14h00.

Com o objetivo de dar a conhecer a histria do clu-be mais famoso do distrito

do Porto, no passado dia 19 de fevereiro, um grupo de 14 utentes e 4 colabora-dores visitaram o Estdio

do Drago. Durante a visita guiada, os utentes puderam ver a tribuna presidencial, os balnerios, o relvado e o museu do estdio, onde es-to os trofus que relatam

as conquistas do clube.

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ALADI celebra 29 anosA ALADI celebra o seu 29. aniversrio a 8 de abril. Para assinalar a data, estive-mos conversa com algumas pessoas que ainda recordam um pouco da histria da nossa instituio. Para este dia, a ALADI organizou um dia recheado de surpresas e muita diverso. O dia ser repleto de atividades abertas a outras instituies, fa-miliares, scios e comunidade.

Benvinda Ribeiro Funcionria

Benvinda Ribeiro tem 50 anos e juntou-se ALADI h 20. Neste mo-mento encarregada de servios gerais, mas nem sempre ocupou este car-go. No incio, era vigi-lante e, agora, caracteri-za-se como polivalente, ajudando em todas as ta-refas. Benvinda confessa que, quando veio para a ALADI, tinha receio porque no sabia se era capaz de exercer o traba-lho. Mas rpido se adap-tou. Benvinda diz adorar o que faz e que o melhor da profisso ver a feli-cidade deles [utentes].

Ana Sofia Santos Funcionria

Ana Sofia chegou h pouco nossa institui-o. Tem 22 anos e for-mao em auxiliar de sade e o seu Projeto de Aptido Profissio-nal foi sobre a ALADI. Desde que se lembra, sempre quis fazer qual-quer coisa ligada a isto.Estagiou num hospi-tal antes de vir para a nossa instituio. Mas s na ALADI se sen-tiu realizada: traba-lhar com eles enche-me a alma e o corao.No dia a dia, Ana d banhos, cuida da hi-giene dos nossos uten-tes, faz camas, arruma roupas e d medicao.

Joo Paulo TomsFuncionrio

Joo tem 46 anos e um percurso de vida dife-rente. O futebol sempre foi a profisso que exer-ceu, mas, quando cuidou do sogro, apercebeu-se de que gostava de se de-dicar a quem precisava da sua ajuda. Mal teve a oportunidade de fazer formao, no hesitou. Joo Paulo v seme-lhanas entre o futebol e a profisso que exer-ce: tem de haver mui-to trabalho em equipa e dilogo. Com os nossos utentes, Joo afirma ter descoberto a amizade.

Emlia MatosUtente

Emlia Matos uma das muitas utentes da ALA-DI. No dia a dia, gosta de ajudar a Benvinda, que considera muito amiga. Na instituio, Emlia gosta de pr mos obra. Adora a cozinha e as li-des domsticas: gosto de descarregar a fruta, de fazer as caminhas, varrer o cho e limpar o p.

Rosa Maia,Me do Vasco

A Rosa Maia a me do Vasco. Na ALADI, Rosa afirma que o filho tem amigos, est entretido, faz coisas e estimulado.

Helena Conceio Utente

A Helena recorda que a ALADI, no incio, ain-da no tinha auditrio, a sala de msica era a cozinha e a lavandaria. Na ALADI, Helena tem muitos amigos e est sempre pronta a ajudar.

Lusa Irm do utente

Boaventura

Antes de vir para a nossa instituio, Lusa afirma que o irmo passou por trs instituies. Aos 18 foi integrado no CAO da ALADI. Em junho de 2015, com a abertu-ra do novo lar foi inte-grado como residente.

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Lus VazPai da utente Teresa

Teresa Vaz est na nossa instituio desde maro de 2015. O processo de transio para a ALA-DI explicado pelo pai: Entretanto a me teve um problema de sade, foi operada e a Teresa teve de vir para o lar. A ALADI foi uma ajuda que tive e ficarei sempre grato. Lus diz confiar em pleno na ALADI e refere que a equipa tcnica impecvel.

Fernando ReinaIrmo de Jos Albino

Fernando Reina irmo do utente Jos e membro da direo. Viu na ALA-DI uma grande ajuda para o seu irmo, que diz ter melhorado desde que entrou na instituio. Quando o irmo est com os funcionrios, Fernan-do afirma quer o irmo fica mais solto e brin-calho e acrescenta que quando ele no est di-zem-me que o feitiozinho e a voz dele fazem falta.

Emlia Augusta,Funcionria

Emlia Augusta traba-lha na ALADI h 22 anos. Entre as colegas conhecida como Mila, mas na brincadeira diz tambm ser a funcio-nria nmero dois da ALADI. Foi uma pai-xo quando c cheguei: assim que Emlia des-creve a sua chegada ALADI. Est na insti-tuio desde o incio e diz ter memrias para escrever um livro. Aqui tem uma outra famlia e diz ter aprendido com os utentes muita coisa que a vida no ensina.

Llia OliveiraDireo Tcnica

Na direo tcnica, a ALADI conta h j 15 anos com Llia Oliveira. Llia est responsvel pela coordenao do dia a dia da instituio para que tudo ocorra dentro da normalidade. Diaria-mente vrios so os desa-fios colocados direo tcnica. Llia afirma que, por si s, trabalhar nes-ta organizao j um grande desafio, uma vez que preciso conhecer os utentes e depois orien-tar os colaboradores para que eles contribuam para o nosso objetivo: o bem-estar do utente.

Ricardo PeixotoFisioterapeuta

O fisioterapeuta Ricardo Peixoto est na ALADI h 6 meses. A fisiotera-pia, na nossa instituio, tem como objetivo que os nossos utentes con-sigam manter a capaci-dade funcional que tm e retardar ao mximo a sua incapacidade. Para Ricardo, trabalhar na ALADI simplesmen-te fantstico. Todos os dias so uma aventura`, monotonia, nesta insti-tuio, no existe. Tra-balhamos com quem mais necessita, e que de uma forma carinhosa nos agradecem com um sorriso e com ternura.

Ricardo RodriguesDiretor de Servios

Ricardo Rodrigues o Diretor de Servios da ALADI. Entre 2005 e 2007, Ricardo foi presi-dente da nossa institui-o e refere que o maior desafio que enfrentou durante esse perodo de tempo foi manter a sus-tentabilidade da Insti-tuio e desenvolverem-se as aes necessrias para o alargamento das respostas sociais de Lar Residencial e Centro de Atividades Ocupacio-nais para chegar a mais utentes. Nessa altura, a Direo procurou uma maior abertura comu-nidade com eventos pro-tagonizados pelos nossos utentes para sensibilizar as pessoas para os acei-tarem como eles so e valorizarem as capaci-dades deles em alguns contextos, acrescenta o Diretor de Servios. Ri-cardo assegura que a Di-reo luta todos os dias para que a ALADI conti-nue a ser uma Institui-o de referncia na rea da deficincia mental.

Marlene BarrosTcnica de Reabilitao

Marlene Barros Hrin est h 8 anos na ALADI. Como tcnica de Educa-o Especial e Reabilita-o, Marlene coordena o CAO Teraputico, que inclui as salas de Ex-presso e Movimento, Imagem e Som, Ginsio e salas de Reabilitao. Alm disto, Marlene, juntamente com a equia tcnica, assegura as ati-vidades previstas no Pla-no de Atividades Socio-culturais e colabora na elaborao do processo individual do cliente e no planeamento e acom-panhamento das ativida-des de incluso. Marlene acredita que o melhor do seu trabalho passa pelo contacto com os uten-tes e pela organizao e promoo de atividades ldico- teraputicas que promovem o bem-es-tar e sade dos clien-tes. Luta tambm por mostrar comunidade o trabalho que pos-svel realizar com eles, potenciando a inclu-so social dos mesmos.

Filipe Reis TeixeiraAnimador Cultural

Filipe Reis Teixeira o animador cultural da ALADI. Comeou a tra-balhar na nossa insti-tuio em novembro de 2013. Vinha institui-o uma vez por semana e desenvolvia a atividade de Msica, em parceria com a Dr. Ana Raquel Santos, que na altura era um dos elementos da Equipa Tcnica da ALA-DI. A partir de Abril de 2015, comecei a ter uma presena mais assdua na instituio, passan-do a pertencer Equipa Tcnica. Com os uten-tes, o professor Filipe trabalha a msica, num sentido mais musical e de performance, com um objetivo mais artstico e pedaggico e, trabalha, ainda, a msica na ver-tente da musicoterapia, onde o objetivo , espe-cialmente, ou somente, teraputico, explica.

Susana SoaresTerapeuta Ocupacional

Susana Soares , h j 16 anos, a nossa terapeuta ocupacional. Todos os dias, procura promover atividades teraputicas que proporcionem a es-timulao das capacida-des dos utentes, para que eles alcancem a sua auto-nomia e independncia da melhor forma poss-vel. Susana est, ainda, responsvel por orientar os funcionrios das salas do CAO Ocupacional para a realizao de ati-vidades que de uma for-ma ou de outra mante-nham os clientes ativos. As maiores dificuldades que Susana sente, en-quanto terapeuta ocupa-cional com este tipo de populao, focam-se no que diz respeito s suas perdas de capacidades motoras e cognitivas que por vezes alteram cons-tantemente a implemen-tao das estratgias que visam a reabilitao des-tes clientes, pelo que o trabalho realizado com eles nem sempre pode ser de uma forma contnua.

ConceioIrm do primeiro utente

Conceio a irm do primeiro utente da nossa instituio. Quando co-locou o Vtor na ALADI, ainda no estava o lar construdo. O primeiro contacto da Conceio foi o professor Jlio Oli-veira: fui junta, falei com o professor Jlio Oliveira. Quando a ins-tituio abriu me e filha visitaram as instalaes. Conceio confessa que, inicialmente, foram s escuras. Confiaram na ALADI porque precisa-vam de ajuda e porque queriam uma ocupao para o Vtor. Mas, no incio, com as fugas do Vtor no foi tudo fcil. Mesmo assim e passados tantos anos, Conceio diz continuar satisfei-ta com a ALADI, por-que sempre foram bons com o Vtor. O Vtor sente-se bem a ajudar os amigos e sente-se til na ALADI, conclui.

VtorUtente

O Vtor foi o primeiro a chegar ALADI. Acom-panhou o processo de construo da institui-o e foi vendo o melho-rar contnuo da ALADI. Lembra-se como se fos-se hoje das noites em que tentava fugir e da rede por onde avanava: Antigamente havia a rede das obras e trepava por a para fugir. Recor-da, ainda, da cama onde dormia que, por ser pe-quena para o seu tama-nho, teve de ser trocada. O Vtor gosta de traba-lhar com o barro e de fa-zer cinzeiros. Adora os Rolling Stones, os Scor-pions e os ABBA. Mas, a sua paixo o futebol.

Adriano Ribeiro Funcionrio

Adriano Ribeiro ainda mantm a alegria de tra-balhar na ALADI. Ocupa o posto na secretaria h j 19 anos. Foi convida-do para se juntar equi-pa da ALADI quando se reformou. Estava apo-sentado do ministrio da sade e num encon-tro com um dos dirigen-tes fui convidado a fazer parte do servio. Ao fim de oito dias pediu a de-misso, mas uma frase do professor Jlio Olivei-ra marcou-o e f-lo ficar. Dedique-se aos uten-tes que so os seres mais sinceros que existem quando gostam de ns.

Teresa Me do utente Tomas

Teresa tem uma liga-o com a ALADI h j dois anos. Mudou o fi-lho para a nossa insti-tuio porque O Toms estava num outro local e no gostei. Quando procurava uma nova instituio para o To-ms, Teresa afirma que procurou meio mundo e, na ALADI, encontrei pessoas que me inspi-ram confiana. Teresa tem uma viso muito realista face ao tema. Aos 18 anos os meninos acabam a escolaridade obrigatria e so respon-sabilidade dos pais. Te-resa diz que o pas no tem preparao para in-cluir estas crianas no mercado de trabalho e que as instituies so faculdades particula-res para a vida inteira.

Maria Conceio Funcionria

Maria tem 53 anos e tra-balha na ALADI desde 1994. Trabalha diaria-mente com os midos como carinhosamente lhes chama. Chegou ALADI quando ainda s estava feito o lado nor-te. Tudo em tijolo ainda e com poas de lama. Para Maria cada utente um caso diferente, mas o trabalho nunca mo-ntono. Agora traba-lhamos assim, mas daqui a nada pode estar tudo virado do avesso e tra-balhamos de forma dife-rente. Maria garante que evoluir sempre uma vitria, para eles e para ns e remata dizendo J no sei viver sem isto.

Maria Francisca GoisMonitora de CAO

Maria Francisca est na ALADI h cerca de 6 me-ses. monitora no CAO Teraputico e procura inovar e explorar com os utentes o movimento, os sentimentos, a criati-vidade, o teatro. Diaria-mente, a Maria est res-ponsvel pela atividade de imagem e som. Para Maria Francisca, a arte um canal de comunica-o e uma forma de ge-rir as emoes. Assim, acredita que trabalhar as diferentes artes li-bertador e que aumenta a autoestima e propor-ciona momentos de lazer e quebra de rotina, uma alavanca no desenvol-vimento das capaciddes individuais e coletivas.

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O importante para diminuir a diferena est na vonta-de e nas atitudes das pessoas

certo que em 29 anos muita coisa acontece, constrem-se amizades e guardam-se muitas memrias. O Dr. Joaquim Branco, presidente da AlADI conta, em entre-vista, o que mudou ao longo destes anos.

diversidade e frequncia. Ao nvel da sociedade h cada vez mais sensibilida-de e aceitao para o pro-blema da deficincia, ten-do a ALADI contribudo significativamente para esses aspetos ao abrir as portas da Instituio e ao levar os nossos utentes aos locais e s atividades fre-quentadas pelas pessoas normais e , muitas vezes, participando ativamente.

O que que nunca se al-terou?O que no se altera a es-cassez de vagas, pois, in-felizmente, haver sempre pessoas com este tipo de situaes e que felizmen-te j no se escondem.

H 29 anos era mais difcil diminuir a diferena?O importante para dimi-nuir a diferena est na vontade e nas atitudes que as pessoas normais tm perante as situaes. O que todos sabemos que, h 29 anos em Lavra, havia e houve vontade e atitude para mudar a vida dos diferentes. O que ha-via, isso sim, era mais difi-culdades para concretizar essa mudana, pois no havia estrutura legal, nem infraestruturas para aco-lher, nem meios financei-ros permanentes para lhe dar corpo, mas que se ven-ceram. Hoje, nesta pers-pectiva, muito mais fcil.

O que que as famlias procuram na ALADI?

Os nossos funcionrios so o exemplo vivo do que servir o seu semelhante, em que os sacrifcios que fazem se transformam nos sorrisos dos que pre-cisam. E h algo melhor do que o sorriso que outro ser humano nos devolve?

Estes 29 anos so feitos de que vitrias?As grandes vitrias que se tm alcanado passam por darmos mais qualidade de vida aos utentes e s fa-mlias, por conseguirmos derrubar barreiras de-monstrando que poss-vel diminuir as diferenas e por criarmos oportuni-dades a muita gente para ajudar o seu semelhante, sem esperar nada em tro-ca, a no ser um sorriso.

Que mensagem de ani-versrio deixa ALADI?A ALADI h de ser sem-pre um projecto inacaba-do, pois, ao atingirmos um patamar, j outro a um nvel mais elevado se nos apresenta, mais robus-to e mais exigente. Mas, que isso nunca nos meta medo, pois temos sabi-do encontrar respostas para todos eles. No te-nho dvidas que enquan-to houver gente na nossa comunidade da mesma tempera dos que h 30 anos arrancaram com este projeto, e h-a, a ALADI deve continuar a ser exi-gente, difcil, ambiciosa.

Procuram um espao que proporcione aos seus familiares cuidados es-pecficos, no s fsicos, sejam de reabilitao, se-jam de manuteno, mas, sobretudo, de apoio sua ocupao intelectual com atividades de lazer e de criatividade. Outras fam-lias procuram resolver um problema que as ator-mentam, que garantir que na sua futura ausn-cia haja quem continue a prestar bons cuidados.

O que que se alterou com o passar dos anos?Houve alteraes ao nvel da quantidade, pois hoje h 90 utentes a beneficiar do nosso apoio. Ao nvel das atividades ocupacio-nais, cada vez h mais

De certa forma, a ALADI sente-se acarinhada pela comunidade lavrense?A ALADI , tenho a ou-sadia de o afirmar, a Insti-tuio Lavrense mais aca-rinhada, em que ningum regateia um apoio e de que todos se orgulham. Diria mesmo que esse orgulho se estende e muito para l da comunidade lavrense.

Quem se junta a esta equi-pa, que requisitos essen-ciais tem de ter?Trabalhar na ALADI no s ter um emprego. tambm doar-se, pois s quem tem um corao grande e sabe o que aju-dar outro ser humano, nas suas dificuldades, nas suas limitaes, conse-gue trabalhar na ALADI.