O PAPEL DA FAMÍLIA E DA ESCOLA NA PROMOÇÃO DA …LIA... · Começa entre o casal ... de nós vê...
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A CAPACIDADE DE UMA CRIANÇA APRENDER A LER E ESCREVER NAS SÉRIES INICIAIS PODEM DEPENDER TANTO DE COMO ELA É ENSINADA QUANTO DA EXISTÊNCIA E DA NATUREZA DOS LAÇOS ENTRE A ESCOLA E A FAMÍLIA. Urie Bronfenbrenner
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“Os pais inconscientemente deixam a seu filho a carga de refazer sua história, mas refazê-la de tal maneira que nada deveria mudar, apesar de tudo. O paradoxo em que a criança está presa produz logo efeitos violentos; com efeito, raramente há oportunidade de que a criança se realize em seu próprio nome.” Maude Mannoni
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FAMÍLIA CONJUNTO DE MÃE, PAI E FILHOS QUE VIVEM OU VIVERAM NA MESMA CASA E QUE SE MANTÉM ATRAVÉS DO EQUILÍBRIO ENTRE AS FUNÇÕES DE SEUS MEMBROS
FILHOS PODEM TER DIFERENTES LAÇOS DE SANGUE E, AO CONVIVEREM NA MESMA CASA COM ADULTOS CONSTITUEM UM SISTEMA FAMILIAR
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ATENÇÃO: OS MODELOS INTERACIONAIS REVELAM A DINÂMICA FAMILIAR:
ECOSSISTEMA FAMILIAR: a expressão ecologia do desenvolvimento e contexto descreve os comportamentos observados dentro do ambiente sócio-cultural onde a família está inserida. Essa abordagem enfatiza que cada criança cresce num ambiente social complexo (uma ecologia social) com um distinto elenco de personagens. Esses personagens também estão inseridos num sistema social mais amplo: os pais têm empregos dos quais podem gostar ou não, podem ter amigos íntimos e acolhedores ou podem ser muito isolados; podem viver numa vizinhança segura ou cheia de perigos; a escola local pode ser excelente ou ruim; e os pais podem ter bons ou maus relacionamentos com a escola. Esta abordagem enfatiza a compreensão das maneiras pelas quais todos os componentes desse complexo sistema interagem mutuamente.
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EQUILÍBRIO EM 3 NÍVEIS:
NÍVEL INTRAPSÍQUICO: ONDE CADA PESSOA MANTÉM UM BALANÇO ENTRE AS EXIGÊNCIAS BIOLÓGICAS E SOCIAIS, PARA SE DEFENDER DAS TENSÕES GERADAS NO AMBIENTE DE CONVIVÊNCIA
NÍVEL INTERPESSOAL: ONDE TODOS OS MEMBROS SÃO AFETADOS UNS PELOS OUTROS
NÍVEL SOCIAL: ONDE TODOS OS MEMBROS INFLUENCIAM E SÃO INFLUENCIADOS PELO AMBIENTE EXTRA FAMILIAR
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HOMEOSTASE FAMILIAR:
TENDÊNCIA FAMILIAR DE SE MANTER A ESTABILIDADE NAS CONDIÇÕES SOCIAIS E PSICO. COM A INTENÇÃO DE CONTER E SUPRIR AS NECESSIDADES INDIVIDUAIS
ROMPE-SE O SISTEMA FAMILIAR QUANDO O MEIO NÃO É
ESTÁVEL É O PROCESSO PELO QUAL MOTIVAÇÕES, AFETOS,
CONHECIMENTO E PODER SÃO COMPENSADOS NUM EQUILÍBRIO (ADEQUADO OU NÃO)
É UM PROCESSO DINÂMICO DE FORÇAS QUE SE REALIZA
ATRAVÉS DE RELAÇÕES CIRCULARES
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CADA FAMÍLIA TEM ESTRUTURA PRÓPRIA
ESTRUTURA: PADRÃO DEFINIDO, REPETITIVO DE REGRAS E PAPÉIS DENTRO DOS QUAIS SE ESPERA QUE OS MEMBROS FUNCIONEM
REGRAS E PAPÉIS: GOVERNAM O COMPORTAMENTO FAMILIAR
TAREFAS FAMILIARES: DITADAS PELA CULTURA E VALORES DE CADA FAMÍLIA
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VALORES FAMILIARES
1) DAS EXPERIÊNCIAS DOS PAIS DURANTE O CRESCIMENTO NAS SUAS FAMÍLIAS DE ORIGEM
2) DA FORMA DE VIVENCIAR ESSAS EXPERIÊNCIAS NAS RELAÇÕES COM A SOCIEDADE E CULTURA
3) DA HISTÓRIA COMUM DO CASAL A PARTIR DO MOMENTO EM QUE SE UNIRAM
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TAREFAS FAMILIARES (REGRAS DE CONVIVÊNCIA) SÃO:
1) PARCIALMENTE CONSCIENTES E SUJEITOS A NEGOCIAÇÃO
2) PARCIALMENTE INCONSCIENTE, NÃO NEGOCIÁVEIS E QUE VÃO DEPENDER DO SISTEMA DE COMUNICAÇÃO E CÓDIGOS DE MENSAGENS QUE IRÃO ESTABELECER
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COM O NASCIMENTO DOS FILHOS:
1) TAREFA BÁSICA: AS ESSENCIAIS PARA A SOBREVIVÊNCIA
2) DE DESENVOLVIMENTO: CONTÍNUO DESENVOLVIMENTO DA FAMÍLIA. Ex.: EDUCAÇÃO
3) DE CRISE: AS QUE MOBILIZAM A FAMÍLIA PARA LIDAR COM FATORES DE ESTRESSES. Ex: doenças , morte, etc.
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Comunicação na família
Família mantém contínua troca de informação com um código próprio
Começa entre o casal
Processo de comunicação deve ser claro
Duplo vínculo (confusão comunicacional)
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Hierarquias na família
Fatores familiares que conduzem ao estabelecimento de hierarquias entre as crianças:
DOMINANTE – DOMINADOS
APAZIGUADORES – AGRESSIVOS
TEMEROSOS - EXPANSIVOS
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PERFIL DE COMPORTAMENTO:
DOMINANTE – AGRESSIVO: AGRESSÃO ABERTA, DIFICULDADES EM ESTABELECER VÍNCULOS
MÃE : RÍGIDA, FECHADA, IMPACIENTE E APRESSADA, AMEAÇA CORPORAL E VERBAL. NÃO ESCUTA A CRIANÇA, SÓ A REPREENDE, LIMITAÇÃO
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LÍDER: COMPORTAMENTO DE VÍNCULOS DE APAZIGUAMENTO, SOLICITAM APROXIMAÇÃO, CANALIZA AGRESSIVIDADE, NÃO SÃO AMBÍGUOS
MÃE: ESCUTA SEU FILHO, ESTABELECE VÁRIOS TIPOS DE DIÁLOGOS. POUCAS AMEAÇAS. COMPORTAMENTO ESTÁVEL E ACOLHEDOR.
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LÍDER COM COMPORTAMENTO FLUTUANTE: VARIA ENTRE A LIDERANÇA E AGRESSIVIDADE
MÃE: TAMBÉM APRESENTA FLUTUAÇÕES DEPENDENDO DAS SITUAÇÕES DO COTIDIANO
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DOMINADOS COM MECANISMOS DE LÍDER: SEQÜÊNCIA HOMOGÊNEA, CRIA MUITOS VÍNCULOS
MÃE: SUBORDINADA AO PAI QUE IMPÕE DE FATO A EDUCAÇÃO, A GUARDA, ALIMENTAÇÃO, etc.
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DOMINADO –TEMEROSO: CONDUTAS DE TEMOR, RETROCESSO, FUGA, SOLICITA MUITO DO ADULTO
MÃE: SUPER PROTETORA, ANSIOSA, ATENTA À SAÚDE DA CRIANÇA, ALTERNA APAZIGUAMENTO – TEMOR – INQUIETUDES, MEDO DO ABANDONO
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DOMINADOS (RETRAÍDOS): POUCOS VÍNCULOS, POR SE SENTIREM AMEAÇADOS SÃO APÁTICOS E PERMANECEM AFASTADOS
MÃE: PARECE ABAFADA PELO MARIDO.NÃO EXTERIORIZA SEU COMPORTAMENTO, REPRESSIVA, PRINCÍPIOS EDUCATIVOS RÍGIDOS
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DOMINADOS AGRESSIVOS: ISOLADOS, POUCO PARTICIPAM, RAROS VÍNCULOS. AGRESSÕES IMPREVISÍVEIS
MÃE: APRESSADA, COBRA INTELECTUALMENTE, PREDOMÍNIO DA LINGUAGEM AO LÚDICO, CRIANÇA PODE SER REJEITADA POR OUTRAS
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As famílias que proporcionam altos níveis de carinho e afeição, comparadas àquelas que são mais frias ou rejeitadoras, tem filhos com apegos mais seguros e melhores relacionamentos com os companheiros.
As famílias com regras e padrões claros, e nível relativamente elevados de expectativas ou exigências de maturidade, e que insistem consistentemente nessas regras e expectativas, têm filhos que relevam maior auto-estima e competência em uma grande variedade de situações.
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As crianças as quais se fala freqüentemente, com frases complexas, e que também são ouvidas, não apenas desenvolvem mais rapidamente a linguagem como também tem relacionamentos mais positivos e menos conflitados com os pais.
Esses elementos do comportamento parental ocorrem em combinações ou estilos de educação dos filhos. Os teóricos sugerem quatro tipos desses estilos: competente, autoritário, permissivo e negligente.
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O estilo competente inclui muito cuidado, controle, comunicação e exigências de maturidade; o autoritário inclui muito controle e exigência de maturidade e pouco carinho e comunicação; o estilo permissivo inclui muito carinho e pouca comunicação, controle exigência de maturidade; o estilo negligente apresenta níveis muito baixos dessas quatro dimensões. Em qual dessas categorias nós nos identificamos?
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O sistema familiar também é afetado pelas características da criança, tais como temperamento, idade, gênero e posição na família. Os irmãos criados na “mesma” família acabam sendo bastante diferentes porque os pais geralmente se comportam de modo diferente em relação à cada filho devido as afinidades, tempo e momento histórico familiar em que cada criança nasceu.
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As características dos pais que afetam o sistema familiar incluem depressão e seu modo funcional de apego. A estrutura familiar também tem um impacto sobre o funcionamento da família, o que por sua vez afeta o comportamento da criança e do adolescente. Notamos que atualmente há uma tendência de aumento de crianças que passarão pelo menos uma porção de sua infância numa família de progenitor único, ou seja, de pais separados.
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Mudanças na estrutura familiar tendem a produzir uma breve perturbação (muitas vezes incluindo um aumento no estilo parental autoritário ou negligente) antes que o sistema se adapte à nova forma.
As famílias com padrastos, especialmente as que incluem adolescentes, são mais lentas nessa adaptação, e muitas vezes continuam a apresentar um estilo parental não competente por longos períodos.
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O trabalho da mãe afeta o sistema familiar ao modificar a auto-imagem da mãe, aumentando seu poder e alterando a distribuição das tarefas. Os efeitos sobre as crianças geralmente são positivos, especialmente para as meninas.
A perda do emprego do pai perturba o sistema familiar, diminuindo o estilo parental competente e a satisfação conjugal. Os filhos muitas vezes apresentam perturbações no comportamento. O caráter do trabalho do homem também tem um efeito importante sobre suas interações familiares.
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ETNICIDADE E CICLO DE VIDA
ETNICIDADE: “CONDIÇÃO DE POVO” BASEADA NA COMBINAÇÃO DE RAÇA, RELIGIÃO, HISTÓRIA, CULTURA
DESCREVE O QUE É TRANSMITIDO PELA FAMÍLIA AO LONGO DAS GERAÇÕES
ENVOLVE PROCESSO PSICOLÓGICO DE IDENTIDADE E CONTINUIDADE CULTURAL
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FAMÍLIAS VARIAM DE ATITUDES EM RELAÇÃO A ETNIA. EX.: NEGROS, JUDEUS
INTERSECCIONA-SE COM CLASSE, RELIGIÃO, POLÍTICA, GEOGRAFIA, PERÍODO DE TEMPO, GRUPO HISTÓRICO E O GRAU DE DISCRIMINAÇÃO
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ESTÁGIOS DO CICLO DE VIDA DA FAMÍLIA
CASAMENTO E RECASAMENTO;
A TRANSIÇÃO PARA A PATERNIDADE
FAMÍLIAS COM CRIANÇAS PEQUENAS
FAMÍLIAS COM ADOLESCENTES
FAMÍLIA NO MEIO DA VIDA
CASAMENTO: A PRÓXIMA GERAÇÃO
PATERNIDADE: A PRÓXIMA GERAÇÃO
FAMÍLIAS NO ESTÁGIO TARDIO DE VIDA
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DIAGNÓSTICO (AVALIAÇÃO) E INTERVENÇÃO
DIAGNÓSTICO: depende de inúmeras e complexas variáveis, por isso não devemos fazer diagnóstico ou “rotular” nossa criança, mas sim, levantarmos hipóteses de trabalho que irão nortear nossas intervenções. Sugiro avaliação
A cada intervenção surgirá novas hipóteses e novas intervenções.
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Diagnóstico e intervenção
Devemos ter sempre em mente que a família e a escola são sistemas altamente complexos, movidos por traumas, tramas e segredos.
Metáfora: quebra-cabeça onde tem peças escondidas e não sabemos qual é a figura a ser montada.
Cuidado para não ser “engolido” pela escola e pela família. Nunca se esqueça: a escola e a família querem que tudo mude, mas que tudo permaneça como está.
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O papel da família e da escola na promoção da aprendizagem
Tanto a família quanto a escola devem estabelecer uma parceria em prol do saudável desenvolvimento da criança.
Vimos que as duas instituições são importantes para a aprendizagem formal da criança.
Escola auxilia a família a desenvolver o futuro cidadão,
A família auxilia a escola na valorização do professor; apoiar a escola nas suas decisões,
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O papel da família e da escola na promoção da aprendizagem
Uma deverá confiar na educação dada, tanto na escola quanto em casa;
Saber o limite de sua atuação e intervenção tanto da escola na família quanto da família na escola.
A escola, (embora tenha em muito casos uma ação terapêutica) deve saber de qual lugar ela fala;
A família, por mais disfuncional que seja sua atuação deve pedir ajuda e orientação à escola quanto à educação formal da criança;
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O conhecimento do conhecimento compromete. Compromete-nos a tomar uma atitude de permanente vigilância contra a tentação da certeza, a reconhecer que nossas certezas não são provas da verdade, como se o mundo que cada um de nós vê fosse o mundo e não um mundo que produzimos com outros. Compromete-nos porque, ao saber que sabemos não podemos negar o que sabemos”
Matura e Varela
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Maria Cecília Castro Gasparian
Ms. e Dra. em Educação: PUCSP
Psicopedagoga
Terapeuta de família