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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA ANDREA CARNEIRO RAMBO O PERFIL DO INVESTIDOR E MELHORES INVESTIMENTOS: da teoria à prática do mercado brasileiro FLORIANÓPOLIS 2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

ANDREA CARNEIRO RAMBO

O PERFIL DO INVESTIDOR E MELHORES

INVESTIMENTOS: da teoria à prática do mercado

brasileiro

FLORIANÓPOLIS

2014

ANDREA CARNEIRO RAMBO

O PERFIL DO INVESTIDOR E MELHORES

INVESTIMENTOS: da teoria à prática do mercado

brasileiro

Monografia submetida ao curso de Ciências Econômicas, da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito obrigatório para a obtenção do grau Bacharel em Ciências Econômicas.

Orientador: Ronivaldo Steingraber

FLORIANÓPOLIS, 2014

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS

A Banca Examinadora resolveu atribuir a nota 8,00 à aluna ANDREA CARNEIRO RAMBO

na disciplina CNM 5420 – Monografia, pela apresentação deste trabalho.

Banca Examinadora:

------------------------------------------------- Prof. Ronivaldo Steingraber (orientador)

------------------------------------------------- Prof. Newton Carneiro Affonso da Costa Júnior

-------------------------------------------------- Doutoranda Liana Bohn

Agradeço de maneira especial às pessoas que

me apoiaram e me incentivaram nesta longa

caminhada, não permitindo que eu

desanimasse. Ao meu irmão que esteve ao meu

lado sempre que precisei, a minha mãe pelo

apoio e incentivo, ao Paulo que me ajudou e

apoiou, a toda a minha família pela

compreensão e incentivo de todas as formas e

aos meus amigos.

Agradeço também ao meu orientador, pelas

sugestões prestadas e auxilio no

desenvolvimento do estudo.

RESUMO

RAMBO, Andrea Carneiro. O PERFIL DO INVESTIDOR E MELHORES INVESTIMENTOS: da teoria à prática do mercado brasileiro. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Econômicas). Curso de Ciências Econômicas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2014.

O presente trabalho tem como objetivo geral apresentar um estudo sobre os perfis dos investimentos e os principais investimentos presentes no mercado, conceituando e mostrando as principais características dos investimentos na teoria e na prática. Muitos decidem investir sem dimensionar os riscos envolvidos e sem saber se eles se encaixam no seu perfil. Este trabalho tem o objetivo de unir os conceitos sobre o perfil do investidor e principais tipos de investimentos (mostrando como investir e as principais taxas). Com isso, o futuro investidor pode tomar suas decisões com mais conhecimento, com menos erros e, consequentemente menores perdas. A metodologia aplicada no estudo é basicamente qualitativa, utilizando o método de pesquisa bibliográfica. O perfil normalmente é dividido em conservador, moderado e arrojado. Percebidas as características do investidor, cabe a decisão de escolher os melhores investimentos de acordo com seu perfil. Podem ser de baixo/médio risco: poupança, CDB/RDB, título público, previdência privada, letras de crédito imobiliário e hipotecária, alguns fundos de investimentos e debêntures, ou alto risco: ações e ouro. Alguns fundos também apresentam mais riscos, principalmente os vinculados a ações e multimercado. Na decisão, devem ser levados em consideração os agentes remuneratórios (taxas de juros, índices, indexadores) e custos (impostos, taxas, etc.), para analisar o investimento que trará o melhor custo-benefício, ou seja, o melhor retorno descontando os custos. Palavras-chave: perfil do investidor, investimentos, perfil do investidor brasileiro

ABSTRACT

RAMBO, Andrea Carneiro. THE PROFILE OF THE INVESTOR AND THE BEST INVESTMENTS: from a theoretic presentation to the practice on the Brazilian market. Academic Paper (undergraduate in Economics). Course of Economics, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2014. The present article has as its main objective to present a study of the profile of investments and the most current investments in the market, conceptualizing and showing the main characteristics of investments in theory and practice. Many decide to invest without measuring the risks involved in investing and not knowing if they are suitable for their profile. This article aims to unite the concepts about the profile of the investor and the major types of investments (showing how to invest and the main taxes). Thus, the future investor can make more knowledgeable decisions, with fewer mistakes and, therefore, reduced losses. The methodology applied in the study is basically qualitative, using the method of literature research. With this study, it is possible to observe the importance of analyzing the investors profile, in order to make the most appropriate investment for your profile. The profiles are usually divided into conservative, moderate and bold. Knowing the investors characteristics, it is a matter of choosing the best investments, according to your profile. They can be of low/medium risk: savings, CDB/RDB, public security, pension, real estate notes and mortgage and some investment funds and debentures or high risk: stocks and gold. Some funds also present more risks, especially those related to stocks and multimarket. In the decision, the remunerators agents (interest rates, indexes, indexers) and costs (duties, taxes, etc.) must be considered, to analyze the best benefit-cost investment, in other words, the best benefit by discounting the costs.

Key-words: investors profile, investments, Brazilian investors profile

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Composição carteira perfil conservador ................................................................ 19

Gráfico 2 - Composição carteira perfil moderado .................................................................... 20

Gráfico 3 - Composição carteira perfil moderado-agressivo.................................................... 21

Gráfico 4 - Composição carteira perfil agressivo ..................................................................... 22

Gráfico 5 - Perfil do Investidor Brasileiro ................................................................................ 52

Gráfico 6 - Propensão a investir em ações ............................................................................... 53

Gráfico 7 - Distribuição das aplicações financeiras dos brasileiros ......................................... 54

Gráfico 8 - Demais aplicações dos investidores em fundos de investimentos ......................... 55

Gráfico 9 - Total aplicações financeiras ................................................................................... 56

LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Investimento x rentabilidade, liquidez e segurança................................................. 33

Tabela 2 - Total de Aplicações financeiras dez/2012 a abril/2014 ........................................... 56

Tabela 3 - Rendimentos nominais brutos das principais aplicações financeiras ...................... 57

Tabela 4 - Rentabilidade dos fundos de investimento - abril 2014 .......................................... 58

Tabela 5 - Taxas de juros efetivas ............................................................................................ 59

Tabela 6 - IPA 2014 ................................................................................................................. 59

Tabela 7 - IPC-DI de janeiro a maio/2014 ............................................................................... 60

Tabela 8 - IGP/FGV de 2014 .................................................................................................... 60

Tabela 9 - IPCA de janeiro a maio/2014 .................................................................................. 60

Tabela 10 - Índices Bovespa -Ibovespa e IBX fevereiro a maio/2014 ..................................... 60

Tabela 11 - Média taxa de administração dos fundos – abril/2014 .......................................... 61

Tabela 12 - Imposto de Renda sobre investimento................................................................... 62

Tabela 13 - IOF ........................................................................................................................ 62

Tabela 14 - Tabela de corretagem Bovespa.............................................................................. 62

Tabela 15 - Rendimento poupança – abril a maio 2014 ........................................................... 64

Tabela 16 - Rendimentos BB CDB DI e CDB DI Parceria ...................................................... 65

Tabela 17 - Ranking dos melhores fundos de 2013 de renda Fixa ........................................... 72

Tabela 18 - Ranking dos melhores fundos de 2013 -fundos DI e curto prazo ......................... 73

Tabela 19 - Ranking 2013 dos melhores fundos multimercado ............................................... 73

Tabela 20- Ranking dos melhores fundos de 2013 de ações indexado .................................... 74

Tabela 21 - Ranking dos melhores fundos de 2013 de ações ativo .......................................... 74

Tabela22 - Comparação investimento renda fixa - R$ 500,00 ................................................. 75

Tabela23 - Comparação investimento renda fixa - R$ 1.000,00 .............................................. 76

Tabela 24 - Comparação investimento renda fixa - R$ 10.000,00 ........................................... 76

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 11

1.1 TEMA E PROBLEMA DO ESTUDO ............................................................................ 12

1.1.1 Tema ............................................................................................................................... 12

1.1.2 Problema ........................................................................................................................ 12

1.2 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 12

1.2.1 Objetivo Geral ............................................................................................................... 12

1.2.2 Objetivos Específicos ..................................................................................................... 12

1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................. 13

1.4 METODOLOGIA ............................................................................................................. 13

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................... 15

2.1 PERFIL DO INVESTIDOR ............................................................................................ 15

2.1.1 Perfil do investidor ........................................................................................................ 15

2.1.2 Interpretação de alguns itens do questionário ............................................................ 16

2.1.3 Tipos de perfil do investidor ......................................................................................... 18

2.1.3.1 Perfil conservador....................................................................................................... 18

2.1.3.2 Perfil Moderado .......................................................................................................... 19

2.1.3.3 Perfil Arrojado ............................................................................................................ 20

2.1.3.3.1 Perfil moderado-agressivo/arrojado ...................................................................... 20

2.1.3.3.2 Perfil Agressivo ou Arrojado .................................................................................. 21

2.1.4 Risco e retorno ............................................................................................................... 22

2.1.4.1 Risco ............................................................................................................................. 23

2.1.4.2 Retorno ........................................................................................................................ 24

2.1.5 Fatores psicológicos na tomada de decisão ................................................................. 24

2.2 O MERCADO FINANCEIRO E PRINCIPAIS TIPOS DE INVESTIMENTO ........ 27

2.2.1 Taxas de juros, índices e indexadores do mercado financeiro .................................. 28

2.2.1.1 Taxa de juros ............................................................................................................... 28

2.2.1.1.1 Taxa Selic e Cetip .................................................................................................... 28

2.2.1.1.2 Taxa Referencial de Juros – TR ............................................................................. 29

2.2.1.1.3 Taxa Básica Financeira- TBF ................................................................................. 30

2.2.1.1.4 Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP ................................................................. 30

2.2.1.1.5 Taxa DI ..................................................................................................................... 31

2.2.1.2 Índices e indexadores.................................................................................................. 31

2.2.2 Principais tipos de investimento ................................................................................... 33

2.2.2.1 Titulo de capitalização ............................................................................................... 34

2.2.2.2 Caderneta de poupança ............................................................................................. 34

2.2.2.3 Certificado de depósito bancário (CDB) e Recibo de depósito bancário (RDB) .. 35

2.2.2.4 Certificado de depósito interbancário (CDI) ........................................................... 36

2.2.2.5 Títulos Públicos ........................................................................................................... 36

2.2.2.6 Previdência Privada ................................................................................................... 38

2.2.2.7 LCI – Letras de crédito imobiliário .......................................................................... 40

2.2.2.8 Letras Hipotecárias .................................................................................................... 41

2.2.2.9 Debêntures ................................................................................................................... 41

2.2.2.10 Ouro ........................................................................................................................... 42

2.2.2.11 Ações .......................................................................................................................... 43

2.2.2.12 Fundos de Investimentos .......................................................................................... 46

3. ANÁLISE DE MERCADO – PERFIL DO INVESTIDOR BRASILEIRO, DADOS SOBRE OS INVESTIMENTOS ........................................................................................... 51

3.1 PERFIL DO INVESTIDOR BRASILEIRO .................................................................. 51

3.2 PRINCIPAIS INVESTIMENTOS DO BRASILEIRO ................................................. 53

3.3 MONTANTES E RENDIMENTOS DAS APLICAÇÕES FINANCEIRAS .............. 55

3.4 TAXAS DE JUROS .......................................................................................................... 58

3.5 CUSTOS DOS INVESTIMENTOS ................................................................................ 61

3.6 DADOS SOBRE PRINCIPAIS INVESTIMENTOS, POSIÇÃO 2014 (COMO INVESTIR, TAXAS, RENDIMENTOS, PRAZOS) ........................................................... 63

3.6.1 Titulo de capitalização................................................................................................... 63

3.6.2 Caderneta de poupança ................................................................................................ 64

3.6.3 Certificado de depósito bancário (CDB) e Recibo de depósito bancário (RDB) ..... 64

3.6.4 Títulos Públicos - Tesouro Direto ................................................................................ 66

3.6.5 Previdência Privada ...................................................................................................... 67

3.6.6 LCI – Letras de crédito imobiliário ............................................................................. 68

3.6.7 Letras Hipotecárias ....................................................................................................... 68

3.6.8 Debêntures ...................................................................................................................... 69

3.6.9 Ouro ................................................................................................................................ 69

3.6.10 Ações ............................................................................................................................. 70

3.6.11 Fundos de Investimentos ............................................................................................. 71

3.7 COMPARAÇÃO DE RENDIMENTOS RENDA FIXA ............................................... 74

4 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÃO ............................................................................. 77

4.1 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 77

4.2 RECOMENDAÇÃO ......................................................................................................... 79

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 80

ANEXO I ................................................................................................................................. 85

1 INTRODUÇÃO

O Brasil apresenta uma população de aproximadamente 201 milhões de habitantes

(IBGE, 2013), sendo o quinto país em maior número de habitantes. Desses, uma parcela da

população apresenta grande disponibilidade de recursos financeiros, outra de média, baixa ou

nula disponibilidade de recursos, onde muitos vivem à margem da pobreza, sem acesso a

sequer saneamento básico e moradias dignas. Outros trabalham para sustentar a família e

pagar suas despesas, restando pouco ou nada do rendimento no final de cada mês para poupar

ou consumir. Independente da classe financeira, as pessoas visam um maior rendimento ou,

no mínimo, rendimento suficiente para pagar suas despesas e ter sobra de dinheiro para

atividades de lazer ou qualquer outra coisa que a satisfaça de alguma forma.

Para os que conseguem pagar suas despesas e, de alguma forma, conseguem fazer com

que sobre algum dinheiro no final de cada mês e pensem em poupá-lo, resta a dúvida de como

gastar ou de como aplicar este dinheiro para ter o melhor retorno possível.

Apesar de existirem investimentos que geram um melhor retorno, nem sempre esse

retorno é desprendido de perdas. Normalmente os investimentos com maiores retornos

financeiros vêm acompanhados de maiores riscos de perdas. Em contrapartida, o baixo risco

costuma acompanhar menores lucros.

Para tal, conhecer os tipos de investimentos existentes no mercado financeiro, entre

eles aplicação em poupança, CDBs, Tesouro Direto, fundos de investimentos, debêntures,

ações, etc., sabendo as taxas de retorno, prazos mínimos e máximos, valor mínimo, impostos

sobre rendimentos, entre outros, é imprescindível para se começar a aplicar seus recursos.

Além de saber os tipos de investimentos, é importante que o futuro investidor saiba identificar

seu perfil, que pode ser comumente distinguido entre arrojado, moderado ou conservador.

Identificando seu tipo de perfil e os melhores investimentos a serem feitos, o investidor fica

mais capacitado a poupar da maneira mais adequada, com rendimentos e riscos esperados e

sem perdas imprevistas.

Este trabalho tem o objetivo de dar um panorama geral sobre o mercado financeiro,

identificando os principais tipos de investimentos existentes nesse mercado, conceituando

além dos investimentos, as principais taxas, índices e indexadores dos rendimentos; apresentar

os perfis dos investidores e quais os investimentos mais indicados para esses perfis.

Posteriormente, visa apresentar informações sobre o mercado financeiro brasileiro, quanto ao

perfil do investidor brasileiro, os investimentos preferidos pelos brasileiros e as principais

características dos investimentos do Brasil, como impostos e taxas cobradas, como investir,

onde investir e valores das principais taxas.

Através deste trabalho, será possível dar uma noção sobre os melhores investimentos

para cada perfil e como poupar ou se tornar um poupador da maneira mais adequada e

consciente, sem arriscar-se indevidamente.

1.1 TEMA E PROBLEMA DO ESTUDO

1.1.1 Tema

Identificar o perfil de investidor e ter conhecimento sobre os principais investimentos

disponíveis de acordo com cada perfil.

1.1.2 Problema

Quais os perfis dos investidores e principais tipos de investimentos existentes no

mercado financeiro brasileiro?

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

O objetivo principal desta pesquisa é conceituar os perfis dos investidores

(conservador, moderado e arrojado) e os principais investimentos disponíveis para cada perfil,

para uma melhor aplicação dos recursos financeiros.

1.2.2 Objetivos Específicos

- Conceituar os perfis dos investidores;

- Apresentar os principais tipos de investimentos;

- Apresentar o cenário brasileiro, como perfil dos investidores brasileiros e

principais investimentos;

- Apresentar as principais características dos investimentos, como onde investir,

as principais taxas e índices atualizados e como investir.

1.3 JUSTIFICATIVA

O tema mercado financeiro apresenta muito material disponível, tanto em bibliografias

digitais quanto em livros, vídeos, etc. Estes materiais normalmente destacam os tipos de

investimentos, quais os principais investimentos para determinados perfis, como investir,

entre outros.

Apesar de elevada oferta de material disponível, a importância do tema está em reunir

num único material informações sobre o mercado financeiro, sobre os investimentos

existentes no mercado, os perfis dos investidores. Permitirá ao leitor aprofundar-se mais no

assunto sobre o perfil de investidor e quais os investimentos mais apropriados para o seu

perfil, sabendo que mesmo com pouco recurso financeiro é possível obter rendimentos através

da aplicação correta.

Este trabalho é destinado a um público interessado em investimentos e com pouco

conhecimento neste tipo de assunto, dando um panorama geral sobre investimentos e fontes

para estudos mais aprofundados. Além disso, visa a destacar os melhores tipos de

investimentos e formas de investir para cada perfil.

1.4 METODOLOGIA

O objetivo da ciência é encontrar a verdade dos fatos. O método científico é forma de

descrição dos procedimentos técnicos e intelectuais utilizados que, por sua vez, tem a

finalidade de garantir sua verificação para que seja considerado como ciência (GIL, 1999).

Este trabalho terá como principal fonte de pesquisa materiais impressos, como livros

sobre o tema e materiais contidos em sites de economia, principalmente da BM&FBOVESPA

e outros que tratem do assunto. A principal forma de coleta de dados e levantamento das

informações será pelo processo de pesquisa bibliográfica.

Na Pesquisa Bibliográfica é onde será apresentado o referencial teórico sobre o tema

em questão. É nele que será fundamentado o estudo. Consiste em levantamento, seleção,

fichamento e arquivamento de informações sobre o assunto (Souza, et. al., 2011) . Na visão de

Mattar (2000), trata-se de uma das formas mais rápidas de aprofundar um problema de

pesquisa, portanto, nota-se que sua contribuição neste estudo relaciona-se ao embasamento

teórico que revelará ideias que permeiam desde a importância da educação ambiental, a

Responsabilidade Social corporativa e seu papel na sociedade atual até mesmo quanto ao

desenvolvimento de uma nova cultura sustentável como estratégia de negócios focada na

realidade brasileira.

Além da pesquisa bibliográfica será utilizada a pesquisa descritiva, ou seja, caso em

que são observados, registrados, analisados e interpretados fatos e informações sem que se

interfira nos resultados.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 PERFIL DO INVESTIDOR

2.1.1 Perfil do investidor

Hoje em dia, para se aplicar os recursos financeiros seguramente é de fundamental

importância que o investidor conheça o seu perfil, principalmente para identificar os tipos de

riscos que se está disposto a correr, o quanto está disposto a perder em algum investimento e

qual o retorno almejado. Com essa análise é possível encontrar os melhores investimentos

para não gerar frustrações futuras com uma aplicação inadequada ao perfil. Diante disso, é

sugerido ao futuro investidor que faça um teste para identificar seu perfil e os melhores

investimentos para ele.

Esse teste consiste em responder a um questionário elaborado pelas instituições

financeiras do varejo intitulado de API (Análise de Perfil do Investidor), a fim de conciliar os

investimentos feitos no varejo a expectativas e momentos de cada um (COMO INVESTIR,

2014a). É uma ferramenta para identificar o perfil do investidor, auxiliando-o na escolha de

produtos próximos aos seus objetivos, tolerância a risco e expectativas de investimento

(BANCO DO BRASIL, 2014). A Anbima (2014), em seu guia de melhores práticas, afirma

que para a definição do perfil, deverão ser abordados alguns aspectos como: experiência em

relação a investimentos, horizonte de tempo, objetivos de investimentos, tolerância ao risco.

Os questionários são gerados a partir desses aspectos básicos, que ao serem aplicados

aos futuros investidores, exigirão reflexões que envolvem algumas perguntas como: idade,

grau de escolaridade, quanto possui disponível para investir, quanto compromete do seu

salário com despesas mensais, quais experiências anteriores com investimentos, prazo que

pretende ficar no investimento, o que pretende fazer com o dinheiro, se está preparado para

perder parte de seu investimento e se costuma se informar sobre o mercado financeiro

(COMO INVESTIR, 2014a). Um modelo de questionário apresentado pelo Banco do Brasil

(2007) pode ser encontrado no anexo I desse trabalho.

Mundialmente, essa análise apresenta a denominação de Suitability, que significa

adequação. No Brasil foi estabelecido pelo Código ANBIMA de Regulação e Melhores

Práticas para os Fundos de Investimento em 2010, criado para que as Instituições Financeiras

adotem práticas de avaliação de perfil de risco, com o objetivo de verificar a adequação dos

produtos de investimento ao perfil do investidor. (BRADESCO, 2014)

Após a análise do perfil (API), o futuro investidor encontrará o resultado apontando o

seu perfil e, normalmente, os investimentos que serão adequados àquele perfil. A maioria das

instituições financeiras aplica esse questionário aos seus correntistas, que acaba servindo

como base para ofertar investimentos adequados ao aplicador.

2.1.2 Interpretação de alguns itens do questionário

De acordo com o site Como Investir (2014a), alguns itens que compõem o

questionário, como idade, valor disponível para investimento, horizonte e objetivos, tolerância

ao risco e conhecimento prévio podem ser interpretados da seguinte forma:

a) Idade

A idade é um dos fatores observados para identificar o perfil do investidor. É por ela

que se pode ter noção do prazo para investimentos, se terá tempo para maturar os

investimentos e assim por diante.

Normalmente as pessoas mais jovens estão mais dispostas a correr riscos,

principalmente por terem um longo prazo para serem beneficiadas pela maturação dos seus

investimentos ou recuperar alguma perda. Já as pessoas mais velhas costumam buscar

segurança para o patrimônio que acumularam na vida. Nesse caso procurarão investimentos

com menor risco (COMO INVESTIR, 2014a).

Isso, entretanto, não significa dizer que alguém mais novo não pode ter preferência por

investimento sem risco ou um mais velho um com mais risco. Tudo dependerá de outros

fatores além de idade e dos objetivos de vida.

b) valor disponível para investir em relação ao patrimônio

Este fator é importante tendo em vista a possibilidade de perda de todo o patrimônio

do investidor. Se a pessoa aplicar tudo o que tiver disponível do patrimônio, caso aplique tudo

em um investimento arriscado, corre o risco de perder boa parte do dinheiro caso aconteça

algo inesperado no mercado. Nesse caso, o essencial é investir em algo com risco baixo. Já se

o investidor for aplicar apenas um percentual do seu patrimônio, 30% por exemplo, pode

aplicar em algo mais arriscado, tendo em vista que, mesmo com oscilações e

consequentemente perda de recursos, o patrimônio não ficará totalmente comprometido

(COMO INVESTIR, 2014a).

c) horizonte e objetivos de investimento

Algumas perguntas do API visam entender o que o investidor espera dos seus

investimentos. Preservar o patrimônio, se está buscando rentabilidade elevada de longo prazo

mesmo com alguns riscos, se deseja completar sua renda com as aplicações, se deseja manter

o investimento por diversos anos ou poucos meses, entre outros (COMO INVESTIR, 2014a).

Respondendo a essas perguntas, o investidor conseguirá encontrar os melhores investimentos.

Se, por exemplo, deseja-se preservar o patrimônio, cabem aplicações mais estáveis, como

ativos de renda fixa. Para obter maiores rentabilidades com disponibilidade para riscos, pode-

se aplicar em renda variável, que geram maiores retornos mas também maiores riscos.

Investimentos que possuem carência ou tributação regressiva não são indicados para quem

deseja resgatar os recursos em curto prazo.

d) conhecimento prévio

Ter conhecimento sobre o que se está investindo é fundamental para obter o resultado

que se espera, ou ao menos estar preparado para ele. Investir em novas aplicações

desconhecidas pode ser prejudicial, tendo em vista a falta de conhecimento sobre prazos,

taxas, carências, impostos, etc.

Para aplicar em ações, por exemplo, é imprescindível conhecer o mercado de capitais,

acompanhar as notícias do mercado para optar pelos melhores títulos. Caso a pessoa não tenha

tempo ou disposição para esse tipo de atividade, esse passa a não ser um bom investimento.

e) tolerância ao risco

Saber se a pessoa está ou não disposta a correr risco é o fator principal para a decisão

sobre o investimento.

Em geral, quanto maior é o risco, maior costuma ser o retorno. Se alguém é avesso ao

risco, aplicar em títulos que, apesar da possibilidade de bom retorno tragam mais incertezas

quanto ao ganho ou perda, é um erro.

Os questionários costumam fazer perguntas sobre propensão a correr risco e reação ao

perder o dinheiro aplicado. Através dos resultados é possível identificar se o investidor pode

aplicar em determinados produtos mais incertos ou não. Diante disso, é de suma importância

o investidor perceber seu nível de tolerância aos riscos do mercado financeiro (COMO

INVESTIR, 2014a).

2.1.3 Tipos de perfil do investidor

O perfil do investidor normalmente é dividido em conservador, moderado e arrojado,

sendo o último algumas vezes dividido em arrojado e agressivo. Alguns autores diferenciam

denominações ou acrescentam alguns perfis além desses. Entretanto, todos destacam que

existem perfis mais dispostos a correr riscos, perfis que estariam mais ou menos dispostos ao

risco, e os avessos a esse risco.

A seguir estão listados os principais perfis. O perfil arrojado foi dividido em dois

outros perfis conforme definições diferentes dos autores.

2.1.3.1 Perfil conservador

O investidor com o perfil conservador procura a segurança como decisão das

aplicações a serem realizadas. Buscam a preservação do capital e possuem baixa tolerância ao

risco. De acordo com análise do Banco Santander (2014), nesse perfil podem ser encontrados

aqueles dispostos a correr mais riscos para obter rendimentos diferenciados, mas que têm

necessidade de sacar seus recursos em um período curto de tempo. De acordo com avaliação

da CEF - Caixa Econômica Federal (2014), esse perfil sente-se confortável ao saber que, no

final de cada mês, encontrará seu dinheiro seguro e que sua tranquilidade estará garantida,

mesmo com notícias negativas sobre o mercado.

Nesse caso, é importante manter um percentual maior da carteira de investimentos em

produtos de baixo risco. Esse perfil permite que se invista uma pequena parcela em produtos

que ofereçam níveis de riscos diferenciados, a fim de atingir ganhos melhores no longo prazo

(Banco do Brasil, 2014). De acordo com XPI (2014), busca preservar seu patrimônio através

de investimentos sólidos e que dão retorno em longo prazo. Para CEF (2014), os

investimentos apropriados para esse perfil são os classificados como risco muito baixo, baixo

ou médio com pouca chance de perda. Nesse âmbito, encontram-se investimentos em

poupança, CDB, LCI ou títulos públicos, fundos de renda fixa, referenciados ou de curto

A

prazo. Para XPI (2014), a carteira de um investidor conservador deve ser composta de: 30%

em fundos de renda fixa, 45% em ativos de renda fixa, 10% em fundos multimercado, 10%

em fundos de ações e 5% em previdência privada, conforme o gráfico 1 apresentado a seguir.

Gráfico 1 - Composição carteira perfil conservador

Fonte: XPI, 2014, adaptado pelo autor

2.1.3.2 Perfil Moderado

No perfil moderado, o investidor prioriza a segurança nos investimentos, mas também

está aberto a investir em produtos um pouco mais arriscados que possam gerar melhores

retornos a médio e longo prazo (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2014). Aceitam assumir

baixo risco. Por apresentarem baixa necessidade de liquidez no curto prazo, há possibilidade

de diversificar as aplicações em alternativas mais arrojadas, não diretamente no mercado de

ações (SANTANDER, 2014). O Banco do Brasil (2014) sugere que entre os investimentos

um pouco mais arrojados, estejam os em renda variável e afirma que nesse perfil, diversificar

os recursos é a melhor estratégia de investimentos.

A Caixa Econômica Federal (2014) indica investimento em ativos de risco muito

baixo, baixo e médio, como: poupança, CDB, LCI e alguns fundos. E parte pode ser aplicada

em investimentos moderados. Já a XPI (2014) sugere uma composição de carteira seguida por

10% em fundos de renda fixa, 30% em ativos de renda fixa, 15% em fundos multimercado,

B

10% em fundos imobiliários, 30% em ações e 5% em previdência privada, conforme mostra o

gráfico 2 a seguir.

Gráfico 2 - Composição carteira perfil moderado

Fonte: XPI, 2014, adaptado pelo autor

2.1.3.3 Perfil Arrojado

Esse perfil apresenta definições variáveis, sendo algumas vezes apresentado somente

como arrojado, ou sendo dividido em arrojado e agressivo, ou moderado-agressivo e

agressivo.

2.1.3.3.1 Perfil moderado-agressivo/arrojado

O investidor com o perfil arrojado procura maiores ganhos e está disposto a correr

mais riscos. Segundo análise da Caixa Econômica Federal (2014), conhece o mercado e as

opções de investimentos que existem, está sempre em busca de novas alternativas de

investimentos e pensa no futuro. Gosta de desafios e busca investimentos de médios e longos

prazos. Para XPI (2014), ele tem ciência que pode perder parte ou totalidade dos recursos

aplicados, mas prefere manter o investimento a fim de obter ganhos maiores no mercado.

Busca ganhos em médio prazo. Para XPI, a carteira pode ser composta em 10% em fundos de

renda fixa, 20% em ativos de renda fixa, 10% em fundos multimercado, 15% em fundos

imobiliários, 40% em ações e BM&F, 5% em previdência privada, conforme o gráfico 3

demonstra a seguir.

Gráfico 3 - Composição carteira perfil moderado-agressivo

Fonte: XPI, 2014, adaptado pelo autor

2.1.3.3.2 Perfil Agressivo ou Arrojado

De acordo com Santander (2014), é um perfil que tem alta tolerância a riscos e baixa

ou nenhuma intenção de liquidez no curto e médio prazo. Está disposto a aceitar as oscilações

dos mercados de risco e possíveis perdas na busca do retorno diferenciado no longo prazo.

Para o banco, os melhores investimentos são em maior parcela em fundos multimercado e

ações. Mesmo assim, investir algum recurso em aplicações conservadoras é sempre

recomendado. O Banco do Brasil (2014) defende o mesmo, ou seja, aplicar uma parcela em

produtos de baixo risco, a fim de manter o patrimônio.

Segundo a Caixa Econômica Federal (2014), esse perfil não tem medo de correr risco

para conseguir a máxima rentabilidade, investindo parte significativa de seus recursos em

aplicações que oscilam muito e menor parcela em aplicações seguras. Consegue sentir-se

confortável em flutuações do mercado e percebe compensações no futuro.

Para XPI (2014), o perfil agressivo tem total conhecimento do mercado de capitais e

busca retornos expressivos a qualquer risco. A composição de carteira sugerida é 10% em

ativos de renda fixa, 15% em fundos imobiliários, 10% em fundos multimercado, 60% em

ações e BM&F e 5% em previdência privada, conforme gráfico 4 a seguir.

Gráfico 4 - Composição carteira perfil agressivo

Fonte: XPI, 2014, adaptado pelo autor

2.1.4 Risco e retorno

Ao se aplicar em qualquer tipo de investimento, espera-se que o valor aplicado dê um

retorno ao final do período superior ao valor investimento. De maneira geral, os investimentos

que envolvem mais risco costumam dar maior retorno e vice-versa, quanto menor o risco,

menor é o rendimento.

Por esse motivo é importante que, na tomada de decisão para aplicar os recursos, se

conheça o risco e retorno dos investimentos e haja uma reflexão do que se deseja ganhar e o

risco disposto a correr para obter o que se deseja. Para tal, inicialmente é necessário conhecer

o perfil do investidor e o que vem a ser risco e retorno.

2.1.4.1 Risco

A definição de risco está relacionada à incerteza do que pode acontecer no futuro.

Qualquer processo de escolha importante, em qualquer âmbito da vida (profissional, pessoal,

financeira, etc.) envolve a incerteza e, consequentemente, exige a necessidade de administrar

riscos. (HALPERN, 2003 p. 56). Assaf Neto (2003) completa afirmando que “o conceito de

risco pode ser entendido de diversas maneiras, dependendo do contexto da pessoa que o está

avaliando”. Ou seja, mesmo que não se saiba o que vem a ser risco, a vida envolve tomar

decisões sem haver conhecimento do futuro, que é incerto, tendo o risco de não chegar ao

resultado esperado e enfrentar as consequências.

Na tomada de decisão financeira, considerando que o ambiente é incerto quanto aos

seus resultados e existe uma expectativa futura, é fundamental levar em consideração a

incerteza na decisão. “Toda vez que a incerteza associada à verificação de determinado evento

possa ser quantificada por meio de distribuição de probabilidade dos diversos resultados

previstos” significa dizer que a decisão está sendo tomada sob uma situação de risco. (ASSAF

NETO, p. 283). Sendo que o risco é a probabilidade de ocorrência de determinado resultado

em relação ao valor médio esperado (ASSAF NETO, 2013, p. 283). “Fundamentalmente, o

risco pode ser definido como a possibilidade de perda financeira” (GITMAN 2004, p.184).

Para Halpern (2003 p.60), qualquer tipo de investimento corre risco, mesmo os mais

conservadores. Isso porque existem variáveis que podem interferir no resultado, seja por uma

crise, oscilação de taxas de juros, alteração de política, etc. A maioria dos riscos pode ser

administrado, mas não eliminado.

De acordo com Halpern (2003, p. 60), os investimentos envolvem algumas formas de

riscos, que devem ser analisados na tomada de decisão do investimento, sendo eles: risco de

crédito (possibilidade de não recebimento do valor investido); risco de rentabilidade

(flutuação do valor investido); risco de liquidez (possibilidade e condições de resgate ou

venda). Segundo o autor, esse último risco é o que deve ser levado mais em consideração,

tendo em vista que a liquidez pode afetar o risco dos investimentos. Para Halpern (2003, p.

61), a classificação dos investimentos partindo do grau de menor liquidez para maior liquidez

pode ser apresentada da seguinte forma: empresa própria, propriedade rural, casa, terreno

urbano, apartamento, imóveis comerciais, debêntures, títulos bancários, ações 2ª linha, ouro,

ações 1ª linha, cotas de fundos, caderneta de poupança e dinheiro.

Segundo Assaf Neto (2003, p. 287), o risco total de qualquer ativo é definido por uma

parte sistemática (risco sistemático ou conjuntural) e não sistemática (risco específico ou

próprio do ativo), ou seja, a soma dos riscos sistemáticos e não sistemáticos. Para o autor, o

risco sistemático faz parte de todos os ativos negociados do mercado, sendo determinado por

eventos de natureza social, política e econômica. Cada ativo comporta-se de maneira diferente

diante de uma situação conjuntural e não pode ser evitado, sendo interessante diversificar a

carteira de ativos para reduzir esse risco.

Já o risco não sistemático definido por Assaf Neto (2003, p. 288) é percebido nas

características do próprio ativo, não sendo transferido para os demais ativos da carteira. É um

risco próprio de cada investimento realizado e para eliminá-lo é importante incluir na carteira

ativos que não tenham correlação positiva entre si. Um exemplo é a composição de uma

carteira contendo títulos de renda fixa e de renda variável, que reagirão de maneira diferente

frente a uma elevação de juros por exemplo.

2.1.4.2 Retorno

O Retorno de um investimento é o que se obtém depois de determinado período. De

acordo com Gitman (2004, p.184) retorno é “o ganho ou a perda total sofridos por um

investimento em certo período”. Gitman (2004, p.186) define também que “os retornos de

investimentos variam no tempo e entre tipos distintos de investimentos. Calculando as médias

de retornos históricos em períodos longos, é possível eliminar o impacto do risco de mercado

e de outros tipos de riscos”.

Apesar de diversos autores afirmarem que para se obter um retorno maior deve-se

aplicar em investimentos que tenham maior risco, o autor Halpern (2003, p. 62) faz um alerta

sobre a troca de um investimento seguro para um mais arriscado, afirmando que se a

“expectativa de retorno compensar o aumento no risco e/ou a diminuição na liquidez está

incorrendo” vale a pena fazer a troca, caso contrário é melhor manter o investimento seguro.

Isso porque nem sempre um investimento arriscado dará o retorno esperado, podendo

inclusive gerar perdas. Como exemplo o autor compara a criação de um negócio com a

poupança. A abertura de um negócio é muito mais arriscado, mas não necessariamente dará

certo e gerará bons resultados. Nesse caso a poupança seria mais rentável.

2.1.5 Fatores psicológicos na tomada de decisão

Ao se tomar decisões sobre os investimentos, diversos fatores psicológicos

influenciam nessas decisões. O investidor age não só de maneira racional, mas também de

maneira irracional, isto é, baseado em suas emoções. Fatores como risco, expectativas de

rendimentos, experiências anteriores, medo, ansiedade ou mesmo a “ganância” são fatores

que envolvem a emoção e interferem na decisão de investir.

Em relação ao risco, de acordo com Assaf Neto (2003, p. 291), a postura de um

investidor é pessoal, não existindo uma resposta única para todas as situações. De acordo com

o autor, diante de incertezas deve ser expressa a preferência do investidor em relação ao

conflito risco/retorno que faz parte a toda alternativa financeira na decisão dos investimentos.

Essa teoria de preferência tem como finalidade revelar como o investidor se posiciona diante

do investimento que mostra diferentes combinações de risco e retorno, esperando-se que o

investidor implicitamente tenha como objetivo maximizar sua utilidade (satisfação) esperada.

“Todo investidor, a partir da comparação racional que pode promover entre as

utilidades das alternativas financeiras disponíveis, é capaz de construir uma escala de

preferências, conceito essencial de sua decisão em condições de risco” (ASSAF NETO, 2003

p. 291). Diante das possibilidades de investimento, o investidor escolhe na escala de

preferências qual aplicação mais lhe satisfaz e se ela corresponde a suas expectativas de risco

e retorno.

Segundo Peterson (2008, p. 29), “o modo como cada indivíduo lida com a mudança de

suas condições financeiras depende da maneira como cria um significado pessoal para perdas

e ganhos”. Se a pessoa sente-se forte ou fraca, isso vem mais de suas crenças e expectativas

do que da realidade física. Segundo o autor, personalidade, adversidades, experiências,

condições de vida, cultura, ambiente, etc. são fatores que influenciam na interpretação dos

fatos.

De acordo com Peterson (2008, p. 29), diante de oportunidades ou ameaças as

emoções indicam se deve seguir em frente assumindo os riscos (excitação) ou ter cautela

(preocupação) ou parar e retroceder (medo). Se uma ameaça torna-se realidade, como forma

de reação pode-se entrar em pânico, fugir ou combater (lutar). O autor afirma que a distinção

entre emoções antecipatórias ou reativas é muito importante nos investimentos. Os

investidores amadores costumam comprar ações baseados em suas expectativas de preços

favoráveis. Emoções antecipatórias positivas tendem a enviesar as expectativas dos

investidores e acabam diminuindo sua percepção do risco. Diante disso, investidores vendem

ações em reações a eventos (vendas reativas), seja por lucros maiores ou alguma notícia

negativa, o que acontece como um resultado das emoções dos investidores e não como uma

resposta ao planejamento racional (Peterson, 2008, p. 30).

Ferreira (2011, p. 10), define que a emoção é “o impulso, é parente próxima de

instinto, é o que nos impele a buscar satisfação e agir nesse sentido” e que domina a mente

dos humanos e influencia a forma de pensar dos investidores.

De acordo com o site Como Investir (2014b), os investidores são racionais mas

também irracionais, uma vez que são influenciados por emoções e motivações inconscientes

como medo de perder, vontade de ganhar ou pertencer a um grupo. Esses fatores emocionais

acabam comprometendo a capacidade de avaliação das situações com objetividade.

Além disso, o Como Investir (2014b) destaca que o cérebro tende a procurar atalhos

ao tomar decisões, procurando caminhos menos complicados como forma de lidar com o

excesso de informação disponível, o que pode gerar armadilhas nas aplicações.

O site destaca algumas tendências de comportamento relacionadas ao dinheiro como:

- acreditar em padrões e tendências: costuma-se acreditar que o que aconteceu no

passado tende a se repetir no futuro, isso por existências de padrões e tendências que se

repetem no decorrer do tempo e desenvolvimento da espécie humana. Entretanto, nos

investimentos, os ganhos passados não garantem ganhos futuros em uma aplicação, já que não

existe uma repetição de acontecimentos.

- excesso de otimismo: tende-se a focar nas possibilidades de ganho sem dar atenção

aos riscos que decorrem desse ganho. Para tal, é necessário observar e analisar os riscos

consequentes de um retorno alto;

- excesso de autoconfiança: as pessoas tendem a achar que suas decisões estão corretas

e são as mais adequadas, uma vez que gostam de si mesmas e se valorizam. Nos

investimentos, um excesso de crença na habilidade que se tem em obter resultados acima da

média e que as informações que se tem são mais confiáveis que as demais, pode ser

prejudicial para os investimentos. É importante estar aberto e basear decisões em fatos

objetivos e não em sua própria opinião;

- dificuldade de pensar no longo prazo: as pessoas têm um “filtro” inconsciente que as

leva a preferir o que as agrada e o que ocorre no curto prazo. Nos investimentos existe a

tendência a buscar retorno rápido, deixando de se atentar a fatos que desagradam ou vão

contra os desejos e expectativas. É preciso ter objetividade e paciência para aguardar os

retornos no longo prazo;

- acreditar em histórias bem contadas: uma boa história (aquela que seduz o investidor,

apelando normalmente para suas emoções) não deve interferir na capacidade de compreender

os riscos do negócio e de analisar os perigos de fraude. Um bom vendedor deve apresentar,

além da história, informações concretas, números e evidências para comprovar as chances de

sucesso do investimento.

- querer seguir os demais: as pessoas têm necessidade de agir conforme o grupo,

simplificando suas decisões, acreditando que se o grupo está fazendo algo deve existir alguma

razão. Nos investimentos deve-se fazer sua própria avaliação sobre a segurança do

investimento e o potencial, sem achar que se outro está investindo é porque vale a pena.

- apego ao que é familiar: tende-se a preferir investimentos sobre os quais já se ouviu

falar, por ser familiar. Ser conhecido não é sinal de garantia. É preciso investigar antes de

tomar uma decisão.

2.2 O MERCADO FINANCEIRO E PRINCIPAIS TIPOS DE INVESTIMENTO

No mercado financeiro são encontrados diversos investimentos financeiros, com

rendimentos e riscos diferentes, que podem ser escolhidos de acordo com o objetivo, perfil do

investidor e disponibilidade de recursos para aplicar.

De acordo com BM&FBOVESPA (2013), os recursos necessários para uma aplicação

provêm da parcela não consumida da renda de qualquer pessoa, à qual se dá o nome de

poupança, sendo que qualquer um que tem uma poupança ou uma disponibilidade financeira

pode efetuar um investimento, visando obter:

a) reserva para qualquer despesa imprevista e uma garantia para o futuro — segurança;

b) boa remuneração — rentabilidade;

c) crescimento do capital empregado — valorização;

d) defesa contra eventual desvalorização do dinheiro — proteção;

e) oportunidade de associação com empresas dinâmicas — desenvolvimento econômico;

f) rápida disponibilidade do dinheiro aplicado — liquidez.

Nos próximos subcapítulos estão apresentados os principais tipos de investimentos

encontrados no mercado financeiro, iniciando por uma descrição das principais taxas,

referenciais e indicadores das aplicações e os principais investimentos do mercado. As taxas,

referenciais e indicadores são aqui apresentadas para se ter um conhecimento teórico do que

vem a ser o fator remuneratório das aplicações, sendo uma das informações fundamentais

para uma boa análise de investimento.

2.2.1 Taxas de juros, índices e indexadores do mercado financeiro

Ao se iniciar o estudo sobre investimentos, é importante que se tenha uma noção das

variáveis econômicas que interferem no resultado desses investimentos. Além dos aspectos

macroeconômico e microeconômico que devem ser avaliados as taxas de juros, índices,

indexadores interferem no resultado, seja por servirem como balizadores ou até como agentes

remuneratórios, que têm seus rendimentos atrelados à taxa, indexador, etc. As principais taxas

e índices encontrados no mercado são a taxa Selic, Cetip, TR, TJLP, TBF, IPCA, IGP-M, etc.

2.2.1.1 Taxa de juros

Os juros são a remuneração paga pelo tomador para utilizar uma quantidade de

dinheiro de outro (poupador). O valor dessa remuneração é a taxa de juros e depende do

comportamento do mercado financeiro diante de variáveis macroeconômicas. As oscilações

das taxas influenciam o mercado financeiro (BANCO DO BRASIL, 2007).

2.2.1.1.1 Taxa Selic e Cetip

Devido à maioria dos títulos serem negociados sem serem emitidos fisicamente

(escriturais), é necessário que exista uma organização na liquidação e transferência desses

títulos. Para tal, existem dois sistemas (SELIC e CETIP) que controlam e custodiam as

negociações desses títulos. Esses títulos servem principalmente para promover uma boa

liquidação do mercado monetário, gerando maior segurança e autenticidade aos negócios

efetuados. (ASSAF NETO, 2003 p. 107). Devido ao grande volume de operações no mercado

monetário, o Selic e a Cetip divulgam periodicamente a taxa Selic e Cetip respectivamente,

muito adotada pelos agentes financeiros.

a) O Selic e a taxa Selic

O Selic (Sistema Especial de liquidação e custódia) foi criado em 1979 pelo Banco

Central e Anbima (Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto), sendo “voltado

a operar com títulos públicos de emissão do BACEN e do Tesouro Nacional” (ASSAF

NETO, 2003 p. 107). Principalmente serve para liquidar e controlar financeiramente as

operações de compra e venda de títulos públicos e manter a custódia escritural e física.

A

A taxa Selic é a taxa de juro por dia útil gerada pelas negociações que envolvem

títulos públicos. Devido à grande liquidez inerente aos títulos públicos negociados, a taxa

Selic é considerada uma taxa livre de risco da economia, sendo principal base para formação

dos juros do mercado (ASSAF NETO, 2003, p.108). É a taxa básica de juros da economia do

Brasil. Essa taxa refere-se ao custo do dinheiro no mercado financeiro. É a taxa de referencia

que regula as operações diárias com títulos públicos federais e é a taxa que o Banco Central

compra e venda títulos públicos federais. Ela é determinada em reuniões periódicas do Copom

(FORTUNA, 2008, P.131). Para o Banco Central (2014c), a taxa Selic é a “taxa média

ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e de

Custódia (Selic) para títulos federais”. Para o cálculo da taxa, são “considerados os

financiamentos diários relativos às operações registradas e liquidadas no próprio Selic e em

sistemas operados por câmaras ou prestadores de serviços de compensação e de liquidação”

(BANCO CENTRAL, 2014c).

b) Cetip e a taxa Cetip

A Cetip (Central de custódia e de liquidação financeira de títulos privados) surgiu em

1986 com o mesmo propósito do Selic, mas voltado aos títulos privados, entre eles o CDB,

RDB, CDI, debêntures. Também opera com títulos públicos quando estes estão em posse do

setor privado (ASSAF NETO, 2003, p.108). Na Cetip, os negócios não são liquidados

instantaneamente, tendo em vista que as transferências de recursos ocorrem através de

cheques administrativos das instituições, principalmente pelo fato de as operações financeiras

da Cetip serem processadas através de transferências bancarias de fundos (cheques).

A taxa Cetip é semelhante à taxa Selic, tendo como principal diferencial sua

liquidação. A liquidação financeira dos títulos privados só será feita no dia seguinte pelo fato

de utilizarem cheque administrativo para compra do título e ter sua da compensação bancária

somente no dia seguinte (conhecida também como D1 ou taxa ADM). Essa taxa costuma ser

um pouco mais alta que a taxa Selic por incluir o risco de a liquidação ocorrer somente no dia

seguinte. (ASSAF NETO, 2003, p.108).

2.2.1.1.2 Taxa Referencial de Juros – TR

A TR foi criada em 1991, no Plano Collor II, a fim de ser uma taxa básica referencial

dos juros a serem praticados no mês iniciado e não um índice que refletisse a inflação do mês

B

anterior (FORTUNA, 2008, p. 129). Esperava-se que a TR funcionasse como um referencial

para a formação de juros de vários ativos e passivos financeiros.

Hoje serve como o índice de remuneração básica da caderneta de poupança e FGTS.

Equivale a uma taxa futura esperada de inflação, “embutida pelos agentes econômicos na

remuneração dos títulos de renda fixa” (ASSAF NETO, 2003, p.115).

O calculo da TR envolve a dedução de um “redutor” da taxa média de captação dos

bancos. Esse redutor deve refletir a tributação que incide sobre os CDB/RDB e taxa real de

juros da economia. O redutor anunciado reflete a taxa real de juros admitida pelo Governo

para os 30 dias próximos (ASSAF NETO, 2003, p. 115). Tem como base o valor da TBF do

dia de referência do cálculo, sobre o qual é aplicado um redutor definido pelo governo,

expressa pela fórmula TR = 100x{[(1+TBF/100)/R]-1} (FORTUNA, 2008, p. 129).

2.2.1.1.3 Taxa Básica Financeira- TBF

A Taxa Básica Financeira (TBF) foi criada para ser utilizada exclusivamente como

base de remuneração de aplicações financeiras realizadas no mercado financeiro com prazo

igual ou superior a dois meses. É calculada levando-se em consideração os rendimentos

médios mensais oferecidos pelo CDB de 30 a 35 dias corridos de prazo, baseada na amostra

das 30 maiores instituições, entre elas bancos múltiplos, comerciais, de investimento e Caixa

Econômica (FORTUNA, 2008, p. 128).

2.2.1.1.4 Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP

A TJLP é uma taxa de juros aplicada em operações de longo prazo normalmente,

tendo seu custo variável apesar de permanecer fixo por períodos mínimos de três meses. A

TJLP é utilizada também para remunerar três fundos compulsórios: PIS/PASEP, FAT e

Fundo da Marinha Mercante. Vem sendo utilizada também para linhas do BNDES, como

Finame, Finem, BNDES automático, substituindo a TR.

Assaf Neto (2003, p.117) afirma que o prazo de vigência da TJLP é de três meses,

divulgado pelo Banco Central como taxa nominal anual no primeiro dia útil do período de

aplicação. A divulgação do valor ocorre via resolução do BC até o último dia de cada

trimestre civil, valendo a partir do primeiro dia do próximo. (FORTUNA, 2008, p. 130). “Até

o último dia útil do trimestre imediatamente anterior ao de sua vigência para as posições de

1º de janeiro, 1º de abril, 1º de julho e 1º de outubro, sendo expressa em percentual ao ano.”

(FINEP, 2014).

A TJLP é calculada com base na meta de inflação média pro rata prevista pelo IPCA

para os doze meses seguintes ao primeiro mês de vigência da taxa, com ponderação de 50% e

pelo prêmio de risco Brasil, com peso de 50% também, com recálculo trimestral (FORTUNA,

2008, p. 130).

2.2.1.1.5 Taxa DI

DI é a média das taxas diárias praticadas pelas instituições financeiras na troca de

recursos (empréstimos) entre elas. É utilizado como remuneração em alguns títulos de renda

fixa (exemplo CDBs) ou como referência em operações de troca de indexadores (swap).

(COMO INVESTIR, 2014d).

2.2.1.2 Índices e indexadores

Os principais índices e indexadores que servem como base para diversos segmentos do

mercado brasileiro são os seguintes: IPA, IPC-DI, IGP-DI, IGP-M, IGP-M10, IPCA, DI,

IBOVESPA, IBX.

a) IPA: IPA é o Índice de Preços ao Produtor Amplo (denominação alterada em 2010, antes

conhecida como índice de preços por atacado), que registra variações de preços de produtos

agropecuários e industriais nas transações interempresariais, ou seja, nos estágios de

comercialização anteriores ao consumo final. “Registram as variações médias dos preços

recebidos pelos produtores domésticos na venda de seus produtos.” É um indicador mensal e

serve para analisar as variações de preços de produtos agrícolas e industriais. Assim como o

IGP, o IPA também possui as versões IPA-10, IPA-M e IPA-DI(IBRE, 2014).

b) IPC-DI: O IPC-DI (Índice de Preços ao Consumidor – Disponibilidade Interna) mede a

inflação de varejo das famílias que recebem até 33 salários mínimos. Serve para cálculo dos

reajustes dos benefícios gerados pela Previdência Social (FORTUNA, 2008, p. 125).

c) IGP: IGP (Índice Geral de Preços) é calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e

registra a evolução dos preços, sendo utilizado como medida da inflação nacional

(FORTUNA, 2008, p. 125). Segundo o IBRE (2014) é um indicador macroeconômico,

deflator de valores monetários e indexador de contratos e abrange Indústria, Construção Civil,

Agricultura, Comércio Varejista e Serviços prestados às famílias. É composto pelo IGP-DI e o

IGP-M.

d) IGP-DI: IGP-DI(Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) é formado por três

índices (IPA com 60% do índice, IPC-DI com 30% e o INCC, com 10% do índice). Até o

plano real servia para reajustar títulos do setor privado no pós-fixado. Compreende o período

entre o primeiro e o ultimo dia do mês de referência (FORTUNA, 2008, p. 125).

e) IGP-M: IGP-M é o Índice Geral de Preços do Mercado. Mede a evolução dos preços ao

consumidor. É o indexador de alguns títulos de renda fixa como as Notas do Tesouro

Nacional (NTN) série C, títulos privados como as debêntures e alugueis comerciais e

residenciais (FORTUNA, 2008, p. 125). Corresponde ao período entre o dia 21 do mês

anterior ao de referência e o dia 20 do mês de referência (COMO INVESTIR, 2014d).

f) IGP-M10: IGP-M10 é semelhante ao IGP-M e tem como finalidade possibilitar aos

participantes da BM&F uma melhor avaliação do IGP-M futuro, advindo com a criação do

mercado futuro de IGP-M (FORTUNA, 2008, P. 126).

g) IPCA: IPCA é o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado, que se baseia na evolução da

cesta de consumo das famílias com renda até 40 salários mínimos, que registra a variação de

preços de produtos e serviços ao consumidor. É pesquisado nas 11 principais regiões

metropolitanas e calculado do primeiro ao último dia de cada mês (ano civil). É o índice

oficial de acompanhamento da inflação do Brasil. (FORTUNA, 2008, P. 126). É utilizado

também como indexador para alguns títulos de renda fixa como as Notas do Tesouro Nacional

– Série B (NTN-B) e NTN-B Principal. (COMO INVESTIR, 2014d).

h) IBOVESPA: O Ibovespa é um indicador do “desempenho médio das cotações dos ativos

de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro”

(BM&FBOVESPA, 2014c). Composto por ações de companhias listadas na

BM&FBOVESPA que atendem aos critérios de inclusão descritos na metodologia do índice

BOVESPA, disponível no site da BM&FBOVESPA.

i) IBX: Segundo Halpern (2003, p. 136), o IBX (Índice Brasil) é um “índice de preços que

mede o retorno de uma carteira composta por 100 ações selecionadas entre as mais

negociadas”, em termos de volume financeiro e número de negócios, “ponderadas no índice

pelo seu respectivo número de ações disponíveis à negociação no mercado”.

2.2.2 Principais tipos de investimento

Ao investir, o investidor deve procurar identificar o seu perfil e os melhores

investimentos para esse perfil. No capítulo anterior foram descritos os principais perfis

encontrados no mercado financeiro. A seguir estão apresentados os principais investimentos

nesse mercado com suas devidas descrições.

Nas aplicações financeiras, deve-se observar os riscos e retornos, o que se deseja

ganhar e o que se está disposto a perder. Normalmente há uma correlação inversa entre

segurança e rentabilidade como já definido anteriormente. Quanto menor a segurança, ou seja,

maior o risco, maior a probabilidade de retorno.

O Banco do Brasil (2007) destaca que, ao se investir em determinadas aplicações, elas

apresentam os seguintes comportamentos:

Tabela 1 - Investimento x rentabilidade, liquidez e segurança

Investimento x rentabilidade, liquidez e segurança Proporciona Investimento em: Em 1º lugar Em 2º lugar em 3º lugar Poupança Segurança liquidez Rentabilidade Renda Fixa Rentabilidade Segurança Liquidez Ações Rentabilidade Liquidez Segurança Imóveis Segurança Rentabilidade Liquidez

Fonte: Banco do Brasil, 2007

Os investimentos podem ser classificados em ativos e derivativos. Os ativos são bens

(imóveis, ações, ouro) e/ou direitos vindos de obrigações assumidas pelo agente financeiro

(poupança, debêntures, títulos públicos, CDBs, etc.) e podem ser de renda fixa ou renda

variável. Os derivativos são valores mobiliários operados com datas futuras, em que estão

baseados os ativos que servem de referência no mercado a vista (ex. um derivativo é uma

“opção da Petrobras” em que o preço é derivado do ativo “ação da Petrobrás”) e podem ser

originados de ativos de Renda Fixa ou originados de ativos de renda variável. A renda fixa

pode ser prefixada (já se sabe quanto receberá no final do período de aplicação) ou pós-fixada

(a remuneração só é conhecida no final da aplicação, baseada em algum índice, taxa de juros,

etc.). As aplicações de renda variável não possuem remuneração ou vencimento previamente

acordados e o rendimento é obtido através da diferença entre o preço de aquisição e o preço

de venda (BANCO DO BRASIL, 2007).

Nos ativos de renda fixa encontram-se poupança, CDB/RDB, títulos públicos, entre

outros. Nos ativos de renda variáveis podem-se destacar os investimentos em ações, oferta

pública, ouro, etc. Os fundos de investimentos podem ser compostos por ativos de renda fixa

e renda variável.

Esses investimentos são apresentados a seguir, partindo dos que compõe os ativos de

renda fixa, passando para os ativos em rendas variáveis e terminando nos fundos de

investimentos.

2.2.2.1 Titulo de capitalização

Os títulos de capitalização são investimentos com características de um jogo, gerando

renda no final do período e possibilitando ao investidor participar de sorteios, podendo ser

mensais, semestrais, etc. Foram criados pelo Decreto-lei 261 de 28/02/1967 e só podem ser

negociados por Sociedades de Capitalização (SC) (FORTUNA, 2008, p. 310).

O valor aplicado é separado, sendo destinado um percentual ao capital da poupança,

outro para o sorteio e outro para cobrir suas despesas. A remuneração mínima corresponde a

20% dos juros da caderneta de poupança, tendo como rendimento máximo um percentual da

poupança. Além disso, em cima do rendimento existe a incidência de imposto de renda na

fonte (FORTUNA, 2008, p. 310).

Esses títulos têm liquidez limitada, principalmente pelo fato de existir carência para

retirada das parcelas depositadas, normalmente de um a dois anos, o que pode significar perda

de todo o valor aplicado. Os prazos dos títulos, carência, forma de pagamento, etc. vão

depender de banco para banco e as cláusulas e regras estarão presentes nas Condições Gerais

do Título.

São títulos que atraem principalmente pela possibilidade de ganho de recursos através

dos sorteios além de permitir resgatar o valor aplicado ao final do período, diferente de um

jogo de apostas onde nem sempre se pode ganhar o aplicado (FORTUNA, 2008, p. 310).

2.2.2.2 Caderneta de poupança

Segundo Fortuna (2008, p. 314), a caderneta de poupança tradicional é uma aplicação

simples e tradicional, que permite aplicação de pequenas somas e liquidez. Existe perda de

rentabilidade quando ocorrem saques fora da data de aniversário da aplicação. De acordo com

Assaf Neto (2003, p.134), a caderneta de poupança é uma alternativa de aplicação financeira

bastante conservadora, oferecendo segurança, já que o governo garante os depósitos até certo

limite e baixa remuneração comparado a outros tipos de ativos no mercado. Além disso, a

poupança permite isenção de imposto de renda.

A partir de 04/05/2012, através da Medida Provisória nº 567/2012, as regras de

remuneração da poupança mudaram para os casos de abertura de novas cadernetas de

poupanças ou depósitos feitos na poupança a partir dessa data. Ao fazer a aplicação em

poupança depois dessa data, o investidor passou a ter uma nova caderneta de poupança (com

nomenclatura diferente) seguindo as regras novas, permanecendo a conta poupança antiga

inalterada quanto às suas regras. Ao fazer a retirada do dinheiro da poupança, primeiramente

o recurso sairá da conta poupança mais recente, atingindo a conta antiga somente se o saldo a

sacar for superior ao saldo existente na nova conta. O rendimento é depositado no dia do

aniversário (dia que aplicou o dinheiro) e só ocorre se for deixado por mais de 30 dias.

De acordo com as novas regras da caderneta de poupança apresentadas anteriormente,

a remuneração ocorre da seguinte forma: se a taxa Selic estiver maior que 8,5% ao ano, o

rendimento é de 0,5% ao mês mais a TR. Se a taxa da Selic for de 8,5% ao ano ou menos, o

rendimento passa a ser 70% da Selic mais TR. Aplicações realizadas até 03/05/2012, o

rendimento da poupança era de 0,5% a.m. mais a TR, (BANCO CENTRAL, 2014b).

“A remuneração dos depósitos de poupança é calculada sobre o menor saldo de cada

período de rendimento. O período de rendimento é o mês corrido, a partir da data de

aniversário da conta de depósito de poupança, para os depósitos de pessoas físicas e de

entidades sem fins lucrativos” (Banco Central, 2014b).

2.2.2.3 Certificado de depósito bancário (CDB) e Recibo de depósito bancário (RDB)

Os CDBs (certificado de depósito bancário) e RDBs (recibo de depósito bancário) são

títulos de renda fixa emitidos pelos bancos Comerciais/Múltiplos e bancos de Investimentos,

que têm como finalidade lastrar operações de financiamento de capital de giro (ASSAF

NETO, 2003, p.176). De acordo com o Banco Central, os CDBs e RDBs são títulos privados

de depósitos a prazo realizados por pessoas físicas ou jurídicas. Ou seja, os recursos auferidos

pela emissão desses títulos são normalmente repassados aos clientes através de empréstimos.

A emissão desses títulos pelas instituições bancárias cria uma obrigação de pagamento, uma

dívida da instituição para com o investidor, que paga a esse investidor ao final do prazo um

valor superior ao valor aplicado (FORTUNA, 2008, p. 175).

A diferença entre o CDB e RDB é que o é que o RDB é intransferível, enquanto o

CDB pode ser transferido para outros investidores através de endosso nominativo (ASSAF

NETO, 2003 p.176).

Esses títulos podem ser pré-fixado (com remuneração total definida no momento da

aplicação) ou pós-fixados (corrigidos por um índice de preços mais juros com remuneração

conhecida depois do vencimento do título) e taxas flutuantes relacionadas a um percentual de

algum índice, normalmente ao CDI (certificado de depósito interbancário), mas também a TR,

TJLP ou inflação (BRASIL, 2014).

2.2.2.4 Certificado de depósito interbancário (CDI)

CDI (certificado de depósito interbancário) ou simplesmente DI (Depósitos

Interbancários) corresponde a títulos emitidos pelas instituições financeiras que lastreiam

operações do mercado interbancário (FORTUNA, 2008, p. 176). Com características

semelhantes ao CDB, o CDI também é uma espécie de empréstimos, só que nesse caso entre

instituições financeiras. Sua negociação é restrita às instituições financeiras. As taxas

negociadas nesse mercado interbancário normalmente não são afetadas por intervenções

oficiais diretas, representando de maneira mais isenta as expectativas do mercado quanto ao

comportamento das taxas de juros da economia. São taxas definidas diariamente pela

negociação entre as instituições financeiras e são bastante divulgadas pela imprensa (ASSAF

NETO, 2003, p.178).

O custo dessas transações entre os bancos por um dia (média entre todas as taxas desse

tipo de negociação do dia) são as taxas DI. Essa taxa DI é utilizada para avaliar a

rentabilidade de fundos, como os DI, por exemplo (PORTAL BRASIL, 2014).

Segundo Assaf Neto (2003, p.104), a taxa CDI pode ser considerada uma taxa básica

do mercado financeiro, que influencia as demais taxas de juros.

2.2.2.5 Títulos Públicos

O tesouro direto (uma espécie de título público) é um programa criado pelo Tesouro

Nacional em parceria com a BM&FBOVESPA que possibilita às pessoas físicas a compra de

títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional através da internet (BM&FBOVESPA,

2014h).

É um título que funciona como um “empréstimo” de recursos ao governo, que em

contrapartida, depois do período, retorna o valor emprestado acrescido de rendimento.

É um investimento de renda fixa com previsibilidade, liquidez e baixo custo e risco.

Apresenta boa rentabilidade e, dependendo da corretora, apresentam algumas taxas, entre elas

taxas de administração e custódia (BM&FBOVESPA, 2014h).

O valor mínimo para começar a investir é de aproximadamente R$ 30,00 e as

aplicações têm data de vencimento, podendo ter o resgate antecipado.

Esses títulos públicos podem ser pré-fixados ou pós-fixados.

a) Titulo público prefixado

Nos títulos prefixados, a taxa de juros é definida no momento em que é feito o

investimento, ou seja, é definida previamente. Com isso é possível saber quanto irá render o

investimento se mantiver os recursos até a data de vencimento. Além disso, o investidor pode

decidir se deseja receber tudo ao final da aplicação ou se prefere ir recebendo os juros

semestrais (BM&FBOVESPA, 2014h).

Caso o investidor opte por resgatar o investimento e os juros ao final do período, o

investimento apropriado é em Letras do Tesouro Nacional (LTN). Se optar por ir recebendo

os juros semestralmente, deve aplicar em Notas do Tesouro Nacional - Série F (NTN-F)

Nesse caso o investidor sabe exatamente o retorno do título se carregá-lo até a data de

vencimento, além de recebe um fluxo de cupons semestrais de juros, o que pode possibilitar

aumento de liquidez e reinvestimentos (TESOURO, 2014).

Normalmente esse investimento é indicado para os que acreditam que a taxa de juros

irá cair. O investidor está sujeito a perda de poder aquisitivo em caso de alta de inflação

b) Título público pós-fixado

Neste tipo de título, a rentabilidade é conhecida apenas no momento em que o

investimento é resgatado, ou seja, é definida posteriormente.

Assim como os títulos prefixados, os títulos pós-fixados são divididos em dois tipos,

sendo o pós-fixado ligado aos juros básicos e o ligado à inflação.

Os títulos pós-fixados ligados aos juros básicos seguirão a SELIC (taxa de juros

básicos da economia). Se o investidor pode acompanhar a flutuação dos juros, seja para cima

ou para baixo, o indicado é este tipo de título, denominado de Letras Financeiras do Tesouro

(LTF). Preço do título flutua em função da expectativa de taxa de juros dos agentes

financeiros.

Nos títulos pós-fixados ligados à inflação, a remuneração é composta de duas parcelas,

sendo uma predefinida (prefixada) na hora do investimento e a outra é pós-fixada, variando

conforme a inflação calculada na hora do resgate. Neste caso, o investidor saberá quando e

quanto de juros ganhará em termos reais, isto é, descontando a perda com a inflação.

Possibilita proteger-se de uma eventual subida de inflação (BM&FBOVESPA, 2014h).

Da mesma forma que o prefixado, o investidor pode optar por receber tudo de uma

única vez (rendimento mais aplicação) ou ir recebendo os juros semestralmente. Para esses

casos, os investimentos podem ser respectivamente em Notas do Tesouro Nacional Principal -

NTN-B Principal – “Permite ao investidor obter rentabilidade em termos reais, se protegendo

da elevação do IPCA” (TESOURO, 2014) ou Notas do Tesouro Nacional - Serie B (NTN-B)

– “Permite ao investidor obter rentabilidade em termos reais, se protegendo da elevação do

IPCA. Além disso, o investidor recebe um fluxo de cupons semestrais de juros, o que aumenta

a liquidez possibilitando reinvestimentos” (TESOURO, 2014).

2.2.2.6 Previdência Privada

A previdência privada funciona como uma alternativa de complemento à

aposentadoria. Serve como um seguro de renda, possibilitando diversos planos de benefícios

de aposentadoria (ASSAF NETO, 2013, p. 394).

Diferente da previdência social, a previdência privada é opcional e tem como principal

objetivo manter o padrão de vida que a pessoa levava antes de se aposentar, tendo em vista

que a previdência social tem mais o objetivo de manter a subsistência das pessoas.

Pode ser constituída como uma sociedade fechada ou aberta. A sociedade de

previdência privada fechada (ou fundo de pensão) normalmente é formada no ambiente da

empresa e a participação é dada pelo empregador e pelo funcionário. Já a previdência aberta é

aberta às pessoas em geral que desejam adquirir um fundo de previdência complementar

(ASSAF NETO, 2013, p. 394).

De acordo com Assaf Neto (2013, p. 394), existem diversos planos de previdência,

sendo que normalmente é caracterizado por contribuições mensais por determinado período

A

de anos que, no final do período será pago ao beneficiário. Existem dois planos criados

recentemente pelo sistema de previdência privada e que têm sido mais rentáveis, sendo eles o

PGBL (plano gerador de benefícios livres) e o FAPI (fundo de aposentadoria programada

individual).

a) PGBL – Plano gerador de benefícios livres

O PGBL é uma aplicação destinada principalmente à aposentadoria. Funciona como

um fundo de investimento comum, em que os recursos aplicados pelo investidor são

utilizados para formar carteiras compostas por ações, títulos de rendas fixas, cotas de fundos

de investimentos e imóveis existentes no mercado financeiro. Os rendimentos são creditados

ao investidor, aumentando sua renda ao final do período. É uma aplicação mais conservadora

e com menos risco, ou seja, mais estável, tendo em vista que as aplicações são feitas

principalmente em títulos de renda fixa emitidos pelo governo (ASSAF NETO, 2013, p. 395).

Cobram taxa de carregamento (cobrir as despesas na comercialização e prestação de

serviço, sendo cobrado em cada contribuição, podendo variar de plano para plano) e taxa de

administração (cobrada pela gestão dos recursos, incidindo sobre o patrimônio acumulado e

cobrado anualmente).

Como benefícios podem ser destacados: beneficio fiscal, possibilitando que as

contribuições ao fundo possam ser deduzidas do imposto de renda até o limite de 12%; os

rendimentos são tributados somente no saque; são transparentes, com publicações constantes

de desempenho e indicadores; o investidor pode mudar de gestor o quanto quiser sem

necessidade de pagar imposto, respeitando a carência mínima de 60 dias para transferências e

resgates; possibilidade de escolher o plano que apresenta a carteira que satisfaça o perfil do

investidor (ASSAF NETO, 2013, p. 394).

O PGBL permite alguns benefícios como: uma renda vitalícia, em que o beneficiário

recebe uma renda a partir de certa idade por toda a vida; renda temporária onde os benefícios

são pagos a partir de certa idade e por determinado tempo definido no contrato; e renda

vitalícia com prazo mínimo, em que o investidor recebe uma renda enquanto estiver vivo e

define um prazo de reversão. (ASSAF NETO, 2013, p. 395).

B

b) FAPI - Fundo de aposentadoria programada individual

Tem características semelhantes ao PGBL, tendo como diferencial a possibilidade de

resgate do patrimônio acumulado, que só pode ser resgatado integralmente sem a

possibilidade de pagamentos periódicos de benefícios (característica do PGBL). No FAPI há

cobrança de imposto de renda sobre os ganhos, diferente do PGBL (ASSAF NETO, 2013, p.

396).

O FAPI também se diferencia do PGBL pela composição dos fundos. Enquanto o

PGBL é constituído por uma instituição gestora que cria um fundo exclusivo para aplicar os

recursos, no FAPI o investidor adquire cotas de um fundo de investimento comum

administrado por um banco, onde o aplicador é o titular das cotas (ASSAF NETO, 2013, p.

397).

2.2.2.7 LCI – Letras de crédito imobiliário

Segundo Infomoney (2014), as letras de crédito imobiliário (LCI) são papeis de renda

fixa lastreados em crédito imobiliários garantidos por hipotecas ou “alienação fiduciária de

um bem móvel que dão aos seus tomadores direito de credito pelo valor nominal, juros e

atualização monetária”.

São emitidas pelas instituições financeiras que tem autorização para realizar operações

de crédito imobiliário, que devem registrar a contratação das LCIs na Cetip. Os recursos

obtidos nas aplicações são utilizados para financiamentos habitacionais. (INFOMONEY,

2014)

O prazo é de acordo com o prazo das obrigações imobiliárias que serviram de base

para o seu lançamento. Em relação à tributação, desde 2004 a remuneração é isenta de

Imposto de Renda para pessoas físicas e condomínios de edifícios, diferente para PJ, que tem

tributação de IR. (INFOMONEY, 2014)

Algumas LCIs têm como característica uma operação vinculada com um contrato de

swap indexado a um percentual do CDI. São indicados para perfil mais conservador, já que

segue as características da poupança. (INFOMONEY, 2014)

Diferem-se das letras hipotecárias na emissão, onde as hipotecárias são emitidas

exclusivamente vinculadas a uma hipoteca (FORTUNA, 2008, p. 181).

2.2.2.8 Letras Hipotecárias

As letras hipotecárias são títulos emitidos por instituições financeiras que trabalham

com crédito imobiliário, tendo como lastro o financiamento habitacional. (ASSAF NETO,

2003, p. 105)

São títulos emitidos com juros prefixados, flutuantes e pós-fixados em TR, TBF ou

TJLP num prazo mínimo de 180 dias e prazo máximo de acordo com o vencimento dos

créditos hipotecários. Caso o investidor resgate antes de 180 dias, o título não gera

remuneração (FORTUNA, 2008, p. 180).

Quando a instituição financeira estiver sem lastro para suas operações de

financiamento imobiliário, pode recorrer à emissão de títulos para lastreá-lo. E pode comprá-

lo quando o valor da carteira de crédito imobiliário estiver inferior ao volume de capitação da

caderneta de poupança (FORTUNA, 2008, p. 180).

Não tem imposto de renda sobre o ganho de capital das aplicações realizadas por

pessoa física (FORTUNA, 2008, p. 180).

2.2.2.9 Debêntures

Para Fortuna (2008, p. 321), debênture é um título emitido por sociedades anônimas

não-financeiras de capital aberto com garantia de seu ativo e com ou sem garantia subsidiária

da instituição financeira. Lança-se no mercado para obter recursos de médio e longo prazo e

tem como finalidade o financiamento de projetos de investimentos ou alongamento do perfil

do passivo. Ou seja, a empresa lança as debêntures a fim de obter um empréstimo do

comprador do titulo. Em troca a empresa gera um rendimento a esses títulos adquiridos.

Essa remuneração do titulo é certa e com prazo determinado. Isso significa dizer que

na data de seu vencimento, o comprador das debêntures receberá além dos recursos aplicados,

os juros referentes ao título.

A emissão e condições da emissão são definidas em AGE, sendo regulamentada pela

Lei 6.404 de 15/12/99. Algumas das condições dizem respeito ao capital e prazo, onde o

limite máximo de emissão é o valor do capital próprio da empresa e o prazo superior a um ano

(FORTUNA, 2008, p. 322).

Por se tratar de venda de partes das dívidas das empresas, existem alguns meios para

garantir a proteção dos compradores da dívida. São eles: escritura de emissão (contrato –

documento que estipula os direitos, deveres e condições da emissão, além de pagamentos,

prazos, etc.) e agentes fiduciários (garantidores para pagamento das debêntures sejam

empresas, indivíduos, ou departamento de crédito bancário).

A remuneração das debêntures pode compor de atualização monetária, prêmio e taxas

de juros.

A empresa emissora das debêntures poderá resgatar antes da data determinada, que

deverá ser para todos os debenturistas, tendo como intitulação debênture em tesouraria.

A colocação das debêntures no mercado pode ser direta ou por oferta pública. Quando

direta, é feita diretamente a um comprador ou grupo de compradores, no caso, instituições

financeiras ou fundos de pensão. As taxas de juros são mais altas. Por oferta publica, a

colocação ocorre no mercado secundário, podendo ser colocadas com desconto (abaixo do

valor nominal), com prêmio (acima do valor nominal) ou ao par (pelo valor nominal).

No mercado secundário, as debêntures são comercializadas pelo Sistema Nacional de

Debêntures da Anbima (SND) ou pela Bovespafix (FORTUNA, 2008, p. 327).

2.2.2.10 Ouro

O mercado de ouro é comumente realizado embolsa de valores através da compra e

venda, assim como o de ações, tendo sua cotação realizada em reais e por grama de ouro puro.

É um mercado de risco tendo em vista a oscilação do seu valor mediante a lei a oferta e

demanda e por fatores exógenos. O ouro funciona como uma reserva de valor em momentos

de incertezas financeiras, econômicas ou políticas globais (FORTUNA, 2008, p. 549).

O preço é calculado de acordo com as variações do preço do dólar no mercado

flutuante e do preço do metal na bolsa de Nova York, em que é resultado da multiplicação do

preço do grama em Nova York com a cotação em reais do dólar no mercado flutuante.

(FORTUNA, 2008, p. 549).

A BM&FBOVESPA oferece, no mercado disponível (à vista), contratos com lotes de

250g, 10g ou 0,225g de ouro com teor de pureza 0,99. As compras ocorrem através de

corretoras que negociam os contratos de ouro no mercado à vista. O investidor “carregara

posições de outro” que podem ser vendidas parcial ou totalmente, recebendo em dinheiro ou

retirando o metal, ou seja, sua liquidação pode ser financeira ou física. O ouro também pode

ser negociado nos mercados de derivativos da Bolsa (termo, opções, futuros e swap)

(BM&FBOVESPA, 2014e).

A BM&FBOVESPA (2014e) indica algumas razões para se investir em ouro, como:

retorno de médio a longo prazo; reserva de valor durável, ativo financeiro aceito

internacionalmente; forma de diversificação de investimento; ativo aceito como garantia.

O ouro é visto como o mais seguro diante de uma crise ou ameaça de inflação, sendo

esses aspectos ainda vantajosos para o preço do ouro. É caracterizado como uma “reserva

inviolável de valor” (FORTUNA, 2008, p. 549).

Os custos para investimentos em ouro englobam taxas de corretagem (cobrado pelas

corretoras pelo acesso ao mercado), de custódia (para manter o ouro, sendo calculado

diariamente e cobrado mensalmente), seguro para transporte de barras de ouro e Imposto de

Renda para aplicações superiores a R$20 mil no mês (BM&FBOVESPA, 2014a).

2.2.2.11 Ações

As ações correspondem à aquisição de uma parcela do capital de uma empresa. São

títulos “representativos da menor fração do capital social de uma empresa (sociedade

anônima, sociedade por ações ou companhia)” (ASSAF NETO, 2013, p. 222). O acionista,

aquele detentor da ação, é um coproprietário da empresa com direito a participação nos

resultados. Elas não têm prazo e podem ser resgatadas ou adquiridas a qualquer momento

através da negociação no mercado financeiro, vendendo ou comprando as ações (ASSAF

NETO, 2013, p.222). Essas negociações eram realizadas nos pregões físicos (lugar onde se

reuniam os operadores da bolsa). Atualmente os pregões predominantes são os automatizados,

sem interferência dos operadores, os eletrônicos (FORTUNA, 2008, p. 584). Nas negociações

no pregão eletrônico, os termos Home Broker e After Market passaram a existir. No Home

Broker os clientes operaram eletronicamente via internet pelos sites de corretoras. O After

Market é extensão do horário do pregão após as 18 horas até as 22 horas para atender o home

broker (FORTUNA, 2008, p. 587).

As sociedades que emitem as ações podem ser fechadas ou abertas, em que as

primeiras são tipicamente familiares com circulação de ações restritas a um grupo de

investidores. Diferentemente, as sociedades abertas têm suas ações distribuídas a um número

mínimo de acionistas, sendo negociadas na bolsa de valores. Devem ser cadastradas na

Comissão de Valores Mobiliários e emitir informações financeiras, econômicas e de caráter

econômico periodicamente (ASSAF NETO, 2013, p.222).

As ações podem ser classificadas como preferenciais ou ordinárias. As ordinárias

conferem ao detentor da ação o direito a voto, podendo eleger diretoria, decidir sobre destino

de lucros, etc. Cada ação corresponde a um voto, isso significa dizer que quanto mais ações

tiver, mais poder de decisão terá. Já as preferencias, apesar de não permitirem direito a voto

aos titulares, dão preferências ao titular como prioridade no recebimento do dividendo e

prioridade no reembolso de capital no caso de dissolução da empresa (ASSAF NETO, 2013,

p. 222).

Os títulos podem ser negociados no mercado primário ou no secundário. Quando um

novo título é lançado no mercado, ele é negociado no mercado primário. É nesse momento

que ocorre a disponibilização dos recursos dos investidores às empresas emitentes de ações,

que funciona como uma espécie de financiamento às empresas. A partir do momento que o

titulo está no mercado, as negociações de compra e venda posteriores ocorrem no mercado

secundário, que ocorre na Bolsa de Valores ou Mercado de balcão. Nesse caso, o recurso

auferido nas negociações vai para os proprietários dos títulos e não mais para a empresa

emitente da ação (ASSAF NETO, 2013, p.239).

O mercado de ações é dividido em quatro mercados: mercado à vista, mercado à

termo, mercado futuro de ações e mercado de opções.

a) Mercado à vista

Uma operação à vista é a compra ou venda em pregão de determinado número de

ações para liquidação imediata.

Nesse tipo de mercado é permitida realização de operações de mesma ação em um

mesmo pregão, por mesmo investidor e corretora, caracterizada como uma operação de

arbitragem, o day trade.

As ordens de compra e venda podem ser, segundo Fortuna (2008, p. 590): ordem a

mercado (o investidor especifica apenas a quantidade e características do título que quer

comprar ou vender, com execução imediata), ordem administrada (mesma característica da

ordem a mercado, diferenciada pela execução, que ocorre a critério da corretora), ordem

limitada (é determinado o valor máximo ou mínimo que deseja comprar ou vender a ação,

sendo executada somente quando chegar ao valor estipulado), ordem casada (quando estipula

a compra de um titulo e a venda de outro, que só ocorre se os dois puderem ser feitos) e

ordem de financiamento (o investidor define uma ordem de compra ou venda de um titulo em

um mercado e outra de venda ou compra em outro ou mesmo mercado concomitantemente,

com prazos de vencimento diferentes).

Ao se deter uma ação, existem direitos de proventos gerados por ela, entre eles:

dividendos (distribuição de parte dos lucros aos acionistas); subscrição (direito de aquisição

de ações por aumento de capital, com prazos e preços determinados); bonificação

(distribuição de novas ações aos acionistas gratuitamente, pelo aumento de capital por

incorporação de reserva), entre outros (FORTUNA, 2008, p. 590).

b) Mercado a termo

Nesse mercado o investidor se compromete a comprar ou vender uma determinada

quantidade de ação por prazo predeterminado e preço fixado. Normalmente as operações são

realizadas num prazo de 30 dias. De acordo com a BM&FBOVESPA (2014f), o prazo do

contrato a termo é escolhido livremente pelo investidor, sendo no mínimo 16 dias e no

máximo 999 dias.

Essas operações poderão ser liquidadas na data do seu vencimento ou data antecipada

solicitada pelo comprador, vendedor ou por acordo mútuo, sendo antecipado o prazo de

liquidação (FORTUNA, 2008, p. 593).

Segundo BM&FBOVESPA (2014f), a vantagem de se investir no mercado a termo é

pelo fato do investidor proteger preços de compra (quando se espera uma alta nos preços de

uma ação pode-se comprar a termo, fixando o preço e beneficiando-se da alta), diversificação

de risco, obter recursos (o detentor de ações pode vender a vista para imediata compra a termo

do mesmo papel, possibilitando fazer caixa) e alavancagem (possibilita aquisição de ações em

quantidade superior a da disponibilidade financeira).

Os custos envolvidos nessa transação são: taxa de registro, de corretagem, de

emolumentos e de liquidação.

De acordo com a BM&FBOVESPA (2014f), a transação a termo exige deposito de

garantia, que pode ser por cobertura ou margem. Por cobertura “um vendedor a termo que

possua os títulos-objeto pode depositá-los na CBLC, como garantia de sua obrigação”

(BM&FBOVESPA, 2014f). Por margem corresponde a “valor igual ao diferencial entre o

preço a vista e o preço a termo do papel, acrescido do montante que represente a diferença

entre o preço a vista e o menor preço a vista possível no pregão seguinte” (BM&FBOVESPA,

2014f).

c) Mercado Futuro de ações

As ações nesse mercado são negociadas com datas de liquidação futura. Segundo

Fortuna (2008, p. 597), é um mercado aperfeiçoado do mercado a termo, que possibilita aos

participantes da transação reverter a posição de um contrato futuro antes da data do

vencimento de forma automática.

De acordo com Halpern (2003, p. 91), “os contratos futuros são compromissos

padronizados de compra e venda de ativos, mercadorias (ou commodities), ativo financeiro ou

índices de preço, com data de vencimento, regras e especificações de negociação fixadas pela

bolsa de futuros”. Halpern (2003, p.91) completa afirmando que nesse mercado o objeto

negociado é o risco dos preços. Tem função de permitir proteção contra riscos de preços ou

realizar hedge ou proteção.

d) Mercado de opções

De acordo com a BM&FBOVESPA (2014g), no mercado de opções é onde são

negociados direitos de compra ou venda de um lote de ações, com prazos e preços

preestabelecidos. Foi um mercado criado para oferecer uma forma de proteção ao mercado de

ações contra possíveis perdas, possibilitando ao investidor adaptar o risco às suas expectativas

e metas.

Segundo Fortuna (2008, p.600), quem compra uma opção tem um direito, podendo ser

essa opção de compra (call) um direto de comprar, possibilitando ao comprador comprar certa

quantidade de ações, a determinado preço e data. E opção de venda (put) um direito de

vender.

Segundo o Portal do Investidor (2014b), quem adquire o direito deve pagar um prêmio

ao vendedor, sendo este premio um valor pago para ter a opção de comprar ou vender (esse

valor pago não é o preço do bem e sim o preço da opção). O Portal afirma que no mercado de

opções, o titular pode perder no máximo o prêmio pago, em contrapartida, o lançador das

opções tem riscos ilimitados.

2.2.2.12 Fundos de Investimentos

Os fundos de investimentos correspondem a uma aplicação em conjunto, uma espécie

de condomínio. Da mesma forma, o Banco Central (2014d) define o fundo de investimento

como sendo uma comunhão de recursos constituída sob a forma de condomínio, que tem

como objetivo a aplicação em ativos financeiros no mercado financeiro de capitais. De acordo

com Assaf Neto (2003, p. 386), é uma importante alternativa de investimento para pessoas

que querem participar do mercado de capitais, trazendo benefícios principalmente ao

investidor com baixo volume individual de capital disponível para a aplicação. Por se tratarem

de representantes dos grupos de investidores, os fundos oferecem uma profissional

administração dos seus recursos monetários, sem que os investidores tenham necessidade de

deter conhecimento profundo sobre mercado de capitais.

Os fundos são estruturados pelas Instituições Financeiras por variáveis exógenas e

endógenas. As exógenas podem ser pelas determinações da CVM, como a quantidade máxima

de composição da carteira de cada tipo de fundo, determinando assim o perfil da liquidez.

Como variável endógena pode-se destacar a escolha da composição risco/rentabilidade

desejada pelo gestor, criando desta forma a personalidade de cada fundo, que atrairá o perfil

de investidor de acordo com cada fundo (FORTUNA, 2008, p. 471). Ou seja, os fundos

podem ser classificados em função do prazo de carência para resgate ou remuneração de suas

cotas, do segmento que atua, ativos que compõe o seu patrimônio ou do nível de risco

(BANCO CENTRAL, 2014d).

Os fundos podem ter uma estratégia de gestão passiva ou ativa. O primeiro investe

procurando rentabilidade similar à rentabilidade de um índice ou indexador que funcione

como referencia (benchmark) da economia (como o Ibovespa). Nesse tipo de fundo existe um

menor custo operacional, um perfil mais conservador, mais bem ajustado em longo prazo

além de ter os resultados atrelados ao referencial. Já na gestão ativa, são levadas em

consideração as melhores oportunidades de aplicação entre as alternativas de aplicações do

mercado financeiro. Deseja-se nesse caso um retorno “acima de um índice fixado como

referência para a gestão de carteiras” (ASSAF NETO, 2003, p.387). Esse tipo de gestão, ao

contrário da passiva, busca maximizar os resultados, tem maior custo operacional, melhor

ajustada em curto prazo e tem um perfil mais agressivo (FORTUNA, 2008, p. 472), ou seja, é

uma estratégia com maiores retornos, mas também com riscos maiores.

Os fundos costumam cobrar taxa de administração, cobrada pela instituição financeira

a fim de remunerar os serviços prestados de administração do fundo e da gestão da carteira

(ASSAF NETO, 2003, p.387). Essa taxa é definida pela administração e varia de acordo com

o interesse da instituição. Além dessa taxa, podem ser cobradas taxas de ingresso ao fundo e

taxas de saída antecipada. Quando permitido pelos órgãos reguladores, também pode existir a

taxa performance, correspondendo a um percentual sobre o ganho do fundo (FORTUNA,

2008, p. 473). A remuneração varia de acordo com o rendimento dos ativos financeiros que

fazem parte do fundo sendo que, não é garantido o recebimento de valor superior ao aplicado

tendo em vista a oscilação dos ativos (BANCO CENTRAL, 2014d).

Os fundos de investimentos podem ser classificados como renda fixa ou renda

variável, podendo ser abertos (fundos que podem ser resgatados a qualquer momento sem

limite para cotista e com prazo indeterminado) ou fechados (cotas não-resgatáveis, mas

negociadas na bolsa, tendo um número de cotistas limitado e prazo determinado).

Os fundos de renda fixa são os compostos por aplicações em titulo que tem taxa de

retorno fixa na maioria das vezes. Outra parte pode ser aplicada em ações ou títulos com taxa

de retorno variável. Já os fundos de renda variável são os compostos principalmente por

aplicações em ações e títulos com taxa de retorno variável. Nesses fundos, o investidor pode

ter um bom lucro se o desempenho das ações for bom ou perder dinheiro caso o rendimento

seja ruim (FORTUNA, 2008, 473).

Como vantagens na aplicação nos fundos de investimentos, podem-se destacar:

simplicidade na movimentação, relação entre volume de investimentos e retorno,

profissionalismo na gestão, diversificação e liquidez (FORTUNA, 2008, p. 474).

De acordo com a Anbima (2014a), os fundos podem ser classificados em curto prazo,

referenciado DI, renda fixa (renda fixa, crédito livre, índices), multimercados (LongAnd Short

– Neutro, LongAnd Short – Direcional, multimercados macro, trading, multiestratégia,

multigestor, juros e moedas, estratégia específica, balanceados e capital protegido), dívida

externa (investimento no exterior), ações (Ações IBOVESPA Indexado , Ações IBOVESPA

Ativo, IBrX Indexado, IBrX Ativo Setoriais, FMP – FGTS, SmallCaps, Dividendos,

Sustentabilidade/Governança, Ações Livre, Fundos Fechados de Ações), cambial,

previdência, off shore, fundos de direitos creditórios, fundos de índices (ITF), fundos de

participações e fundos de investimento imobiliário.

a) Fundos de curto prazo – recursos aplicados exclusivamente em títulos públicos federais ou

privados prefixados ou indexados a taxa Selic ou outra taxa de juros (FORTUNA, 2008, p.

477);

b) fundos referenciados – devem ser denominados de acordo com seu indicador de

desempenho. Composto por 80% no mínimo de títulos de emissão do Tesouro Nacional e/ou

Banco Central e títulos e valores mobiliários de renda fixa (FORTUNA, 2008, p. 477);

A

c) fundos de renda fixa – deve possuir 80% dos ativos em ativos de renda fixa, tendo como

principal fator de risco a variação da taxa de juros doméstica e/ou variação do índice de

preços (FORTUNA, 2008, p. 477);

d) fundos cambiais - deve possuir 80% dos ativos vinculados à taxa de câmbio, cujo fator de

risco da carteira deve ser a variação da taxa de câmbio de moeda estrangeira ou cupom

cambial. Dentre os fundos existem os fundos cambiais dólar, que seguem a cotação da moeda

americana (FOLHA, 2014);

e) fundos de ações – deve possuir no mínimo 67% da carteira em ações negociadas na bolsa.

Podem ser constituídos por vários tipos de carteiras de ações, desde as que seguem os índices

da Bolsa até as que investem em empresas com características especificas. Esses fundos

variam de acordo com as oscilações de preços das ações que compõe a sua carteira. Alguns

fundos acompanham também a variação de um índice do mercado acionário (por exemplo,

Ibovespa, IBX) (FOLHA, 2014);

f) fundos de divida externa – mínimo 80% do patrimônio em títulos da divida externa de

responsabilidade da União e no máximo 20% do patrimônio em outros títulos de créditos do

mercado internacional (FORTUNA, 2008, p. 477);

g) fundos multimercados – fundos que envolvem vários fatores de risco, sem

necessariamente concentrar algum fator em especial (como cambio, ações, derivativos e renda

fixa), tendo como principais vantagens a flexibilidade para aplicação em vários tipos de ativos

e diversos estilos de estratégia de gestão. É um fundo que apresenta maior risco ao investidor

pela oscilação (FORTUNA, 2008, p. 477).

Nos fundos de investimento, quanto maior o retorno normalmente maior o risco será.

Os riscos encontrados nos fundos e definidos pelo autor Assaf Neto (2003, p. 388) são os

riscos de crédito, de mercado, liquidez e sistêmico. Risco de crédito corresponde à

possibilidade da instituição emitente de algum título que compõe a carteira do fundo não ser

pago ou ser liquidado em atraso. Caso isso ocorra, a rentabilidade reduz-se devido à perda de

valor do título. O risco de mercado refere-se às variáveis do mercado como taxa de juros da

economia, inflação, variação cambial, etc. que podem interferir no valor dos títulos da

carteira. O risco de liquidez corresponde à dificuldade de venda dos títulos da carteira, seja

por baixa liquidez de recursos do mercado ou falta de atratividade. E o risco sistêmico é dado

B

pelo comportamento da conjuntura nacional e internacional que interferem nas taxas de juros

do mercado, preços, câmbio, etc. (ASSAF NETO, 2003, p. 384).

3. ANÁLISE DE MERCADO – PERFIL DO INVESTIDOR BRASILEIRO, DADOS

SOBRE OS INVESTIMENTOS

Ao se ter conhecimento das principais taxas, indicadores, perfil dos investidores,

investimentos, cabe uma análise da situação brasileira atual, que apresenta o perfil dos

investidores brasileiros, aplicações mais escolhidas pelos brasileiros e situação atual do

mercado financeiro, como rendimentos, principais títulos, aplicações e definição de como

aplicar. Com isso é permitido ao futuro investidor comparar seu perfil e investimentos com os

dos brasileiros de maneira geral, aprender sobre novos investimentos e identificar aquele que

mais lhe proporcionam retorno de acordo com seu perfil e sua propensão ao risco.

3.1 PERFIL DO INVESTIDOR BRASILEIRO

De acordo com pesquisa encomendada pela BM&FBOVESPA, realizada pelo Instituto

de Pesquisas Rosenfield e apresentada pelo site Valor Econômico e IG Economia no final de

2012, trazendo respostas de duas mil pessoas ouvidas em 100 cidades, os brasileiros não

sabem investir e são conservadores.

Na pesquisa foi constatado que as pessoas ignoram os princípios financeiros mais

elementares. Para 27% dos entrevistados, a caderneta de poupança (em que o retorno é certo)

é o investimento mais arriscado do mercado, mais até do que a bolsa de valores.

Pela pesquisa também se pode dizer que os brasileiros não gostam de arriscar, apesar

de investirem em um fundo que consideram arriscado, no caso a poupança. A explicação pode

ser dada pelo fato de ser a aplicação mais conhecida, onde 97% das pessoas declaram

conhecê-la. Em contraponto, menos de 10% têm conhecimento no fundo DI (fundos atrelados

ao Certificado de Depósito Interbancário - CDI e têm o objetivo de acompanhar os juros do

mercado). O investimento em imóveis é conhecido por 43,3% dos entrevistados. As demais

aplicações financeiras são conhecidas por menos de 40% dos entrevistados.

De acordo com a pesquisa realizada, foi observado que o investidor brasileiro é

conservador. A maioria dos brasileiros (52,6%) prefere investimentos com baixo risco e baixa

rentabilidade (conservador). Apenas 7% têm propensão a fazer aplicações com alto risco e

alta rentabilidade (arrojado). O restante dos entrevistados (26%) afirma ter um perfil mais

moderado, ao passo que 12,8% não souberam responder e 1,5% preferiram não responder.

Gráfico 5 - Perfil do Investidor Brasileiro

Fonte: Valor Econômico, 2013, elaborado pelo autor

Uma pesquisa realizada pela UNIFOR, apresentada por Rocha e Rondal (2004)

também afirma que o perfil do brasileiro pode ser definido como um perfil conservador, e

complementa diagnosticando que esse resultado dá-se principalmente por fatos da conjuntura

histórica do Brasil, como taxa de juros nominal elevada, confisco da poupança (Plano Collor).

Além disso, por fatores culturais (cultura de investimento em imóveis) e por falta de

conhecimento em mercado de capitais.

A pesquisa sobre educação financeira também realizada por Denis Rosenfield

informou que os brasileiros não sabem investir e não possuem um controle dos gastos. Em

relação ao planejamento financeiro, com pesquisa envolvendo questões sobre planejamento

antecipado da aposentadoria, reserva de dinheiro sobre situações inesperadas e o que é feito

com o que resta no final do mês, constatou que dos entrevistados, 62,2% não têm uma

planilha de controle de gastos no computador ou por escrito, 46,9% tem média intensidade de

planejamento. 53,4% relatam não restar algum dinheiro no fim do mês. E somente 31,7%

guardam dinheiro com objetivo específico. Também mostram que não têm ao menos

conhecimento de quanto pagam de juros nos seus empréstimos e financiamentos,

representando uma parcela de aproximadamente 25% dos entrevistados. A pesquisa revelou

que os entrevistados que afirmaram fazer controle dos gastos têm uma maior escolaridade e

maior renda, que acabam influenciando também na tendência de investir em mercado de

capitais.

Dos pesquisados, somente 1,6% dos brasileiros têm alta propensão a investir em

ações, equivalendo-se ao encontrado na pesquisa sobre os principais investimentos, a qual

indica que apenas 1% investe em ações. Outros 65,6% têm baixa propensão e 32,8%

apresentam média propensão. “Possivelmente, a maior parte dos cidadãos possua receio em

investir em algo estranho ao seu convívio e de seus parentes e amigos”, diz o estudo.

Gráfico 6 - Propensão a investir em ações

Fonte: Valor Econômico, 2013, elaborado pelo autor

De acordo com o pesquisador Denis Rosenfield, “a classe C emergente é

conservadora. Sua renda foi gerada por meio de muito trabalho e as pessoas dessa faixa social

preferem gastar com a educação e a saúde da família”. A pesquisa conclui que a população

prefere investimentos sem grandes riscos, como a poupança ou até nem aplicar, deixando

parado na conta corrente. Também afirma que os segmentos mais escolarizados tendem a

investir em algo que envolve risco, como as ações.

3.2 PRINCIPAIS INVESTIMENTOS DO BRASILEIRO

De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Rosenfield a pedido da

BM&FBOVESPA, tendo como participação duas mil pessoas de todas as classes sociais das

15 maiores regiões metropolitanas brasileiras, abrangendo 100 municípios, foram constatados

os principais investimentos realizados pela população brasileira.

Pela pesquisa, foi observado que a conta poupança é o investimento preferido pela

população, com 44,4% do total de recursos aplicados, seguida pela conta corrente, com 37%.

Os imóveis, com 3,7%, e os títulos de capitalização (3,3%). Menos representativamente ficam

as ações, com 1% das menções de investimentos; os Certificados de Depósito Bancário

(CDBs), com 0,8%; os fundos de renda fixa, com 0,6%; os fundos DI, com 0,6%; e o ouro,

com 0,6%. Abaixo se apresenta o gráfico 7 destacando esses investimentos.

Gráfico 7 - Distribuição das aplicações financeiras dos brasileiros

Fonte: Valor Econômico, 2013, elaborado pelo autor

Em outra pesquisa solicitada pela Anbima, intitulada de Radiografia do Investidor,

realizada em maio de 2011 através de entrevista telefônica com 1000 pessoas brasileiras de 18

anos ou mais das classes ABC, obteve-se a estimativa de investidores Pessoas Físicas, que se

assemelha a pesquisa de Rosenfield.

De acordo com a entrevista, 44% da população aplica em poupança (valor que

equivale à pesquisa de Rosenfield), 7% em fundo de previdência (FAPI, VGBL ou PGBL),

7% em fundos de investimentos (DI/Renda fixa/ações/imobiliários/multimercado), 3% em

ações (percentual também baixo em relação a outras aplicações), 3% em CDBs, 1% em letras

hipotecárias, de crédito agrícola, de crédito imobiliário e 51% não tem nenhum tipo de

investimento. De acordo com a pesquisa, que compara os investimentos com o período de

2005, a variação dos que aplicam em poupança e dos que não tem nenhum investimento foi a

mais significativa. Nesses casos, a poupança em 2005 representava 35% dos investimentos,

tendo uma elevação de 9% em 2011, assim como os que não tinham investimento, onde o

percentual diminuiu 14 pontos, partindo de 65% em 2005 para 51% em 2011. Isso mostra que

uma parcela da população passou a fazer algum tipo de investimento.

Na mesma pesquisa solicitada pela Anbima, intitulada de Radiografia do Investidor,

realizada em maio de 2011 através de entrevista telefônica, dessa vez com 604 pessoas das

classes ABC, obteve-se a radiografia de investidores Pessoas Físicas, focada em um publico

que aplica em fundos de investimentos.

Os investidores em fundo são em sua maioria casados (70%), possuem renda de

R$9.600,00 (55%), idade entre 30 a 49 anos (57%), principalmente da classe A (62%), do

sexo masculino (64%) e com filhos (74%).

Em relação ao público que investe em fundos, 66% aplicam em poupança, 60% em

fundo de previdência, 36% em ações e 32% em CDB. Comparando com a estimativa dos

investidores de maneira geral, é um público que diversifica mais o investimento, talvez por ter

maior renda, maior conhecimento e mais experiência.

Gráfico 8 - Demais aplicações dos investidores em fundos de investimentos

Fonte: Anbima, 2011, elaborado pelo autor

3.3 MONTANTES E RENDIMENTOS DAS APLICAÇÕES FINANCEIRAS

Apesar de a poupança ser o investimento mais conhecido entre os brasileiros, de

acordo com a tabela 2 e gráfico 9 a seguir o maior montante em milhões de reais é referente

aos fundos de investimentos, que apresenta uma crescente desde 2012 até 2014, totalizando

em abril 1.983.269 milhões de reais, seguido pela poupança com R$ 614.986 milhões e

depósito a prazo com R$ 571.957 milhões. Com isso pode-se perceber que, apesar de ter um

grande número de investidores em poupança (conforme destacado no subitem anterior dos

investimentos brasileiros), o montante das aplicações realizadas nesse investimento são

inferiores às dos fundos.

Tabela 2 - Total de Aplicações financeiras dez/2012 a abril/2014

Total de Aplicações financeiras dez/2012 a abril/2014 Estoque R$ milhões

Período Depósito a Caderneta de Fundos de Fundos Fundos de

prazo (1) Poupança investimentos (2) extramercado Ações (3)

dez/12 642.769 496.302 1.786.186 40.926 206.354

jan/13 624.665 500.836 1.836.788 34.353 207.290 fev/13 617.055 505.603 1.852.863 32.526 210.255

mar/13 622.476 513.829 1.864.287 31.864 213.510 abr/13 608.632 518.726 1.877.294 29.088 217.827 mai/13 612.930 526.649 1.895.304 23.683 218.253 jun/13 622.108 538.446 1.880.342 21.997 206.402 jul/13 607.881 550.217 1.904.243 21.976 208.706

ago/13 600.272 557.481 1.914.304 19.095 206.055 set/13 594.786 566.883 1.919.844 18.417 209.991 out/13 589.309 574.251 1.923.553 19.136 215.422 nov/13 583.408 583.729 1.921.603 17.131 213.260 dez/13 587.690 597.943 1.939.384 15.353 213.535

jan/14 584.447 602.795 1.934.332 14.860 200.885 fev/14 581.329 608.108 1.952.954 13.753 198.263

mar/14 578.933 612.912 1.979.747 13.946 202.062

abr/14 571.957 614.986 1.983.269 13.729 202.980

1-Dados referentes ao Art. 1º da Circular nº 2.132 de 6 de fevereiro de 1992.

2-Composto por fundos cambial; curto prazo; renda fixa; multimercado; referenciado; e outros fundos ainda

não enquadrados nas classes instituídas pela Instrução CVM nº 409 de 18 de agosto de 2004.

3- Composto por fundos de investimento em ações, Fundos de Investimento em Títulos e Valores Mobiliários

(FITVM)e Fundos Mútuos de Privatização (FMP-FGTS/FMP-FGTS-CL).

Fonte: Banco Central, 2014a

Gráfico 9 - Total aplicações financeiras

Fonte: Banco Central, 2014, elaborado pelo autor

Comparando-se o montante das mais expressivas aplicações com o rendimento

nominal das aplicações financeiras, percebe-se que os fundos de investimentos (maior

montante aplicado) têm apresentado uma rentabilidade superior às demais rentabilidades de

renda fixa. A caderneta de poupança, segundo investimento com maior montante apresentou

rentabilidade média de 6,8% ao ano.

Tabela 3 - Rendimentos nominais brutos das principais aplicações financeiras

Rendimentos nominais brutos das principais aplicações financeiras %a.m.

Período Poupança (1)

CDB (2) Fundos de

Ouro (5)

Dólar comercial

(5)

Ibovespa (5)

investimento (4)

PJ não financeira

PF Média (3) Extramercado Ações

dez/10 0,64 0,82 0,9 0,83 0,91 7,03 -3,53 -2,91 2,36

Acumulado 2010 6,9 8,72 9,41 8,81 9,52 8,57 32,26 -4,31 1,04

dez/11 0,59 0,88 0,85 0,88 0,91 2,64 -6,59 3,58 -0,21

acumulado 2011 7,45 10,93 10,66 10,92 11,57 -7,16 15,85 12,58 -18,11

dez/12 0,5 0,46 0,5 0,47 0,82 3,23 -6,41 -3,03 6,05

acumulado 2012 6,48 7,75 7,9 7,82 11,99 8,68 15,26 8,94 7,4

dez/13 0,55 0,69 0,73 0,7 0,91 0,06 -2,16 0,76 -1,86

acumulado 2013 6,37 7,7 8,21 7,85 5,08 1,47 -17,35 14,64 -15,5

jan/14 0,61 0,8 0,86 0,82 0,19 -5,41 6,73 3,57 -7,51

fev/14 0,55 0,69 0,69 0,69 1,4 -0,99 2,18 -3,83 -1,14

mar/14 0,53 0,71 0,71 0,71 0,69 2,88 -4,76 -3,02 7,05

abr/14 0,55 0,7 0,72 0,71 0,08 1,15 -2,07 -1,19 2,4

acumulado 2014 2,26 2,94 3,01 2,97 2,38 -2,54 1,71 -4,55 0,23 1/ A rentabilidade, TR+0,5% a.m., refere-se a cadernetas com aniversário no primeiro dia do mês posterior ao assinalado (maior concentração) válido para depósitosrealizados até 3.5.2012.

2/Taxa de captação da Circular nº 2.132 de 6 de fevereiro de 1992, artigo 2º. Taxa média mensal para o período de 30 dias.

3/ Taxa média dos CDB contratados no mês, incluindo os captados junto a investidores institucionais e instituições financeiras.

4/ Rentabilidade média estimada com base nas informações fornecidas pelas instituições financeiras.

5/ Variação em final de período.

Fonte: Banco Central, 2014a

A seguir um comparativo com a rentabilidade dos fundos de investimentos de abril,

acumulada no ano de 2014 e acumulada nos 12 últimos meses. Com essa tabela é possível

verificar um equilíbrio nas rentabilidades dos fundos de renda fixa e uma maior oscilação no

multimercado e ações.

Tabela 4 - Rentabilidade dos fundos de investimento - abril 2014

Rentabilidades dos fundos de investimentos

Tipos Anbima %

mês ano Acumulada *

Curto Prazo 0,82 3,24 9,20 Referenciado DI 0,83 3,29 9,30 Renda Fixa 1,02 3,72 8,60 Renda Fixa Crédito Livre 0,86 3,25 8,70

Renda Fixa Índices 1,73 4,39 0,40

Longand Short - Neutro 1,19 3,10 9,10 Longand Short - Direcional 0,62 1,04 7,00 Multimercados Macro 0,57 0,93 7,30 Multimercados Trading 2,07 3,40 -3,30 Multimercados Multiestratégia 0,64 1,45 7,00 Multimercados Multigestor 0,52 1,02 5,50 Multimercados Juros e Moedas 0,96 3,22 6,60

Multimercados Estratégia Específica 0,97 4,06 13,40 Ações Ibovespa Ativo 0,98 -3,44 -4,30 Ações IBRX Ativo 2,31 -0,68 -3,00 Ações Livre 1,36 -2,72 -1,80 Ações SmallCaps -0,28 -7,00 -13,90 Ações Dividendos 1,63 0,37 -2,70

Ações Sustentabilidade/Governança 2,69 -1,45 -2,00

* Rentabilidade acumulada em 12 meses

Fonte: Anbima, 2014, adaptado pelo autor

3.4 TAXAS DE JUROS

Para futuros investimentos, além de se saber como e onde investir, é importante ter um

conhecimento do comportamento das taxas de juros, que servem como referenciais para

rendimento das aplicações financeiras. A tabela 5 a seguir mostra o comportamento das

principais taxas do mercado. Por ela percebe-se que as maiores taxas acumuladas no ano na

posição de abril/2014 são a Selic (10,87% a.a.) seguida pela CDI (10,77%a.a.), TBF

(9,68%a.a.), TJLP com 5%a.a., terminando com a TR 0,58%a.a.. Ou seja, os rendimentos

baseados na taxa Selic ou CDI são os que estão dando mais retorno no atual momento,

considerando-se as aplicações que utilizam essas taxas como referência.

A taxa Selic – over anual 2014 está em 10,90% a.a. (posição em 06/06/2014) e a Cetip

10,80% ao ano e 1,221160000% a.m. (BM&FBOVESPA, 2014c).

A

Tabela 5 - Taxas de juros efetivas

Taxas de juros efetivas

Período Selic overnight CDI overnight TR TBF TJLP

% a.m. % a.a. % a.m. % a.a. % a.m. % a.a. % a.m. % a.a. % a.m. % a.a.

jan/13 0,6 7,11 0,59 6,93 0 0 0,57 6,74 0,41 5

fev/13 0,49 7,13 0,48 6,96 0 0 0,47 6,83 0,41 5

mar/13 0,55 7,15 0,54 6,99 0 0 0,5 6,46 0,41 5

abr/13 0,61 7,26 0,6 7,1 0 0 0,56 6,6 0,41 5

mai/13 0,6 7,42 0,58 7,25 0 0 0,57 7,08 0,41 5

jun/13 0,61 7,9 0,59 7,72 0 0 0,57 7,48 0,41 5

jul/13 0,72 8,23 0,71 8,05 0,02 0,23 0,68 7,72 0,41 5

ago/13 0,71 8,45 0,7 8,27 0 0 0,65 7,68 0,41 5

set/13 0,71 8,9 0,7 8,72 0,01 0,09 0,66 8,19 0,41 5

out/13 0,81 9,25 0,8 9,16 0,09 1,01 0,77 8,8 0,41 5

nov/13 0,72 9,45 0,71 9,33 0,02 0,26 0,68 8,93 0,41 5

dez/13 0,79 9,9 0,78 9,78 0,05 0,59 0,72 8,99 0,41 5

jan/14 0,85 10,17 0,84 10,05 0,11 1,3 0,79 9,47 0,41 5

fev/14 0,79 10,42 0,78 10,32 0,05 0,68 0,74 9,79 0,41 5

mar/14 0,77 10,65 0,76 10,56 0,03 0,35 0,71 9,79 0,41 5

abr/14 0,82 10,87 0,82 10,77 0,05 0,58 0,74 9,68 0,41 5

Fonte: Banco Central, 2014a

Além da tabela 5 apresentada acima, nas tabelas abaixo estão representadas as

principais taxas não compreendidas nessa tabela (índices e indexadores atualizados de 2014

que servem como base para remuneração dos principais investimentos).

Tabela 6 - IPA 2014

A B C B DEF A B DEF

Mês Do mês %

Acumulado no ano %

Acumulado nos últimos 12 meses % Mês

Do mês %

Acumulado no ano %

Acumulado nos últimos 12 meses %

CDEF B A B CDEF B B

D F B A B D F B BA B

CD F A B CD F A B B

F B B B A F

D F B B D F B B AB

Fonte: Portal de finanças,2014

B

Tabela 7 - IPC-DI de janeiro a maio/2014

IPC-DI FGV INDICE DE PRECO AOCONSUMIDOR

Mês Valor da cotação (%)

mai/14 0,52 abr/14 0,77 mar/14 0,85

fev/14 0,66

jan/14 0,99 Fonte: Banco do Brasil, 2014

Tabela 8 - IGP/FGV de 2014

B DEF C DEF

Mês Do mês %

Acumulado no ano %

Acumulado nos últimos 12 meses % Mês

Do mês %

Acumulado no ano %

Acumulado nos últimos 12 meses %

mai/14 -0,45 2,7499 7,2667 mai/14 -0,13 3,2117 7,8434

abr/14 0,45 3,2143 8,0964 abr/14 0,78 3,3461 7,9837

mar/14 1,48 2,752 7,5476 mar/14 1,67 2,5462 7,3087

fev/14 0,85 1,2534 6,3076 fev/14 0,38 0,8618 5,7677

jan/14 0,4 0,4 5,6224 jan/14 0,48 0,48 5,6729 Fonte: Portal de finanças, 2014

Tabela 9 - IPCA de janeiro a maio/2014

A DEF

Mês Do mês %

Acumulado no ano %

Acumulado nos últimos 12 meses %

mai/14 0,46 3,333 6,3751

abr/14 0,67 2,8598 6,2798

mar/14 0,92 2,1752 6,1531

fev/14 0,69 1,2438 5,6798

jan/14 0,55 0,55 5,5853 Fonte: Portal de finanças, 2014

Tabela 10 - Índices Bovespa -Ibovespa e IBX fevereiro a maio/2014

Ibovespa a vista Índice Brasil -50 a vista

Mês % no mês

% no ano

% últ. 12 meses mês % no

mês % no ano

% últ. 12 meses

mai/14 -0,75 -0,52 -6,21 mai/14 -1,46 -0,72 -1,84

abr/14 2,4 0,23 -7,66 abr/14 2,88 0,75 -1,05

mar/14 7,05 -2,12 -10,54 mar/14 6,82 -2,07 -2,82

fev/14 -1,14 -8,57 -17,99 fev/14 -0,14 -8,33 -8,34 Fonte: BM&FBOVESPA, 2014c

Com essas tabelas apresentadas é permitido a futuro investidor fazer uma comparação

entre os percentuais e buscar um investimento que utiliza o referencial que lhe proporciona o

melhor rendimento. No capítulo a seguir é possível identificar os principais agentes

remuneratórios de cada investimento e como investir.

3.5 CUSTOS DOS INVESTIMENTOS

Normalmente os investimentos envolvem custos, além dos rendimentos, que devem

ser levados em consideração na hora da escolha do investimento. Os custos comumente

encontrados ao fazer uma aplicação são os custos com taxa de administração e de corretagem

já mencionados no capítulo 2. Além desses, alguns investimentos apresentam também

cobrança de imposto de renda (regressivo – que vai reduzindo com o aumento do tempo de

aplicação ou fixo, caso das ações por exemplo). Alguns outros custos não serão alvos de

detalhamento neste subcapítulo.

A taxa de administração é o valor pago pela prestação de serviços de gestão e

administração realizado pela instituição financeira. Normalmente é encontrada nos fundos de

investimento, sendo representada em percentual ao ano (%a.a.) e paga mensalmente. O valor

da taxa varia de investimento para investimento, normalmente sendo mais elevada em

investimentos com estratégias mais complexas (ITAU ASSET MANAGEMENT, 2014). A

taxa de administração incide sobre o total que se aplica e não só sobre o rendimento.

De acordo com a Anbima (2014), a média da taxa de administração cobrada pelos

fundos na categoria varejo medida em abril/2014 pode ser encontrada na tabela a seguir,

sendo a taxa média mais baixa a referente a fundos de renda fixa e a mais alta o de ações.

Tabela 11 - Média taxa de administração dos fundos – abril/2014

C B DEF

E EC ED D D D CE E D

ED

D E D B

EC D

Fonte: Anbima, 2014

Os investimentos que têm a cobrança de imposto de renda sobre rendimento seguem a

tabela a seguir, iniciando com cobrança de 22,5% quando resgatado em menos de seis meses,

passando para 15% quando resgatado após dois anos.

Tabela 12 - Imposto de Renda sobre investimento

Imposto de Renda

Prazo de resgate Imposto sobre rendimento

até 6 meses 22,50%

entre 6 meses a 1 ano 20%

entre 1 a 2 anos 17,50%

acima de 2 anos 15%

Fonte: Banco central, 2014a, elaborado pelo autor

Alguns investimentos apresentam também cobrança de IOF sobre rendimentos quando

resgatados antes de 30 dias, seguindo a tabela apresentada abaixo, começando com 96%

quando resgatado no 1º dia, sendo isento no 30º dia.

Tabela 13 – IOF

IOF

Número de Dias

% Limite do Rendimento

Número de Dias

% Limite do Rendimento

Número de Dias

% Limite do Rendimento

1 96 11 63 21 30

2 93 12 60 22 26

3 90 13 56 23 23

4 86 14 53 24 20

5 83 15 50 25 16

6 80 16 46 26 13

7 76 17 43 27 10

8 73 18 40 28 6

9 70 19 36 29 3

10 66 20 33 30 0

Fonte: Banco Central, 2014a, adaptado pelo autor

Para os investimentos que envolvem taxa de corretagem, a Bovespa sugere uma tabela

de corretagem para cobrança de taxa de acordo com valor investido, conforme apresentado na

tabela a seguir.

Tabela 14 - Tabela de corretagem Bovespa

Tabela de Corretagem Bovespa Volume Financeiro Negociado Taxa de Corretagem

De Até % Adicional Mínimo Máximo

R$ 0,01 R$ 135,07 0,00% R$ 2,70 R$ 2,70 R$ 2,70 R$ 135,08 R$ 498,62 2,00% R$ 0,00 R$ 2,70 R$ 9,97 R$ 498,63 R$ 1.514,69 1,50% R$ 2,49 R$ 9,97 R$ 25,21 R$ 1.514,70 R$ 3.029,38 1,00% R$ 10,06 R$ 25,21 R$ 40,35

R$ 3.029,39 0,50% R$ 25,21 R$ 40,35

Fonte: ADTVN, 2014

Para completar, outro custo encontrado em algumas aplicações é o de custódia. A

custódia é o valor que as instituições cobram para manter os títulos sob seu controle. Em

média é cobrado um valor equivalente a R$ 10,00, mas pode ser maior ou menor dependendo

da corretora.

Antes de se fazer qualquer investimento, é importante comparar os valores cobrados

pelas instituições financeiras, corretoras, distribuidoras para escolher aquela que apresenta os

custos mais baixos a fim de obter rendimentos mais altos, tendo em vista que esses custos

reduzirão o retorno obtido.

3.6 DADOS SOBRE PRINCIPAIS INVESTIMENTOS, POSIÇÃO 2014 (COMO

INVESTIR, TAXAS, RENDIMENTOS, PRAZOS)

A seguir estão destacados os principais investimentos teorizados no capítulo 3 deste

trabalho, mostrando na prática como funciona cada investimento em relação às aplicações,

prazos, rendimentos, impostos, tarifas. Esse capítulo visa apresentar uma base para se fazer a

melhor escolha de acordo com o perfil do investidor levando-se em consideração o prazo, o

retorno que se deseja obter e os riscos dispostos a correr e ter uma consciência dos custos que

cada aplicação exige como desembolso. São apresentados inicialmente os investimentos com

uma renda fixa, partindo para os de renda variável, com consequente elevação de risco.

3.6.1 Titulo de capitalização

Os títulos de capitalização são ofertados pelas Sociedades de Capitalização (SCs).

Características quanto a prazos, rendimentos, valor mínimo e forma de pagamento vão

depender de instituição para instituição. Os pagamentos podem ser mensais ou únicos.

A remuneração mínima vai de 20% dos juros da caderneta de poupança a um

percentual da poupança (FORTUNA, 2008, p. 310). Tem como atrativo os sorteios de valores.

Quanto ao prazo, normalmente possui carência para retirada de recurso, que depende

das Condições Gerais do Título de cada banco. Se retirar antes, perde parte do dinheiro

aplicado.

Tem tributação de imposto de renda.

3.6.2 Caderneta de poupança

A caderneta de poupança é uma forma de poupar dinheiro. Pode ser encontrada em

bancos, sendo que não existe valor mínimo para aplicar.

O rendimento da poupança feito a partir de 2012 é de0,5% ao mês acrescido da TR

quando a taxa Selic for superior a 8,5%. Quando a taxa Selic estiver em 8,5% ou menos ao

ano, a poupança rende 70% da Selic mais a TR. A tabela 15 mostra o rendimento da poupança

de abril a maio de 2014.

Os valores depositados e mantidos em depósito por prazo inferior a um mês não

recebem remuneração (Banco Central, 2014b).

Em relação aos tributos, a poupança é isenta de imposto de renda e IOF (COMO

INVESTIR, 2014c).

É um investimento de baixo risco e garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito até o

valor de R$ 250.000,00 por investidor por instituição financeira.

Tabela 15 - Rendimento poupança – abril a maio 2014

Rendimento poupança – abril a maio 2014

Data Data fim

Depósitos até 03.05.2012 Depósitos a partir de 04.05.2012 (*)

Remunera-ção básica

Remunera-ção adicional

Remunera-ção total

Remunera-ção básica

Remunera-ção adicional

Remunera-ção total

17/04/2014 17/05/2014 0,0289 0,5000 0,5290 0,0289 0,5000 0,5290

18/04/2014 18/05/2014 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,5000 0,5000

19/04/2014 19/05/2014 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,5000 0,5000

20/04/2014 20/05/2014 0,0000 0,5000 0,5000 0,0000 0,5000 0,5000

21/04/2014 21/05/2014 0,0268 0,5000 0,5269 0,0268 0,5000 0,5269

22/04/2014 22/05/2014 0,0664 0,5000 0,5667 0,0664 0,5000 0,5667

23/04/2014 23/05/2014 0,0688 0,5000 0,5691 0,0688 0,5000 0,5691

24/04/2014 24/05/2014 0,0479 0,5000 0,5481 0,0479 0,5000 0,5481

25/04/2014 25/05/2014 0,0529 0,5000 0,5532 0,0529 0,5000 0,5532

26/04/2014 26/05/2014 0,0119 0,5000 0,5120 0,0119 0,5000 0,5120

27/04/2014 27/05/2014 0,0409 0,5000 0,5411 0,0409 0,5000 0,5411

28/04/2014 28/05/2014 0,0796 0,5000 0,5800 0,0796 0,5000 0,5800

Fonte: Banco Central, 2014b

3.6.3 Certificado de depósito bancário (CDB) e Recibo de depósito bancário (RDB)

Para aplicações em CDB e RDB, o investidor pode recorrer a bancos, corretoras ou

distribuidoras.

A aplicação mínima varia de instituição para instituição. Em algumas o investimento

mínimo é de R$ 100,00. No Banco do Brasil, o valor mínimo é de R$ 500,00 para aplicações

no BB CDB DI PARCERIA (sem prazo definido), BB CDB DI (prazo 5 anos) e BB CDB

PRE (prazo de 5 anos). Na Caixa Econômica Federal, o valor mínimo é de R$ 200,00 no CDB

Flex (prazo de 2 a 1800 dias) e nos demais é de R$ 1.000,00, variando no prazo (BANCO DO

BRASIL; CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2014).

O rendimento do investimento costuma ser baseado em taxa de juros estabelecidas na

hora da compra ou percentual do CDI ou da taxa Selic. A rentabilidade é atualizada a cada dia

(COMO INVESTIR, 2014c). Segundo o Portal Brasil (2014), as taxas de rentabilidade

podem ser pré-fixada (definida previamente na aplicação), pós-fixada (definida

posteriormente) ou com taxas flutuantes (proporcionando rendimentos em percentuais do CDI

normalmente, mas também por TR, TJLP e inflação). No caso dos investimentos efetuados

em CDB no Banco do Brasil, a tabela 16 apresenta os rendimentos das aplicações BB CDB

DI e BB CDB DI Parceria em percentual do CDI (BANCO DO BRASIL, 2014)

Tabela 16 - Rendimentos BB CDB DI e CDB DI Parceria

Rendimentos BB CDB DI e CDB DI Parceria

% do CDI Nov. 2013 Dez. 2013 Acumul.

2013 Acumul. 12

meses

81,00% 0,58 0,63 6,49 6,49

83,00% 0,59 0,65 6,65 6,65

88,00% 0,63 0,69 7,07 7,07

92,00% 0,65 0,72 7,4 7,4

97,00% 0,69 0,76 7,81 7,81

100% 0,71 0,78 8,06 8,06 Fonte: Banco do Brasil, 2014

Quanto ao prazo, os CDB/RDBs possuem data de vencimento, que variam conforme o

produto adquirido. Pode haver prazo de carência que, se houver, não é possível solicitar

resgate. Nesse caso, assim que for encerrada a carência é possível resgatar a qualquer

momento.

Em relação a taxas e custos, se adquirido no banco não possui. Diferentemente se for

comprado de corretora, que poderá cobrar taxa de custódia e taxa de corretagem.

É um investimento de baixo risco e garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito até o

valor de R$ 250.000,00 por investidor por instituição financeira.

Sobre impostos, tem cobrança de Imposto de Renda variando de 22,5% a 15%

conforme tabela 12 e IOF (de 96% a zero) conforme tabela 13 apresentadas no subcapítulo

3.5.

3.6.4 Títulos Públicos - Tesouro Direto

a) Titulo público prefixado

Os títulos públicos prefixados LTN e NTN-F, podem ser adquiridos diretamente no

site do Tesouro Direto ou via bancos, corretoras ou distribuidoras.

O investimento inicial varia em torno de R$ 70,00. Na CEF o valor mínimo é 20% do

titulo, ou de aproximadamente 100 reais. No Banco do Brasil, o limite mínimo é de 10% do

valor do título, respeitando o valor mínimo de R$ 30,00 (Banco do Brasil, 2014)

A remuneração é por taxa de juros estabelecida no momento da compra.

Possuem data de vencimento, podendo também ser revendidos no Tesouro Direto às

quartas-feiras, a preço do mercado.

Em relação a taxas e custos, é cobrada taxa de custódia de 0,30% ao ano. Também

pode ser cobrada taxa pela instituição intermediadora, que varia de zero a 2% a.a. No BB é de

0,5% a.a. e na Caixa 0,40% a.a.

Sobre impostos, tem cobrança de Imposto de Renda variando de 22,5% a 15%

conforme tabela 12 e IOF (de 96% a zero) conforme tabela 13 apresentadas no subcapítulo

3.5.

b) Título público pós-fixado

Os títulos públicos pós-fixados – LFT e títulos públicos de inflação NTN-B, podem

ser adquiridos diretamente no site do Tesouro Direto ou via bancos, corretoras ou

distribuidoras.

O investimento inicial para LFT varia em torno de R$ 600,00 e para NTN-B a partir

de R$ 60,00 aproximadamente (COMO INVESTIR, 2014c).

A remuneração para a LFT é pela variação da taxa Selic. Já para a NTN-B é a taxa de

juros estabelecida na hora da compra mais a variação da inflação.

Possuem data de vencimento, podendo também ser revendidos no Tesouro Direto as

quartas-feiras, a preço do mercado.

Em relação a taxas e custos, é cobrada taxa de custódia de 0,30% ao ano. Também

pode ser cobrada taxa pela instituição intermediadora, que varia de zero a 2% a.a.

Sobre impostos, tem cobrança de Imposto de Renda variando de 22,5% a 15%

conforme tabela 12 e IOF (de 96% a zero) conforme tabela 13 apresentadas no subcapítulo

3.5.

3.6.5 Previdência Privada

a) PGBL – Plano gerador de benefícios livres

A forma de pagamento do benefício do aplicador dependerá da modalidade de renda

contratada (renda mensal vitalícia, temporária, vitalícia com prazo mínimo garantido, vitalícia

reversível ao beneficiário, vitalícia reversível ao cônjuge com continuidade aos menores e

renda mensal por prazo certo).

A remuneração do plano é por taxa de juros, variando de 0 a 6% e índice de

atualização de preço (SUSEP, 2014).

Esse plano é indicado para quem faz contribuição ao INSS e declaração de imposto de

renda completo, uma vez que as contribuições podem ser deduzidas do imposto de renda até o

limite de 12% no cálculo da declaração anual do imposto.

Em relação à tributação, incide imposto de renda sobre o valor total resgatado, que

incluir a contribuição e rentabilidade (Susep, 2014). Já em relação às taxas, existe a de

carregamento que, para os planos com contribuição variável é de no máximo 10% da

contribuição e para planos com beneficio definido de no máximo 30% da contribuição. Os

planos PGBL são estruturados na modalidade Contribuição Variável, sendo o carregamento

nesse caso equivalente a no máximo 10%.

O prazo para pedido de resgate ou portabilidade deve obedecer a carência de no

mínimo 60 dias e no máximo 24 meses para resgate total, 60 dias a 6 meses para resgate

parcial e 60 dias para portabilidade.

b) FAPI – Fundo de aposentadoria programada individual

É um fundo resgatado de uma só vez, diferente do PGBL que existem diversas

modalidades.

Em relação aos impostos, há cobrança de imposto de renda sobre os ganhos e não

sobre o total.

3.6.6 LCI – Letras de crédito imobiliário

A compra pode ser feita em bancos, corretoras e distribuidoras autorizadas pelo Banco

Central.

O investimento inicial varia de acordo com a instituição. Em algumas o valor inicia

em R$ 1.000,00. (COMO INVESTIR, 2014c)

O rendimento também varia, mas costuma ser por taxa de juros estabelecida na

compra ou percentual da Selic ou do CDI (COMO INVESTIR, 2014c). As LCIs podem ser

pós ou prefixadas.

Quanto ao prazo, possuem data de vencimento que varia conforme o produto

adquirido. Pode haver prazo de carência que, se houver, não é possível solicitar resgate. Nesse

caso, assim que for encerrada a carência é possível resgatar a qualquer momento (COMO

INVESTIR, 2014c). Segundo o Banco do Brasil (2014), o resgate pode ocorrer a partir do

primeiro dia útil após a carência de 60 dias.

Em relação a taxas e custos, se adquirido no banco não possui. Diferentemente se for

comprado de corretora, que poderá cobrar taxa de custódia e taxa de corretagem.

Sobre impostos, são isentas de Imposto de Renda e IOF reduzida à zero.·.

É um investimento de baixo risco e garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito até o

valor de R$ 250.000,00.

3.6.7 Letras Hipotecárias

São emitidos por instituições financeiras autorizadas a conceder créditos hipotecários,

caracterizado por ser renda fixa e com baixa liquidez.

O investimento inicial costuma ser alto. Na Caixa Econômica Federal o valor mínimo

é de aproximadamente R$ 20.000,00.

O rendimento varia, podendo ser por juros prefixados, flutuantes e pós-fixados em TR,

TBF, TJLP ou atrelada a algum índice, como o CDI. Quanto maior o prazo, maior a

rentabilidade. O risco é o risco do emissor, caso quebre e não possa pagar os valores.

Prazo mínimo de 180 dias e prazo máximo de acordo com o vencimento dos créditos

hipotecários. Se resgatado antes não tem rentabilidade (FORTUNA, 2008, p. 180).

Em relação à tributação, não tem imposto de renda sobre o ganho de capital das

aplicações realizadas por pessoa física nem IOF. (FORTUNA, 2008, p. 180).

A

É uma operação garantida pelo fundo garantidor de crédito (YNVESTIMENTO,

2014).

3.6.8 Debêntures

Podem ser adquiridas através de bancos, corretores e distribuidoras.

O investimento inicial varia, mas normalmente é a partir de R$ 1.000,00.

A remuneração também varia, mas costuma ser pela taxa de juros estabelecida na hora

da compra mais a variação da inflação, ou percentual do CDI ou da taxa Selic.

Quanto ao prazo, possuem data de vencimento, mas podem ser vendidas no mercado a

qualquer momento a preços de mercado.

Em relação às taxas e custos, podem ser cobradas taxa de custódia e taxa de

corretagem pela instituição que faz a intermediação da negociação.

Sobre impostos, tem cobrança de Imposto de Renda variando de 22,5% a 15%

conforme tabela 12 e IOF (de 96% a zero) conforme tabela 13 apresentadas no subcapítulo

3.5.

3.6.9 Ouro

O investimento em ouro é comumente realizado na Bolsa de Valores, principalmente

por ser mais seguro. As compras acontecem através das corretoras ou instituições financeiras

autorizadas. O investidor não precisa receber as barras, podendo apenas negociar os contratos

e manter o metal com o custodiante.

O preço do ouro é dado pela variação do preço do dólar no mercado flutuante e do

preço do metal da Bolsa de Nova York. A cotação do dia 18/06/2014 de 1g de ouro fechou na

Bovespa no valor de R$ 91,50 (BM&FBOVESPA, 2014e). “A negociação mínima é de um

contrato, que pode ser o lote-padrão de 250g ou os contratos fracionários de 10g e de 0,225g,

que têm preços mais acessíveis, mas têm menor liquidez” (YAZBECK, 2014). Nesse caso, o

contrato mínimo de 250g sairia por R$ 22.875,00. Assim como as ações, o contrato pode ser

negociado na bolsa através de compra e venda.

Como custos, assim como os investimentos em ações, o investimento em ouro tem as

taxa de corretagem, de custódia e de seguro para transporte (no caso de retirada de barras de

ouro).

B

O imposto de renda segue a mesma linha do investimento em ação (15% fixo), sendo

isento para o valor total de venda até R$ 20.000,00 em um único mês, isso quando negociado

como ativo financeiro. Essa isenção não é válida para compra de ouro no mercado à vista,

quanto há a entrega física do metal (SANDRINI, 2014).

3.6.10 Ações

As ações de uma empresa S.A. podem ser encontradas nas Bolsas de Valores ou no

mercado de balcão (sociedades corretoras de valores ou de mercadorias, as distribuidoras e os

bancos de investimento).

O rendimento das ações depende do tipo de aplicação realizada, do comportamento

das ações, dos fatores macroeconômicos, na oferta e demanda dos papéis, entre outros. Cabe

ao investidor acompanhar a aplicação e decidir quando/quanto vender e quando/quanto

comprar a fim de obter o resultado esperado.

Em relação ao prazo, não existe um prazo mínimo ou máximo para a compra ou venda

de ações. Uma ação pode ser comprada e vendida num mesmo dia, por exemplo (day trade).

Também não existe um valor mínimo para investir em ações, mas como existem

diversos custos na aplicação em ações, cabe ao investidor analisar se vale à pena investir em

ações considerando os custos no investimento (BM&FBOVESPA, 2014d). Por exemplo, se

investe 100 reais em ações e escolhe uma corretora que cobra 15 reais de custódia e 10 reais

de taxa de corretagem, para valer a pena o rendimento terá que ser superior a 25 reais, ou seja,

25% num mês.

Em relação aos impostos, como regra geral, o IR sobre ganhos com ações é de 15%

(ganho é a diferença do valor de compra e venda), sendo cobrado na saída do rendimento. Se

o investidor vender menos que R$20.000,00 em ações num determinado mês, seus ganhos

deste período serão isentos de IR (BM&FBOVESPA, 2014d).

Em relação às taxas, de acordo com BM&FBOVESPA (2014b), as taxas comumente

cobradas são as taxas de corretagem e de custódia, que vão depender da corretora/banco. A

taxa de corretagem é o valor cobrado pelo acesso ao mercado, podendo ser uma porcentagem

da operação realizada ou um valor fixo. A taxa de custódia é o valor cobrado mensalmente

pela guarda das ações pela Bolsa e pelos serviços oferecidos pela corretoras/bancos.

Dependendo da instituição contratada, essa taxa pode ser até gratuita.” (PORTAL DO

INVESTIDOR, 2014).

Segundo o Portal do Investidor (2014) também existem emolumentos cobrados pelas

entidades em que os ativos são negociados, emolumentos da BM&FBOVESPA e custos do

processo de liquidação. No caso dos mercados de opções e a termo também pode ter cobrança

de taxa de registro da operação (PORTAL DO INVESTIDOR, 2014). Segundo o Portal, essas

taxas são cobradas dos intermediários, que podem ou não repassá-las ao investidor. As tabelas

com as taxas e custos podem ser consultadas nas intermediadoras das ações.

3.6.11 Fundos de Investimentos

Podem ser adquiridos através de bancos, corretoras e distribuidoras. O valor mínimo

de aplicação depende da instituição e do tipo de fundo que se deseja adquirir, assim como o

rendimento e prazo. Possuem normalmente taxa de administração para remunerar o gestor dos

fundos, além de poderem ter taxa de performance.

Sobre impostos, tem cobrança de Imposto de Renda variando de 22,5% a 15%

conforme tabela 12 e IOF (de 96% a zero) conforme tabela 13 apresentadas no subcapítulo

3.5 e um come-cotas (COMO INVESTIR, 2014c). O come-cotas é uma espécie de

adiantamento obrigatório do imposto de renda, que ocorre sempre no último dia dos meses de

maio e novembro e tem esse nome por diminuir a quantidade de cotas total. Para os fundos de

ações não existe o come-cotas, sendo o imposto de renda recolhido no resgate da aplicação.

Nos fundos de longo prazo é de 15% e de curto prazo 20% (YNVESTIMENTO, 2014). Ao

incidir o imposto de renda sobre o rendimento, o imposto já retido no come-cotas é

descontado.

Não são garantidos pelo fundo garantidor de crédito (FGC).

A seguir estão apresentados os principais tipos de fundos de investimentos e um

ranking dos principais fundos de 2013. Alguns fundos apresentados a seguir apresentam

informações complementares também.

a) Fundos de renda fixa

Podem ser adquiridos através de bancos, corretoras e distribuidoras. O valor mínimo

de aplicação depende da instituição. Algumas exigem no mínimo R$ 100,00.

A remuneração não é conhecida de antemão. Dependerá dos ativos de renda fixa que

estiverem na carteira do fundo. (COMO INVESTIR, 2014c).

Quanto ao prazo, os fundos não tem data de vencimento. Pode haver prazo de carência

que, se houver, não é possível solicitar resgate. Pode haver prazo entre o pedido de resgate e

sua efetivação.

Em relação a taxas e custos, têm taxa de administração que remunera os responsáveis

pela gestão dos fundos.

Sobre impostos, tem cobrança de IOF e IR conforme acima apresentada e um come-

cotas, nos meses de maio e novembro há tributação de 15% como antecipação do IR devido.

Os melhores fundos de renda fixa de 2013 podem ser encontrados na figura a seguir,

que informa o nome dos fundos/instituição, categoria, rentabilidade, investimento mínimo e

taxa de administração. Pode servir como referencia caso se deseje fazer aplicação nesse tipo

de fundo.

Tabela 17 - Ranking dos melhores fundos de 2013 de renda Fixa

Fonte: Exame, 2014b

b) fundos DI e curto prazo

Os fundos DI costumam seguir a variação diária das taxas de juros (Selic/DI) e se

beneficiam com o cenário de alta de juros. São de baixo risco de crédito.

Os fundos de curto prazo podem ser de renda fixa, pós ou prefixados e a rentabilidade

está atrelada a taxa de juros (SELIC ou CDI).

O prazo médio da carteira é de no máximo 60 dias e investe em papeis com prazo

máximo de 365 dias, sendo considerados de curtíssimo prazo e conservadores, por suas cotas

serem menos sensíveis às oscilações da taxa de juros (AGORA CORRETORA, 2014).

Os fundos de curto prazo têm incidência de Imposto de renda, sendo de 22,5% para

resgate até 6 meses e 20% para resgates com prazo superior a 6 meses. (BANCO DO

BRASIL, 2014).

Os melhores fundos DI e curto prazo de 2013 podem ser encontrados na figura a

seguir, que informa o nome dos fundos/instituição, categoria, rentabilidade, investimento

mínimo e taxa de administração. Pode servir como referência caso se deseje fazer aplicação

nesse tipo de fundo.

Tabela 18 - Ranking dos melhores fundos de 2013 -fundos DI e curto prazo

Fonte: Exame, 2014b

c) fundos de multimercado

Seguem as características informadas na introdução geral sobre fundos. Costumam ser

fundos mais arriscados.

Os melhores fundos de “multimercado” de 2013 podem ser encontrados na figura a

seguir, que informa o nome dos fundos/instituição, categoria, rentabilidade, investimento

mínimo e taxa de administração. Pode servir como referência caso se deseje fazer aplicação

nesse tipo de fundo.

Tabela 19 - Ranking 2013 dos melhores fundos multimercado

Fonte: Exame, 2014b

d) fundo de ações indexado

O fundo de ações tem imposto de renda fixo em 15%. Assim como multimercado, são

fundos com maior risco.

Os melhores fundos de “ações indexado” e “ações ativo” de 2013 podem ser

encontrados nas tabelas a seguir, que informa o nome dos fundos/instituição, categoria,

rentabilidade, investimento mínimo e taxa de administração. Pode servir como referência caso

se deseje fazer aplicação nesse tipo de fundo.

Tabela 20- Ranking dos melhores fundos de 2013 de ações indexado

Fonte: Exame, 2014b

Tabela 21 - Ranking dos melhores fundos de 2013 de ações ativo

Fonte: Exame, 2014b

3.7 COMPARAÇÃO DE RENDIMENTOS RENDA FIXA

Como visto nos subcapítulos anteriores, os investimentos em renda fixa possuem

remunerações similares, podendo variar de um para o outro de acordo com a taxa ou índice de

referência, prazos e custos com impostos e taxas. Para se ter uma ideia de qual investimento é

mais rentável, o site da Exame (2014a) disponibiliza uma calculadora criada pelo professor

Samy Dana da FGV, que faz uma comparação dos investimentos mais seguros, podendo ser

encontrada no site http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/ferramentas/comparativo-de-

rentabilidades/.

Fazendo uma simulação de investimento em renda fixa, ao aplicar R$ 500,00,

1.000,00 e 10.000,00 (apresentadas nas tabelas abaixo) pelos prazos de 6, 12, 24 e 60 meses, a

poupança antiga é o melhor investimento nos dois primeiros períodos (6 e 12 meses).

Considerando-se que não é mais possível aplicar na poupança antiga, dos investimentos

vigentes o melhor investimento em todos os períodos é o investimento em tesouro direto.

Seguido pelo investimento em CDB, nova poupança e, por fim, fundos DI.

Quando aplicados valores baixos, a diferença entre os rendimentos não é tão

significativa, passando a aumentar com o aumento dos valores das aplicações. Por exemplo,

comparando-se os investimentos em tesouro direto e fundos DI nas aplicações de R$ 1.000,00

e R$ 10.000,00, a diferença chega a quase 100 reais e 1.000,00 respectivamente.

Tabela22 - Comparação investimento renda fixa - R$ 500,00

* Poupança antiga: depósitos feitos até 03/05/2012, rentabilidade de 0,5% ao mês mais TR * Nova poupança: Depósitos feitos a partir de 04/05/2012. Obedecendo as novas regras * Investimento em Letras Financeiras do Tesouro (LFT), títulos remunerados pela taxa Selic por meio de uma corretora que não cobre taxa de administração

Fonte: Exame, adaptado pelo autor, 2014a

Tabela23 - Comparação investimento renda fixa - R$ 1.000,00

* Poupança antiga: depósitos feitos até 03/05/2012, rentabilidade de 0,5% ao mês mais TR * Nova poupança: Depósitos feitos a partir de 04/05/2012. Obedecendo as novas regras * Investimento em Letras Financeiras do Tesouro (LFT), títulos remunerados pela taxa Selic por meio de uma corretora que não cobre taxa de administração

Fonte: Exame, adaptado pelo autor, 2014a

Tabela 24- Comparação investimento renda fixa - R$ 10.000,00

* Poupança antiga: depósitos feitos até 03/05/2012, rentabilidade de 0,5% ao mês mais TR * Nova poupança: Depósitos feitos a partir de 04/05/2012. Obedecendo as novas regras * Investimento em Letras Financeiras do Tesouro (LFT), títulos remunerados pela taxa Selic por meio de uma corretora que não cobre taxa de administração

Fonte: Exame, adaptado pelo autor, 2014a

4 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÃO

4.1 CONCLUSÃO

Um bom retorno é o que todos procuram ao fazer algum investimento. Normalmente

quanto maior o retorno, melhor será o rendimento. O que alguns não levam em consideração é

que, ao se tomar a decisão de investimentos, diversos fatores além do retorno devem ser

levados em consideração, como riscos, custos, prazos, etc.

Antes de fazer qualquer investimento, o futuro investidor deve fazer uma análise do

seu perfil, para verificar o quanto está disposto a correr de riscos, qual o retorno que deseja, o

prazo do investimento, entre outros. Um investimento em desacordo com o seu perfil, gerará

frustração no resgate do recurso, tendo em vista que, dependendo da aplicação realizada, o

retorno poderá ser menor que o valor aplicado, ou seja, poderá ter perda do que aplicou.

O perfil do investidor é normalmente dividido em conservador, aquele que não está

disposto a correr riscos e deseja manter seu patrimônio, estando disposto a ter rendimentos

mais baixos; moderado, composto por pessoas dispostas a correr certos riscos, mas sem por

em risco boa parte de seu patrimônio (nesse caso, a composição dos investimentos pode ser

em maior parte de ativos e renda fixa e uma fatia menor em renda variável); e arriscado ou

agressivo, aquele que está disposto a correr riscos para obter maiores retornos (normalmente

investem mais em renda variável, como ações).

Além de se saber o perfil do investidor, o aplicador deve saber qual o objetivo ao fazer

um investimento, ou seja, se deseja guardar para ter segurança, ou se deseja viajar, aplicar

para compra de casa, casar, estudar, ou se deseja aplicar para obter rendimentos. Depois de

percebido o objetivo, deve saber qual o prazo que está disposto a deixar o dinheiro aplicado.

Quando descoberto o perfil, os objetivos e os prazos, cabe ao futuro investidor analisar

os investimentos disponíveis no mercado e qual aquele que se encaixa ao seu perfil. Dados

como riscos (normalmente as instituições financeiras já apresentam a variação dos riscos de

seus investimentos – baixo, médio, alto), rentabilidade (forma de remuneração – taxas,

indexadores, índices, etc.), prazos, custos (taxas de administração, de performance, custódia,

corretagem, impostos, etc.) devem ser analisados. Esses dados variam de instituição para

instituição, cabendo ao investidor destacar as instituições que confia mais e comparar as

variáveis destacadas anteriormente. Quanto menor os custos e taxas, melhor será o retorno

(considerando nesse caso que as remunerações sejam iguais – taxas, índices, etc.) já que terá

menos desconto dessas obrigações.

Os principais investimentos preferidos pelos brasileiros são a poupança, títulos de

capitalização, ficando em menor número os investimentos em imóveis, CDB, fundos

(desconsiderando os que deixam o dinheiro em conta corrente). Já os que aplicam em fundos

também aplicam em um maior percentual em ações, CDBs, e previdências.

A ausência de aplicações em outros tipos de investimentos pode ser causada ou pela

falta de informação, já que de acordo com as pesquisas apresentadas muitos têm pouco

conhecimento sobre os investimentos (conhecimento maior em poupança) ou pela falta de

planejamento ou recurso financeiro disponível, conforme apresentado no trabalho.

Apesar de o investimento principal ser em poupança, foi possível constatar que o

maior montante das aplicações está presente nos fundos de investimentos. Talvez porque

quem aplique em fundos sejam pessoas com maior conhecimento e maior disponibilidade

financeira, podendo assim aplicar montantes maiores em outros investimentos.

Apesar da preferência pela poupança, foi percebido pelo estudo que existem outros

investimentos que apresentam riscos semelhantes à poupança (CDB, títulos públicos,

previdência), divergindo muitas vezes em prazos e alguns custos extras, como taxa de

administração e imposto de renda. Esses investimentos, entretanto, possuem uma taxa pouca

coisa superior à poupança atualmente (de acordo com tabela que apresenta comparação das

taxas utilizadas para remuneração de investimentos). Investimentos atrelados a taxa Selic são

favorecidos quando a taxa é maior. Existem alguns sites que fazem comparação dos

investimentos de renda fixa. Caso o investidor queira saber se vale à pena trocar o

investimento, existem calculadoras financeiras disponíveis que podem ser consultadas.

Os fundos de investimentos são outra forma de aplicação, geridos por pessoas com

conhecimento do mercado. Caso o investidor queira diversificar o investimento, tenha pouco

recurso para aplicar e não tenha conhecimento do mercado, os fundos de investimentos são

uma boa forma de se aplicar. Eles podem ser principalmente de renda fixa, curto prazo,

referenciados, multimercados e ações. Os fundos de ações apresentam rendimentos variáveis e

são de alto risco, porém, conforme dito anteriormente, caso o investidor queira a

diversificação, é uma boa alternativa, principalmente por ter a gestão e estratégia definidas

por pessoas capacitadas.

Com o estudo, foi possível observar que investidores com pouco recurso para aplicar,

mesmo que sejam considerados arrojados, terão mais dificuldade de obter bons retornos se

aplicarem em rendas variáveis (ações, por exemplo) tendo em vista que os custos para aplicar

em ações são altos se aplicado em baixa quantia. Além disso, ao se investir em ação é

recomendado um conhecimento mais aprofundado no mercado financeiro, para acompanhar

A

as oscilações da bolsa e tomar as melhores decisões de compra e venda de ações. Deve-se

estar atento às informações sobre o mercado financeiro. Informações sobre cotações, maiores

altas, maiores baixas, análise de empresa, projeções, análises gráficas, riscos, entre outros,

podem ser encontradas nas instituições financeiras e na Bolsa de valores, no site

www.bmfbovespa.com.br.

Este estudo teve o objetivo de dar um apanhado geral sobre os investimentos,

mostrando o que vem a ser cada investimento e as principais características, mostrando onde

investir, quais impostos, rendimentos, taxas, etc. Apesar apresentar os principais

investimentos, foram mais detalhados os investimentos com risco baixo a moderado,

principalmente os de renda fixa, tendo em vista o perfil do investidor brasileiro e aquele com

menos recursos para aplicar, que não podem ou não querem perder o valor investido.

Uma boa análise do perfil do investidor e dos melhores investimentos permite ao

futuro investidor aplicar em algo que lhe dê retorno com os riscos que ele está disposto a

correr. Isso faz com que não exista decepção com suas aplicações, uma vez que ele já sabe

qual poderá ser o rendimento e qual será o risco para obter aquele retorno. Se o investidor

deseja bons rendimentos, comumente eles estão vinculados a operações mais arriscadas, que

podem gerar o que se almeja ou pode retornar valores inferiores. Se deseja segurança e

liquidez, pode recorrer a aplicações menos arriscadas, que darão retorno garantido.

Diante disso, toda e qualquer decisão é cabida ao investidor, que deve ter ao menos

noção do que deseja e o que está disposto a ganhar ou perder para, por fim, escolher o que lhe

é mais adequado.

4.2 RECOMENDAÇÃO

Ao se fazer a pesquisa, foram encontrados dados divergentes entre um autor e outro,

sendo selecionados alguns que apresentavam ideias similares. Caso deseje-se saber mais sobre

os investimentos, recomendo selecionar o investimento almejado e fazer uma pesquisa mais

aprofundada para obter maiores detalhes sobre o assunto. Também sugiro um estudo mais

aprofundado sobre educação financeira, a fim de saber como gastar e poupar para

posteriormente fazer suas aplicações.

B

REFERÊNCIAS

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ANEXO I

Questionário perfil do investidor – API Banco do Brasil (2007) 1-Qual a sua idade? a) Abaixo de 25 anos. b) De 25 a 40 anos. c) De 41 a 55 anos. d) Acima de 56 anos. 2-Quantas pessoas dependem de você financeiramente? a) Nenhuma. b) Um dependente. c) Dois dependentes. d) Três ou mais. 3-Seus investimentos representam que percentual do total de seu patrimônio? a) Até 25%. b) Entre 26% e 50%. c) Entre 51% e 75%. d) Mais de 75%. 4- Qual o prazo disponível para as suas aplicações? a) Indefinidamente, pois não tenho planos para sua utilização. b) No máximo 5 anos. c) No máximo 2 anos. d) No máximo 1 ano. 5-Qual o principal objetivo de seus investimentos? a) Obter rentabilidade superior à proporcionada por investimentos tradicionais de renda fixa, mesmo assumindo risco de possíveis perdas. b) Diversificar seus investimentos. c) Formar uma poupança para utilização futura. d) Preservar seu patrimônio.

6-Qual a sua melhor referência de rentabilidade? a) Índices das Bolsas de Valores. b) Dólar. c) CDI. d) Poupança. 7- Quais são as aplicações financeiras em que você tem maior experiência: a) Fundos de Ações, Ações ou derivativos. b) Fundos Múltiplos ou cambiais e demais fundos de renda Fixa. c) CDB, poupança e fundos DI. d) Não tenho experiência. 8- Qual sua opinião em relação a seguros? a) Não compra. b) Somente compra quando é extremamente necessário, não faz mal correr risco. c) Compra conforme a necessidade, afinal nem sempre o risco é grande. d) Sempre contrata, segurança nunca é demais. 9- Você já investiu em ações ou fundo de ações? a) Sim, pois investimentos de risco me atraem muito. b) Sim, mas com muito receio. c) Não, mas poderia investir num momento oportuno. d) Não, e não pretendo investir nunca, pois não me agrada a ideia de estar sujeito a rentabilidade negativa. 10- Caso sua aplicação tenha perda no curto prazo, qual seria o percentual de perda aceitável? a) Acima de 15%. b) Até 15%. c) Até 5%. d) Não aceitaria perda. Pontuação a = 3 – Arrojado b = 2 – Moderado c = 1 – Conservador d = 0 – Muito Conservador Resultado Abaixo de 14 Conservador De 15 até 21 Moderado Acima 22 Arrojado