O Peso Das Agências de Notícias No Jornalismo Atual Ivo Neves Mónica Monteiro

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Mestrado em Ciências da Comunicação Ramo de Estudos dos Média e do Jornalismo Docente: Helena Lima O peso das agências de notícias no jornalismo atual Discentes: Ivo Neves Mónica Monteiro janeiro 2015 Índice

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O Peso Das Agências de Notícias No Jornalismo Atual Ivo Neves Mónica MonteiroMónica Monteiro

Transcript of O Peso Das Agências de Notícias No Jornalismo Atual Ivo Neves Mónica Monteiro

  • Mestrado em Cincias da Comunicao

    Ramo de Estudos dos Mdia e do Jornalismo

    Docente: Helena Lima

    O peso das agncias de notcias no jornalismo atual

    Discentes:

    Ivo Neves

    Mnica Monteiro

    janeiro

    2015

    ndice

  • 2

    Resumo

    Abstract

    1. Introduo 4

    2. Reviso da Literatura 6

    2.1 O que so as fontes de informao? 6

    2.1.1 Sntese da classificao das fontes por Schmitz 6

    2.1.2 Categoria 7

    2.1.2 Grupo 8

    2.1.3 Ao 9

    2.1.4 Crdito 10

    2.1.5 Qualificao 10

    2.2 Relao entre os jornalistas e as fontes 11

    2.3 Existe uma crise no jornalismo? 12

    2.4 Agncias noticiosas 13

    2.4.1 Agncia Lusa 14

    2.4.2 As agncias noticiosas como fontes de informao 15

    3. Anlise e Resultados 18

    4. Concluses 38

    5. Bibliografia 39

    6. Anexos 41

    6.1 Lista de tabelas 42

  • 3

    Resumo

    O jornalismo em Portugal enfrenta atualmente um constante emagrecimento das

    redaes. cada vez mais frequente ver-se rgos de comunicao social portugueses

    difundirem informaes geradas pelas agncias noticiosas ou por outros rgos de

    informao.

    Com o presente estudo pretendemos analisar o peso das agncias de notcias no

    jornalismo atual e a que tipo de fontes e atravs de que meios recorrem os rgos de

    comunicao social portugueses para a construo das suas notcias. Para o efeito,

    elabormos uma anlise qualitativa com fundamento terico baseado em obras de

    autores, e uma anlise quantitativa baseada na anlise dos contedos online (sites) de

    dois jornais dirios portugueses: Correio da Manh e Dirio de Notcias.

    Palavras-chave: Agncias de notcias; fontes de informao; jornalismo

    Abstract

    Journalism in Portugal is currently facing a steady weight loss of essays. It is

    increasingly common to see portuguese media disseminate information generated by

    news agencies or other bodies of information.

    With this study we intend to analyze the weight of news agencies in the current

    journalism and what kind of sources and by what means use the portuguese media for

    the construction of their news. To this end, we developed a qualitative analysis with

    theoretical foundation based on works of authors, and a quantitative analysis based on

    the analysis of online content (sites) of two portuguese newspapers: Correio da Manh

    and Dirio de Notcias.

    Key-words: News agencies; information sources; journalism

  • 4

    1. Introduo

    Assistimos atualmente a um constante emagrecimento das redaes. Os

    despedimentos na Controlinveste em 2013 so um retrato desta realidade que acaba por

    fazer com que seja cada vez mais frequente vermos os rgos de comunicao social

    difundirem informaes geradas pelas agncias noticiosas ou por outros rgos de

    informao. So imensas as notcias que hoje em dia vemos com assinatura da Lusa, de

    outras agncias noticiosas, ou at de outros rgos de comunicao. desta impresso

    emprica que surge a questo principal do nosso estudo: O empobrecimento das

    redaes leva a uma maior difuso das notcias provenientes das agncias noticiosas?.

    O problema desta prtica est no fato de no haver tratamento e verificao das

    informaes provenientes das agncias noticiosas, que se propagam a todos os rgos

    de comunicao social, os quais se citam mutuamente. Bianco (2005, p.161) resume

    esta ideia referindo que todos [os OCS] bebem da mesma fonte na hora de compor seu

    noticirio, reproduzindo o mesmo discurso. Muito da tendncia homogeneizao

    deve-se ao comportamento dos jornalistas de atriburem maior grau de credibilidade s

    agncias de notcias oriundas da mdia tradicional.

    Cesareo explica as diferenas entre as agncias noticiosas e as fontes: as

    agncias apresentam-se como empresas especializadas, inerentes ao sistema de

    informao, e executam um trabalho que j de confeo, enquanto as fontes estveis,

    qualquer que seja a sua natureza, pertencem sobretudo instituio de que so a

    expresso e, na maior parte dos casos no se dedicam exclusivamente produo de

    informao (apud Wolf, 1999).

    Neste contexto de apurar o papel das agncias nas redaes, a sua influncia e o

    tipo de fontes que utiliza surgiram questes adicionais orientadoras do presente estudo

    de caso e que devem resultar numa resposta mesma:

    I. Qual a quantidade de contedos provenientes da agncia Lusa?

    II. Qual a quantidade de contedos provenientes de agncias internacionais?

    III. Qual a quantidade de contedos provenientes de outros rgos de comunicao

    social?

    IV. A produo noticiosa prpria mais relevante em termos quantitativos?

    V. Qual a quantidade de contedos informativos com recurso a outros rgos como

    fonte?

  • 5

    VI. Qual a quantidade de contedos informativos sem recurso a fontes?

    VII. Qual o peso das editorias na produo de notcias prprias?

    partida encontram-se algumas hipteses que respondem questo eminente

    apresentada neste estudo de caso. I. As notcias provenientes da Lusa tm um grande

    peso na informao que difundida pelos OCS portugueses. II. As notcias que

    comeam por ser difunididas pela Lusa, so posteriormente difundidas pelos OCS que

    se vo citando mutuamente, criando um ciclo de informao com fontes repetidas e no

    verificadas. III. As editorias internacionais no tm, praticamente, produo prpria.

    A metodologia que pretendemos utilizar no presente trabalho o estudo de caso,

    que se debrua sobre as fontes utilizadas por dois jornais dirios portugueses: Dirio de

    Notcias e Correio da Manh. O presente estudo de caso tem como base a anlise

    quantitativa de contedo, atravs da construo de vrias tabelas de anlise para a

    recolha de dados, e qualitativa na interpretao e enquadramento dos resultados.

    Uma vez que seria impossvel analisar os OCS portugueses na sua totalidade no

    tempo de estudo proposto, escolhemos dividir esta anlise em duas semanas: de oito a

    14 de dezembro e de 15 a 21 de dezembro de 2014 (perodo sem enviesamentos). Na

    primeira semana foram analisados diariamente 12 destaques da pgina inicial do site de

    ambos os dirios, seis destaques s 11h e outros seis pelas 23h, em cada um dos OCS, o

    que faz um total de 24 notcias por dia, sem excluir nenhuma editoria ou gnero

    jornalstico. Na segunda semana a anlise debruou-se sobre as editorias nacionais e

    internacionais de cada um dos dois jornais (Dirio de Notcias e Correio da Manh).

    Foram analisados trs destaques da editoria Portugal e trs destaques das editorias

    Mundo e Globo, em cada dirio, s 11h e s 23h, fazendo um total de 24 notcias

    dirias.

  • 6

    2. Reviso da Literatura

    2.1 O que so as fontes de informao?

    As notcias acontecem a cada segundo, ou porque algum nasce, ou porque

    algum morre, ou porque algum ganha um prmio, ou porque algum foi preso, e o

    papel dos jornalistas dar essas informaes ao pblico. O problema est no fato de os

    jornalistas, mesmo de meios pequenos no estarem sempre presentes para assistir a

    todos esses acontecimentos e aqui que entram as fontes, so elas que fornecem as

    informaes de que os jornalistas precisam para contarem as histrias. Como refere o

    socilogo norte-americano, Michael Schudson: para se compreender o que so as

    notcias necessrio entender, em primeiro lugar, quem so aqueles que atuam como

    fontes de informao (2003). Mesmo que os jornalistas tentem trabalhar com base nas

    suas prprias observaes muito difcil explicar o Mundo sociedade sem recorrer s

    fontes. Como sugere Schudson, algum tem de contar aos jornalistas o que se passou,

    ou reformulando, algum tem de contar a sua viso da realidade. Notcia no o que

    aconteceu, mas sim o que algum diz que aconteceu ou vai acontecer (Sigal in

    Schudson, 2003:134). O termo fonte foi definido por Ferreira (1986, p.797) como

    aquilo que se origina ou produz; origem, causa; procedncia, provenincia ou

    qualquer pessoa, documento, organismo ou instituio que transmite informaes. As

    fontes so, portanto, a origem de toda a informao.

    2.1.1 Sntese da classificao das fontes por Schmitz

    A importncia da fontes no meio jornalstico tem levado a vrias investigaes

    que permitem a existncia de uma classificao das fontes. Aldo Antonio Schimtz fez

    um levantamento muito completo dos vrios autores que se dedicam classificao das

    fontes.

  • 7

    Quadro 1 - Sntese da classificao das fontes

    Fonte - Aldo Antonio Schmitz

    As fontes podem ento ser divididas em fontes por categoria (primria e

    secundria), representatividade (oficial, empresarial, institucional, testemunhal,

    especializada e de referncia); ao (proativa, ativa, passiva e reativa), crdito

    (identificada e sigilosa) e pela qualificao (confivel, fidedigna e duvidosa) (Schmitz,

    p.2).

    2.1.2 Categoria

    Quanto categoria das fontes, Schmitz cita Lage (2001, p. 65 e 66), para

    explicar o que uma fonte primria. A fonte primria aquela que fornece

    diretamente o essencial de uma matria... fatos, verses e nmeros, por estar prxima

    ou na origem da informao. Geralmente revela dados em primeira mo, que podem

    ser confrontados com depoimentos de fontes secundrias. Segundo Pinto (2000: 279)

    essa fonte est diretamente envolvida nos fatos, normalmente como testemunha ocular

  • 8

    (Schmitz, p. 8).

    A fonte secundria o tipo de fonte que contextualiza, interpreta, analisa,

    comenta ou complementa a matria jornalstica, produzida a partir de uma fonte

    primria (Lage in Schmitz, p.8).

    2.1.3 Grupo

    Quanto ao grupo das fontes, as fontes oficiais referem-se aos poderes

    constitudos (executivo, legislativo e judicial). So as preferidas da mdia, pois emitem

    informaes aos cidados e tratam essencialmente do interesse pblico, embora possam

    falsear a realidade (Schmitz, p.9).

    As fontes empresariais referem-se a empresas. As suas aes tm, muitas vezes

    interesse comercial e neste sentido estabelecem uma relao com os mdia visando a

    proteo a sua imagem, enquanto organizao empresarial da indstria e do comrcio.

    So acusadas do poder que exercem como anunciantes, confundindo-se as suas notcias

    como propaganda (Schmitz, p.10).

    As fontes institucionais representam associaes sem fins lucrativos ou grupos

    sociais. Lage (2001, p.64 e 65 in Schmitz, p. 10) alerta para o fato de este tipo de fontes

    ter uma f cega naquilo que defende, o que coloca sob suspeita as informaes que

    fornece, embora seja considerada espontnea e desvinculada de qualquer interesse

    prprio. Normalmente, a fonte institucional busca a mdia para sensibilizar e mobilizar o

    seu grupo social ou a sociedade como um todo (Schmitz, p.10).

    J as fontes individuais referem-se aos individuos que se representam a si

    mesmos, aqueles que no falam em prol de uma organizao ou grupo social. Segundo

    Charaudeau (2009, p.194 e 195 in Schmitz, p. 10 e 11) este tipo de fonte representa a

    vitima ou a testemunha. o cidado que est a tentar reivindicar alguma coisa.

    Como fonte testemunhal pode entender-se testemunha. algum que estava no

    local, observou determinada ao e relata toda a verdade sem qualquer tipo de

    manipulao. Geralmente no se suspeita que esse tipo de fonte use uma estratgia de

    ocultamento, pois considerada completamente ingnua, concebe Charaudeau (2009:

    53). Quanto mais imediato ao fato, maior a credibilidade, pois se apoia na memria de

    curto prazo, que mais fidedigna, embora eventualmente desordenada e confusa

    (Lage, 2001: 67) (Schmitz, p. 11).

    A fonte especializada um individuo ou uma organizao com um saber

  • 9

    especifico de determinado assunto a quem o jornalista recorre, por reconhecer que no

    sabe e que h quem possa explicar melhor determinado tema, do que ele prprio,

    utilizada, segundo Schmitz em situao de risco ou conflito, na cobertura de temas

    complexos ou confusos e no jornalismo cientfico. Esse tipo de fonte pode fornecer

    informao fatual (fonte primria) ou interpretativa (secundria), conforme a sua

    expertise.

    Uma fonte de referncia a bibliografia utilizada pelo jornalista para

    enriquecer o contedo da notcia. A bibliografia envolve livros, artigos, teses e outras

    produes cientficas, tecnolgicas e culturais. Os documentos, especialmente os

    dossis, devem ser de origem confivel e claramente identificada (Chaparro, 2009),

    pois se constitui em prova em caso de denncia (Schmitz, p. 12).

    No que toca ao das fontes, esta est intimamente ligada com a

    convenincia em colaborar com o jornalista. No grau de ao Schmitz divide as fontes

    em quatro classificaes que passamos a explicar.

    2.1.4 Ao

    Quanto ao, as fontes podem ser, em primeiro lugar, proativas, isto ,

    produzem e oferecem notcias prontas, preparadas previamente. Utilizam uma

    estratgia de visibilidade e agendamento de suas ideias, produtos ou servios, para

    neutralizar concorrentes ou adversrios, criando a si uma imagem positiva (McNair,

    1998) (Schmitz, p. 13).

    Em segundo lugar, as fontes podem ser ativas. Para Gans (1980) os jornalistas

    tendem passividade, enquanto as fontes interessadas agem ativamente, criando canais

    de rotinas (entrevistas exclusivas ou coletivas, releases frequentes, sala de imprensa no

    site da organizao, etc.) e material de apoio produo de notcias, para facilitar e

    agilizar o trabalho dos jornalistas (Schmitz, p.13).

    Existem ainda as fontes passivas como o caso das referncias bibliogrficas e

    documentos que esto disponveis para consulta dos jornalistas e que no alteram a sua

    natureza.

    Por ltimo, na classificao ao existem as fontes reativas, que so fontes

    que no confiam nos media, que no querem declarar nada acerca de nada e que agem

    discretamente. Geralmente este tipo de fontes pode alterar a sua natureza, a sua posio

    inerte pode-se alterar, agindo de outras formas, por exemplo, ter sido passiva no

  • 10

    passado e tornar-se proativa no futuro, embora sua estratgia seja essencialmente

    preventiva e defensiva (McNair, 1998) (Schmitz, p.15).

    2.1.5 Crdito

    Quanto ao crdito dado s fontes, as hipteses tambm so variadas, apesar

    de, como revela o sexto ponto do Cdigo Deontolgico da profisso, o jornalista ter

    como dever usar como critrio fundamental a identificao das fontes, nem sempre a

    fonte est disposta a ser identificada. Para tal existe o sigilo.

    A fonte identificada aquela que permite a divulgao do nome, profisso ou

    status, a fim de orientar o pblico e de credibilizar o jornalista e a notcia em si.

    Existe tambm a fonte sigilosa que geralmente cede informaes de interesse

    pblico e que necessita de falar em off the record de forma a no se comprometer. Este

    tipo de fontes recebe, muitas vezes, um nome fictcio. Este tipo de fontes pode, apenas,

    fornecer dados fatuais e nunca opinies.

    2.1.6 Qualificao

    Por ltimo, abordamos a qualificao das fontes, ou seja, a credibilidade que

    as mesmas tm perante os jornalistas. Para o jornalista a melhor fonte de informao

    no a que sabe tudo, mas a que conta o que sabe... a que tem jeito de jornalista. Sabe

    observar, valoriza o detalhe e guarda tudo na memria (Noblat, 2006: 62) (Schmitz,

    p. 17 e 18).

    Em primeiro lugar surge a fonte confivel. Para Gans (1980: 129-130), os

    jornalistas selecionam as suas fontes pela convenincia e confiabilidade, aquelas que

    mantm uma relao estvel, so acessveis e articuladas, disponibilizam declaraes ou

    dados de forma eficaz, isto , a informao certa e verdadeira na hora esperada ou

    rapidamente (Schmitz, p.18). So as fontes que mantm uma relao estvel com os

    jornalistas, aquelas que so lcitas e leais e que funcionam como olhos e ouvidos do

    profissional, quando ele no est presente.

    Existe, depois, a fonte fidedigna, que so as fontes que tm um elevado grau de

    notoriedade e credibilidade perante o jornalista e a sociedade.

    Por fim, a fonte duvidosa. Faz parte da profisso de jornalista desconfiar e

    confirmar sempre, mas este tipo de fontes agua ainda mais essa prtica, por

  • 11

    demonstrarem ser suspeitas. Nestes casos o jornalista guarda a informao prestada mas

    confirma-a com as fontes confiveis ou fidedignas.

    Em suma, o jornalista deve avaliar a confiana que deposita nas suas fontes

    porque isso que vai determinar as informaes que vo ser utilizadas na notcia e a

    forma como a mesma apresentada aos leitores.

    A fonte o sangue do jornalista (Mencher, 1991, p.282).

    2.2 Relao entre os jornalistas e as fontes

    O conceito de fonte de informao est fortemente interligado com a sede de

    aparecer, muito presente nas sociedades contemporneas. A comunicao social tornou-

    se um alvo a partir do momento em que as pessoas/organizaes se aperceberam do seu

    poder meditico e da sua relevncia social, a motivao das instituies a de

    conseguirem divulgao e uma boa imagem atravs dos media e isso que os leva a

    participarem ativamente ou proativamente na construo das notcias.

    As notcias so o produto final de um conjunto de aes programadas pelas

    organizaes e pelas pessoas. Apesar de os jornalistas serem autnomos na sua

    vigilncia sobre o poder existem condicionantes que manipulam a sua atuao - as

    fontes so a condicionante mais evidente porque criam canais de rotina.

    A ligao entre o jornalista e a fonte constitui um relacionamento entre os

    atores que perseguem objetivos diferentes mas que se encontram num ponto comum: a

    notcia. Os discursos que as fontes tentam tornar visveis, atravs dos produtores das

    notcias, so enquadrados conforme os critrios de noticiabilidade e valores notcia

    (Lamy, p.4).

    Existem condicionantes relacionadas com a relao entre as fontes e os

    jornalistas, a presso que fontes do campo poltico, econmico e desportivo fazem em

    torno do jornalista quando no entendem que determinada informao no tem novidade

    ou originalidade implcita, so uma delas. Outra condicionante tem que ver com a

    confidencialidade que determinadas fontes exigem, isto obriga a que o jornalista corra

    riscos na sua profisso. Outra condicionante, relacionada com a anterior, prende-se com

    o fato de as fontes annimas gerarem, por vezes, especulao, impreciso nos detalhes e

    testemunhos pouco ou nada rigorosos, que colocam em causa a credibilidade da fonte,

  • 12

    do jornalista e do rgo.

    As fontes so pessoas, so grupos, so instituies sociais ou so vestgios falas,

    documentos, dados por aqueles preparados, construdos, deixados. As fontes remetem

    para posies e relaes sociais, para interesses e pontos de vista, para quadros espcio-

    temporalmente situados. Em suma, as fontes a que os jornalistas recorrem ou que

    procuram os jornalistas so entidades interessadas, quer dizer, esto implicadas e

    desenvolvem a sua actividade a partir de estratgias e com tcticas bem determinadas.

    E, se h notcias, isso deve-se, em grande medida, ao facto de haver quem esteja

    interessado que certos factos sejam tornados pblicos (Gomis, 1991: 59) (Pinto, 2000,

    p. 278 e 279).

    2.3 Existe uma crise no jornalismo?

    A introduo do ciberjornalismo nos OCS, bem como o aparecimento da

    Internet vieram alterar o modo de fazer jornalismo, o imediatismo desta plataforma e a

    quantidade de informao nela presentes so dois dos fatores chave para esta mudana.

    Existem outras problemticas no jornalismo atual, a concentrao das empresas

    jornalsticas em grupos econmicos uma delas. As atenuantes: Internet, captao de

    OCS por empresas que nada tm que ver com a informao, e a atual situao financeira

    do pas geraram a atual crise que se vive nos media. Uma crise que leva ao

    empobrecimento das redaes, preocupao com a publicidade e audincias em vez de

    uma preocupao com informao de qualidade que se traduz em sites, jornais,

    televises e rdios que se baseiam em informaes geradas por comunicados de

    imprensa, conferncias de imprensa, agncias noticiosas e outros OCS.

    Esta fragilizao dos jornalistas no os afeta apenas a eles e ao jornalismo: so

    os direitos dos portugueses a uma informao livre, rigorosa e pluralista e a prpria

    democracia que est em causa (Fernando Correia).

    Fernando Correia em 2003 fez um levantamento dos desafios atuais do

    jornalismo que cada vez se acentuam mais. A prioridade dada s audincias distorce os

    critrios noticiosos encarando a informao como uma mercadoria que preciso vender,

    o que leva ao predomnio do jornalismo low-cost e fast-food, que visa apenas ser

    sensacional (para prender o pblico).

    Perigosa perversidade: muitos jornalistas comeam a interiorizar como valores

  • 13

    jornalsticos aquilo que so apenas valores comerciais e a considerar bom jornalismo

    o jornalismo que vende bem. profundamente lamentvel e condenvel ver

    jornalistas (nomeadamente responsveis editoriais) aceitarem a transformao do

    jornalista em mero e acrtico transmissor de novidades, em objetiva conivncia com

    os produtores ou interessados na sua divulgao, revelia da indeclinvel

    responsabilidade social da profisso (Fernando Correia, 2003).

    No existe espao na Internet, nem tempo nas redaes diminutas, para o

    jornalismo tradicional, em que o jornalista vai procura da informao, confronta

    fontes, verifica os fatos e cria o debate na sociedade. As fontes de informao de hoje

    em dia so as agnicas noticiosas, por estarem sempre bem atualizadas basta fazer copy

    & past e a informao disponibilizada mais rapidamente ao pblico, que , agora,

    mais exigente e procura informao na hora.

    2.4 Agncias noticiosas

    As agncias de notcias so fundamentais para o mundo do jornalismo.

    Representam, no contexto atual, um pilar importantssimo para todos os meios de

    comunicao social e tornam-se imprescindveis no seio das redaes. Para Wolf

    (1999), a agncia de notcias a fonte mais notvel de materiais noticiveis. A

    informao cotidiana encontrada nos jornais cada vez mais de agncia, um produto das

    agncias (Wolf, M., 1999).

    As agncias de notcias funcionam, muitas vezes, como intermedirias entre os

    acontecimentos e os meios de comunicao social. Possuem vrios correspondentes em

    territrio nacional e internacional (o que representa um custo que nem todos os rgos

    de comunicao conseguem suportar), conseguindo desta forma fazer uma melhor

    recolha das informaes, transmitindo-as posteriormente aos rgos de comunicao

    social assinantes. Segundo Nascimento (2008), as agncias so uma espcie de central

    jornalstica que transmite informaes para um ncleo local que se encarrega de

    redistribuir essas informaes para o conjunto dos seus clientes: jornais, revistas, rdios,

    televises, websites, instituies financeiras, etc (Nascimento, L., 2008).

    neste contexto, de que as agncias de notcias so uma fonte especial dos

    meios de comunicao e que estes so extremamente importantes no panorama atual,

    que se torna pertinente abordar o tema das agncias noticiosas. Estas so, efetivamente,

  • 14

    uma fonte especial, na medida em que, no so uma fonte vulgar que apenas d as

    informaes em bruto, mas sim sob a forma de notcia e porque so as maiores

    fornecedoras de notcias que os meios de comunicao social posteriormente

    distribuem.

    Se os mdia so a pele, as agncias so as veias. Assim como o tecido

    epidrmico no capaz de se manter vivo sem a irrigao proporcionada pelos vasos

    sanguneos que conduzem at ele os nutrientes e agentes imunolgicos para garantir a

    sua permanente renovao e proteo, tambm os mdia no so capazes de se manter

    ativos e ricos em contedo sem as cargas permanentes de informao que lhes so

    fornecidas pelas agncias de notcias (Boyd-Barret & Rantanen apud Aguiar, 2009).

    2.4.1 Agncia Lusa

    A Lusa a herdeira direta da evoluo histrica das agncias noticiosas em

    Portugal (Sousa, J.P., 1997).

    A Agncia Lusa nasce a 28 de novembro de 1986 com a ideologia e a cultura

    jornalstica que foram sendo desenvolvidas pelas agncias noticiosas anteriores ao seu

    surgimento, ou seja, a Agncia Lusitana, a Agncia de Notcias e Informao, a Agncia

    Noticiosa Portuguesa e a Notcias de Portugal. Atualmente a Lusa a nica agncia de

    notcias em Portugal e, para Silva (2002), a sua misso passava pela prestao de

    servios de informao atravs da recolha de material noticioso e de interesse

    informativo, seu tratamento para difuso e divulgao mediante remunerao livremente

    convencionada. Para a realizao de um servio pblico de interesse nacional, a agncia

    dever assegurar a cobertura nacional e regional do pas, em particular das regies

    autnomas, bem como os acontecimentos relacionados com a Comunidade Econmica

    Europeia, com os pases de lngua oficial portuguesa e outros espaos de relevante

    interesse para Portugal, nomeadamente os de forte concentrao de comunidades

    portuguesas (Silva, 2002).

    A Agncia Lusa inicia oficialmente as suas funes no dia um de janeiro de

    1987 como uma cooperativa de interesse pblico.

    Sem qualquer concorrncia em Portugal, a Agncia Lusa difunde informao

    noticiosa a todos os jornais, rdios e televises de mbito nacional.Informa, igualmente,

    vrios rgos de comunicao social locais e regionais, bem como alguns meios de

  • 15

    comunicao social estrangeiros.

    No stio oficial da Lusa na Internet pode ler-se, como obrigaes da agncia,

    produzir um servio de notcias global, sobre os mais relevantes factos da atualidade

    nacional e internacional, nomeadamente nas reas poltica, diplomtica, social,

    econmica, do desenvolvimento regional e local, cultural e desportiva, suscetvel de

    contribuir para a informao dos cidados (...) (In www.lusa.pt).

    2.4.2 As agncias noticiosas como fontes de informao

    Primeiramente, torna-se necessrio diferenciar o papel das agncias noticiosas

    enquanto fonte, das fontes individuais comuns a que um rgo recorre para construir

    uma notcia. Enquanto a agncia fornece as informaes em bruto, ou seja, as notcias

    devidamente estruturadas e, muitas vezes, com declaraes de fontes previamente

    contatadas, as fontes individuais prestam declaraes sobre algo que aconteceu ou que

    vai acontecer para a posterior construo da notcia com os seus relatos. Por outro lado,

    agncia cabe nica e exclusivamente o dever de informar, de forma isenta e sem

    qualquer tipo de interesse. No caso das fontes individuais, tal pode no acontecer, e o

    enviesamento da informao difundida pode de alguma forma ocorrer. Tal como afirma

    Wolf (1999), as fontes individuais so expresso de algo e no se dedicam

    exclusivamente produo de informao e as agncias de notcias apresentam-se

    como empresas especializadas, inerentes ao sistema da informao, executando um

    trabalho de confeo (Wolf, 1999).

    As agncias de notcias tm ganho uma enorme credibilidade no seio das

    redaes dos meios de comunicao social com o percurso efetuado desde o seu

    aparecimento. Com base numa tradio mais antiga e mais branda de invisibilidade, as

    agncias de notcias, sem dvida, gozam de uma reputao de neutralidade em relao a

    seus clientes, contribuindo positivamente para que o usurio as perceba como fontes

    (Boyd-Barrett, 2012).

    O fato de as agncias de notcias terem, por norma, diversos correspondentes

    espalhados pelo globo e, por consequncia, estarem mais prximas da atualidade

    internacional, uma das razes por que os rgos de comunicao social recorrem s

    suas notcias. Por questes de ordem financeira, as agncias noticiosas tornam-se uma

    fonte mais vivel e bastante mais econmica. O custo dos correspondentes no

  • 16

    estrangeiro infinitamente mais elevado do que a assinatura numa agncia [...]; para os

    rgos de informao menos poderosos, as despesas com os correspondentes

    estrangeiros ultrapassam as possibilidades econmicas [] e os servios regionais das

    agncias [...] so a nica fonte possvel de notcias vindas do estrangeiro (Golding &

    Elliott apud Wolf, 1999).

    As agncias noticiosas tornaram-se, como difusoras de informao, numa das

    principais fontes de informao dos meios de comunicao social. Como fonte, as

    agncias so de importncia fulcral para a vida de uma redao quer pelas

    informaes que a fazem chegar, e que so publicadas tout court, quer pelas pistas e

    auxlio que prestam na confeo de uma Agenda rica e equilibrada (Gradim, 2000).

    Apesar de os profissionais, os estudiosos e investigadores da rea do jornalismo

    saberem que as agendas dirias dos rgos de comunicao social se prendem muito ao

    que difundido pelas agncias, a grande maioria do pblico consumidor de notcias no

    tem a mesma noo. Parte da responsabilidade para que assim seja dos prprios

    rgos de comunicao que, pontualmente, no identificam devidamente a origem das

    informaes que difundem, sendo elas, muitas vezes, provenientes das agncias. Para

    Moreira (2011), o papel das agncias noticiosas permanece invisvel para o comum

    consumidor (Moreira, 2011). Na mesma linha de pensamento, Grijelmo, presidente da

    agncia de notcias espanhola EFE, afirma que o papel crucial das agncias de notcias

    no mundo da informao est oculto para o pblico. Sabe-o bem qualquer jornalista,

    desde logo; contudo, poucos leitores, ouvintes e telespectadores sabem que uma

    altssima percentagem do que lhes chega atravs dos meios informativos tem origem

    num teleimpressor (Grijelmo apud Moreira, 2011).

    Tratando-se a nossa anlise quantitativa de uma anlise de notcias na

    plataforma online de dois rgos de comunicao social, importa tambm analisar as

    agncias de notcias como fontes de informao no contexto do ciberjornalismo. Pensar

    em ciberjornalismo pensar em multimedialidade e interatividade. Contudo, o mais

    importante que no se perca a objetividade e a credibilidade do que veiculado. Na

    Internet o jornalista perdeu um pouco a noo perfecionista que necessria na

    construo da realidade. A quantidade passou a ser mais importante que a qualidade

    devido ao fator instantaneidade que a Internet que proporciona e presso que a

    concorrncia impe (todos querem ser os primeiros a dar a notcia). Acima da sua

    qualidade, a velocidade vale mais do que a veracidade; a maior parte do contedo dos

  • 17

    sites noticiosos a cpia de material de outros veculos, nomeadamente agncias, em

    detrimento da elaborao e apurao jornalsticas (Aguiar, 2008). Borges (2008)

    acrescenta que na busca pela instantaneidade, a qualidade pode no ser a prioridade e

    as notcias passam a ser divulgadas, cada vez mais, com maior nvel de

    superficialidade (Borges, 2008). De acordo com esta lgica, torna-se comum os meios

    de comunicao social recorrerem s agncias noticiosas como fontes para divulgarem

    informaes sem, na maior parte das vezes, qualquer tipo de tratamento por parte do

    jornalista que a publica no seu rgo de comunicao social.

  • 18

    3. Anlise dos Resultados

    A anlise do corpus documental, constitudo por um total de 336 notcias

    (incluindo os destaques repetidos), permitiu-nos chegar s primeiras concluses. Os

    grficos que se seguem demonstram e comparam as 168 notcias do Correio da Manh

    e as 168 notcias do Dirio de Notcias no que toca dependncia relativamente s

    agncias noticiosas e ao tipo de fontes utilizadas, bem como o meio de acesso s

    mesmas.

    Ao longo deste ponto pretendemos responder s questes adicionais que

    referimos na Introduo do presente trabalho, bem como questo principal que

    desencadeou a presente anlise.

    Durante as duas semanas em que analismos os dois jornais dirios (Correio da

    Manh e Dirio de Notcias), conseguimos verificar que em 336 notcias, 82

    correspondem a meras transposies de takes, artigos e reportagens da Lusa. Ainda

    dentro deste universo de 336 notcias analisadas existem 98 que no possuem

    assinatura, pelo que a sua origem no pode ser comprovada, ainda assim consideramos

    que na sua grande maioria a provenincia ser, tambm, a agncia Lusa devido ao fato

    de grande parte das vezes a fonte ser a prpria agncia. O Dirio de Notcias , dos dois

    jornais analisados, aquele que mais utiliza a Lusa, mais especificamente 67 notcias com

    assinatura da agncia, enquanto o Correio da Manh o jornal que soma mais notcias

    sem assinatura, 86 notcias para sermos precisos.

    Esta prtica recorrente do Correio da Manh deixa dvidas relativamente

    autoria dos textos. Fidalgo repugna esta atitude dos rgos referindo que citar as fontes

    igualmente citar as agncias tantas vezes deixadas no anonimato, ou as informaes

    picadas de outros rgos de informao: desrespeitar direitos de autor, plagiar

    trabalho alheio, atribuir vagamente a origem da informao s para no ter de citar o

    nome de um jornal concorrente, so algumas das infraes mais frequentes a este dever

    tico (Fidalgo, 2000, p.326).

    Para responder questo I. Qual a quantidade de contedos provenientes da

    agncia Lusa? apresentamos abaixo grficos quantitativos para uma melhor perceo

    da realidade analisada.

  • 19

    Os seguintes grficos so referentes aos destaques da pgina inicial do

    Correio da Manh e do Dirio de Notcias na primeira semana de anlise:

    Fonte - elaborado pelos autores

    Num universo de 79 notcias, o Correio da Manh obteve apenas quatro (5.5%)

    notcias com assinatura da Lusa contra as 39 (29.1%) com assinatura do jornalista do

    OCS.

  • 20

    Fonte - elaborado pelos autores

    Num universo de 81 notcias, o Dirio de Notcias obteve 24 (29.6%) notcias com

    assinatura da Lusa e 50 (61.7%) assinatura do jornalista do OCS.

    possvel concluir nesta fase que o peso da agncia Lusa nos destaques

    principais do site do Correio da Manh praticamente nulo, j no Dirio de Notcias a

    utilizao de artigos da agncia tem um peso considervel. Ainda assim o Correio da

    Manh apresenta uma quantidade exagerada de notcias sem assinatura, o que pe em

    causa se existiu ou no uso de informao proveniente da Lusa.

    Os seguintes grficos so referentes aos destaques da Editoria Portugal

    do Correio da Manh e do Dirio de Notcias na segunda semana de anlise:

  • 21

    Fonte - elaborado pelos autores

    Num universo de 42 notcias, apenas trs (7.1%) tm assinatura da Lusa e 16 (38.1%)

    assinatura do jornalista do OCS.

  • 22

    Fonte - elaborado pelos autores

    Num universo de 42 notcias, 21 (50%) tm assinatura da Lusa e 13 (31%) assinatura do

    jornalista do OCS.

  • 23

    Os seguintes grficos so referentes aos destaques das Editorias Mundo

    (Correio da Manh) e Globo (Dirio de Notcias) na segunda semana de anlise:

    Fonte - elaborado pelos autores

    Num universo de 42 notcias, oito (17.8%) tm assinatura da Lusa e sete

    (15.6%) assinatura do jornalista do OCS.

  • 24

    Fonte - elaborado pelos autores

    Num universo de 40 notcias, 22 (55%) tm assinatura da Lusa e 11 (27.5%)

    assinatura do jornalista do OCS.

    Analisados os grficos relativos s Editorias Portugal (CM e DN) e Mundo

    (CM) e Globo (DN), possvel verificar, em primeiro lugar, que em ambos os jornais

    h mais produo da Lusa nas editorias internacionais. E em segundo lugar que o

    Dirio de Notcias o jornal que mais utiliza informao proveniente da agncia

    portuguesa.

    O peso das agncias internacionais revelou-se quase nulo, sendo que apenas uma

    vez o Dirio de Notcias assinou com Reuters. O Correio da Manh no utilizou,

    durante o perodo de anlise, takes de agncias internacionais.

    No existem em ambos os dirios assinaturas referentes a outros rgos de

    informao, que so muitas vezes utilizados como fontes, como veremos mais frente,

    mas nunca, durante o perodo analisado, so assinadas notcias que atribuam a outros

    OCS total ou parcial autoria das notcias.

    Na amostra noticiosa analisada foram identificadas 368 fontes que vo ser alvo

  • 25

    de comparao ao longo deste ponto de forma a concluir qual a quantidade de

    contedos que no recorre a fontes, qual a quantidade de contedos que utilizam outros

    rgos de comunicao social como fontes, e quais os tipos de fontes mais utilizados

    pela agncia Lusa.

    Os seguintes grficos so referentes aos destaques da pgina inicial do

    Correio da Manh e do Dirio de Notcias na primeira semana de anlise:

    Fonte - elaborado pelos autores

    Os dados apresentados no Grfico 7 correspondem apenas s notcias assinadas pelo

    jornalista, ou pelo jornalista com a Lusa ou com agncias

    Num universo de 75 notcias foram seis as vezes que outros rgos de

    informao serviram de fonte de informao nos destaques do Correio da Manh.

  • 26

    Fonte - elaborado pelos autores

    Os dados apresentados no Grfico 8 correspondem apenas s notcias assinadas pelo

    jornalista, ou pelo jornalista com a Lusa ou com agncias

    Num universo de 57 notcias foram cinco as vezes que outros rgos de

    informao serviram de fonte de informao nos destaques do Dirio de Notcias.

  • 27

    Fonte - elaborado pelos autores

    Os dados apresentados no Grfico 9 correspondem apenas s notcias assinadas com

    Lusa

    Num universo de quatro notcias foram zero as vezes que outros rgos de

    informao serviram de fonte de informao nos destaques assinados com Lusa do

    Correio da Manh.

  • 28

    Fonte - elaborado pelos autores

    Os dados apresentados no Grfico 10 correspondem apenas s notcias assinadas com

    Lusa

    Num universo de 24 notcias foram trs as vezes que outros rgos de

    informao serviram de fonte de informao nos destaques assinados com Lusa do

    Dirio de Notcias.

    Os seguintes grficos so referentes aos destaques da Editoria Portugal

    do Correio da Manh e do Dirio de Notcias na segunda semana de anlise:

  • 29

    Fonte - elaborado pelos autores

    Os dados apresentados no Grfico 11 correspondem apenas s notcias assinadas pelo

    jornalista, ou pelo jornalista com a Lusa ou com agncias

    Num universo de 39 notcias foram 15 as vezes que outros rgos de informao

    serviram de fonte de informao nos destaques da pgina inicial do Correio da Manh.

  • 30

    Fonte - elaborado pelos autores

    Os dados apresentados no Grfico 12 correspondem apenas s notcias assinadas pelo

    jornalista, ou pelo jornalista com a Lusa ou com agncias

    Num universo de 21 notcias foram seis as vezes que outros rgos de

    informao serviram de fonte de informao nos destaques da pgina inicial do Dirio

    de Notcias.

  • 31

    Fonte - elaborado pelos autores

    Os dados apresentados no Grfico 13 correspondem apenas s notcias assinadas com

    Lusa

    Num universo de trs notcias foram zero as vezes que outros rgos de

    informao serviram de fonte de informao nos destaques assinados com Lusa no

    Correio da Manh.

  • 32

    Fonte - elaborado pelos autores

    Os dados apresentados no Grfico 14 correspondem apenas s notcias assinadas com

    Lusa

    Num universo de 21 notcias, outros rgos de informao serviram de fonte de

    informao apenas uma vez nos destaques assinados com Lusa no Dirio de Notcias.

    Os seguintes grficos so referentes aos destaques das Editorias Mundo

    (Correio da Manh) e Globo (Dirio de Notcias) na segunda semana de anlise:

  • 33

    Fonte - elaborado pelos autores

    Os dados apresentados no Grfico 15 correspondem apenas s notcias assinadas pelo

    jornalista, ou pelo jornalista com a Lusa ou com agncias

    Num universo de 34 notcias, foram 18 as vezes que outros rgos de

    informao serviram de fonte de informao nos destaques da pgina inicial do Correio

    da Manh.

  • 34

    Fonte - elaborado pelos autores

    Os dados apresentados no Grfico 16 correspondem apenas s notcias assinadas pelo

    jornalista, ou pelo jornalista com a Lusa ou com agncias

    Num universo de 18 notcias, foram 13 as vezes que outros rgos de

    informao serviram de fonte de informao nos destaques da pgina inicial do Dirio

    de Notcias.

  • 35

    Fonte - elaborado pelos autores

    Os dados apresentados no Grfico 17 correspondem apenas s notcias assinadas com

    Lusa

    Num universo de 8 notcias, foram quatro as vezes que outros rgos de

    informao serviram de fonte de informao nos destaques assinados com Lusa da

    Editoria Mundo do Correio da Manh.

  • 36

    Fonte - elaborado pelos autores

    Os dados apresentados no Grfico 18 correspondem apenas s notcias assinadas com

    Lusa

    Num universo de 22 notcias, foram 15 as vezes que outros rgos de

    informao serviram de fonte de informao nos destaques assinados com Lusa da

    Editoria Globo do Dirio de Notcias.

    Num total de 318 notcias analisadas (excluindo as notcias repetidas) foram 56

    as vezes que se observou inexistncia de fontes, e 86 as vezes em que outros OCS

    serviram de fonte para os jornais (incluindo as notcias da Lusa). A maior problemtica

    dos nossos resultados centra-se neste resultado, uma vez que de todas as vezes que

    outros orgos de comunicao so citados como fonte, se formos comparar a notcia

    dada pelo jornal analisado e pelo jornal citado a fonte no segundo no identificada,

    ferindo assim um dos pontos do Cdigo Deontolgico do Jornalista. Deixamos aqui um

    exemplo desta situao: Destaque do DN: Sindicatos da TAP ponderam quatro dias de

    greve ainda este ms DN.pt Economia, fontes: Segundo avana hoje o jornal

    Pblico; explica o Pblico; No jornal PBLICO a fonte : O PBLICO apurou

    que.... Este tipo de situaes causa uma descredibilidade do rgo, que em vez de

  • 37

    verificar a informao difundida por outro jornal difunde-a mesmo sem que esta

    apresente fontes, gerando assim um ciclo de informaes desnutridas de qualquer

    fundamento, num clima de pura especulao.

    Neste ponto pretendemos tambm analisar de uma forma geral as fontes quanto

    ao grupo, aproveitando assim a classificao de Schmitz presente na Reviso da

    Literatura do presente Estudo. Quanto ao DN e ao CM a maior parte das fontes

    identificadas so de ordem Oficial e Empresarial, no que toca s fontes utilizadas pela

    Lusa, estas so na sua maioria de ordem, tambm, Oficial e ainda Institucional.

    A partir desta anlise no se pode afirmar que existe uma dependncia dos OCS

    portugueses perante a agncia Lusa, contudo um fato que as redaes difundem muitas

    noticias provenientes deste meio. Embora no se possa afirmar que esta prtica advm

    do empobrecimento de que as redaes tm sido alvo nos ltimos tempos, a verdade

    que essa a impresso emprica que tnhamos no inicio deste estudo e a que

    continuamos a ter neste momento.Se nos focarmos apenas nos nmeros podemos

    apontar as concluses para a segunda hiptese, a verdade que a Lusa difundida por

    todos os rgos de informao diariamente, rgos esses que se citam e que criam um

    ciclo de repetio de fontes sem qualquer verificao. A terceira hiptese levantada no

    incio do Estudo tambm vlida para concluso: as editorias internacionais no tm

    praticamente produo prpria; No DN a editoria internacional tem mais de metade da

    sua produo assente na Lusa, num total de 40 notcias 22 so da agncia; No caso do

    CM mais de metade da produo foi divulgada sem assinatura, pelo que no sabendo a

    origem da informao e tendo em conta que algumas das fontes so a Lusa,

    acreditamos que boa parte das notcias que no tm assinatura no CM so produo da

    agncia, no admitida pelo jornal.

  • 38

    4. Concluses

    Com a elaborao deste estudo de caso pretendamos perceber de forma objetiva

    a verdadeira importncia que as agncias de notcas tm para os rgos de comunicao

    social portugueses, o peso que tm no seio das redaes enquanto fonte de informao

    e, como tal, considermos tambm pertinente verificar os tipos de fonte utilizados e os

    meios de acesso s mesmas, em fases diferentes, nos destaques principais e nas editorias

    Nacional e Internacional do Correio da Manh e do Dirio de Notcias - jornais

    analisados para o estudo.

    Depois de respondermos s questes centrais levantadas no incio do trabalho,

    no h dvidas de que as agncias de notcias tm um papel imprescindvel, tanto para

    os media como para a sociedade. Numa poca em que a comunicao se pauta pela

    instantaneidade, as agncias noticiosas representam o principal meio de produo e

    difuso de informao jornalstica.

    Numa primeira fase, a reviso da literatura permitiu-nos sistematizar o tipo de

    fontes de informao segundo Schmitz (s/d), perceber melhor como funciona a relao

    entre jornalistas e fontes, identificar o que est na origem da problemtica apresentada e

    conhecer como funciona uma agncia de notcias e como vista na perspetiva dos

    meios de comunicao social no jornalismo atual.

    Numa segunda fase, mais propriamente no tratamento dos dados recolhidos ao

    longo de duas semanas, apresentamos nmeros pertinentes que transmitem, de forma

    objetiva, o que se passa atualmente nos rgos de comunicao nacionais. Entre os

    dados recolhidos, registamos, por exemplo, o fato de 55% dos destaques da editoria

    Globo e 50% dos destaques da editoria Portugal do Dirio de Notcias terem a

    assinatura da Lusa. Nos destaques da pgina inicial do mesmo jornal, cerca de 30% das

    notcias so assinadas pela agncia portuguesa de notcias. Em contrapartida, a

    percentagem de notcias com assinatura da Lusa no Correio da Manh variam entre os

    5,5% e os 17,8%. Assim, podemos observar e concluir que, apesar de haver uma

    discrepncia entre os dois rgos analisados, a influncia da agncia Lusa nestes rgos

    de comunicao social evidente.

    Apesar de a amostra no ser to vasta quanto a desejada, conseguimos perceber

    que as agncias de notcias so essenciais no ciberjornalismo em Portugal.

  • 39

    5. Bibliografia

    -Agncia Lusa (Online) - Disponvel em: . (Consultado em 08-01-2015)

    - Aguiar, M. (2008) - Jornalismo online : evoluo e desafios

    - Bianco, N. D. (2004) - A Internet como fator de mudana no jornalismo. Disponvel

    em: http://www.bocc.ubi.pt/pag/bianco-nelia-internetmudanca-jornalismo.pdf

    - BORGES, I. d. (2008) - A Presena da Mdia das Fontes Agncia Senado em Notcias

    da Folha Online e de o Globo Online

    - Boyd-Barrett, O. (2012) - As agncias nacionais de notcias na turbulenta era da

    Internet

    - Cdigo Deontolgico do Jornalista (1993) - (Consultado em 07-01-2015)

    - Fernando Correia (2003) - O jornalismo em Portugal. Disponvel em:

    http://resistir.info/portugal/fcorreia_jornalismo.html;

    - Fidalgo, J. (2000) - A questo das fontes nos cdigos deontolgicos dos jornalistas

    - Gradim, A. (2000) - Manual de Jornalismo, Livro de Estilo do Urbi et Orbi,

    Universidade da Beira Interior, Instituto da Comunicao Social

    - Mencher, Melvin (1991) - News Reporting and Writing. 5. Wm. C. Brown

    Publishers: Dubuque

    - Moreira, T. E. (2011) - As agncias noticiosas como fonte no jornalismo online

    generalista: Os casos do Jornal de Notcias, Correio da Manh, Dirio de Notcias,

    Dirio Digital e Portugal Dirio

    - Nascimento, L. (2008) - O ethos da empresa e a atividade do jornalista de uma

    agncia de notcias

    - Pinto, M. (2000) - Fontes jornalsticas: contributos para o mapeamento do campo

    - Ribeiro, V. (2006) - Fontes sofisticadas de informao. Disponvel em:

    http://repositorio-

    aberto.up.pt/bitstream/10216/13047/2/FontesSofisticadasdeInformao000069327.pdf?or

    igin=publication_detail

    - Schmitz, A. A. (s/d) - Classificao das fontes de notcias. Disponvel em:

    http://www.bocc.ubi.pt/pag/schmitz-aldo-classificacao-das-fontes-de-noticias.pdf

    - Schudson, M. (2003) - The Sociology of News, W.W. Norton & Company: New

    York

  • 40

    - Silva, S. (2002) - Contributo para uma histria das agncias noticiosas portuguesas

    - Sousa, J.P. (1997) - Fotojornalismo performativo - O servio de fotonotcia da

    Agncia Lusa de Informao

    - The News Manual - A professional resource for journalists and the media

    (Online) - Chapter 59: Sources of Information - Disponvel em:

    http://www.thenewsmanual.net/Manuals%20Volume%203/volume3_59.htm

    - Wolf, M. (1999) - Teorias da Comunicao Social. Presena, Lisboa

  • 41

    6. Anexos

  • 42

    6.1 - Lista de tabelas

    PRIMEIRA SEMANA (8 a 14 de dezembro de 2014)

    Tabela 1 - Correspondente s assinaturas dos destaques do Correio da Manh -

    Pgina inicial do site

    Correio da Manh Dirio de Notcias

    Assinatura do jornalista do

    OCS

    39 50

    Assinatura da LUSA 4 24

    Assinatura de jornalista do

    OCS/OCS e da LUSA

    0 1

    Assinatura de agncia

    noticiosa estrangeira

    0 0

    Assinatura de outro OCS 0 0

    Sem assinatura 36 5

    Assinatura de jornalista do

    OCS com agncias

    0 1

    Total (excluindo destaques

    repetidos) 79 81

  • 43

    Tabela 2 - Correspondenete s editorias que fizeram parte dos destaques do

    Correio da Manh - Pgina inicial do site

    Editorias Correio da Manh

    CM ao Minuto 4

    Exclusivos 4

    Portugal 22

    Sociedade 13

    Economia 11

    Poltica 4

    Tempo 0

    Mundo 3

    Inslitos 1

    Futebol 13

    Modalidades 1

    Tv & Media 2

    Cultura 1

    Tecnologia 0

    Domingo 0

    Total 79

  • 44

    Tabela 3 - Correspondente s assinaturas utilizadas pelo Correio da Manh em

    cada uma das Editorias em destaque - Pgina inicial do site

    CM ao Minuto

    Exclu

    sivos Portu

    gal Sociedade Economia Poltica Tempo Mundo Inslit

    os Futebol Modalidades Tv &

    Media Cultura Tecnologia Domingo

    Assinatu

    ra do

    jornalist

    a do

    OCS

    2 4 12 8 1 0 0 2 0 8 0 2 0 0 0

    Assinatu

    ra da

    LUSA

    1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0

    Assinatu

    ra de

    jornalist

    a do

    OCS/OC

    S e da

    LUSA

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    Agncia

    estrange

    ira

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    Assinatu

    ra de

    outro

    OCS

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    Sem

    assinatu

    ra

    1 0 10 4 9 4 0 1 1 5 1 0 0 0 0

    Total

    (excluin

    do

    destaque

    s

    repetido

    s)

    4 4 22 13 11 4 0 3 1 13 1 2 1 0 0

    Tabela 4 - Correspondenete s editorias que fizeram parte dos destaques do Dirio

    de Notcias - Pgina inicial do site

    Editorias Dirio de Notcias

  • 45

    Poltica 27

    Desporto 3

    Cartaz 0

    Portugal 17

    Globo 10

    Economia 13

    Cincia 1

    Artes 1

    TV & Media 0

    Suplemento Dinheiro

    Vivo

    9

    Total 81

    Tabela 5 - Correspondente s assinaturas utilizadas pelo Dirio de Notcias em

    cada uma das Editorias em destaque - Pgina inicial do site

    Poltica Desporto Cartaz Portugal Globo Economia Cincia Artes Tv&Media Suplemento

  • 46

    Dinheiro Vivo

    Assinatura do

    jornalista do

    OCS

    16 3 0 11 5 5 1 1 0 8

    Assinatura da

    LUSA 10 0 0 5 3 7 0 0 0 0

    Assinatura de

    jornalista do

    OCS/OCS e

    da LUSA

    0 0 0 0 0 1 0 0 0 0

    Agncia

    estrangeira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    Assinatura de

    outro OCS 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

    Sem

    assinatura 2 0 0 2 1 0 0 0 0 1

    Assinatura de

    jornalista do

    OCS com agncias

    0 0 0 0 1 0 0 0 0 0

    Total

    (excluindo

    destaques

    repetidos)

    28 3 0 18 10 13 1 1 0 9

  • 47

    SEGUNDA SEMANA (15 a 21 de dezembro de 2014)

    Tabela 6 - Correspondente s assinaturas dos destaques das Editorias Portugal

    do Correio da Manh e do Dirio de Notcias - Pgina inicial dos sites

    Correio da Manh Dirio de Notcias

    Assinatura do jornalista

    do OCS

    16 13

    Assinatura da LUSA 3 21

    Assinatura de jornalista

    do OCS/OCS e da LUSA

    0 3

    Assinatura de agncia

    noticiosa estrangeira

    0 0

    Assinatura de outro OCS 0 0

    Sem assinatura 23 5

    Assinatura de jornalista

    do OCS com agncias

    0 0

    Total (excluindo

    destaques repetidos) 42 42

  • 48

    Tabela 7 - Correspondente s assinaturas dos destaques das Editorias Mundo e

    Globo do Correio da Manh e do Dirio de Notcias respetivamente - Pgina

    inicial dos sites

    Correio da Manh Dirio de Notcias

    Assinatura do jornalista

    do OCS

    7 11

    Assinatura da LUSA 8 22

    Assinatura de jornalista

    do OCS/OCS e da LUSA

    0 1

    Assinatura de agncia

    noticiosa estrangeira

    0 1

    Assinatura de outro OCS 0 0

    Sem assinatura 27 2

    Assinatura de jornalista

    do OCS com agncias

    0 3

    Total (excluindo

    destaques repetidos

    42 40

  • 49

    As seguintes tabelas foram elaboradas semelhana das utilizadas por Vasco

    Ribeiro no livro Fontes sofisticadas de informao;

    No foram especificadas as Fontes no texto de Meios onde atuam como

    Documentos, Comunicados de Imprensa, Relatrios e Estudos;

    PRIMEIRA SEMANA (8 a 14 de dezembro de 2014)

    Tabela 8 - Correspondente s fontes utilizadas nos destaques da primeira pgina

    dos sites, apenas das notcias assinadas pelos OCS e/ou pelo OCS com Lusa e/ou

    Agncias

    Fontes no texto

    Correio da Manh

    Dirio de Notcias

    Poltica 3 8

    Ex governantes 0 1

    Poder Judicial 2 2

    Fora Militar/Policial 3 1

    Presidente da Repblica 0 1

    Populao 10 1

    Sade 5 2

    Educao 1 2

    Proteo Cvil 1 0

    Sindicatos e Ordens 0 1

    Meio Artstico e Cultural 1 1

    Mobilidade e

    Transportes

    3 0

    Desporto 2 1

    Departamentos de

    Comunicao

    0 0

    Empresas 3 1

    Associaes 4 0

  • 50

    Universidades 0 0

    Finanas e Banca 5 5

    Igreja 0 0

    Unio Europeia 1 0

    Outro OCS 6 5

    No identificada 13 2

    Sem fonte 22 14

    Fonte annima 0 1

    Total 85 49

  • 51

    Tabela 9 - Correspondente ao meios onde atuam as fontes utilizadas nos destaques

    da primeira pgina dos sites, apenas das notcias assinadas pelos OCS e/ou pelo

    OCS com Lusa e/ou Agncias

    Meio onde atuam

    Correio da Manh

    Dirio de Notcias

    Comunicados e Press

    Releases

    3 4

    Conferncias de

    imprensa

    0 3

    Relatrios e Estudos 2 1

    Documentos 3 4

    Questionrios 1 0

    Contato direto 15 8

    Manifestaes 0 0

    Redes sociais 2 0

    Internet 1 1

    Publicado em Dirio da

    Repblica

    0 1

    Almoos e jantares 0 2

    Declaraes pblicas aos

    jornalistas

    2 1

    Dados do Tribunal

    Institucional

    0 1

    Congressos 0 0

    Inauguraes 0 0

    Reunies e audincias 3 6

    No identificado 31 9

    Total 63 41

  • 52

    Tabela 10 - Correspondente s fontes utilizadas nos destaques da primeira pgina

    dos sites, apenas das notcias assinadas com Lusa

    Fontes no texto

    Correio da Manh

    Dirio de Notcias

    Poltica 0 12

    Ex governantes 0 0

    Poder Judicial 0 1

    Fora Militar/Policial 0 1

    Presidente da Repblica 0 0

    Populao 0 0

    Sade 0 0

    Educao 0 0

    Proteo Civil 1 0

    Sindicatos e Ordens 0 0

    Meio Artstico e Cultural 1 0

    Mobilidade e

    Transportes

    0 0

    Desporto 0 0

    Departamentos de

    Comunicao

    0 1

    Empresas 1 1

  • 53

    Associaes 0 0

    Universidades 0 0

    Finanas e Banca 0 0

    Igreja 0 1

    Unio Europeia 0 0

    Outro OCS 0 3

    No identificada 1 1

    Sem fonte 0 0

    Fonte annima 0 0

    Total 4 21

  • 54

    Tabela 11 - Correspondente aos meios onde atuam as fontes utilizadas nos

    destaques da primeira pgina dos sites, apenas das notcias assinadas com Lusa

    Meio onde atuam

    Correio da Manh

    Dirio de Notcias

    Comunicados e Press

    Releases

    0 4

    Conferncias de

    imprensa

    0 2

    Relatrios e Estudos 0 3

    Documentos 1 1

    Questionrios 0 1

    Contato direto 3 3

    Manifestaes 0 0

    Redes sociais 0 1

    Internet 0 1

    Publicado em Dirio da

    Repblica

    0 0

    Almoos e jantares 0 2

    Declaraes pblicas aos

    jornalistas

    0 3

    Dados do Tribunal

    Institucional

    0 0

  • 55

    Congressos 0 1

    Inauguraes 0 0

    Reunies e audincias 0 1

    No identificado 1 5

    Total 5 27

  • 56

    SEGUNDA SEMANA (15 a 21 de dezembro de 2014) - Editoria Portugal

    Tabela 12 - Fontes utilizadas nos destaques da primeira pgina das Editorias

    Portugal, apenas das notcias assinadas pelos OCS e/ou pelos OCS com Lusa

    e/ou Agncias

    Fontes no texto

    Correio da Manh

    Dirio de Notcias

    Poltica 0 2

    Ex governantes 0 0

    Poder Judicial 5 2

    Fora Militar/Policial 1 1

    Presidente da Repblica 0 0

    Populao 10 1

    Sade 1 1

    Educao 0 1

    Proteo Civil 1 0

    Sindicatos e Ordens 0 0

    Meio Artstico e Cultural 1 2

    Mobilidade e

    Transportes

    0 1

    Desporto 0 0

  • 57

    Departamentos de

    Comunicao

    0 0

    Empresas 2 3

    Associaes 0 0

    Universidades 0 0

    Finanas e Banca 0 0

    Administrao Pblica 0 0

    Igreja 0 0

    Unio Europeia 0 0

    Outro OCS 15 6

    No identificada 12 1

    Sem fonte 2 3

    Fonte annima 0 0

    Total 50 24

  • 58

    Tabela 13 - Meios onde atuam as fontes utilizadas nos destaques da primeira

    pgina das Editorias Portugal, apenas das notcias assinadas pelos OCS e/ou

    pelos OCS com Lusa e/ou Agncias

    Meio onde atuam

    Correio da Manh

    Dirio de Notcias

    Comunicados e Press

    Releases

    6 0

    Conferncias de

    imprensa

    0 0

    Relatrios e Estudos 1 0

    Documentos 3 0

    Questionrios 0 0

    Contato direto 5 9

    Manifestaes 0 0

    Redes sociais 0 0

    Internet 1 0

    Publicado em Dirio da

    Repblica

    0 0

    Almoos e jantares 0 0

    Declaraes pblicas aos

    jornalistas

    1 0

    Dados do Tribunal

    Institucional

    2 0

  • 59

    Congressos 0 0

    Inauguraes 0 0

    Reunies e audincias 0 0

    No identificado 25 9

    Total 44 18

  • 60

    Tabela 14 - Fontes utilizadas nos destaques da primeira pgina das Editorias

    Portugal, apenas das notcias assinadas com Lusa

    Fontes no texto

    Correio da Manh

    Dirio de Notcias

    Poltica 3 2

    Ex governantes 0 0

    Poder Judicial 0 2

    Fora Militar/Policial 0 0

    Presidente da Repblica 0 0

    Populao 0 2

    Sade 0 0

    Educao 0 1

    Proteo Cvil 0 0

    Sindicatos e Ordens 0 0

    Meio Artstico e Cultural 0 0

    Mobilidade e

    Transportes

    0 2

    Desporto 0 0

    Departamentos de

    Comunicao

    0 0

    Empresas 0 1

  • 61

    Associaes 0 0

    Universidades 0 1

    Finanas e Banca 0 0

    Igreja 0 0

    Unio Europeia 0 0

    Outro OCS 0 1

    No identificada 0 6

    Sem fonte 0 4

    Fonte annima 0 0

    Total 3 22

  • 62

    Tabela 15 - Meios onde atuam as fontes utilizadas nos destaques da primeira

    pgina das Editorias Portugal, apenas das notcias assinadas com Lusa

    Meio onde atuam

    Correio da Manh

    Dirio de Notcias

    Comunicados e Press

    Releases

    0 5

    Conferncias de

    imprensa

    1 0

    Relatrios e Estudos 0 0

    Documentos 1 2

    Questionrios 0 0

    Contato direto 0 14

    Manifestaes 0 1

    Redes sociais 0 0

    Internet 0 0

    Publicado em Dirio da

    Repblica

    0 0

    Almoos e jantares 0 0

    Declaraes pblicas aos

    jornalistas

    0 0

    Dados do Tribunal

    Institucional

    0 0

  • 63

    Congressos 0 0

    Inauguraes 0 0

    Reunies e audincias 0 1

    No identificado 0 0

    Total 2 23

  • 64

    Tabela 16 - Fontes utilizadas nos destaques da primeira pgina das Editorias

    Mundo e Globo, apenas das notcias assinadas pelos OCS e/ou pelos OCS com

    Lusa e/ou Agncias

    Fontes no texto

    Correio da Manh

    Dirio de Notcias

    Poltica 12 2

    Ex governantes 0 0

    Poder Judicial 0 1

    Fora Militar/Policial 2 0

    Presidente da Repblica 0 0

    Populao 0 1

    Sade 2 0

    Educao 0 0

    Proteo Cvil 0 0

    Sindicatos e Ordens 0 0

    Meio Artstico e Cultural 0 0

    Mobilidade e

    Transportes

    0 0

    Desporto 0 0

    Departamentos de

    Comunicao

    0 0

  • 65

    Empresas 2 1

    Associaes 0 1

    Universidades 0 0

    Finanas e Banca 0 0

    Administrao Pblica 0 0

    Igreja 0 1

    Unio Europeia 0 0

    Outro OCS 18 14

    No identificada 8 1

    Sem fonte 8 0

    Fonte annima 0 0

    Total 52 22

  • 66

    Tabela 17 - Meios onde atuam as fontes utilizadas nos destaques da primeira

    pgina das Editorias Mundo e Globo, apenas das notcias assinadas pelos OCS

    e/ou pelos OCS com Lusa e/ou Agncias

    Meio onde atuam

    Correio da Manh

    Dirio de Notcias

    Comunicados e Press

    Releases

    4 2

    Conferncias de

    imprensa

    2 1

    Relatrios e Estudos 1 2

    Documentos 2 0

    Questionrios 0 0

    Contato direto 0 0

    Manifestaes 0 0

    Redes sociais 1 0

    Internet 0 1

    Publicado em Dirio da

    Repblica

    0 0

    Almoos e jantares 0 0

    Declaraes pblicas aos

    jornalistas

    2 0

    Dados do Tribunal

    Institucional

    0 0

  • 67

    Congressos 0 0

    Inauguraes 0 0

    Reunies e audincias 0 0

    No identificado 20 7

    Total 32 13

  • 68

    Tabela 18 - Fontes utilizadas nos destaques da primeira pgina das Editorias

    Mundo e Globo, apenas das notcias assinadas com Lusa

    Fontes no texto

    Correio da Manh

    Dirio de Notcias

    Poltica 0 5

    Ex governantes 0 0

    Poder Judicial 0 0

    Fora Militar/Policial 0 1

    Presidente da Repblica 0 0

    Populao 0 1

    Sade 0 0

    Educao 0 0

    Proteo Cvil 0 0

    Sindicatos e Ordens 0 0

    Meio Artstico e Cultural 0 1

    Mobilidade e

    Transportes

    0 0

    Desporto 0 0

    Departamentos de

    Comunicao

    0 0

    Empresas 0 1

  • 69

    Associaes 0 2

    Universidades 0 0

    Finanas e Banca 0 0

    Administrao Pblica 0 0

    Igreja 0 0

    Unio Europeia 0 0

    Outro OCS 4 15

    No identificada 2 1

    Sem fonte 1 2

    Fonte annima 0 0

    Total 7 29

  • 70

    Tabela 19 - Meios onde atuam as fontes utilizadas nos destaques da primeira

    pgina das Editorias Mundo e Globo, apenas das notcias assinadas com

    Lusa

    Meio onde atuam

    Correio da Manh

    Dirio de Notcias

    Comunicados e Press

    Releases

    1 2

    Conferncias de

    imprensa

    0 1

    Relatrios e Estudos 0 1

    Documentos 1 0

    Questionrios 0 0

    Contato direto 0 5

    Manifestaes 0 0

    Redes sociais 0 1

    Internet 0 0

    Publicado em Dirio da

    Repblica

    0 0

    Almoos e jantares 0 0

    Declaraes pblicas aos

    jornalistas

    0 0

    Dados do Tribunal

    Institucional

    0 0

  • 71

    Congressos 0 0

    Inauguraes 0 0

    Reunies e audincias 0 0

    No identificado 1 7

    Total 3 17