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O PLANEJAMENTO E A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DO SUPERVISOR PEDAGÓGICO Profª. Mestre Aparecida Maria Fonseca

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O PLANEJAMENTO E A ORGANIZAÇÃO

DO TRABALHO DO SUPERVISOR

PEDAGÓGICO

Profª. Mestre Aparecida Maria Fonseca

A importância e o papel do Supervisor Escolar

De acordo com o dicionário SUPERVISIONAR significa:

Dirigir, orientar ou inspecionar em plano superior. E na prática, o supervisor escolar,

organiza os processos da ação

e da reflexão dos professores,

do planejamento, dos planos de

ensino e da avaliação.

E, também

arranja as rotinas pedagógicas e liga

e interliga pessoas, ampliando os

ambientes de aprendizagem.

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

No dia-a-dia da escola, há um planejamento

e um cronograma (ou calendário)

das atividades de Supervisão Escolar?

O planejamento do Supervisor Escolar pode ser

visto como uma meta de organização e como uma

alternativa de sanar dificuldades encontradas no

cotidiano escolar.

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

Como ter a previsão,organização, a

flexibilidade e realização dos processos

pedagógicos?

O dia-a-dia do supervisor exige que ele administre seu

tempo para cumprir as tarefas que lhe são designadas.

Formar professor, planejar reuniões, atualizar-se,

envolver o aluno em projeto...

Diante dessa realidade tão diversificada, exige do

Supervisor a necessidade de um planejamento.

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

PLANO DE AÇÃO INSTITUCIONAL

O quê? Quem? Onde? Como? Indicadores

Planejamento anual Supervisor escola Analisando as

realizações do

ano; avaliando

os projetos e

propondo novos

projetos para o

ano seguinte.

100% dos

professores

com os

planejamen-

tos feitos.

Enturmação Supervisor escola Analisando

composição das

turmas do ano

anterior e partir

da análise fazer

enturmação.

90% de

satisfação

Organização dos

horários de aula

Supervisor

e

professor

escola Reunião com

professores e

verificando

disponibilidade

Horário com

80% de

satisfação.

Como planejar?

O quê? Quem? Onde? Como? Indicadores

Planejamento de

ensino

Profs. Sala de

reunião

Acompanhando

da elaboração.

Aulas

planejadas

Acompanhamento

do processo

ensino-

aprendizagem

Supervis

or

escola Reunião com os

professores;

acompanhamento

do planejamento;

atendimento à

alunos; conselho

de classe; análise

de resultados.

Resultados

escolares e

programa

cumprido.

Formação dos

professores

Supervis

or

escola Participando do

Programa de

formação

integrada da Rede

Pitágoras e

elaborando

programa de

formação da

Profs.

capacitados.

Profª. Mestre Aparecida Maria Fonseca

Cronograma das atividades

Atividades J F M A M J J A S O N D

Planejamento-1ª s X

Apresentação de

metas

X X

Conselho de

classe

X X X X X

Análise

planejamento e

projetos

X X X X X X X X X X X X

Reunião de

professores

X X X X X X X X X X

Reunião de pais X X X X

Acompanhamento

dos processos.

X X

X X X X X X X X X X

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

Data Tema/assunto

28/01 Estudo do programa de Formação Planejamento 1ª

semana de aula

Primeira

Semana

Fevereiro

Estudo de instrumentos de avaliação

Elaboração de avaliação diagnóstica.

Segunda

semana

fevereiro

Análise dos resultados da avaliação diagnóstica e

elaboração de projetos.

Final de

fevereiro

Aprofundar tema - eixo do Programa de formação.

Sugestão de Cronograma de Reunião de Professores Obs. Data de compensação de acordo com os recessos compensáveis.

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

Supervisor Escolar e a Dimensão relacional

É importante que o supervisor Escolar, trabalhe na perspectiva de grupo,

mostrando a importância das relações interpessoais aos professores, alunos,

pais, funcionários e busque desenvolver, nele mesmo e nos outros as

habilidade de olhar, ouvir, falar e cuidar.

Olhar- um olhar atento, ativo, que acolha as mudanças, as semelhanças e as

diferenças; um olhar que capte antes de agir, que compartilhe dúvidas e

transmita confiança.

Ouvir- o ouvir consiste em colocar-se no lugar do professor através da

percepção de sues sentimentos, e assumir ajudá-lo em suas dívidas,

sentimentos, etc.

Falar- Ao falar, o coordenador pode ajudar, tranqüilizar, dar segurança,

oferecer dicas ao professor, como pode também demonstrar ameaça e causar

tensão. A fala pode ser organizadora do pensamento do professor ou

bloqueadora; ela pode tanto fortalecer ou destruir o relacionamento

interpessoal.

Cuidar- cuidar é uma atitude, portanto abrange mais que um momento de

atenção, zelo e de desvelo. Representa uma atitude de ocupação,

preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro.

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

PROJETOS INTERDISCIPLINARES

É necessário realçar a mediação necessária da

Supervisão em um projeto escolar. Boa parte dos

professores apresenta interesse e desenvolve

projetos. Porém o dia a dia de uma rotina

fragmentada, disciplinar, retira do professor a

preocupação do planejamento, de efetivar um

roteiro que oriente não só aluno, mas a sua própria

dinâmica.

Vale a pena relembrar que a realidade da escola é no máximo multidisciplinar. Cada

disciplina está acostumada a atuar separadamente. Cada professor está acostumado a

agir só e durante um determinado momento. Sem a existência de uma Supervisão

Escolar atuante o processo tende a perder a coerência. A coerência pedagógica e a

obtenção de um resultado de excelência não se dão de forma espontânea. É como o

fio, invisível para quem olha, que garante a coerência e a beleza admirável de um colar

de pérolas. Assim é a ação mediadora da Supervisão Escolar.

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

Alguns passos podem orientar e ajudar a montar e desenvolver

projetos.

1ª etapa: Definir um tema. A escolha do tema que conduzirá a execução do projeto.

2ª etapa: Explicitar a necessidade do tema escolhido. Através de um processo

participativo definir o porquê é necessário trabalhar o tema escolhido.

3ª etapa: Definir a abrangência do projeto. Explicitar quais as disciplinas que

participarão desse projeto

4ª etapa: Definição dos objetivos gerais e específicos. É fundamental ter clareza do

que se pretende atingir.

5ª etapa: Definição das metodologias necessárias. Explicitar não somente o que

cada disciplina efetiva no projeto, mas também como será efetuado cada objetivo

específico.

6ª etapa: Elaboração de um cronograma. Na verdade desenvolver um programa de

ação, definindo claramente o que será feito, como será feito, quando será feito, por

quem será feito.

7ª etapa: Levantamento dos recursos necessários. Precisar quais os custos que

serão envolvidos no projeto.

8ª etapa: Desenvolvimento do projeto. Colocar em prática tudo o que foi definido

seguindo claramente o roteiro explicitado e entregue ao aluno.

9ª etapa: Avaliação final. Avaliar de maneira clara, conforme foi planejado e definido

no roteiro.

10ª etapa; Auto-avaliação. Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

REFLEXÕES E ORIENTAÇÕES SOBRE O

TRABALHO DO SUPERVISOR COM OS

PROFESSORES

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

A ESCOLA E O PROJETO PEDAGÓGICO

Um projeto – laço entre presente e futuro, mola de dinamismo, instrumento de ação e transformação – supõe ruptura com o presente e promessas para o futuro. Significa quebra de um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade em função da promessa de estado melhor do que o presente.

(Moacir Gadotti)

O Projeto Pedagógico de uma escola é o instrumento de balizamento para o fazer pedagógico, que permite pautar permanentemente as práticas pedagógicas escolares. Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

A ESCOLA E O PROJETO PEDAGÓGICO

De acordo com a LDB, toda escola deve ter o seu Projeto Político Pedagógico e a sua elaboração deve envolver os agentes educacionais da escola.

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

A ESCOLA E O PROJETO PEDAGÓGICO

O Projeto Pedagógico contém os princípios e fundamentos pedagógicos que norteiam a proposta educacional da escola.

Esses princípios, bem como todo o Projeto Pedagógico, devem ser divulgados e dados a conhecer a toda a comunidade escolar (lideranças escolares, professores, funcionários, pais, alunos).

Como essa divulgação é feita na sua escola? Os professores estudam o Projeto Pedagógico da escola? O Projeto Pedagógico é constantemente revisitado? Os pais dos alunos têm conhecimento dos princípios pedagógicos definidos pelo Projeto Pedagógico da escola?

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

Contextualização: os conteúdos não são apresentados de maneira direta, mas a partir de uma situação que permite a identificação ou a aplicação de conceitos, fórmulas, princípios.

Aprendizagem como processo: o aluno não aprende tudo de uma vez; deve-se respeitar a faixa etária, o ritmo, a maturidade cognitiva e realidade social.

Vejamos, a seguir, os princípios pedagógicos gerais

Certamente, a escola deve ter outros princípios que também devem ser divulgados.

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

Professor como mediador: o professor é o orientador da aprendizagem e faz a mediação entre o CONHECIMENTO e o ALUNO, adotando as estratégias que facilitem a aprendizagem.

Aluno como produtor do conhecimento: o aluno não recebe o conhecimento pronto para ser memorizado, mas as ferramentas necessárias para lidar com as informações e

apropriar-se do conhecimento. Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

Alinhamento pedagógico: as disciplinas têm eixos estruturadores próprios contemplados em todas as séries e intercalados entre si.

Sociointeracionismo: a aprendizagem está condicionada às relações que se estabelecem na sala de aula e no espaço da escola, pelo fazer cotidiano do professor e de seus alunos.

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

A ESCOLA E O PROJETO PEDAGÓGICO

“Quando o supervisor está devidamente posicionado em relação aos princípios defendidos pela escola, eles passam a ser seus também, a ponto de não se enfraquecer diante dos questionamentos das famílias, da pressão de algum grupo de professores, diante do novo, por exemplo.”

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

O que o Supervisor Escolar pode fazer para divulgar e tornar cada vez mais conhecidos os princípios pedagógicos da escola:

Elaboração de cartazes

Apresentação durante

as reuniões

Comunicações enviadas

aos pais

Estudos feitos com os

professores

Cursos de formação

para os funcionários da escola

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

O livro “Construtivismo na sala de aula”, organizado por César Coll, na página 80, cita três concepções da aprendizagem e do ensino escolar mais habituais entre os docentes.

AS CONCEPÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS DA ESCOLA

1. A aprendizagem escolar consiste em conhecer as respostas corretas para as perguntas formuladas pelos professores. O ensino proporciona aos alunos o reforço necessário para obter essas respostas.

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

2. A aprendizagem escolar consiste em adquirir os conhecimentos relevantes de uma cultura. Nesse caso, o ensino proporciona aos alunos a informação de que necessitam.

3. A aprendizagem escolar consiste em construir conhecimentos. Os alunos e as alunas elaboram, mediante sua atividade pessoal, os conhecimentos culturais. Por tudo isso, o ensino con­siste em prestar aos alunos a ajuda necessária para que possam ir construindo-os. Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

Qual dessas concepções melhor atende à proposta pedagógica da sua escola?

Na sua escola, os professores têm essa mesma concepção pedagógica?

AS CONCEPÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS DA ESCOLA

Os processos e a prática pedagógica da escola corroboram essa concepção?

Os pais têm conhecimento da concepção pedagógica da escola?

A escola divulga adequadamente essa concepção? Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

A palavra “alinhamento”, durante algum tempo, foi empregada para indicar o posicionamento político unilateral de um determinado país ou pessoa e tomou uma conotação de imposição ou sectarismo.

Nós, quando usamos a expressão “alinhamento pedagógico”, não concordamos com essa conotação, mas a empregamos no sentido de definição da linha pedagógica que a escola defende, adota e segue.

O ALINHAMENTO PEDAGÓGICO DA ESCOLA

Mas esse posicionamento não pode ficar somente no discurso e nas intenções. Ele deve estar presente em todas as ações pedagógicas dos agentes escolares.

Como garantir esse alinhamento?

É possível? Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

Projeto

Pedagógico

Educação com

a qualidade

pretendida

Materiais

didáticos

Sistema de

avaliação

Envolvimento

de Professores /

Equipe Técnica

Planejamento

das atividades

pedagógicas

Estrutura

física

Matriz

curricular

O esquema a seguir apresenta alguns aspectos da vida escolar que devem estar alinhados ao Projeto Pedagógico de forma a garantir o sucesso da instituição.

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

Se um dos aspectos citados estiver desconectado ou desalinhado, todo o esforço da equipe estará comprometido.

Cabe ao Supervisor Escoalr detectar os problemas e elaborar um plano de ação para solucioná-los.

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

Se não existir problemas, mesmo assim, é preciso ter ações para garantir o processo e evitar o desalinhamento pedagógico:

Reuniões frequentes

Grupos de estudo

Participação da equipe nos

cursos de capacitação

Análise dos planejamentos e

dos instrumentos de avaliação

Análise dos resultados de

desempenho dos alunos seguida de adoção de medidas de correção ou aprimoramento

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

O SUPERVISOR E O PLANEJAMENTO DIDÁTICO

Planejar é processo: de reflexão sobre nossas

ações e opções;

de tomada de decisão

sobre ação futura;

de previsão de

necessidades visando à concretização de objetivos.

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

Planejar é organizar um conjunto de atividades interdependentes, é definir metas, organizar recursos e esforços para alcançá-las, medindo resultados, confrontando expectativas.

Qual o papel do Supervisor Escolar nesse processo?

O Supervisor Escolar é o orientador desse processo, é aquela pessoa que discute e define com os professores a melhor forma de planejar, estabelece prioridades, faz as intermediações necessárias, questiona e assegura a coerência entre o planejamento e a proposta pedagógica da escola Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

Planejar requer: pesquisar sempre; ser criativo na elaboração da aula; estabelecer prioridades e limites; estar aberto para acolher o aluno e sua realidade; ser flexível para replanejar sempre que necessário.

Colocamos, a seguir, algumas orientações que podem contribuir para o processo de elaboração de um bom planejamento didático em qualquer disciplina. Esses princípios podem ser comunicados aos professores e servir de critérios para o Supervisor ao analisar os planejamentos dos professores.

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

Leve sempre em conta: as características e necessidades de aprendizagem dos alunos; os objetivos educacionais da escola e seu projeto pedagógico; o conteúdo de cada série; os objetivos e seu compromisso pessoal com o ensino; as condições objetivas de trabalho.

Com base nisso, defina: o que vai ensinar; como vai ensinar; quando vai ensinar. o que, como e quando avaliar.

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

Agora, um texto para reflexão (ele pode ser lido com os professores, no início da elaboração dos planejamentos)

FAÇA SEUS PLANOS Um jornalista que não organiza as perguntas para uma entrevista jamais montará uma boa reportagem. Se um advogado não estuda com atenção um processo, só por sorte ganhará a causa. E o professor... O professor, você sabe, desenvolve aulas melhores quando prepara de antemão um plano com o que vai apresentar à classe. Se o planejamento está (ou deveria estar) incorporado à rotina, por que deveríamos tratar desse tema? É porque os professores estão sendo solicitados a produzir planos de aula mais abrangentes e flexíveis. Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

Tomemos como exemplos a interdisciplinaridade, que coloca em torno de uma mesa mestres de variadas especialidades, e a introdução de temas contextualizados no currículo, nos quais se exige uma cuidadosa sintonia dos conteúdos escolares com a realidade. Tais recursos pedagógicos, cada vez mais adotados, só terão sucesso se escorados em bons planos de aula. O que se propõe é uma reflexão sobre sua rotina de trabalho. O jornalista tem chance de rever seu erro na edição seguinte. Um advogado sempre pode apelar de uma sentença desfavorável. Mas os professores correm mais riscos: a chance de usufruir um daqueles momentos mágicos em que os alunos abrem os olhos e o coração para o aprendizado pode não se repetir.

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

O SUPERVISOR E A AVALIAÇÃO ESCOLAR

Qual deve ser o sentido e a finalidade da avaliação escolar?

Conhecer melhor o aluno: suas competências curriculares, seu estilo de aprendizagem, seus interesses, etc. Constatar o que está sendo aprendido Adequar o processo de ensino aos alunos, tendo em vista os objetivos propostos. Julgar globalmente um processo de ensino-aprendizagem em função dos objetivos previstos.

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

Para avaliar e qualificar a aprendizagem dos educandos é preciso que estejam bem claros : a teoria pedagógica que

norteia e dá suporte à prática educativa; o planejamento de ensino que

faz a mediação entre a teoria e a prática de ensino na aula.

Sem uma consistente teoria pedagógica e sem um planejamento de ensino bem elaborado, os atos avaliativos serão praticados aleatoriamente, de forma arbitrária, sem vínculos com a realidade educativa dos alunos. Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

Além de uma boa relação e de uma prática pedagógica eficiente, a escola e o professor devem cuidar muito bem dos instrumentos de avaliação, adotando critérios técnicos e pedagógicos em todas as etapas do processo avaliativo (elaboração e aplicação dos instrumentos de avaliação, entrega e análise dos resultados, adoção de medidas pedagógicas a partir da análise dos resultados). A equipe pedagógica da escola deve definir os critérios para cada uma das etapas da avaliação escolar e o coordenador pedagógico, com base nos critérios definidos, deve cuidar desse processo. Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

A seguir, alguns critérios para cada uma das etapas do processo de avaliação escolar:

Aplicação dos instrumentos de avaliação Durante a aplicação de instrumentos de avaliação, é importante:

•O estabelecimento de um clima de confiança; •O esclarecimento do que se espera da avaliação; •A disponibilidade do professor para fazer da avaliação mais um momento de aprendizagem; •A previsão de tempo adequado para resolução.

Elaboração dos instrumentos de avaliação

Bons instrumentos de avaliação devem ser: •Reflexivos •Essenciais •Abrangentes •Contextualizados •Claros •Compatíveis

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

Análise dos instrumentos de avaliação aplicados aos alunos

Os critérios para análise devem ser claros, definidos, coerentes, tanto em termos de correção, quanto de determinação de valores e de patamares mínimos de aprendizagem. Para afinar o critério de correção, o professor pode primeiro elaborar a chave de correção e pontuação e organizar a forma de analisar os instrumentos.

Comunicação de resultados Para terem efeito no processo educativo, os instrumentos devem ser o mais rapidamente possível analisados e devolvidos aos alunos, e não acumulados para serem "corrigidos" só no final do mês ou bimestre. É importante o aluno ter garantido pelo menos o espaço para solicitar esclarecimentos sobre a correção feita pelo professor.

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

Tomada de decisão Com os resultados observados, é possível perceber as necessidades dos alunos para planejar o que fazer para ajudá-los a superá-las:

•Os objetivos não atingidos pelos alunos devem ser retomados e retrabalhados imediatamente em sala de aula; •O professor deve fazer auto-análise para saber se há necessidade de rever sua forma de ensinar aquele conteúdo; •Estes objetivos devem ser incluídos na próxima avaliação, dando oportunidade de expressão da nova síntese de conhecimento e permitindo ao professor saber se os alunos superaram a dificuldade.

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

Philippe Perrenoud, em seu livro Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas, afirma que “para mudar as práticas no sentido de uma avaliação mais formativa, menos seletiva, talvez se deva mudar a escola, pois a avaliação está no centro do sistema didático e do sistema de ensino”. Para exemplificar, ele apresenta um esquema em que a avaliação é colocada no centro de um octógono, mostrando que ela se relaciona com todos os processos escolares e que não adianta mexer com a avaliação sem alterar todos os outros processos.

Veja o esquema a seguir:

Será que isso é suficiente?

É possível implementar mudanças na avaliação escolar sem alterar os outros processos escolares?

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca

Pode-se dizer, para concluir, que não se poderia separar

a reflexão sobre avaliação de um questionamento mais

global sobre as finalidades da escola, das disciplinas, do

contrato pedagógico e didático e dos procedimentos de

ensino e de aprendizagem.

(Philippe Perrenoud)

Profª. Mestre Aparecida Maria

Fonseca