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O POVO DE RIO TINTO Publicação Mensal| Paroquia de Rio Tinto Rua da Lourinha, 33 4435-308 Rio Tinto - 224890285 Ano 38| N.º 314/Setembro/ 2014 NOLITE TIMERE Os sinais da hora que passa O terrorismo universal, tendo à cabeça o auto proclamado Califado do Iraque, certamente não nasceu dum dia para o outro. Tudo foi planeado e organizado meticulosamente na clandestinidade. Vencê-lo vai ser extremamente difícil senão impossível. Pelo menos será muito prolongado no tempo. Talvez apa- rentemente morra, mas daí a pouco ressuscitará doutra for- ma. Aliás, como têm observado muitos analistas, este terro- rismo é a continuação, duma forma muito mais radical, do terrorismo de Bin Laden. Os enormes arsenais de guerra de que as grandes po-tências são detentoras nada resolvem na prática, por incrível que pareça. Nenhuma das potências que possuem armas nuclea- res vai ter a coragem de as usar. Isso seria uma sementeira de morte a todos os níveis que nem sequer imaginamos. Tais armas na pratica servirão apenas para meter medo. Mas a paz baseada no medo não é paz. É desconfiança mú- tua. Alem disso aqueles que as não possuem podem de for- ma muito acessível fabricar ou comprar as armas químicas e biológicas igualmente devastadoras que são apelidadas de “a bomba atómica dos pobres”. A História comprova que a guerrilha e o terrorismo são as “guerras” mais difíceis de vencer. Exemplos disso não fal- tam mesmo na história contemporânea. De certa maneira, o Ocidente tem aquilo que merece. A América e seus aliados Ocidentais, debaixo da bonita capa do “Direitos Humanos” procuram em primeiro lugar estratégias financeiras e geo- políticas. Quando convém fazem vista grossa a determina- das ditaduras, onde esses direitos não passam duma qui- mera. O Ocidente vive ainda demasiado centrado nas “revistas cor de rosa” e em questões de género. Ninguém põe em causa a dignidade de todos as pessoas humanas, ninguém com bom senso manda perseguir este ou aquele porque é isto ou aquilo. Mas há uma antropologia da qual temos que partir. Afirmar que ser homem ou mulher é mero resultado do contexto educativo e cultural e impor à força ao nível estatal esta filosofia significa que estamos perante um totali -tarismo meramente ideológico e dos piores. Podemos di- zer que estamos perto dum certo tipo de nazismo que se afirmava “científico”. Também ouvi muitas vezes afirmar, até a padres, que o marxismo era “científico”. Viu-se até onde estes totalitarismos levaram. Para este tipo de ideologias, o grande imigo a abater é o cristianismo e de modo especial a Igreja Católica. O cristia- nismo é a religião mais perseguida frontalmente ou de mo- do mascarado. Nada disto é novo. Para quem for capaz ler a carta do mundo atual à luz da fé, descobrirá sinais e aler- tas de Deus dirigidos especialmente a esta Europa velha e também aos cristãos que andam muito distraídos. martinsvidinha@sapo.|http://www.paroquiariotinto

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O POVO DE RIO TINTO Publicação Mensal| Paroquia de Rio Tinto

Rua da Lourinha, 33 4435-308 Rio Tinto - 224890285

Ano 38| N.º 314/Setembro/ 2014

NOLITE TIMERE

Os sinais da hora que passa O terrorismo universal, tendo à cabeça o auto proclamado Califado do Iraque, certamente não nasceu dum dia para o outro. Tudo foi planeado e organizado meticulosamente na clandestinidade. Vencê-lo vai ser extremamente difícil senão impossível. Pelo menos será muito prolongado no tempo. Talvez apa-rentemente morra, mas daí a pouco ressuscitará doutra for-ma. Aliás, como têm observado muitos analistas, este terro-rismo é a continuação, duma forma muito mais radical, do terrorismo de Bin Laden. Os enormes arsenais de guerra de que as grandes po-tências são detentoras nada resolvem na prática, por incrível que pareça. Nenhuma das potências que possuem armas nuclea-res vai ter a coragem de as usar. Isso seria uma sementeira de morte a todos os níveis que nem sequer imaginamos. Tais armas na pratica servirão apenas para meter medo. Mas a paz baseada no medo não é paz. É desconfiança mú-tua. Alem disso aqueles que as não possuem podem de for-ma muito acessível fabricar ou comprar as armas químicas e biológicas igualmente devastadoras que são apelidadas de “a bomba atómica dos pobres”. A História comprova que a guerrilha e o terrorismo são as “guerras” mais difíceis de vencer. Exemplos disso não fal-tam mesmo na história contemporânea. De certa maneira, o Ocidente tem aquilo que merece. A América e seus aliados Ocidentais, debaixo da bonita capa do “Direitos Humanos” procuram em primeiro lugar estratégias financeiras e geo-políticas. Quando convém fazem vista grossa a determina-das ditaduras, onde esses direitos não passam duma qui-mera.

O Ocidente vive ainda demasiado centrado nas “revistas cor de rosa” e em questões de género. Ninguém põe em causa a dignidade de todos as pessoas humanas, ninguém com bom senso manda perseguir este ou aquele porque é isto ou aquilo. Mas há uma antropologia da qual temos que partir. Afirmar que ser homem ou mulher é mero resultado do contexto educativo e cultural e impor à força ao nível estatal esta filosofia significa que estamos perante um totali-tarismo meramente ideológico e dos piores. Podemos di-zer que estamos perto dum certo tipo de nazismo que se afirmava “científico”. Também ouvi muitas vezes afirmar, até a padres, que o marxismo era “científico”. Viu-se até onde estes totalitarismos levaram. Para este tipo de ideologias, o grande imigo a abater é o cristianismo e de modo especial a Igreja Católica. O cristia-nismo é a religião mais perseguida frontalmente ou de mo-do mascarado. Nada disto é novo. Para quem for capaz ler a carta do mundo atual à luz da fé, descobrirá sinais e aler-tas de Deus dirigidos especialmente a esta Europa velha e também aos cristãos que andam muito distraídos.

martinsvidinha@sapo.|http://www.paroquiariotinto

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PANORAMA

Memória é prejudicada por Problemas de Sono na Terceira Ida-de Dormir pouco ou demais pode afetar a memória, especialmente dos idosos. Um novo estudo americano foi o primeiro a associar esse problema à duração do sono a partir da meia idade num número expressivo de participantes. Publicada na revista “The Journal of the American Geriatrics Society", a pesquisa nos EUA, avaliou 15.623 mulheres acima de 70 anos. saudáveis, sem qualquer indí-cio de acidente vascular cerebral ou depressão na avaliação inicial. Segundo os resultados do estudo, mulheres que dormiam cinco ou menos horas, ou. por outro lado, mais de nove horas por dia, ti-nham uma memória pior, equivalente a dois anos a mais de idade. Aiétn disso, mulheres cujo padrão de sono variava mais de duas horas ao longo do tempo também eram prejudicadas. Dada a im-portância de se preservar a memória no envelhecimento, é essenci-al identificar fatorcs influentes, tais como hábitos do sono. Os resul-tados sugerem que ter um padrão regular de sono. que é de sele horas por dia, ajuda a manter a memória dos mais velhos, e que intervenções clínicas baseadas na terapia do sono podem servir como um fator de prevenção contra o declínio cognitivo. Admitem entretanto, que mais estudos são necessários para compreender por que existe esta relação. O especialista Einstein Camargos. professor de geriatria da Univer-sidade de Brasília (UnB), explica que a relação entre pouco sono e perda de memória já está bastante estabelecida na literatura médi-ca. Ele cita um estudo do ano passado publicado na revista "Science" mostrando que dormir menos de sete horas por dia pode aumentar o risco do desenvolvimento da doença de Al/.heimer, que acomete idosos e cujos sintomas incluem a perda dc memória. Dor-mir demais, por outro lado, pode estar associado a outros fatores que. por sua vez, também afetam a memória. Na verdade, não são necessariamente as horas de sono a mais que vão prejudicar a memória, fique, geralmente, a pessoa que está dormindo demais tem algum outro problema, como a apneia ou síndrome das pernas inquietas, por exemplo. Ela dorme mais para compensar o sono de má qualidade. Camargos alerta que o idoso é o que mais precisa de cuidados para ter um sono melhor: Se o indivíduo nio dormir bem esta noite, amanhã ele já terá memó-ria deteriorada. E os idosos são mais prejudicados, pois eles já en-frentam o envelhecimento do cérebro Quando há uma sobrecarga, como o sono ruim. eles imediatamente sofrem perda dc memória. Carmagos defende que o “idoso saudável terá um sono saudável''. O especialista combate a ideia disseminada de que. na terceira idade, uma pessoa necessita de menos horas de sono do que an-tes. O número de horas necessárias nessa faixa etária ainda é contro-verso. O mais importante é o sono de qualidade, aquele que é sufi-ciente para ele restabelecer as energias. E foi incisivo com relação ao uso de medicamentos: Há até pouco tempo, tratar o sono com remédios era mal visto por uma série de fatores. Hoje. estudos mostram que o importante é ter um sono sa-tisfatório nesta faixa etária, mesmo que induzido. No estudo da "Science", por exemplo, pesquisadores concluíram que o bom sono, seja natural ou induzido, reduziam os riscos de Alzheimer nos idosos. Ana Pereira Assistente Social

IDADE MAIOR E SAÚDE 2

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* Silva Pinto

O OUTONO E A VIDA "Há uma idade na vida em que os anos passam demasia-do depressa e os dias são uma eternidade ” Virginia Wolf O Outono, é a estação do ano que começa por volta do dia 22 de Setembro e se prolonga por três meses. Os dias são mais curtos, anoitece mais cedo, sente-se uma friagem no rosto, enquanto o Sol nos aquece os olhos e tem um brilho especial: o Sol dourado do Outo-no. As folhas de muitas árvores e arbustos tomam tonalida-des lindíssimas e quando caem formam extensos tapetes dourados. É por isso que se compara a idade do ouro, a terceira idade do ser humano, ao Outono. Poderemos dizer que o Outono é a natureza a envelhecer após um Verão fulgurante, em comparação ao envelhe-cimento humano, após um período de intensa actividade na fase produtiva da vida. O envelhecimento da população é uma realidade, espe-cialmente nos países desenvolvidos por não ser acompa-nhada de uma taxa de natalidade que possa compensar o aumento da esperança de vida. A Organização Mundial da Saúde acredita que a melhor forma de se garantir uma boa saúde para as populações idosas, é a prevenção das doenças e a promoção da saú-de em todas as fases da vida. O Outono da Vida, deve ser encarado como uma fase do ciclo em que os cabclos grisalhos aparecem e ficamos mais frágeis, mais susceptíveis a infecções e doenças, mas também de colheita e de alegria, de olhar para trás e lembrar tanta coisa boa que se fez e de oportunidade de transmitir aos mais novos a nossa experiência. É no Outono que fazemos as vindimas, que se recolhe o milho nos celeiros, que se festeja o S. Martinho e que começa mais um ano escolar, num sinal de vitalidade. E porque estamos mais frágeis, devemos tomar medidas para resistir ao Inverno que se aproxima e chegar a mais uma Primavera! A gripe e as doenças respiratórias em geral, são mais frequentes nesta época do ano e o seu contágio é muito fácil. Mas, a melhor forma de evitar uma doença é preveni-la e a vacina que estará disponível nos próximos dias nas farmácias, pode evitar uma gripe que nos idosos pode ter complicações sérias. É que se num adulto sem pro-blemas de saúde apenas precise de tratamento sintomáti-co, com um analgésico e que baixe a febre e as dores de cabeça, num idoso diabético, com insuficiência cardíaca ou bronquite crónica, uma gripe pode complicar-se com uma pneumonia, sinusite ou descompensação cardíaca e ser fatal se não for tratada com os devidos cuidados. E nestes casos que está indicada a vacina. Para chegar a mais uma Primavera!

* Médico

NAS ASAS DA POESIA

O apanhador de desperdícios Uso a palavra para compor meus silêncios. Nâo gosto das palavras fatigadas de informar. Dou mais respeito às que vivem de barriga no chão tipo água pedra sapo. Entendo bem o sotaque das águas Dou respeito às coisas desimportantes e aos seres desimportantes. Prezo insetos mais que aviões. Prezo a velocidade das tartarugas mais que a dos mísseis. Tenho em mim um atraso de nascença. Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos. Tenho abundância de ser feliz por isso. Meu quintal é maior do que o mundo. Sou um apanhador de desperdícios: Amo os restos como as boas moscas. Queria que a minha voz tivesse um formato de canto. Porque eu não sou da informática: eu sou da invencionática. Só uso a palavra para compor meus silêncios Manuel de Barros

Selecção de D.r .a Rita Sá ferreira

Todos os dias serão santos para mim" — assim falou, um dia, a sabedoria da minha juventude; em verdade, era a fala de uma jovial sabedoria. Mas, então, roubastes-me, ó inimigos, as minhas noites e vendeste-las ao tormento da insónia! Ai de mim! Para onde fugiu, agora, essa jovial sabedoria? Em tempos, eu ansiava por bons presságios das aves; então, atraves-sasstes-me no caminho um monstro de mocho, uma ave adversa. Ai de mim! Para onde fugiu, então, a minha meiga ambição? Em tempos, jurei renunciar a todo o asco; então, transformastes em abcessos aqueles que me eram próximos e muito próximos. Ai de mim! Para onde fugiu, então, o meu voto mais nobre? Em tempos, percorri como um cego ditosos caminhos; então, atiras-tes a vossa imundície para o caminho do cego, e, agora, ele sente aversão pelo seu antigo carreiro.

Nietzsche em ‘Assim Falava Zaratustra’

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5 VIDA CRISTÃ

Novos lhos de Deus durante o mês de agosto (con nuação) Tomás Miguel Ribeiro Lopes Lucas Filipe Otoni Tavares Francisca Trigo Ferreira Leandro Silva Oliveira Tiago Vilaça Almeida Rodrigo dos Santos Alves Rodrigo Teixeira da Silva Luana Ma lde Carvalho Ferreira Diogo Miguel Magalhães Cardoso San ago Machado Silva Mário Filipe Sousa Gonçalves Maria Teixeira Figueiredo Ma lde Neves Pinto Gonçalo Filipe Santos Barbosa

Partiram para o Pai ( durante o mês de agosto ) Frutuoso António da Costa Tavares ~ de 80 anos José Clemente Pinto Ferreira - de 79 anos Virgilio António da Silva Teixeira - de 65 anos Luisa Maria Passo Nogueira - de 53 anos Américo da Silva Triães - de 53 anos Arménio Joaquim Lopes - de 77 anos Elisa Maria Ferreira Igreja - de 42 anos José Eugênio Madeira - de 79 anos Emesto Francisco de Azevedo - de 87 anos M" da Conceição de Sousa Laranj0. Silva - de 54 anos Rosa Bela Souza Matos Monteiro - de 62 anos Maria Rosa das neves Basto Silva - de 72 anos Joaquim da Silva Miranda - de 84 anos

Novos lares ( durante o mês de agosto ) Ricardo Filipe da Fonseca Aguiar Ana Maria Lima Moreira Ribeiro Filipe Alexandre da Silva Salgado Carla Patrícia Magalhães Martins Ricardo Daniel Almeida Pinto Isabel Patrícia Sousa Barroso Bruno Miguel Miranda Rodrigue Alexandra Raquel Oliveira Cardoso Germano Muffato Diana da Cunha Suran Ferreira Manuel Fernando da Silva Salgado Gabriela Filipa Fernandes Almeida Claúdio Alexandre Madeira Lopes Joana Joana Filipa Rosas dos Santos Joaquim André Ferreira Soares Joana dos Santos Martins Rodrigues Rui Miguel Rodrigues Coelho Maria Adelaide Silva Ivan Daniel Lourenço Garcia Correia Carla Alexandra Pinto Quadrado Manuel Fernando da Silva Salgado Gabriela Filipa Fernandes Almeida Claúdio Alexandre Madeira Lopes Joana Filipa Rosas dos Santos Joaquim André Ferreira Soares Joana dos Santos Martins Rodrigues Rui Miguel Rodrigues Coelho Maria Adelaide Silva Ivan Daniel Lourenço Garcia Correia Carla Alexandra Pinto Quadrado

Novos filhos de Deus ( durante o mês de agosto ) Benedita da Mota Pereira Afonso Mafalda Pinto de Sousa Cunha Lara Pereira Alberto Inês Filipa Garrido Neves Rodrigo Miguel Conceição Carvalho Clara Oliveira Santos Bianca Pereira Andrade Leonor Oliveira Martins Marques Matilde Alves Guedes Luana Filipa Calobra Marques Carolina Martins de Almeida João pedro Gonçalves Pereira Diego Gonçalves Pereira Érica Andrade Alves Hugo Neves Guimarães Lourenço Barroso Pinto Mara Raquel Coelho Santos Helder Rafael Soares de Castro Martin Soares Castro Benedita Luz Morais Silva Nicole Ferreira Gonçalves Pinto Eduardo Filipe Ferreira Gonçalves Pinto Matilde Pereira de Miranda Inês Mariana Lopes Madureira Amália Daisy Harbeumont Luana Sofia Cardoso Rodrigues Rodrigo Oliveira Jesus Maria Leonor Pereira Rodrigues Matilde Santos Sanhudo Leonor Sousa Teixeira Afonso Martins Costa Tomás Maia Ribeiro Maria Carolina da Silva Guimarães Camila Muffato Gustavo Ochoa Paredes Ribeiro Barros

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6 Conceição Gonçalves… Do outro lado

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"0 Povo de Rio Tinto" 09/09/2014

NOVO ANO POLÍTICO SERÁ MARCADO

PELA PACIFICAÇÃO INTERNA DO PS?

M. Pinto Teixeira 1- 0 novo ano político que começa a dar os primeiros passos será indiscutivelmente marcado pelos caminhos que o Partido Socialista venha a escolher para a sua pacificação interna. Não vale a pena ter ilusões sobre as feridas internas que a disputa das primárias necessariamente está a gerar. Mas também é uma ilusão pensar que no fim da linha, isto é, à medida que caminhamos para o terminus da legislatura, os socialistas continuarão a alimentar divisões, pondo em causa a disputa eleitoral do próximo ano. O instinto político de sobrevivência, e sobretudo o cheiro a poder é um antídoto imbatível em qualquer partido, contra qualquer forma de divisão, sempre que no horizonte se avizinham eleições nacionais. Ora, tanto os dirigentes socialistas, como o seu próprio eleitorado, sabem muito bem que entre alguns amuos circunstanciais, e a hipótese de retomar o po-der da governação nacional não há a menor das dúvidas: o preço do poder é muito superior à dor das feridas geradas pe-lo caminho das pedras... 2- Ora, é neste cenário que a actual coligação no poder tem de pensar e definir a sua própria estraté-gia. Os que pensam que a luta interna do PS vai ter consequências eleitorais fatídicas para os objecti-vos socialistas estão redondamente enganados. Nem o eleitorado rosa e ainda menos os militantes e simpatizantes confundem os planos; e todos sabem muito bem que não há melhor forma de obter a unidade e mobilização interno do que ter a meta do poder à distância de alguns meses de umas elei-ções legislativas determinantes para o futuro do país. Enganam-se igualmente os que pensam que uns ténues sinais de recuperação económica em alguns segmentos do quoti-diano nacional são suficientes para assegurar a continuidade no poder da actual coligação. Seria a negação total das leis da ciência política que tal viesse a verificar-se. E como não é crível que nos meses que nos separam da próxima campanha eleitoral se venha a verificar um mila-gre económico capaz de mudar a opinião da maioria dos portugueses, o normal será que o PS regres-se ao poder na próxima ida às umas, independentemente do seu líder. 3- Há, finalmente, os que acalentam a ideia de ainda se vir a verificar no seio dos social-democratas um processo de disputa de liderança, antes das eleições, semelhante ao do PS, mas, neste caso, pro-tagonizado por Passos Coelho e Rui Rio. Para quem conhece bem o perfil psicológico de um e outro - melhor o segundo do que o primeiro! - um tal cenário está completamente fora da vida política interna do PSD. Nem Passos Coelho abdicará da sua teimosia de ser julgado pelos eleitores, nem Rui Rio, que é um disciplinado institucionalista, jamais aceitará protagonizar uma disputa contra um líder em plenitude de funções. Coisa bem diferente seria se Passos Coelho renunciasse livremente à liderança do partido, e fomentasse uma nova escolha... Resulta do exposto que tudo se conjuga para que o PS veja de novo o poder governativo a sorrir-lhe pela frente. E a dúvida que se coloca é apenas a de saber qual o resultado que pode obter. E daí as incógnitas sobre a configuração do próximo futuro governo. Não sendo crível que o PS obtenha uma maioria absoluta, restará saber com quem se pode coligar para formar um governo estável. Mas pare-ce certo que se não precisar da colaboração do PSD, por ter outras alternativas, claro que optará por chamar à sua órbita forças políticas menos exigentes que os social-democratas. Marinho Pinto e/ou a esquerda radical podem ser a factura (barata) que os socialistas se dispõem a pagar. O tempo o dirá!

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Consultório Jurídico - “O quê de Justiça?” - A mobilidade do trabalhador na função pública A Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas (aprovada pela Lei 35/2014, de 20 de junho), tratou do regi-me da mobilidade dos traba-lhadores na função pública no seu Capítulo III do título IV, nos artigos 92° a 99°. Na Lei desaparece a designação de mobilidade geral e de mobilidade interna passando a cedência de inte-resse público deixado de estar qualificada como instrumento de mobilidade. A mobilidade é o mecanismo jurídico que permite ao trabalhador desempenhar funções, a título transitório, no mesmo ou em diferente órgão ou serviço, sem necessidade de processo de recrutamento, podendo exis-tir mobilidade intercategorias ou mobilidade intercarrei-ras. A mobilidade dos trabalhadores em funções públicas ocorre quando haja conveniência para o interesse pú-blico, designadamente quan-do a economia, a eficácia e a eficiência dos órgãos ou serviços o imponham. A mobilidade tem de ser fundamentada e formaliza-se, em regra, por acordo entre os órgãos ou serviços de origem e de destino, medi-ante aceitação do trabalhador. A Lei, nos seus artigos 94° a 96° regula as situações em que se dispensa a aceitação do trabalhador e o acordo do serviço de origem. A mobilidade na categoria pode consolidar-se mediante a verificação cumulativa de determinados requisitos nos termos do artigo 99° da referida Lei. Nas situações excepcionais de mobilidade, o trabalhador pode ser sujeito a mobilidade para posto de traba-lho situado a mais de 60Km de distância da sua residência, com dispensa do seu acordo, desde que ocorra para unidades orgânicas desconcentradas do mesmo órgão ou serviço, se se tratar de posto de trabalho idêntico, sejam atribuídas ajudas de custo e não tenha duração superior a um ano, nos termos do art° 98° da referida Lei. A mobilidade tem duração máxima de 18 meses, exceto quando haja acordo de cedência de interesse públi-co para os órgãos e servi-ços da Assembleia da República, bem como os serviços de apoio aos grupos par-lamentares ou quando esteja em causa órgão ou servi-ço, designadamente temporário, que não possa cons-tituir vínculos de emprego público por tempo indeterminado. O prazo de 18 meses pode ser prorrogado por um período máximo de seis meses quando esteja a decorrer procedimento concursal que vise o recrutamento de trabalhador para o posto de trabalho preenchido com a mobilidade.

Manuela Garrido