O PRIMEIRO DIA - proluz.org.br · Dr. JOSÉ GERALDO RABEL O (Psicoterapia Breve) Rua 147, n° 236,...

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ANO I N° 1 Janeiro / Fevereiro 2002 Hoje é o nosso primeiro dia em contato com os irmãos que serão, por certo, nossos companheiros no propósito de caminharmos e aprendermos trocando experiências. O alento que nos impele ao primeiro passo é o mesmo que nos fortalecerá para empreendermos os subseqüentes, buscando, sempre, aprender e servir iluminados pelos ensinamentos evangélicos, acordes com a Codificação Kardeciana. O nosso “Notícias Proluz”, propugnará pelo enlaçamento das Casas Espíritas e do congraçamento dos espiritualistas de boa vontade, onde as portas estarão sempre abertas para todos que se proponham a servir, seguindo as pegadas de Jesus. Se nada podemos por nós mesmos, tudo podemos naquele que nos fortalece, como ensinou o apóstolo Paulo. Embuídos desse propósito, contamos com a mão amiga que auxilia, a palavra que ensina, adverte e exorta e a companhia sincera que encoraja, de todos os espíritas desvestidos de preconceitos e do ranço doutrinário. O PRIMEIRO DIA “A maior caridade que se pode fazer para a Doutrina Espírita, é a sua divulgação” (Emmanuel) Órgão de divulgação da Doutrina Espírita e-mail: [email protected] Se formularmos a pergunta “o que desejas?” a qualquer pessoa, a resposta será imediata: “Desejo ser feliz”. Mas, se analisarmos o comportamento do questionado, veremos que ele caminha em sentido inverso ao objetivo perseguido. A felicidade é simples, singela e descomplicada, resumindo-se num equilíbrio de valores, quase sempre graciosos, cujos limites se exaurem na utilidade. Por outro lado, a infelicidade resulta da busca irracional, por bens e valores além dos limites necessários, o que se caracteriza como supérfluo. Segundo este raciocínio, vemos o homem matando e morrendo, vulnerando e sendo vulnerado, pela busca irracional de bens desne- cessários. Se ele colocasse o seu esforço dentro dos limites da racionalidade, constataria que o essencial para uma vida equilibrada e feliz é bem pouco, e que a causa da infelicidade está na vulneração das leis do equilíbrio para alcançar bens e valores que se acumulam desnecessariamente, destruindo a paz. O Mestre Bino, também conhe- cido como “O Contador de Estórias”, trará a cada edição deste jornal, um conselho ou uma advertência em forma de estorieta exemplificativa, para nosso deleite, reflexão e apren- dizado. Página 5. Dr. JOSÉ GERALDO RABEL O ( Psicoterapia Breve) Rua 147, n° 236, Setor Marista – Goiânia – Goiás. Fones: (0 xx 62) 242-1633 – 242-0726 Girassol Malhas Ltda Cotton, Lycra e Suplex Aviamentos em Geral Fone / Fax: (62) 233-0923 Rua Santa Luzia, 596 – Setor Campinas (esq. c/Rua Minas Gerais) Goiânia - Goiás NOTA DE AGRADECIMENTO Aos bondosos irmãos que tornaram possível a implantação do “Notícias Proluz”, agradece- mos fazendo coro com a voz do povo, quando agradecido canta: Feliz aquele que segue Jesus, A seus ensinos obediente, Auxiliando, sempre contente Caminhando na senda PROLUZ. O Notícias Proluz coloca à disposição das Casas Espíritas, gratuitamente, um encarte destinado à divulgação das mesmas. Os interessados deverão contatar pelo e-mail: [email protected] ou, pelos telefones: 249-0212 e 291-4355. AOS DIRIGENTES DE CASAS ESPÍRITAS ATENÇÃO!!! Encontra-se em funcionamento, um grupo de estudo e divulgação da Doutrina Espírita, na Vila Redenção. Os estudos estão acontecendo aos domingos, às 18:00 horas, nas dependências da Associação de Moradores, ao lado da Telegoiás. A FÉ Eurípedes B. de Freitas e Abreu - Página 2 JESUS NÃO ENSINOU UMA RELIGIÃO Jávier Godinho - Página 3 A FLOR DE CEREJEIRA Nayara Morais de Araújo - Página 3 M.E.S.B. - MOCIDADE ESPÍRITA SAMARITANOS DO BEM - Página 3 REENCARNAÇÃO: CONSIDERAÇÕES OPORTUNAS Félix de Nole Azevedo - Página 5 O VERDADEIRO VALOR Adalberto / Evaristo - Página 6 EDITORA PROLUZ LTDA - OBRAS EDITADAS - Página 6 QUAL É A CAUSA? Esse Capelli - Página 4 O VALOR DA COMUNICAÇÃO Adalberto Rodrigues Mota - Página 4 VOCÊ SABIA?... Izabela Barbosa de C. Santos - Página 4 DO BANCO DA PRAÇA Mestre Bino - Página 5

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ANO I N° 1 Janeiro / Fevereiro 2002

Hoje é o nosso primeiro dia em contato com os irmãos que serão, por certo, nossos companheiros no propósito de caminharmos e aprendermos trocando experiências. O alento que nos impele ao primeiro passo é o mesmo que nos fortalecerá para empreendermos os subseqüentes, buscando, sempre, aprender e servir iluminados pelos ensinamentos evangélicos, acordes com a Codificação Kardeciana.

O nosso “Notícias Proluz”, propugnará pelo enlaçamento das Casas Espíritas e do congraçamento dos espiritualistas de boa vontade, onde as portas estarão sempre abertas para todos que se proponham a servir, seguindo as pegadas de Jesus. Se nada podemos por nós mesmos, tudo podemos naquele que nos fortalece, como ensinou o apóstolo Paulo.

Embuídos desse propósito, contamos com a mão amiga que auxilia, a palavra que ensina, adverte e exorta e a companhia sincera que encoraja, de todos os espíritas desvestidos de preconceitos e do ranço doutrinário.

O PRIMEIRO DIA

“A maior caridade que se pode fazer para a Doutrina Espírita, é a sua divulgação” (Emmanuel)

Órgão de divulgação da Doutrina Espíritae-mail: [email protected]

Se formularmos a pergunta “o

que desejas?” a qualquer pessoa, a

resposta será imediata: “Desejo ser

feliz”. Mas, se analisarmos o

comportamento do questionado,

veremos que ele caminha em sentido

inverso ao objetivo perseguido.

A felicidade é simples, singela e

descomplicada, resumindo-se num

equilíbrio de valores, quase sempre

graciosos, cujos limites se exaurem

na utilidade. Por outro lado, a

infelicidade resulta da busca

irracional, por bens e valores além

dos limites necessários, o que se

caracteriza como supérfluo.

Segundo este raciocínio, vemos o

homem matando e morrendo,

vulnerando e sendo vulnerado, pela

busca irracional de bens desne-

cessários. Se ele colocasse o seu

esforço dentro dos limites da

racionalidade, constataria que o

essencial para uma vida equilibrada

e feliz é bem pouco, e que a causa da

infelicidade está na vulneração das

leis do equilíbrio para alcançar bens

e valores que se acumulam

desnecessariamente, destruindo a

paz.

O Mestre Bino, também conhe-

cido como “O Contador de Estórias”,

trará a cada edição deste jornal, um

conselho ou uma advertência em

forma de estorieta exemplificativa,

para nosso deleite, reflexão e apren-

dizado. Página 5.

Dr. JOSÉ GERALDO RABEL O ( Psicoterapia Breve)

Rua 147, n° 236, Setor Marista – Goiânia – Goiás. Fones: (0 xx 62) 242-1633 – 242-0726

Girassol Malhas Ltda

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Rua Santa Luzia, 596 – Setor Campinas (esq. c/Rua Minas Gerais) Goiânia - Goiás

NOTA DE AGRADECIMENTOAos bondosos irmãos que tornaram possível

a implantação do “Notícias Proluz”, agradece-mos fazendo coro com a voz do povo, quando agradecido canta:

Feliz aquele que segue Jesus,A seus ensinos obediente,Auxiliando, sempre contenteCaminhando na senda PROLUZ.

O Notícias Proluz coloca à disposição das Casas Espíritas, gratuitamente, um encarte destinado à divulgação das mesmas. Os interessados deverão contatar pelo e-mail: [email protected] ou, pelos telefones: 249-0212 e 291-4355.

AOS DIRIGENTES DE CASASESPÍRITAS

ATENÇÃO!!!Encontra-se em funcionamento, um grupo de estudo e divulgação da Doutrina Espírita, na Vila Redenção. Os estudos estão acontecendo aos domingos, às 18:00 horas, nas dependências da Associação de Moradores, ao lado da Telegoiás.

A FÉEurípedes B. de Freitas e Abreu - Página 2

JESUS NÃO ENSINOU UMA RELIGIÃOJávier Godinho - Página 3

A FLOR DE CEREJEIRANayara Morais de Araújo - Página 3

M.E.S.B. - MOCIDADE ESPÍRITASAMARITANOS DO BEM - Página 3

REENCARNAÇÃO:CONSIDERAÇÕES OPORTUNAS

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O VERDADEIRO VALORAdalberto / Evaristo - Página 6

EDITORA PROLUZ LTDA - OBRASEDITADAS - Página 6

QUAL É A CAUSA?Esse Capelli - Página 4

O VALOR DA COMUNICAÇÃOAdalberto Rodrigues Mota - Página 4

VOCÊ SABIA?...Izabela Barbosa de C. Santos - Página 4

DO BANCO DA PRAÇAMestre Bino - Página 5

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Goiânia, Janeiro / Fevereiro de 2002

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A FÉLACERDA, Fernando. Do País da Luz. Rio de Janeiro, Federação Espírita Brasileira, 4ª ed.,1984, p.137/152.

(Adaptação do texto A fé, ditado pelo espírito Padre Antônio Vieira)

A fé é como o po-der da luz! Ainda quando cerramos nossos olhos para não vê-la, atraves-sa a espessuara de nossas pálpebras, para levar à retina a sensação da sua presença.

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No mundo há um grande sol que tudo ilumina: é a fé; há uma resistir, paciência para esperar. Com a fé, que fácil será ser indul-grande treva que tudo obscurece: é a ignorância. Há quem diga gente para com as faltas alheias e severo para com as faltas pró-que a fé cega. Eu digo que ela ilumina, esclarece e desperta valo- prias! Com a fé, que fácil será ter conformidade nas dores, res novos no ser humano. Quem põe fé em conseguir alguma constância nos trabalhos, coragem na adversidade! Com a fé, que coisa, acende uma luz que lhe ilumina os passos para chegar ao fácil será ter santidade no amor, virtude na amizade, carinho na fim do seu desejo. Não tendo a luz da fé a iluminar-lhe o caminho, indiferença, freio no desregramento, paz na desarmonia, conten-o homem não saberá andar pela vida, pois o escuro da ignorância o tamento nas dores e tranqüilidade no desencarne! povoará de incertezas e o semeará de desfalecimentos e, assim, Disse Jesus: quem o quisesse seguir abnegasse a si mesmo. perder-se-á. Tens tu coragem para te confessares seu discípulo? Pois se tens,

Deste modo, quando um homem deixa-se permanecer na toma a tua cruz e segue-o. Segui-lo é fazer o que Ele fez; é pregar a ignorância, ele mantêm-se na escuridão, pois não vê para onde verdade, ainda que essa pregação o conduza ao ultraje, ao caminha e nem a si próprio vê. Dentro da ignorância, como dentro martírio, à morte. Seguir o Cristo é procurar romper a densidão das da escuridão, não tem limites a sua vista, pois sua vista está trevas, como Ele fez; é amar como Ele amou; é perdoar como Ele limitada ao nada. Como o ignorante desconhece, não admite que perdoou; é edificar como Ele edificou. Do Cristo irradiava, irradia os outros conheçam, por isso não vê nos outros o que em si próprio e irradiará a luz da liberdade, da caridade e da igualdade. Amando, não vê. Será necessário muito trabalho para conduzir o homem ao Ele foi odiado; perdoando, Ele foi condenado; fazendo justiça, Ele ABER, enquanto basta a própria inércia para o conservar na foi injustamente justiçado. Assim, fizeram os homens a quem Ele ignorância. Há muitos que nada querem SABER, só para não trazia a luz da fé; mas, nem por o crucificarem, essa luz se apagou. darem ao seu espírito o cuidado de se deslocarem do escuro em Sendo a sua luz a maior que veio ao Mundo, ao Mundo todo não que se encontram. logrou ilu-minar logo e, apesar de tantos anos

A fé é mais poderosa que o saber, pois ela pode decorridos, ainda há olhos que a não vêem, existir sem o saber (conhecimento), enquanto o sa- corações que lhe desconhecem o calor.ber não existirá sem a fé. O saber humano é feito das Assim não te preocupes que não leves a luz pequenas parcelas que a fé arranca junto ao “des- para todos. Uma alma, porém, de que consigas conhecido” e vai ajuntando, como as grandes dunas afastar as trevas, é mais uma luz que acendes. são feitas de minúsculos grãos de areia, que o vento Fazer luz num cérebro é fazer uma grande obra, e a maré acarretam e amontoam, no seu incessante de que não podemos antever sequer o alcance. labutar. Nós carecemos de fé para tudo. Assim, se tu Um cérebro é um mundo; e, nele fazer luz é crear tiveres fé na tua obra, ela te renderá bons frutos. Não um novo Sol. te espantes se os ignorantes te arremessarem pedras, Ora, levar a fé a alguém, é fazer mais do que nem se a inveja te atravancar o caminho de obstá- levar-lhe a luz; é levar-lhe a luz ao cérebro, a culos. A tua fé te abrigará das pedras, fazendo que força à vida e o calor ao coração. O homem que não as sintas; a tua fé te livrará dos obstáculos, tem o conhecimento sem a fé é como uma fazendo que não os veja e nem o incomodem. Ter fé lâmpada rica sem azeite. Tem aparência, mas não é combater a inércia e levá-la aos campos da igno- ilumina. De que serve o saber quando não rância, como luz que ilumina caminhos; e aí muitos verão e segui- conduz a um fim bom e útil? Pois os “sábios” sem fé, quando não rão a luz da fé. Deixa que pouco a pouco a luz penetre a retina dos fazem o mal, não produzem bons frutos, são como a lâmpada rica ignorantes e lhes tome a vista de modo natural. Não te importes sem azeite. O homem quando é sábio, verdadeiramente, é o que não vejam logo bem. É preciso que os olhos se habituem à luz depositário do poder de Deus na Terra. Ensina, esclarece, ilumina, para esta não os cegar. Àqueles que não quiserem ver, deixa que aconselha, edifica, enriquece, encaminha, inventa, conforta. O não vejam, pois não se fez luz ainda para os seus olhos. Eles não saber, com fé, nos conduz ao nosso verdadeiro lugar na escala têm culpa, pois o importante é levar a fé onde ela não havia. evolutiva.

Se soubermos fazer valer o que temos, com fé, o que temos terá E haverá “saber” sem “saber”? Há. O “saber” sem “saber” é valor; e como valor ficará para todos os tempos até que o homem como um cego que conduz uma luz. Não aproveita da sua clari-aprenda distinguir o justo do injusto, a sombra da luz. Não pode- dade, nem dela pode saber fazer uso em proveito alheio. O “sa-mos dizer que por haverem Espíritos que se comprazem em ficar ber” não perde o homem, pelo contrário, o “saber” o encaminha; nas trevas, devemos detestá-los e malsiná-los. O que devemos é guia, não desvia; forma, não destrói; conquista, não desbarata. O esclarecê-los, fazer que vejam mesmo de olhos fechados. Assim é “saber” é a perfeição, e só a perfeição o pode conduzir; é o bem, e o poder da fé. E basta que um só homem exista, com fé, dentro de só ao bem pode encaminhar; é a luz e só a luz pode destruir as um exército, para que o exército possa por ele ser conduzido à trevas da ignorância. Um cérebro onde o falso “saber” assenta vitória. pouso é uma cobra a destilar venenos; é um covil de onde salteiam

A fé é como o poder da luz! Ainda quando cerramos nossos víboras.olhos para não vê-la, atravessa a espessura de nossas pálpebras, Assim a única forma de termos o verdadeiro saber, é buscando-para levar à retina a sensação da sua presença. o pela luz da verdade e pela fé. A fé é a verdade; a fé é o bálsamo

Não existe fé no mundo? Pois este é o tempo de semeá-la. Este é que adoça a vida e tranqüiliza a consciência. Com a fé acessamos a o tempo de levarmos ao mundo as boas novas da doutrina espírita, razão; com a razão a serenidade e com a serenidade a salvação de para despertar na sociedade uma fé racional. Quem pode colher todos. Quem, nas tempestades da vida, conservar a fé, não sem semear? É necessário que se divulgue e exemplifique para hesitará, não se perderá. A fé supre todos os sentimentos, e que a fé nasça, mature e possa ser colhida. Ter fé é seguir ao futuro nenhum sentimento substitui a fé.com o pensamento em Deus; é seguir ao trabalho com os olhos em “Se tiveres a fé do tamanho de um grão de mostarda, remove-Jesus. De Deus nos virá a força e de Jesus o exemplo. rás montanhas”, disse-o o Cristo.

Na fé nós buscamos resistência para lutar, resignação para EURÍPEDES BALSANULFO DE FREITAS E ABREU

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Religião não se contesta, mas se respeita. É assunto que não ter medo de se proclamar reencarnacionista e médium. Ser vale a pena discutir. Cada um tem a religião que merece e, reencarnacionista é uma concepção pessoal, e adeptos de historicamente, polêmicas desse tipo motivaram muitos crimes muitas religiões diferentes o são sem ver nisso a necessidade de terríveis e produziram muitos conflitos tenebrosos, cujo proclamação pública. Já ser médium não depende da pessoa exemplo maior é a guerra entre árabes e judeus, que começou há querer. Mediunidade é uma faculdade orgânica, quer dizer, do cinco mil anos e ninguém pode prever quando acabará. próprio organismo humano. A mediunidade permite a alguém,

Cristo não tinha religião organizada, como as conhecemos de alguma forma, comunicar-se com o mundo espiritual. O hoje. Ele simplesmente recomendou que amemos ao Pai e uns médium nasce médium. Pode professar qualquer religião ou, até aos outros, assim como Ele nos amou. Foram os homens, seres mesmo, não ter religião e continuar médium.falíveis, que se organizaram em religiões, interpretando de Presbiteriano, Nehemias Marien apresenta particularidades acordo com seus pontos de vista esse único ensinamento do muito interessantes. Os presbiterianos compõem um dos ramos Mestre. mais respeitáveis do protestantismo, e ele, vem de uma família

Então não devemos combater aqueles que, em nome de de missionários que trabalharam na evangelização, nos sertões Deus, pensam diferente de nós? Jesus disse que não. Quem de Mato Grosso e na região de Formosa, em Goiás. É pastor há duvida é porque não se deteve no Evangelho de Marcos, 19, 34 a mais de 44 anos e, há 27 anos, titular da Igreja Presbiteriana 37, e no Evangelho de Lucas, 4, 49 e 50. Ali, está escrito que Bethesda, em Copacabana, Rio de Janeiro. Sua visão religiosa é João Evangelista foi reclamar ao Mestre haver encontrado um holística, pluralista e liberal, favorecedora do diálogo inter-homem que expulsava demônios sem pertencer ao rol dos religioso. Seus conhecimentos bíblicos são indiscutíveis. escolhidos para seus apóstolos ou discípulos. João Evangelista Doutor em Teologia e Ciências Bíblicas, já viveu e pregou na queria proibi-lo de assim proceder, mas Jesus lhe disse: Inglaterra e na França. Durante meses, a televisão o mostrou, no

“Não lho proibais, porque ninguém há que faça milagres em programa de Jota Silvestre, respondendo com extraordinário meu nome e possa logo falar mal de mim. Porque quem não é acerto perguntas as mais difíceis sobre a Bíblia.contra nós é por nós. Porque qualquer que vos der de beber um Nehemias Marien considera Jesus o perfeito médium de copo d'água em meu nome, porque sois discípulos do Cristo, em Deus e a Bíblia a obra mediúnica mais antiga do mundo, onde a verdade vos digo que não perderá seu galardão”. reencarnação é ensinada e confirmada. São suas palavras

Um exame sincero desta passagem evangélica deixa claro textuais: “é o Espiritismo o mais caudaloso afluente do que Jesus exige a prática do amor e não o rótulo de religião, Cristianismo”.porque quem não é contra nós é por nós. O essencial, pois, é Ele tem a coragem de afirmar, para quem quiser ouvir e nos esforçarmos para sermos bom, daí o conceito kardecista publicar, que admira os espíritas especialmente por suas idéias, número um: fora da caridade não há salvação. explicando:

Prevalecerão as religiões que tiverem as melhores idéias. — Digo isso porque sou uma pessoa estudiosa, aberta. Não Recentemente, esteve em Goiânia, Nehemias Merien, um me deixo cercar por muros de espécie alguma.pastor protestante perseguido por ser ecumênico a ponto de não

Jesus não ensinou uma religião

JÁVIER GODINHO

A FLOR DE CEREJEIRA

NAYARA DE MORAIS ARAÚJO (15 anos)

Era inverno e a neve fria cobria a cere-jeira cercava, mas, principalmente, com Mei Lee, e mais esse sonho. Mas nem sempre podemos da qual um dia eu também faria parte. Em seu uma jovenzinha chinesa, encantadora! Cres- alcançar o que desejamos, e foi o que me largo tronco, a seiva fluía, levando a essência cíamos juntas, eu aqui em cima e ela lá em aconteceu. Afastaram-me de minha “árvore-da vida até a última folha. baixo. Eu virando flor e ela se tornando mãe”, minha fonte de energia, meu lar. O meu

O inverno foi passando e dando lugar à pri- mulher. único consolo foi que os cabelos de Mei Lee mavera, onde os primeiros raios de sol, ainda Fui desabrochando para a vida, enfeitan- se tornaram minha nova morada. Fui tímidos, atravessavam as nuvens tentando do o quintal de Mei Lee. Destacava-me em apanhada, inocentemente, pelas mãos abrandar o frio para que as primeiras mani- meio às outras flores com meus tons de ro-sa delicadas de minha chinesinha, para trazer festações de vida pudessem germinar debai- em degradê, porte suave e pétalas delicadas mais beleza e alegria ao seu rosto. Envolvida xo daquele tapete branco. com curvas sutís, porém, de grande beleza. em seus cabelos me senti feliz novamente.

Foi assim que eu surgi. Um pequeno broto Exalava meu perfume com vigor, como uma O tempo foi passando, fui perdendo a vida em um galho baixo, preparando-me para me forma de demonstrar à minha chinesinha, o e a cor, já não tinha mais o mesmo perfume, abrir ao mundo, sugando forças de minha quanto apreciava sua presença. mas Mei Lee nunca me abandonou.“árvore-mãe” e buscando energia e calor do O vento quente do verão acariciava mi- Hoje, de mim só sobraram as pétalas secas sol. nhas pétalas e o por do sol, com seus tons de e murchas dentro de um livro de poesias,

Eu era um brotinho feio, verde amarron- laranja, embelezava nossa árvore. Como marcando um pequeno versinho chamado zado, pequenininho, mas aos poucos fui ga- qualquer jovem na flor da idade, me apaixo- “Flor de Cerejeira”. Mas, posso dizer que fui nhando vida e cor. Fui crescendo e me tor- nei. O outono estava chegando e eu queria feliz, pois um dia trouxe beleza e alegria à nando botão, encantado com tudo o que me procriar, gerar frutos e, à cada dia, nutria mais minha querida Mei Lee.

A Mocidade Espírita Samaritanos do Bem é um dos órgãos do Centro Procurando despertar nos jovens o entusiasmo pelo estudo da Doutrina Espírita Irmã Scheilla, fundada a mais de trinta anos e que muito tem Espírita, a MESB tem desenvolvido estudos em grupo, gincanas e outros contribuído para a evangelização dos jovens. Seus estudos fundamen- tipos de trabalhos, tentando motivar ainda mais, os jovens. Ela também tam-se nas obras básicas e nas complementares da Doutrina Espírita. tem participado ativamente da Campanha Auta de Souza, de campanhas Como toda mocidade, tem seus altos e baixos, isto é, algumas vezes tem para arrecadação de brinquedos e materiais de limpeza a serem uma baixa freqüência e em outras, o seu número de freqüentadores é distribuídos entre os freqüentadores da Sopa da Tia Ruth e outras datas bastante expressivo. De seus quadros já saíram muitos trabalhadores e comemorativas como Dia da Criança, Dia das Mães, Natal... dirigentes espíritas, pois, não fossem as mocidades espíritas auxiliando Para este ano queremos desenvolver estudos ainda mais emocio-na renovação dos quadros dos trabalhadores de nossa doutrina, hoje não nantes e interessantes, procurando intensificar os trabalhos práticos, pro-teríamos a difusão do espiritismo em larga escala no Brasil. curando dinamizar e potencializar os “rapazes” e as “moças”, na música,

Os temas mais estudados na Mocidade Espírita Samaritanos do Bem no teatro...têm sido aqueles relacionados ao namoro, casamento, formação dos Esperamos contar com você! Estaremos de braços abertos lhe espe-mundos, origem do homem na terra e origem e evolução dos espíritos. rando.

MESB - MOCIDADE ESPÍRITA SAMARITANOS DO BEM

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CENTRO ESPÍRITA IRMÃ SCHEILLA

Qual a Causa?

Esse Capelli

Eu me coloco diante do meu ser, Me pergunto, quem fui, sou ou serei; Se penso, se vivo ou viverei, Se é concreto o alento de viver; Questiono a cada momento, O que vence meu entendimento.

Sinto a convulsão caminhando, Na turbulência do ser e não ser, Indo nas dobras do tempo saber, Nas trilhas eternas vou pensando, Se penso, existo, não há negar, Existo, por isso o meu pensar.

Sinto e percebo o existir, Mesmo em dúvidas avassalado, Tendo os “por quês” a cada lado, Sem respostas que possam definir A causa d’onde venho e pr’onde vou Sem saber se existo e quem sou.

Mas na dúvida em minh’alma, Há uma certeza florescente, De uma origem onipotente, Que me leva a retomar a calma, E a crer na causa original, De todo o contexto universal.

Se existo, e disso tenho consciência, Aceito a Deus como origem da existência.

Você Sabia?... Que os vírus são seres simples, compostos de

material genético, ácidos nucléicos, RNA ou DNA, protegidos por uma capa de proteínas e, em alguns casos, por uma membrana lipídica? Que para se reproduzir eles dependem da célula que infectam, sendo, portanto, parasitas obrigatórios?

Que a idade de uma árvore pode ser calculada pelos anéis de crescimento do tronco?

Que não se deve recongelar alimentos? Que em temperaturas inferiores a zero grau Celsius, as possíveis bactér ias presentes f icam hibernando? Quando a comida é descongela-da, elas despertam e começam a se multipli-car. O consumo deve ocorrer antes que atin-jam uma quantidade capaz de fazer mal ao organismo. No caso do alimento recongelado, o número de bactérias a hibernar já estará bem maior. “Assim, quando saírem do freezer pela segunda vez, esses microorganismos atingirão uma quantidade perigosa mais rapidamente”, diz a engenheira de alimentos Hilary Menezes, da Universidade Campinas.

Que em 1999, mais seis planetas foram descobertos fora do Sistema Solar e que desde 1995, já são 28?

Que o filósofo italiano Giordano Bruno, foi queimado há 400 anos, por acreditar entre outras coisas, em “Um Cosmos povoado de estrelas, cada qual com seus planetas, e cada planeta com seus habitantes”? A idéia abalou a igreja porque tirava a Terra de uma posição especial, passando a ocupar um lugar qual-quer entre infinitos mundos.

IZABELA BARBOSA DE C. SANTOS

A fala é um dos maiores talentos que dispomos para evoluir. Infelizmente, o homem ainda não despertou para a sua importância e, levianamente, a tem usado para gerar conflitos, desavenças, etc. Na estória a seguir, adaptamos um texto de autor desconhecido, que mostra de forma bem humorada as dificuldades da comunicação na saga de um homem simples, do campo, que vai à cidade em busca de empréstimo bancário. Divirta-se e reflita.

— Eu queria falar com o gerente.— Pois não Senhor, em que posso ser útil?— Eu preciso de um dinheiro emprestado. Será que o seu banco me

arranja?— Depende, cavalheiro. Há certas formalidades. Por exemplo: o senhor já

tem cadastro aqui no banco?— Se eu tenho o que? Padrasto? É um padrinho, um pistolão?— Não, meu senhor. Perguntei apenas se já tem ficha aqui.— Ah, ficha! Não senhor. Mas no mês passado fui operado de hérnia, lá no

hospital e me fizeram uma ficha bonita toda cheia de gráficos e nomes de remédios. Será que o senhor podia aproveitar ela pra gente ganhar tempo? Além do mais eu não estou doente agora, não teria assunto pra outra ficha.

— Não precisamos saber de suas doenças. O que nos interessa é a situação financeira. Por exemplo: qual é o seu patrimônio líquido?

— Olha moço, pra falar a verdade quase todo o meu patrimônio é sólido: terras, casas e uns boizinhos. De líquido mesmo só a represa da fazenda e uns garrafões de pinga do tempo que meu engenho funcionava.

— Vamos tentar diferente. O senhor já operou em algum banco da praça?— Claro que eu nunca operei. Não sou médico. Só se a agente considerar

operação as vezes que capei meus leitões. Mas eu fiz isso lá curral mesmo. Vê se eu ia trazer meus bichos pra operar no banco da praça.

— Não se trata disso. O senhor já é mutuário de nossas carteiras?— Que negócio é esse? Então o senhor me acha com cara de camelô pra ser

mostruário de carteira?— Eu disse “mutuário” e não mostruário, meu senhor. Em qual de nossas

carteiras o senhor já tem experiência?— Só faltava essa! Em vez de camelô agora o senhor diz que sou batedor

de carteira e até que tenho experiência nas carteiras do pessoal aqui do banco! — Pelo que deduzi o senhor está precisando de capital de giro.— E eu lá quero saber de giro pela capital, moço! Estou muito bem lá no

interior. O que eu preciso é de um dinheirinho emprestado. Só isso.— Justamente o que eu falei. O senhor quer levantar um numerário.— Eu não quero levantar nada. Não posso. Depois da operação de hérnia o

médico me proibiu de fazer qualquer esforço, quanto mais levantar esse tal de numerário que eu nem sei quanto pesa! Eu preciso é de dinheiro.

— Em qual modalidade de financiamento o senhor quer se enquadrar?— Moço, pelo amor de Deus, como é que se diz: “UM DINHEIRINHO

EMPRESTADO”, nessa língua que o senhor tá falando?— Para que o banco lhe empreste dinheiro é preciso que o senhor retribua

com reciprocidade.— Reciprocique?— Reciprocidade. É preciso que o senhor mantenha depositado aqui no

banco um saldo compatível com o financiamento pretendido.— Peraí. Se eu estou precisando de dinheiro, como é que ainda vou

arranjar algum pro seu banco? Afinal, é o banco que vai me emprestar dinheiro, ou sou eu que vou emprestar pra ele? Eu vou é embora moço.

— Se o senhor prefere assim...— Moço, depois dê uma chegadinha lá na fazenda pra experimentar uns

goles do meu “patrimônio líquido”, garanto que a gente vai se entender melhor.

ADALBERTO RODRIGUES MOTA

O VALOR DA COMUNICAÇÃO

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— Eu gostaria de falar com o senhor, — É a minha Bíblia que deixei lá.sempre que possível, para ouvir uma de — Compraremos outra.suas estórias ou conselhos. — Mas...

— Venha, meu filho, a este cantinho, — Mas o que?onde se encontra o Banco da Praça, onde — É que dentro dela estava o cheque de bom grado partilharei a minha expe- de um imóvel que vendi.riência contigo. Todos se olharam significativamente,

— Para não perdermos tempo, qual a enquanto o doutrinador baixava os olhos.lição de hoje? Voltando-se novamente para o jovem,

O velho Bino firmou-se na bengala e o mestre Bino ensinou:contou. — Meu filho, aprenda a lição: mais

Um doutrinador religioso exprobava vale o silêncio de um bom exemplo, que o O senhor Bino, o nosso conhecido do púlpito, como se ralhasse, falando com estardalhaço de uma sermonária.

Contador de Estórias, como era do seu medida eloqüência, acerca dos ensina- — Nessa parafernália de religiões, o costume, quedava-se silencioso no banco mentos de Jesus, prometendo o Céu para senhor pode apontar a certa?da praça, atento a tudo, pronto para acon- quem aceitasse o batismo em seu nome e — Qual foi a religião de Jesus?selhar transmitindo sua experiência. ameaçando com o Inferno para os teimo- — Penso que Ele não teve religião.

As pessoas passavam, indo e vindo, sos. Falava com veemência, quando teve Ele não teve templos, mas foi religioso.cada uma levando suas preocupações, início um incêndio e todos os ouvintes — Qual foi sua expressão religiosa?anseios e temores, todos convulsionados correram em busca da salvação. O doutri- — Amar a Deus sobre todas as coisas pela pressa. Aproximei-me dele, curioso, nador foi o primeiro a colocar-se a salvo. e ao próximo como a si mesmo.perguntando. O incêndio tomou proporções agiganta- — Qual o último conselho?

— Senhor Bino, quem é você? das, quando, de repente, o doutrinador — Por hoje é só, mas guarda para ti:— Sou um espírito peregrino nos ameaçou romper as chamas para adentrar

caminhos da vida, que busca aprender en- no prédio incendiado, no que foi contido Previna, antes de cair,sinando, transmitindo as lições da expe- pelos fiéis. Aprenda para ensinar,riência que trago na poeira das estradas — Não vá, depois reconstruiremos o Pensa bem antes de falar,percorridas. prédio. Dá exemplos antes de exigir.

DO BANCO DA PRAÇA

MESTRE BINO

Prof. Félix de Nole Azevedo

REENCARNAÇÃO: CONSIDERAÇÕES OPORTUNAS

De acordo com uma pesquisa GALLUP feita em 1982, 23% dos determinamos. Não há outra salvação, ou condenação, senão americanos (EUA), ou seja, quase um em cada quatro, acredita na aquela que nós próprios construímos. Deus coloca todos os poderes reencarnação. Isso a despeito de nove em cada dez americanos do Universo à nossa disposição, de modo que a alavanca com a qual apontarem o cristianismo como religião de sua preferência. manejamos esses poderes para construir nosso destino tem sido, é, e

Esta proporção aumenta em 30% entre pessoas na faixa de idade sempre será nossa própria vontade individual.universitária, a saber, entre jovens de dezoito a vinte e quatro anos. Com a Tora, a lei do carma foi cumprida, e não destruída, por

Além disso, cerca de 17% dos que afirmam freqüentar uma Jesus Cristo. A graça divina, a providência divina e a redenção igreja com regularidade também afirmam crer na reencarnação. mediante Cristo operam na lei do carma, com essa lei, e mediante

Tais números tornam-se ainda mais espantosos quando nos essa lei. Daí que a lei do carma não exclui nem a graça nem a defrontamos com estatísticas segundo as quais 21% dos redenção, como tampouco a Tora a que Jesus se referia as exclui... A protestantes e 25% dos católicos acreditam na reencarnação. graça me concede uma oportunidade singular, colocando-me numa

De fato, abraçar a doutrina da reencarnação é aceitar a posição privilegiada ao prover-me vantagens nunca antes ouvidas; necessidade da evolução. A reencarnação faz sentido tanto do ponto contudo, a graça de Deus não extingue a lei, como também minha de vista ético quanto teológico, em que se exige e se assegura a boa sorte não a extingue, pois se tenho um excelente professor, não evolução de todos. estou, por isso, livre da necessidade de aprender.

Um dos aspectos mais atraentes da reencarnação é que ela Bons professores nos ajudam a aprender, mas não fazem nossos remove totalmente a possibilidade da perdição eterna. deveres de casa. O carma nos ensina que do mal só se colhe o mal, e

A idéia de um tormento sem fim, após a morte, deve-se do bem só o bem. Portanto, ele nos ensina que precisamos da graça principalmente a interpretações distorcidas, de cunho literal, de de Deus e da obra de Cristo para termos as condições mediante as termos como “fogo que não se apaga”, “hades”, “Sheol”, “paraíso”, quais possamos pagar nossa dívida cármica, pois sem tais “seio de Abraão”, “céu”, etc., todos eles relíquias de uma condições nosso progresso moral ficaria enormemente cosmologia arcaica. prejudicado.

Outro argumento em prol da compatibilidade da reencar-nação Tanto eruditos como entusiastas em geral adeptos da crença na com a fé cristã é a luz que traz sobre a doutrina do pecado original. A reencarnação detestam a doutrina do inferno. Os reencar-compreensão tradicional desta doutrina em que Adão é responsável nacionistas cristãos procuram provar que o reencarnacionismo pelo nosso pecado é considerada meramen-te “um expediente de adapta-se melhor à idéia de um Deus cheio de amor do que a teólogos”. A teoria da “depravação here-ditária” choca-se com o doutrina bíblica do inferno. Eliminada a idéia de um julgamento senso comum da humanidade, visto que a justiça exige que só o final (o inferno), apenas julgamentos intermediários (purgató-rios indivíduo transgressor seja culpado pelo seu mau procedimento. reencarnacionais) seriam necessários...Daí se conclui que “a única teoria satis-fatória deve traçar a origem A concepção religiosa da salvação pressupõe a anterioridade da (do pecado) em vidas anteriores”. perdição. Como todos os espíritos procedem da mesma origem,

Assim, à luz da reencarnação, a doutrina do pecado original se para que alguns se perdessem é forçoso admitirmos que esses se torna inteligível, quando a pessoa descobre que “cada um é seu originaram com falhas ou com carência de informa-ções, o que, de próprio Adão e sua própria Eva: cada um sofre quando, qualquer forma deságua na injustiça. Como um dos princípios pessoalmente, escolhe sofrer, após refletir sobre as falhas e as Divinos é a Justiça, temos por corolário que tudo quanto d'Ele se exigências da dignidade pessoal”. originou, o foi com perfeição e igualdade.

Não há outro destino senão aquele que nós próprios nos (Próximo artigo: Provas Evidentes da Reencarnação)

O melhor amigo não é aquele que diz e faz o que nos agrada, mas o que nos adverte e aponta o melhor caminho a seguir. (Esse Capelli: “Retalhos de Vidas”. Editora Proluz)

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Diretor: Onofre da Costa Abreu

Redação: Adalberto Rodrigues Mota

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Colaboradores: Chirlen Vieira da Silva (RJ)

Esse Capelli Euclides Gomes de B. S. Neto

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José Eustáquio José Geraldo Rabelo

Jávier Godinho José Prudente de Oliveira

Leonardo Carvalho Marta Maria Garcia Freire

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Revisão: Evaldo José de Araújo

Ilustrações: Evaristo Pedro Caetano

Tiragem / Impressão: 3.000 exemplares / Editora Kelps

Adaptação: ADALBERTO / Ilustrações: EVARISTO Fonte: “O Contador de Estórias” – Esse Capelli –

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O sapo namorava a sapinha na beira do lago, em noite enluarada. Ao ver-se refletido na água, ficou chocado com tamanha feiúra e desabafou:

Antes que a amada respondesse, saiu pulando e sumiu na capoeira.

Dias depois, chegou à toca de belos coelhos e começou a lamuriar-se. Uma fada apareceu, perguntan- do-lhe:

A fada, dotada de poderes mágicos, o transformou num belo e lanudo coelho.

Satisfeito, o batráquio voltou ao encontro da amada. Ao vê-lo a sapinha começou a chorar.

A sapinha pulou de volta ao lago e a fada apareceu- lhe, novamente, dizendo:

Se prevalecer a tese do olho por olho, ficaremos todos cegos (Gandhi)

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