O QUE A INTERNET ESTÁ FAZENDO COM NOSSAS MENTES (apresentação resumida)

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Valdemar W. Setzer – A Internet e as nossas mentes (super-reduzida) 1 14/10/ 14 O QUE A INTERNET ESTÁ FAZENDO COM NOSSAS MENTES (apresentação super-resumida) Valdemar W. Setzer Depto. de Ciencia da Computação, Universidade de São Paulo, Brasil www.ime.usp.br/~vwsetzer google: valdemar setzer (Ver no site: o artigo “O que a Internet está fazendo com nossas mentes”, na seção “Apresentações” a apresentação completa e em “Vídeos” a gravação da palestra de 18/10/11 no IME-USP)

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O QUE A INTERNET ESTÁ FAZENDO

COM NOSSAS MENTES (apresentação super-resumida)

Valdemar W. SetzerDepto. de Ciencia da Computação,Universidade de São Paulo, Brasil

www.ime.usp.br/~vwsetzergoogle: valdemar setzer

(Ver no site: o artigo “O que a Internet está fazendo com nossas mentes”, na seção “Apresentações” a apresentação completa

e em “Vídeos” a gravação da palestra de 18/10/11 no IME-USP)

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TÓPICOS

1. Introdução

2. Resumo de todos os capítulos

3. Meus comentários

4. Minhas complementações

5. Minhas recomendações

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1. Introdução Estadão 8/7/12, p. C1:

“Pesquisa [IBOPE] feita com 350 jovens de 18 a 24 anos em cinco capitais brasileiras mostra que 59% deles escrevem na direção [guiando um carro]. São torpedos, posts no Facebook, conversas em chats. ...

Perguntados se acham o hábito arriscado, 80% disseram que sim e um em cada três reconheceu que não faz nada para mudar.”

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1. Introdução (cont.) Smith, Darling e Searles, Perfusion 26(5),

2011, pp. 375-380[Of a total of 430 responders] “The use of a cell

phone during the performance of cardiopulmonary bypass (CPB) was reported by 55.6% of perfusionists. Sending text messages while performing CPB was aknowledged by 49.2% ... For smart phone features, perfusionists report having accessed e-mail (21%), used the internet (15.1%), or have checked/posted on social networking sites (3.1%) while performing CPB. Safety concerns were expressed by 78.3% who believe that cell phones can introduce a potentially significant safety risks to patients.”

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1. Introdução (cont.) O que está acontecendo? Nicholas Carr, em seu livro

A geração superficial – o que a Internet está fazendo com nossos cérebros?Agir/Nova Fronteira, 2011Trata do impacto da Internet no indivíduo

Vamos partir deleVer minha resenha em meu site

“O que a Internet está fazendo com nossas mentes?”

com muitos detalhes; aqui só alguns pontos

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TÓPICOS

۷ 1. Introdução

2. Pontos principais

3. Meus comentários

4. Minhas complementações

5. Minhas recomendações

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2. Prólogo: O cão de guarda e o ladrão A Internet é o último meio a disparar um

debate sobreDemocratização da culturaEmburrecimento da cultura

O que importa não é o conteúdo, mas o que o meio faz conosco

“Nossa posição convencional a toda a mídia, isto é, que o que importa é a maneira como é usada, representa o estado entorpecido do idiota tecnológico.” (McLuhan)

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2. Prólogo: O cão de guarda e o ladrão (cont.) “O conteúdo da mídia é simplesmente ‘o

pedaço suculento de carne levado pelo ladrão para distrair o cão de guarda da mente.’ (idem.)”

“Nem mesmo McLuhan conseguiu prever a festança que a Internet nos apresenta: um prato depois do outro, cada um mais apetitoso que o outro, sem sequer um momento para respirarmos entre cada mordidaLevamos essa festa a todo lugar”

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3. Cap. 1: HAL e eu O computador HAL do filme 2001 de Stanley

Kubrick protesta quando o astronauta Dave Bowman começa a desligá-lo, dizendo“Dave, minha mente está indo embora, eu posso

senti-lo, eu posso senti-lo”

Carr diz que também estava sentindo isso: “Alguém, ou alguma coisa, estava mexendo com meu cérebro, refazendo os circuitos neurais, reprogramando a memória. Minha mente não estava indo embora, mas mudando.”

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3. Cap. 1: HAL e eu (cont.)

Conta como antes passava horas lendo longos trechos em prosa. Agora isso acontecia raramente Depois de 1-2 páginas, perdia a concentração,

divagava, perdia a sequência

Acha que sabe a razão:“Por mais de uma década, passei muito tempo

conectado, buscando, surfando e algumas vezes adicionando coisas aos grandes bancos de dados da Internet.”

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3. Cap. 1: HAL e eu (cont.)

“Meu cérebro não estava apenas faminto. Estava pedindo para ser alimentado da maneira como a Internet o alimentava, e quando mais alimentado, mas faminto se tornava.”

“Mesmo longe do computador, eu ansiava por verificar meus e-mails, acionar vínculos, usar o google. Eu queria estar conectado.”

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4. Cap. 2: Os caminhos vitais O cérebro é,

segundo alguns, “muito plástico”segundo Merzenich, um dos descobridores da

plasticidade, “maciçamente plástico”

A plasticidade diminui com a idade, mas nunca desaparece

“Nossos neurônios estão constantemente quebrando velhas conexões e formando novas, e novas células nervosas estão sendo constantemente criadas.”

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4. Cap. 2: Os caminhos vitais (cont.)

“O que aprendemos enquanto vivemos é imerso nas conexões celulares que mudam continuamente.”

Pessoa cega, que aprende BrailleCórtex visual começa a tratar dos impulsos do

tato Se há uma lesão e perde-se controle de um

membro, repetindo movimentos com ele forçam-se os neurônios a criarem novas sinapses

Plasticidade ocorre não só em lesões, mas no funcionamento normal

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4. Cap. 2: Os caminhos vitais(cont.)

Plasticidade está permanentemente em açãoPode mudar com açõese também com atividades puramente mentais

Experiência de um grupo tocar uma melodia no piano, e outra imaginar que a estava tocando Mudanças no cérebro foram as mesmas

“Neurologicamente, tornamo-nos o que pensamos”

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5. Digressão: Sobre o que o cérebro pensa quando pensa sobre si próprio

Não percebemos o cérebro

Tendência é achar que não temos influência sobre a estrutura física do cérebro

Achava, assim, que usar um computador não iria influenciar o seu cérebroMas estava errado

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6. Cap. 3: Ferramentas da mente Mapas, relógios Escrita

Muda o cérebroPovos que usam ideogramas empregam áreas

diferentes do cérebro

As tecnologias mais impactantes são as intelectuaisAs mais interioresProduzem novas maneiras de pensar e encarar

o mundo

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7. Cap. 4: O aprofundamento da página

Neste capítulo, Carr traça a história da escrita e da imprensa

Durante séculos, a tecnologia de escrever tinha refletido e reforçado a ética intelectual da cultura oral, comunitáriaAí apareceu a “ética do livro”Desenvolvimento do conhecimento tornou-se

cada vez mais pessoal

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7. Cap. 4: O aprofundamento da página (cont.)

Faltava popularizar o livroEntra Gutenberg, em 1445“A indústria tipográfica explodiu. No final do

séc. XV, cerca de 250 cidades da Europa tinham tipografias, e uns 12 milhões de volumes já haviam saído de suas prensas.”

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7. Cap. 4: O aprofundamento da página (cont.)

O silêncio da “leitura profunda” [deep reading] tornou-se parte da mente “Os leitores desligavam a sua atenção do fluxo externo

dos estímulos passageiros de modo a se conectarem mais profundamente com o fluxo interno de palavras, ideias e emoções. … Era um cérebro literário.”

Pesquisa de N. Speer (2009) com tomografia de pessoas lendo livros de ficção: “As regiões cerebrais que eram ativadas muitas vezes ‘espelhavam aquelas atividades quando as pessoas realizam , imaginam, ou observam atividades semelhantes no mundo real. … A leitura profunda … não é de modo algum uma atividade [mentalmente] passiva.’ O leitor se torna o livro.”

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7. Cap. 4: O aprofundamento da página (cont.) Depois de 550 anos, a gráfica e seus

produtos estão sendo empurrados do centro para a periferia da vida intelectual

Corrente principal:Computador, tablet, celular, smartphone

Companheiros constantes Meios principais para

Armazenar, processar, repartir informações de todas as formas, inclusive textos

Nova ética intelectual! Caminhos do cérebro estão novamente

sendo redirecionados

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7. Cap. 5: Um meio de natureza mais geral Internet começou com texto

Daí suas “páginas”

Com aumento de velocidade e capacidadeForam incorporados imagens, fotos, gráficosDepois veio o som, vídeo e jogos

TNS Global (2008), pesquisa internacional com 27.500 pessoas entre 18 e 53 anos30% do tempo livre conectadosNa China: 44%

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7. Cap. 5: Um meio de natureza mais geral (cont.)

Nielsen Co. (2008), celulares nos EEUU Enviam/recebem em média 400 textos/mês

Aumento de 4 vezes desde 2006

Adolescente (teen) médio americano 2.272 textos/mês [!!!]

Nielsen Co. (2009): tempo de uso de TV permaneceu o mesmoEEUU: 153 h/mês [5 h/d !!]

Sem contar TV nos computadores

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7. Cap. 5: Um meio de natureza mais geral (cont.)

Tempo em frente a telas aumentou enormementeBall State Univ. (2009):

A maior parte dos americanos gastava > 8,5 h/d usando aparelhos com tela [M.Spitzer: Vorsicht, Bildschirm! Elektronischen Medien,

Gehirnentwicklung, Gesundheit und Gesellschaft {Cuidado, tela! Meios eletrônicos, desenvolvimento do cérebro, saúde e sociedade}, Stuttgart: Klett, 2005]

O que parece ter diminuído é o tempo dedicado a se ler textos impressos

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7. Cap. 5: Um meio de natureza mais geral (cont.)

A maneira de se usar a Internet é totalmente diferente do texto impressoHyperlinks (vínculos)

Mais simples pular de página

Buscas fragmentam o trabalho

Várias janelas numa tela perturbam a concentração

“Não vemos mais florestas. Nem árvores. Vemos folhas e gravetos.”

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8. Cap. 7: O cérebro do malabarista

Dúzias de pesquisas mostram que pessoas conectadas na rede Têm pensamentos apressados e distraídosTêm aprendizado superficialNão conseguem pensar profundamente

É impossível pensar superficialmente quando se lê um livro

Com exceção do alfabeto e dos números, a Internet talvez seja a tecnologia mais poderosa para alterar a mente

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8. Cap. 7: O cérebro do malabarista (cont.) Leitores de livros

Áreas do cérebro ativadas: Ligadas à linguagem, memória e “processamento”

visual Pouca atividade nas áreas de tomada de decisões e

resolução de problemas

Seguir links e mudar de programa requeremCoordenação mental constanteTomada de decisõesSacrificando a habilidade que torna a leitura

profunda (deep reading) possível Leitura profunda permite e desenvolve o pensamento

profundo

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8. Cap. 7: O cérebro do malabarista (cont.)

Lori Bergen (2005): “Quando nosso cérebro é sobrecarregado, distrações distraem mais”

HipertextoPesquisa de 1990: leitores de hipertexto não

lembravam o que tinham ou não tinham lidoOutra, mesmo ano: 2 grupos, um com um texto

linear, outro o mesmo com hipertexto Grupo sem hipertexto foi muito melhor

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8. Cap. 7: O cérebro do malabarista (cont.)

Jean-François Rouet (1996): revisão desses e outros resultados

Acharam que os leitores iriam desenvolver “alfabetização de hipertexto” E aí os problemas iriam diminuir

Isso não aconteceu Pessoas que leem textos lineares têm mais

compreensão, lembrança, aprendizado

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8. Cap. 7: O cérebro do malabarista (cont.)

David S. Miall (2001): pesquisa com 70 pessoasUm grupo lendo história curta linear

10% relatou dificuldade em seguir o textoOutro grupo: a mesma história com hipertextos

Esse grupo levou mais tempo relatou mais confusão e falta de certeza do que tinha lido

75% disseram que tiveram dificuldade em seguir o texto

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8. Cap. 7: O cérebro do malabarista (cont.)

Erping Zhu (1999): número variável de linksQuando maior o número de links, menor a

compreensãoForte correlação entre número de links e

desorientação ou sobrecarga cognitiva

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8. Cap. 7: O cérebro do malabarista (cont.)

Helene Hembrooke (2003): numa classe da Cornell UniversityUm grupo de estudantes sem laptops

Outro grupo com laptops com acesso à Internet Esse grupo “teve rendimento significativamente mais

fraco nas medidas imediatas de memória” Independente de o aluno ter navegado em conteúdos que

diziam respeito à aula ou não

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8. Cap. 7: O cérebro do malabarista (cont.)

Lori Bergen (2005): estudantes da Kansas State Univ.Assistiram transmissão de 4 notícias pela CNN

Um grupo, transmissão com infográficos, outras notícias na linha inferior

Outro grupo só as notícias Esse grupo lembrava muito mais fatos

“O formato de multimensagem parecia exceder a capacidade de atenção”

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8. Cap. 7: O cérebro do malabarista (cont.)

Por projeto, a Internet é um sistema de interrupção, uma máquina de dividir a atenção

Estamos mudando do cultivo do conhecimento pessoal para caçadores e coletores na floresta de dados eletrônicosO conhecimento não está mais na pessoa, está

na Internet

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8. Cap. 7: O cérebro do malabarista (cont.)

Quanto mais se faz várias coisas ao mesmo tempo (multitasking)Menos se tomam decisões

Fica-se com menos capacidade de pensar e raciocinar sobre um problema

Pode-se superar algumas ineficiências em fazer várias coisasMas nunca se será tão bom quanto se focalizar

em uma só coisa

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8. Cap. 7: O cérebro do malabarista (cont.)

Podemos assumir que os circuitos neuronais dedicados a “escanear” e executar múltiplas tarefas estão se expandindo, e se fortalecendo

enquanto os usados para ler e pensar profundamente, com concentração duradouraestão enfraquecendo ou sendo erodidos

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8. Cap. 7: O cérebro do malabarista (cont.)

Eyal Ofir (2009), Stanford Univ.“Viciados em multitarefas são ávidos por coisas

irrelevantes; qualquer coisa os distrai”

Merzenich (o da plasticidade do cérebro):Ao realizar multitarefas, estamos treinando

nossos cérebros para prestar atenção em lixo

As consequências para nossa vida intelectual podem ser mortais

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8. Cap. 7: O cérebro do malabarista (cont.)

Rede está nos tornando mais espertosSomente se definirmos inteligência pelos

padrões da própria rede

Um conceito mais amplo de inteligência Amplitude e profundidade, não a rapidez

Leva à conclusão de que a rede é muito negativa

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9. Cap. 8: A igreja da Google Taylorismo elevado ao paroxismo Princípio básico

Chegar mais rápido possível ao dado procuradoE sair dele o mais rápido possível

Ver também, de Scott Cleland

Busque e destrua – por que você não pode confiar no Google Inc.

Matrix, 2012

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9. Cap. 8: A igreja da Google (cont.) Eliminação da privacidade e uso indevido

de dados Google deseja

apossar-se de todos os dados do mundo

Construção do perfildos usuários Gmail: inclusive dos

não registrados nele

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9. Cap. 8: A igreja da Google (cont.)

George Dyson (1997):“Tudo o que seres humanos estão fazendo para

tornar a operação de redes de computadores mais fácil está, ao mesmo tempo, mas por razões diferentes, tornando mais fácil redes de computadores operarem seres humanos”

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9. Cap. 9: Busque, memória

Sheila Crowell (2004): “O próprio ato de lembrar parece modificar o cérebro de modo a facilitar o aprendizado de ideias e habilidades no futuro.”Memória é aparentemente ilimitada

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9. Cap. 9: Busque, memória (cont.)

A Internet é completamente diferente de outras ajudas à memória de trabalhoColoca mais pressão na memória de trabalhoNão somente desvia recursos de nossas

faculdades superiores de raciocínio,mas também obstrui a consolidação de

memórias de longa duração e o desenvolvimento de esquemas conceituais

A rede é uma tecnologia do esquecimento

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10. Digressão: Sobre a escrita deste livro

Como o autor conseguiu concentrar-se para escrever esse livro?No começo, foi quase impossívelFicou claro que ele devia mudar totalmente de

vida Mudou-se para as montanhas de Colorado Eliminou quase todo o uso da Internet

Consultava e-mails apenas uma vez por dia Cancelou Twitter Interrompeu o Facebook Bloqueou mensagens instantânes

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10. Digressão: Sobre a escrita deste livro (cont.)

Desmantelar a vida conectada não foi fácil“Durante meses, minhas sinapses gritavam pela

sua dose de rede”

Com o tempo, a coisa melhorou, e Carr viu que dava para digitar durante horas ou ler um artigo acadêmico complexo sem perder a concentração

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10. Digressão: Sobre a escrita deste livro (cont.)

Sentiu-se mais calmo em geral e com mais controle de seus pensamentosMenos como um rato apertando alavanquinhasMais como um ser humano (!!!)

No entanto, ao terminar o livro, ele está voltando aos usos anteriores da rede“Tenho que confessar:

É agradável [cool] Não estou seguro de poder viver sem isso”

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11. Cap. 10: Uma coisa como eu

James A. Evans, 2008Análise de 34 milhões de artigos publicados em

revistas científicas de 1945 a 2005Quanto mais as revistas eram colocadas na

Internet, menos os autores citavam outros trabalhos

Quanto mais trabalhos antigos eram inseridos, mais os pesquisadores citavam trabalhos recentes

Conclusão de Evans: Uma ampliação da informação disponível levava a

“um estreitamento da ciência e do conhecimento”

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11. Cap. 10: Uma coisa como eu (cont.)

Marc Berman, 20083 dúzias de pessoas foram submetidas a uma

série de testes rigorosos mas exaustivos, destinados a testar a memória de trabalho a habilidade de exercer controle sobre a atenção

Depois dos testes Um grupo foi passear por 1 hora num parque

arborizado isolado Outro grupo passeou em ruas movimentadas da

cidade

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11. Cap. 10: Uma coisa como eu (cont.)

Marc Berman, 2008 (cont.)Depois os grupos voltaram a fazer os testesO grupo do parque melhorou seu rendimento

Indicando um aumento substancial de atenção

O grupo da cidade não melhorou nos testesConclusão:

Empregar tempo no mundo natural parece ser de importância vital para o funcionamento efetivo da cognição

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11. Cap. 10: Uma coisa como eu (cont.)

Carr: na Internet não existe local tranquilo onde a contemplação pode exercer sua mágica restauradora

Nela há só a agitação hipnotizadora sem fim das avenidas urbanas Exaustivas e “distrativas”

Carr, citando pesquisas do grupo de A.Damásio: Como a Internet diminui a capacidade de

contemplar, está alterando a profundidade de nossas emoções e de nossos pensamentos

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12.Epilogo: Elementos humanos Lembra os “sentimentos” da máquina HAL

no filme 2001, ao ser desligada:“Posso sentir, posso sentir, estou com medo”Os seres humanos no filme são todos frios e

objetivos Como se estivessem seguindo um algoritmo

Esta é a essência da profecia negra de Stanley Kubrick:Na medida em que nos apoiamos em

computadores para mediar nossa compreensão do mundo, é nossa própria inteligência que se aplana na [flattens into] inteligência artificial

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TÓPICOS

۷ 1. Introdução

۷ 2. Resumo de alguns capítulos

3. Meus comentários

4. Minhas complementações

5. Minhas recomendações

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13. Meus comentários

Pontos mais importantes do livroA Internet é essencialmente “distrativa”Prejudica a capacidade de concentração mentalPrejudica a “leitura profunda”Atrai pela novidade e pelo imediatismoPara uma boa parte da humanidade a Internet

Tornou-se uma obsessão, um vício

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13. Meus comentários (cont.) Não estou de acordo com o abuso do uso

de “cérebro”, “circuitos neuronais” etc.Não sabemos cientificamente o que é o pensar,

sentir e querer, memória, consciência e autoconsciência, isto é, nossas funções mentais Portanto, não se pode afirmar cientificamente que

essas funções mentais são geradas pelo cérebro

Obviamente, o cérebro participa dessas funçõesAssim, é relevante mostrar que a tecnologia

altera o cérebro como diz Carr em boa parte do livro

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13. Meus comentários (cont.) Discurso de Carr:

Ex.: título do cápítulo “Digressão: no que o cérebro pensa quando pensa sobre si próprio” Como ele fala normalmente? Provavelmente:

“Eu penso que vai chover hoje” Ele não diz

“Meu cérebro pensa que vai chover hoje” Portanto, o correto seria

“O que meu pensamento pensa quando pensa sobre si próprio”

Dessa maneira, o discurso usado por Carr mistifica as funções cerebrais e a menteMas isso não diminui a força de seus

argumentos

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13. Meus comentários (cont.)

Uma das minhas hipóteses de trabalho é que a mente é muito mais do que o cérebroP.ex., qualquer um pode ter a vivência de poder

ser livre no pensamento, isto é, decidir o que vai pensar em seguida concentrar o pensamento (mantê-lo por algum tempo

em um tema escolhido) Sem concentração mental não se pode ler um livro, estudar e

produzir intelectualmente

O cérebro é apenas matéria, e da matéria não pode advir livre arbítrio Ela está inexoravelmente sujeita às “leis” e condições

físicas

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TÓPICOS

۷ 1. Introdução

۷ 2. Resumo de todos os capítulos

۷ 3. Meus comentários

4. Minhas complementações

5. Minhas recomendações

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14. Minhas complementações Outras pesquisas, ex.:

Morrisson e Gore (2010): The Relationship between Excessive Internet Use and Depression. Psychopathology 43:2

Bedrosian, T.A. et al. Chronic dim light at night provokes reversible depression-like phenotype. Molecular Psychiatry (2012) 1:7. (Influência de luz artificial [5 lumens vs. 150 do dia] no hipocampo de cobaias.)

H. Krasnova (2013): Envy on Facebook: A Hidden Threat to User’s Life Satisfaction? 11th Intn’l Conference on Wirtschaftspolitik, Leipzig, Germany

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14. Minhas complementações (cont.)

Carr não tratou das redes sociaisDão uma falsa impressão de sociabilidadePrejudicam a sociabilidade “olho no olho”Diminuem o contato pessoalPessoas comunicam em geral o que gostariam

de serEm geral, comunicação de trivialidades inúteisExcitação pela curiosidade do imediatismo

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14. Minhas complementações (cont.)

A tecnologia tem uma missãoLibertar o ser humano das forças da natureza,

interiores e exteriores a eleNo entanto, em lugar de libertá-lo, ela está

escravizando o ser humano, e toda a naturezaTemos que mudar essa situaçãoVer em meu site meu artigo

“A missão da tecnologia”

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14. Minhas complementações (cont.) Todos percebem que a natureza está sendo

destruída Não pelas religiões e fanatismos religiosos

Somos todos contra eles

Está sendo destruída pelo mau uso da tecnologia que é a filha dileta da ciência Muita ciência é feita visando a tecnologia

Que está a serviço do capital, i.é, egoísmo e ganância

No entanto, poucos percebem que o ser humano também está sendo destruído Justamente pela tecnologia

Não só fisicamente, como a natureza, mas também seu pensar, sentir, querer, e suas consciência e

autoconsciência, e até sua memória Como Carr mostrou muito bem em relação à Internet

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14. Minhas complementações (cont.)

Uma das maneiras seguras de destruir a humanidade é destruir as crianças e os adolescentesÉ justamente o que TV, video games, e

computadores/Internet estão fazendoVer meu artigo com mais de uma centena de

citações de trabalhos científicos: Os efeitos negativos dos meios eletrônicos em

crianças, adolescentes e adultos. pelo google: setzer efeitos negativos

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14. Minhas complementações (cont.) A Internet exige enormes

ConhecimentoDiscernimentoAutoconsciênciaAutocontrole

Que crianças e adolescentes não têm!Estão desenvolvendo-os!!!

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14. Minhas complementações (cont.) Há ainda os perigos de predadores

Ver o livro de Gregory Smith “Como proteger seus filhos na Internet” e minha resenha “Como proteger seus filhos e alunos DA Internet”

E a questão da dependência Ver o livro de K. Young e Cristiano de Abreu,

“Dependência de Internet – manual e guia de avaliação e tratamento”, 2011 Pelo menos 10% de todos os usuários de Internet são viciados

nela

Portanto, Internet não é para crianças e adolescentes

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14. Minhas complementações (cont.) Qual é a solução? (Para os adultos)

Conhecer profundamente cada tecnologia Principalmente seus impactos na natureza e nos seres

humanos

Dominar o uso de cada tecnologia Usar com consciência Colocar a tecnologia em seu devido lugar

Ex.: o lugar correto de todos os video games violentos é no

LIXO

Fazer a tecnologia deixar de servir ao egoísmo e à ganância E passar a servir ao amor altruísta Pois o egoísmo é destrutivo, o altruísmo é construtivo

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TÓPICOS

۷ 1. Introdução

۷ 2. Resumo de todos os capítulos

۷ 3. Meus comentários

۷ 4. Minhas complementações

5. Minhas recomendações

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15. Minhas recomendações Atividades imediatas (durante o uso)

Interromper periodicamente o uso do computador Usar o sistema MINDFULNESS BELL

Quando o gongo tocar, talvez a cada 30 min: Interromper imediatamente qualquer uso do computador De olhos fechados, concentrar-se no som do gongo em seguida fazer um exercício de concentração mental

A cada 50 min fazer 10 min de intervalo Passear, exercícios físicos, pequena atividade artística

Seguem desenhos de formas feitos por meus alunos Eu interrompo as aulas no meio para essa atividade assim os alunos não ficam só no intelecto!

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16. Minhas recomendações (cont.) Atividades imediatas (cont.)

Sentar recostado para trás, relaxadoNão seguir links enquanto se lê um texto

Chegar ao fim do texto, e depois seguir um link

Não fazer várias coisas ao mesmo tempo (multitasking); exemplos Não ficar alternando entre vários programas Não ouvir música de fundo (a não ser no carro) Não usar vários aparelhos ao mesmo tempo

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16. Minhas recomendações (cont.) Atividades de longo prazo

Desenvolver autocontrole Ex.: acordar de manhã e adiar o máximo possível o

acesso à Internet e o uso do computador

Usar e-mail no máximo uma vez por diaFazer atividades artísticas

Pintura, desenho, modelagem, cerâmica, teatro, ... Ver meu ensaio “Um antídoto contra o pensamento

computacional”

Ler pelo menos um bom romance a cada mês ou 2 meses Desenvolve a imaginação e a concentração

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16. Minhas complementações (cont.) Atividades de longo prazo (cont.)

Ler uma poesia por dia Recomendação de Darwin (!), no fim de sua vida

Hemleben, J. Darwin. Reinbeck: Ro Ro Ro, 1976, pp. 151-152 Decorar as que mais gostar Repetir mentalmente durante qualquer tempo livre

Ao ler um livro técnico, científico ou filosófico Usar impresso Sublinhar trechos mais importantes Fazer no livro um índice para esses trechos Tudo isso força a concentração no texto

Aprender e praticar um instrumento musical Ex.: Qualquer pessoa pode aprender a tocar flauta

doce Até sozinho, com ajuda esporádica de alguém

Comprar um “método”

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16. Minhas recomendações (cont.)

Atividades de longo prazo (cont.)Cantar em um coralDiariamente: exercícios de concentração mental

Com olhos fechados, produzir inicialmente calma interior Sensação muito especial

Em seguida, pensar em algo sem divagar Ex.: mostrador numérico de senha

Imaginar e “falar” interiormente números vermelhos de

100 a 0 Cuidado para não “falar” ou imaginar outras imagens Notar a liberdade interior, o livre arbítrio!

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16. Minhas recomendações (cont.) O computador produz uma real poluição

mental Indisciplina mental, “pensamento maquinal”Sensações de desafio, de poder e de excitaçãoAções mecânicas, abafamento do autocontrole

As atividades de longo prazo recomendadas têm a finalidade de estabelecer um equilíbrio e higienizar a menteSó praticando-as pode se perceber o seu efeito

benéfico

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16. Minhas recomendações (cont.)

ESPERO QUE VOCES TENHAM ENERGIA E CORAGEM PARA SE CONSCIENTIZAREM DOS PROBLEMAS DA

INTERNET E DOS MEIOS ELETRÔNICOS ASSUMIREM O AUTOCONTROLE REDIRECIONAREM E APERFEIÇOAREM SUA

VIDA MENTAL

E COM ISSO TEREM UMA VIDA MAIS SAUDÁVEL SOCIALMENTE MAIS PRODUTIVA

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TÓPICOS

۷ 1. Introdução

۷ 2. Resumo de todos os capítulos

۷ 3. Meus comentários

۷ 4. Minhas complementações

۷ 5. Minhas recomendações

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F I M

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O QUE A INTERNET ESTÁ FAZENDO

COM NOSSAS MENTES (apresentação super-resumida)

Valdemar W. SetzerDepto. de Ciencia da Computação,Universidade de São Paulo, Brasil

www.ime.usp.br/~vwsetzergoogle: valdemar setzer

(Ver no site: o artigo “O que a Internet está fazendo com nossas mentes”, na seção “Apresentações”, a apresentação

completa e em “Vídeos” a gravação da palestra de 18/10/11 no IME-USP)