O que é a RAFAVH - PARTE DE NOS MORRE Vítimas de … · 2017-02-20 · PARTE DE NOS MORRE COM...
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PARTE DE NOS MORRECOM QUEM FOI MORTO
SE LHE TIRARAM UMA VIDA,NAO DEIXE QUE TIREM A SUA
O que é a RAFAVH - Rede de Apoio a Familiares e Amigos de Vítimas de Homicídio?
A RAFAVH é uma rede da APAV de apoio especializado a
familiares e amigos de vítimas de homicídio, ou a
vítimas de homicídio na forma tentada.
Os familiares e amigos de vítimas de homicídio, assim
como as vítimas de homicídio tentado, poderão ser
referenciados para a APAV pelas autoridades policiais e
judiciárias ou qualquer outra instituição. Poderão ainda
contactar diretamente um dos nossos Gabinetes de
Apoio à Vítima ou a nossa Linha de Apoio à Vítima.
Os técnicos habilitados da RAFAVH poderão ouvir,
reconhecer as necessidades e o sofrimento causado por
um homicídio, e ajudar as vítimas e/ou os seus
familiares e amigos, com vista ao restabelecimento
após os atos de que direta ou indiretamente foram alvo.
O apoio da APAV é gratuito e con�dencial.
Como é que a RAFAVH pode ajudar?
• Avaliar de necessidades criadas pelo crime;
• Estabilizar emocionalmente;
• Delinear um plano de segurança pessoal;
• Apoiar nas noti�cações de morte;
• Apoiar nos procedimentos médico-legais, nomeadamente
no reconhecimento de cadáver;
• Apoiar nas rotinas diárias, através de estratégias
psicopedagógicas;
• Apoiar na integração escolar e explicação do processo de
luto a crianças ou jovens;
• Acompanhar e informar sobre o processo legal, nomeada-
mente através de informações sobre o funcionamento do
processo penal e das instituições judiciais;
• Prestar apoio jurídico no pedido de indemnização às
vítimas de crimes violentos pelo Estado;
• Apoiar na clari�cação dos apoios sociais e pecuniários em
morte;
• Prestar apoio psicológico, social ou jurídico, segundo o
modelo da APAV e consoante as necessidades identi�cadas;
• Encaminhar para outras instituições ou apoios
especializados, de acordo com as especi�cidades da situação.
O que fazer se perdeu alguém em conse-quência de um homicídio?
• Respeite o seu próprio luto e o dos outros. É um processo
individual, logo, de pessoa para pessoa;
• Não tente esquecer, nem tente lembrar-se, aceite os seus
pensamentos e sentimentos;
• Partilhe os seus sentimentos com quem lhe é mais
próximo. Pondere conversar com um psicólogo;
• Não deixe de fazer as coisas que gostava de fazer, mesmo
que a realização das atividades implique um reajustamento;
• Procure dar um signi�cado à sua vida depois da perda;
• Contacte a APAV. Nós podemos ajudar.
Como ajudar alguém em processo de luto por homicídio?
• Ajudar nas rotinas diárias, (e.g. tarefas domésticas, levar o
carro a revisão, pagar contas);
• Ter atenção ao agravamento de estados de saúde crónicos,
(e.g. problemas de tensão arterial, controlo dos níveis de
diabetes);
• Ajudar a pessoa a ter contactos sociais e familiares por
perto;
• Referenciar o caso às autoridades ou bombeiros, se for
uma situação em que a pessoa necessite de atenção especial,
por viver sozinha, ser idosa, entre outras;
• Esclarecer e motivar a pessoa a receber apoio de
organizações especializadas, como a APAV.
O impacto do crime de homicídio
O homicídio de alguém a quem se estava ligado por laços de
parentesco e/ou de afeto/relação pessoal con�gura-se como
um acontecimento traumático.
A perda pode levar a um sofrimento intenso e a alterações
signi�cativas nos domínios pessoal, familiar e social. Este tipo
de morte violenta poderá despertar reações negativas
extremas, como o medo, a raiva, o choque ou o horror. Assim,
após a existência deste(s) crime(s), a vida terá de adaptar-se à
nova realidade.
Os familiares e/ou amigos da vítima de homicídio, mesmo não
tendo sofrido diretamente o crime, poderão vivenciar os
efeitos nefastos provocados por este, nomeadamente:
• Revolta e raiva dirigidas ao(à) homicida e/ou ao sistema de
justiça;
• Vitimação secundária, pela necessidade de participarem
no processo judicial e o mesmo não atender às suas necessi-
dades e sofrimento (e.g. fazer a pessoa contar a mesma coisa
várias vezes);
• Sentimento de injustiça, ou vontade de fazer justiça pelas
próprias mãos;
• Culpa por sentirem que poderiam ter feito algo para
proteger a vítima ou por não terem demonstrado o quanto
gostavam dela;
• Desânimo profundo e desinteresse por atividades que
antes lhe eram prazerosas;
• Tristeza, angústia, vazio, ansiedade, confusão, choque e
manifestação da dor através de sintomas físicos.