O que lixo hospitalar?O lixo hospitalar um resduo descartado por hospitais, clnicas e necrotrios que oferece alto teor de contaminao para o ser humano e para o meio ambiente se no for descartado corretamente, segundo as orientaes daANVISA(Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria).

Depositphotos.com / sudok1O lixo hospitalar engloba os resduos descartados por unidades de sade e possui alto poder de contaminao.Existem vrios tipos de resduos hospitalares que devem ser descartados de acordo com o seu estado fsico, seja slido, semi-slido ou lquido. Temos como exemplos as bolsas de sangue, agulhas, seringas, restos de medicamentos, curativos, material radioativo, e at mesmo membros amputados.A responsabilidade de cuidar do descarte devido do chamadoresduo de servios de sade(RSS) do hospital, da clnica ou do necrotrio que o produz. Alguns tipos de resduos hospitalares podem ser enviados para aterros sanitrios que no permitam a entrada de catadores. J outros tipos de resduos devem passar por um tratamento anterior, alm daqueles que s podem ser descartados em locais licenciados por um rgo ambiental.Caso o lixo hospitalar seja descartado junto com o lixo comum, existe a possibilidade dos catadores de lixo e outras pessoas que fazem o seu transporte se contaminem com doenas como aAIDSe a hepatite transmitidas atravs do sangue contido nas seringas.O que muita gente no sabe que alguns materiais utilizados na rea de sade tambm podem ser reciclados, como papis, caixas de luva, isopor, papelo, embalagem de remdios, entre outros, assim contribuindo mais uma vez com o meio ambiente.

Os problemas causados pelo lixo comum hospitalar

Depositphotos.com / BorkO lixo infeccioso pode causar danos s pessoas e ao meio ambiente.

Por sua prpria natureza, o hospital uma grande fonte de variedade de resduos, sejam eles biodegradveis ou materiais txicos. Geralmente, as sobras, so agrupadas de acordo com o seu tipo, j que muitos deles so infecciosos, mas mesmo os que no sejam infecciosos tambm podem ser classificados como perigosos. Os principais problemas causados pelo lixo comum hospitalar acontecem quando eles no so separados ou a sua eliminao no realizada de maneira apropriada.Diferentes pases tm normas rgidas a respeito dos resduos hospitalares, e oferecem caixas com cdigos de cores para diversos tipos de itens, bem como as regras exatas para que esses materiais sejam tratados. Por exemplo, objetos cortantes, como lminas cirrgicas e agulhas, devem ser colocados em um compartimento separado de outros tipos de resduos. O lixo que considerado infeccioso normalmente colocado em seus prprios recipientes com especificaes exatas sobre como lidar com esse material.Alm de papis comuns gerados pela parte administrativa do estabelecimento, no podemos negar o fato de que nos lixos hospitalares incluem remdios que podem ter perdido as suas datas de validade ou drogas que possam ter sido contaminadas com outras substncias, tornando-as inutilizveis.Depois que tudo separado em diversas categorias, os materiais sero eliminados respeitando o que diz a legislao vigente. Objetos que esto infectados sero incinerados, enquanto outros podero ser enviados para reciclagem, tais como: papis, garrafas pet, descartveis e tantos outros. Inclusive, os hospitais tambm geram grande quantidade de lixo orgnico, at porque eles servem diversas refeies durante o dia, e a comida nem sempre pode ser reaproveitada para evitar problemas intestinais nos pacientes que j se encontram debilitados. preciso ter em mente o fato de que os resduos slidos hospitalares so criados quando a equipe mdica diagnostica, trata ou imuniza pessoas. Todos os anos, cerca de dois milhes de toneladas de lixo hospitalar so produzidos. A maior parte vem dos prontos-socorros, maternidades, consultrios mdicos, etc.Lembre-se que o lixo infeccioso pode causar danos s pessoas ou ao meio ambiente, e esta categoria inclui itens como ataduras, luvas cirrgicas, instrumentos cirrgicos, agulhas, culturas, lenis e muito mais. Por fim, no se esquea, alm dosartigos que so perigosos quando no descartados corretamente, resduos comuns tambm so encontrados e que podem ser reciclados, sejam eles papis ou plsticos.Descarte de lixo e resduos hospitalares

flickr.com / TMAB2003Os resduos hospitalares devem ser separados e descartados de acordo com sua classificao.

A Norma 307 daANVISA(Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria) regulamenta o correto procedimento que deve ser realizado com relao aos lixos hospitalares e sua destinao.De acordo com a norma, todo o material especificado como lixo hospitalar deve ser devidamente condicionado em embalagens especficas para a sua destinao correta, e classificado da seguinte forma:Resduos especiais Abrange os materiais farmacuticos, qumicos e radioativos;Resduos comuns ou gerais So materiais oriundos de reas administrativas, como sucatas, embalagens reaproveitveis, resduos alimentares, etc.;Resduos infecciosos Compreendem os materiais que contenham sangue humano, materiais perfurocortantes, resduos de diagnsticos, biopsias e amputaes, resduos de tratamentos como sondas, drenos e gazes, material patolgico, dentre outros.O correto condicionamento, assim como a destinao dos resduos hospitalares deve ser realizada da seguinte forma:Grupo 1 Os materiais radioativos dispem de regulamentao prpria doCNEN(Comisso Nacional de Energia Nuclear) e seu procedimento deve ser feito de acordo com essa especificao, porm, importante ressaltar que os hospitais so os responsveis por sua destinao final. Os materiais farmacuticos devem ser devolvidos aos fabricantes, sendo os prprios fabricantes os responsveis por sua correta destinao final.Grupo 2 Plsticos, metais, papel, papelo, vidros, assim como os demais materiais reciclveis devem receber embalagens prprias de acordo com o tipo de material e sua destinao a reciclagem interna no prprio hospital ou a entrega como sucata para postos de reciclagem.Grupo 3 Os materiais perfurocortantes devem ser alocados em caixas de papelo especficas para esta finalidade. Os demais resduos devem ser colocados em sacos plsticos brancos, sempre identificados de forma visvel com o smbolo de material infectante em sua parte frontal. A Destinao final desses materiais a incinerao ou o depsito em aterro sanitrio atravs de sistema de coleta especial.Classificao e tratamento do lixo hospitalar

flickr.com / Badly Drawn DadA coleta e classificao correta do lixo hospitalar fundamental para o tratamento dos resduos.

A coleta e o tratamento dos resduos slidos de sade o chamado lixo hospitalar tem sido alvo de grande preocupao da sociedade moderna.Embora existam tratamentos mais adequados para o descarte, a incinerao que no obrigatria ainda a mais indicada para o tratamento de resduos de sade. O procedimento de incinerao do lixo resulta em grandes benefcios pelos seguintes fatores:Reduz drasticamente o volume de resduo, sobrando uma pequena quantidade de cinzas; um processo simples apesar de crtico quanto ao cumprimento dos procedimentos operacionais;Como desvantagem, existe a emisso de compostos txicos como as dioxinas e furanos, caso a usina no seja projetada e operada adequadamente.Classificao do lixo hospitalarCabe ressaltar que os resduos considerados perigosos (como seringas, agulhas e outros materiais contaminados), sejam manuseados por profissionais preparados e que possuam o correto rigor operacional na hora da separao e do descarte. Alm desses cuidados preciso observar o grau de classificao e contaminao de cada resduo gerado, por conter variao e tipos o lixo hospitalar pode ser classificado em:Grupo ADentro desta classificao possui resduo com possvel concentrao de presena biolgica, tais como: sangue, hemoderivados, excrees, secrees, lquidos orgnicos entre outros.SubdivisesA1: Culturas e estoques de microrganismo, descarte de vacinas, sobras de amostras de laboratrios, alm do descarte de sacos brancos leitosos entre outros;A2: Carcaas, peas anatmicas e resduos provenientes de processos experimentais entre outros;A3: resduos que necessitam de tratamento diferenciado como peas anatmicas, produto de fecundao sem sinais vitais, etc.A4: Resduos que no necessitam de tratamento; filtro de ar, gases aspiradores, entre outros.Grupo BClassificao de resduos qumicosSubdivisesB1: Resduos quimioterpicos e produto por ele contaminado.B2: Resduos qumicos perigosos, inflamveis ou explosivos etc.B3: resduos e produtos farmacuticos, medicamentos vencidos ou contaminados.Grupo CQualquer material resultante de atividades humana enquadrado neste grupo todos resduos dos grupos A, B e D que estejam contaminados ou no.Grupo DResduos que no apresentam riscos biolgicos, suas caractersticas so similares a resduos domiciliares.

Grupo EMateriais perfurocortantes, objetos e instrumentos contendo cantos, bordas, pontas etc.Como deve ser feito o descarte de lixo infectanteNo Brasil, ainda que muitos estabelecimentos como clnicas, consultrios e at mesmo hospitais desrespeitem normas relativas ao correto descarte de resduos, destaca-se que, especificamente com relao ao descarte de lixo infectante, a matria disciplinada tanto pela ANVISA (Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria) como pelo CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente).Salienta-se ento que as normas relativas ao correto descarte de resduos infectantes encontra embasamento na Resoluo Anvisa de nmero 306 de 2004, que, entre outras coisas, especifica:

Depositphotos / rookman48Lixo Infectante

- Todos os resduos considerados infectantes tem de ser alocados em sacos plsticos de cor branca, contendo identificao indelvel do laboratrio/biotrio;- Salienta-se ainda que esse mesmo saco plstico branco deve conter tambm a identificao do smbolo infectante de forma visvel;- Os sacos plsticos, para maior segurana, devero conter no mais do que 2/3 de sua capacidade total, evitando-se assim que os mesmos rasguem ou transbordem;- Carcaas de animais, embora necessitem das mesmas especificaes acima, devero ser sempre acondicionadas separadamente do restante dos resduos infectantes;- Outra caracterstica das carcaas de animais a necessidade de seu congelamento por 24 horas antes da realizao do descarte por parte de laboratrios;- Os sacos plsticos que contm lixo infectante no podem, em hiptese alguma, ficar em contato com o cho;- No permitido o depsito de sacos de lixo contendo resduos infectantes em locais como elevadores, corredores ou demais dependncias que no sejam a lixeira externa, voltada para esta finalidade;- Ressalta-se que somente devero ser recolhidos pela equipe de limpeza os resduos infectantes que estiverem estritamente em consonncia com as normas acima estabelecidas.So considerados lixos infectantes (resduos do grupo A, que apresentam riscos frente a presena de agentes biolgicos):- Sangue hemoderivados;- Secrees, excrees e demais lquidos orgnicos;- Meios de cultura;- rgos, tecidos, peas anatmicas e fetos;- Filtros de gases aspirados provenientes de reas contaminadas;- Resduos (mesmo alimentares) provenientes de reas de isolamento;- Resduos gerados em laboratrio de anlises clnicas;- Resduos gerados em unidade de atendimento ambiental;- Resduos de sanitrio de unidades de internao;- Objetos perfurocortantes que sejam provenientes de estabelecimentos que prestem servios de sade.Ressalta-se ainda que os estabelecimentos devero dispor sempre de um profissional, responsvel tcnico, que seja devidamente registrado em conselho profissional, apto para o gerenciamento de seus resduos

Reciclagem de lixo hospitalar

Depositphotos.com / BorkA separao do lixo hospitalar deve ser feita por pessoas devidamente treinadas.Mesmo sendo um assunto srio para administradores hospitalares e para a populao, o destino do lixo hospitalar pouco comentado. Tambm denominado de Resduos Slidos Hospitalares, todo esse lixo deve sim que ter futuro certo e responsvel. Afinal, em clnicas e hospitais so geradas uma enorme quantidade de resduos, em virtude da grande variedade de servios prestados nesses locais.Agulhas, seringas, ataduras, fraldas, catteres, materiais coletados em exames, sondas, curativos, mais uma imensido de produtos descartveis e resduos especficos so descartados diariamente. Assim, o grande perigo do descarte incorreto do lixo hospitalar a sade pblica, uma vez que ele pode conter micro-organismos que causam doenas. Alm das pessoas, os resduos hospitalares tambm podem infectar reas inteiras, ou at lenis freticos, uma poluio silenciosa e muito perigosa.Existem trs categorias que dividem os tipos de lixo hospitalar. A primeira, denominada de Classe 1: Resduos Perigosos, tem maior risco de contaminao de pessoas e do ambiente. Exigem tratamento especial, por apresentarem caractersticas inflamveis, corrosivas, txicas etc.A segunda categoria chamada de Classe 2: Resduos No-inertes, cujos prprios hospitais se responsabilizam por descartar. Esse tipo no representa altos nveis de periculosidade, mas, por no serem inertes, podem entrar em combusto ou causar danos biodegradveis.Por fim, existe tambm a Classe C: Resduos Inertes que, depois de separado, recolhido pelos municpios, pois no se degradam e/ou no se decompem no solo. A reciclagem de lixo hospitalar ento s possvel para essa ltima categoria, visto que os resduos so os mesmos produzidos em residncias, ou seja, podem ser subdivididos em orgnico e reciclvel. Cabem nessa classificao restantes de demolio e areias de escavao, por exemplo.O CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente, exige que as pessoas responsveis pela separao do lixo hospitalar sejam devidamente treinadas. O Conselho tambm disponibiliza subsdios para que essas empresas, clnicas e hospitais, criem planejamentos especficos para gerir adequadamente os resduos da rea da sade.

Coleta de Lixo HospitalarAcoleta de lixohospitalar um problema grave para os diretores dos hospitais e tambm para as comunidades que vivem ao redor das unidades de sade e dos aterros sanitrios. O descarte desse resduo exige uma coleta rigorosa e que s pode ser feita por empresas especializadas que transportam o lixo para a sua disposio final.

Depositphotos.com/sudok1O descarte e coleta do lixo hospitalar devem seguir as rigorosas normas determinadas para este tipo de resduo.Nos casos em que o lixo hospitalar produzido em casa, como no uso de seringas, por exemplo, as agulhas devem ser descartadas em recipientes feitos com material resistente. Alm disso, importante identificar o recipiente onde esses resduos so descartados e quando o local estiver cheio, deve ser encaminhado at uma unidade de servio de sade.

Etapas para a coleta de lixo hospitalarAntes da coleta, realizada a identificao eclassificaodos rejeitos hospitalares. Para o processo de segregao, os resduos so divididos em: Grupo A (resduos biolgicos), Grupo B (resduos qumicos), Grupo C (rejeitos radioativos), Grupo D (resduos comuns) e Grupo E (resduos perfurocortante).Aps a separao o lixo hospitalar passa pelo acondicionamento. Nesse processo, os resduos so embalados em sacos resistentes e identificados segundo suas caractersticas fsicas, qumicas e biolgicas. Em seguida, o lixo hospitalar transportado at um local de armazenamento temporrio.O armazenamento temporrio realizado para que a coleta de lixo hospitalar seja feita imediatamente aps o seu descarte. Nesse processo, os resduos so depositados em um ponto prximo do local onde foram gerados, o que facilita o transporte at o armazenamento externo. Nesse local, o lixo hospitalar fica isolado at a coleta e o transporte para a unidade de tratamento.Depois de coletados, os rejeitos hospitalares passam por um tratamento que elimina os seus riscos de contaminao. Dessa forma, possvel evitar acidentes de trabalho e contribuir para a sade da populao e do planeta.

Qual o destino final do lixo hospitalar?

Depositphotos.com / BorkPor conta do alto risco de contaminao, o descarte de lixo hospitalar segue normas rigorosas.Os resduos slidos hospitalares ou lixo hospitalar como so comumente conhecidos, geram grandes problemas para a sade pblica. No Brasil cerca de 60% desses resduos, so coletados de maneira inadequada e despejados em locais inapropriados, trazendo graves riscos de sade para a populao.O descarte de lixo hospitalar exige cuidados e segue normas rigorosas de sade por conta do alto risco de contaminao. Alguns hospitais utilizam sacolas com cores diferenciadas para identificar a origem e o contedo do lixo. Os resduos so separados por grupos e levados para depsitos, onde so transportados para um destino especfico.