O Que Procura a Arte Da Fala

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O que procura a arte da fala? A fala, a palavra viva - celebrada de forma sonora, oral – é uma arte milenar. Saga, poesia ou drama, era presente e atuante em todos os povos. Em épocas remotas sua força era formadora de culturas, madrinha dos pensamentos, valores e modos de ser. Em seus estágios primitivos estava una com a música; fala e canto ainda se confundiam. A fala primordial teve forças e efeitos que o ser humano de hoje nem desconfia. Ao longo das eras, sendo inerente a humanidade, a fala desenvolveu-se por muitos e muitos estágios de transformação. Estamos hoje, em dias de estágios avançados de uma civilização tecnizada que por um ponto de vista pode-se caracterizar justamente pela perda de hábitos e faculdades antigas, que na Antroposofia e na pedagogia antroposófica almejamos resgatar e reconquistadas de forma nova. Outra perda, a do movimento, que antigamente era tão natural na vida e no trabalho, há muito é identificada como grave ameaça civilizatória à saúde e integridade humanas. Este diagnóstico impulsiona a valorização de variadas formas artificiais de movimento com inúmeros adeptos praticantes, todos a suas maneira desenvolvendo a relação do ser humano com o movimento. E não nos encontramos como humanidade atual frente a uma alienação parecida quanto à fala, aos valores da cultura comunicativa? A atividade da “Arte da Fala” procura desenvolver este campo, a necessidade de redescobrir, i.e. descobrir enfim conscientemente a fala, a palavra, o(s) idioma(s), algo maior e mais completa sobre ouvir e dizer além de comandos, comunicados e conveniências, um treinamento das capacidades orais, onde sons, ritmos, frases e gestos, textos poéticos convidam para serem explorados com espírito lúdico e

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O que procura a arte da fala?

A fala, a palavra viva - celebrada de forma sonora, oral – é uma arte milenar. Saga, poesia ou drama, era presente e atuante em todos os povos. Em épocas remotas sua força era formadora de culturas, madrinha dos pensamentos, valores e modos de ser. Em seus estágios primitivos estava una com a música; fala e canto ainda se confundiam.

A fala primordial teve forças e efeitos que o ser humano de hoje nem desconfia. Ao longo das eras, sendo inerente a humanidade, a fala desenvolveu-se por muitos e muitos estágios de transformação.

Estamos hoje, em dias de estágios avançados de uma civilização tecnizada que por um ponto de vista pode-se caracterizar justamente pela perda de hábitos e faculdades antigas, que na Antroposofia e na pedagogia antroposófica almejamos resgatar e reconquistadas de forma nova.

Outra perda, a do movimento, que antigamente era tão natural na vida e no trabalho, há muito é identificada como grave ameaça civilizatória à saúde e integridade humanas. Este diagnóstico impulsiona a valorização de variadas formas artificiais de movimento com inúmeros adeptos praticantes, todos a suas maneira desenvolvendo a relação do ser humano com o movimento.

E não nos encontramos como humanidade atual frente a uma alienação parecida quanto à fala, aos valores da cultura comunicativa?

A atividade da “Arte da Fala” procura desenvolver este campo, a necessidade de redescobrir, i.e. descobrir enfim conscientemente a fala, a palavra, o(s) idioma(s), algo maior e mais completa sobre ouvir e dizer além de comandos, comunicados e conveniências, um treinamento das capacidades orais, onde sons, ritmos, frases e gestos, textos poéticos convidam para serem explorados com espírito lúdico e esforço e disciplina físicos, prometendo ganhos de sensibilidade e competência artísticas.

Enviado por Mattias Murbarch