o senhor dos anéis

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é um romance de fantasia criado pelo escritor, professor e filólogo britânico J.R.R. Tolkien.

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Sumário

INTRODUÇÃO ............................................................................ 3

Estrutura da obra e plano de fundo da história ........................ 5

A Irmandade do Anel (A Sociedade do Anel)............................. 7

As Duas Torres .......................................................................... 9

O Regresso do Rei (O Retorno do Rei) ..................................... 12

A escrita da obra-prima ........................................................... 14

Publicação ............................................................................... 16

A voz dos críticos ..................................................................... 17

Influência ................................................................................ 19

Produção editorial ................................................................... 20

Música ..................................................................................... 21

Jogos de interpretação ............................................................ 22

Os Hobbits ............................................................................... 23

Elfos ........................................................................................ 27

Istari ....................................................................................... 27

Dedicatória .............................................................................. 28

Page 3: o senhor dos anéis

INTRODUÇÃO

O Senhor dos Anéis (título original em

inglês: The Lordoftherings) é um

romance de fantasia criado pelo

escritor, professor e filólogo britânico

J.R.R. Tolkien. A história começa

como sequência de um livro anterior

de Tolkien, O Hobbit (The Hobbit), e

logo se desenvolve numa história

muito maior. Foi escrito entre 1937 e

1949, com muitas partes criadas

durante a Segunda Guerra Mundial.

Embora Tolkien tenha planejado

realizá-lo em volume único, foi

originalmente publicado em três

volumes entre 1954 e 1955, e foi

assim, em três volumes, que se tornou

popular. Desde então foi reimpresso

várias vezes e foi traduzido para mais

de 40 línguas, somando os três livros

publicados já venderam mais de 160

milhões de cópias, tornando-se um dos

trabalhos mais populares da literatura

do século XX.

A primeira edição em português, da

extinta editora Arte nova (tradução de Antônio Rocha e Alberto Monjardim), era

constituída por seis volumes, o primeiro dos quais se intitulava "Terra Mágica". A

segunda edição em português foi editada em Portugal durante os anos de 1980, pela

editora Europa América.

A história de O Senhor dos Anéis ocorre em um tempo e espaço imaginários, a Terceira

Era da Terra Média, que é um mundo inspirado na Terra real, mais especificamente,

segundo Tolkien, numa Europa mitológica, habitado por Humanos e por outras raças

humanóides: Elfos, Anões e Orcs. Tolkien deu o nome a esse lugar a palavra do inglês

moderno, Middle-earth (Terra-Média), derivado do inglês antigo, Middangeard, o reino

onde humanos vivem na mitologia Nórdica e Germânica. O próprio Tolkien disse que

pretendia ambientá-la na nossa Terra, aproximadamente 6000 anos atrás, embora a

correspondência com a geografia e a história do mundo real fosse frágil.

A história narra o conflito contra o mal que se alastra pela Terra-média, através da luta

de várias raças - Humanos, Anões, Elfos, Ents e Hobbits - contra Orcs, para evitar que o

"Anel do Poder" volte às mãos de seu criador Sauron, o Senhor do Escuro. Partindo dos

primórdios tranquilos do Condado, a história muda através da Terra-média e segue o

curso da Guerra do Anel através dos olhos de seus personagens, especialmente do

protagonista, Frodo Bolseiro. A história principal é seguida por seis apêndices que

fornecem uma riqueza do material de fundo histórico e lingüístico.

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Juntamente com outras obras de Tolkien, O Senhor dos Anéis foi objeto de extensiva

análise de seus temas e origens literárias. Embora um grande trabalho tenha sido feito, a

história é meramente o resultado de uma mitologia na qual Tolkien trabalhava desde

1917. As influências sobre este antigo trabalho e sobre a história do Senhor dos Anéis

englobam desde elementos de filologia, mitologia, industrialização e religião até antigos

trabalhos de fantasia, bem como as experiências de Tolkien na Primeira Guerra

Mundial. O Senhor dos Anéis teve um efeito grande na fantasia moderna, e o impacto

de trabalhos de Tolkien é tal que o uso das palavras "Tolkienian" e "Tolkienesque"

("Tolkieniano" e "Tolkienesco") ficou gravado no dicionário Oxford EnglishDictionary.

A enorme e permanente popularidade de O Senhor dos Anéis levou a numerosas

referências na cultura pop, à criação de muitas sociedades de fãs da obra de Tolkien e à

publicação de muitos ensaios sobre Tolkien e seu trabalho. O Senhor dos Anéis inspirou

(e continua inspirando) trabalhos de arte, a música, cinema e televisão, videogames e

uma literatura paralela. O cineasta estadunidense George Lucas admitiu em uma

entrevista que sua saga, Star Wars, foi inspirada na saga de Tolkien. Adaptações do

livro foram feitas para rádio, teatro e cinema. Em 2001 – 2003foi lançado o filme A

Trilogia de O Senhor dos Anéis (The lordoftheringsfilmtrilogy), que promoveu uma

nova explosão de interesse pelo Senhor dos Anéis e por outras obras do autor.

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Estrutura da obra e plano de fundo da história

Já foi dito que a obra deveria ser lançada em um único volume, mas foi dividido em três

como formas de baratear os custos (havia racionamento de papel na Inglaterra do pós-

guerra). Cada volume é dividido em dois tomos ou "livros".

1. O primeiro volume, A Sociedade do Anel, publicado em 1954, contém um

prólogo, no qual são dadas as características dos Hobbits.

2. O segundo volume, As Duas Torres, publicado alguns meses depois de A

Sociedade do Anel, também em 1954, continua a história original com mais

personagens.

3. A saga termina com a publicação em 1955 do terceiro volume, intitulado O

Retorno do Rei, que contém diversos apêndices explicativos sobre a história, as

línguas, a cronologia da narrativa e outras informações adicionais sobre a

mitologia criada por Tolkien para a sua Terra-Média.

4. O plano de fundo da história é revelado enquanto o livro progride, e elaborado

também nos apêndices, no Silmarillion e em Contos Inacabados, os últimos

publicados após a morte de Tolkien. Começa milhares de anos antes da ação no

livro, com a ascensão do epônimo senhor dos anéis, senhor do escuro Sauron,

possuidor de grandes poderes supernaturais, que governava o temido reino de

Moedor. No fim da Primeira Era da Terra Média, Sauron sobreviveu à

catastrófica derrota e o exílio de seu mestre, a figura fundamental do mal,

Morgoth e durante a Segunda Era Sauron planejou ganhar o domínio sobre a

Terra Média. Sob aparência de "Annatar" ou senhor dos presentes ajudou os

elfos ferreiros de Eregion, e fomentou a forja dos anéis mágicos que

conferenciaram vários poderes e habilidades aos seus portadores, mas

Celebrimbor, líder dos elfos ferreiros (muito talentoso e neto de Fëanor que

criara as Silmarils na Primeira Era), os tinha forjado independentemente de

Sauron. Os mais importantes destes foram os dezenove anéis do poder ou os

Grandes Anéis.

5. Então Sauron forjou secretamente um Grande Anel para si próprio, o Um Anel,

pois planejava escravizar os portadores dos outros anéis do poder. Este plano

falhou em parte porque os elfos tomaram ciência dele e esconderam seus anéis,

os Três Anéis Élficos, dando-os aos Sábios de seu tempo (Galadriel, Círdan e

Gil-Galad). Nesses, Sauron jamais tocou. Sauron lançou-se então à guerra,

durante a qual capturou dezesseis dos anéis do poder e os distribuiu aos senhores

e aos reis dos anões e dos homens. Estes anéis foram conhecidos como os sete e

os nove respectivamente. Os Senhores Anões se provaram demasiado resistentes

à escravização, embora seu desejo natural para a riqueza, especialmente ouro,

aumentasse; isto trouxe muitos conflitos entre eles e outras raças. Dos sete Anéis

que tinham sido dados aos Senhores Anões, Sauron recuperou os que não tinham

sido destruídos, e dos nove Anéis presenteados aos Homens, Sauron trouxe

todos para sua custódia. Esses humanos portadores dos Nove lentamente se

corromperam e transformaram-se consequentemente nos morto-vivos, Nazgûl,

os Espectros do Anel, os servos mais temidos de Sauron.

6. Após 1500 anos, o Numenorianos enviou uma grande força para destruir Sauron,

conduzida por seu poderoso monarca Ar-Pharazôn, o Dourado. Abandonado por

seus servos, Sauron rendeu-se e foi feito prisioneiro de Númenor. Entretanto,

com perspicácia e força de vontade, começou a aconselhar o rei e envenenou as

mentes do Númenorianos contra os Valar. Iludiu seu rei, aconselhando-o a

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invadir as Terras Imortais para conseguir ser imortal como os Valar e os elfos.

Os Valar, ao saberem da invasão, invocou Eruilúvatar, que causou um

deslizamento de terras sobre os Númenorianos, e abriu um grande abismo no

mar, destruindo Númenor e separando as Terras Imortais das Mortais. O corpo

físico de Sauron foi destruído, mas seu espírito retornou a Mordor e assumiu

uma nova e terrível forma. Alguns Númenorianos (chamados de Fiéis por não

terem deixado de adorar Ilúvatar) também obtiveram sucesso em escapar para a

Terra-média. Esses eram chamados de Elendili e foram conduzidos por Elendil e

seus filhos Isildur e Anárion.

7. Depois de cem anos, Sauron lançou um ataque contra os Númenorianos

exilados. Elendil formou a Última Aliança dos Elfos e dos Homens com o Elfo-

rei Gil-galad. Marcharam de encontro aMordor, derrotando os exércitos de

Sauron na planície de Dagorlad e sitiaram a fortaleza Barad-dûr, onde Anárion

morreu. Após sete anos sitiado, o próprio Sauron foi forçado a vir para fora e

entrar num combate com os líderes. Gil-galad e Elendil foram mortos enquanto

lutavam com Sauron e a espada de Elendil, Narsil, quebrou-se. O corpo de

Sauron foi subjugado e morto e Isildur cortou o Um Anel de sua mão com que

sobrara da espada, Narsil; quando isto aconteceu, o espírito de Sauron fugiu e

não reapareceu por muitos séculos. Isildur foi aconselhado, por Elrond, a

destruir o Um Anel arremessando-o no vulcão da Montanha da Perdição onde

foi forjado, mas atraído pela sua beleza, Isildur preferiu conservá-lo para que

fosse a herança de seu povo.

8. Começou assim a Terceira Era da Terra-média. Dois anos mais tarde Isildur e

seus soldados foram atacados em uma emboscada por um bando de Orcs no que

foi chamado posteriormente de Desastre dos Campos dos Lis. Quase todos os

homens foram mortos, mas Isildur escapou pondo o Anel, que torna invisível

quem o coloca. Mas o Um traiu o seu portador, escapando do dedo de Isildur,

que foi visto e flechado pelos orcs, e o Anel foi perdido por dois milênios.

9. Foi então encontrado, por acaso, no rio por um ancestral dos hobbits chamado

Déagol. Seu parente e amigo [4]

Sméagol o estrangulou para roubar o Anel.

Sméagol fugiu para a Montanhas Sombrias depois de ter sido expulso de casa, e

nas raízes das montanhas se transformou numa criatura repulsiva e nojenta

chamada Gollum.

10. Em O Hobbit, aproximadamente 60 anos antes dos eventos do Senhor dos

Anéis, Tolkien relacionou a história do encontro aparentemente acidental do

Anel por um outrohobbit, Bilbo Bolseiro, que o leva para sua casa, o Condado.

Foi somente durante a criação de O Senhor dos Anéis que Tolkien relacionou as

histórias. Nem Bilbo nem o mago Gandalf estavam cientes neste momento que o

anel mágico de Bilbo era o Um Anel, forjado pelo senhor do escuro, Sauron.

11. A saga do Anel conta, no final da Terceira Era, a luta entre os povos livres da

Terra-média contra Sauron, que procura pelo Um Anel e tem o intuito de

dominar toda a Terra-média, assim como seu mestre, Morgoth, tentara

anteriormente.

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A Irmandade do Anel (A Sociedade do Anel)

Frodo Bolseiro é um hobbit do Condado, que recebe de seu tio Bilbo um anel de rara

beleza. Esse anel tem uma longa história: foi roubado de uma criatura chamada Gollum

(como relatado no livro O Hobbit), e desde então ele tem sido guardado por Bilbo.

O MagoGandalf, um velho amigo de Bilbo, percebe o poder que aquele anel possui, não

sendo um anel comum, mas sim o Um Anel, artefato mágico forjado por Sauron, o

Senhor do Escuro, e que fora perdido numa batalha muito tempo antes. Se recuperado, o

Um Anel permitiria a Sauron o domínio definitivo sobre toda a Terra-média. O Um

Anel, ou Anel do Poder, dera longevidade fora do comum a seu antigo dono, Bilbo, e

possuia consciência, uma vontade própria que o conduzia sempre na direção do seu

criador e senhor. Gandalf aconselha Bilbo a deixar o Condado, planejado para ocorrer

até a festa de aniversário daquele ano. Gandalf parte, para resolver alguns assuntos, mas

combinando que voltaria para acompanhar Frodo, porém, não manda notícias durante

vários meses. Chegando a data prevista, Bilbo decide deixar o Condado e deixa tudo

para Frodo. Depois de um tempo, Gandalf retorna e convence Frodo a partir para

destruir o anel, após vender Bolsão, Frodo leva consigo seus amigos Sam, Merry e

Pippin para sua aventura.

Os hobbits resolvem pegar um atalho que passa através da Floresta Velha, lar de árvores

que se comunicam entre si. Dentro da Floresta, os hobbits são salvos de uma árvore

violenta por um estranho ser que adora cantar: o enigmático Tom Bombadil, um dos

maiores mistérios de Tolkien.

Passando por outros perigos, os hobbits chegam a Bree, uma vila habitada por Homens

e hobbits, perto da fronteira do Condado, e lá aceitam a ajuda de um Guardião chamado

Passolargo, amigo de Gandalf, que os guia até Rivendell, um reino ainda habitado por

elfos, seres imortais, detentores de grande poder, beleza e sabedoria. Mas o caminho

ainda é perigoso: o grupo é emboscado no Topo do Vento e Frodo acaba apunhalado

por um Nazgûl, Espectro do Anel. Passolargo consegue repelir a ofensiva do Inimigo e

foge com Frodo, que está gravemente ferido, e os outros hobbits. Quando estão a ser

novamente alcançados pelos Espectros do Anel, o elfoGlorfindel encontra-os e condu-

los em segurança até Valfenda. Os Nazgûl tentam detê-los, mas são varridos pela

inundação súbita do rio Baraduin.

Já curado, Frodo descobre as maravilhas de Valfenda e lá é realizado um conselho

liderado por Elrond, o meio-elfo mestre de Rivendell e pai de Arwen, a amada de

Passolargo, cujo verdadeiro nome é Aragorn, que se revela descendente de Isildur e

herdeiro do Trono de Gondor.

No Conselho de Elrond são expostos os problemas relacionados ao Um Anel. Boromir,

filho do regente de Gondor, sugere usar o Anel do Poder contra Sauron. Elrond e

Gandalf rejeitam a ideia imediatamente e explicam os vários motivos pelos quais não

podem usá-lo contra o "Senhor dos Anéis": Sauron é o único e verdadeiro mestre do

Anel, pois o forjou, sendo, portanto totalmente maligno, além disso, seu poder é grande

demais para serem controlados por mortais comuns e mesmo os poderosos entre os

povos livres da Terra-Média, como os imortais elfos (Elrond) e os magos (Gandalf),

temem inclusive tocá-lo. O poder quase absoluto do anel corrompe o carácter e deforma

a personalidade daquele que se atreve a empunhá-lo, ainda que movido por boas

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intenções. Quem quer que tente derrotar Sauron utilizando o anel, acabará tornando-se o

próximo Senhor do Escuro.

Dada a impossibilidade de utilizar o Um Anel como arma de guerra, é imposta a tarefa

de levá-lo até a Montanha da Perdição, um vulcão localizado no centro de Mordor, a

Terra Negra do Inimigo, onde o anel fora forjado e também o único lugar onde poderia

ser destruído.

Para essa missão, de sucesso improvável, é formada a Irmandade do Anel, composta

por nove companheiros: quatro hobbits (Frodo,Sam,Merry e Pippin), dois humanos

(Aragorn e Boromir), um elfo (Legolas), um anão (Gimli) e um mago (Gandalf). Frodo

seria o Portador do Anel, aquele que deveria lançar o Anel nos fogos de Orodruin.

A Irmandade do Anel parte em direção a Sul. Ciente que essa rota está sendo vigiado

pelo Inimigo, o grupo faz um desvio para Leste através das Montanhas Nebulosas, mas

são obrigados a voltar por causa da neve e do frio. Um caminho alternativo leva-os até a

temida Moria, reino subterrâneo dos anões, onde Gandalf é morto lutando com um

Balrog, um demônio do mundo antigo. Os outros companheiros escapam e chega à

segurança a Lothlórien, reino da rainha élfica Galadriel, temida por seu poder, mas

dotada de rara beleza e sabedoria. Nesse reino encantado, onde o tempo parece não

passar, os viajantes recebem auxílio e conselhos. Após algumas semanas de descanso, a

Irmandade do Anel, agora liderada por Aragorn, parte de Lothlorien em direção a Sul,

navegando pelo grande rio Anduin em canoas construídas pelos elfos da Floresta

Dourada. Quando param para descansar próximo às cataratas de Rauros, Boromir tem

uma discussão com Frodo, e tenta roubar-lhe o Anel do Poder. Frodo foge e decide ir

sozinho para Mordor, mas acaba levando Sam. Quando os outros membros da

Irmandade do Anel vão em busca de Frodo, é atacado por Uruk-hai (subespécie de Orc,

mais alta e forte) enviados por Saruman, um mago renegado que se aliou a Sauron, mas

que também ambiciona o Anel do Poder.

Na luta que se segue, a Irmandade é rompida: Merry e Pippin são capturados pelos

uruk-hai, Boromir morre ao defendê-los, Aragorn, Legolas e Gimli decidem resgatar os

hobbits aprisionados, Frodo e Sam partem sozinhos para a Montanha da Perdição.

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As Duas Torres

Aragorn, Legolas e Gimli seguem os rastros dos hobbits capturados (Merry e Pippin) e

o caminho condu-los até a Floresta de Fangorn. Nela encontram o Mago Branco que

inicialmente pensam ser Saruman, o traidor. No entanto, o velho enigmático revela-se

Gandalf, que morreu enfrentando o Balrog e retornou da morte para cumprir sua missão

na Terra-Média. Os quatro seguem então para Rohan, Terra dos Cavalos. Sua capital

Edoras fica no alto de uma colina, onde os rohirrim ergueram Meduseld, O Palácio

Dourado. Nele vive o rei Théoden, cuja mente fora envenenada por Saruman através de

um agente infiltrado, o conselheiro Gríma Língua-de-cobra. Gandalf expulsa Grima,

cura o rei de seus males, e o aconselha a enfrentar a ameaça de Saruman e partir rumo a

Isengard, fortaleza de Saruman, com todos os guerreiros disponíveis.

Enquanto isso, os hobbits Merry e Pippin conseguem escapar dos uruk-hais, e fogem

para o interior da Floresta de Fangorn. Lá encontram Barbárvore, um Ent, um gigante

em forma de árvore, e cujas origens remontam a tempos muitíssimo mais antigos que a

Terceira Era, na qual se passa essa história.

Barbárvore leva Merry e Pippin a sua casa, onde descansam enquanto os Ents são

convocados para uma reunião (o "Entebate") no qual se discute na lentíssima língua dos

ents, o que fazer com o Inimigo Saruman. Os Ents decidem ir à guerra e partem rumo a

Isengard. Os Ents invadem a fortaleza de Saruman, massacram os odiados orcs, que

haviam derrubado muitas árvores de Fangorn, e apagam as fornalhas de Isengard

desviando o curso do Rio Isen. Todo o círculo de Orthanc é inundado, ficando Saruman

isolado pelas águas em sua Torre de pedra.

De volta a Rohan, o rei Theoden envia velhos, mulheres e crianças para a segurança do

Templo da Colina, um refúgio nas montanhas, enquanto os cavaleiros de Rohan partem

Page 10: o senhor dos anéis

em direção a Isengard. Entretanto, é obrigado a fazer um desvio que os leva até o

Abismo de Helm, um estreito desfiladeiro onde os rohirrim construíram uma fortaleza

de pedra (o Forte da Trompa"). Nela, as tropas de Rohan buscam refúgio, mas acabam

sitiadas pelos Uruk-hai de Saruman. Após horas de batalha sangrenta, os orcs são

derrotados com a ajuda de outras tropas de Rohirrim, trazidas por Gandalf. Os Orcs

remanescentes fogem, mas são massacrados pelos Huorns, Ents mais arvorescos, que

buscam vingança pela destruição da Floresta de Fangorn.

Finda a Batalha do Abismo de Helm, o rei Theoden, Gandalf, Aragorn, Legolas e Gimli,

cavalgam até Isengard. Ao chegarem lá, encontram Merry e Pippin sãos e salvos, e

surpreendem-se com os hobbits se fartando com as provisões de comida, vinho e fumo

da fortaleza do Inimigo. Numa última e desesperada tentativa, Saruman procura seduzir

o grupo com sua voz persuasiva, quase hipnótica, mas Gandalf anula o feitiço e ainda o

expulsa da ordem dos Istari, quebrando seu bastão. Nesse momento, Gríma língua-de-

cobra atira da Torre de Orthanc um Palantír, pedra vidente que é capaz de comunicar-se

com outras semelhantes. Gandalf recolhe-a para posterior averiguação.

À noite no acampamento, Pippin, em sua incontrolável curiosidade, agarra o Palantír e

olha para o seu interior, e numa visão, vê o próprio Sauron, mas por sorte não revela

nada dos planos dos povos livres, e ainda vê uma parte dos planos do Senhor dos Anéis:

seu primeiro ataque será contra a capital do Reino de Gondor, a cidade de Minas Tirith.

Gandalf parte então com Pippin para Minas Tirith a fim de alertar Gondor da guerra

iminente, encerrando assim a primeira parte de As Duas Torres.

A segunda parte do livro, que fala sobre Frodo e Sam, inicia-se com a captura de

Gollum. Em troca de sua liberdade, ele promete levar os dois até Mordor, onde fica a

Montanha da Perdição. Assim é feito.

Mas Gollum não é totalmente fiel, nem totalmente sincero. Apenas Sam é capaz de

perceber suas verdadeiras intenções. Gollum é uma criatura velha e "pegajosa" que já

foi um hobbit, mas que foi possuído pelo poder do Um Anel, e jamais conseguiu

libertar-se dessa atração: um lado de sua personalidade dividida quer levar os hobbits

até Mordor em segurança, mas a outra pretende matá-los e apossar-se do Anel que lhe

foi roubado.

Atravessando vários lugares, os hobbits são guiados até o Portão Negro de Mordor, mas

este está fechado, e os hobbits, conduzidos por Gollum, seguem outro caminho.

Ao pararem para descansar e comer, Frodo e Sam testemunham uma batalha entre

Homens de Gondor e os Haradrim, aliados de Sauron. Gollum desaparece e os hobbits

são capturados por uma patrulha chefiada por Faramir, irmão de Boromir. Frodo e Sam

são levados até um esconderijo situado atrás de uma cachoeira onde Sam

inadvertidamente revela o objetivo da missão (a destruição do anel do poder).

Frodo repreende Sam e teme que Faramir seja como seu falecido irmão e queira tomar o

anel para si. Entretanto, para sua surpresa, Faramir revela grande força de caráter e

nobreza de coração, e os liberta para que possam cumprir sua tarefa.

Page 11: o senhor dos anéis

Os hobbits reiniciam sua jornada para Mordor, com Gollum como seu guia, e decidem

atravessar as montanhas através de CirithUngol, local de má fama, considerado maldito

e perigoso. Este caminho os leva até uma escada talhada em um paredão de rocha, que

termina num túnel. O plano de Gollum, que se rendeu ao mal, é guiá-los através desse

túnel e lá dentro entregá-los a Laracna, uma aranha gigantesca, descendente da terrível

Ungoliant. O esquema de Gollum funciona em parte: Frodo é picado por Laracna, mas

Sam luta desesperadamente contra o terrível aracnídeo e acaba derrotando-o com um

golpe de espada num ponto fraco de sua couraça.

Convicto da morte de Frodo, Sam decide assumir o fardo do anel e completar a missão

de seu mestre. Nesse ínterim, uma patrulha de orcs se aproxima, e Sam volta para evitar

que o cadáver de Frodo vire carniça de orcs. Sam ouve a conversa dos servos de Sauron

e tem um choque ao saber que Frodo na verdade não estava morto, apenas inconsciente.

As Duas Torres termina com os orcs levando o adormecido Frodo para a Torre de

CirithUngol e com o Hobbit Sam wise Gamgee em desespero, que tem de escolher entre

continuar a missão do Anel ou tentar salvar Frodo das garras dos orcs.

Page 12: o senhor dos anéis

O Regresso do Rei (O Retorno do Rei)

Gandalf e Pippin entram na cidade de Minas Tirith, onde se encontram com Denethor,

regente do reino de Gondor. Gandalf o avisa da guerra próxima, e o regente pede a

ajuda de Rohan, mas revela seu rancor por Aragorn, que, sendo descendente direto do

último rei, é o herdeiro legítimo do trono de Gondor. Merry, entretanto, permanece com

os rohirrim, para servir ao rei Théoden, que reune todos os guerreiros aptos de seu reino

e parte para a guerra em Minas Tirith. Junto com ele vão Aragorn, Legolas e Gimli.

Enquanto isso, Sam penetra na torre de CirithUngol, e resgata Frodo, que era mantido

prisioneiro. Com muita sorte, ambos escapam dos muitos orcs, e adentra Mordor, uma

imensa terra devastada, coberta de pó, cinza e fogo, cujo próprio ar é carregado de

fumaça venenosa.

Após receberem uma mensagem de Elrond, Aragorn, Legolas e Gimli deixam o exército

de Rohan e viajam então para as Sendas dos Mortos. Lá Aragorn convoca um exército

de almas penadas/ mortos-vivos (o livro não deixa muito claro) a cumprirem um antigo

juramento de lealdade para com Isildur, o primeiro rei de Gondor e seu ancestral direto.

Os mortos havia jurado lutar ao lado de Gondor, mas fugiram para as montanhas

quando foram chamados à guerra. Isildur então os amaldiçoou a não terem paz, nem na

vida nem na morte, até que sua promessa fosse cumprida.

Quando a guerra se abate sobre Gondor, o exército dos mortos, liderado por Aragorn,

liberta um porto no grande rio Anduin, dominado pelos Haradrim (habitantes do sul da

Terra-Média), o que permite o embarque de tropas aliadas que vão a auxílio de Minas

Tirith, sitiada pelas Tropas de Sauron. Terminada a batalha dos Campos do Pelennor,

que ainda não fora a batalha definitiva, os exércitos de Gondor e Rohan, marcha rumo

ao Portão Negro de Mordor. O objetivo da arriscada manobra é atrair os exércitos

remanescentes do Inimigo e esvaziar a Terra Negra, possibilitando a passagem de Frodo

e Sam até a Montanha da Perdição, onde o Anel do Poder poderia ser destruído.

Tudo ocorre como previsto: os exércitos de Mordor caem na armadilha. Frodo e Sam

conseguem passar, todavia antes de entrarem na Montanha da Perdição, encontram

Gollum em seu caminho. Os hobbits se separam, Frodo adentra as Fendas da Perdição,

uma câmara no vulcão que dá acesso à lava chamejante. Quando já está à beira do

precipício, surpreendentemente, Frodo é dominado pelo Anel do Poder e o reivindica

para si: "o anel é meu, não vou destruí-lo!". Nisso, Gollum intervém, ele e Frodo lutam

ferozmente, até que Gollum arranca o anel das mãos de Frodo. Gollum escorrega e cai

acidentalmente (ou não) na lava ardente, levando consigo o Um Anel, que é destruído,

assim como Sauron, cujo espírito estava vinculado ao anel, e seus servos orcs, que

dependiam de sua força e comando.

Aragorn então assume o trono de Gondor com o nome élfico Elessar, sendo coroado

Rei por Gandalf, e se casa com a meia-elfa Arwen. Tem início assim a Quarta Era a era

do Domínio dos Homens. Os elfos remanescentes da Terra-Média decidem partir para

Aman, morada dos deuses Valar.

Os quatro Hobbits então retornam para o Condado, tendo que enfrentar um último

inimigo: Saruman que se apossou do Condado. Mas o mago acaba morto pelas mãos de

Grima Língua-de-cobra, e a paz volta à terra dos hobbits.

Page 13: o senhor dos anéis

O livro termina com a partida para as Terras Imortais (Aman) de Gandalf, Galadriel,

Elrond assim como dos hobbits Frodo e seu tio Bilbo, que, embora mortais, conquistam

o direito de viver o resto de seus dias junto aos Elfos e aos Valar, como reconhecimento

de sua lealdade e sacrifício durante a Guerra contra Sauron e por terem sido portadores

do Anel Um.

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A escrita da obra-prima

O Senhor dos Anéis foi iniciado como um sequência para o Hobbit, história publicada

em 1937 que Tolkien tinha escrito e tinha sido lida originalmente por muitos jovens. A

popularidade de O Hobbit levou seu editor a pedir por mais histórias sobre hobbits, de

modo que o mesmo ano Tolkien, com 45 anos de idade, começou a escrever a história

que se transformaria no Senhor dos Anéis. A história não seria terminada até 12 anos

mais tarde, em 1949, e não foi publicado antes de 1954, quando Tolkien tinha 63 anos

de idade.

Tolkien originalmente não pretendia escrever uma sequência para O Hobbit, e nesse

tempo dedicou-se mais a histórias infantis, tais como Roverandom e Mestre Gil de

Ham. Como seu trabalho principal, Tolkien esboçava a história de Arda, das Silmarils e

das raças que habitavam a Terra. Tolkien morreu antes de terminar e unir este trabalho,

conhecido hoje como o Silmarillion, mas seu filho Christopher Tolkien editou o

trabalho do seu pai e publicou-o em 1977. Alguns biógrafos de Tolkien consideram O

Silmarillion como o verdadeiro "trabalho de seu coração", fornecendo o contexto

histórico e linguístico para seu trabalho mais popular e para suas línguas criadas, que

ocupavam a maior parte do tempo de Tolkien. Em consequência O Senhor dos Anéis

terminou acima dos últimos movimentos do legendário de Tolkien e em sua própria

opinião "muito maior, e eu espero também na proporção do melhor, do ciclo inteiro."

Persuadido por seus editores, começou "um novo Hobbit" em dezembro de 1937.

Depois que diversos começos falsos, a história do Um Anel logo emergiu e o livro

mudou de uma sequência do Hobbit, para mais uma sequência do ainda não publicado

Silmarillion. A criação do primeiro capítulo (Uma festa muito esperada) sucedeu bem,

embora as razões por atrás do desaparecimento de Bilbo, do significado do anel e do

título do Senhor dos Anéis não chegassem até a primavera de 1938. Originalmente,

planejou escrever outra história em que Bilbo tinha esgotado todo seu tesouro e

procurava outra aventura para ganhar mais; entretanto, recordou-se do anel e seus

poderes e decidiu-se escrever preferivelmente sobre ele. Começou com o Bilbo como

personagem principal, mas decidiu-se que a história era demasiada séria usar um hobbit

divertido e amoroso e assim que Tolkien procurou usar um membro da família de Bilbo.

Pensou sobre usar um filho de Bilbo, mas isto gerou algumas perguntas difíceis, tais

como local onde encontrou sua esposa e se esta deixaria seu filho entrar em perigo.

Assim procurou um personagem alterno para carregar o anel. Nas legendas gregas, era o

sobrinho do herói que ganhava o artigo de poder, e assim que o hobbitFrodosurgiu.

A escrita era lenta devido ao perfeccionismo de Tolkien e foi interrompida

frequentemente, por suas obrigações como professoras e por outros deveres acadêmicos.

Ele abandonou O Senhor dos Anéis durante a maior parte de 1943 e o reiniciou somente

em abril de 1944. Christopher Tolkien, filho de Tolkien, e C.S. Lewis, autor de As

Crônicas de Nárnia, seu grande amigo, recebiam notícias sobre a história

frequentemente - Tolkien enviava para o filho uma série de cópias dos capítulos

enquanto os escrevia, quando Christopher estava servindo na África do Sul na Força

Aérea Real. Prosseguiu outra vez em 1946, e mostrou uma cópia do manuscrito a seus

editores em 1947. A história foi eficazmente terminada o ano seguinte, mas Tolkien

não terminou de revisar as últimas partes do trabalho até 1949.

Page 15: o senhor dos anéis

Uma disputa com seus editores Allen &Unwin fez com que Tolkien oferecesse o livro à

Collins em 1950. Tolkien pretendia que o Silmarillion (com a maior parte ainda não

revisada até neste momento) fosse publicado junto com O Senhor dos Anéis, mas a

Allen & Unwin se recusava a fazer isto, e mais: queriam que O Senhor dos Anéis fosse

dividido em três partes para baratear os custos. Depois que seu contato em Collins,

Milton Waldman expressou a opinião de que O Senhor dos Anéis "necessitava

urgentemente de uma redução", e exigiu finalmente que o livro fosse publicado em

1952. Não fizeram isso, e assim Tolkien escreveu a Allen & Unwin novamente, dizendo

que "consideraria satisfatória a publicação de qualquer parte do material.". Desse modo,

A Sociedade do Anel e As Duas Torres foram publicados em 1954 e O Retorno do Rei,

depois de revisões nos apêndices, foi publicado em 1955.

Page 16: o senhor dos anéis

Publicação

Na publicação, a maior parte dos custos foi devido à falta (e preço) do papel no pós-

guerra, mas para manter o preço baixo da primeira edição, o livro foi dividido em três

volumes: A Sociedade do Anel, publicado em 1954, As Duas Torres, publicado alguns

meses depois, O Retorno do Rei e mais seis apêndices, publicado em 1955. O atraso na

produção dos apêndices, dos mapas e especialmente os índices resultou que fossem

publicados mais tarde do que esperado - em 21 de julho de 1954, em 11 de novembro de

1954 e em 20 de outubro de 1955, respectivamente, no Reino Unido. O Retorno do Rei

foi especialmente atrasado. Tolkien inclusive não gostou muito do título de O Retorno

do Rei, acreditando que era demasiado afastado da linha da história. Tinha sugerido

originalmente o título A Guerra do Anel, que foi rejeitada por seus editores.

Os livros foram publicados sob um arranjo de "partipação nos lucros", por meio do qual

Tolkien não receberia um adiantamento ou direitos autorais até que os livros cobrissem

os gastos, depois do qual teria uma parte grande dos lucros. Um índice para os três

volumes, que viria no fim do último, já fora prometido à época do lançamento do

primeiro volume, mas provou-se ser imprático para compilá-lo num período razoável.

Em 1966, quatro índices, não compilados por Tolkien, foram adicionados ao Retorno do

Rei.

Page 17: o senhor dos anéis

A voz dos críticos

O Senhor dos Anéis sempre foi um livro bastante controverso. Sob rótulos de "Lixo

Juvenil", mas também alumiado por elogios fervorosos, essa obra ainda sobrevive para

que possa receber as mais diversas opiniões.

Começando pelas críticas

favoráveis, destacamos

algumas das mais

importantes.

O jornal Sunday Telegraph

se manifestou à época do

lançamento do livro

dizendo que ele estava

"entre os maiores trabalhos

de ficção do século XX". A

conclusão parecida,

conquanto mais teatral,

chegou o Sunday Times,

afirmando que "o mundo do

Inglês está dividido entre

aqueles que leram O Senhor

dos Anéis e O Hobbit, e

aqueles que ainda vão ler".

W.H.Auden escreveu ao

New York Times: "A primeira coisa que pedimos é que a aventura seja […] empolgante;

sob este aspecto a inventividade do Sr. Tolkien é incansável [… e] o leitor exige que

pareça real […] O Senhor Tolkien tem a sorte de possuir um espantoso dom de dar

nomes e um olho […] exato para descrições. […] O conto mostra no espelho a única

natureza que conhecemos: a nossa própria; também nisto o Senhor Tolkien teve um

êxito soberbo. O que ocorreu no Condado […] na Terceira Era […] não somente é

fascinante em A.D. 1954, mas é também um alerta e uma inspiração." Sobre a

capacidade de inventar nomes, O Senhor dos Anéis conta com 301 nomes de pessoas e

animais, e 433 nomes de lugares.

Donald Barr falou, no New York Times também, sobre uma coisa que Tolkien muito

amava: "O Sr. Tolkien é um afamado filólogo britânico, e a linguagem de sua narrativa

nos recorda que um filólogo é um homem que ama a língua."

E John Gardner escreve sobre o livro, falando sobre "a rica caracterização, o brilho

imagético, um senso de lugar vigorosamente imaginado e detalhado, e [a] aventura

brilhante."

Mas nem tudo era elogios. Richard Jenkyns escreveu ao The New Republic que os

personagens e o próprio trabalho de Tolkien são "anêmicos, e carentes de fibra".

A crítica mais ácida veio talvez de Edmund Wilson, ao The Nation: "Ficamos perplexos

ao pensar por que o autor terá suposto que escrevia para adultos. […] Exceto quando é

Page 18: o senhor dos anéis

pedante e também aborrece o leitor adulto, há pouca coisa no Senhor dos Anéis acima

da inteligência de uma criança de sete anos. […] A prosa e o verso estão no […] nível

de amadorismo profissional. […] Os personagens falam uma língua de livro de histórias

[… e] não se impõe como personalidades. Ao final deste […] romance, eu ainda não

tinha uma concepção do mago Gandalph [sic]. […] Esses personagens estão envolvidos

em intermináveis aventuras, a pobreza de invenção demonstrada nas quais, é […] quase

patética. […] Como é que esse extenso volume de […] baboseiras provocam tais

tributos […]? A resposta […] é que certas pessoas […] têm um apetite vitalício por lixo

juvenil."."

Page 19: o senhor dos anéis

Influência

O Senhor dos Anéis começou como uma exploração pessoal de Tolkien de seus

interesses na Filologia, religião (particularmente Igreja Católica), Contos de fadas,

assim como a Mitologia nórdica, mas também foi influenciado, de forma crucial, pelos

fatos que ocorreram em seu serviço militar durante a Primeira Guerra Mundial. Tolkien

criou um universo fictício completo e altamente detalhado (Eä), onde O Senhor dos

Anéis se passa, e muitas partes deste mundo eram, como ele admitia livremente,

influenciado por outras origens.

Uma vez, Tolkien descreveu O Senhor dos Anéis ao seu amigo, o padre jesuíta Robert

Murray, como "um trabalho fundamentalmente religioso e Católico, inconscientemente

no início, mas ciente disso na revisão [do livro]." [4]

Há muitos temas teológicos

subjacentes na narrativa, incluindo a luta de bem contra o mal, o triunfo do excesso

vaidade na humanidade e a atividade da Graça Divina. Além disso, o trecho do Pai

Nosso "e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal" esteva sempre

presente na mente de Tolkien quando descreveu luta de Frodo de contra o poder do Um

Anel.

Os motivos religiosos não-cristãos também tiveram fortes influências na Terra-média de

Tolkien. Os Ainur, uma raça de seres angelicais que foram responsáveis pela concepção

do mundo, incluíam os Valar, que formam um panteão de "deuses" quem são

responsáveis por toda a manutenção do Mundo em seus aspectos materiais e abstratos.

O conceito dos Valar ecoa na mitologia grega e nórdica, embora os próprios Ainur e o

mundo sejam criações de uma divindade sozinha - Ilúvatar ou Eru, "O Único".

As mitologias do norte europeu são talvez as mais bem conhecidas influências não-

Cristãs em Tolkien. Seus elfos e anões são parecidos e muito baseados na mitologia

nórdica e relacionados à mitologia germânica. Os nomes tais como "Gandalf", "Gimli" e

"Terra-média" são derivados diretamente do mitologia nórdica. A figura de Gandalf é

particularmente influenciada pela divindade germânica Odin em sua encarnação como

"O Viajante", um homem velho com uma longa barba branca, um chapéu de bordas

largas e um cajado; Tolkien declarou que pensava em Gandalf como um "Odin errante"

em uma carta de 1946. As influências específicas incluem o poema Anglo-Saxão

Beowulf.

O Senhor dos Anéis foi fortemente influenciado pelas experiências de Tolkien durante a

Primeira guerra mundial, onde lutou, e pela partida de seu filho para lutar Segunda

guerra mundial.

Depois da publicação de O Senhor dos Anéis, devido à sua influência ocorreu a

especulação que o Um Anel fosse um metáfora da bomba nuclear Tolkien, entretanto,

insistiu repetidas vezes que seus trabalhos não apresentavam aquele tipo de alegoria,

indicando no prefácio de O Senhor dos Anéis que não havia gostado desta especulação e

que a história não era alegórica. Tolkien já tinha terminado grande parte do livro,

incluindo o final, antes que as primeiras bombas nucleares tivessem sido conhecidas

pelo mundo, com sua explosão em Hiroshima e em Nagasaki em agosto de 1945.

Page 20: o senhor dos anéis

Produção editorial

Ainda hoje o Senhor dos Anéis influencia muito da produção editorial em todo o

mundo. O exemplo mais recente é a série Ciclo da Herança de Christopher Paolini, onde

temos um enredo que se passa em uma terra que em muito lembra aquela descrita por

Tolkien. Além de Paolini, há influência de Tolkien em muitas outras obras, como a

Trilogia Fronteiras do Universo, de Philip Pullman, e até mesmo, segundo alguns

críticos, Harry Potter, de J.K.Rowling.

Page 21: o senhor dos anéis

Música

Muitos músicos e bandas também se inspiraram não só no Senhor dos Anéis como em

outras obras de Tolkien. As letras de músicas de algumas bandas dos anos 1970 são

recheadas de referências à obra do autor. Led Zeppelin é provavelmente o mais famoso

grupo diretamente inspirado em Tolkien, e possui quatro músicas com referências

explícitas, como Misty Mountain Hop, Ramble On e The Battleof Evermore. Outras

bandas dos anos 1970 inspiradas no autor são Camel, Rush e Styx. The Beatles pode até

não ter sido musicalmente influenciados, mas eles tinham a intenção de fazer um filme

baseado em O Senhor dos Anéis. A idéia não saiu do papel, se é que chegou a ele. A

banda alemã Improved Sound Limited, em seu segundo álbum, gravou a música "The

darklord", referência direta ao senhor dos anéis e Tolkien

Mais tarde, nos anos 1980 e 90, bandas de metal encontraram lugar para Tolkien em

suas músicas, muitas vezes usando a parte má da obra dele, os personagens e hostes

ruins. Summoning, fora a pioneira dentre as mais marcantes bandas de Black

Metal/melodico, poisalem de ser completamente fiel aos padrões criados pela Mitologia

Fantastica de Tokien, foi uma das bandas mais inovadoras no sentido sonoro e

ambiental. Passando o climaxdes de as terras imortais seguindo á Beleriand, Numenor, e

em fim a terra-media. Mas tambem nem só Summoning fica com o cargo em Black

Metal,pois muitas bandas como Gorgoroth,Lugburz,Morgoth, tambem tiveram os seus

nomes e algumas musicas usurpadas pelo misticismo.Battleloretambem é uma banda

bastante influenciada em suas faixas sonoras.

As bandas alemãs Blind Guardian que possui entre outras referencias a Tolkien, no

álbum Nightfall in Middle-Earth, contando história das Silmarils e a banda Helloween

com o álbum Master oftheRings. A finlandesa Nightwish (que possui a música

Elvenpath, que faz alusão a Elbereth e a Lórien) são famosas bandas de metal.

Fora do rock, muitos artistas New Age foram influenciados pelo trabalho Tolkieniano.

Enya escreveu uma música chamada Lothlórien, e compôs duas músicas para o filme A

Sociedade do Anel: May It Be, cantada em Inglês e em Alto-élfico e Aníron, cantada em

Élfico-cinzento. Além dela outros muitos artistas encontraram na obra de Tolkien a

inspiração para sua música.

Page 22: o senhor dos anéis

Jogos de interpretação

Os primeiros jogos de interpretação de personagens (RPG) surgidos entre as décadas de

70 e 80 tiveram grande inspiração no ambiente medieval-fantástico de O Senhor dos

Anéis, incorporando os elementos geográficos como suas montanhas fabulosas, florestas

densas, grandes fortalezas e redes de túneis sobre a terra e também elementos étnicos,

como as diferentes raças civilizadas que ambientam toda a obra, como os Elfos, Hobbits

e Anões.

Esses primeiros jogos inspiraram outros mais modernos e foi longo o tempo em que

RPG ficou diretamente ligado a um cenário de fantasia-medieval. Pode-se perceber no

D&D, um dos mais famosos sistemas de RPG, uma clara semelhança com O Senhor dos

Anéis, embora adaptada à própria realidade do jogo. Apesar de toda a difusão do RPG e

da variada gama de assuntos abordados por seus jogos ainda hoje um dos mais

populares jogos de RPG do mundo é primariamente ambientado em um cenário que em

muitos aspectos lembra a terra criada por Tolkien.

Page 23: o senhor dos anéis

Os Hobbits

Um hobbit é uma das criaturas apresentadas por J.R.R. Tolkien em suas obras

(notavelmente O Hobbit e O Senhor dos Anéis), onde têm um papel principal, apesar de

à partida serem um povo secundário entre os que habitam a Terra Média.

Os hobbits são um povo discreto e muito antigo, normalmente não ultrapassam um

metro de altura, são bem menos robustos que anões e consideram a possibilidade de

participarem de uma aventura como uma atitude insana, pois preferem a calma de sua

vida rotineira, amam uma região campestre organizada e bem cultivada. São agéis, pois

se acostumaram a fugir dos "homens grandes", conseguiram tanta experiência nessa

área que se pode confundir com magia, porém, hobbits nunca tiveram interesse em

magia, além disso, hobbits tem ouvidos agudos e olhos perspicazes. Embora

habilidosos, os hobbits não conseguem entender ou gostar de máquinas mais

complicadas que um fole de forja, um moinho d'água ou um tear manual. Andam

descalços, porque a sola de seus pés é muito espessa, não necessitando de calçados.

Vive em tocas grandes e confortáveis (na verdade, casas subterrâneas com um só andar

e várias despensas) em uma terra ao oeste da Terra Média, chamada Shire (no Brasil o

nome do local foi traduzido para "Condado").

Page 24: o senhor dos anéis

Há três raças de hobbits: pés-peludos, grados e cascalvas. Os Pés-peludos têm a pele

mais escura, são menores e mais baixos, não tem barbas ou botas, suas mãos e pés são

destros e ágeis, eles preferiam as regiões serranas e as encostas de montanhas. Os

Grados têm uma constituição mais encorpada e pesada: suas mãos e pés são maiores,

preferem planícies e regiões banhadas por rios. Os Cascalvastem a pele e o cabelo mais

claros são mais altos e esguios que os outros, também amantes de árvores e florestas. Os

Cascalvas, menos numerosos, tinham um contato mais amigável com os elfos do que os

outros hobbits, e tinham mais habilidade com línguas e música do que com trabalhos

manuais.

Frodo Bolseiro: Hobbit do Condado e portador do Anel. Frodo nasceu no ano de 2968

da Terceira Era filho de Drogo Bolseiro e Primula. Órfão desde a infância foi adotado

por seu primo, Bilbo Bolseiro de Bolsão. Frodo era extremamente aventureiro e muito

erudito; era escritor de canções e algo como um estudioso das lendas e do idioma dos

elfos. Em 3001, quando Bilbo deixou misteriosamente o Condado, Frodo herdou o Um

Anel. Em 3018, Gandalf o Mago reapareceu e fez Frodo participar da Missão do Anel,

para o qual enviou a Valfenda, onde se formaria a Sociedade do Anel.

Bilbo Bolseiro: Hobbit do Condado. Nascido no ano de 2890 da Terceira Era, Bilbo era

um hobbit solteiro que vivia em Bolsão. Em 2941, Bilbo foi atraído por um mago e

treze anões para participar da famosa missão de Thorin e Companhia que, em 2941,

provocou a morte de Smaug, e o restabelecimento do Reino Anão em Erebor. Com uma

modesta porção do ouro do dragão que havia ganhado em sua aventura, Bilbo voltou ao

Condado, onde passaram uns sessenta anos. Durante a aventura, Bilbo adquiriu um

misterioso anel que tinha o poder de tornar invisível quem o colocasse. Mais adiante se

descobriria que este anel, era na realidade, o Um Anel, que pertencia ao Senhor dos

Anéis. No ano de 3001, Bilbo celebrou uma grande festa de aniversário e logo

desapareceu perante os olhos de todos os seus convidados, deixando sua riqueza, sua

casa e o Um Anel ao seu jovem primo e herdeiro adotivo, Frodo Bolseiro.

Meriadoc Brandebuque - Merry: 20 anos. Masculino. 1,60 m a 1,70 m. Constituição

normal. Merry é mais sagaz e inteligente que um hobbit normal. Um mestre em

travessuras, Merry geralmente consegue convencer seu impetuoso comparsa no crime,

Pippin, a tomar parte em seus esquemas. Merry tem raciocínio rápido e é cheio de

recursos, confiante e alegre. Ele sonha em ser heróico, mas é um fato que ele não é

naturalmente corajoso e surpreende a si mesmo quando finalmente é chamado a um

grande feito no campo de batalha... É UM PERSONAGEM CHAVE NO ELENCO DE

SUPORTE.

Peregrin Tûk - Pippin: 20 anos. 1,60 m a 1,70 m Constituição normal. O mais jovem

hobbit, Pippin é impulsivo, sincero e um bola de energia. Ele é encantador e destemido,

mas sua falta de maturidade e visão tende a colocá-lo em problemas. Pippin é intrépido,

principalmente porque ele não para pensar no perigo, mas também porque ele tem um

grande coração. Ele é inocente e de natureza crédula que agradam prontamente as outras

pessoas. Ele é um cômico natural... É UM PERSONAGEM CHAVE NO ELENCO DE

SUPORTE.

Samwise Gamgee: 30 anos. Masculino. 1,60 m a 1,70 m. Troncudo. Prático e

silencioso, Sam é frequentemente uma fonte inconsciente de humor - embora ele seja

mais astuto do que alguns imaginam. Ele é não sofisticado, de pavio curto e

Page 25: o senhor dos anéis

desconfiado. Sam encara cada nova jornada geralmente com maus presságios sombrios,

mas também com uma amarga determinação de ver o trabalho feito. Um humilde

jardineiro, sua intensa lealdade a Frodo mostra-o realizando grandes altos de auto

sacrifício e heroísmo. No final da história, Sam cresce secretamente em tamanho e sua

última despedida de Frodo, embora cheia de tristeza, também revela a profundidade da

compreensão e sabedoria que Sam adquiriu...

Aragom: 45 anos. Masculino. Um líder aparentemente rude mas formoso. Principal

papel humano. Ele é enigmático, sofredor, Aragorn carrega uma aura de majestade e

poder oculto consigo, mas também um grande senso de humanidade e bondade.

Aragorn trava uma grande luta interna ao encarar seu destino como Rei. Valoroso,

nobre e amargo, nunca procura por poder e possui um medo inato da natureza

corruptora do poder. A linhagem nobre de Aragorn é inicialmente oculta sob a pessoa

de "Passolargo", um misterioso guardião que costuma a viver de modo duro e hábil em

regiões inexploradas. Aragorn é um hábil lutador com espada.

Boromir: 45 anos de idade. Masculino. Forte, alto, constituição pesada. Boromir é o

filho mais velho de Denethor, Regente de Gondor introvertido e de certa forma solitário,

ele tem sido oprimido por um pai dominador e violento. Boromir não confia em outras

pessoas, em especial Magos e regularmente trata Gandalf com desdém. Boromir

acredita na grandeza dos homens, mas ele não acredita realmente em si mesmo. O mais

agradável lado de sua personalidade trazido à tona pelos Hobbits, dos quais ele gosta

muito. Boromir é facilmente influenciado pelo poder do Anel e sob sua influência ele se

torna completamente mal intencionado. Entretanto ele percebe seu erro e muito

honoravelmente se redime, morrendo como herói para salvar Merry e Pippin.

Faramir: 25 anos. Masculino. Jovial, magro e formoso. Segundo filho de Denethor,

Regente de Gondor, Faramir cresceu à sombra de seu irmão, o poderoso Boromir.

Confiável, intensamente leal a Gondor e seu povo, Faramir é perito em ocultar a dor e

humilhação que sofreu de seu pai. Ele não é sério ou amargo por natureza, mas teve um

desgaste prematuro, pois logo que nasceu sentiu o peso dos problemas de seu pai.

Acima de tudo, Faramir é extremamente honrado e mostra uma sabedoria bem acima de

sua idade.

Éowyn: 30 anos de idade. Feminina. Uma princesa guerreira nórdica. PRECISA SER

HÁBIL PARA CAVALGAR E USAR UMA ESPADA. Sobrinha do Rei Theoden,

Eowyn é alguma vezes chamada Senhora Branca de Rohan - em parte à sua palidez e

seu longo e belo cabelo como também à sua solene reserva erradamente tomada como

frieza. Ela não tem comparação como cavaleira, pode usar uma espada tão bem como

qualquer homem e não é delicada nem sentimental. Também tem uma língua afiada e

uma inteligência cáustica, mas mostra grande vulnerabilidade quando seus sentimento

são atingidos. Este é o particularmente o caso com Aragorn, com quem se apaixonou,

sem esperanças e solução.

Os Magos

Gandalf: Mago da Terra-média. Durante mais de dois mil anos Gandalf lutou contra os

poderes do mal que ressurgiam na Terra-média. Em 2941, Gandalf liderou a Missão à

Montanha Solitária que trouxe a morte de Sméagol. Durante esta missão, Gandalf

conseguiu a espada Glamdring, e Bilbo Bolseiro encontrou o Um Anel. Em 3018,

Page 26: o senhor dos anéis

Gandalf foi visitar Frodo Bolseiro no Condado e deu início à Missão do Anel. Em

Valfenda passou a formar parte da Sociedade do Anel.

Saruman: 60 anos ou mais. Masculino. Possui voz melódico-hipnótica. Olhos

penetrantes. Magro, Alto. A Vilã Chave da história. O líder dos istari, os Magos que

oferecem conselho às criaturas da Terra-média, Saruman possui imensa estatura e

dignidade. Como a história revela nós aprendemos que ele foi corrompido pelo desejo

de poder e traiu seu dever sagrado. Uma vez nobre e sábio, é agora arrogante e esperto,

falso e egoísta.

Galadriel: Mais jovem filha, e única filha mulher, de Finarfin dos Noldor, Galadriel

nasceu em Valinor quando as Duas Árvores ainda cresciam. Ela viajou para a Terra-

média no início da Primeira Era com seus quatro irmãos. Em Beleriand, ela

frequentemente ia aos salões de Thingol (a quem era aparentada; pois sua mãe era

sobrinha de Thingol), e lá conheceu Celeborn. Após a Guerra da Fúria e a destruição de

Beleriand, a maioria dos Noldor retornou a Valinor, mas Galadriel e Celeborn

permeneceram na Terra-média. Após a perda de Amroth em 1981 (Terceira Era),

Galadriel e Celeborn tornaram-se Senhor e Senhora de Lothlórien, e lá residiram até o

final da Terceira Era.

Arwen: 30 anos. Esbelta, graciosa, constituição fina. TERÁ QUE CAVALGAR E

USAR UMA ESPADA. A Princesa Élfica de Valfenda, cuja beleza é legendária. Arwen

é uma Elfa, e por virtude de nascimento, imortal. Tudo sobre Arwen é "Ligeiro" - sua

agilidade, seu sorriso, seu temperamento, seu entendimento. Ela parece gostar de jogar

contra as pré-concepcões da clássica e serena dama Élfica. Ele veste uma armadura,

cavalga rápido e deu seu coração a um homem mortal. O amor de Arwen por Aragorn é

profundo e vigilante. Mas também ama seu pai, lorde Elrond, e custa muito a ela

desafiá-lo. A jornada de Arwen é em direção a um profundo entendimento da escuridão

e do mal que existe no mundo e um verdadeiro entendimento do que significa ser

mortal. .

Légolas: 35 anos. Esbelto, gracioso, formoso. Um príncipe dos Elfos da Floresta,

Legolas é um arqueiro mortal, que pode se mover com grande discrição. Alto, magro e

de constituição fina, Legolas é fisicamente tudo o que Gimli o anão não é. Legolas vê

Gimli como sério, obcecado pelo trabalho e um pão-duro sem humor. É o dinâmico

deste "estranho casal": dois opostos constantemente brigando e se provocando, cada um

fazendo piadas à custa do outro. Mas além da veia de humor irônico Legolas se

preocupa muito com aqueles que prometeu proteger e no final ele e Gimli se tornam

bons amigos.

Elrond: 40 anos ou mais. Masculino. Alto, esbelto e com feições finas. Senhor dos

Elfos de Valfenda e pai de Arwen, Elrond possui grande autoridade e sabedoria, mas

também humildade. Ele é de certa forma um vidente e está preocupado com o amor de

sua filha por um mortal, Aragorn, conhecendo como ele conhece o destino escuro de

Aragorn. Em um sentido mais amplo, Elrond sente uma grande tristeza, pois a Era dos

Elfos está chegando ao fim - mas ele não tenta mudar este fato, aceitando seu destino.

Page 27: o senhor dos anéis

Elfos

Elfo é uma criatura mística da Mitologia Nórdica e Céltica, que aparece com frequência

na literatura medieval européia.

Nesta mitologia os elfos chamam-se Alfs ou Alfr, também chamados de "elfos da luz" -

Ljosalfr. São descritos como seres belos e luminosos, ou ainda seres semi-divinos,

mágicos, semelhantes à imagem literária das fadas ou das ninfas. De fato, a palavra

"Sol" na língua nórdica era Alfrothul, ou seja: o Raio Élfico; dizia-se que por isso seus

raios seriam fatais a elfos e anões.

Eram divindades menores da natureza e da fertilidade. Os elfos são geralmente

mostrados como jovens de grande beleza vivendo entre as florestas, sob a terra, em

fontes e outros lugares naturais. Foram retratados como seres sensíveis, de longa vida

ou imortalidade, com poderes mágicos, estreita ligação com a natureza e geralmente

acompanhadas de ótimos arqueiros.

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Istari

Na obra de ficção de J. R. R. Tolkien os Istari da Terra Média eram um pequeno grupo

de magos, de aspecto semelhante ao dos Homens, mas possuindo capacidades físicas e

mentais muito maiores. Eram todos imortais.

Estes magos eram Maiar enviados pelos Valar na Terceira Era da Terra Média, para

ajudar na luta contra Sauron. Eram chamados de Istari ("Sábios") pelos elfos (em

Sindarin: Ithryn). Sendo Maiar, eram da mesma ordem de Sauron, mas não podiam

mostrar seu poder total, pois não tinham, como Sauron, descido para Arda em sua forma

divina, o que lhes teria deixado tão poderosos quanto aquele. Sua missão era apenas

organizar os povos da Terra-média na resistência contra o inimigo. Alatar e Paliando

nem sequer aparecem no Senhor dos Anéis e Radagast tem uma pequena, mas crucial,

participação, pois é ele que, inocentemente, atrai Gandalf para Orthanc, onde Saruman

revela sua traição.

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Dedicatória

Agradeço a todos os leitores e as pessoas que ajudaram a fazer esse livro obrigado

Fonte

http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Senhor_dos_An%C3%A9is

Autor

Sir John Ronald Reuel Tolkien CBE (Bloemfontein, 3 de Janeiro de 1892 —

Bournemouth, 2 de Setembro de 1973), conhecido internacionalmente por J. R.R. Tolkien,

foi um premiado escritor, professor universitário e filólogo britânico, nascido na África, que

recebeu o título de doutor em Letras e Filologia pela Universidade de Liège e Dublin,

em 1954, e autor das obras O Hobbit, O Senhor dos Anéis e O Silmarillion.

Se por um lado Tolkien exerceu grande influência na era da informática, por outro, isso bate

de frente com a visão nostálgica e radical do autor. Ele sempre foi avesso a trens,

automóveis, televisão e comida congelada, a indústria em si. Tolkien acreditava que essa

dominação e controle que a tecnologia moderna exerce sobre o Homem, mesmo que

usadas para o bem, "trazem sofrimento à criação" (referindo-se ao seu Mundo Secundário).

Este ponto de vista foi criado devido a sua experiência como veterano da Primeira Guerra

Mundial e pai de rapazes que lutaram na Segunda Guerra Mundial, e ele não alimentava

mais a ilusão do papel benéfico e salvador do desenvolvimento das tecnologias. Com esse

pensamento, ele coloca o problema da tecnologia no coração de O Senhor dos Anéis. O Um

Anel é o instrumento máximo do poder. Poder esse que até Gandalf preferiu não arriscar,

deixando o fardo para Frodo. E cabe ao pequeno hobbit o dilema da saga: ter o poder não é

possuir o Um Anel, e sim destruí-lo. Frodo deve então renunciar ao poder porque ele

corrompe. Só assim ele será capaz de destruirSauron.

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